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ESBOCO
BIOGMPHICO
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LISBOA
ADOLPHO,
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ImprcssorcsRua Nova do I.oureiro, 25 a 48
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BIOGRAPHICO
POR
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ImpressoresRua Nova
do Loureiro, 25 a 43 1891y
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Juii
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196'
^
Em
niargode
1881davam-se na
politicaportuguezafactos curiosos.
Pontes
entenderanao
dever presidir asituagao regeneradora,
que succedeu
ao gabinetepro-gressista.
Rodrigues
Sampaio,
por indicagaode
Pon-tes,
tomou
a presidenciado
conselho. E,phenomeno
curioso nos nossos
costumes
politicos,um
grupo
de
novos entrou
no
poder,uma
transfusaode sangue
ju-venil, ainda
nao
experimentado,encheu de
legitimasesperangas todos os
que dedicadamente
pensavam
no
future
do
partido regenerador,quando
os velhosglo-riosos cahissem fulminados pela morte.
Os
tres ministrosnovos
tinham jauma
biographiaauspiciosa
que
justificava as esperangas n'ellesdeposi-tadas.
Vinham
laureadosda
universidade edo
parla-mento.
Haviam
chegado
a evidencia politica pordi-reito
de
conquista.Eram
jurisconsultos e oradoresno-taveis.
Mas
a tradigao partidaria,que
distribuiasempre
as
mesmas
pastas aosmesmos
homens,
precisavaque-brar-se mais
ou
menos
violentamente paraque
pela—
4
—
Pontes
acharauma
solugao habil ao problema,que
outro espirito
menos
perspicaz teria difficuldadeem
re-solver.
O
gabineteBraamcamp
fizerauma
administragaodis-pendiosa, e politicamente fora intolerante.
As
paixoespoliticas
estavam
irritadas, osanimos
sedentosde
re-presalias.
Se
aquelle gabinete succedesseum
ministeriopresidido por Pontes, esse facto tomaria o caracter
de
uma
situagaode
desforra partidaria, oque
contribuiriapara aggravar
cada
vez mais a agitagao politicado
paiz.
Organisou-se entao, sob os auspicios de Pontes, o
ministerio
de
margo, liberal conservador,que
tinharai-zes
na
regeneragao, e certo,mas
que, presidido porSampaio,
tranquillisou o espirito publico,que
confiavaplenamente
n'elle, eque
eracomposto
dehomens
no-vos,que nao
tinham levantado resentimentos,nem
to-rnado
compromissos
antigosque
os estorvassem.Os
coUegasde Pontes
nas situagoes transactasnao
podiam
julgarse melindrados pela sua exclusaodo
po-der, por isso
que
Pontesnao
estava pessoalmenteno
governo.
Este ministerio
de
transigao viveria decerto otem-po
bastante para fazer a eleigao geral e paraeviden-ciar praticamente as aptidoes administrativas e
politi-cas dos tres ministros novos. Entretanto as paixoes
partidarias acalmar-se-iam
um
pouco, a eleigao trariadecerto a
camara
uma
maioria regeneradora,que
ga-rantiria o futuro
do
partido.E
Pontes,quando
asindi-cagoes constitucionaes o conduzissem a successao
de
definida a situagao dos ministros novos,
que
teriamdado
as SLias provas praticas.
Os
que
sehouvessem
affirmado teriamconquis-tado por esse facto o direito
de
collaborarcom
osve-Ihos ministros regeneradores
em
futurassituagoes, oque
simplificava o
embarago de Pontes
na organisagaodos
gabinetes, e
nao
podia irritar os direitos adquiridos,pois
que
os novos e os velhos estariamem
perfeitaidentidade
de
circumstancias, reconhecidos uns e outroscomo
homens
de
goyerno.Todos
OS tres ministros, que, tendo vindolaurea-dos,
poucos
annos antes,da
universidade de'Coimbra,
pela primeira vcz fizeram parte
do
gabineteem
25de
margo
de 1881, se affirmaramcomo
homens
habilissi-mos
para gerir os negocios publicos.Eram Lopo
Vaz,que
tinha entao 33 annos; HintzeRibeiro, 32 ; Julio
de
Vilhena so mais velho doisannos
que
Lopo
Vaz.O
ministerioSampaio
fez a elcigao geral, euma
grande maioria regencradora assegurou a successao
de
Pontes
: foram eleitos 1 10deputados
regeneradores e5 progressistas.
Mas,
consequencia naturalda
entrada de tresminis-tros novos,
tambem
o parlamento recebeuuma
copio-sa transfucopio-sao de sangue
novo;
a geragao aque
os tresministros pertenciam estava representada por
46
depu-tados pela primeira vez eleitos.
Pontes
rao
conhecia pessoalmente muitos d'essesdeputados, nos quaes todavia
achou
um
forte apoiopartidario
quando
mais tardc tevede
governarcom
Alguns
dosnovos deputados que
entraram nacama-ro
em
Janeirode 1882
sao ja hoje mortos,como
porexemplo
os talentososEugenio de
Azevedo
eLou-rengo Malheiro, cuja
perda
o partido regeneradorsin-ceramente
deplora.No
ministerioSampaio,
a pastada
fazenda foicon-fiada a
Lopo Vaz
de
Sampaio
e Mello.As
circumstancias financeirasdo
paizestavam
bem
longe
de
ser desafogadas,como
de relancehavemos
de
mostrar, e o joven ministro tinhaque
defrontar-secom
as grandes difficuldades inherentes a sua pasta.Mas
Sampaio
escolhera-o para taoardua missao,mo-vido por
um
impulsode
legitima confianga.Lopo
Vaz
era,
quando
foichamado
ao ministerio, director geral dasalfandegas e contribuigoes indirectas, (') logar para
que
fora transferido a breve trecho
de
ter sidonomeado
director geral
da
instrucgao publica. (^)A
suacompetencia
como
economistaejurisconsultoaffirmara-se ainda nos
bancos
da
universidade.Sendo
estudante, preoccupara-o ja o estudo das questoes
fi-nanceiras,
como
oprova
o opusculo sobre a Iheoriado
imposto (Coimbra, 1867) e entrara auspiciosamentenos
assumptos
juridicosdando
ao prelo asBases
para
tuna theoria de
provas
judiciaes e^n causas civets(Coimbra, 1869),
Tres
capitulos sobreados
cominer-(M
Nomeado
per decreto de 14 denovembro
de 1878.ciaes, cuja edigao se esgotou rapidamente,
porque
esselivro representava o
que de melhor
se tinha escriptosobre a materia tanto
em
Portugalcomo
no
estrange!
-ro; OS opusculos concernentes
ao Juizo
conciliatorio eaos
Tribunaes
singulares e colleciivos.Estes trabalhos
academicos
denunciavam
uma
seriaorientagao
de
espirito adquiridaem
annos
ordinariamen-te
menos
propensos
a aridas investigagoesde
scienciaspositivas.
Mas como
senao
bastasse ainda estaprema-tura predisposigao, ja
de
si valiosacomo
promessa, osr.
Lopo
Vaz
superintendera,como
director geral dasalfandegas e contribuigoes indirectas,
n'um
ramo
de
administragao publica organicamente
conjugado
com
apasta
que
erachamado
a gerir.E
como
orador, sobreo
qualiam
agora pesar as responsabilidadesde
mem-bro
do
governo, tinha feito a sua reputagao, tinhaga-nho
as suas esporasde
oirono
torneioda
palavra,no
exercicio tao brilnante
como
arriscadoda
eloquenciapolitica,
onde
a replicade
improviso e a respostaprom-pta
ao
aparte,que
vem
cortar oargumento
na suade-ducgao
logica, e muitas vezes desviar subitamente orumo do
discurso,poem
em
prova
publica a destreza,a sagacidade, a firmeza
de
espiritodo
orador.5r:
A
vidaacademica
de
Lopo
Vaz
de
Sampaio
eMello fora pois assignalada pelo talento, pela
applica-gao, pelo consenso
unanime de
condiscipulos eE
uma
profundaverdade
comprovada
na largasuc-cessao das geragoes escolares.
Nascido
a29 de setembro de 1848
em
Gouvinhas^districto
de
Villa Real, filhode Antonio de
MelloVaz
de Sampaio, da
nobilissima casa de Espinhosa, d'ondeno
seculoXVI
sahira para ogoverno
geralda
Indiaum
senavo
ehomonymo,
obteveem
1865, aosdese-sete annos, a terceira distincgao das treze
que foram
conferidas a estudantes
do
primeiroanno
juridico.O
seu curso universitario nobilitou-sesempre
com
esta e quejandas
recompensas
academicas.Distincto
tambem
no segundo
anno, conquistouno
terceiro e quarto
um
accessit, eno
quinto, 1869,o
primeiro accessit.
As
informagoes iinaes,que
constam do
registoda
universidade, dao-n'o :
em
procedimento
e costumes,approvado
;em
merecimento
litterario, fnuito boinpor
um
e bout por onze.A
vidaacademica de
Coimbra
era entao maisale-gre e travesssa
do
que
hoje.A
tradigao medievald'essas ruidosas patuscadas
de
estudantes,que
setor-naram
celebresem
toda a Europa,nao
se tinhaapa-gado
ainda.A
mocidade
de Coimbra
desenfadava-sedo
trato dos livros e professores inventando clubs, theses,
antagonismos
em
que
o espirito folgasao se digladiavaentre condiscipulos e
contemporaneos sempre
com
o
predominio
da
feigao litteraria,que
caracterisava aorientagao tradicional
da
academia.O
discurso eraobrigatorio, constituia a
pedra
de
toquedo
talentoju-venil
em
todas as solemnidades publicas eem
todos osSimoes
Dias,Manuel da
Assumpgao,
Guimaraes
Fon-seca, Oliveira Valle, e outros, applaudidos
como
ora-dores nos saraus
da
Associagao
dos Artistas,tendo
por auditorio toda a
Coimbra
lettrada,sabemos
que
muitas vezes feriavam as suas noites
em
desenfadadosexercicios de eloquente
humorismo.
Em
29
de
outubrode 1866
Lopo Vaz
celebravacom
o prestigioda
suapalavra, na
Associagao
dos Artistas, a inauguragaoda
estatua
de
el-reiD.
Fernando;
dois dias depois,in-screvia-se
como
orador na celebragaodo
anniversarionatalicio d'el-rei
D.
Lui/ ;em
dezembro
de 1867
des-envolvia, perante o corpo docente
da
universidade eo ministro
do
reino,no
Theatro
Academico,
othema
que
fora escolhidocomo
assumpto
obrigadodo
sarau :Qua
Ia
injiuencia das colonias agricolas sobre opaii-pertsmo. ^^^
Como
variante a estas graves manifestagoesde
talento oratorio, valor litterario e capacidadescien-tifica
afamavam-se de
vezem
quando
as reunioesno-cturnas
em
que
separodiavam
as sociedades secretas eas theses universitarias. Tornou-se
memoranda
ases-sao
em
que
um
caloiro foi admittidon'um
club,que
sedizia
magonico
eque
aspirava a conquistade
nao
seique
vellocinode
ouro :Eugenio
Ribeirode
Castro feza apresentagao
do
neoph}'to,Lopo
Vaz
encareceu asvantagens
da
phantastica associagao. eEmygdio
Na-varro lavrou o
diploma
ao iniciado.Nao
foimenos
fal-lada a parodia a defeza
de
theses,em
que cada
um
dos estudantes era obrigado a imitar a
argumentagao
e(1) Conimhricense<^t'ho>\t outubro. 3 de
novembro
de 186610
a
voz
de
urn lente.O
corpo cathedraticosoube
do
caso, e quiz proceder.
So
o dr.Antonio
Ayres
de
Gouvea,
entaodespreoccupadamentemundano,
susteveOS impetos dos collegas, dizendo :
—
Aggravado
me
julgo eu por
me
nao terem convidado
para a festa.As
pugnas
da Sociedade Academica,
acaudilhadasde
um
lado pelo dr. Silva Pereira edo
outro pelo dr.Emygdio
Garcia, tiveram por essetempo
ruidosacele-bridade, e n'ellas figurou
Lopo
Vaz,como
todos osrapazes
do
seutempo
de
Coimbra.Alegres recordagoes
de
um
passadoque nao
volta,reverdecem
em
deleitosasaudade no
espiritode
todos OShomens.
As
da
vida escolasticade Coimbra
teem
sido muitas vezes fixadas
em
paginasde
valiosalitte-ratura e
teem
voado
a immortalidade nas azasde
nu-merosas
cangoes.La
dizia facetamente o Garrett:
Verdade e, no Quebra-Costas
Minha vez escorreguei, etc.
E
Anthero
do
Quental na sazao romanticade
1864:
Lindas aguas do Mondego,
Por cima olivaes do monte !
Quando
as aguas vao crescidasNinguem
passa ao pe da ponte 1No
anno
lectivode 1869-1870,
Lopo Vaz
matricu-lou-se
no
sextoanno
para se habilitar aos actos—
II—
Tudo
fazia esperarque
o seu destine ficaria ligadoa
universidade, onde,com
applausede
lentes eestu-dantes, se tornara alvo
de
geral consideragao.Lopo
Vaz, por
comprazer
com
avontade
de
seu pai,resi-gnava-se ao doutoramento, posto o contrariasse ter
que
ficar residindoem
Coimbra, porque, dizia o jovendoutorando,
desde
que
me
proponho tomar
capello,quero
passar pelaprova
do
concurso e seguir a car-reira aque
elleda
ingresso.Mas
o seu destino estavatalhado
de
outromodo.
O
correspondenteda
casade
seu pai
no
Porto, suicidara-seno
rioDouro
depoisde
ter
abusado
dos creditosde
que- estavamunido
como
consignatario.
Lopo
Vaz
partiuimmediatamente
de
Coimbra
para o Porto a fimde
acompanhar
os tramitesde
uma
longa e desfalcada liquidagao.Teve
de
requererlicenga' sobre licenga na universidade, e o periodo
de
tolerancia acabara antes
da
liquidagao estar ultimada.Entretanto
davam-se
factos extraordinariosna
poli-tica portugueza.
O
marechalSaldanha
fizera o 19de
maio, e
Lopo Vaz
propunha-secomo
candidateoppo-sicionista pelo circulo
de
Alijo.As
suas predilecgoes politicas, affirmadas nauni-versidade,
eram
pela regeneragao.O
systema
financeirode
Pontes,em
1866, fora discutidona
aulado
dr.An-tonio Jardim.
Lopo Vaz
defendera-o calorosamente epublicara na imprensa
uma
cartaem
que
aos desoitoannos,
com
uma
notavel e prematura previsao politica—
que
e hoje feigao accentuadada
sua individualidadede
estadista—
prognosticava osembaragos
em
que
asreformas
de
1866
tropegariam a breve trecho, se o12
Mas
o marechal Saldanha cahira fulminantementepoucos
dias antesdo
designado para a eleigao geral.O
bispo de Vizeu, naturalda
Granjade
Alijo,vol-tara
de
novo
ao poder, geria a pastado
reino edava
ao gabinete
Sa
da
Bandeira o relevo politicocom
que
a sua individualidade emergira
da
crisede
1868.Lem-brou>se o prelado viziense de,
adoptando
uma
candida-tura ja posta,
recommendar
aos seusamigos
politicoso
nome
de
um
mogo
de
talento assignalado por seustriumphos universitarios e ao
mesmo
passoconhecedor
da
rcgiao vinicolado Douro. Esse
mogo
era patriciod(» bispo
de
Vizeu, que,como
tal, o conheciapessoal-mente
: eraLopo Vaz
de
Sampaio
e Mello.Foi assim
que
Lopo Vaz
seachou improvisamente
reiacionado
com
a politicado
bispode Vizeu
eque
entrou
na
camara, eleito pelo circuiode
Alijo,em
ou-tubro de 1870,
sendo
o seudiploma approvado
sem
discussao na sessao preparatoria
do
dia 19.Procurou favorecer os impulsos
de remodelagao
eco-nomica
que
pareciam
animar o bispode
Vizeu,mas
nao
Ihe prestouum
apoio incondicional,que
escravi-sasse o seu
examc
e votoem
questoes deadministra-gao publica.
O
preladode
Vizeu, cujasboas
intengoesnaufraga-ram
por vezes d'encontro a escolhos imprevistos,acer-tou
com
felicissimo presentimento peloque
respeitava apessoa
de
Lopo
Vaz.Nao
so conseguiu que, por seu estimulo, viesse aca-mara
um
habil e solicito defensor dos interessesagrifo-las,
mas
tambem
abriu a carreira politica aum homem
-
13—
prestar relevantes servigos ao paiz
como
ministroda
coroa.
O
deputado
por Alijo reveloudesde
logono
parla-mento
o interesse e acompetencia
com
que
seoccu-pava
da
questao vinicola.Na
sessaode 9 de
Janeiroannunciava
uma
interpellagao tendente aconsecugao de
tratados
commerciaes que
facilitassem a exportagao dosnossos vinhos, e
na
sessaode
14de
dezembro
entravana discussao
do
projectode
lei,que
alterava oimposto
do
real d'aguano
sentidode
augmentar
o seu rendimento.Propunha,
porem,
a reducgaode
.5 a 3 reisno
im-posto sobre o vinho, o
que
politicamente bastava adefinir a sua situagao de apoio
moderado
aogoverno
do
bispo de Vizeu.Na
sessao legislativa dc 1871, o sr.Lopo Vaz
teve,por negocios
de
familia, resultantesdo
fallecimentode
seu pai,
que
ausentar-seda camara
durantealgum tempo,
o
que
Ihe foi permittido poruma
votagao.Voltando
aos trabalhos parlamentares, a situagao politica tinha
mudado,
era omarquez de
Avila cde Bolama,
presi-dente
do
conselho,que
geria entao a pastado
reino.Na
sessaode
24 de
abril, o sr.Lopo
Vaz,pondo
em
relevoalgumas
providenciasde
que
carecia apro-vincia
de
Traz-os-Montes, definia a sua attitude politicadizendo :
((Embora
nao
seja affeigoado a actual situagao,confesso
porem
que
a respeitodo
sr. ministro dasobras publicas (visconde
de
Chancelleiros) nutroalgu-mas
esperangas.»E
terminava o seu discurso,declaran-do: '<. . . continuo a estar
em
opposigao a actual situagao,—
14—
obras publicas, cujos incontestaveis dotes
correm
graverisco
de serem
por ella atrophiados.»O
bispode
Vizeununca
mais voltou ao poder.A
sua popularidade
de
1868
tinha naufragado, estavaperdida, e o proprio prelado retirara-se desilludido.
Ca-millo Castello Branco, sen biographo, enganara-se
quando
dissera : «O
povo
que,ha
pouco, osaudou
com
amoroso
enthusiasmo,ha de
invocal-o ainda,em
diasque
sevao preparando
para grandes provas.»Al-ves Martins
nao
tornou a encontrar na *.)piniaopubli-co o apoio
que
ella tao incondicionalmente Ihe haviaofferecido. Mallograra-se a esperanga, n'elle depositada,
de
uma
completa
regeneragaoeconomica
eadminis-trativa.
Em
setembro
de
1876, os ultimos destrogosdo
naufragio reformista fundiram-secom
o grossodo
partido historico.
Nascera na
praiada
Granja o partidoprogressista.
A
individualidadedo
preladode Vizeu
desapparecera n'essa fusao partidaria.
O
sr.Lopo Vaz
nao
deixoununca
de
fazer justigaas boas intengoes
do
bispode
Vizeu,mas
reconheceucertamente,
como
todo o paiz, a improficuidade dosseus processos
de
governo.Quando
D. Antonio
AI-ves Martins falleceu
em
fevereirode
1S82, o sr.Lopo
Vaz
dissena
camara
dosdeputados
:
«Eu
tive a honrade
entrar na vida publica pelamao
do
sr. bispode
Vizeu.Devo-lhe
consideragao,muito respeito e estima, e julgo interpretar
nao
so aminha
opiniao individual,mas
ado
partido aque
tenhoa honra
de
pertencer e ade
toda a assemblea, dizendoque
todos nos nos associamos a proposta apresentada15
-*
*
Foi
sendo
jadeputado ou
pouco
depoisde
o tersido
que
o sr.Lopo Vaz
annuiu ao appelloque
Ihefi-zera
um
seu antigo condiscipulo,Manuel
da
Cruz
Aguiar, para
que
o defendesse, perante o tribunalda
comarca de
Arganil,n'um
processoque
se originaranos ultimos acontecimentos politicos.
Movido
por
um
nobre
sentimentode
amisade, o sr.Lopo
Vaz,chegando
a Arganil, foi conferenciarcom
o preso.Cruz
Aguiar
estava exaltadissimo, pedia represaliassangrentas para os seus adversarios.
—
Eu
venho
parate defender, dissera-lhe o sr.Lopo
Vaz.
Nao
venho
para atacar ninguem.No
diada
audiencia, esperava-se e temia-seque
osdebates
no
tribunalchegassem
a desatinos de paixaopartidaria.
Mas
oadvogado
do
reo fora tao correcto eaomes-mo
passo tao eloquentena
defeza,que
ambas
aspar-cialidades politicas, gregos e troyanos, o levantaram
nos bragos e o applaudiram
em
commum
e a porfia.Este facto tern,
alem
do
seu interesse biographico,o valor
de
affirmar a orientagao reflectida enada
irri-tante
com
que
o sr.Lopo
Vaz
sabe conduzir-se, forado
afogoda
exaltagao facciosa, nas questoesde
cara-cter politico,
que
seconvertem
cm
conflictostemero-sos,
quando
se descedo
facto positivo aanatomia
—
i6—
Terminada
a legislaturaem
3de
junhode
187I, osr.
Lopo Vaz
so voltou acamara
em
12de
Janeirode
1877, eleito pelo
mesmo
circulo de Alijoem
eleigaosupplementar.
Em
1875 propozera-secomo
candidate regeneradorpelo circulo
de
Braga.Fora
derrotado,mas
a capitaldo
Minho
rectificouhonrosamente
o seuprocedimento
eleitoral
de
1875 elegendo depois d'isso,em
repetidaslegislaturas,
como
deputado
e pardo
reirio, o sr.Lopo
Vaz
de
Sampaio
e Mello.Poucos
dias depoisde tomar
assentona camara de
1877, entrava
em
discussao o projectodo
noVo
codigoadministrativo,
que Rodrigues
Sampaio
veio areferen-dar.
O
sr.Lopo Vaz
declarava acceitarem
principio areforma, conformando-se
com
oprogramma
do
gover-no,
mas
discordardo
modo
especial porque
no
proje-cto se entendia dever realisar a ampliagao das
faculda-des tributarias dos corpos admmistrativos.
O
futuro deu-lhe inteira razao.No
decursode
pou-cos annos levantaram-se geracs
queixumes
contra aexaggerada
tributagaocom
que
ascamaras
municipaesoneravam
os povos. Foi um. dos pontos fracosdo
co-digo administrativo
de
Sampaio,
hojerevogado
pelocodigo
do
sr. JoseLuciano de
Castro.O
sr. Juliode
Vilhena, relator, respondendo-lhe,fe-licitou calorosamente o sr.
Lopo Vaz
pelo seuelo-gios, dizendo: «S. ex.*
conhece
a legislagao financeira,€sta ao facto
da economia
politica, e versado naes-peculagao theorica e nos
conhecimentos
praticos, etc.»Pode
dizer-secom
segurangaque
a evidenciapoliti-ca do
sr.Lopo Vaz
comegou
na
sessaode
1877.To'
mou
desde
entaoum
tao notavel logarno
parlamentoportuguez,
que
foi escolhido paraum
dos postos maisimportantes que
pode
occuparum
deputado da
maio-ria. Refiro-me a sua escolha para lelator
do
billde
in-demnidade, que
principiou a discutir-se na sessaode
7de
fevereiro.Em
margo
d'aquelle anno, a situagao regeneradoracahia, o
marquez
d'Avila erachamado
aopoder
pararealisar mais
um
dos
seusephemeros
ministerios.Era
o mientras
vuelve, designagao pittoresca com.que
fi-cou sendo
conhecido este interimdo marquez de
Avila.Na
sessaode
19de
fevereirode 1878
o sr.Lopo
Vaz
pronunciouum
notabilissimo discursoem
que
ana-lysou detidamente todos os actos
do
ministerio Avila,occupando-se
principal e proficientementeda
questaode
fazenda.Este extenso discurso,
que
revelauma
especialcom-petcncia sobre fmangas, causou viva impressao na
ca-mara, e o ministerio Avila sahiu das
maos
do
sr.Lopo
Vaz
para entrarno
oratorioem
que
devia arrastaruma
attribulada agonia
de
dez dias apenas.Desde
essamemoranda
sessao ficouplcnamentc
af-firmaoa a auctoridade financeira
do
sr.Lopo Vaz
e oseu alto valor
como
orador parlamentarnao
so naquestao
de
fazenda,mas
tambem
nos mais decisivos—
i8—
Restaurado
o gabinete Pontes depoisdo
brevepa-renthesis Avila e
Bolama,
o sr.Lopo
Vaz
foi relatordo
projectode
leique
alterava oimposto
do
sello elogo
em
seguidado
projectode
leique
reibrmava alegislagao eleitoral.
Para a legislatura
que
comegou
em
2de
Janeirode
1879
foi o sr.Lopo Vaz
eleito pelo circulode
Sa-brosa.
Ouando
se tratava dos trabalhos preparatorios paraa eleigao geral, achava-se
uma
noiteFontes
Pereirade
Mello reunido
com
algunsamigos no
centroregenera-dor.
Uma
das pessoas presentes era o sr.Lopo
Vaz,
Fallav^a-se de candidatos e circulos.
—
Poronde
sepropoe
Fulano.r^ perguntava-se.—
Por
. . . ,onde
tem
influencia propria.Fontes
observara jovialmente :—
Todos
teem
influencia propria,mas
todoscare-cem
do
auxiliodo
partido.—
Menos
eu,que
me
farei elegercom
osmeus
re-cursos pessoaes, dissera o sr.
Lopo
Vaz.A
€ssetempo,
o sr.Guilherme
deAbreu
pensava
em
desistirda
sua candidatura pelo circulon°
14em
favor
do
sr.Lopo
Vaz.Mas
o sr.Lopo Vaz
partirano
dia seguinte para Sabrosa,
onde
se apresentaracoma
candidato, e fizera-se eleger por
um
numero
considera-vel
de
votos, 4:435, tantos quantos entraram na urna--
19—
attentas as suas probabilidades de victoria,
nao
encon-trou contender
que
se Ihe defrontasse na hora decisivada
votagao.N'essa legislatura, o sr.
Lopo Vaz
continuouoccu-pando
nacamara
uma
posigao proeminente. Foi©re-lator
do
projectode
leique
augmentou
os direitossobre o tabaco. Tratou largamente a questao
da
phylloxera
vastatrix, tao importante para a regiaodo
Douro
"e para aeconomia
geraldo
paiz ^^\ e pronunciouum
largo e notabilissimo discurso, na sessao diurnade
28 de
abril, poroccasiaode
discutir-se oorgamento
do
ministerio da fazenda.
Ahi
affirmou maisuma
vez a suaalta
competencia
em
assumptos
financeiros.Em
junho cahia o ministerio regenerador, e eiasub-stituido pclo gabinete progressista sob a presidencia
de
Braamcamp.
Foi o sr.
Lopo Vaz quem
apresentou amogao
de
desconfianga politica
em
nome
do
partido regenerador,lacto este
que
basta a evidenciar a elevada posigaoque
jaoccupava no
seiodo
seu partido edo
parla-mento.
Realisadas as eleigoes progressistas,
que
ficaramce-leberrimas pela intransigencia
com
que
os candidatesda
opposigao foram combatidos, estando ainda muitoviva a
memoria
da
celebre portaria dos tres riifos equejandas providencias eleitoraes, o sr.
Lopo Vaz
veio a
camara
reelcito pelo circulode Sabrosa
para alegislatura
que
principiouem
2de
Janeirode
1880,nao
20
obstante o
empenho
com
que
os seidesda
situagao,para
nao
dizer o proprio governo, pretendiaminutili-sar a candidatura
de
tao receiado adversario.Pode
dizer-seque
a votagao obtida pelo sr.Lopo
Vaz
foium
verdadeiro triumpho politico, pois que,da-das as circumstancias apertadas
em
que
a eleigao serealisou, o candidato governamental ficou derrotado
por mais de mil e quinhentos votos.
Sao
pormenores
arithmeticos,que correm
o risco deparecer enfadonhos.
Mas
propositadamente osconsi-gnamos
para mostrarcomo,
gradual e successivamente,se foi robustecendo a importancia politica
do
sr.Lopo
Vaz
deSampaio
e Mello.Aberta
a camara, o sr.Lopo
Vaz
fallou na sessaode 12
de
fevereiro sobre o projectode
lei relativo acontribuigao
de
registo.Nao
tinhachegado
ainda ahoraem
que
o debate politico se tornaria mais vivo emovi-mentado.
Essa horasoou
aocomegar
a sessaoparla-mentar
de
1881.O
ministerio achava-se enleiadona
questao dos coronets,
de
que
nao
facilmente poderiasahir.
Em
7de
Janeiro o sr.Lopo Vaz
requeria variosdo-cumentos
relativos a essa questao,que
consistiano
fa-cto
do
gabinete progressista ter suspendido erevigora-do
OS decretosda
melhoriade
reforma de vinte eum
coroneis.
A
18de
Janeiro, por occasiaode
discutir-se aresposta ao discurso
da
coroa, apparecia posta aindan'uma vaga
generalidade a questao, e foi habilissimo omodo
como
o sr.Lopo Vaz
encaminhou
o seu discursoprovocando
afamosa
acareagao,que
ficou celebre nos21
tro
do
reino, e o sr.Joao
Chr>'sostomode
Abreu
eSousa,
que
tinhadeixado de
ser ministroda
guerra.Ao
sr.Joao Chrysostomo
fazia o sr.Lopo Va/
de-claragoes
de
respeito e consideragao,que
sao realmentedevidas ao seu nobre caracter.
«Tomei
a palavra unicamente para declarar, disse osr.
Lopo
Vaz,
a propositido que
acabeide
ouvirao
sr.
Joao
Chrysostomo, que
nenhum
dos
membros
da
opposigao
duvidada
sua intelligencia,da
suaboa
von-tade,
da
integridadedo
seu caracter, e dos largosser-vigos por s.
ex/
prestados ao paiz, quer nos conselhosda
coroa, quercomo
funccionario, na sua ja longacar-reira publica.
»
Na
sessaodo
dia 21, continuando a discussaoda
resposta ao discurso
da
coroa, o sr.Lopo
Vaz
voltavaao
assumpto
para mostrarque
a opposigaonao
tinhatirado ainda
da
questao dos coronets todos os eft'eitospoliticos
que
seria licito aproveitar.<Eu
nao
fallo alto—
dizia n'essa sessaoo
sr.Lopo
Vaz
—
e tenho por isso difficuldadealgumas
vezesem
me
fazer ouvirem
toda a sala,mas
oque
eu disse, egaranto a
camara que
o disse, eque
a opposigaopar-lamentar ate aquelle
ponto nao
tinha posto a questaodos coroneis,
mas
que
a collocaria ainda n'este debate,se julgasse conveniente,
ou
entao se reservaria paratratar d'ella
em
interpellagao especial; e tanto isto estade
accordocom
omeu
modo
de
ver que, apesarde
terpedido
esclarecimentos a este respeito, aindanao
man-dei para a
mesa
uma
notade
interpellagao.))Como
preparando-se para entrar definitivamentena
22
sr. Castro,
que
na pastada
guerra succedera ao sr.Joao
Chrysostomo
: '<Se foi a questaoda
legalidadeque
determinou a suspensao dos decretos, eupergunta-rei ao sr. ministro
da
guerra qual das duas opinioes e asua : aquella
em
virtudeda
qual sesuspenderam
osde-cretos por causa das duvidas sobre a sua legalidade,
ou
aquella
em
virtudeda
qual s. ex.*mandou
darsegui-mento
aos decretos,sem
se preoccupar, epondo
de
parte a questao
da
legalidade?))Embaragado
por esta periclitante situagao,que
de-rivava essencialmente dos seus proprios actos, o
minis-terio progressista cahiu
em
margo
de
1881, e o sr.Lopo
Vaz
de
Sampaio
e Mello entravano
gabineteRodrigues
Sampaio
como
ministroda
fazenda.A
situagao financeiranao
era invejavel.Apesar
de
todos OS esforgos
empregados
de
longa data paraequi-librar tanto quanto possivel os recursos
com
osencar-gos, e ainda
mesmo
a custade
largos sacrificiosdo
con-tribuinte e
do
funccionario, o deficitdo
exerciciode
1880-81
erade
maisde
8:369 contos de reis.Os
melhoramentos
reclamadosem
altas vozes pelopaiz
impunham
aos governantes aadopgao de
provi-dencias,
que nao vexassem
ainda mais o contribuinte,mas
que
podessem
concorrersem
aggravamento de
desequilibrio para a satisfagao de repetidas exigencias
pelo
que
respeitava aquelles melhoramentos.—
23—
fazenda, determinou, por decreto
de
21de
abril dor88i,
que
oimposto de
rendimento, cuja cobrangade-pendia
de
langamento
previo,langamento que
importa-va
um
novo
e grande encargo, ficasse addiado atere-solugao parlamentar,
sendo
muito notavel o relatoriojustificativo d'essa providencia,
vivamente
reclamadapela opiniao publica.
Foi o sr.
Lopo
Va?, ininistroda
fazenda,que
pre-parou ou
melhor
diremos negociou a conversaodos
titulos amortisaveis
de 6
por cento, emittidosem
variasseries para a construcgao dos
caminhos de
lerrodo
Minho
eDouro
e para a acquisigao,em
1876,de
no-v'os navios
de
guerra,em
outros titulosdo
jurode
5por cento.
Sem
augmentar n'um
ceitil os encargos annuaesdo
cstado, e modificando para
menos
otypo de
parteda
nossa divida publica, o sr.
Lopo Vaz
conseguiureali-sar
uma
receita effcctivade
maisde 2.532
contosde
reis, o que, junto
com
outras providencias cujos efteitossalutares se faziam sentir alguns
mezes
depois, reduziuo descquilibrio entre as receitas e as despezas
de
todaa ordem
a modestissimasomma
de
2:496 contosde
reis,
que
as contasdo
exerciciode
1882-1883
accusam.Coube
ao
sr.Lopo
Vaz,como
ministroda
fazenda,por
em
execugao
anova
lei sobre a contabilidadepu-blica, cujo regulamento, datado de 31
de
agostode
188
1,marca
uma
epocha
nova
naforma de
prcstagaodas contas
do
cstado c na fiscalisagao dos dinheirosdo
contribuinte.
Ao
sr.Lopo
Vaz,como
ministroda
fazenda, sedeve
—
24
—
data
de
17de
agostode
1881, eque
pelo acertadodas suas prescripgoes tornou effectivamente vantajoso
para o estado e para o publico
em
geral opensamento
que
presidira apromulgagao da
leide
10de
abrilde
1876.
Todas
estas providencias foram realisadasno breve
lapso
de poucos
mezes, poisque
o ministerioSampaio
viveu
desde
25de
margo
ate 14de
novembro
de
1881.Entretanto realisara-se a eleigao geral, e o sr.
Lopo
Vaz, ministro
da
fazenda, fora eleitodeputado
simul-taneamente
por Lisboa e VillaNova
de
Gaya.
O
excessode
trabalho,na
gerenciada
pastada
fazenda, aggravara os
padecimentos
do
sr.Lopo
Vaz,
obrigando-o a licenciar-se para ir fazer uso das aguas
de
Cauterets,
que
Iheeram recommendadas
pelos medicos.Quero
ainda deixar consignadoum
facto, que, senao
c novo, soexcepcionalmente
se teradado
nage-rencia
de
um
ministroda
coroa. Refiro-me aexonera-gao, pelo proprio sr.
Lopo Vaz
requerida,do
cargo,que
exercia,de
director geral das alfandegas econtri-buigoes indirectas. ^^^ Urgencias
do
servigo ou talvez
conveniencias politicas levaram facilmente o sr.
Lopo
Vaz
a esse actode
abnegagao, privando-se,com
sacri-(1)
No
Diario do Governo de 26 de agosto de 1881 le-se odecrero da exoneracao que, a pedido do sr.
Lopo
Vaz, Ihe foiconcedida.
E
referendado pelo presidente do conselho demi-nistros.
O
mesmo
numero
do Diario publica o seguintede-creto : "Attendendo aomerecimento e maiscircumstanciasque
concorrem no dr. Antonio Jose Teixeira, do
meu
conselho,secretario do conselhogeraldas alfandegas: heipor
bem
trans-feril-o para o logar de director geral das alfandegas e
conce-ficio dos seus proprios interesses,
de
um
dosmais
ele-vados
e rendosos cargosda
burocracia portugueza.O
que
e certo eque
o illustre ministroda
fazendade 1881
so quatro
annos
depois voltou a serfunccionario publico.For
decretode
26 de
novembro
de
1885 foinomeado
vogal effectivo
do
supremo
tribunal administrativo.5f!
Organisado
o ministerio Pontes,que succedeu
aogabinete
Sampaio,
o sr.Lopo Vaz
continuouexercendo
as suas funcgoes
de deputado
etomou
partena
dis-cussao
do
billde indemnidade
(sessaode
18de
abrilde
1882).Esse
discursonao
veio publicadono
Diario
das
sessoeSjmas
todos osque
oouviram
selembram
decerto
do
tino politico eda
habilidade parlamentarcom
que
foi pronunciado. Sustentando firmemente ares-ponsabilidade dos seus actos
como
membro
do
minis-terio transacto,
nao
creou amenor
difficuldade aonovo
ministerio, cuja politica lealmente
acompanhou.
O
anno
de
1883
foi pelo ministerioPontes
consa-grado ao
inicio dasreformas
politicas^que trouxeram
comsigo
oconhecido accordo
entre os partidosregene-rador e progressista.
Vieram
a discussao n'essa sessaodida ao conselheiro
Lopo
Vaz de Sampaio e Mello, e de quefica ohrigado a tirar carta, pagando os direitos que dever.
O
ministro e secretaiio d'estado dos negocios da fazenda assim
o tenha entendido e faca executar. Paco,
em
17 de agosto de1881.
—
Rei.—
Lopo Vjj de Sampaio e Mello." Segue-seou-tro decreto
nomeando
Augusto Cesar Ferreira de Mesquitapara o logar de secretario do conselho geral das alfandegas,
26
—
legislativa a reforma
da
lei eleitoralcom
arepresenta-gao das minorias, e a proposta
de
leireconhecendo
anecessidade de reformar alguns artigos da Carta
Consti-tucional.
Na
sessaode
15de
junho apresentava o sr.Lopo
Vaz,como
relator, o parecer sobre esta ultimaproposta
de
lei.E
urndocumento
redigidocom
amaduresa
dejuizo ea larguesa
de
vistasde
um
verdadeiro estadista.Depois
de
demonstrarcomo
a evolugao das sociedades arrastaa necessaria modificagao das constituigoes, e
de
pon-derar
que
essa modificagaotem comtudo
de nao
serprecipitada para
nao
abalar acada
momento
oorga-nismo
nacional, justifica por estas duas consideragoes aproposta
do
governo, apresentada jaquando iam
pas-sados mais
de
trinta annos sobre a ultima reformacon-stitucional.
Como
a propostado governo
visava principalmentea modificar a organisagao da
camara
dos pares, o illustrerelator trata habilissimamente,
com
uma
notavelsaga-cidade politica, o
assumpto
certamente mais melindrosoda
reforma : a difficuldadede
reformaruma
instituigaoquando
a reformadepende
do
veto d'aquelles aquem
directamente diz respeito.
Depois
passa a occupar-se largamente dasmodifica-goes que,
de
accordocom
o governo, acommissao
entendeu dever introduzir na proposta
de
lei.Mas, quando
em
dezembro
a necessidade dasrefor-mas
politicas foi reconhecida pelo votoda camara
ele-ctiva, ja o sr.
Lopo Vaz
fazia partedo
governo, tendosido encarregado por Pontes Pereira
de
Melloda
27
de 24 de
outubro. S. ex.*,que
principiou por ser ore-lator
da
proposta,acabou
por subscrevercomo
minis-tro a carta
de
leide
15de maio de
1SS4.Este regresso
do
sr.Lopo Vaz
aos conselhosda
coroa ficou assignalado pelo
complexo
de
medidas
ten-dentes a melhorar a administragao
da
justiga penal. ^^*Foram
trez as propostasde
lei apresentadascom
esse intuito
ao
parlamento.A
primeira aboliu acondemnagao
em
alternativa paratodos OS
condemnados
do sexo
masculino aquem
fos-sem
applicaveis aspenas
perpetuasdo
codigo penal,estabeleceii
que
estes criminososcumpram
sempre
aspenas
do systema
penitenciario, fixou os preceitos pelosquaes
deviam
reger-se as estagoescompetentes
nade-signagao ou escolha dos outros
condemados
apenas
maiores,
que
haviam de
cumprir asdo mencionado
sys-tema, e creou
um
conselho geral penitenciario.A
segunda
modificou muitas disposigoesdo
codigopenal.
Xa
parte geral d'esta proposta regulou o illustrecstadista a retroactividade
da
lei penal, aperfeigooual-gumas
nogoes
sobre criminalidade entao confusasou
deficientes, fixou os preceitos
que
deviam
reger ares-ponsabilidade criminal, aboliu todas as penas perpetuas,
tanto a
de
prisao cellularcomo
asdo
codigo, reduziu omaximo
da
duragao das penas temporarias, alterou esubstituiu
algumas
regras geraes sobre a punigao doscrimes, aboliu a
pcna de
trabalhos publicos e aque
Iheera correlativa na lei
de
ide
julhode
1867,__^
—
28
—
ceu regras
que
facilitassem a applicacao congruente eharmonica de
todas aspenas
para evitarque
aalterna-tiva expremisse
uma
iniquidade, e consignou muitasdisposigoes
que
oupreveniam
casos omissosou
atte-nuavam
odemasiado
rigorda
legislagao entao vigente,ou, finalmente, tendiam a conformar essa legislagao
com
o
que
era indicado pela experiencia e exigido pelosprocessos da sciencia criminal.
Quer
dizer, estapropos-ta
tem
aproximadamente
amesma
vastidao,que
pode-ria
comportar
a generalidadede
um
codigo penal.A
terceira consignou alguns preceitos relativosao
processo
de
policia correccional e estabeleceu opro-cesso correccional para os crimes
que
pelas leiseram
punidos
com
penas igualmente correccionaes.O
amplissimo relatorioque
precedeeste conjunctode
propostas e considerado geralmente,
sem
distincgaode
cores politicas,
como
uma
obra primade
direitocrimi-nal.
Sao
innumeras as referencias elogiosas feitas a esteprimoroso trabalho, tao rapidamente executado,
nao
sona imprensa diaria
como
nas revistas periodicasde
le-gislagao e direito.
Os
juriconsultos mais notaveisdo
paiz
renderam
ao sr. I.opoVaz
ahomenagem
da
suaadmiragao
manifestando-lh'aem
cartas particulares,em
artigos
de
jornal,em
conferencias publicas.E
aacade-mia
real das sciencias,tomando
em
consideragao essetrabalho juridico
do
sr.Lopo
Vaz, elegeu este illustreestadista seu socio correspondente na sessao
de
10de
julho d'esse
mesmo
anno
(1884).A
discussaodo
projectode
reforma penal principiouna
sessaode 4 de
abril. Foi longa, animada, brilhante,—
29
—
dias, o sr.
Lopo Vaz
pronunciou extensos enotabilis-simos
discursos,em
resposta aos srs.D.
Jose Saldanha, JoseLuciano
de
Castro, Elias Garcia,Antonio
Mariade
Carvalho,Manoel
da
Arriaga, Dias Ferreira eEm}'-gdio Navarro.
A
discussaoda
generalidadedo
projectoabrangeu
quinze dias; ada
especialidade, nove.O
mi-nistro
da
justiga conservou-se na brecha defendendo-seapeito descoberto, fallando
sempre
com
primorosacor-recgao e vasta capacidade juridica,
sem
privarcomtudo
o
relator, FredericoArouca,
de
manifestar acamara
acompetencia
e dedicagaocom
que
estudara o projecto.Na
camara
dos pares a reforma penal, ja taolarga-mente
discutidana
outra casado
parlamento, passourapidamente
n'uma
so sessao (9de
maio).Mas
aindaahi o sr,
Lopo Vaz
usouda
palavra para defender oprojecto e provar
que
asemendas
feitas pelacamara
dos deputados
a propostado
governo
nao haviam
mo-dificado substancialmente a indole
da
mesma
proposta,nem
Ihe prejudicaram o espirito.Para a legislatura
que
comegou
a 15de
dezembro
de
1884
fora o sr.Lopo Vaz
eleitodeputado
pelaci-dade
de
Braga.Logo
em
4 de
fevereirodo anno
se-guinte dava-se a crise parcial
que
determinou a sahida,do
ministerio, dos srs.Lopo Vaz
eA.
A.
de
Aguiar.Pontes
Pereirade
Mello, presidentedo
conselho,explicou a crise pelo facto
de
querer o ministroAguiar
que
a propostado governo
relativa aosmelhoramentos
do
portode Lisboa
fosseimmediatamente
discutidano
parlamento.
Tendo-se
referido a esta attitudedc
Aguiar,accres-centou Pontes Pereira
de
Mello—
30
—
«Em
seguida, omeu
illustre collega,no
ministerioda
justiga, o sr.Lopo Vaz
de
Sampaio
e Mello,julgan-do,
de
accordocom
a ideiado
sr.Antonio
Augusto de
Aguiar,
que
convinha discutirdesde
ja aquellapropos-ta, e
em
consequencia collocando-se por este ladotambem
em
divergenciacom
os seus collegasno
gabi-nete,
nao
obstante os esforgosque
todosempregamos
para
que
s.ex/
continuasse a fazer partedo
ministe-rio, honrando-nos
com
a suacamaradagem
eauxiliando-nos
com
o seu grande talento, insistiuem
pedir ade-missao e esta foi acceita.
»
Esta
sessao despertouvivamente
a curiosidadepu-blica.
As
galeriasestavam
litteralmente cheiasde
espe-ctadores.
Esperavam-se
com
grande anciedade asde-claragoes
do
sr.Lopo
Vaz.S. ex/,
tomando
amao
para fallar, ratificouplena-mente
as explicagoesde
Pontes Pereirade
Mello:
«Houve
da minha
parte eda do
sr. Aguiar,em
re-lagao ao governo,
um
pontode
divergencia,que nos
levou a
abandonar
as cadeirasdo
poder,sem
que
com-tudo julgue, pela
minha
part^e, paracom
ogoverno
em
nada
alteradas as nossasboas
relagoes e o nossoaccor-do
em
tudo quanto respeita aopensamento
politicodo
actual gabinete e a todos os
assumptos
graves,em
que
eu tenha responsabilidade, ja
dependentes do
parla-mento
ouque
opossam
vir a estar.«Sobre
o objectoda
divergencia aque
me
referi, osr. presidente
do
conselho,bem
como
o sr. ministroda
fazenda,
acabaram
de dar explicagoes,que
em
homena-gem
averdade
corroboro.exclusi-vamente
sobre a opportunidadedo
andainentoou
nao
andamento
da
proposta de lei relativa aosmelhoramen-tos
do
portodc
Lisboa,«Esta divergeiicia, versando sobre a opportunidade
de
uma
medida
de
administragao altamenteimportan-te,
nao
e frivola,como
hapouco
se affirmou aqui,mas
e
de
naturesa essencialmente restricta e transitoria.«Era
lima questaode
opinioesque
podiam
livre-mente
manifestar-seem
qualquer sentido por partedos
diversosmembros
do
gabinete, enao
uma
ques-tao
de
maisou
menos
leaidade,de procedimento
mais oumenos
correcto, por parte d'este ou d'aquellemi-nistro.
((Eu,
que
sou insuspeito n esteponto
em
relagaoaos actuaes ministros, posso dar
testemunho
acamara
de
que
houve, por parte dos collegasque
sahiramdo
ministerio e dosque
ficaram, o mais correctopro-cedimento
e a maiscompleta
leaidade, antesda
crise,como
na occasiSoem
que
ella se verificou eemquanto
durou.
tSimplesmente
se discutia sedesde
12de
Janeiro,data
em
que
onobre
ministroda
fazenda assignoucon-junctamente
com
o sr. ministro das obras publicas arenovagao da
iniciativado
projectode
melhoramentos
do
portode
Lisboa
ate aepocha
actual,ou
parame-Ihor dizer, ate a
epocha da
crise, tinhamou
nao
varia-do
as circumstancias tao substancialmenteque
apru-dencia
na
governagao
publica aconselhasse osobrees-tar-se
no
andamento
do
projecto.uEu
pelaminha
parte entendique
cssas—
32—
da
fazenda,bem
como
todos os outrosmembros
do
gabinete actual,
entenderam
o contrario.))* *
Sahindo
do
ministerio, o sr.Lopo Vaz
presidira acommissao
especialde
reformas politicas (segundo actoaddicional),
que
principiaram a ser discutidas na sessaode
lOde
abril, ede
que
fora relator especial o sr.Manoel
d'Assumpgao.
Em
2de
dezembro
de 1S85 era o sr.Lopo Vaz
eleito par
do
reino pelo coUegio districtalde
Braga,cidade
que
ja estava representandocomo
deputado.Prestou juramento e
tomou
assento nacamara
dospares
em
16de
Janeirode
1886.Um
mez
depois, o ministerio Pontes, apesarde
re-construido a 19
de
novembro
com
os srs.Manoel
d'Assumpgao
eThomaz
Ribeiro, sossobravana
questaode
Braga
e Guimaraes, e succedia-lhe o gabinetepro-gressista presidido pelo sr. Jose Luciano
de
Castro.No
diaem
que
onovo
ministerio se apresentou acamara
dos pares, o sr.Lopo Vaz
declarou:«que
asua attitude perante o
governo
ede
opposigao franca edeclarada,
mas
tambem
branda
na actual conjunctura,tanto quanto seja compativel
com
os seus deveresde
obediencia disciplinar
em
materia politica.»Referindo-se ao ministro
da
fazenda, o sr.Lopo Vaz
«declarou
que
tambem
nao
discutia oprogramma
fman-ceiro
do governo
; estava esteassumpto
confiado age-rencia
do
sr.Marianno de
Carvalho, a cujo talento—
33—
esperava muito; e se
de
anteraao diziaque
nao
pode-ria dar-Ihe o seu apoio politico, c
porque
sabiaque
oseu talento,
bem
como
odos
seus collegas, haviade
exercer-se dentro dos
moldes
que
Ihes sao talhadospelos processos politicos e administrativos
do
partidoprogessista, etc.
»
A
8de
abril era encerrada a terceira sessaoda
le-gislatura.
A
2de
Janeirode 1887
abriam-se as cortesgeraes, e trez dias depois
eram
dissolvidas acamara
dos
deputados
e a parte electivada
camara dos
pares.O
sr.Lopo
Vaz, candidato opposicionista, fora eieitodeputado
pelo circulo plurinominalde Braga
com
5:024votos. Disputou-Ihe a minoria o
conego Antonio
Lopes
de
Figueiredo,que obteve apenas
2702
votos.A
22de
Janeirode
1887Pontes
Pereirade
Mellofallecera quasi subitamente. Este facto deixara
profun-damente
desalentado o partido regenerador,que de
um
momento
para o outro sc via privadodo
seu gloriosochefe.
A
impressaode
dolorosa surprezaede pungente
embarago
fora tantomais forte, quanto era certoque
Pontes
Pereirade
Mello por effeito da sua indiscutivelauctoridade personificava a unidade partidaria,
como
uma
forgade cohesao que
ligava entre si os diversosclementos
do
partido regenerador.Passado
o primeiromomento
de
amarga
surpreza,era preciso pensar
no
futuro, salvar o partidode
um
csphacelamento
que, se a escolhado
um
chefe sede-morassc, poderia dividil-o profundamente.