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Aula 08: Impostos de competência privativa dos entes da Federação

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Aula 08: Impostos de competência privativa dos entes da

Federação

Hoje veremos, detalhadamente, os impostos de competência privativa de cada ente da federação! São aqueles impostos que estão nominados na própria Constituição Federal!

Vamos relembrar quais são eles:

- União: IR, IPI, II, IE, IOF, ITR, IGF - Estados: ICMS, IPVA, ITCMD - Municípios: ISS, ITBI, IPTU

Lembrando o seguinte:

Constituição Federal -> atribui a competência para instituir os Impostos;

Lei Complementar Federal -> Estabelece normas gerais;

Norma legal da União, Estados, Municípios e DF -> Institui o imposto propriamente dito.

Pois bem, dessa forma veremos nesta aula, além dos dispositivos constitucionais, as normas contidas no CTN que estabelecem as normas gerais para que os entes da federação instituam os seus tributos.

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1. Impostos de competência privativa da União.

1.1. Imposto sobre Importação de produtos estrangeiros (II)

O II é um imposto cuja função principal é a intervenção no domínio econômico pela União, estimulando ou desestimulando as importações de acordo com a alíquota aplicada. As normas referentes ao imposto estão delineadas nos arts. 19 a 22 do CTN e art. 153, I da CF/88.

Fato gerador - Entrada de produtos estrangeiros no território nacional. Mas cuidado! O fato gerador é a ENTRADA e não a compra e venda de mercadoria importada.

“Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional.”

Base de cálculo - Temos três possibilidades:

1) Para alíquotas ad valorem (percentual sobre o valor): o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País.

2) Para alíquotas específicas: a unidade de medida adotada pela lei tributária, ou seja, independe do preço do produto. Por exemplo, um imposto de dois mil reais por tonelada de arroz importada do exterior.

3) Para produtos apreendidos ou abandonados levados a leilão: o preço da arrematação.

Art. 20. A base de cálculo do imposto é:

I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;

II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;

III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação.

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Pessoal, o art. 21 traz uma previsão que foi recepcionada somente em partes pela Constituição Federal. Atualmente, o poder executivo pode, nos limites estabelecidos na lei, alterar SOMENTE as alíquotas do II.

“Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.”

Contribuinte - Existem dois tipos:

1) O primeiro, e mais natural, é o importador ou quem a lei a ele equiparar. É aquela pessoa responsável por inserir o produto estrangeiro no território nacional;

2) Já a segunda possibilidade, refere-se ao arrematante de produtos apreendidos ou abandonados. São aqueles produtos arrematados em leilão que foram apreendidos ou abandonados e entraram em território nacional de forma clandestina, sem o devido recolhimento do Imposto.

Art. 22. Contribuinte do imposto é:

I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;

II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados. Fato gerador do II: Entrada no território nacional.

Dispositivos Constitucionais - Quanto ao II, é importante saber que se trata de uma exceção aos princípios da legalidade (quanto a alteração de alíquotas), anterioridade anual e noventena.

1. (ESAF/AFRFB/2009) Com relação ao imposto sobre importação de produtos estrangeiros, assinale a opção incorreta.

(A) Somente se deve considerar entrada e importada aquela mercadoria estrangeira que ingressa no território nacional para uso comercial ou industrial e consumo, não aquela em trânsito, destinada a outro país.

(B) A Constituição Federal outorga à União a competência para instituí-lo, vale dizer, concede a este ente político a possibilidade de instituir imposto sobre a entrada no território nacional, para incorporação à economia interna, de bem destinado ou não ao comércio, produzido pela natureza ou pela ação humana, fora do território nacional.

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(C) A simples entrada em território nacional de um quadro para exposição temporária num museu ou de uma máquina para exposição em feira, destinados a retornar ao país de origem, não configuram importação, e, por conseguinte não constituem fato gerador. (D) Terá suas alíquotas graduadas de acordo com o grau de essencialidade do produto, de modo a se tributar com alíquotas mais elevadas os produtos considerados supérfluos, e com alíquotas inferiores os produtos tidos como essenciais.

(E) Possui caráter nitidamente extrafiscal, tanto que a Constituição Federal faculta ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar suas alíquotas, já que sua arrecadação não possui objetivo exclusivo de abastecer os cofres públicos, mas também a conjugação de outros interesses que interferem no direcionamento da atividade impositiva – políticos, sociais e econômicos, por exemplo.

Comentários

A) Correta. Exatamente! A mercadoria em trânsito não sofrerá incidência do II.

B) Correta. Exatamente, o II atinge justamente esses bens produzidor fora do território nacional que serão incorporados a economia interna.

C) Correta. De fato, no caso em tela, o bem não será incorporado a economia interna, não sofrendo a incidência do II.

D) Incorreta. A gradação das alíquotas de acordo com o grau de essencialidade do produto está relacionada com o princípio da seletividade e não está previsto para o II, mas somente para o IPI e o ICMS.

E) Correta. Exatamente, o II tem caráter extrafiscal, pois o objeivo principal da União não é a arrecadação, mas sim intervir na economia.

GABARITO: D

1.2. Imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados (IE)

Vamos ver agora o outro imposto sobre o comércio exterior, que possui dispositivos bastante análogos ao primeiro. Suas disposições estão inseridas nos arts. 23 a 28 do CTN e art. 153, II da CF/88.

Fato Gerador - Saída de produtos nacionais ou nacionalizados do país.

Observem que não são somente os produtos nacionais que são objetos do IE, entram também os produtos que foram internalizados de forma definitiva na economia brasileira

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(nacionalizados). Dessa forma, estão fora desse rol àqueles produtos sob admissão temporária, por exemplo, uma obra de arte que veio para alguma exposição por tempo limitado.

“Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional.”

Base de cálculo - Bastante semelhante à base de cálculo da importação, são duas possibilidades:

1) Para alíquotas ad valorem (percentual sobre o valor): o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência;

2) Para alíquotas específicas: a unidade de medida adotada pela lei tributária. Ou seja, não interessa o preço do produto. Por exemplo, um imposto de cinco mil reais por tonelada de café exportada para o exterior.

Art. 24. A base de cálculo do imposto é:

I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;

II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.

Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se efetuada a entrega no porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional o custo do financiamento.

O art. 25 nos informa que a lei pode adotar como base de cálculo, a parcela excedente, quando houver um valor básico estabelecido.

“Art. 25. A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do preço, referidos no artigo anterior, excedente de valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro dos limites por ela estabelecidos.”

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Aqui, vale a mesma regra do II. De acordo com a CF/88, o poder executivo pode alterar dentro dos limites estabelecidos em lei, tão somente as alíquotas!

“Art. 26. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.”

Contribuinte - Exportador (pessoa que promove a saídas das mercadorias) ou quem a lei a ele equiparar.

“Art. 27. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar.”

O art. 28 apresenta uma norma de caráter programático, a caráter do legislador ordinário.

“Art. 28. A receita líquida do imposto destina-se à formação de reservas monetárias, na forma da lei.”

A realidade é que o IE é um imposto aplicado em caráter bastante excepcional, pois a regra é desonerar as exportações para que o produto nacional seja competitivo no mercado externo.

Dispositivos constitucionais - os dispositivos importantes quanto ao IE são os mesmos citados para o II: exceção aos princípios da noventena, da anterioridade anual e da legalidade (quanto a alteração de alíquotas).

2. (ESAF/MDIC/Analista de Comércio Exterior/2012) O Imposto sobre a Exportação – IE, cuja competência pertence à União, incide na exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. Sobre ele é incorreto afirmar que:

(A) nacionais são os produtos produzidos no próprio país.

(B) nacionalizados são os produtos que tenham ingressado regularmente para incorporação à economia nacional, submetendo-se ao desembaraço aduaneiro, vale dizer, com a respectiva tributação, sendo o caso.

(C) incide também sobre operações relativas à energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do país.

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(D) a exportação temporária, quando amparada em regime especial de suspensão de impostos, em que não se tenha a incorporação à economia de outro país, não se sujeita à sua incidência.

(E) o fato gerador ocorre com a saída física do produto do país, pouco importando, portanto, a data do registro da operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior – SISCOMEX.

Comentários

A) Correto. Nacionais são os produtos produzidos no país.

B) Correto. Nacionalizados são os produtos produzidos fora do país que tenham ingressado regularmente pela alfândega.

C) Correto. Os únicos impostos que podem incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do pais são: II, IE e ICMS. Guardem isso!

D) Correto. Exatamente, se aquele produto está saindo do país temporariamente, ele não estará sujeito ao IE, desde que respeitadas as condições impostas pela legislação.

E) Incorreta. De acordo com o Decreto-lei 1.578/77 que regulamenta o imposto sobre exportação, o momento do fato gerador na data do registro da exportação do sistema SISCOMEX.

GABARITO: E

1.3. Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR)

O IR é um imposto existente em vários países, em que cada contribuinte é obrigado a pagar ao governo federal, parte do seu rendimento anual. É um imposto com função fiscal, ou seja, meramente arrecadatória, e aqui no Brasil, está disposto nos arts. 153, III e §2º da CF/88, além dos arts. 43 a 45 do CTN.

Fato Gerador - É a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de rendas e proventos de qualquer natureza.

Disponibilidade econômica está ligada com a disponibilidade imediata dos recursos financeiros, já a disponibilidade jurídica está atrelada ao simples acréscimo patrimonial, mesmo que os recursos financeiros não estejam imediatamente disponíveis. Esta última, se assemelha ao conceito contábil da receita pelo regime de competência.

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Outro ponto importante é a distinção feita pelo próprio art. 43 do CTN entre renda e provento.

Renda - Fruto do trabalho, capital, ou combinação de ambos. Como exemplos de frutos do trabalho, temos o salário, aposentadoria. Por sua vez, como exemplos de frutos do capital, aplicação financeira, aluguel. Um exemplo de uma combinação de ambos seria o pro labore retirado pelos sócios de uma empresa.

Provento - Tudo que não for renda! Por exemplo, uma doação recebida pelo contribuinte. Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:

I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;

II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.” § 1o A incidencia do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

Base de cálculo - O montante real (salário por exemplo), arbitrado (definido pelo fisco quando haja irregularidades) ou presumido (presunção antecipada do valor do lucro a que tem direito alguns contribuintes), da renda ou dos proventos de qualquer natureza.

“Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.”

Contribuinte - Titular da disponibilidade econômica ou jurídica das rendas e proventos de qualquer natureza, sem prejuízo da lei atribuir essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.

Atenção! A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou do provento a função de responsável pela retenção e recolhimento do tributo. É o caso em que a lei, determina que

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as empresas sejam responsáveis pela retenção e recolhimento do imposto de renda sobre o salário de seus funcionários.

Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.

Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.

Dispositivos constitucionais - quanto ao IR, um dos mais importantes dispositivos é o que consta no art. 153, §2˚,I:

“§ 2º - O imposto previsto no inciso III:

I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da

progressividade, na forma da lei;

Estes critérios foram estudados na aula referente aos princípios constitucionais tributários, vamos relembrar rapidamente:

Generalidade: Abrangência subjetiva, todas as pessoas podem ser tributadas.

Universalidade: Abrangência objetiva, todas as rendas e proventos podem ser tributadas. Progressividade: característica do imposto que faz com que quanto maior for a base de cálculo, maior seja a alíquota aplicada.

CUIDADO!! A CF/88 exige a progressividade SOMENTE para dois impostos: IR e ITR. Além disso, autoriza a progressividade para o IPTU. Guardem essa informação!

Outra norma constitucional importante é a que diz que o IR é exceção SOMENTE ao princípio da noventena!

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1.4. Imposto sobre produtos industrializados (IPI)

Primeiro ponto! Não existe no Brasil imposto sobre a produção! Muito cuidado! O fato gerador não é a industrialização, mas sim a SAÍDA dos produtos industrializados. É um imposto de função mista, pois, além de ser um dos tributos com maior arrecadação pela União, serve como regulador do mercado. Suas disposições constam dos artigos 46 a 51 do CTN e no art.153, IV e §3º da CF/88.

Fato Gerador - Três hipóteses:

1) O desembaraço aduaneiro quando for produto industrializado de procedência estrangeira;

2) A saída do produto industrializado de qualquer estabelecimento considerado contribuinte do imposto;

3) A arrematação do produto industrializado, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.

Segundo o próprio CTN, considera-se produto industrializado aquela operação que:

- Modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a

finalidade do produto, ou;

- Aperfeiçoe o produto para consumo.

Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador:

I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;

II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51;

III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.

Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.

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Base de cálculo

Bom, se temos três fatos geradores, temos também três bases de cálculos distintas:

1) No caso da importação, o preço normal + Imposto de Importação + taxas pela entrada do produto no país + demais encargos cambiais;

2) No caso da saída de estabelecimento nacional, o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria, ou, na sua falta, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado ATACADISTA da praça do REMETENTE;

3) No caso de produto apreendido ou abandonado e levado a leilão, o preço da arrematação.

Art. 47. A base de cálculo do imposto é:

I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do montante:

a) do imposto sobre a importação;

b) das taxas exigidas para entrada do produto no País;

c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis;

II - no caso do inciso II do artigo anterior:

a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente;

III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação.

Dispositivos constitucionais – Para o IPI, temos o seguinte:

1) Princípio da seletividade - O IPI será seletivo - obrigatoriamente, só lembrando que

para o ICMS, a constituição deixou uma liberdade ao legislador ordinário para ser ou não seletivo. Quanto mais supérfluo, menor será a alíquota do IPI; da mesma fora, quanto mais essencial, menor a alíquota;

2) Princípio da não-cumulatividade - Compensa-se o que for devido de IPI na operação

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3) Exceção ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas e exceção a anterioridade anual (MAS NÃO A NONAGESIMAL)

Art. 48. O imposto é seletivo em função da essencialidade dos produtos.

Art. 49. O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados. Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado período, em favor do contribuinte transfere-se para o período ou períodos seguintes.

Art. 50. Os produtos sujeitos ao imposto, quando remetidos de um para outro Estado, ou do ou para o Distrito Federal, serão acompanhados de nota fiscal de modelo especial, emitida em séries próprias e contendo, além dos elementos necessários ao controle fiscal, os dados indispensáveis à elaboração da estatística do comércio por cabotagem e demais vias internas.

Contribuinte

1) Importador ou quem a lei a ele equiparar;

2) Industrial ou quem a lei a ele equiparar;

3) O comerciante que compre e venda somente para importadores ou industriais - como exemplo, temos um atacadista que compra e vende somente de industrial ou importador.

4) O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.

“Art. 51. Contribuinte do imposto é:

I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar;

III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior;

IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.

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Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante.

1.5. Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a

títulos ou valores mobiliários (IOF)

O IOF é um imposto de caráter extrafiscal, sendo um importante instrumento para a União intervir no mercado financeiro. São quatro matérias tributáveis dentro de um único tributo, e suas normas estão previstas nos arts. 63 a 67 do CTN e art. 153, V da CF/88.

Fato Gerador - São quatro possibilidades:

1) Quanto às operações de crédito - entrega total ou parcial do valor contratado, ou então a colocação à disposição do interessado!

2) Quanto às operações de câmbio - sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação a disposição do interessado, em montante equivalente.

3) Quanto às operações de seguro - a sua efetivação pela emissão da apólice ou documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei.

4) Quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários - a emissão, transmissão, pagamento, ou resgate destes, na forma da lei aplicável.

Cuidado! O parágrafo único ressalta que as operações relativas a títulos e valores mobiliários e as operações de crédito, são excludentes. Ou ocorre uma ou a outra.

Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:

I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;

II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;

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III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;

IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.

Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título representativo de uma mesma operação de crédito.

Base de cálculo – Da mesma forma, são quatro possibilidades;

1) Quanto às operações de crédito - o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros;

2) Quanto às operações de câmbio - o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto a disposição;

3) Quanto às operações de seguro, o valor do prêmio;

4) Quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: a) Na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;

b) Na transmissão, o preço ou o valor nominal ou o valor da cotação em bolsa, conforme a lei;

c) No pagamento ou o resgate, o preço.

Art. 64. A base de cálculo do imposto é:

I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros;

II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição;

III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;

b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei;

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Assim como no II e no IE, o art. 65 foi recepcionado apenas em parte pela CF/88. Tão somente, a alteração de alíquotas é possível pelo poder Executivo.

“Art. 65. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política monetária.”

Contribuinte -> O CTN determinou que o contribuinte é qualquer das partes envolvidas, conforme dispuser a lei. Dessa forma, caberá ao legislador ordinário da União determinar em cada caso quem será o contribuinte.

Veremos mais a frente que essa regra vale também para o ITCMD (Imposto estadual) e o ITBI (Imposto Municipal).

“Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.”

O art. 67, assim como no IE, apresenta uma norma de caráter programático, a caráter do legislador ordinário.

“Art. 67. A receita líquida do imposto destina-se a formação de reservas monetárias, na forma da lei.”

Dispositivos Constitucionais - Quanto ao IOF, os dispositivos mais importantes são os seguintes:

1) Exceção aos princípios da legalidade (quanto a alteração de alíquotas), anterioridade anual e nonagesimal;

2) A previsão do art. 153, §5º, em que o ouro quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial sujeita-se exclusivamente a incidência do IOF, cuja alíquota mínima será de 1%.

ATENÇÃO! É o único imposto com alíquota mínima fixada pela Constituição. Outro ponto importante, é que desse percentual, nada fica com a União, pois 30% do valor arrecadado com IOF sobre o ouro vão para os estados e os 70% restantes vão para os municípios.

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1.6. Imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR).

O ITR é um imposto predominantemente extrafiscal, progressivo, cujo objetivo principal é desestimular a manutenção de propriedades improdutivas. Está previsto nos arts. 29 a 31 do CTN e art. 153, inciso IV e § 4º, da Constituição Federal.

Fato gerador - A propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da área urbana do Município.

Aqui cabem algumas observações:

1. Por natureza refere-se ao solo com sua superfície, acessórios e adjacências naturais, compreendendo também o espaço aéreo e o subsolo. Dessa forma, o ITR não pode tributar os imóveis por acessão física, por exemplo, as edificações construídas no imóvel rural;

2. "Fora da área urbana do Município" é o equivalente a zona rural, cuja definição é retirada do próprio CTN por exclusão através da definição de zona urbana, presente no art. 32, §1º, vejamos:

Art. 32. (…)

§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:

I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água;

III - sistema de esgotos sanitários;

IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;

V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.

Observem dessa forma, que para ser considerada zona urbana, devem estar presente no imóvel, dois destes cinco melhoramentos descritos nos incisos do art. 32, §1º. Além desses, de acordo com o próprio CTN, a lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados

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pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que não cumpram os dois requisitos definidos nos incisos do art.32, §1º.

3. Por último devemos saber diferenciar propriedade, posse e domínio útil:

Propriedade - É o direito real que garante ao proprietário a faculdade de usar, gozar e dispor do imóvel de forma plena, além do direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha;

Posse - É aquele que tem de fato o exercício de um ou mais poderes inerentes a propriedade.

Domínio útil - É quando a propriedade pertence a um terceiro (senhorio direto), sendo que o detentor do domínio útil tem o direito de posse, uso, gozo e disposição, sujeita a limitações decorrentes da propriedade. Também chamado de enfiteuta ou foreiro.

Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município.

Base de cálculo - A base de cálculo do ITR é o valor fundiário. Este é o valor da terra nua, sem considerar o que foi edificado, construído, acrescido ao terreno. Isto decorre do fato de que o ITR só incide sobre imóvel por natureza.

ATENÇÃO! Logo mais a frente veremos que o IPTU incide tanto em imóveis por natureza como por acessão física.

“Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário.”

Contribuinte - O contribuinte do ITR vai ser o: 1) O proprietário;

2) O titular do seu domínio útil;

3) Ou o possuidor a qualquer título.

“Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.”

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Dispositivos constitucionais - para o ITR temos o seguinte:

1) Progressividade - O Art. 153, §4º, I, nos diz que o ITR será progressivo, ou seja,

quanto maior a base de cálculo, maior a alíquota e será fixado de modo a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas, evidenciando assim um forte caráter extrafiscal do produto;

2) Imunidade das pequenas glebas rurais - Por sua vez o inciso II do art.153, §4º traz a

previsão de que não incide ITR sobre a pequena gleba rural definida em lei, quando explorada pelo proprietário que não possua outro imóvel (seja ele rural ou urbano). A lei 9393/96 definiu o que é considerado gleba rural para efeito da imunidade, vejamos:

a) 100 Ha - Para Amazônia ocidental e pantanal grossense e sul mato-grossense;

b) 50 Ha - Para Amazônia oriental e polígono das secas; c) 30 Ha - Nas demais regiões.

3) Possibilidade de fiscalização e cobrança pelos municípios - Importante!! O inciso III do art.153, §4º traz a possibilidade da fiscalização e cobrança do ITR pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. Os municípios que exercerem essa opção, ficarão com 100% da arrecadação do ITR relativo aos imóveis rurais nele situados, de acordo com o art. 158, II. Caso contrário, a arrecadação será dividida igualmente entre a União e o Município.

1.7. Imposto sobre grandes fortunas (IGF)

Não há muito que se falar para o IGF. Previsto no art. 153, VII, da CF/88, é um imposto que embora seja de competência da União, esta nunca foi exercida.

O outro detalhe importante quanto ao IGF é que a CF/88 fala que o imposto deverá ser instituído nos termos de lei complementar. Há uma divergência doutrinária a respeito se a instituição deveria ser por lei complementar, ou se haveria uma lei complementar estabelecendo normas para a instituição do imposto. Todavia, as bancas geralmente se limitam a cobrar a literalidade do dispositivo.

(19)

1.8. Imposto extraordinário de Guerra (IEG)

Conforme previsão do art. 154, II da CF/88, a União poderá instituir os Impostos Extraordinários no caso de guerra externa ou na sua iminência. Detalhe importante, é que o legislador ordinário federal poderá definir qualquer hipótese de incidência, compreendidos ou não na competência tributária da União. Ainda no mesmo inciso, está previsto que cessadas as causas da sua criação, ele deverá ser suprimido gradativamente.

Art. 154. A União poderá instituir: (...)

II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

Cabe relembrar aqui, que os Imposto extraordinário de Guerra é exceção aos princípios da legalidade, anterioridade anual e nonagesimal.

2. Impostos de competência privativa dos Estados.

Pessoal, vamos conhecer agora os detalhes sobre os impostos que a nossa Carta Magna atribuiu à competência dos Estados e do DF! São eles:

- ICMS; - IPVA; - ITCMD.

2.1. Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de

Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação,

ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior (ICMS)

Antes de qualquer coisa, devemos saber que o ICMS surgiu da união entre seis impostos da antiga Constituição de 1967, são eles:

a) ICM - Imposto sobre circulação de mercadorias; b) Imposto Único sobre minerais;

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c) Imposto Único sobre energia Elétrica;

d) Imposto único sobre combustíveis líquidos e gasosos; e) Imposto sobre transportes;

f) Imposto sobre comunicação.

Dessa forma, o imposto se tornou bastante complexo, de difícil interpretação, e o constituinte achou necessário um maior grau de normatização, sendo o imposto mais detalhado pela Constituição Federal, conforme veremos pelos doze incisos do art. 155, §2º. Mas vamos por partes:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (…)

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

Fato Gerador - Primeiro ponto importante quanto ao ICMS é que este imposto engloba três matérias tributáveis:

1. Operações relativas à circulação de mercadorias - para haver circulação jurídica deve haver transferência JURÍDICA da titularidade;

2. Prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal; 3. Prestação de serviços de Comunicação.

Base de cálculo - Valor da operação ou prestação

Contribuinte - Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

Dispositivos Constitucionais

§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

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I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;

O inciso I nos informa que o ICMS obedece ao princípio da não-cumulatividade já estudado em aula própria que se aplica também ao IPI. Compensa-se o que for devido com o montante cobrado anteriormente;

II – a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:

a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

O inciso II define o que ocorre quando uma etapa da operação é tributada e a outra não! No caso da alínea ‘a’, o comprador da mercadoria, não terá créditos pra compensar na operação seguinte quando a operação de compra for isenta. Por sua vez, a alínea ‘b’, traz a previsão para anular o crédito gerado na operação anterior, quando ocorrer uma venda isenta de uma determinada mercadoria.

“III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;”

O inciso III apresenta o princípio da seletividade, que como sabemos é opcional para o ICMS e obrigatório para o IPI. De acordo com o princípio, as mercadorias deverão possuir alíquotas mais baixas para produtos mais essenciais.

IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;

V - é facultado ao Senado Federal:

a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;

b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante

(22)

resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;

Pessoal, os incisos IV e V foram vistos na aula sobre legislação tributaria em que detalhamos as atribuições de cada um dos diplomas normativos do Sistema Tributário Nacional. Nesse sentido, compete às resoluções do senado federal o estabelecimento opcional de alíquotas máximas e mínimas nas operações internas com ICMS, além da obrigatoriedade do estabelecimento das alíquotas nas operações interestaduais.

VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;

O inciso VI determina que as alíquotas internas não poderão ser inferiores as alíquotas interestaduais fixadas pelo Senado federal, salvo na hipótese de convênio entre os estados!

VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele; VIII – na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;

IMPORTANTE! Assunto que cai demais em provas! Os incisos VII e VIII diz respeito às operações interestaduais destinadas a CONSUMIDOR FINAL localizado em outro

estado. Na hipótese ‘a’, quando a operação ou prestação tiver destinatário contribuinte do

imposto, alíquota aplicada será a interestadual! Todavia, na hipótese ‘b’, a alíquota aplicada será a interna no caso do consumidor final do outro estado não ser contribuinte do imposto.

Só que agora vem o ponto chave! No caso de o destinatário ser contribuinte do imposto, ele deverá pagar na entrada para o seu estado o imposto correspondente à diferença da alíquota interna e interestadual.

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O estabelecimento “A”, localizado em território paulista compra 100 reais em mercadorias para consumo próprio do estabelecimento “B" localizado em território mineiro. O estabelecimento “B" deverá recolher 12 reais (correspondente aos 12% do valor da alíquota interestadual entre SP e MG) ao cofre mineiro, enquanto que o estabelecimento paulista deverá recolher 6 reais (correspondente a diferença entre as alíquotas internas e interestadual - 18% - 12%)

IX – incidirá também:

a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

O inciso IX prevê na sua alínea ‘a’, que incidirá ICMS na importação de mercadorias ou serviços do exterior, qualquer que seja sua finalidade, por pessoa física ou jurídica, independente de qualquer coisa. Todavia, esse assunto é polêmico, pois o STF tem o entendimento de acordo com a antiga súmula 660, ainda em vigor, que se a pessoa física ou jurídica não for contribuinte do imposto, ela não está sujeita ao ICMS. Acontece que o STJ, em 2011, se posicionou no sentido contrário, informando que a EC 33/2001 é posterior a edição da súmula, dessa forma, todos os fatos ocorridos a partir de 2001 deveria incidir sobre qualquer pessoa, sendo contribuinte ou não. Como não é um assunto pacífico, é bom vocês ficarem atento aos dois lados da moeda. A alínea ‘b’ apresenta outra situação interessante! No caso da mercadoria ser fornecida com serviços que não estejam previstos na competência municipal, o ICMS incidirá sobre tudo.

X - não incidirá:

a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;

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d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

O inciso X apresenta algumas hipóteses de imunidades, que como vocês devem se lembrar, é uma hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada, são elas: a. Exportação de mercadorias e serviços para o exterior com o devida manutenção do

crédito cobrado nas operações e prestações anteriores;

Pessoal, aqui cabe uma explicação mais detalhada! Vimos que na hipótese de isenção do inciso II, o crédito gerado nas operações anteriores devria ser estornado. Todavia, no caso das imunidades, estes créditos podem ser mantidos. Trata-se de um incentivo dado pela Constituição para estimular as exportações.

b. Saídas interestaduais de petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados e energia elétrica;

c. Sobre o ouro, quando ativo financeiro ou instrumento cambial, hipótese em que sujeita exclusivamente ao IOF;

d. Serviços de comunicação na modalidade de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;

Como regra geral, o valor do IPI entra na base de cálculo do ICMS. Ou seja, calcula-se o valor do IPI, agrega este valor no produto e assim temos a base de cálculo do ICMS. Acontece que, segundo a previsão do inciso XI, o IPI não entra na base de cálculo nas seguintes condições:

a. Operação realizada entre contribuintes;

b. Objeto da operação for produto destinado a industrialização e comercialização; c. a operação configurar fato gerador de ambos impostos;

Se algum destes requisitos não for preenchido, o IPI deverá entrar na base de cálculo do ICMS

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a) definir seus contribuintes;

b) dispor sobre substituição tributária;

c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços

e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a"; f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;

g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (Vide Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001).

Por fim, o inciso XII traz os assuntos referentes ao ICMS que a Constituição reservou sob a égide da lei Complementar. As alíneas "a, b, c, d, e, f, i" estão reguladas na lei complementar federal 87/96, a chamada lei Kandir. A alínea ‘g’ por sua vez trata das concessão de benefícios fiscais do ICMS que devem ser estipuladas em convênios, regulados pela lei complementar federal 24/75. E a alínea ‘h’ ainda não foi regulada.

3. (CESPE/NeR/TJ-RR/2013) No que concerne às normas relativas ao ICMS, assinale a opção correta.

a) É de competência da Câmara dos Deputados estabelecer alíquotas máximas de ICMS nas operações internas.

b) Cabe privativamente ao Congresso Nacional estabelecer alíquotas interestaduais de ICMS nas operações externas.

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c) Cabe privativamente ao Senado Federal estabelecer alíquotas mínimas de ICMS nas operações de exportação.

d) O estabelecimento de alíquotas máximas de ICMS nas operações de importação é da competência privativa da Câmara dos Deputados.

e) É facultado ao Senado Federal estabelecer alíquotas mínimas de ICMS nas operações internas.

Comentários

A competência para fixação de alíquotas interestaduais obrigatoriamente, além das máximas e mínimas opcionalmente do ICMS é do Senado Federal. Logo,

GABARITO: E

4. (CESPE/Juiz Federal/TRF3/2011/XVI) Suponha que determinado poder legislativo estadual crie tributo sobre a circulação de qualquer pessoa de um município para outro, atribuindo-lhe o nome de ICMS e, para justificá-lo, informe que a maior parte da receita será destinada a construir nova estrada entre os dois municípios. Nesse caso, o tributo deve ser considerado

a) constitucional, porque só o estado tem competência para instituir ICMS. b) inconstitucional, por motivos de competência e de vinculação.

c) inconstitucional, porque se caracteriza como taxa, havendo serviço a ela vinculado. d) constitucional, consistindo em contribuição de melhoria que beneficiará os proprietários da área.

e) constitucional, sendo imposto destinado a financiar a estrada.

Comentários

Esta hipótese descrita na questão apresenta duas inconstitucionalidades: a. O Estado não possui competência para tributar a circulação de pessoas;

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b. O imposto é um tributo cuja arrecadação só pode ser vinculada nas hipóteses excepcionais previstas na CF/88, pois a regra é a NÃO-VINCULAÇÃO.

Logo,

GABARITO: B

5. (CESPE /PCF/Área 1/2013) Com relação aos tributos, ao crédito tributário e às obrigações tributárias, julgue o item subsecutivo.

Resolução do Senado Federal, de iniciativa do presidente da República ou de senador da República, aprovada pela maioria absoluta dos membros do Senado, estabelecerá as alíquotas do ICMS aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

Comentários

O erro da assertiva está na iniciativa, pois, ela pode ser do Presidente da República ou de um terço dos senadores e não de um senador somente.

GABARITO: ERRADO

6. (UEPA/FRE PA/2013) Aponte a alternativa CORRETA, no que se refere ao imposto sobre circulação de mercadorias ou serviços.

a) O imposto será seletivo, em função da essencialidade das mercadorias ou serviços. b) O Senado, por provocação do Presidente da República, de um terço dos senadores ou de nove governadores de Estado, poderá, por meio de resolução, estabelecer alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação.

c) A isenção, salvo determinação normativa em contrário, implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes.

d) A não-cumulatividade implica a compensação do que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores pelo próprio Estado que realizar a cobrança. e) Incidirá sobre a importação de mercadoria do exterior por pessoa física ou jurídica, mesmo que não seja contribuinte habitual do imposto, seja qual for a finalidade do bem importado.

(28)

Comentários

A) Errado. De acordo com o art. 155, §2º, III da CF/88 o ICMS PODERÁ ser seletivo. Ao contrário do que ocorre com o IPI, em que a seletividade é OBRIGATÓRIA, segundo o art. 153, §3º, I da CF/88.

B) Errado. Não há competência para os governadores provocar Resolução do Senado para estabelecer alíquotas do ICMS interestadual.

C) Errado. A isenção, salvo determinação normativa em contrário, NÃO implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes. D) Errado. A não-cumulatividade implica a compensação do que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores pelo MESMO OU POR OUTRO Estado. E) Correto. É exatamente o que diz o art. 155, §2º, IX, “a”, da CF/88.

GABARITO: E

7. (UEPA/FRE PA/2013) Considerando o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e serviços, aponte a alternativa CORRETA.

a) Quando os bens se destinem ao consumidor final localizado em outro Estado, no cálculo do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços incidirá a alíquota interestadual se o destinatário for contribuinte do imposto ou a alíquota interna se o destinatário não for contribuinte do imposto.

b) Não incidirá o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços sobre operações que destinem ao exterior produtos industrializados, excluídos os semielaborados definidos em lei complementar.

c) Nas operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados e energia elétrica, o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços incidirá com a alíquota interestadual.

d) Não incidirá sobre a comercialização de ouro, como produto, exceto quando configurada a situação de ativo financeiro ou instrumento cambial.

e) Não incidirá nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção restrita e remunerada.

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A) Errado. De acordo com o art. 155, §2º, III da CF/88 o ICMS PODERÁ ser seletivo. Ao contrário do que ocorre com o IPI, em que a seletividade é OBRIGATÓRIA, segundo o art. 153, §3º, I da CF/88.

B) Errado. Não há competência para os governadores provocar Resolução do Senado para estabelecer alíquotas do ICMS interestadual.

C) Errado. A isenção, salvo determinação normativa em contrário, NÃO implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes. D) Errado. A não-cumulatividade implica a compensação do que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores pelo MESMO OU POR OUTRO Estado. E) Correto. É exatamente o que diz o art. 155, §2º, IX, “a”, da CF/88.

GABARITO: E

2.2. Imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisqueer bens ou

direitos a eles relativos (ITCMD)

As normas do ITCMD estão previstas no art. 155, I e §1º da CF e art. 35, parágrafo único, 38 e 42 do CTN, vejamos seus detalhes.

Fato gerador - observem que são duas matérias tributáveis:

1) Transmissão causa mortis de qualquer bem e direito a ele relativo - herança, legado, etc;

2) Doação de qualquer bem e direito a ele relativo.

Dessa forma, o fato gerador ocorre na doação ou transmissão do bem ou direito a ele relativo.

Importantíssimo é a previsão contida no parágrafo único do art. 35 do CTN, vejamos:

“Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.”

Observem que na transmissão causa mortis, para cada herdeiro ou legatário há um fato gerador distinto. Quanto aos donatários, o CTN não estende essa previsão, todavia, o estado de SP a título de exemplo, estende essa disposição inclusive para os donatários. Base de cálculo - Valor venal dos bens ou direitos a eles relativos;

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Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.

Contribuinte - Qualquer uma das partes, ficando a cargo do legislador ordinário essa decisão;

Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.

Dispositivos Constitucionais - Estão no art. 155, §1º da CF

Para que não haja conflito de competência entre os entes, a CF/88 estipulou pra qual Estado é devido o ITCMD:

1. Se for bem imóvel não tem erro: é o Estado da situação do bem! 2. Agora, se for bem móvel é que é um pouco mais detalhado:

a. Se for causa mortis, será o Estado onde se processa a SUCESSÃO, ou seja, onde é aberto o inventário ou arrolamento;

b. Em se tratando de doação, será devido o imposto para o Estado de domicílio do DOADOR, embora não necessariamente o contribuinte seja ele, pois conforme vimos, a definição do contribuinte pode ser qualquer uma das partes, ficando a cargo do legislador ordinário.

§ 1.º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal

II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;

Vamos fazer um exemplo pra elucidar a situação:

- Imagine que um indivíduo venha a falecer no Estado do RS e possua uma casa em GO e um automóvel licenciado em SP. Imagine também que o inventário desse indivíduo foi aberto no PR.

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Bom, pelo que está disposto na nossa Carta Magna, temos que o ITCMD sobre a casa será devido para GO. Já quanto ao automóvel, por se tratar de bem móvel, o ITCMD vai para o Estado onde foi aberto o inventário, ou seja, para o Estado do PR.

Cuidado! Esses tipos de questões são clássicos em provas e o examinador vai colocar um monte de situações pra tentar confundir os candidatos. Se concentrem somente em pensar da seguinte forma: Primeiro, verifique o tipo do bem, se é bem imóvel, o imposto fica para o Estado da situação do bem e ponto final! Agora, se for bem móvel, observe se a questão está se tratando de uma doação ou uma transmissão causa mortis. Neste último caso, o imposto cabe ao Estado em que for aberto o inventário ou arrolamento, no primeiro, caberá ao Estado em que tiver domicílio o doador.

Continuando no §1º, temos a previsão do inciso III que diz que compete a LEI COMPLEMENTAR FEDERAL regular as seguintes hipóteses ocorridas no exterior:

a. se o doador tiver domicílio ou residência no exterior;

b. se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior.

Acontece que esta Lei Complementar Federal nunca foi editada, gerando uma grande confusão, pois cada Estado acaba legislando da forma que lhe convém.

Por fim, temos o inciso IV do §1º, que determina que no caso do ITCMD, o estabelecimento das alíquotas máximas deste imposto fica á cargo de Resolução do Senado Federal e deverão ser observadas pelo legislador ordinário.

8. (CESPE/NeR/TJ RR/2013) No caso de um contribuinte nascido em Roraima falecer no estado Rio de Janeiro e deixar, como única herança, ações preferenciais de empresas sediadas na Bahia negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a cobrança do imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, incidente sobre a herança por ele deixada caberá

a) ao estado do Rio de Janeiro, local de falecimento do contribuinte. b) ao estado em que o contribuinte declarava seu imposto de renda. c) ao estado da Bahia, sede das empresas.

d) ao estado de São Paulo, em razão de as ações estarem nesse estado custodiadas. e) ao estado em que se processar o inventário ou arrolamento.

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Comentários

O ITCMD tendo como fato gerador a transmissão causa mortis para bens móveis é devido ao Estado em que processar o inventário ou arrolamento.

GABARITO: E

9. (FCC/NeR/TJ PE/Provimento/2013) O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação incidente sobre bens e direitos − ITCMD tem por fato gerador a

a) abertura da sucessão, que se dá com a morte.

b) partilha ou adjudicação dos bens deixados pelo de cujus em inventário ou arrolamento. c) aceitação da herança pelos sucessores a qualquer título.

d) lavratura da escritura de doação, quando se concretiza a transferência do domínio ao donatário.

e) partilha de bens comuns, ou seja, quando é atribuído ao cônjuge supérstite sua meação.

Comentários

De acordo com a súmula 112 do STF, “o imposto de transmissão “causa mortis” é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão.”

Ainda, de acordo com o Código Civil, temos o seguinte:

“Art. 1784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.”

GABARITO: A

10. (UEPA/FRE PA/2013) Considerando o imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, assinale a alternativa CORRETA.

a) O imposto sobre a transmissão causa mortis de bens será devido ao Estado onde situado o bem móvel.

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b) O imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis será devido ao Estado onde se processar o inventário ou tiver domicílio o doador.

c) No imposto sobre a transmissão causa mortis, se o doador tiver domicílio no exterior ou o inventário for processado no exterior, lei complementar regulamentará o ente federativo a quem competirá sua cobrança.

d) As alíquotas máximas do imposto sobre a transmissão causa mortis serão fixadas pelo Congresso Nacional.

e) A morte presumida não faz gerar o imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis.

Comentários

A) Errado. O imposto sobre a transmissão causa mortis de bens será devido ao Estado onde situado o bem IMÓVEL.

B) Errado. O imposto sobre a transmissão causa mortis de bens MÓVEIS será devido ao Estado onde se processar o inventário ou tiver domicílio o doador.

C) Correto. Esta de acordo com o art. 155, §1º, III da CF/88.

D) Errado. As alíquotas máximas do imposto sobre a transmissão causa mortis serão fixadas pelo SENADO, por meio de resolução.

E) Errado. A assertiva cobrou o conhecimento da Súmula 331 do STF;

“É LEGÍTIMA A INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE TRANSMISSÃO "CAUSA MORTIS" NO INVENTÁRIO POR MORTE PRESUMIDA.”

GABARITO: C

2.3. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA)

Veremos agora o último imposto estadual cuja previsão está apenas no art. 155, III, e §6º da CF/88. Cabe ressaltar que o IPVA não possui normas gerais previstas em Lei Complementar Federal.

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Fato Gerador - Propriedade sobre veículos automotores; Base de cálculo - Valor venal dos veículos automotores; Contribuinte - O proprietário do veículo automotor;

Dispositivos constitucionais - Vejamos o que a CF/88 nos ensina a respeito deste imposto:

1) O art. 24, §3º nos diz que inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender suas necessidades. Ou seja pessoal, a inércia da União em não editar lei complementar federal, não impediu os estados de exercerem sua competência legislativa para atender a suas peculiaridades. Muito importante observar que essa previsão constitucional vale tão somente para os ESTADOS! Não valendo para os municípios!

“Art. 24, § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.”

2) O art. 155, §6º, II determina que o IPVA poderá ter alíquotas diferenciadas de acordo com o tipo e utilização de veículo;

3) Por fim, o art. 155, §6º, I determina que a fixação das alíquotas mínimas do IPVA fica a cargo do Senado Federal, através de suas resoluções.

“§ 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)”

3. Impostos de competência privativa dos municípios

Bom, vamos dar início agora ao estudo dos impostos reservados pela Constituição aos municípios. Só lembrando que o DF possui uma competência híbrida, pois a ele são atribuídas as competências legislativas reservadas aos estados e municípios.

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3.1. Imposto sobre a propriedade predial e territorial Urbana (IPTU).

O IPTU é um imposto de função mista, pois, além de ser um importante instrumento arrecadatório, pode ser utilizado com fins regulatórios, visando o cumprimento da função social da propriedade urbana. Está previsto no art. 156, I e §1º da CF/88, além dos arts. 32 a 34 do CTN.

Fato gerador - É a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza ou acessão, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.

Observem que se assemelha muito ao que vimos para o ITR, com a diferença que agora se trata de imóveis dentro do perímetro urbano, além de que os imóveis por acessão física também estão incluídos.

Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.

Conforme vimos quando analisamos o ITR, vejamos como o CTN define zona urbana:

Art. 32. (…)

§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:

I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água;

III - sistema de esgotos sanitários;

IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição

domiciliar;

V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.

Observem dessa forma, que para ser considerada zona urbana, devem estar presentes no imóvel, dois destes cinco melhoramentos descritos nos incisos do art. 32, §1º. Além desses, de acordo com o próprio CTN, a lei municipal pode considerar como

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