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ANAIS UM ESTUDO SOBRE O INTERESSE DE ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO PELA NA ÁREA DE LOGÍSTICA

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ANAIS

UM ESTUDO SOBRE O INTERESSE DE ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO PELA NA ÁREA DE LOGÍSTICA

FRANCISCO JOSÉ DA COSTA ( franzecosta@gmail.com ) UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ LEONEL GOIS LIMA OLIVEIRA ( leonelgois@gmail.com )

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

Este artigo analisa o interesse de estudantes de Administração pela área de logística, e compara com o interesse pela área de produção e operações. Desenvolveu-se um estudo de campo junto a 144 estudantes universitários de Fortaleza, Ceará. Os dados foram avaliados por meio de análise descritiva e análise multivariada (análises de regressão múltipla e de

Cluster). Verificou-se que os estudantes têm um interesse intermediário nas áreas, e que este

interesse é influenciado positivamente pelo interesse do estudante por uma carreira na área, pelo domínio das competências, a percepção de impacto educacional e profissional e, finalmente, a necessidade da área no curso.

Palavras-chave: Cursos de Administração; Logística; Produção e Operações. 1. Introdução

As organizações exigem do profissional de Administração uma formação que lhe proporcione conhecimento e habilidades suficientes para encarar obstáculos cotidianos como, por exemplo, quanto à disponibilidade de recursos e a necessidade de maximização de valor. Conseqüentemente, as demandas convencionalmente esperadas para este profissional integram aspectos como criatividade, dinamismo, competência, e foco na criação de valor para todos os stakeholders da organização. De modo especial, espera-se que o profissional de Administração consiga aliar uma visão e integrada das diversas funções gerenciais, o que passa por uma formação consistente nas áreas de marketing, finanças, produção, logística, recursos humanos, dentre outras (ANDRADE; AMBONI, 2004; NICOLINI, 2001).

Para este trabalho, buscou-se analisar a visão dos alunos neste contexto, com foco específico na área de logística. Esta área funcional apresenta uma forte relação com a área de produção e operações, e vem progressivamente ocupando espaço no discurso acadêmico de Administração em geral, e na área de produção em particular. A título de exemplificação, a área tem espaço em um evento acadêmico dedicado ao tema (o Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais – SIMPOI), além de ser área de concentração nos principais eventos nacionais (como no Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração – EnANPAD). Em termos de formação em Administração, a área de logística apresenta uma proporção representativa de carga horária em cursos de Administração, seja nas disciplinas de logística em geral, ou de administração de materiais e de gestão de canais de distribuição (cf. BIDO, 2004).

O estudo tem forte motivação na pesquisa de Costa, Andrade e Lima (2008), que analisaram o interesse de uma amostra de estudantes de Administração com relação especificamente pela área de produção e operações. Seguindo a linha destes autores, como forma de analisar de modo específico a área de logística, e ao mesmo tempo complementar as

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análises de produção e operações, definiu-se o seguinte como problema central de pesquisa: como os estudantes de cursos de graduação em Administração avaliam a área de Logística do curso, o seu interesse na carreira, a importância para a formação e o domínio das habilidades da área? Os objetivos definidos para a pesquisa foram: (1) avaliar o interesse dos estudantes pelas disciplinas da área de logística; (2) analisar os principais fatores de influência sobre este interesse; (3) desenvolver uma tipologia dos estudantes a partir das dimensões de análise usadas no estudo; (4) analisar os resultados comparativamente com a área de produção e operações.

O restante do trabalho foi dividido em quatro partes, pretendendo responder a questão de pesquisa e atender aos objetivos definidos: a primeira delas traz a revisão de literatura, com ênfase no processo de formação em Administração, no debate sobre a área de logística, além das delimitações dos tópicos do estudo de campo; na parte seguinte, apresentam-se as escolhas e os procedimentos metodológicos do trabalho de campo; a próxima parte traz os resultados e as análises dos dados coletados em campo; e, por último, são apresentadas as considerações finais do estudo, com suas implicações, limitações e recomendações para futuras pesquisas.

2. Revisão teórica

Neste item, decidiram-se apresentar, inicialmente, algumas considerações da literatura especializada sobre tópicos específicos da área de Logística e, ao final, apresentaram-se as delimitações e os recortes para o trabalho de campo.

2.1. Debate sobre Logística

A logística é uma função organizacional que tem uma missão relativamente bem definida, visto que atua no sentido de diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, dentro da condição física que desejarem. Assim sendo, a logística apresenta-se, hoje, não só como uma ciência ou um centro de custos das empresas, mas sim como uma ferramenta fundamental para alavancar os níveis de competitividade das mesmas (CHRISTOPHER, 1997).

De uma maneira mais objetiva, Baglin et al. (1990) definem a logística como sendo uma função da empresa que se preocupa com a gestão do fluxo físico do suprimento de matérias-primas, assim como a distribuição dos produtos finais aos clientes. Já na análise de Ballou (1993), a logística pode ser definida como a integração da administração de materiais com a distribuição física. Para este autor, as duas grandes etapas do processo logístico são: o suprimento físico ou administração de materiais, ou seja, o conjunto das operações associadas ao fluxo de materiais e informações; e a distribuição física, sendo esta o conjunto das operações dos bens e das informações associadas. Neste contexto, a Logística pode ser entendida como uma função que trata da otimização dos fluxos de operações dos sistemas produtivos, atuando na interação com outros setores das empresas, além de trocar informações e gerenciar conflitos porventura existentes.

De acordo com Figueiredo e Arkader (2001), quando a concorrência era menor, especialmente nos tempos de economia fechada no Brasil, os ciclos de produtos eram mais longos e a incerteza era mais controlável, fazendo com que a excelência nos negócios fosse perseguida através da gestão eficiente de atividades tais como: compras, transportes, armazenagem, fabricação, manuseio de materiais e distribuição, sendo essas funções exercidas por especialistas. Todavia, tem-se, atualmente, uma dinamicidade do mercado e um grau cada vez maior de exigência dos clientes, que têm provocado uma diminuição dos ciclos

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de vida dos produtos, exigindo respostas mais eficazes da gestão de materiais, da produção e da distribuição física, ou seja, da logística como um todo. A partir dessa idéia, surge a adoção do conceito básico de logística, que considera como elementos de um sistema todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final.

Assim, o termo logística, que antes era associado ao transporte de mercadorias ou distribuição física, evoluiu para uma nova concepção, muito mais abrangente. Dentro desse novo entendimento, passaram a existir a integração das diversas áreas envolvidas na produção, dimensionamento e layout de armazéns, alocação de produtos em depósito, transportes, distribuição e a seleção de fornecedores e clientes externos; nascendo, assim, o conceito que passou a ser conhecido como supply chain ou logística integrada (CHING, 1999; MARTINS; ALT, 2002).

Diante disso, pode-se entender que a evolução da Logística se deu pela incorporação ao seu escopo de pressupostos de outras disciplinas. Segundo Fleury, Wanke e Figueiredo (2000), isto a transformou numa matéria multifuncional, que permeia diversas áreas da empresa, com as quais interage e colabora constantemente. Portanto, seu funcionamento pode ser analisado sob diversas óticas dentro da organização, permitindo, inclusive, o sincronismo entre as estratégias das diversas áreas da empresa e de seus fornecedores.

Dentro dessa lógica, Baglin et al. (1990), afirma que a função logística interage, basicamente, com quatro setores em uma empresa, que seriam: Marketing, Finanças, Controle da Produção e Gestão de Recursos Humanos. Complementarmente, de acordo com Ballou (1993), a logística, estrategicamente, acaba por ocupar uma posição intermediária entre a Produção e o Marketing, devendo, então, ser criadas atividades de interface entre a logística e esses dois setores, como uma forma de agregar valor por meio dos serviços prestados (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2000).

Especificamente sobre o profissional de Logística, Ballou (2001) apontou como metas o seguinte: (1) a preocupação com a utilização adequada dos recursos da empresa, tanto materiais quanto financeiros; (2) a correta alocação dos recursos, que deve ser feita de forma racional e do modo a maximizar e acelerar o retorno obtido sobre estes; (3) a constante procura pela redução de custos, principalmente através da eliminação daqueles que são desnecessários; e, por fim, (4) a tomada e a implementação de decisões que se destinem a aumentar a riqueza dos proprietários.

Assim, através das definições dos diversos autores aqui citados, pode-se concluir que o profissional de Logística tem por objetivo tornar disponíveis produtos e serviços no local onde são necessários, no momento em que são desejados, de modo que os clientes recebam um produto de alto nível a um baixo custo. De acordo com as definições apontadas, pode-se entender ainda que o profissional de logística é o grande responsável pela integração de informações, transporte, estoque, armazenamento, manuseio de materiais e embalagem.

O papel estratégico deste profissional reside na sua responsabilidade especialmente no que diz respeito à integração e à harmonização de diversos interesses, dentro e fora da organização. Dessa forma, ao tomar decisões, os profissionais desta área devem buscar melhorar o desempenho global do sistema, de modo a atender adequadamente os interesses de diversos stakeholders. Isto o força a se preocupar com a utilização racional dos recursos disponíveis, fazendo com que suas escolhas se traduzam no aumento dos índices de liquidez, atividade e lucratividade, bem como, num menor grau de endividamento da empresa.

2.2. Definições dos recortes da pesquisa

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objetivos semelhantes ao deste artigo, especialmente baseados nos trabalhos de Camey e Williams (2004), Mcintyre, Webb e Hite (2005), Farrell (2006) e Robinson Jr. (2006). Estes autores serviram de base para o estudo desenvolvido por Costa e Soares (2008), e Costa, Andrade e Lima (2008), que aplicaram uma investigação com objetivo semelhante a esta na avaliação da formação científica em cursos de Administração (COSTA; SOARES, 2008) e na análise de interesse de estudantes pela área de produção e operações (COSTA; ANDRADE; LIMA, 2008).

Para este artigo, seguiu-se um procedimento semelhante para análise da área de logística, ou seja, analisam-se aqui os construtos ‘interesse pessoal do estudante pela área logística’ (interesse), ‘interesse pessoal na carreira’ (carreira), ‘percepção de impacto educacional e profissional do conhecimento da área’ (impacto), ‘domínio dos requisitos gerenciais da área’ (domínio), ‘percepção da necessidade da área nos cursos de Administração’ (necessidade). A seguir estão descritos estes recortes:

 Interesse pessoal do estudante pela área de logística: baseou-se inicialmente na pesquisa feita por Camey e Williams (2004), e em sua adaptação para o estudo Costa, Andrade e Lima (2008);

 Interesse dos estudantes na carreira: baseou-se inicialmente na pesquisa feita por Camey e Williams (2004) citada acima (ainda que possa parecer um construto similar ao interesse, a verificação feita assim, com esta separação, é justificada pelo pressuposto de que um estudante pode ter um elevado interesse na área disciplinar, porém não ter qualquer interesse em seguir uma carreira na área), com a mesma adaptação;

 A percepção de impacto educacional e profissional da área: baseou-se nos aspectos inicialmente no que Mcintyre, Webb e Hite (2005) entenderam como os impactos para estudantes relacionados ao aprendizado sobre serviços (definido para estudantes de marketing), e que foram adaptados no estudo de Costa, Andrade e Lima (2008) para a área de produção e operações;

 Domínio dos requisitos gerenciais da área: a avaliação desta dimensão partiu da percepção de que há variações no domínio das técnicas gerenciais de logística e que, possivelmente, este domínio instrumental teria impacto na avaliação que o estudante faz da disciplina. Como forma de fundamentar este aspecto, tomou-se como base as indicações dos autores avaliados no subitem anterior, especialmente Ballou (2001);  Percepção da necessidade da área: para fundamentar este aspecto, novamente tomou-se

por base o trabalho de Mcintyre, Webb e Hite (2005), que procederam a uma avaliação semelhante em relação a serviços em marketing, e na adaptação de Costa, Andrade e Lima (2008) para a área de produção e operações;

Mesmo considerando que este trabalho tem caráter exploratório, entende-se que seja relevante a avaliação das relações entre as dimensões de análise. Este procedimento foi desenvolvido em Costa, Andrade e Lima (2008) e Costa e Soares (2008), que entenderam as relações na forma de proposições. Por outro lado, compreendendo que estes estudos já constituem evidências teóricas consistentes das relações, consideramos oportuno formatar as seguintes hipóteses:

 H1 – O interesse pessoal do estudante na carreira de logística influencia positivamente o

nível de interesse pessoal do estudante pela área;

 H2 – A percepção pelo aluno do impacto educacional e profissional do conhecimento das

disciplinas influencia positivamente o nível de interesse pessoal do estudante pela área;  H3 – O domínio dos requisitos gerenciais da área de logística influencia positivamente o

nível de interesse pessoal do estudante pela área;

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influenciado pela percepção da necessidade da área nos cursos.

A partir destas hipóteses, foi desenvolvido o estudo de campo, cujos detalhes dos procedimentos e decisões do trabalho de campo e das análises estão apontados no item seguinte.

3. Metodologia

Para atender aos objetivos do estudo, optou-se por desenvolver um estudo empírico, com base em uma metodologia de natureza descritiva quantitativa, segundo a classificação de Gil (2006), que foi considerada a mais adequada visto que possibilita o teste estatístico das hipóteses enunciadas. Dada a sua natureza descritiva, aplicou-se na realização desta pesquisa, o levantamento do tipo survey, tipo de levantamento que tem o potencial de produzir descrições quantitativas de uma população a partir da utilização de um instrumento predefinido para a coleta de dados (MALHOTRA, 2006).

Assim, o instrumento adotado foi o questionário estruturado em três partes, contendo questões de identificação sobre a condição de estudante (primeira parte), questões sobre os tópicos centrais (construto) do estudo (segunda parte), além de sócio-demográficas (terceira parte). Para a definição dos itens de mensuração dos construtos, foram analisados e adaptados os itens utilizados em outros trabalhos já desenvolvidos e que tiveram objetivos e hipóteses semelhantes ao deste estudo. Assim, para os construtos ‘interesse pessoal’, ‘interesse pessoal na carreira de marketing’, ‘percepção de impacto educacional e profissional da área’, ‘percepção de necessidade da disciplina’, foram utilizados itens dos trabalhos de Costa et al. (2008) e Costa, Andrade e Lima (2008), que desenvolveram estudos de análise de interesse nas áreas de recursos humanos e de produção. Já para o “domínio dos requisitos operacionais da área”, foram utilizados seis itens definidos a partir de Ballou (2001) para Logística (ver Apêndice). A disposição dos itens no questionário foi na forma de afirmação, para verificação da concordância do respondente em uma escala de Likert de 5 pontos.

O universo da pesquisa foi definido como sendo os estudantes de cursos de graduação em Administração, porém o estudo empírico foi realizado por amostragem, com dados coletados na cidade de Fortaleza. A amostra foi acessada por conveniência e acessibilidade, e foram coletados 144 questionários. O procedimento básico consistia no pedido de apoio dos professores das disciplinas, levando em consideração os períodos nos quais os estudantes já haveriam cursado as disciplinas das áreas de logística. Os questionários da amostra foram aplicados entre os meses de fevereiro e abril do ano de 2008. O tempo médio de resposta foi de 10 minutos.

Tabela – Informações socioeconômicas e demográficas dos respondentes (em %).

Gênero Estado civil

Masculino 61,8 Solteiro 75,0

Feminino 38,2 Casado 22,9

Outro 2,1

Qual sua idade Renda familiar

Até 22 anos 18,8 Até R$ 1.000,00 12,7

De 22 a 24 anos 25,7 De R$ 1.001,00 a R$ 2.000,00 19,7 De 24 a 26 anos De 26 a 28 anos 18,8 11,8 De R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00 De R$ 3.001,00 a R$ 4.000,00 21,1 16,2

Acima de 28 anos 25,0 Acima de R$ 4.000,00 30,3

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Do total de alunos pesquisados, 42,4% foram provenientes de instituições públicas e 57,6% de instituições privadas, fato que demonstra equilíbrio entre a natureza das faculdades dos respondentes. Os dados coletados mostraram que a maioria dos respondentes (73,0%) estava cursando a segunda metade do curso, ou seja, do quinto semestre para frente. As informações correspondentes às características socioeconômicas e demográficas dos estudantes pesquisados estão expostas na Tabela 1. Destaca-se o fato de que 75% dos respondentes são solteiros, em sua maioria com idade acima de 24 anos (25,0%) e do sexo masculino (61,8%).

Na fase de preparação para a análise dos construtos, procedeu-se inicialmente à verificação de valores faltantes (missing values), assim como da existência de valores atípicos (outliers). Estes procedimentos indicaram a consistência dos dados para análise, sem que fosse necessária a exclusão de entradas de dados.

Para análise dos construtos, inicialmente foram extraídas medidas descritivas de média e de desvio-padrão por variável, tendo sido avaliada a ainda a consistência da estrutura fatorial do conjunto de variáveis (por construto), ainda sua confiabilidade (por meio do coeficiente alpha de Cronbach.

Para análise das hipóteses foi utilizada a técnica de análise de regressão múltipla, que permite a verificação simultânea de todas as hipóteses enunciadas, além de verificar ainda a importância relativa de cada uma das dimensões na formação do interesse do aluno (HAIR et

al., 2005).

Maiores detalhes sobre o uso das técnicas estatísticas são apresentados nos itens nos quais se aplicaram. Em todas as avaliações, os resultados encontrados foram submetidos à análise comparativa com os resultados do estudo de Costa, Andrade e Lima (2008). Todos os procedimentos estatísticos foram desenvolvidos com suporte do software SPSS, versão 15, e foram baseados nas orientações da literatura especializada (HAIR, et al., 2005; MALHOTRA, 2006).

4. Resultados

Na primeira parte do questionário, os estudantes eram convidados a responder questões sobre o tipo de ocupação atual, trabalho e experiência na área de logística. Nesse aspecto, foram consideradas 41 respostas válidas. Deste quantitativo, 28,5% afirmaram trabalhar ou ter trabalhado em atividades associadas à área de logística, sendo que 25,0% associaram a atividades próprias do seu trabalho e outros 3,5% a projetos da faculdade. Em relação à ocupação funcional, os resultados indicaram que 61,8% dos estudantes trabalhavam em tempo integral, 26,4% em meio período e 11,8% não estavam trabalhando no momento.

Estes resultados, que parecem indicar uma boa aproximação com a realidade (exploratoriamente) verificada no universo dos cursos de Administração, sinalizam inicialmente que os estudantes têm uma experiência muito restrita na área de logística, o que pode ser explicado por uma orientação dada nos cursos, e que é classicamente maior para as áreas financeira, de marketing, ou de recursos humanos.

Sobre as intenções futuras em relação a trabalho ao terminarem o curso, mais da metade dos respondentes (51,4%) pretende buscar um emprego ou continuar no que já está, 32,4% pretendem abrir o próprio negócio, 5,6% pretende trabalhar em empresa da família e 10,6% informam não pretender trabalhar após o término do curso.

Já em relação à continuidade dos estudos após o término do curso, 52,4% dos estudantes pesquisados possuem a intenção de fazer curso de especialização, 25,9% pretendem fazer curso de mestrado, 12,6% pretendem cursar outra graduação, e 9,1% dos respondentes pretendem parar de estudar por um período ou definitivamente. Este resultado

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ilustra a forte pretensão dos estudantes em seguir para estudos de pós-graduação, de modo mais enfático para a área profissional, por meio de cursos de especialização.

4.2. Descrição dos construtos

Para analisar a consistência das variáveis utilizadas para mensurar os construtos da pesquisa, os dados foram submetidos à técnica estatística de Análise Fatorial Exploratória – AFE, aplicada construto a construto, pelo método dos componentes principais. Como resultado, observou-se que nenhum dos construtos analisados necessitou de procedimentos de ajuste, visto que a estrutura fatorial gerada manteve a expectativa previamente definida.

Em seguida, as variáveis foram analisadas em termos de confiabilidade, para representar os construtos. Para tanto, foi extraído, por construto, o coeficiente Alpha de Cronbach, tendo-se encontrado valores aceitáveis (todos acima de 0,6; cf. tabela 2). Os resultados apresentados na AFE e da confiabilidade são semelhantes aos que Costa, Andrade e Lima (2008) verificaram na análise dos mesmos itens quando aplicados à área de produção e operações. Estes resultados dão evidências da adequação das variáveis paras as análises procedidas.

Após estes procedimentos, as variáveis utilizadas na pesquisa foram agrupadas por construto, e foram extraídas as médias e os desvios de cada uma, e os resultados podem ser verificados no apêndice deste artigo. Adicionalmente, e considerando os resultados da estrutura fatorial encontrada e da confiabilidade extraída, decidiu-se pela composição das variáveis para gerar uma medida geral de cada construto. Tomando como regra de composição a média dos escores das entradas na planilha correspondentes a cada construto (BAGOZZI; EDWARDS, 1998), cinco novas variáveis foram geradas.

Tabela 2 – Medidas dos construtos

Construto Alpha Média Desvio

Interesse pessoal na párea 0,871 3,48 0,99 Interesse em uma carreira na área 0,934 2,80 1,26 Percepção de impacto educacional e profissional 0,854 3,67 0,86 Domínio de habilidades gerenciais 0,864 2,98 0,88 Percepção de necessidade da área no curso 0,792 3,57 0,90 Fonte: Dados da Pesquisa.

Os resultados para os valores do índice alpha, das médias e dos desvios padrão de cada um desses construtos, estão expostos na Tabela 2. Pôde-se verificar o seguinte (dado que a escala utilizada foi de 5 pontos, adotou-se como critério de análise que: valores de média até 3 são baixos, de 3 a 4 são intermediários e de 4 a 5 são elevados; já para os desvios-padrão, valores até 0,8 são baixos, de 0,8 a 1,0 são médios e acima de 1,0 são elevados):

 A média da variável de interesse pessoal na disciplina pode ser considerada intermediária (3,48), enquanto que o desvio indica uma dispersão média nas opiniões (0,99). A indicação é de que os estudantes mantêm um nível de interesse moderado pela área de logística, mas há uma grande divergência de posições;

 A média da variável de interesse em uma carreira na área apresentou-se baixa (2,80). Já o desvio-padrão teve um valor considerado elevado (1,26). A indicação foi de que os estudantes de Administração possuem pouco interesse em seguir carreira na área de logística;

 A variável de percepção de impacto educacional e profissional apresentou valores na média e desvio padrão intermediários (3,67 e 0,86, respectivamente), indicando uma percepção de importância moderada para os conhecimentos adquiridos nas disciplinas,

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com opiniões pouco convergentes nesse entendimento.

 As medidas para domínio de habilidades gerenciais foram consideradas baixas, dada a média de 2,98. Já os desvios podem ser considerados intermediários (0,88), indicando uma dispersão intermediária na avaliação dos estudantes;

 Por fim, a variável de percepção de necessidade da disciplina no curso apresentou valor intermediário tanto para a média, como para o desvio (a média ficou em 3,57 e o desvio-padrão em 0,90). Conclui-se, então, que os estudantes consideram a disciplina necessária para o curso, porém há uma moderada divergência de percepção entre os pesquisados;

Estes resultados são bastante próximos aos encontrados na amostra pesquisada por Costa, Andrade e Lima (2008), em sua análise para a área de produção e operações. Em todos os construtos os resultados ficaram próximos a ponto de não apresentarem diferenças em testes estatísticos exploratoriamente realizado pelos autores. Por estes resultados, é possível entender que, na avaliação dos estudantes, mesmo em verificações com amostra independentes, as disciplinas tanto da área de logística como da área de produção e operações são percebidas como importantes para o curso e para a atuação profissional. Todavia, o interesse pessoal em seguir carreira na área, e o domínio das habilidades gerenciais podem ser considerados baixos, com as médias ficando, normalmente, em um nível intermediário.

Considerando a proximidade das médias, os resultados reafirmam a convergência das duas áreas, e considerando a semelhança temática das duas áreas, é possível imaginar que o resultado se deve à percepção por parte dos estudantes de convergência temática entre logística e produção e operações.

4.3. Análise das hipóteses

As hipóteses definidas para o estudo foram avaliadas através da técnica estatística de Análise de Regressão, aplicada pelo método enter. Assim, o construto ‘interesse pessoal na disciplina’ foi colocado na condição de dependente, ao passo que os construtos ‘domínio de habilidades gerenciais’, ‘interesse em uma carreira na área’, ‘percepção de necessidade da disciplina no curso’ e ‘percepção de impacto educacional e profissional’ foram inseridos como independentes. O modelo pôde ser considerado consistente (R²=0,758), e os valores estimados dos construtos antecedentes encontram-se na Tabela 3.

Tabela 3 - Resultados da Análise de Regressão

Construto Coeficiente β Estatística t Sig. (p valor)

Interesse em uma carreira na área 0,282 5,621 0,000 Percepção de impacto educacional e profissional 0,354 4,791 0,000 Domínio de habilidades gerenciais 0,093 2,006 0,047 Percepção de necessidade da disciplina no curso 0,318 4,498 0,000 Fonte: Dados da Pesquisa

Conforme é possível verificar, todos os construtos apresentaram valores significativos para o coeficiente padronizado (p<0,05). Com estes resultados, é possível avaliara as hipóteses da pesquisa:

 A hipótese H1, que afirmava que ‘o interesse pessoal do estudante na carreira de logística influencia positivamente o nível de interesse pessoal do estudante pela área’, foi aceita (β=0,282, p<0,001), indicando que o interesse do estudante é influenciado pelo nível de pretensão dos estudantes em seguirem carreira na área de logística;

 A hipótese H2, que afirmava que ‘a percepção pelo aluno do impacto educacional e profissional do conhecimento das disciplinas influencia positivamente o nível de interesse

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pessoal do estudante pela área’, também foi aceita (β=0,354 p<0,001), indicando que o interesse é também influenciado pela percepção de importância da área, destacando-se ainda o fato deste ser o fator de maior impacto na formação do interesse;

 A hipótese H3, que afirmava que ‘o domínio dos requisitos gerenciais da área de Produção influencia positivamente o nível de interesse pessoal do estudante pela área’, foi aceita (β=0,093, p<0,05), indicando-se que quanto mais os estudantes se sentem seguros tanto em relação ao domínio das habilidades gerenciais de logística, mais se interessam pela área;

 A hipótese H4, que afirmava que ‘o nível de interesse pessoal do estudante pelas disciplinas da área é positivamente influenciado pela percepção da necessidade da área nos cursos’, foi aceita (β=0,318, p<0,001), dando evidência de que quanto mais o estudante a área de logística como necessária, mais ele se interessa pela área.

Os resultados estão sintetizados no quadro 1. Pelo exposto, e considerando esses resultados conjuntamente, observa-se que todas as hipóteses foram bem aceitas, demonstrando assim que, na amostra, o interesse do aluno na carreira, a percepção da necessidade da área no curso, a segurança quanto ao domínio das habilidades gerenciais da área, e a percepção impacto educacional e profissional do conhecimento da área, realmente influenciam, e todas de forma positiva, o interesse do aluno pela área.

Quadro 1 - Síntese dos Resultados dos Testes Realizados

Hipótese Fator de influência no interesse na área Resultado

H1 Interesse em uma carreira na área Aceita H2 Percepção de impacto educacional e profissional Aceita H3 Domínio de habilidades gerenciais Aceita H4 Percepção de necessidade da disciplina no curso Aceita Fonte: Dados da Pesquisa.

Quando se compara esse resultado com o trabalho de Costa, Andrade, Lima (2008), o destaque maior é para a hipótese H3, que foi rejeitada na análise referente à área de Produção e Operações. Apesar da similaridade das áreas, os estudantes demonstraram que maiores habilidades gerenciais em logística tem o potencial de gerar interesse pela área, o que não se confirmou para a área de produção e operações. Deste modo, considerando que os estudantes indicaram não dominar bem as habilidades gerenciais dessa área, um esforço para aprimorar o aprendizado e elevar a segurança provocaria, em logística, um maior interesse dos estudantes, o mesmo não podendo ser dito da área de produção e operações. Por outro lado, e considerando o nível de significância observado (p=0,047), deve-se alertar aqui que, embora as amostras selecionadas nas duas pesquisas tenham sido independentes, o nível de significância demandaria maiores explorações de tais diferenças, o que pode ser feito em estudos futuros.

4.4. Análise de agrupamentos

As medidas agregadas dos construtos foram submetidas à análise de cluster, que foi desenvolvido utilizando-se o método k-means, com solicitação de extração de três grupos. Os grupos gerados apresentaram-se com um número bem significativo de entradas. As médias de cada grupo, por construto, estão expostas na Tabela 4.

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 O cluster 1 ficou com 45 entradas (31,3% do total), e as médias dos construtos foram sempre elevadas (com exceção para domínio dos requisitos da área, que apresentou média intermediária). Este cluster foi denominado de ‘entusiastas’ da área de logística;

 O cluster 2 ficou com 58 entradas (40,3% do total), e as médias dos construtos foram intermediárias, embora a média de interesse em uma carreira na área, tenha sido baixa. Este cluster foi denominado de ‘interessados’ na área de logística;

 O cluster 3 ficou com 41 entradas (28,5% do total), e as médias dos construtos foram sempre bastante baixas. Este cluster foi denominado de ‘avessos’ à área de logística;

Tabela 4 - Grupos gerados, médias e desvios padrão

Construto Grupos Número Percentual Média Desvio

Entusiastas 45 31,3 4,43 0,48 Interessados 58 40,3 3,60 0,53 Interesse pessoal na disciplina Avessos 41 28,5 2,28 0,60 Entusiastas 45 31,3 4,25 0,66 Interessados 58 40,3 2,44 0,77

Interesse em uma carreira na área Avessos 41 28,5 1,69 0,71 Entusiastas 45 31,3 4,43 0,39 Interessados 58 40,3 3,76 0,59 Percepção de impacto educacional e profissional Avessos 41 28,5 2,70 0,62 Entusiastas 45 31,3 3,50 0,77 Interessados 58 40,3 3,00 0,81 Domínio de habilidades gerenciais Avessos 41 28,5 2,39 0,72 Entusiastas 45 31,3 4,34 0,52 Interessados 58 40,3 3,68 0,55 Percepção de necessidade da disciplina no curso Avessos 41 28,5 2,56 0,65

Fonte: dados da pesquisa

Pelo que se observou nos grupos gerados, tem-se evidenciado que cerca de sete em cada 10 alunos são ou interessados ou entusiastas pela área de logística, o que assegura que os estudantes da amostra podem ser configurados como bastante simpáticos à área. Ainda assim, o número de estudantes avessos à área não é inexpressivo. Logo, posto que cerca de três a cada 10 alunos não tem qualquer interesse, nem percebem qualquer valor na área.

Este resultado se aproxima bastante daquele verificado no estudo de Costa, Andrade e Lima (2008) para a área de produção e operações, no qual os autores verificaram que aproximadamente três em cada quatro estudantes ou são interessados ou são entusiastas da mesma, e que um em cada quatro estudantes podiam ser considerado avesso à área de produção e operações.

Veja-se que, nas médias dos grupos para segurança dos estudantes quanto ao domínio dos requisitos gerenciais da área não alcançou níveis elevados em qualquer um dos grupos. Observou-se que para o grupo dos estudantes avessos, a média foi baixa, enquanto que nos demais, foi apenas intermediária, mesmo para os estudantes considerados entusiastas. A indicação foi de que, independente do entusiasmo dos alunos, estes tem pouca segurança quanto às competências da área de logística.

Destacou-se, ainda, o resultado das médias para o construto interesse na carreira, tendo-se verificado que este construto apresentou uma média elevada para os estudantes entusiastas – o que é esperado –, além de uma média muito baixa para os estudantes avessos. Já para os estudantes interessados, a média ficou em um nível baixo. A indicação é de que somente os estudantes entusiastas revelam um interesse consistente em seguir carreira em logística, mesmo não apresentando um grande domínio dos requisitos da área.

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ANAIS

Estes resultados são também próximos dos verificados na análise dos grupos gerados no estudo de Costa, Andrade, Lima (2008), reforçando a proximidade de resultados nas duas áreas (logística e produção).

5. Considerações finais

Este trabalho teve a finalidade de contribuir para uma melhor compreensão do valor que o estudante de Administração atribui para a área e para as disciplinas da área de logística, gerando evidências empíricas e testando relações entre os fatores com impacto potencial sobre o interesse dos alunos por esta relevante área gerencial. Os resultados juntam-se aos resultados de outros estudos e desenvolvidos com a finalidade de analisar o interesse temático e disciplinar de estudantes de Administração, e, acredita-se, tem o potencial de contribuir para os desenvolvimentos teóricos da área de ensino e pesquisa em Administração.

Pelo desenvolvimento das pesquisas teórica e de campo foi possível responder a o problema de pesquisa e atingir os quatro objetivos delimitados na introdução do artigo. Pelos resultados, observou-se que os estudantes da amostra possuem um nível interesse em logística apenas moderado, assim como também é moderada a percepção de impacto da área e de sua necessidade no curso; já o interesse do estudante por uma carreira em logística, assim como sua percepção de domínio das competências da área, ficaram em um nível baixo.

Verificou-se ainda que o interesse dos estudantes é consistentemente influenciado pelos quatro fatores analisados (a percepção de impacto da área, percepção necessidade no curso, interesse em uma carreira, e percepção de domínio das competências). Adicionalmente, são bem delimitados três grupos de estudantes, sendo possível observar que a área de logística desagrada a cerca de 30% dos estudantes, e agrada a pouco mais de 60% deles. Entretanto, mesmo os estudantes que são mais entusiasmados com a área, não se sentem seguros quanto ao domínio das competências da área.

Realizando uma comparação dentre as áreas de logística e de produção e operações (COSTA, ANDRADE, LIMA, 2008), destacou-se a convergência de resultados desde as análises descritivas, passando pelos fatores de influência sobre o interesse dos estudantes, até os agrupamentos desenvolvidos. Considerando que as coletas de dados ocorreram em momentos distintos, com amostras independentes, os resultados reafirmam a forte semelhança das duas áreas na avaliação dos estudantes (em relação aos construtos deste artigo).

As limitações da pesquisa se devem principalmente à amostra, que foi restrita a uma cidade (Fortaleza), e a um procedimento de coleta não probabilístico. Seria relevante a replicação desse estudo em outros estados e regiões do país. Mesmo considerando que a amostra aqui utilizada foi adequada ao objetivo de gerar evidência das relações hipotetizadas, os resultados não podem ser generalizados. Logo, recomenda-se que outros estudos utilizem métodos e técnicas de amostragem mais robustos.

Também é sugerida uma avaliação com outros agentes envolvidos no processo de formação de futuros administradores, em especial professores e coordenadores de cursos. A opinião destes autores seguramente daria mais consistência às relações testadas, e viabilizaria melhores informações para ações de aperfeiçoamento da formação.

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ANAIS

Apêndice: Variáveis por construto, média e desvios padrão Interesse pessoal na área

Variáveis Média Desvio

As disciplinas da área têm grande importância para mim 3,60 1,14 As disciplinas da área são muito interessantes para mim 3,42 1,23 Não me incomoda gastar tempo extra para me dedicar às atividades das disciplinas desta

área 3,32 1,22

O aprendizado das disciplinas desta área pode ser considerado de grande relevância para

minha formação profissional 3,59 1,16

Eu faria as disciplinas desta área, mesmo que não fossem obrigatórias 3,51 1,37

Domínio da habilidades da área

Variáveis Média Desvio

Desenvolver uma estratégia de logística e gestão de materiais, tendo como base a

combinação desejada entre controle operacional e estratégico 2,56 1,08 Traduzir as ações estratégicas de logística e materiais para o nível tático e operacional 2,86 1,17 Gerenciar de maneira sincronizada as diversas atividades de logística e administração de

materiais (transporte, estoque, armazenagem, manuseio de materiais, embalagens...) 3,03 1,15 Estabelecer parcerias com outras empresas através de planejamento e relacionamento

conjuntos das atividades de distribuição e suprimentos 3,25 1,08 Articular as atividades de logística e materiais com outras atividades funcionais

(especialmente marketing e produção). 3,19 1,04

Interesse em uma carreira na área

Variáveis Média Desvio

A carreira nesta área é uma boa opção para mim 2,99 1,26

A carreira na área é, para mim, desejável 2,69 1,34

Uma carreira nesta área desperta bastante o meu interesse 2,71 1,43

Necessidade da área no curso

Variáveis Média Desvio

Eu entendo que todos devem cursar estas disciplinas desta área 3,87 1,17 O conteúdo da área complementa bem as demais disciplinas do curso de Administração 3,80 1,09

As disciplinas da área são bastante desafiadoras 3,56 1,16

O conteúdo das disciplinas da área deveria ser trabalhado também em todas as disciplinas

do curso 3,01 1,23

Impacto das disciplinas da área

Variáveis Média Desvio

As empresas esperam que minha instituição de ensino incentive a formação de seus alunos

para esta área 3,31 1,19

O que aprendo nas disciplinas desta área será importante para minha formação profissional 3,79 1,18 A aprendizagem das habilidades gerenciais da área ajuda os estudantes a solucionar

problemas práticos 3,83 1,05

A aprendizagem gerada na área desenvolve nos estudantes o pensamento crítico 3,70 1,07 As disciplinas da área conduzem os estudantes a aliar teoria e prática 3,77 1,13 O conteúdo aprendido nas disciplinas da área de logística será útil no meu dia-a-dia 3,59 1,29

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