• Nenhum resultado encontrado

Lufenuron no tratamento da dermatofitose em gatos? 1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Lufenuron no tratamento da dermatofitose em gatos? 1"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

RESUMO.- Em função de controvérsias sobre a eficácia do lufenuron no tratamento da dermatofitose causada por Microsporum canis, o efeito da droga foi avaliado em 46 gatos (30 com lesões cutâneas e 16 portadores assinto-máticos) atendidos no Hospital Veterinário da Universi-dade Federal Rural do Rio de Janeiro, Brasil. O

diagnós-tico foi estabelecido através da lâmpada de Wood, da cultura fúngica e, adicionalmente, na maioria dos animais sintomáticos, pela avaliação histopatológica da pele. Os animais foram tratados com 120mg/kg de lufenuron, a cada 21 dias (quatro doses); a droga mostrou-se eficaz no tra-tamento de 29 dos 30 felinos que apresentaram a forma clínica da dermatofitose, bem como no de todos os ani-mais assintomáticos. O único felino que não teve cura clínica completa havia recebido várias doses de dexame-tasona antes do inicio do tratamento. Em um animal ges-tante, foram utilizadas duas doses do lufenuron e não foi observada qualquer alteração clínica e morfológica nos filhotes. Nenhum dos animais tratados teve qualquer rea-ção adversa ao medicamento. Vinte dias após o último tratamento, o exame micológico resultou negativo em 45 dos felinos estudados (98%). Embora o lufenuron tenha o custo um pouco mais elevado do que o do cetoconazol, é uma droga que apresenta praticidade e margem de segu-rança bem maiores. Vale ressaltar que o sucesso do tra-tamento está diretamente relacionado à correta utilização

Lufenuron no tratamento da dermatofitose em gatos?

1

Regina R. Ramadinha2*, Romeika K. Reis3, Sergio G. Campos4, Sabrina S. Ribeiro5 e Paulo V. Peixoto6

ABSTRACT.- Ramadinha R.R., Reis R.K., Campos S.G., Ribeiro S.S. & Peixoto P.V. 2010. [Treatment of dermatophytosis in cats with lufenuron?] Lufenuron no tratamen-to da dermatratamen-tofitratamen-tose em gatratamen-tos? Pesquisa Veterinária Brasileira 30(2):132-138. Departamen-to de Medicina e Cirurgia Veterinária, InstituDepartamen-to de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: regina@vetskin.com.br

Due to discrepancies regarding the effectiveness of lufenuron in treating dermato-phytosis caused by Microsporum canis the effect of this drug was checked in 46 cats (30 with cutaneous lesions and 16 asymptomatic carriers) treated in the Veterinary Hospital of the Federal Rural University of Rio de Janeiro, Brazil. The diagnosis was based on Wood’s lamp examination and fungal cultures. Biopsies were only performed in symptomatic animals. The animals were treated with lufenuron (120mg/kg every 21 days), for 4 times. The drug was efficient in 29 of the 30 affected felines and as well as in all of the asymptomatic carriers. The cat that did not respond, had received several dexameta-zone doses prior to the treatment with lufenuron. The drug was given to one animal during the first stages of pregnancy and no abnormalities or neonatal disorders were found in any of the kittens. None of the treated animals showed side effects. Twenty days after the last administration of lufenuron, 45 of the studied animals (98%) had negative fungal culture. The cost of treating dermatophytosis with lufenuron is a little higher than with ketoconazole, but the drug has some advantages regarding its practicability and security. The correct drug prescription and animal’s medication as well as environmental decontamination are very important for the success of the treatment.

INDEX TERMS: Lufenuron, treatment, cats, dematophytosis, Microsporum canis.

1 Recebido em 30 de julho de 2009.

Aceito para publicação em 1 de outubro de 2009.

2 Departamento de Medicina e Cirurgia Veterinária, Instituto de

Vete-rinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Km 7 da BR 465, Seropédica, RJ 23890-000, Brasil. *Autor para correspon-dência: regina@vetskin.com.br

3 Mestranda do Curso de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias,

Instituto de Veterinária, UFRRJ, Seropédica, RJ.

4 Departamento de Microbiologia e Imunologia Veterinária, Instituto

de Veterinária, UFRRJ, Seropédica, RJ.

5 Médica Veterinária Autônoma, Animália Clínica Veterinária, Estrada

da Barra da Tijuca 1636, Rio de Janeiro, RJ 22641-004, Brasil.

6 Departamento de Nutrição e Pastagem, Instituto de Zootecnia,

(2)

da droga, assim como a perfeita higienização do ambien-te e dos uambien-tensílios dos animais.

TERMOS DE INDEXAÇÃO: Lufenuron, tratamento, felinos, der-matofitose, Microsporum canis.

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, o homem passou a valorizar mais os animais de companhia, principalmente cães e gatos. Como consequência direta, tem-se verificado um aumento sig-nificativo na incidência das zoonoses, dentre as quais a dermatofitose tem especial significado pela sua frequên-cia (Pinheiro et al. 1997).

A dermatofitose é uma infecção superficial causada por um grupo de fungos ceratofílicos que infecta, no ho-mem e nos animais, os componentes ceratinizados como o extrato córneo, o pelo, a lã e as unhas (Cruz 1998). Em cães e gatos é a micose mais frequente. Dados epidemi-ológicos indicam que esta micose está entre as zoonoses mais comuns em todo o mundo, sendo considerada a ter-ceira enfermidade mais frequente na pele de crianças menores de 12 anos e a segunda na população adulta (Murray et al. 1994). Cerca de 50% dos homens expostos a gatos infectados desenvolvem a doença (Sierra et al. 2000).

Os dermatófitos são transmitidos pelo contato direto com pelos e crostas contaminados ou através das formas livres no ambiente, no animal ou em fômites (Moriello 1990, Sierra et al. 2000). Escovas, pentes, tesouras, máquinas de tosa, camas, roupas, caixas de transporte ou quais-quer outros objetos contaminados associados aos animais são possíveis fontes de infecção e reinfecção (Scott et al. 2001). Segundo Moriello (1990), em gatis, a dissemina-ção da doença ocorre pela entrada de animais doentes ou por carreadores.

De acordo com Scott et al. (2001), a ocorrência de dermatofitose varia segundo o clima; e sua casuística é maior em locais em que o clima quente e úmido predomi-na. Na maioria dos estudos, a incidência da doença é baixa e acomete cerca de 0,26 a 5,6% de todos os animais exa-minados em diferentes hospitais veterinários em diver-sos países da Europa e nos Estados Unidos (Medleau & Ristic 1992, Borikar & Singh 1994, DeJaham & Paradis 1997, Carlotti 1998, Carlotti & Bensigner 1999). No Rio de Janeiro, a ocorrência de dermatofitose está em torno de 13% do total de animais atendidos no Hospital Veteri-nário da UFRRJ (Ramadinha 2004), porém, de acordo com Larsson et al. (1994), em São Paulo, a dermatofitose tem incidência mais elevada e representa 30% das der-matopatias em gatos.

A doença é mais comum em gatos jovens, com me-nos de um ano de idade (Lewis 1991, Sparkes et al. 1993, Larsson et al. 1994, Cabañes et al. 1997) e de pelo longo, especialmente os persas e himalaios (Scott & Paradis 1990, Lewis 1991, Sparkes et al. 1993, Cabañes et al. 1997). Outros fatores, como doenças sistêmicas, redu-ção da imunidade mediada por células, desnutriredu-ção,

pre-nhez e lactação podem tornar os animais mais suscetí-veis à infecção (Moriello 1990). De acordo com Mancianti et al. (1992), dermatófitos têm sido isolados com maior frequência em gatos portadores do vírus da imunodefici-ência felina (FIV). A presença de ectoparasitas, principal-mente Ctenocephalides spp e Cheyletiella sp, pode ser importante no estabelecimento e disseminação da der-matofitose em gatis. O prurido causado por parasitas pode gerar autotraumas, o que facilita a instalação da doença (Moriello 1990).

De acordo com DeBoer & Moriello (1994), após o con-tato dos artrosporos com o pelo, vários fatores podem determinar que ocorra, ou não, a infecção. O ato de os gatos lamberem-se e, em consequência, removerem me-canicamente os dermatófitos, é considerado uma defesa natural muito importante contra a colonização dos pelos. Gatos de pelos longos têm, provavelmente, maior dificul-dade em higienizar-se por completo e por isso, se infectariam com mais facilidade. Por outro lado, o exces-so de banhos facilita a penetração dos dermatófitos na camada mais externa da epiderme, por induzir a perda de células superficiais e de secreção sebácea e por gerar aumento da umidade, que favorece a germinação dos esporos (Moriello 1990). A entrada do artrosporo no es-trato córneo e a invasão no folículo piloso são necessári-as para o estabelecimento da infecção (Scott et al. 2001). Sob condições ideais, em seis horas o esporo germina e se adere aos ceratinócitos, que constituem ambiente fa-vorável à multiplicação do fungo (Aljambre 1993). Em gatos, Microsporum canis é o dermatófito isolado em cer-ca de 95% das micoses superficiais (Moriello 1990, Lewis 1991, Sparkes et al. 1993, Moriello & DeBoer 1995, Sierra et al. 2000).

Nos gatos, a dermatofitose pode apresentar-se de for-ma assintomática, de for-maneira que eles podem transmitir a doença para o homem e para outros animais, sem se-rem incriminados. Classicamente, a dermatofitose é ca-racterizada por uma ou mais lesões alopécicas e arre-dondadas, com ou sem a formação de crostas (DeBoer & Moriello 1995, Carlotti 1998, Sierra et al. 2000), porém os gatos raramente apresentam a forma clássica da doença (Moriello 1990). Nos filhotes as lesões, em geral mais gra-ves, apresentam-se na forma multifocal com alopecia, formação de crostas e eritema mais marcados do que em adultos. Na maioria dos casos, a infecção inicial é obser-vada na face e nos membros; os pelos nas extremidades das lesões são quebradiços e facilmente epiláveis (Scott et al. 2001).

A dermatite miliar felina, caracterizada por lesões pápulo-crostosas, acompanhadas de intenso prurido, é uma manifestação pouco frequente da doença (Moriello 1990, Scott et al. 2001), assim como a acne e a blefarite crônica (Tuttle & Chandler 1983). A onicomicose usual-mente está presente sob a forma de paroníquia ou de onicodistrofia (Scott & Miller 1992).

O diagnóstico da dermatofitose é baseado na utiliza-ção da lâmpada de Wood, no tricograma, na realizautiliza-ção

(3)

da cultura fúngica para identificação da espécie de dermatófito ou através do exame histopatológico, no qual se visualiza a invasão do folículo piloso ou da ceratina pelo fungo (Guaguère & Prélaud 1999, Scott et al. 2001). Segundo Scott et al. (2001), um fator limitante da utili-zação para a lâmpada de Wood é que apenas 30% a 80% dos Microsporum isolados apresentam fluorescência. Cutsem & Rochette (1991) relatam que, em alguns está-gios, o Microsporum canis emite pouca ou nenhuma fluorescência. Por estas razões, uma leve fluorescência pode ser indicativa de infecção, porém a sua ausência não a descarta.

Várias drogas, como a griseofulvina, o cetoconazol e o itraconazol, vêm sendo preconizadas no tratamento da dermatofitose, porém a sua utilização implica em admi-nistrações diárias, por via oral e por longos períodos (60-90 dias). Outros fatores, como os efeitos colaterais, o ele-vado custo das drogas e a dificuldade da maioria dos pro-prietários em administrar medicamentos por via oral aos gatos têm tornado o tratamento e a erradicação da der-matofitose um desafio na clínica de felinos.

A terapia sistêmica da dermatofitose torna possível a eliminação completa do M. canis. O tempo de tratamento é determinado pela melhora clínica e pela cultura fúngica negativa (DeBoer & Moriello 1994, Moriello & DeBoer 1995, Moriello 1990, Cabañes et al. 1997, Carlotti 1998). Com a griseofulvina, a droga sistêmica mais utilizada na década de 90 (Moriello 1990, Hill et al. 1995, DeJaham & Paradis 1997, Carlotti 1998), foram necessárias de 5 a 11 semanas de tratamento e apesar de ser considerada efi-caz, foi observada resistência em felinos com pseudomi-cetoma (Moriello & DeBoer 1995). Esse medicamento é completamente contra-indicado em fêmeas prenhes, prin-cipalmente no terço inicial da gestação por sua potente ação teratogênica (Scott et al. 1995, Hill et al. 1995), as-sim como não é recomendada para filhotes com menos de 12 semanas (Moriello 1990, Sierra et al. 2000).

O cetoconazol, um composto imidazólico, vem sendo utilizado na terapia da dermatofitose (Moriello 1990; Hill et al. 1995). A taxa de cura do cetoconazol varia entre 22 a 100%, preconizando-se de quatro a dez semanas de tratamento (Hill et al. 1995, Sierra et al. 2000). Os gatos são muito sensíveis a esse composto e cerca de 25% deles apresentam efeitos colaterais associados ao medi-camento (Hill et al. 1995). O cetoconazol é embriotóxico e teratogênico (Scott et al. 2001).

O itraconazol, antifúngico pertencente ao grupo dos triazois, é mais potente, menos tóxico e com maior es-pectro de ação quando comparado ao cetoconazol (Hill et al. 1995, Mancianti et al. 1997). O tempo médio de trata-mento é de 56 dias, com a primeira cultura negativa ob-servada em torno de 40 dias. Falhas em tratamentos pro-longados com itraconazol (até 10 meses) foram relatadas em casos de pseudomicetoma dermatofítico (Mancianti et al. 1998). Em gatos, os efeitos colaterais são dose de-pendente e geralmente cessam após a retirada do medi-camento. A droga também não deve ser utilizada em

fê-meas gestantes em função de efeitos teratogênicos (Hill et al. 1995, Mancianti et al. 1997, Scott et al. 2001).

O lufenuron pertence ao grupo da benzoilureia, e foi utilizado inicialmente como inibidor do crescimento de in-setos por impedir a deposição e polimerização da quitina, principal componente do exoesqueleto dos artrópodes (Novartis 1994). Dean et al. (1999) sugeriram que a dro-ga poderia perturbar a produção de quitina, um dos cons-tituintes da parede celular dos dermatófitos, determinan-do a morte determinan-do fungo. Estudeterminan-dos preliminares em Israel indi-caram que o lufenuron é potencialmente eficaz no trata-mento da dermatofitose (Ben-Zioni & Arzi 2000). Sonoda et al. (2004), contudo, não obtiveram boa resposta ao tra-tamento com essa droga.

O lufenuron é absorvido no intestino a partir da ingestão oral e, por ser uma droga lipofílica, a fração biodisponível da dose oral é significativamente aumentada quando ad-ministrada junto à refeição principal. A meia-vida do fár-maco varia de 22 a 68 dias (Novartis 1994). Ben-Zioni & Arzi (2000) foram os pioneiros no uso do lufenuron para o tratamento da dermatofitose. A droga, administrada uma única vez, induziu cura clínica em cerca de 95% dos ani-mais domiciliados, porém, para gatos albergados em gatis, esses autores observaram que a dose preconizada deve-ria ser maior que 100mg/kg. Além disso, toda a popula-ção do gatil deveria ser tratada simultaneamente e, para evitar recontaminações, seriam fundamentais a limpeza e higiene do ambiente (Ben-Zioni & Arzi 2000).

Karpen & Bernadino (2001) obtiveram resultados se-melhantes pela utilização da droga também em dose úni-ca. Guillot et al. (2002) ao comparar o uso mensal do lufenuron com o uso diário da griseofulvina por cinco se-manas verificaram que o tempo médio de cura clínica foi semelhante para as duas drogas e que nenhum dos trata-mentos resultou em cura micológica completa.

Uma tentativa de avaliar a possível ação sinérgica do lufenuron (133mg/gato/a cada 15 dias) associado a terbi-nafina (15-30mg/kg/SID) foi proposta por DeBoer et al. (2004), comparando também a ação das drogas isoladas e nas mesmas doses. Sonoda et al. (2004) descreveram uma variação de 22 a 60% de cura clínica e micológica quando trataram gatos com lufenuron com doses de 50-120mg/kg com diferentes intervalos entre as administra-ções, com maior eficácia no grupo tratado com 120mg/kg a cada 3 semanas.

Não foram relatadas reações adversas associadas ao uso do lufenuron (Ben-Zioni & Arzi 2000, Karpen & Bernadino 2001, Guillot et al. 2002, DeBoer et al. 2004, Sonoda et al. 2004). Investigações quanto à toxicidade para o aparelho reprodutor em ratos, coelhos, cães e ga-tos não revelaram potencial teratogênico ou quaisquer efeitos colaterais da droga, o que permite sua utilização durante a gestação, lactação ou mesmo em filhotes (Novartis 1994).

Os tratamentos tópicos a base de xampus, soluções, cremes e pomadas visam a remoção dos artrosporos dos pelos que dada a ineficácia do tratamento sistêmico, só

(4)

seriam eliminados com a liberação destes pelos ao am-biente (Moriello & DeBoer 1995). O uso exclusivo desta terapia, porém, não é recomendado, principalmente, para as formas generalizadas da dermatofitose (Moriello 1990).

O ambiente é uma importante fonte de contaminação e mantém os esporos viáveis por mais de 18 meses (Moriello 1990, Scott et al. 2001). Os desinfetantes à base de hipoclorito de sódio e formalina são os mais eficazes e inativam os esporos em duas horas, sua utilização é indicada duas vezes por semana (Rycroft & McLay 1991). A resolução espontânea da infecção fúngica pode ocor-rer quando o pelo parasitado entra na fase telogênica. Nessa fase, a produção de ceratina diminui e eventual-mente pára, de forma que o fungo, por sua necessidade constante de ceratina para se manter, também interrom-pe a multiplicação (Moriello 1990). A indução de uma res-posta inflamatória pela presença do fungo é o segundo mecanismo pelo qual a resolução espontânea de uma in-fecção pode ocorrer; o M. canis raramente induz uma re-ação inflamatória em gatos, o que, segundo o autor, difi-cultaria para o sistema imune o reconhecimento e a elimi-nação do fungo (Kigliman 1955).

Este trabalho tem como objetivo esclarecer se há efi-cácia e viabilidade no tratamento da dermatofitose com lufenuron em felinos, tanto alojados em gatil, quanto do-miciliados.

MATERIAL E MÉTODOS

Neste estudo, foram utilizados 46 gatos, de municípios da cida-de do Rio cida-de Janeiro, RJ, 27 machos e 19 fêmeas, cida-de diferentes raças, com idades entre um mês e quatro anos atendidos no Setor de Dermatologia do Hospital Veterinário do Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Des-tes animais 30 apresentavam lesões e 16 eram assintomáticos. Os animais foram divididos em dois grupos: 15 foram alojados em gaiolas individuais de 1 m3, revestidas com azulejo, no gatil

do Hospital Veterinário do IV/UFRRJ e 31 permaneceram em seus domicílios. Dos gatos domiciliados, 15 tinham acesso livre à rua e 16 eram mantidos restritos em apartamento. Para esta-belecer-se o diagnóstico da dermatofitose, utilizaram-se a lâm-pada de Wood, o tricograma, a cultura fúngica e o exame histo-lógico de pele. A biópsia foi realizada apenas dos gatos clinica-mente doentes, não se efetuando o procedimento nos gatos as-sintomáticos. As amostras para o exame histopatológico foram coletadas com punch de 8mm, e as áreas escolhidas foram aque-las com maior intensidade de fluorescência. O material foi fixado em solução de formol a 15% e processado rotineiramente. As colorações utilizadas foram Hematoxilina-Eosina (HE) e Ácido Periódico de Schiff (PAS).

Após o diagnóstico ter sido estabelecido, os gatos foram tratados com lufenuron (120mg/kg), por via oral, com quatro doses em intervalos de 21 dias. Todos os tratamentos foram administrados após a principal refeição do dia. Os animais não foram banhados nem tricotomizados durante o período do tratamento. Submeteram-se ao tratamento tanto os gatos com dermatofitose quanto os contactantes assintomáticos.

A limpeza e a desinfecção diária do gatil eram feitas com solução de hipoclorito de sódio a 2%. A higiene do ambiente

dos animais domiciliados ficou a cargo dos proprietários, orientados para o uso correto da solução de hipoclorito de sódio a 2% e a retirada de fômites que poderiam atuar como fontes de reinfecção.

Todos os gatos foram reavaliados nos dias de tratamento. Com o auxílio da lâmpada de Wood, do tricograma e através da melhora clínica a recuperação foi avaliada. A cultura fúngica foi realizada novamente 20 dias após a última dose do tratamento.

RESULTADOS

Ao exame físico, os animais sintomáticos apresentaram lesões com distribuição e características variadas. A for-ma generalizada foi observada em oito anifor-mais (28,6%), lesões apenas na cabeça em oito (28,6%) e na cabeça e nos membros, em seis (21,4%). Nos demais oito gatos as lesões estavam localizadas em pontos isolados do tórax, membros, abdômen e cauda. As lesões caracterizavam-se por descamação, em 25 gatos (89,3%), áreas de alopecia em 21 (75%) e hiperemia em 20 outros (71,4%). A lâmpada de Wood revelou-se um importante méto-do auxiliar para escolha méto-dos pelos enviaméto-dos à cultura, bem como da área para realização da biópsia. Além disso, este exame foi fundamental nas reavaliações dos animais, a cada 21 dias. Em 26 animais (92,8%), houve intensa fluorescência, já em dois outros (7,2%), apenas leve.

Ao exame micológico, o único agente etiológico isola-do foi o Microsporum canis, tanto isola-dos felinos isola-domiciliaisola-dos quanto dos animais alojados no gatil.

Dos 27 gatos biopsiados, apenas em três não foi visualizada, histologicamente, a presença do fungo pela coloração de rotina. Os demais apresentaram graus va-riados de infecção nas áreas examinadas. Em 23 felinos (85,2%), foi possível a visualização do agente tanto atra-vés da coloração rotineira (Fig.1) quanto em PAS, po-rém em um gato, os artroconídios só foram visíveis pela coloração com PAS. Observou-se que os artroconídios encontravam-se predominantemente na região medular dos pelos. A inflamação associada à infecção era mista, com presença de células tanto mono quanto

(5)

nucleadas; observou-se também que a intensidade da infecção era inversamente proporcional à resposta infla-matória.

O lufenuron mostrou-se eficaz no tratamento de 29 (96,4%) dos 30 felinos que apresentaram a forma clínica da dermatofitose (Fig.2-3), assim como em todos os 16 animais assintomáticos. Não houve diferença na respos-ta ao trarespos-tamento, quando comparamos os animais domi-ciliados e os que permaneceram no gatil.

Após o primeiro tratamento, 12 dos gatos (42,8%) apre-sentaram redução considerável da fluorescência e em 13 outros (46,4%) considerando-se sintomáticos e assinto-máticos, esta já não mais foi detectada.

Observou-se, ainda, que 20 felinos (71,4%) tiveram cura clínica 21 dias após o início do tratamento e, que, em sete outros (25%), a cura foi constatada 42 dias após o início da terapia. Em um gato (3,6%), tratado anterior-mente com corticosteroide, verificou-se apenas melhora clínica, porém não houve remissão total das lesões.

Apesar de clinicamente bons (sem lesão visível ao exa-me físico), 11 animais (39,3%), ainda permaneciam com

leve fluorescência em algumas áreas de pele, onde antes havia lesões. O lufenuron foi usado durante o terço inicial da gestação de um animal e não foi observada qualquer alteração clínica e morfológica nos filhotes. Durante todo o período do experimento, também não se observaram quais-quer reações adversas associadas ao tratamento.

Vinte dias após o último tratamento, em 45 dos 46 feli-nos estudados (97,8%) o exame micológico resultou nega-tivo. Microsporum canis foi isolado, neste período, apenas do animal tratado previamente com esteroides, e que ain-da apresentou fluorescência ao exame físico ain-da pele.

DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

De forma geral, os resultados obtidos nesse estudo, es-tão de acordo com aqueles observados por alguns auto-res que concordam que essa droga é eficaz para o trata-mento da dermatofitose (Ben-Zioni & Arzi 2000, Karpen & Bernadino 2001, Guillot et al. 2002, Zaffari 2002).

Ben-Zioni & Arzi (2000) utilizaram o lufenuron em dose única, que variou de 51,2 a 266mg/kg e os felinos foram considerados clinicamente curados dez a 15 dias após o tratamento. Em nosso estudo, o tempo necessário para cura clínica foi maior. Mais de 70% dos animais apresen-taram cura 21 dias após o início do tratamento e em 25% esta só ocorreu 20 dias após a segunda administração do medicamento. Resultados mais aproximados aos por nós encontrados foram observados em 85,7% dos animais que receberam 133mg/kg e 100% dos que receberam 204mg/ kg do lufenuron; estes animais tiveram cura clínica 30 dias após o tratamento (Zaffari 2002). Outros felinos submeti-dos ao tratamento com 60mg/kg do lufenuron (duas do-ses com intervalo de 30 dias) também tiveram uma res-posta mais lenta, já que após 60 dias do tratamento, oito dos 64 gatos ainda tinham lesões de pele (Guillot et al. 2002). Apesar de clinicamente saudáveis, a cura micoló-gica não foi verificada nos felinos tratados (Zaffari 2002, Guillot et al. 2002). No presente estudo, a cultura negati-va foi obsernegati-vada 20 dias após as quatro administrações do lufenuron em 98% dos gatos.

Um felino não teve cura micológica com lufenuron. An-tes de iniciar o tratamento, porém, este animal havia re-cebido várias administrações de dexametasona, o que pro-vavelmente reduziu sua resposta imunológica. De fato, fatores sistêmicos, como a imunossupressão ou a dimi-nuição da resposta inflamatória tem sido associados a falhas no tratamento (Kigliman 1955, Moriello 1990, Mancianti et al. 1992).

Por outro lado, Sonoda et al. (2004) não consideraram o lufenuron eficaz para o tratamento da dermatofitose e avaliaram como insatisfatórios os resultados com a dro-ga, visto que, em seu estudo, apenas 60% dos gatos fica-ram curados pelo uso desse medicamento, porém as do-ses empregadas variaram de 50 a 120mg/kg. Ressalta-se a importância da desinfecção ambiental e de todo ma-terial utilizado nos animais, bem como da administração do fármaco em dose elevada e junto à principal refeição para que o resultado seja satisfatório. O maior percentu-Fig.2. Felino antes de iniciar o tratamento. Áreas múltiplas de

hipotricose, crostas e hiperemia na face e orelhas.

Fig.3. Mesmo felino da figura anterior, 20 dias após a última administração do lufenuron. Crescimento dos pelos em face e orelhas, com exceção de área puntiforme de cicatrização.

(6)

al de cura observado por estes pesquisadores foi com a dosagem mais elevada do lufenuron.

Embora Guillot et al. (2002) não tenham encontrado diferença de eficácia entre o lufenuron, (duas doses men-sais) e a griseofulvina (administrada duas vezes ao dia durante quatro semanas), essa última apresenta o incon-veniente de não ser indicada para fêmeas prenhes e para animais com menos de 12 semanas (Moriello 1990, Scott et al. 1995, Spinosa et al. 1999, Sierra et al. 2000).

Quando o lufenuron foi utilizado isolado ou associado à terbinafina, os resultados não validaram a associação das duas drogas, visto que os gatos tratados apenas com a terbinafina ficaram curados em 8,6 (+/-1,8) semanas, os que receberam apenas o lufenuron em 9,3 (+/-1,6) se-manas e os animais medicados com ambas as drogas necessitaram de 8,7 (+/-1,2) semanas para a cura (DeBoer et al. 2004). Vale observar que o tempo de cura com lufenuron foi estimado longo (9,3 semanas), porém os gatos foram tratados com doses baixas do medicamento, apenas 133mg por animal.

Concordamos com a opinião dos autores que, ao com-pararem o lufenuron aos antifúngicos convencionais, afir-mam que esta droga tem-se mostrado mais segura, por ser indicada para filhotes e fêmeas prenhes e ter a vanta-gem de não necessitar de administrações diárias, o que a torna mais prática (Ben-Zioni & Arzi 2000, Karpen & Bernadino 2001, Guillot et al. 2002, Zaffari 2002).

Scott et al. (2001) referem que 30 a 80% das lesões de dermatofitose fluorescem à lâmpada de Wood, já Guillot et al. (2002) só verificaram fluorescência em 39% dos animais com essa enfermidade. A diferença, quanto à pre-sença da fluorescência, provavelmente deve-se à exis-tência de diferentes cepas de Microsporum canis das quais apenas 50% são fluorescentes (Moriello 1990, Medleau & Ristic 1992, Sparkes et al. 1993, DeBoer & Moriello 1995, Carlotti 1998, Sierra et al. 2000). Neste estudo houve fluorescência na pele de 100% dos felinos com dermato-fitose. O presente estudo demonstra que o exame direto com a lâmpada de Wood deve ser mais valorizado.

A nosso ver, esses dados são suficientes para com-provar que o lufenuron é uma droga eficaz e que seja preferencialmente indicada no tratamento da dermatofi-tose dos felinos. Na dose preconizada (120mg/kg), ne-nhum dos animais, mesmo prenhe ou filhotes, apresenta-ram efeitos colaterais ao medicamento. Acreditamos que a baixa eficácia da droga no tratamento de casos de der-matofitose relatada por alguns autores, deva-se a falhas no protocolo terapêutico e/ou na posologia. Conclui-se ainda que o custo do tratamento da dermatofitose com o lufenuron é um pouco mais elevado do que o com cetoconazol, porém apresenta vantagens em função da sua praticidade (maiores intervalos entre as administra-ções) e segurança.

REFERÊNCIAS

Aljambre S. 1993. Adherence of arthroconidia and germilings of anthropo-philic and zooanthropo-philic species of Tricophyton mentagrophytes to human

corneocytes as an early event in the pathogenesis of dermatophytes. Clin. Exp. Dermatol. 18:231-235.

Ben-Ziony Y. & Arzi B. 2000. Use of lufenuron for treating fungal infections of dogs and cats: 297 cases (1997-1999). J. Am. Vet. Med. Assoc. 217(10):1510-1513.

Borikar S.T. & Singh B.A. 1994. A note on clinical ringworm in domestic animals. Indian Vet. J. 71:98-99.

Cabañes F.J., Abarca M.L. & Bragulat M.R. 1997. Dermatophytes isolated from domestic animals in Barcelona, Spain. Mycopathol. 137:107-113.

Carlotti D.N. & Bensigner E. 1999. Dermatophytosis due to Microsporum persicolor (13 cases) or Mycrosporum gypseum (20 cases) in dogs. Vet. Dermatol. 10:17-27.

Carlotti D.N. 1998. Traitement des teignes chez le chat. Point Vét. 29:11-19.

Cruz L.C.H. 1998. Micologia Veterinária. 2ª ed. Imprensa Universitária, Rio de Janeiro, p.79-111.

Cutsem J.V. & Rochette F. 1991. Mycoses in Domestic Animals. Janssen Research Foundation, Beerse, Bélgica, p.176-178

Dean S.R., Meola R.W., Meola S.M., Sittertz-Bhatkar H. & Schenker R. 1999. Mode of action of Lufenuron in Ctenocephalides felis (Siphonap-tera: Pulicidae). J. Med. Entomol. 36(6):486-492.

DeBoer D.J. & Moriello K.A. 1994. Development of an experimental model of Microsporum canis infection in cats. J. Vet. Microbiol. 42:289-295.

DeBoer D.J. & Moriello K.A. 1995. Clinical update on feline dermato-phytosis. Part I. Comp. Cont. Educ. 17:1197-1203.

DeBoer D.J., Moriello K.A., Volk L.M., Schenker R. & Steffan J. 2004. Lufenuron and terbinafine for treatment of Microsporum canis infections in a feline model. Vet. Dermatol. 15:7-8.

DeJaham C. & Paradis M. 1997. La dermatophyte feline. I. Étiopatho-génie, aspects cliniques et principes diagnostiques. Méd. Vét. 27:141-146.

Guaguère E. & Prélaud P. 1999. A Pratical Guide to Feline Dermatology. Blackwell Science, Lomme, França, p.1-11.

Guillot J., Malandain E., Jankowski F., Rojzner K., Fournier E., Touati F., Chermette R., Seewald W. & Schenker R. 2002. Evaluation of the efficacy of oral lufenuron combined with topical enilconazole for the management of dermatophytosis in catteries. Vet. Rec. 150:714-718. Hill P.B., Moriello K.A. & Shaw S.E. 1995. A review of systemic antifungal

agents. Vet. Dermatol. 6:59-66.

Karpen A. & Bernardino V.K.Z. 2001. Uso do lufenuron no controle das infecções fúngicas. Monografia de Especialização, Faculdade de Ci-ências Agrárias, Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, PR. 23p. Kigliman A.M. 1955. Tinea capitis due to Microsporum audouini and M.

canis. Arch. Dermatol. 71:313-337.

Larsson C.E., Nahas C.R., Ledon A., Gambale W. & Paula C.R. 1994. Ringworm in domestic cats in São Paulo, Brazil, between 1981-1990. Feline Pract. 22(3):11-14.

Lewis D.T. 1991. Epidemiology and clinical features of dermatophytosis in dogs and cats at Louisiana State University: 1981-1990. Vet. Dermatol. 2:51-58.

Mancianti F., Giannelli C., Bendinelli M. & Poli A. 1992. Mycological findings in feline immunodeficiency virus-infected cats. J. Med. Vet. Mycol. 30:257-259.

Mancianti F., Zullino C. & Papini R. 1997. Itraconazole susceptibility of feline isolates of Microsporum canis. Mycoses 40:313-315.

Mancianti F., Pedonese F. & Zullino C. 1998. Efficacy of oral adminis-tration of itraconazole to cats with dermatophytosis caused by Micros-porum canis. J. Am. Vet. Med. Assoc. 213(7):993-995.

Medleau L. & Ristic Z. 1992. Diagnosing dermatophytosis in dogs and cats. Vet. Med. 87:1086-1092.

(7)

Moriello K.A. & DeBoer D.J. 1995. Feline dermatophytosis: Recent advances and recommendations for therapy. Vet. Clin. North Am., Small Anim. Pract. 25(4):901-921.

Moriello K.A. 1990. Management of dermatophyte infections in catteries and multiple-cat households. Vet. Clin. North Am., Small Anim. Pract. 20:1457-1474.

Murray P.R., Drew W.L. & Korbay J.G.S. 1994. Superficial, cutaneous, and subcutaneous mycoses, p. 404-437. In: Ibid. (Eds), Medical Microbiology. 5th ed. Mosby, St Louis.

Novartis 1994. Informativo Técnico, São Paulo, SP, p.3-4.

Pinheiro Q.A., Moreira J.L.B. & Sidrim J.J.C. 1997. Dermatofitoses no meio urbano e a coexistência do homem com cães e gatos. Revta Soc. Bras. Med. Trop. 30(4):287-294.

Ramadinha R. 2004. Comunicação (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ).

Rycroft A.N. & McLay C. 1991. Disinfectants in the control of small animal ringworm due to Microsporum canis. Vet. Rec. 129:239-241.

Scott D.W. & Miller W.H. 1992. Disorders of the claws and clawbeds in cats. Comp. Cont. Educ. 14:449-457.

Scott D.W. & Paradis M. 1990. A survey of canine and feline skin disorders seen in a university practice: Small Animal Clinic, University of Montreal, St Hyacinthe, Québec (1987-1988). Canine Vet. J. 31:830-835.

Scott D.W., Miller W.H. & Griffin C.E. 2001. Muller and Kirk´s Small Animal Dermatology. 6th ed. W.B. Saunders, Philadelphia. 1528p.

Scott D.W., LaHunta A., Schultz R.D., Bistner S.I. & Riis R.C. 1995. Teratogenesis in cats associated with griseofulvin therapy. Teratology 11:79-86.

Sierra P., Guillot J., Jacob H., Bussieras S. & Chermette R. 2000. Fungal floral on cutaneous and mucosal surfaces of cats infected with feline imunodeficiency virus or feline leukemia immunodeficiency virus. Am. J. Vet. Res. 61:158-161.

Sonoda M.C., Balda A.C., Otsuka M., Gambale W. & Larsson C.E. 2004. Use of lufenuron in the therapy of canine and feline dermatophytosis in São Paulo (Brazil). Fifth World Congress of Veterinary Dermatology, Vienna, Áustria. Vet. Dermatol. 15:45-45.

Sparkes A.H., Gruffydd-Jones T.J., Shaw S.E., Wright A.L. & Stokes C.R. 1993. Epidemiological and diagnostic features of canine and feline dermatophytosis in the United Kingdom. Vet. Rec. 133:57-61. Spinosa H.S., Górniak S.L. & Bernardi M.M. 1999. Agentes antifúngicos

e anitvirais, p.375-386. In: Ibid. (Eds), Farmacologia Aplicada à Medi-cina Veterinária. 2ª ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. Tuttle P.A. & Chandler F.W. 1983. Deep dermatophytosis in a cat. J.

Am. Vet. Med. Assoc. 183:1106-1108.

Zaffari C.B. 2002. Uso do lufenuron no tratamento das infecções fúngicas em cães e gatos. Monografia de Especialização, Universidade Luterana do Brasil, Canoas, RS. 30p.

Referências

Documentos relacionados

O presente trabalho foi realizado em duas regiões da bacia do Rio Cubango, Cusseque e Caiúndo, no âmbito do projeto TFO (The Future Okavango 2010-2015, TFO 2010) e

Como parte de uma composição musi- cal integral, o recorte pode ser feito de modo a ser reconheci- do como parte da composição (por exemplo, quando a trilha apresenta um intérprete

Compreendemos que a inclusão escolar poderá se concretizar pelo desenvolvimento de culturas, políticas e práticas (SANTOS, 2003) que permitem o

Questões como o acesso às informações públicas, redução de custos e controle social sobre as ações do governo já estavam presentes no primeiro programa do governo eletrônico,

E para opinar sobre a relação entre linguagem e cognição, Silva (2004) nos traz uma importante contribuição sobre o fenômeno, assegurando que a linguagem é parte constitutiva

Em que pese ausência de perícia médica judicial, cabe frisar que o julgador não está adstrito apenas à prova técnica para formar a sua convicção, podendo

Embora a solução seja bastante interessante como parte de uma política pública relacionada ao gerenciamento de dados de saúde dos usuários do sistema, esse