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ACTIVIDADE CONSOLIDADA DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2009

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Actividade Consolidada da CGD em 30 de Setembro de 2009

Índice

ACTIVIDADE

CONSOLIDADA

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2009

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)

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(3)

1. ASPECTOS MAIS RELEVANTES

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2009

ACTIVIDADE BANCÁRIA

„ Os resultados líquidos da actividade bancária do Grupo Caixa Geral de Depósitos atingiram, nos primeiros nove meses de 2009, 368,8 milhões de euros, ou seja, menos 3,7% do que em igual período de 2008, penalizados sobretudo pela evolução da margem financeira, mas também pela redução dos resultados líquidos da área internacional.

„ A actividade doméstica contribuiu com 308,5 milhões de euros, com destaque para o desempenho da banca comercial e da banca de investimento, com um contributo de 262,8 milhões e de 27,3 milhões respectivamente.

„ A actividade nos mercados internacionais teve um contributo de 60,3 milhões de euros.

„ O rácio de eficiência bancário – cost-to-income – situou-se em 51,4%. „ O Crédito a Clientes (bruto) situou-se em 78,6 mil milhões de euros, o que

traduziu uma progressão de 4,4 mil milhões de euros (+5,9%) face a Setembro de 2008, tendo em Portugal o crédito a empresas e institucionais subido 7,6% e o crédito à habitação 4,4%, reflectindo o esforço da CGD no financiamento das empresas e das famílias.

„ O rácio de crédito vencido a mais de 90 dias situou-se em 2,35% e o de crédito com incumprimento, calculado de acordo com as normas do Banco de Portugal, em 2,87%. O grau de cobertura do crédito vencido a mais de 90 dias situou-se em 127,6%.

„ O saldo dos Depósitos de Clientes totalizou 56,8 mil milhões de euros (+6,3%).

„ O rácio de Transformação situou-se nos 122,1%, contra 124,4% um ano antes.

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ACTIVIDADE SEGURADORA

„ O resultado líquido da Actividade Seguradora cifrou-se em 0,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, face a 62,8 milhões no período homólogo de 2008. No entanto o resultado no 3º trimestre de 2009 evoluiu favoravelmente comparativamente aos -46,5 milhões de euros registados no primeiro semestre do ano, tendo em conta as dificuldades que o mercado segurador Não Vida continua a apresentar na actual conjuntura.

„ A Caixa Seguros e Saúde reforçou, nos primeiros nove meses de 2009, a sua liderança no mercado segurador nacional, aumentando a sua quota de mercado total para 29,4% (26,3% em Setembro de 2008), e ocupando o lugar de topo quer no conjunto da actividade Vida quer, de forma destacada, no conjunto da actividade Não Vida e em todos os seus principais ramos.

„ Até ao final do terceiro trimestre de 2009, as seguradoras da Caixa Seguros e Saúde registaram 2.989 milhões de euros de Prémios de Seguro Directo em Portugal, representando um crescimento da produção de 5%.

„ Apesar da crise internacional, os níveis de solvência do conjunto das Seguradoras da Caixa Seguros e Saúde continuaram a reforçar-se. Em Setembro, a taxa de cobertura da margem de solvência atingiu 181,1% (151,6% em Junho), nível muito confortável e que transmite um elevado grau de segurança a todos os segurados e agentes económicos que se relacionam com as Seguradoras do Grupo.

ACTIVIDADE HOSPITALAR

„ O resultado líquido da Actividade Hospitalar da Caixa Seguros e Saúde continuou a sofrer o impacto da fase de crescimento em curso, em particular com o prosseguimento do programa de investimento das novas unidades hospitalares, e reflectiu também o impacto da reestruturação de participações financeiras decorrente do termo da parceria com a USP Hospitales, situando-se em Setembro de 2009 em -32,1 milhões de euros.

„ A Actividade Hospitalar registou uma forte expansão, com um crescimento da facturação de 45% em Setembro, numa base comparável (sem considerar a exploração do Hospital de Cascais, parceria público-privada iniciada em 2009).

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ACTIVIDADE CONSOLIDADA

„ Os resultados líquidos da actividade consolidada do Grupo Caixa Geral de Depósitos atingiram 335,1 milhões de euros, ou seja, menos 23,3% que em igual período do ano anterior, motivados primordialmente pela descida da margem financeira e pela evolução dos resultados na área seguradora e saúde, e pelo abrandamento da actividade bancária nos mercados internacionais.

„ A redução da margem financeira em 19,5%, para os 1 256,9 milhões de euros, ficou a dever-se sobretudo às fortes reduções das taxas de juros que se verificaram a partir do 4.º Trimestre de 2008 e que afectaram a rentabilidade tendo em conta a composição da carteira de crédito com forte peso do crédito à habitação (cerca de 55% do crédito doméstico), bem como à acrescida concorrência na captação de operações passivas.

„ O reforço da imparidade de crédito atingiu 361,2 milhões de euros, o que representa um aumento de 141 milhões de euros relativamente ao período homólogo de 2008.

„ A rendibilidade bruta dos capitais próprios (ROE) situou-se em 10,3%.

„ O activo líquido do Grupo ascendeu a 119,7 mil milhões de euros, com um aumento de 8,9% em termos anuais.

„ Os recursos totais captados pelo Grupo (excluindo o mercado monetário interbancário) totalizaram 105,6 mil milhões de euros, +9,0% que um ano antes, para o que contribuíram o saldo dos depósitos de clientes e dos recursos captados junto de investidores institucionais através de emissões próprias, que progrediram, respectivamente 3,4 mil milhões de euros (+6,3%) e 4,8 mil milhões (+23,8%).

„ Em Setembro de 2009, o rácio de solvabilidade em base consolidado, calculado no quadro regulamentar do Basileia II, fixou-se em 12,9% sendo de destacar os rácios Core Tier I e Tier I, que se cifraram em 8,4% e 8,6%, respectivamente.

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2. PRINCIPAIS INDICADORES

Actividade Consolidada em 30 de Setembro de 2009

Síntese dos Principais Indicadores

(Milhões de euros)

Set/08 Dez/08 Set/09

Set/09 face a Set/08 Set/09 face a Dez/08 Resultados (*) :

Margem Financeira Estrita 1 560.5 1 558.0 1 256.9 -19.5% -19.3% Margem Financeira Alargada 1 671.2 1 648.0 1 363.6 -18.4% -17.3%

Comissões líquidas 307.2 313.5 336.7 9.6% 7.4%

Margem Complementar 435.7 632.4 700.1 60.7% 10.7%

Margem Técnica da Actividade de Seguros 408.4 385.5 336.0 -17.7% -12.8% Produto da Actividade Bancária e Seguradora 2 515.4 2 666.0 2 399.8 -4.6% -10.0% Resultado Bruto de Exploração 1 194.3 1 289.5 1 006.0 -15.8% -22.0% Resultado Antes de Impostos e Interesses Minoritários 581.9 495.5 456.0 -21.6% -8.0% Resultado Líquido do Exercício 437.2 343.6 335.1 -23.3% -2.5% Balanço:

Activo Líquido 109 953 111 060 119 705 8.9% 7.8%

Disponibilidades e Aplicações em instituições de crédito 8 567 8 067 12 105 41.3% 50.1% Aplicações em Títulos 22 264 21 339 25 343 13.8% 18.8% Crédito a Clientes (líquido) 72 309 75 311 76 225 5.4% 1.2% Crédito a Clientes (bruto) 74 195 77 432 78 584 5.9% 1.5% Recursos de Bancos Centrais e Instituições de Crédito 6 726 6 952 6 766 0.6% -2.7%

Recursos de Clientes 58 109 60 128 62 439 7.5% 3.8%

Responsabilidades Representadas por Títulos 20 063 19 929 24 068 20.0% 20.8% Provisões Técnicas de Actividade de Seguros 7 390 7 192 6 879 -6.9% -4.4%

Capitais Próprios 5 171 5 4840 6 913 33.7% 26.0%

Recursos Captados 96 881 98 310 105 619 9.0% 7.4%

Rácios de Rendibilidade e Eficiência:

Rendibilidade Bruta dos Capitais Próprios - ROE (1) (2) 15.0% 12.6% 10.3% Rendibilidade líquida dos Capitais Próprios - ROE (1) 12.1% 9.6% 8.1% Rendibilidade Bruta do Activo - ROA (1) (2) 0.73% 0.61% 0.53% Rendibilidade líquida do Activo - ROA (1) 0.59% 0.47% 0.42%

Cost-to-Income (2) 51.9% 51.2% 57.9%

Cost-to-Income Bancário (2) 48.0% 46.1% 51.4%

Custos Pessoal / Produto Actividade (2) 29.3% 27.9% 32.8% Produto Actividade / Activo Líq. Médio (2) 3.29% 3.34% 2.86% Qualidade do Crédito e Grau de Cobertura:

Crédito Vencido / Crédito Total 2.28% 2.38% 2.74% Crédito Vencido >90 dias / Crédito Total 1.93% 2.00% 2.35% Crédito com Incumprimento / Crédito Total (2) 2.27% 2.33% 2.87% Crédito com Incumprimento líquido / Crédito Total Líquido (2) -0.28% -0.42% -0.14% Crédito Vencido Líquido / Crédito Total Líquido -0.27% -0.37% -0.27% Cobertura do Crédito Vencido 111.7% 115.1% 109.4% Cobertura do Crédito Vencido > 90 dias 131.7% 137.3% 127.6% Rácio de Estrutura:

Crédito a Clientes/Activo Líquido 65.8% 67.8% 63.7% Crédito a Clientes / Recursos de Clientes 124.4% 125.3% 122.1% Rácio de Solvabilidade

Solvabilidade 9,7% 10.7% 12,9%

Tier 1 6.4% 7.0% 8.6%

Core Tier 1 6.3% 6.8% 8.4%

(1) Considerando os valores de Capitais próprios e de Activo líquido médios. (2) Rácios definidos pelo Banco de Portugal.

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3. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO-FINANCEIRO

Após se terem verificado quebras significativas no PIB mundial no primeiro trimestre de 2009, os dados que têm vindo a ser divulgados recentemente indiciam uma estabilização na economia mundial, assente principalmente nas políticas monetárias e orçamental que têm vindo a ser seguidas de forma concertada pelas autoridades monetárias e governos nacionais.

Os indicadores positivos que vêm sendo difundidos conduziram a uma reavaliação em alta, por parte do FMI, do crescimento mundial, sendo agora expectável que a redução no PIB se fixe em 1,1% no final de 2009, o qual estará bastante dependente do desempenho verificado nos países asiáticos, nomeadamente da China (crescimento projectado de 8,5%).

A melhoria nas condições económicas e financeiras verificou-se também na economia norte-americana que registou, no segundo trimestre de 2009, um decréscimo anualizado do PIB de 0,7% face ao trimestre anterior, o que representa uma melhoria bastante significativa face ao período precedente (-6,4%). Esta performance resultou do menor ritmo de redução da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e das Exportações, a par de um aumento no Consumo Público. Para o final do presente exercício é expectável uma diminuição do PIB de 2,7%, que derivará fundamentalmente de decréscimos ao nível do Consumo Privado e FBCF.

Também as projecções para a Área Euro foram revistas em alta, sendo antecipado que este bloco económico registe uma redução no PIB de 4,2% em 2009. No segundo trimestre a Zona Euro apresentou um decréscimo de 0,1% no seu produto, face ao trimestre anterior, o que se traduziu numa variação homóloga de -4,7%. As componentes que mais contribuíram para esta evolução positiva foram o Consumo Privado e a FBCF, tendo inclusivamente o Consumo Privado verificado um crescimento trimestral positivo (+0,2%).

O BCE tem desempenhado um papel fundamental na estabilização que a economia europeia parece estar a verificar, não só pela redução da taxa directora para níveis historicamente baixos (1% em Maio), como pela injecção de liquidez no sistema financeiro, nomeadamente através de dois leilões a prazo alargado em Junho e Setembro à taxa de 1%, com o objectivo último de fomentar a concessão de crédito a particulares e empresas.

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Portugal, a par da Alemanha e da França, deixou de se encontrar em recessão técnica no segundo trimestre de 2009, evidenciando um crescimento trimestral positivo de 0,3%. A melhoria do desempenho económico português esteve associada a um menor abrandamento do consumo privado (-1,0% face a -1,5% no trimestre anterior), bem como ao contributo positivo da procura externa líquida. Não obstante a redução de 17,1% (variação homóloga) nas Exportações, as Importações registaram uma redução mais acentuada, que se traduziu num contributo positivo da procura externa líquida em 1,4% para a variação do PIB.

Apesar das medidas de apoio implementadas pelo governo português ao nível do emprego, a taxa de desemprego no segundo trimestre foi de 9,1%, sendo previsível que a mesma se fixe em 9,5% no final do ano, o que deverá condicionar a dinâmica do consumo privado.

Não obstante a forte revisão em alta do crescimento económico para 2009 efectuada pelo FMI, no qual se antecipa que a diminuição do PIB português seja de apenas 3%, interessa não descurar o efeito que as medidas implementadas terão no défice orçamental, que se estima venha a atingir os 5,9% este ano.

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4. DESENVOLVIMENTOS NO GRUPO

Nos primeiros nove meses de 2009, na área internacional, iniciou-se o processo de constituição do Banco para Promoção e Desenvolvimento (BPD) em Angola, que resulta de uma parceria entre a CGD e a Sonangol, detido a 50% por cada um destes accionistas. Em Julho, na sequência do aumento de capital da Partang, SGPS, a CGD passou a deter 50% do capital desta sociedade. Os restantes 50% são detidos pelo Grupo Santander Totta. A Partang, SGPS tem como único activo a participação de 51% no capital do Banco Caixa Geral Totta de Angola (BCGTA), cujo restante capital é detido em 25% pelo Grupo Sonangol e em 24% por dois investidores individuais angolanos.

Com estas duas iniciativas, a CGD passará a ter uma presença significativa em Angola, concretizando um objectivo que há muito vinha perseguindo. O BPD, que terá um capital inicial de mil milhões de dólares, centrará a sua actividade na banca de negócios e de investimento, enquanto o BCGTA manterá a sua actividade de retalho, com capitais próprios reforçados visando a aceleração do seu crescimento.

No final de Setembro foi assinado um protocolo entre a CGD e a Direcção Nacional do Tesouro de Moçambique com o objectivo de criar um banco de investimento naquele país. Este banco terá um capital de 500 milhões de dólares, o qual será detido em 50% por capitais moçambicanos e os restantes 50% serão detidos pela CGD.

Após quatro anos sem presença directa do Grupo CGD no Brasil, o Banco Caixa Geral Brasil iniciou a sua actividade no primeiro semestre deste ano. O banco actua exclusivamente nas áreas de banca de negócios e de investimento.

Em Cabo Verde, o Banco Comercial do Atlântico realizou, em Março, um aumento de capital no valor de 325 milhões de escudos cabo-verdianos elevando assim o capital para 1 325 milhões de escudos cabo-verdianos. Na sequência da subscrição do aumento de capital e por via do rateio, a CGD aumentou ligeiramente a sua participação directa e indirecta de 59,17% para 59,34%.

Da actividade em Portugal salienta-se o facto de a área de capital de risco do Grupo CGD ter sido reconfigurada, com amplo reforço do capital do Fundo de Capital de Risco Grupo CGD – Caixa Capital e a constituição dos Fundos Caixa Empreender+ e Caixa Mezzanine.

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Os referidos Fundos, cuja entidade gestora é a Caixa Capital, financiam investimentos associados ao empreendedorismo e à sustentabilidade em sociedades de elevado potencial de valorização, com a particularidade de o Fundo Caixa Mezzanine permitir conjugar instrumentos de dívida com participação no capital das empresas apoiadas.

A par de diversas instituições financeiras nacionais, a CGD subscreveu também parte do Fundo Capital de Risco - Recuperação, orientado para a viabilização de empresas.

Na área da banca de investimento de referir o bom desempenho do Caixa Banco de Investimento, expresso na obtenção de várias distinções internacionais em 2009, entre as quais a de Best Investment Bank e de Best Equity House em Portugal, atribuídas pela

Euromoney e Global Finance.

A Caixa Seguros e Saúde, SGPS passou a deter, em Junho, a totalidade do capital social da HPP – Hospitais Privados de Portugal, SGPS, na sequência da aquisição de 25% do capital desta sociedade ao Grupo USP Hospitales. Em simultâneo com a referida operação, a Caixa Seguros e Saúde alienou a participação de 10% do capital da USP Hospitales, deixando de possuir qualquer participação neste Grupo.

Rating

No decurso de 2009 verificaram-se alterações nas notações atribuídas à CGD pelas três principais agências de rating internacional, que traduziram a evolução económico-financeira adversa e respectivo impacto negativo sobre os principais indicadores bancários, mantendo contudo a CGD os ratings mais elevados atribuídos aos grupos financeiros portugueses.

Moody’s

Em Setembro de 2009, a Moody’s, na sequência da revisão efectuada aos ratings dos bancos Portugueses em Abril do mesmo ano, reviu em baixa o BFSR (Bank Financial

Strength Rating) e o rating de longo prazo da CGD, de C e Aa1 para, respectivamente, C- e

Aa2, ambos com outlook negativo. De acordo com a Moody’s estas descidas reflectem sobretudo a pressão sobre os níveis de rentabilidade e de capitalização num cenário pior que o esperado, bem como a deterioração dos indicadores de qualidade dos activos.

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Fitch Ratings

Em Setembro de 2009 a Fitch Ratings reafirmou as suas notações de rating de longo prazo e de curto prazo de AA- e F1+, respectivamente, tendo revisto o outlook de “estável” para “negativo”.

De acordo com aquela agência, a alteração reflecte a revisão, no mesmo sentido, efectuada ao outlook dos ratings da República Portuguesa.

Ainda relativamente à CGD, a Fitch Ratings confirmou o “Individual Rating” de B, o “Support Rating” de 1 e o “Support Rating Floor” de AA-.

Standard & Poor’s

Em Julho de 2009 a Standard & Poor’s colocou os ratings da CGD em “outlook” negativo. Esta acção resultou da revisão que aquela agência efectuou à sua metodologia e pressupostos de rating das entidades ligadas aos Estados (GRE’s – Government-Related Entities) e reflecte a pressão existente sobre o perfil de crédito individual (SACP – Stand-Alone Credit Profile) da CGD, resultante do agravamento do enquadramento económico e dos mercados financeiros, da concentração da exposição creditícia e do potencial impacto negativo na rendibilidade do Banco nos próximos trimestres que poderá advir da carteira de participações financeiras.

As notações detidas actualmente pela CGD são as que se apresentam:

Curto Prazo

Longo Prazo

STANDARD & POOR’S A-1 A+ Jul/2009

MOODY’S Prime –1 Aa2 Set/2009

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5. ANÁLISE FINANCEIRA −

Actividade Consolidada

Resultados

Os Resultados líquidos consolidados do Grupo Caixa Geral de Depósitos totalizaram 335,1 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2009, com origem sobretudo na actividade bancária nacional, cujo contributo para o resultado consolidado se cifrou em 308,5 milhões de euros.

A redução do resultado líquido consolidado em 23,3% face ao período homólogo de 2008 compara com uma redução de 2,5% se considerarmos o resultado líquido médio dos primeiros nove meses de 2008, valor que traduz de forma mais adequada o impacto da crise financeira sentida de forma crescente ao longo do ano de 2008.

O contributo da actividade da CGD (Portugal) para o Resultado Líquido do Grupo atingiu os 262,8 milhões de euros, o que significou uma redução de 1,2%.

RESULTADOS DAS PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO DO GRUPO

(milhões de euros) Variação Set/08 Set/09 Abs. % Actividade Bancária 383 180 368 817 -14 363 -3,7% Nacional 307 455 308 504 1 049 0,3% Internacional 75 725 60 313 -15 413 -20,4%

Actividade dos Seguros e Saúde 53 984 -33 705 -87 689 -162,4%

TOTAL 437 164 335 112 -102 052 -23,3%

A contribuição negativa da Caixa Seguros e Saúde, em 33,7 milhões de euros, para o Resultado Líquido da CGD, deveu-se quer aos menores resultados registados pela área seguradora, quer ao valor negativo obtido pela área hospitalar. Este último reflectiu, em particular, o efeito dos custos associados ao início da exploração do Hospital de Cascais (parceria Público-Privada) e o impacto da reestruturação de participações financeiras decorrente do fim da parceria com a USP Hospitales.

Na área internacional o contributo para o Resultado do Grupo atingiu 60,3 milhões de euros, tendo registado uma quebra de 20,4% face a idêntico período de 2008.

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A Margem financeira alargada elevou-se a 1 363,6 milhões de euros, montante que traduz uma diminuição de 18,4% relativamente ao valor observado no período homólogo do ano anterior, repartido pela Margem financeira

estrita, com 1 256,9 milhões de euros

(-19,5%), e pelos

Rendimentos de instrumentos de capital (dividendos), com 106,7 milhões de euros (-3,7%). A evolução negativa da margem financeira ficou a dever-se sobretudo às fortes reduções das taxas de juros que se verificaram a partir do 4.º Trimestre de 2008 e com a decisão da CGD de não repercutir integralmente os custos adicionais do financiamento nos clientes.

As Comissões líquidas progrediram 9,6%, atingindo 336,7 milhões de euros, destacando-se, na actividade em Portugal, as relativas às operações de crédito (+21,6 milhões de euros) e aos meios de pagamento automáticos (+6,2 milhões), tendo as comissões relativas a gestão

de activos registado uma quebra de 9,7 milhões.

Os Resultados em operações financeiras até Setembro ascenderam a 241,8 milhões de euros, valor que compara muito favoravelmente com os 12,9 milhões de euros de resultados obtidos em igual período de 2008. O aumento deveu-se, em grande parte, a ganhos obtidos em derivados de taxa de juro, como resultado da política de cobertura parcial de balanço adoptada em 2008, tendo sido complementados com melhorias significativas dos resultados em títulos de dívida, potenciados pelo acentuado estreitamento dos spreads de crédito verificado nos últimos meses.

Evolução das Com issões Líquidas

336.7 307,2 Set/08 Set/09 (M ilhões €) +9,6%

Margem Financeira Alargada

1 560 1 257 111 107 0 200 400 600 800 1 000 1 200 1 400 1 600 1 800 2 000 Set/08 Set/09 (M ilhõ es €)

Margem Financeira Estrita Dividendos -18,4%

1 671

1 364

-19,5% -3,7%

(14)

Os sinais de estabilização da actividade económica mundial traduziram-se igualmente na recuperação das principais bolsas, com impacto positivo na gestão de carteiras de títulos de capital.

A Margem técnica da actividade de seguros contribuiu com 336,0 milhões de euros para o produto da actividade do Grupo, o que representou uma redução de 72,4 milhões face ao ano anterior (-17,7%).

O volume de Prémios adquiridos líquidos de resseguro totalizou 1 424,7 milhões de euros, montante ligeiramente inferior ao observado no período homólogo de 2008 (-3,3%). Por seu turno, os Custos com sinistros líquidos de resseguro aumentaram 9 milhões de euros (+0,8%), para 1 167,4 milhões de euros.

A quebra na margem é ainda explicada pela redução dos Rendimentos e ganhos de investimentos afectos a contratos de seguros (-13,4 milhões de euros, -7,1%), penalizados pela evolução negativa dos mercados financeiros.

O Produto da actividade bancária e seguradora totalizou 2 399,8 milhões de euros, registando uma redução de 4,6% em relação ao período homólogo do ano anterior.

Os Custos operativos somaram 1 393,7 milhões de euros, traduzindo um agravamento de 72,7 milhões (+5,5%), comportamento resultante dos aumentos verificados nos custos com pessoal (+5,6%), nos outros gastos administrativos (+3,4%) e nas depreciações e amortizações (+14,0%). De referir, no entanto, que a variação verificada nos custos operativos na CGD (Portugal) cresceram apenas 1,9% com os custos com pessoal a aumentarem 2,8% e os outros gastos administrativos a verificarem uma diminuição de 2,4%. O Rácio de eficiência do Grupo – cost-to-income – situou-se em 57,9% no Grupo e 51,4% na actividade bancária.

RÁCIOS DE EFICIÊNCIA

Set/08 Set/09

Cost-to-income (bancário) 48,0% 51,4% Cost-to-income (alargado) 51,9% 57,9%

Custos Pessoal / Produto Actividade 29,3% 32,8%

Fornec. e Serviços de Terceiros / Produto Actividade 18,3% 20,0%

(15)

Cost to Income 57.9% 51.9% 48.0% 51.4% Set/08 Set/09 Grupo Bancário

Tendo em consideração os valores alcançados pelo produto da actividade e os custos operativos, o Resultado bruto de exploração foi de 1 006,0 milhões de euros, valor inferior ao do período homólogo do ano anterior (-15,8%).

No Grupo CGD a Imparidade do crédito, líquida de reversões, atingiu 361,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, reflectindo a deterioração do enquadramento macroeconómico. A Imparidade de outros activos ascendeu a 143 milhões de euros, correspondente a uma redução de de 41,1 milhões face ao período homólogo do ano precedente.

A Rendibilidade líquida dos capitais próprios (ROE) situou-se em 8,1% (10,3% antes de impostos) e a rendibilidade líquida do activo (ROA) em 0,42% (0,53% antes de impostos).

RÁCIOS DE RENDIBILIDADE

Set/08 Set/09

Rendibilidade Bruta dos Capitais Próprios 15,0% 10,3%

Rendibilidade Líquida dos Capitais Próprios 12,1% 8,1%

Rendibilidade Bruta do Activo 0,73% 0,53%

Rendibilidade Líquida do Activo 0,59% 0,42%

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Balanço

O Activo líquido do Grupo CGD totalizou 119,7 mil milhões de euros no final de Setembro de 2009, o que corresponde a um aumento de 9,8 mil milhões (+8,9%) face a igual data do ano anterior, assente, em grande parte, na evolução do Crédito a Clientes, nas Aplicações em Instituições de Crédito e nas Aplicações em Títulos.

O Crédito a clientes (bruto) progrediu 4,4 mil milhões de euros (+5,9%) para 78,6 mil milhões, tendo em Portugal o crédito a empresas e institucionais subido 7,6% e o crédito à habitação aumentado 4,4%.

CRÉDITO A CLIENTES (a)

(milhões de euros) Set/08 (c) Dez/08 Set/09 Var. Set/09 face a Set/08

Abs. % Actividade da CGD em Portugal 57 304 59 617 60 650 3 346 5.8% Empresas e institucionais 24 044 26 016 25 882 1 838 7.6% Particulares 33 260 33 601 34 768 1 508 4.5% Habitação (b) 31 832 32 166 33 243 1 411 4.4% Outros fins (b) 1 428 1 435 1 525 97 6.8%

Outras unidades do GRUPO 16 891 17 815 17 936 1 045 6.2%

TOTAL 74 195 77 432 78 586 4 392 5.9% (a) Antes de Imparidade.

(b) Inclui Créditos Titularizados.

(c) Considerando o valor transferido da carteira de títulos para o crédito no âmbito da reclassificação verificada em Dez/2008.

(17)

Repartição do Crédito a Clientes ( Setembro 2009) (milhões de euros) 25 882 33 243 1 525 17 936 Empresas e Instit. Habitação Outros fins

Outras Unidades do Grupo

Portugal

Cerca de 77% do total do crédito a clientes respeitam à actividade da CGD em Portugal, sendo de salientar, quanto às outras unidades do Grupo, os aumentos verificados no Banco Comercial e de Investimentos (Moçambique), com 168 milhões de euros (+49,1%), e na Caixa Leasing e Factoring, com 303 milhões (+10,5%).

No crédito à habitação e, no território nacional, o montante de operações contratadas nos primeiros nove meses de 2009 ascendeu a 2 673 milhões de euros, valor inferior ao verificado no período homólogo de 2008 (-5,6%), acompanhando a quebra que se tem assistido no mercado imobiliário.

O Rácio de transformação situou-se em 122,1% contra 125,3% no final de 2008.

Rácio de Transformação 60 128 62 439 76 225 75 311 Dez/08 Set/09 (M ilhõ es €)

Recursos de Clientes Crédito Clientes (Liq.)

+3,8% +1,2%

(18)

A qualidade dos activos medida pelo rácio de crédito com incumprimento, calculado de acordo com as normas do Banco de Portugal, fixou-se em 2,87%, enquanto que o rácio de crédito vencido total foi de 2,74%. O rácio de crédito vencido com mais de 90 dias foi de 2,35%, contra 1,93% em Setembro de 2008 e 2,0% no final de 2008. De referir que o crédito vencido na CGD cresceu a ritmo significativamente inferior ao do sistema bancário.

O montante da Imparidade acumulada relativa ao crédito a clientes (normal e vencido) atingiu 2 359,8 milhões de euros no final de Setembro, cifrando-se o grau de cobertura de crédito vencido, com mais de 90 dias, em 127,6%, contra 131,7% um ano antes.

QUALIDADE DOS ACTIVOS

Set/08 Dez/08 Set/09

Crédito com Incumprimento / Crédito Total (a) 2,27% 2,33% 2,87%

Crédito Vencido / Crédito Total 2,28% 2,38% 2,74%

Crédito Vencido > 90 dias / Crédito Total 1,93% 2,00% 2,35%

Cobertura do Crédito com Incumprimento 112,0% 117,5% 104,6%

Cobertura do Crédito Vencido 111,7% 115,1% 109,4%

Cobertura do Crédito Vencido > 90 dias 131,7% 137,3% 127,6%

(a) Método do Banco de Portugal.

Rácios de Crédito Vencido

2.38%

2.74% 2.35% 2.00%

Dez/08 Set/09

Rácio Crédito Vencido Total Rácio Crédito Vencido a mais de 90 dias

As Aplicações em títulos, que incluem a actividade de investimento das seguradoras do Grupo, ascenderam a 25,3 mil milhões de euros, superando em 13,8% o valor registado em Setembro do ano anterior, com a seguinte distribuição:

(19)

APLICAÇÕES EM TÍTULOS (a)

(milhões de euros) Set/08 (b) Dez/08 Set/09 Var. Set/09 face a Set/08

Abs. %

Actividade bancária 11 817 11 981 14 335 2 518 21.3%

Actividade seguradora 10 447 9 358 11 008 560 5.4%

TOTAL 22 264 21 339 25 343 3 078 13.8% (a) Após Imparidade.

(b) Considerando, para efeitos comparativos, o valor transferido da carteira de títulos para o crédito em Dez/08.

As Disponibilidades e Aplicações em instituições de crédito somaram 12,1 mil milhões de euros, valor que supera o verificado no final de Setembro do ano anterior em 41,3%, enquanto os recursos obtidos junto das mesmas entidades foram de 6,8 mil milhões, um montante semelhante ao registado em Setembro de 2008.

Os Recursos totais captados pelo Grupo (excluindo o mercado monetário interbancário) totalizaram 105,6 mil milhões de euros, +9,0% que um ano antes, distribuídos por recursos de balanço, com 94,9 mil milhões (+10,3%) e “fora do balanço”, com 10,7 mil milhões (-1,0%).

(20)

CAPTAÇÃO DE RECURSOS PELO GRUPO

Saldos em 30 de Setembro

(milhões de euros)

Var. Set/09 face a Set/08

Set/08 Dez/08 Set/09

Abs. %

No Balanço: 86 087 88 127 94 933 8 846 10.3%

Retalho 65 826 66 828 69 845 4 018 6.1%

Depósitos de clientes 53 433 55 484 56 810 3 377 6.3%

Seguros capitalização (1) 9 252 9 398 10 180 928 10.0%

Outros recursos de clientes 3 142 1 945 2 855 -287 -9.1%

Investidores Institucionais 20 261 21 300 25 088 4 828 23.8%

EMTN 8 582 7 354 10 549 1 967 22.9%

ECP e USCP 5 019 6 078 5 695 676 13.5%

Nostrum Mortgage e Nostrum Consumer 731 696 608 -123 -16.8%

Obrigações Hipotecárias 5 928 5 922 5 949 21 0.4%

Outras Obrigações - 1 250 2 286 2 286

-Fora do Balanço: 10 794 10 183 10 686 -108 -1.0%

Unid. particip. de fundos de investimento 5 679 4 962 5 108 -571 -10.1%

Caixagest 4 341 3 614 3 672 -669 -15.4%

Fundimo 1 338 1 348 1 436 98 7.3%

Fundos de Pensões 1 552 1 578 2 011 459 29.6%

Gestão de Patrimónios (2) 3 563 3 644 3 567 4 0.1%

TOTAL 96 881 98 310 105 619 8 738 9.0% (1) Inclui seguros de taxa fixa e produtos “unit linked”.

(2) Não inclui as carteiras das seguradoras do Grupo CGD.

Recursos Totais de Clientes

10 794 10 686 25 088 69 845 105 619 96 881 65 826 20 261 Fora do Balanço Investidores Institucionais Retalho Recursos de Clientes (milhões de euros) Set 08 Set 09

(21)

A evolução na captação de Depósitos beneficiou sobretudo do aumento verificado nos depósitos a prazo e de poupança, com mais 2,5 mil milhões de euros (+6,9%).

Durante o terceiro trimestre observou-se uma melhoria significativa nos mercados de crédito, traduzida no estreitamento de spreads e no bom desempenho em mercado secundário, o que sustentou um aumento da actividade em mercado primário.

O saldo dos recursos captados junto de investidores institucionais através de emissões próprias cresceu 4,8 mil

milhões de euros (+23,8%). As obrigações emitidas ao abrigo do Programa de Euro Medium Term Notes (EMTN) e as obrigações hipotecárias alcançaram saldos de, respectivamente, 10,5 mil milhões de euros (+22,9%) e 5,9 mil milhões de euros (+0,4%), enquanto no curto prazo, e aproveitando as condições favoráveis deste segmento, a CGD continuou a recorrer com regularidade ao mercado ECP, elevando-se o saldo vivo destes títulos emitidos ao abrigo do programa de papel comercial a 5,7 mil milhões de euros (+13,5%) no final de Setembro.

No âmbito do Programa EMTN o interesse pelas colocações privadas também registou um incremento substancial, tendo sido contratadas 28 novas emissões envolvendo um total de 1 024 milhões de euros.

De salientar ainda a emissão obrigacionista com garantia estatal realizada no mês de Fevereiro, no montante de 1 250 milhões de euros e a 5 anos, bem como o lançamento em Julho da emissão pública inaugural em Portugal de obrigações garantidas por créditos concedidos a entidades do Sector Público, no montante de mil milhões de euros.

Com esta última emissão, a CGD estabeleceu um novo referencial de mercado, com base numa boa receptividade por parte dos investidores institucionais estrangeiros. A procura excedeu em larga escala a oferta, tendo o livro de ordens atingido os 4 mil milhões de euros.

Evolução dos Depósitos de Clientes

17 212 18 191 35 580 38 039 580 641 Set 08 Set 09 (M ilhõ es €)

À Ordem A Prazo e de Poupança Obrigatórios

+6,3%

(22)

O spread final foi fixado nos 85 pontos base sobre a taxa de referência, resultando numa taxa fixa de 3,625%, para um prazo de 5 anos.

No final de Setembro, a CGD lançou uma oferta pública de recompra para duas emissões Upper Tier II. A recompra, no valor de 41 milhões de euros, correspondendo a cerca de 18,7% do montante vivo das duas emissões, visou dois objectivos; por um lado assegurar aos investidores a venda das obrigações detidas, num mercado com reduzida liquidez e, por outro lado, beneficiar do facto das obrigações apresentarem, aos níveis de recompra, uma rendibilidade global muito superior à dos termos iniciais da emissão.

O saldo dos recursos “fora do balanço” registou uma redução mais atenuada (-108 milhões de euros, -1,0%) face a Setembro de 2008, com origem nos fundos mobiliários geridos pela Caixagest (-15,4%), afectados pela crise financeira. Contudo, os saldos dos fundos imobiliários e de pensões evidenciaram uma recuperação sensível, subindo respectivamente 7,3% e 29,6%.

Os Capitais próprios do Grupo ascenderam a 6,9 mil milhões de euros, montante superior ao registado no final de Setembro do ano anterior em 1,7 mil milhões de euros (+33,7%), para o que contribuiu o reforço do capital social no montante de 1 000 milhões de euros em Junho de 2009.

Este último reforço elevou o Capital social da CGD para 4 500 milhões de euros, e para além de assegurar uma maior solidez da Instituição, teve como principal motivação o fortalecimento dos instrumentos de capital necessários para a CGD continuar a contribuir para uma maior dinamização da economia nacional, através do financiamento às famílias e às empresas.

A rubrica de Reservas de justo valor registou, por seu turno, uma variação positiva de 259 milhões de euros, traduzindo a recuperação que se começou a observar no mercado de capitais.

(23)

CAPITAIS PRÓPRIOS

(milhões de euros) Set/08 Dez/08 Set/09 Δ face a Set/08 Δ face a Dez/08

Abs. % Abs. %

Capital Social 3 500 3 500 4 500 1 000 28.6% 1 000 28.6%

Reservas de Justo Valor -759 -873 -500 259 -34.2% 374 -42.8%

Outras Reservas 1 518 1 464 1 628 109 7.2% 164 11.2%

Resultados Transitados -257 -222 -184 74 -28.6% 38 -17.3%

Interesses Minoritários 732 1 157 1 133 401 54.8% -23 -2.0%

Resultado do Exercício 437 459 335 -102 -23.3% -124 -27.0%

TOTAL 5 171 5 484 6 913 1 741 33.7% 1 428 26.0%

Em Setembro de 2009, o rácio de solvabilidade em base consolidado, calculado no quadro regulamentar do Basileia II, fixou-se em 12,9% sendo de destacar os rácios Core Tier I e Tier I, que se cifraram em 8,4% e 8,6%, respectivamente.

Os rácios apresentados evidenciam os impactos positivos do aumento de capital ocorrido no primeiro semestre, a melhoria das reservas de justo valor e a capacidade de geração de resultados do Grupo.

Dez/08 Jun/09 Set/09

Rácios (com inclusão de resultados)

Core Tier I 6,8% 8,2% 8,4%

Tier I 7,0% 8,4% 8,6%

(24)

6. Principais Desenvolvimentos nas Áreas de Negócio

6.1. Banca de Retalho – Rede Comercial em Portugal

Em 30 Setembro de 2009 a Rede Comercial Portugal totaliza 800 Agências e 39 Gabinetes Caixa Empresas. No terceiro trimestre a Rede de Agências foi reforçada em 4 cidades (Braga, Aveiro, Coimbra e Penafiel). Paralelamente à abertura de novos espaços, tem vindo a ser implementado um novo modelo de atendimento que cobre já 235 espaços, dos quais 125 resultantes de intervenções efectuadas já no decorrer deste ano. Este modelo de atendimento caracteriza-se por uma nova forma de organizar o espaço (ambiente de circulação e

espera mais agradável e zonas de atendimento com maior privacidade e conforto) e as actividades dos Colaboradores, melhorando a qualidade do serviço.

Em 30 Setembro de 2009 a Rede Comercial em Portugal verifica um crescimento do Volume de Negócios (constituído por Captação, Colocação e Garantias) de 8,4% face ao período homólogo.

Particulares

O segmento de Particulares regista um crescimento de 7,2% do Volume de Negócios de face ao período homólogo. Para este crescimento contribuiu, sobretudo, a evolução da Captação (+9,2%), embora a Colocação verifique também uma taxa de crescimento homóloga considerável (+4,2%), considerando a conjuntura macroeconómica do último ano.

(25)

Apesar deste enquadramento, o Crédito à Habitação apresentou um crescimento de 4,4% no valor da Carteira face a Setembro de 2008. A Caixa tem vindo a responder à nova realidade macroeconómica, com um acompanhamento permanente da situação financeira dos seus clientes, estudando e propondo uma série de medidas de apoio susceptíveis de mitigar riscos de sobreendividamento, nomeadamente a contratação de um período de carência ou de diferimento, a conjugação do período de carência com o diferimento de capital e

o aumento do limite de idade dos clientes no vencimento do empréstimo. Tendo em conta os actuais níveis das taxas de juro e o efeito de uma eventual subida generalizada das mesmas a médio prazo, a CGD lançou duas novas soluções de taxa de juro, a Taxa Protegida e a Taxa Z, que conferem protecção perante subidas ou descidas indiscriminadas da Euribor.

Em articulação com o Estado Português, foram implementadas medidas de apoio dirigidas aos clientes que se encontram em situação de desemprego, tendo em vista preservar o próprio património habitacional, aplicando às operações de crédito à habitação da CGD a medida extraordinária e transitória prevista no Decreto-Lei n.º 103/2009 e no âmbito dos clientes abrangidos por crédito à habitação bonificado, foram criadas pela CGD as condições necessárias à implementação das medidas previstas na Portaria nº 384/2009, introduzindo diversos benefícios que possibilitam reduzir o montante da prestação.

Com o objectivo de contribuir para o desagravamento dos encargos das famílias e ainda de estimular o mercado de arrendamento habitacional a CGD foi pioneira na criação de um fundo de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (FIIAH) designado “Caixa Arrendamento”. Este fundo constitui uma importante solução de recuperação de crédito, assumindo simultaneamente uma vertente social, ao permitir que os clientes da CGD em dificuldades económicas possam permanecer na sua própria habitação, mediante o pagamento de uma renda, com o direito de exercer uma opção de compra

(26)

Destacam-se ainda outras medidas como:

¾ A celebração de um protocolo entre a CGD e o Governo Regional dos Açores, com vista à implementação de medidas de apoio a Clientes residentes na Região Autónoma dos Açores;

¾ A reformulação e incrementação da capacidade de concretização de negócio bancário através do canal de venda da rede de mediadores da Fidelidade-Mundial e da Império-Bonança;

¾ A afirmação da CAIXA como o Banco da Reabilitação Urbana em Portugal através da participação activa da CGD nas iniciativas de reabilitação dos principais centros urbanos;

¾ A criação de soluções financeiras que possibilitem a redução do consumo de energia e a utilização de tecnologias amigas do ambiente (linha de financiamento para a aquisição, instalação e manutenção de colectores solares térmicos em Habitações e liderança no financiamento à aquisição de painéis solares Compromisso de criar entre outros);

¾ O patrocínio oficial e exclusivo do SIL09 (Salão de Imobiliário de Portugal, que teve lugar na FIL, entre 17 e 20 de Setembro).

O desenvolvimento das medidas apresentadas em 2009 tem vindo a permitir à CGD assegurar um crescimento sustentado e manter a sua posição de liderança e de referência na concessão de Crédito Habitação em Portugal.

No que diz respeito aos Depósitos de Particulares e continuando a capitalizar a imagem de solidez e fiabilidade que possui junto do público, a CGD reforçou a oferta de produtos de aforro, elevando o saldo destes Depósitos a 39 620 milhões de euros, ou seja, um crescimento superior a 9% em termos homólogos. De igual forma e beneficiando desta maior apetência dos clientes por produtos de maturidade mais elevada e risco mais baixo, também os Seguros Financeiros verificaram um crescimento

(27)

acentuado em termos homólogos (+12,6%).

Paralelamente, foi aprofundada a oferta de produtos de captação dirigida a subsegmentos específicos, nomeadamente os direccionados às mulheres activas, residentes no estrangeiro e aos jovens.

Ainda ao nível do segmento de Particulares destaque para a consolidação do Serviço Caixazul, modelo de negócio adoptado para os clientes Gama Alta, que representa já perto de 38% do Volume de Negócios do segmento e abrange mais de 311 mil clientes. Refira-se a este propósito que os Espaços Caixazul estão já disponíveis em 519 Agências.

Com o objectivo de reforçar o aprofundamento da relação com os clientes Mass Market deu-se início a um novo modelo de atendimento dirigido especificamente a este subsegmento, iniciativa actualmente em fase piloto envolvendo 12 Agências e cerca de 15 mil clientes e com “roll-out” previsto para de 11 de Novembro de 2009.

Empresas

O segmento Empresas apresenta um crescimento homólogo de 8,4%, do Volume de Negócios, verificando uma evolução muito positiva em todas as suas componentes (Colocação 6,8%, Captação 12,0% e Garantias 13,3%).

No subsegmento das PME’s (incluindo Caixa Empresas), salienta-se a variação homóloga observada quer ao nível dos depósitos (+19%), quer ao nível do crédito (+8%).

Dando seguimento à orientação estratégica de crescimento da quota de mercado da CGD e do negócio no segmento de empresas, prossegue a

(28)

Caixa Empresas, tendo subjacente um conceito de serviço de gestão personalizado prestado aos clientes ENI, pequenas e micro empresas clientes da CGD, que materializa no Gestor de Cliente a vertente de relacionamento através duma abordagem integrada às necessidades empresariais e particulares dos seus clientes. Em 30 Setembro de 2009 este modelo de serviço abrange 15.278 clientes e contribui com 22,7% do Volume de Negócios do segmento Empresas na rede de Agências.

Tendo como objectivo posicionar-se no mercado como Banco de apoio à exportação, à diversificação de mercados e à internacionalização, a Caixa lançou um conjunto de iniciativas com especial enfoque nos produtos e serviços disponibilizados às empresas exportadoras e às empresas que pretendam internacionalizar-se e desenvolver a sua actividade em novos mercados, destacando-se:

¾ Oferta Internacional Ibérica - Oferta específica para o mercado ibérico, com ênfase na promoção do conceito Passaporte Ibérico para facilitar a realização de negócios nos dois mercados;

¾ Linhas PME Investe - Dinamização do processo de candidaturas às linhas específicas que compõem a PME Investe IV na vertente sectores exportadores e micro e pequenas empresas, a par da disponibilização de crédito complementar para o financiamento de operações não elegíveis nesta linha bonificada e condições especiais para PME Líder.

Salienta-se ainda na oferta de produtos e serviços dirigidos ao segmento empresas: ¾ A participação da Caixa na

iniciativa PME CONSOLIDA - FACCE - Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas, através de protocolo celebrado com a PME Investimentos; ¾ A Linha de Crédito para Apoio

ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego, no

âmbito do Protocolo celebrado entre a Caixa, o IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, as SGM - Sociedades de Garantia Mútua e a SPGM – Sociedade de Investimento

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¾ O lançamento uma nova Linha de Crédito Caixa Programa PARES - Equipamentos Sociais e Saúde, com fundos provenientes do CEB - Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa e do BEI – Banco Europeu de Investimentos, destinada ao financiamento de projectos de investimento apresentados por IPSS e entidades equiparadas, aprovados no âmbito do Programa PARES;

¾ A dinamização de um Ciclo de Conferências, em parceria com o Jornal de Negócios e o Diário Económico, com acções em Aveiro e Viseu, reforçando a presença da Caixa junto das empresas e o seu posicionamento como “O Banco que apoia financiamento das PME”;

¾ O lançamento de novos protocolos no âmbito das Energias Renováveis (Benfica, Bosch, Efacec, BP) e alargamento às IPSS e clubes desportivos da medida Solar Térmico 2009, assim como o lançamento das Linhas Especiais – Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

6.2. Actividade da Área Internacional

O desenvolvimento sustentado da internacionalização do Grupo CGD é um vector fundamental da estratégia do Grupo, enformado por critérios de elevada prudência e rigor.

O actual contexto internacional ainda não permite assumir a recuperação clara da recente crise financeira e económica, mas tem reforçado a consciência no tecido empresarial português sobre a necessidade de maior expansão externa.

O Grupo CGD, com a sua plataforma internacional, assente em presenças físicas em 23 países e um vasto leque de mercados onde o Grupo apoia a actividade dos empresários portugueses, tem procurado desempenhar um papel de crescente importância no crescimento e dinamização da internacionalização da economia portuguesa. O Grupo está presente, de forma directa ou indirecta, nos mercados com maior potencial de negócio para as empresas portuguesas e para o próprio Grupo, bem como naqueles com os quais mantemos afinidades culturais e linguísticas ou onde existem importantes comunidades de origem Portuguesa.

Um dos mercados com maior potencial para as empresas portuguesas é o mercado angolano, onde, no ano de 2009, a CGD reforçou os seus instrumentos de Apoio à

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y Acordo Quadro de financiamento relativo a uma Linha de EUR 500 milhões, assinado entre a CGD, a República de Angola e a República Portuguesa.

y Participação na Convenção de Cobertura de Riscos de Crédito Portugal - Angola “Linha COSEC”, cujo plafond foi ampliado para EUR 1.000 milhões e que se encontra, actualmente, próximo da sua plena utilização. De salientar que a CGD se destacou por ter realizado o maior número de operações ao abrigo desta Linha.

Foram também desenvolvidos acordos de apoio ao negócio em três mercados com presença física da CGD, que se traduziram:

y Acordo tripartido relativo à implementação de uma Linha de Crédito Concessional de EUR 50 milhões, assinado pela República Democrática de São Tomé e Príncipe, enquanto mutuária, a CGD, enquanto mutuante, e a República Portuguesa, como garante.

y Adenda ao Acordo sobre a Linha de Crédito Concessional de EUR 100 milhões a favor da República de Cabo Verde. A Adenda foi assinada pela República Portuguesa, enquanto garante, República de Cabo Verde, enquanto mutuária, e CGD, enquanto mutuante, ampliando o limite desta Linha Concessional para EUR 200 milhões.

y Em fase de contratualização, também para Cabo Verde, uma nova linha concessional de EUR 200 milhões, para desenvolvimento de projectos de habitação social, com a participação de empresas portuguesas.

y Reforçada a linha de crédito concessional a Moçambique de EUR 100 milhões para EUR 200 milhões.

y Assinado o acordo quadro para uma nova linha de crédito comercial entre o Estado Português, o Estado Moçambicano, a CGD e o BCI, concretizando uma nova linha de apoio à exportação portuguesa para Moçambique com plafond de até EUR 300 milhões.

A área internacional da CGD, através da presença física nos seus diversos mercados de actuação, contribuiu com EUR 60,3 milhões para o resultado liquido consolidado do Grupo CGD nos primeiros nove meses do ano, ascendendo a 18% o peso relativo da área internacional (enquanto que no período homólogo de 2008 era de 17,3%).

(31)

Não obstante o presente cenário de baixa das taxas de juro de referência, a Margem Financeira da Área Internacional registou um crescimento de 11,9%, situando-se nos EUR 328 milhões.

Em termos operacionais, o contributo para o resultado bruto de exploração consolidado foi de EUR 199 milhões, o que corresponde a um crescimento homólogo de 8,5%. Apesar de uma evolução menos favorável dos custos de estrutura, que cresceram cerca de 10%, o cost-to-income da área internacional fixou-se em 51,7%, valor praticamente idêntico ao do período homólogo (51,8% a Setembro 2008).

O crédito a clientes (líquido) alcançou os EUR 13.065 milhões, o que representa um acréscimo de 5,4% face a Setembro de 2008. Os depósitos de clientes ascenderam a EUR 10.287 milhões, o que corresponde a um crescimento homólogo de 2,8%. O rácio de transformação passou de 124% em Setembro de 2008 para 127% em Setembro de 2009.

O peso relativo do crédito a clientes (líquido) da área internacional no total consolidado do Grupo, manteve-se nos 17% enquanto que o peso dos depósitos de clientes diminuiu ligeiramente, representando 18,2% do total de depósitos de clientes do Grupo (evoluindo de 18,9% em Setembro de 2008).

No quadro do desenvolvimento e consolidação da rede internacional do Grupo CGD, nos primeiros nove meses de 2009 registaram-se alguns elementos relevantes:

y Em Fevereiro ficou concluído o processo de abertura do Banco Caixa Geral

Brasil, essencialmente vocacionado para a banca de empresas e de investimento, com particular enfoque nas grandes empresas e no segmento das Large Mid Caps.

y Em Março foi assinado um acordo entre a CGD e a Sonangol para a criação de

um banco de fomento, destinado a apoiar grandes investimentos em Angola, preferencialmente angolanos, portugueses ou de parceria entre os dois países.

y Também em Março o Banco Comercial do Atlântico realizou um aumento de

capital, passando o seu capital social para CVE 1.324,8 milhões, sendo esta operação um sucesso no mercado Cabo-verdiano, com a procura a representar o dobro das acções em oferta.

(32)

Banco Santander Totta Angola, passando o Banco a adoptar a designação de Banco Caixa Geral Totta de Angola (BCGTA). O novo banco, em que a CGD e o Santander Totta controlam 51% e o restante capital é detido pela Sonangol e dois outros investidores angolanos, aumentou o seu capital social em 100 milhões de dólares, conforme previsto.

y Já em Setembro foi assinado um memorando de entendimento entre o Estado Português e o Estado Moçambicano com vista à criação de um banco de investimento em Moçambique. O objectivo da nova instituição é incentivar a criação de parcerias empresariais luso-moçambicanas, nomeadamente no sector das infra-estruturas (saúde, energia, educação) e na formação dos recursos humanos. O banco luso-moçambicano vai ter um capital inicial de 344,5 milhões de euros (500 milhões de dólares), detidos, na fase de arranque do Banco, em partes iguais pela Caixa Geral de Depósitos e pela Direcção Geral do Tesouro moçambicano.

6.3. Banca de Investimento

No 3º trimestre de 2009, a actividade desenvolvida pela CaixaBI nas diversas áreas de negócio de banca de investimento gerou um produto bancário de 90 milhões de euros, 52% acima do verificado para o mesmo período de 2008. Este montante é decomposto por 53 milhões de euros de Comissões, 27 milhões de euros de Margem Financeira e 10 milhões de euros de Resultados em Operações Financeiras.

O 3º trimestre fechou com um resultado líquido de 36 milhões de euros, o que representou uma subida de 60% sobre o mesmo período do ano anterior. Este resultado incorpora a constituição de provisões no montante de 21 milhões de euros, elevando o cash flow para 72 milhões de euros, 83% acima do período homólogo de 2008.

(33)

(milhões de euros) Set/08 Set/09 Variação

Carteira de Crédito 997 466 878 972 -11,9% Carteira de Títulos 641 640 601 990 -6,2% Carteira de Derivados 113 863 323 976 184,5% Total do Activo 1 977 710 2 021 245 2,2% Produto Bancário 59 525 90 364 51,8% Provisões 8 137 20 539 152,4% Custos de Estrutura 19 138 20 011 4,6% Resultado Líquido 22 680 36 233 59,8% ROE (%) 15,0% 19,3% Cost to Income (%) 30,3% 20,7%

Os resultados para este período reflectem a concretização de projectos significativos nas seguintes áreas:

Project Finance

Efectuou-se a estruturação de transacções com um envolvimento total do Grupo CGD de EUR 1 504 milhões, de que se destacam, pela sua importância, dimensão ou características, vários projectos rodoviários greenfield em Portugal – Subconcessões Baixo Tejo, Baixo Alentejo, Litoral Oeste e Algarve Litoral –, o projecto para a construção e gestão clínica do novo hospital de Braga, liderado pela Somague, Grupo José de Mello e Edifer, por um prazo de 30 anos, bem como o projecto Martel Wind, respeitante ao refinanciamento do portfólio eólico da Magnum Capital, através de project bonds (modalidade de financiamento pioneira em Portugal).

Structured Finance

O CaixaBI tem consolidado a sua presença, na qualidade de Mandated Lead Arranger de diversas operações, com destaque para:

− Acquisition Finance da Farma APS (Grupo Generis) por consórcio liderado pela Magnum Capital;

− Linha Back-up às notações de rating em vigor da EDP- Energias de Portugal, SA (“EDP”) e a EDP Finance BV (“EDP Finance”);

− Financiamento de longo prazo para a construção pela EFACEC de uma fábrica de transformadores eléctricos no estado da Geórgia (EUA).

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Corporate Finance de Dívida

A área de Dívida do CaixaBI consolidou no 3º trimestre a sua posição de liderança, como 1º Bookrunner em emissões obrigacionistas de emitentes de base nacional (ranking Bloomberg).

Para além da organização e liderança de 17 novos programas de Papel Comercial, com o valor global de EUR 4 194 milhões, o CaixaBI foi Joint Bookrunner e Joint Lead Manager de mais de uma dezena de emissões obrigacionistas.

Mercado de Capitais – Acções

O CaixaBI participou em todas as operações de mercado de capitais concretizadas nos três primeiros trimestres de 2009 em Portugal, com excepção de uma oferta no sector financeiro. A operação de mercado de capitais de maior relevo que foi lançada durante este período em Portugal foi a Oferta Pública de Subscrição do Banco Espírito Santo no montante de EUR 1 200 milhões e na qual o CaixaBI participa na qualidade de Co-Lead. As operações a salientar são:

y Organização e montagem de Aquisição Potestativa e da Oferta Pública de

Aquisição pela Shin-Etsu de acções representativas do capital social da Cires, bem como;

y Organização e Montagem de Oferta Pública de Aquisição pela Cerutil de acções

representativas do capital social da V.A. Grupo.

Assessoria Financeira

Até ao 3º trimestre foram concluídos os seguintes mandatos de assessoria financeira, uma área que aguarda a retoma da actividade mundial de fusões e aquisições:

y A um consórcio liderado pelo Grupo A.Silva & Silva na aquisição de uma

participação de 99,92% no capital da Cintra Aparcamientos;

y À Caixa Seguros e Saúde na revisão do acordo de joint venture existente entre a

HPP e a USP;

y À Galp Energia no âmbito da análise da estrutura de capital e opções de funding

da Empresa;

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y Ao Grupo Amorim/Interfamilia II na análise e emissão de uma opinião técnica

relativa a diferentes avaliações económicas e financeiras da holding do Grupo Amorim.

Assessoria à Gestão de Risco

Salientam-se algumas coberturas relevantes verificadas no 3º trimestre de 2009:

y IGCP – Operação de cobertura ao seu portfolio de dívida (swaptions). Montante

nocional de EUR 300 000 000.

y Semapa – Operação de cobertura de taxa de juro que salientamos no trimestre

como a operação com montante nocional mais elevado, EUR 175 000 000.

Capital de Risco

Durante os primeiros nove meses de 2009 foram aprovados 11 projectos, tendo sido concretizados 5, que implicaram um investimento de EUR 61,1 milhões.

Os projectos aprovados mas não concretizados envolvem um investimento potencial da área de capital de risco do Grupo CGD que ascende a EUR 27,2 milhões

No âmbito da reestruturação da Área de Capital de Risco, foi aumentado o capital do FCR Grupo CGD – Caixa Capital, em EUR 164,7 milhões (de EUR 174,6 milhões para EUR 339,4 milhões) tendo já sido realizados EUR 100 milhões.

De referir ainda que foram constituídos no 1º semestre dois novos Fundos de Capital de Risco: o FCR Empreender+ – Caixa Capital e o FCR Caixa Mezzanine – Caixa Capital.

Factos relevantes adicionais − Distinções

Em 2009 foram atribuídas algumas distinções internacionais para o CaixaBI, com destaque para o “Best Investment Bank in Portugal 2009” (Global Finance) e o”Best Equity House in Portugal 2009” (Euromoney).

De mencionar também que as League Tables da Dealogic, referentes ao 3º trimestre de 2009, colocam o CaixaBI nas seguintes posições de topo:

y 1º lugar como Mandated Lead Arranger em Portugal

y 3º lugar como Mandated Lead Arranger na Península Ibérica

y 4º lugar como Mandated Lead Arranger na Europa

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6.4. Actividade Seguradora e da Saúde

Evolução do Sector Segurador

O mercado segurador nacional apresentou, em Setembro de 2009, um decréscimo na sua Actividade em Portugal, tendo registado um montante de Prémios de Seguro Directo (incluindo a captação de recursos através de Contratos de Investimento), próximo de 10,2 mil milhões de euros, que equivaleu a uma redução de 6,2%.

Os ramos Vida atingiram um volume de prémios de 7 mil milhões de euros, valor inferior em 6,8% face ao período homólogo, sobretudo em resultado da queda significativa dos Produtos

unit linked.

O conjunto dos ramos Não Vida, com uma produção de 3,1 mil milhões de euros, registou uma quebra de 4,7%, reflectindo o contexto macroeconómico desfavorável e um nível de preços ainda degradado, em especial nos ramos Automóvel e Acidentes de Trabalho.

O Sector continua a ser liderado pela Caixa Seguros e Saúde, que alcançou, no final do terceiro trimestre de 2009, uma Quota de Mercado global de 29,4%, sendo líder nas Actividades Vida e Não Vida (com quotas de 29,7% e de 28,8%, respectivamente).

Actividade Seguradora da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A.

A Área Seguradora da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A. é constituída pelas Seguradoras Fidelidade Mundial, Império Bonança, Via Directa (seguro automóvel por telefone e internet), Multicare (seguro de doença) e Cares (seguros de assistência).

No final do terceiro trimestre de 2009, a Área Seguradora da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A., comercializou em Prémios de Seguro Directo um montante de 3 044 milhões de euros.

(37)

ÁREA SEGURADORA DA CAIXA SGUROS E SAÚDE, SGPS, SA

(milhões de euros) Set/08 Set/09 Actividade em Portugal

Quota de Mercado Total 26,3% 29,4%

Ramos Vida 24,7% 29,7%

Ramos Não Vida 30,1% 28,8%

Prémios de Seguro Directo 2 848 2 989

Ramos Vida 1 860 2 088

Ramos Não Vida 988 901

Combined ratio liquido de resseguro (Não Vida) 101,9% 109,2%

Loss ratio liquido de resseguro (Não Vida) 64,9% 73,7%

Expense ratio liquido de resseguro (Não Vida) 37,0% 35,5%

Actividade no Estrangeiro

Prémios de Seguro Directo 74 55

Ramos Vida 45 32

Ramos Não Vida 29 23

No que respeita à Actividade em Portugal, o incremento de 5,0% verificado na Produção teve origem nos ramos Vida, que evidenciaram um aumento de 12,3%, devido à comercialização dos Produtos de Capitalização e PPR, este último reflectindo o sucesso do Produto LEVE, que materializa o posicionamento estratégico do Grupo CGD neste domínio.

Por outro lado, o conjunto Não Vida apresentou uma diminuição de 8,8% no montante de Prémios, designadamente nos ramos Automóvel e Acidentes de Trabalho, repercutindo o abrandamento económico e um nível de preços inferior ao do período homólogo.

A Quota de Mercado global na Actividade em Portugal aumentou para 29,4%, consequência do reforço da quota nos ramos Vida para 29,7% e da redução da representatividade nos ramos Não Vida para 28,8%, tendo-se consolidado a Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A. como líder destacado em todos os principais segmentos de negócio dos ramos Não Vida. O Resultado Técnico dos ramos Vida apresentou, face ao período homólogo, uma redução de 3,4 milhões de euros para 36,5 milhões de euros. Esta evolução reflecte, pela positiva, o impacto favorável da redução da sinistralidade dos ramos Vida Risco e, pela negativa, uma

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deterioração da actividade financeira em Vida Capitalização - Contratos de Seguro, por efeito de imparidades registadas no primeiro trimestre e de quebra de rendimento nos activos de taxa de juro variável.

Relativamente à Exploração Técnica dos ramos Não Vida, a contracção da carteira de Prémios, maioritariamente devida a níveis de preço inferiores ao do período homólogo, conduziu a um aumento do Loss ratio líquido de resseguro para 73,7%, bem como do Expense ratio líquido de resseguro para 35,5%, tendo o resultado técnico sido negativo em 32,3 milhões de euros, menos 71,7 milhões de euros que no período homólogo de 2008. Os Custos de Estrutura situaram-se em cerca de 264 milhões de euros, o que representa uma redução de 8% (2,5% excluindo factores não recorrentes) face a igual período do ano anterior, traduzindo o esforço de racionalização e contenção que tem vindo a ser empreendido pela Área Seguradora da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A.

Em consequência das evoluções atrás mencionadas, a Área Seguradora da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A. registou, nas suas contas estatutárias, um Resultado Líquido agregado de 13,5 milhões de euros. Este valor é significativamente inferior ao registado em Setembro de 2008 (68,2 milhões de euros), mas apresenta uma clara progressão face aos resultados verificados até Junho de 2009 (-47 milhões de euros).

O Resultado Líquido da Actividade Seguradora, apurado de acordo com as normas IAS/IFRS para as contas do Grupo CGD, difere do resultado estatutário da Área Seguradora por incluir adicionalmente um conjunto de empresas instrumentais, bem como variados ajustamentos de consolidação e reclassificações. Nos primeiros nove meses de 2009, o Resultado Líquido da Actividade Seguradora para o do Grupo CGD tornou-se positivo (0,9 milhões de euros), denotando uma significativa recuperação face ao verificado no primeiro semestre (-46,5 milhões de euros).

Com a gradual recuperação dos mercados financeiros, os níveis de solvência do conjunto das Seguradoras da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A. continuaram a progredir favoravelmente. Em Setembro, a taxa de cobertura da margem de solvência atingiu 181,1% (151,6% em Junho), nível muito confortável e que transmite um elevado grau de segurança a todos os segurados e agentes económicos que se relacionam com as Seguradoras do Grupo.

(39)

Síntese da Actividade Consolidada da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A.

A Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A. é a holding que congrega todas as participações seguradoras do Grupo CGD, as participações da área hospitalar do Grupo CGD, agrupadas na holding HPP – Hospitais Privados de Portugal e ainda um conjunto de empresas instrumentais.

A Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A. continua a prosseguir a sua orientação de melhoria sustentada da eficiência operacional, controlo de custos e adopção de políticas comerciais que possibilitem níveis mais elevados de relacionamento comercial, de satisfação e fidelização de clientes.

CAIXA SEGUROS E SAÚDE, SGPS, SA (a)

(milhões de euros)

INDICADORES Set/08 Set/09

Activo líquido 14 514 15 495

Capitais próprios 1 008 1 134

Investimentos, Depósitos Bancários e Caixa 12 271 13 439

Provisões técnicas líquidas de resseguro 7 110 6 593

Responsab. com Recursos de Clientes e Out. Emprést. 4 829 6 223

Resultado líquido 56 -31

Elementos Constitutivos Margem de Solvência 1 082 1 331

Margem de Solvência requerida 683 735

Excesso da Margem de Solvência 399 596

Taxa de Cobertura da Margem de Solvência 158,5% 181,1%

(a) Valores em consonância com as normas relativas à apresentação das demonstrações financeiras no formato IAS/IFRS (Grupo CGD) e correspondem às contas consolidadas.

A Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A. obteve, em Setembro de 2009, um Resultado Líquido negativo em 31,2 milhões de euros, desdobrado num resultado positivo de 0,9 milhões de euros na Actividade Seguradora e um resultado negativo de -32,1 milhões de euros na Área Hospitalar.

O resultado da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A. em Setembro de 2009 compara com um valor positivo de 56 milhões de euros registado no período homólogo do ano anterior, ficando a evolução a dever-se quer aos menores resultados registados pela área seguradora, conforme descrito acima, quer ao valor negativo obtido pela área hospitalar. Este último reflectiu, em particular, o efeito dos custos associados ao início da exploração do Hospital de

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Cascais (parceria Público-Privada) e o impacto da reestruturação de participações financeiras decorrente do fim da parceria com a USP Hospitales.

A Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A. obteve um produto da actividade de 424 milhões de euros, face a 464 milhões de euros no período homólogo do ano anterior, evolução que resulta exclusivamente da redução de prémios relativos a contratos de seguro.

A principal componente do produto da actividade foi a margem técnica da actividade de seguros, que atingiu 330 milhões de euros. Nesta rubrica, o volume de prémios adquiridos líquidos de resseguro totalizou 1 421 milhões de euros, registando um decréscimo de 3,3% face a igual período homólogo de 2008. Por seu turno, os custos com sinistros líquidos de resseguro aumentaram 10 milhões de euros, para 1 167 milhões de euros (aumento de 1%). Relativamente aos custos operativos, apesar da diminuição dos custos de estrutura da actividade seguradora em cerca de 8%, registou-se um aumento de 6,7% ao nível da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, S.A., com origem, em grande medida, nos custos associados à entrada em funcionamento de novas unidades hospitalares da HPP.

A situação liquida consolidada da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, ascendeu, no final do terceiro trimestre de 2009, a 1 134 milhões de euros, superior em 126 milhões de euros a Setembro de 2008, evolução que resulta da melhoria ao nível das Reservas de Justo Valor. De referir, ainda, a existência de passivos subordinados no montante de 411,5 milhões de euros.

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A. 2 de Novembro de 2009

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