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ESTÁGIOS DE EQUILÍBRIO DE PRAIAS EM ZETA, DE SALIÊNCIAS E DE TÔMBOLOS AO LONGO DO LITORAL NORDESTE ORIENTAL BRASILEIRO.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

PROGRAMA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:

GEOLOGIA COSTEIRA, MARINHA E SEDIMENTAR

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

SALVADOR 2016

ESTÁGIOS DE EQUILÍBRIO DE PRAIAS EM ZETA, DE

SALIÊNCIAS E DE TÔMBOLOS AO LONGO DO LITORAL

NORDESTE ORIENTAL BRASILEIRO.

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LUICK FERNANDES DE MELO

Orientador: Prof. Abílio Carlos da Silva Pinto Bittencourt

SALVADOR 2016

ESTÁGIOS DE EQUILÍBRIO DE PRAIAS EM ZETA, DE

SALIÊNCIAS E DE TÔMBOLOS AO LONGO DO LITORAL

NORDESTE ORIENTAL BRASILEIRO.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geologia do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia como requisito parcial à obtenção do Título de Mestre em Geologia, Área de concentração: Geologia Costeira, Marinha e Sedimentar.

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Aos meus pais e irmã com muito carinho, amor e compreensão.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço esse trabalho ao meu orientador Prof. Abílio Carlos da Silva Pinto Bittencourt, a Dra. Iracema Reimão Silva, ao Dr. Adeylan Nascimento Santos, aos meus professores e amigos que contribuíram de alguma maneira para meu crescimento pessoal, profissional e espiritual.

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RESUMO

Ao longo do litoral nordeste oriental brasileiro são encontradas muitas feições geomórficas dos tipos saliência, tômbolo, e praia em zeta. O objetivo fundamental do presente estudo é caracterizar os estágios de equilíbrio praial, entre estático, dinâmico e instável das praias arenosas do litoral nordeste oriental brasileiro associadas a saliências, tômbolos e praias em zeta, aplicando o software MEPBAY®. As

modelagens foram feitas a partir de imagens de satélite do tipo raster, disponibilizadas pelo software GoogleEarth®. Os resultados mostraram que 35% das feições são do

tipo saliência, 35% de tômbolos, e 30% de praias em zeta. Os arcos praiais das feições aqui estudadas apresentaram-se em 64% dos casos em estágio de equilíbrio estático, 33% em estágio de equilíbrio instável e em 8% em estágio de equilíbrio dinâmico. Com relação à simetria das saliências e tômbolos, em ambas, 83% delas apresentam-se como assimétricas. As saliências apresentaram-se em 58% dos casos em estágio de equilíbrio instável, 33% em estágio de equilíbrio estático e 8% em estágio de equilíbrio dinâmico. Os tômbolos apresentaram-se em 83% dos casos em estágio de equilíbrio estático e 17% em estágio de equilíbrio instável. As praias em zeta apresentaram-se em 90% dos casos em estágio de equilíbrio estático e em 10% em estágio de equilíbrio instável. Com relação a ocupação urbana, as feições com estágio de equilíbrio estático apresentaram em 84% dos casos algum nível de ocupação urbana, as feições com estágio de equilíbrio instável apresentaram em 92% dos casos algum nível de ocupação urbana e as feições com estágio de equilíbrio dinâmico 50% dos casos apresentaram algum nível de ocupação urbana. Os resultados aqui obtidos com o software MEPBAY® poderão vir a ser uteis para o gerenciamento costeiro da região

nordeste oriental brasileiro, por exemplo, mostrando a posição da curvatura praial de uma praia em equilíbrio estático, ajudando em tomadas de decisões para construção de obras de engenharia na região costeira, podendo assim evitar processos de erosão costeira como também de recuperação de áreas já erodidas. Saber a classificação dos estágios de equilíbrios que as praias se encontram ajudarão elucidar melhores tomadas de decisões para com a gestão costeira, podendo assim prover o conhecimento prévio para: a) transformar, através de obras de engenharia, uma praia em estágio de equilíbrio dinâmico e/ou instável em condições de equilíbrio estático, b) criar praias recreacionais e c) executar obras de proteção à erosão ou de recuperação de praias erodidas.

Palavras-chave: Estágio de equilíbrio planimétrico praial. Saliência. Tômbolo. Praias em zeta. Região costeira nordeste oriental.

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ABSTRACT

Along the coast Brazilian East northeast are found many geomorphic features of a kind salients, tombolo, and zeta beach The fundamental objective of the study is to characterize the shoreface equilibrium stages between static, dynamic and unstable, of the sandy beaches of the Brazilian northeast coast eastern associated with salients, tombolos and zeta beaches, applying MEPBAY® software.. The moldings were made from the raster type satellite images provided by software GoogleEarth®. The results

showed that 35% of the features are the type salients, 35% tombolos, and 30% of zeta beaches. The shoreface arches of the features studied here presented in 64% of cases in static equilibrium stage, 33% in unstable equilibrium stage and 8% in dynamic equilibrium stage. In relation to the symmetry of salients and tombolos, in both of which 83% is present as asymmetric. The salients presented in 58% of cases of unstable equilibrium stage, 33% in static equilibrium stage and 8% in dynamic equilibrium stage. The tombolos presented in 83% of cases in static equilibrium stage and 17% in unstable equilibrium stage. The zeta beaches presented in 90% of cases in static equilibrium stage and 10% in unstable equilibrium stage. In relation to urban occupation, the features with static equilibrium stage presented in 84% of cases some level of urban occupation, the features with unstable equilibrium stage presented in 92% of cases some level of urban occupation and features with equilibrium stage dynamic 50% of cases showed some level of urban occupation. The results obtained with the MEPBAY® software may turn out to be useful for coastal management eastern Brazilian Northeast, for example, showing the position of shoreface curvature of a beach in static equilibrium, helping in decision-making for building works engineering in the coastal region, thus being able to prevent coastal erosion processes as well as recovery areas already eroded. Knowing the classification of equilibrium stages that the beaches are help elucidate better decision making towards coastal management, thus being able to provide prior knowledge to: a) transform, through engineering works, a beach in dynamic equilibrium stage and / or unstable in conditions of static equilibrium, b) create recreational beaches and c) implement protection works to erosion or recovery of eroded beaches.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Evolução da linha de costa na parte abrigada de quebra-mares

Segmentados...14

Figura 2 - Padrão de circulação hidrodinâmica na parte abrigada de um anteparo com a frente de ondas incidentes paralelas à linha de costa...15

Figura 3 - Comparação das correntes geradas na parte abrigada de quebra-mares emersos (a) e submersos (b)...17

Figura 4 - Demonstra exemplos de praias embaiadas delimitadas por recifes de corais em Ponta Grande / Coroa Vermelha (Bahia)...20

Figura 5 - Setorização da região costeira Nordeste oriental do Brasil de acordo com as características fisiográficas...24

Figura 6 - Praia em equilíbrio estático analisada pelo software MEPBAY®...28

Figura 7 - Praia em equilíbrio dinâmico analisada pelo software MEPBAY®...29

Figura 8 - Praia em equilíbrio instável analisada pelo software MEPBAY®...29

Figura 9 - Demonstra as variáveis utilizadas para aplicação do software MEPBAY®...31

Figura 10 - Setor I e os pontos estudados...32

Figura 11 - Setor V e os pontos estudados...32

Figura 12 - Setor VI e os pontos estudados...33

Figura 13 - Setor VII e os pontos estudados...33

Figura 14 - Setor VIII e os pontos estudados...34

Figura 15 - Imagem de satélite do ponto 2 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...37

Figura 16 - Imagem de satélite do ponto 4 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...38

Figura 17 - Imagem de satélite do ponto 5 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...39

Figura 18 - Imagem de satélite do ponto 8 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...41

Figura 19 - Imagem de satélite do ponto 10 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...42

(9)

Figura 20 - Imagem de satélite do ponto 13 com aplicação de modelagem do software

MEPBAY®...43

Figura 21 - Imagem de satélite do ponto 14 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...44

Figura 22 - Imagem de satélite do ponto 15 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...45

Figura 23 - Imagem de satélite do ponto 16 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...46

Figura 24 - Imagem de satélite do ponto 17 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...47

Figura 25 - Imagem de satélite do ponto 20 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...49

Figura 26 - Imagem de satélite do ponto 23 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...50

Figura 27 - Imagem de satélite do ponto 24 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...51

Figura 28 - Imagem de satélite do ponto 29 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...52

Figura 29 - Imagem de satélite do ponto 30 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...53

Figura 30 - Imagem de satélite do ponto 31 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...54

Figura 31 - Imagem de satélite do ponto 33 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...55

Figura 32 - Imagem de satélite do ponto 34 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...57

Figura 33 - Imagem de satélite do ponto 11 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...59

Figura 34 - Imagem de satélite do ponto 18 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...60

Figura 35 - Imagem de satélite do ponto 21 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...61

Figura 36 - Imagem de satélite do ponto 22 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...62

Figura 37 - Imagem de satélite do ponto 1 com aplicação de modelagem do software

(10)

Figura 38 - Imagem de satélite do ponto 3 com aplicação de modelagem do software

MEPBAY®...65

Figura 39 - Imagem de satélite do ponto 6 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...67

Figura 40 - Imagem de satélite do ponto 9 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...68

Figura 41 - Imagem de satélite do ponto 12 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...69

Figura 42 - Imagem de satélite do ponto 19 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...70

Figura 43 - Imagem de satélite do ponto 28 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...71

Figura 44 - Imagem de satélite do ponto 32 com aplicação de modelagem do software MEPBAY®...72

Figura 45 - Percentuais das feições modeladas ao longo da área de estudo...73

Figura 46 - Percentuais das simetrias das saliências...74

Figura 47 - Percentuais das simetrias dos tombolos...74

Figura 48 - Percentuais dos estágios de equilíbrio dos arcos praiais das feições modeladas, de uma maneira geral...75

Figura 49 - Percentuais dos estágios de equilíbrio dos arcos praiais das saliências...76

Figura 50 - Percentuais dos estágios de equilíbrio dos arcos praiais dos tombolos...76

Figura 51 - Percentuais dos estágios de equilíbrio dos arcos praiais das praias em zeta...77

Figura 52 - Percentuais de ocupação urbana das feições com estágio de equilíbrio estático...78

Figura 53 - Percentuais de ocupação urbana das feições com estágio de equilíbrio instável...78

Figura 54 - Percentuais de ocupação urbana das feições com estágio de equilíbrio dinâmico...79

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LISTA DE TABELAS

(12)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...12

2. OJETIVO GERAL...20

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁREA DE ESTUDO...22

3.1 LOCALIZAÇÃO...22

3.2 CENÁRIO GEOLÓGICO – FISIOGRÁFICOS...22

3.3 CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA/CLIMA DE ONDAS...26

3.4 MARÉ...27 4. METODOLOGIA...28 4.1 GOOGLE EARTH®...30 5. RESULTADOS...35 6. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS...73 7. REFERÊNCIAS...82

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CAPÍTULO I

1. INTRODUÇÃO

As regiões costeiras são as áreas mais importantes e intensamente utilizadas no mundo (Kay e Alder, 1999), e estima-se que 60% da população mundial vive em uma faixa territorial localizada a menos de 100 km da linha costa (Yeung, 2001). A ocupação urbana vem aumentando consideravelmente ao longo dos tempos, associada ao desenvolvimento das principais atividades econômicas, como: a portuária, industrial, pesqueira e turística.

A ocupação urbana, industrial e portuária da região costeira vem ocorrendo em sua grande maioria de maneira insustentável e não ordenada, ocasionando diversos conflitos de uso, gerados por razões sociais, econômicas, e ambientais. As alterações físico-químicas dos ambientes costeiros, por exemplo, modificam os padrões naturais da dinâmica ecossistêmica desses ambientes (Klein et al., 2003).

Os impactos causados pelas modificações antrópicas na zona costeira podem resultar em alterações no balanço sedimentar dos ambientes praiais, resultando em severos processos erosivos ao longo da costa. As ações de controle, proteção e gerenciamento da zona costeira são altamente dispendiosas para mitigar os impactos, gerando assim, grandes despesas para os cofres públicos bem como privados. Como Bird (1996 apud Hsu et al., 2008) comentou, “Mais de 70% do comprimento das franjas praiais costeiras retraíram desde os anos 80, e menos de 10% avançaram”. Esses impactos podem estar diretamente ou indiretamente ligados às ações antropogênicas, como, por exemplo: ao endurecimento da linha de costa através da pavimentação da orla urbana, como caso direto, e, às alterações climáticas causadas pelo aquecimento global, como indiretos.

No caso do Brasil, o que se constata é a dificuldade do Estado em gerenciar e ordenar os mais de 8.000 km de zona costeira, a qualquer nível de aplicação, fiscalização e adequação, previstas pela Lei No 7.661, de 16 de maio de 1988, que instituiu o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC) como parte integrante da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e da Política Nacional para os Recursos do Mar (PNRM). A lei definiu ainda que o detalhamento deste Plano fosse

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CAPÍTULO I

estabelecido em documento específico, no âmbito da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), visando orientar a utilização racional dos recursos na zona costeira. A primeira versão do PNGC foi apresentada em novembro de 1990, tendo este marco legal original a sua segunda edição aprovada em 1997 (PNGC II), na forma de Resolução 005 da CIRM, de 03/12/97, após aprovação na 48ª Reunião Ordinária do CONAMA. Posteriormente, a aprovação do PNGC II, cuja versão ainda está em vigor, foi publicada no Decreto que regulamentou a Lei do Gerenciamento Costeiro e definiu critérios para a gestão da orla marítima e dos recursos costeiros.

O litoral brasileiro abriga mais do que um quarto de sua população, chegando a 26,6% (IBGE, 2010), abrangendo os mais distintos ambientes ecossistêmicos, como praias arenosas, costões rochosos, falésias em rochas do embasamento cristalino e sedimentares, recifes de corais, rios e estuários, promontórios rochosos, ilhas, dunas, manguezais, marismas, mata atlântica, restinga, dentre outros. Estes diferentes ecossistemas são de grande importância ambiental, social e econômica para a população em geral.

Segundo Pilkey (1991), os ambientes praiais são sistemas dinâmicos, envolvendo quatro fatores principais: (i) o nível relativo do mar, (ii) a energia das ondas e marés, (iii) o suprimento de sedimentos, e, (iv) seu arcabouço geológico/geomorfológico primário. Os processos costeiros são fortemente influenciados pelos agentes dinâmicos atuantes, de forma que o conhecimento detalhado desses agentes é muito importante para os estudos dos fenômenos existentes e para a compreensão da evolução geológica e geomorfológica das áreas costeiras tanto a curto, como a médio e longo prazo (Diniz, 2002). O clima é um dos principais responsáveis pelas condições oceanográficas locais, através da formação das ondas e correntes longitudinais e transversais ao longo da linha de costa.

A presença de ilhas, recifes, promontórios rochosos e obras de engenharia na zona costeira, que podem desempenhar um papel significativo como anteparos marinhos, são fatores importantes a serem considerados como condicionantes da dinâmica sedimentar dos ambientes praiais, atuando como obstáculos às frentes de onda que atingem a linha de costa, influenciando diretamente no padrão de dispersão

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CAPÍTULO I

e distribuição dos sedimentos, por alterarem as condições hidrodinâmicas locais através da difração e refração das ondas. Segundo Wright & Short (1984), a interação entre a energia das ondas incidentes, marés e granulometria do sedimento, exercem modificações na morfologia das praias, resultando em mudanças no padrão hidrodinâmico atuante nas mesmas. Desta forma, morfologia e hidrodinâmica evoluem conjuntamente.

Os anteparos à ação das ondas no ambiente marinho, sejam eles naturais ou artificiais, podem induzir, a depender de suas características (distância, tamanho e forma), a formação de feições geomorfológicas na zona costeira, denominadas como saliências, quando o acúmulo sedimentar na zona abrigada do anteparo não é suficiente para chegar a se conectar ao mesmo, e, tômbolos, quando este acúmulo chega a se conectar ao anteparo (Fig. 1). Muitas dessas feições são de regiões intermarés, ou seja, formadas durante a variação da amplitude da baixa-mar para a preamar. De acordo com Komar (1998), o termo tômbolo provém da Itália, onde essas feições são bem desenvolvidas. As saliências podem tomar diferentes formas e tamanhos, geralmente triangulares, dependendo do clima de ondas local (Komar, 1998; Van Rijn, 1998). A interação obliqua da frente de ondas persistente com os anteparos marinhos pode formar uma curvatura a sotamar da saliência ou tômbolo, gerando erosão nessa região (Figura 1) (Hsu et al., 2008).

Figura1: Evolução da linha de costa na parte abrigada de quebra-mares segmentados (Moussa et al., 2006).

(16)

CAPÍTULO I

Black e Andrews (2001) afirmaram que a difração de ondas e as correntes de circulação são os principais mecanismos a contribuírem para a formação de saliências e tombolos, feições geomorfológicas que apresentam dimensões de metros a quilômetros, e são geradas pela alteração no padrão de circulação da hidrodinâmica na retaguarda dos anteparos, ocasionada pela difração e refração das ondas que aí ocorrem, implicando em uma diminuição na intensidade da deriva litorânea, consequente da redução da energia das ondas, dando lugar assim à deposição.

Além disso, parte da energia das ondas que impactam diretamente nos anteparos são refletidas e dissipadas, dessa forma, favorecendo o acúmulo sedimentar nas zonas de sombra dos anteparos, onde a hidrodinâmica é reduzida. Assim, os sedimentos oriundos de áreas adjacentes carreados pela deriva litorânea (Fig. 1), ou, no caso da inexistência de tal deriva, carreados através das correntes circulares que se formam na zona de sombra do anteparo (Fig. 2), tendem a se depositar nesse local de baixa hidrodinâmica, assumindo geralmente um formato triangular, de acordo com a figura 1 (Komar, 1998; Black e Andrews, 2001; CERC, 1984).

Figura 2: Padrão de circulação hidrodinâmica na parte abrigada de um anteparo com a frente de ondas incidentes paralelas à linha de costa (Edwards, 2006).

(17)

CAPÍTULO I

A figura 2 mostra o padrão de circulação hidrodinâmica das ondas incidentes paralelamente à linha de costa na parte abrigada de um anteparo, gerado pela difração das ondas, onde as correntes transversais são mais atuantes, devido praticamente à inexistência da deriva longitudinal, formando assim um padrão de correntes circulares fechadas na zona de sombra, que ocasiona um acumulo sedimentar, geralmente formando feições simétricas.

Já quando a incidência é obliqua, como na figura 1, a velocidade da corrente longitudinal tenderá a diminuir na zona de sombra da estrutura, causando a deposição de sedimento, pela qual, poderá vir a se formar uma saliência ou tômbolo. A saliência poderá continuar a crescer até formar um tômbolo, ou, crescer até uma determinada dimensão, situação em que é retomada à deriva litorânea ao longo de sua face até a zona de sotamar. Dependendo do posicionamento do obstáculo com relação à linha costa, a formação do tômbolo pode atuar como uma barreira completa, interceptando assim toda a carga de sedimentos trazida pela corrente longitudinal. A partir desse ponto, o sedimento pode vir a ser desviado ao longo da face da estrutura voltada para o mar, restaurando o transporte sedimentar da corrente longitudinal. Durante o processo de formação de saliências e tômbolos, é esperado que haja uma erosão severa a sotamar da deriva litorânea, como mencionado anteriormente, por haver um déficit de entrada de sedimentos nessa região (Moussa et al., 2006; Bricio et al., 2008; CERC, 1984).

Os anteparos a ação das ondas podem causar, ainda, diferentes tipos de resposta em relação à hidrodinâmica e ao transporte sedimentar na sua retaguarda, a depender se essas estruturas são emersas, submersas ou intermareais (Fig. 3). As estruturas emersas, segmentadas ou não, bloqueiam grande parte das frentes de ondas, reduzindo a área de incidência direta das ondas na faixa da praia, alterando o potencial de transporte das correntes atuantes, tornando-as menos intensas, fechadas e limitadas na zona de sombra, aumentando assim, o potencial de deposição nessa área. Já os anteparos submersos sejam, segmentados ou não, deixam grande parte das frentes de ondas passarem por cima da estrutura, tornando as correntes na parte

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CAPÍTULO I

abrigada mais intensas, diminuindo assim o potencial de deposição nessas situações (Burcharth et al, 2007).

Existem diversos modelos empíricos para a previsão da formação de saliências e tombolos, que estão ligados principalmente às obras de engenharia costeira, como a construção de molhes, quebra-mares, píeres, espigões, recifes artificiais, dentre outros, com formas geométricas bem definidas. Tais modelos facilitam, assim, um melhor entendimento sobre as respostas geradas pela modificação da hidrodinâmica local, e, consequentemente o transporte sedimentar (Inman e Frautschy, 1966; Noble, 1978; Gourlay, 1981; Nir, 1982; CERC, 1984; Dally e Pope, 1986; Suh e Dalrymple, 1987; Herbich, 1989; Hsu e Silvester, 1990; Ahrens e Cox, 1990; McCormick, 1993). Quanto a anteparos naturais, moldados pelas condições ambientais e dispostos de forma irregular, torna-se difícil a padronização e proposição de modelos empíricos baseados em suas características distintas, porém, em sua grande maioria os modelos já existentes são razoavelmente aplicáveis de forma satisfatória para os anteparos naturais.

Figura 3: Comparação das correntes geradas na parte abrigada de quebra-mares emersos (a) e submersos (b) (Burcharth et al, 2007).

A análise da forma planimétrica de praias permitiu desenvolver modelos matemáticos empíricos baseados em equações que descrevem a geometria plana da praia, ou seja, a configuração geométrica da sua linha de água. Estes modelos são simples e de prática aplicação em problemas de engenharia costeira.

a

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CAPÍTULO I

Diversos modelos empíricos foram desenvolvidos para classificar os estágios de equilíbrio planimétrico praial. Os principais modelos de equações utilizados para definir o estágio de equilíbrio em que as praias embaiadas se encontram, são: Equação Espiral Logarítmica (Krumbein, 1944; Yasso, 1965), Equação da Forma Hiperbólica Tangencial (Moreno e Kraus, 1999; Martino et al., 2003), e a Equação Parabólica da Forma Embaiada (Hsu e Evans, 1989; Silvester e Hsu, 1993, 1997; Hsu et al., 2000, 2008), Estes modelos visam se ajustar à forma planimétrica das praias, com base em diferentes tipos de coordenadas e variáveis. No presente estudo será utilizado o Modelo Parabólico de Hsu et al., (2008), através do Software MEPBAY®, desenvolvido pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí)

(Klein et al., 2003), para definir em qual dos seguintes três principais tipos de classificação se encontra o embaiamento praial: (1) equilíbrio dinâmico - com um abastecimento contínuo de sedimento e balanço sedimentar entre a entrada e saída de sedimentos, que é o fator chave para manter a linha de costa na posição; porém, linhas de costa em equilíbrio dinâmico podem se retrair assim que o suprimento de sedimentos é reduzido, podendo ainda retroceder até o equilíbrio estático no caso do abastecimento de sedimentos se reduzir por completo; (2) equilíbrio estático - com um balanço entre entrada e saída de sedimentos quase desprezível, ocorrendo quando as ondas predominantes quebram simultaneamente por toda a periferia da baia; neste estágio à deriva litorânea é insignificante e a curvatura da praia é estável sem erosão ou deposição a longo prazo, exceto durante períodos de tempestade; (3) instável - com a praia em estágio erosivo devido à redução no abastecimento de sedimentos, quando da existência de estruturas de engenharia no sistema praial, situação que pode vir a resultar em um acréscimo sedimentar a sotamar da estrutura, acompanhado de erosão costa-abaixo, no processo natural de remodelação da praia.

O conceito de equilíbrio planimétrico praial pode ser prontamente aplicado para verificar a estabilidade de uma praia, em condições naturais ou antropizadas, a fim de avaliar as alterações ambientais que poderão vir a ocorrer, no contexto de proteção e controle dos processos de retrogradação e progradação da linha de costa, gerenciamento costeiro e desenvolvimento de praias recreacionais (Hsu et al., 2008).

(20)

CAPÍTULO I

Com diversos fatores e variáveis com potencial de alterarem o equilíbrio e a estabilidade das praias (p. ex. distúrbios na continuidade da deriva litorânea e redução no suprimento de sedimentos), a situação da erosão induzida pelo homem ao longo do tempo se tornou um evento desastroso em alguns lugares no mundo (Hsu et al., 2008).

As praias embaiadas são constituídas por sedimentos inconsolidados e limitadas por obstáculos naturais ou artificiais em suas extremidades, em que a praia assume uma forma planimétrica de curvatura. As praias embaiadas são de características ubíquas, tanto em costas sedimentares expostas quanto protegidas, que contenham promontórios, chegando a representar cerca de 51% da região costeira mundial (Short e Masselink, 1999). Praias embaiadas têm sido também denominadas de outras maneiras, como: zeta curved bays (Halligan, 1904), half-heart shaped bays (Silvester, 1960), logarithmic spiral beaches (Yasso, 1965), crenulate shaped bays (Silvester e Ho, 1972), curved or hooked beaches (Rea e Komar, 1975), pocket beaches (Silvester et al., 1980), and headland-bay beaches (Yasso, 1965; Moreno e Kraus, 1999). Na maioria dos casos, as praias embaiadas assumem um formato assimétrico, caracterizado por uma zona de sombra em sua curvatura, uma curvatura suave de zona de transição, e uma relativa retiliniarização tangencial no final da costa adjacente (Silvester e Hsu, 1993, 1997; Short e Masselink, 1999) (Fig. 4). Essas praias normalmente são também formadas em saliências e tombolos na zona abrigada por anteparos marinhos, sejam naturais ou antrópicos (Hsu et al., 2008), como por exemplo, na figura 1.

(21)

CAPÍTULO I

Figura 4: Demonstra exemplos de praias embaiadas delimitadas por recifes de corais em Ponta Grande / Coroa Vermelha (Bahia) (Ver figura 5 para localização).

A diferença da granulometria praial causada pela intensidade da deriva, através da seletividade de transporte dos diferentes tamanhos de grãos, pode vir a ser um fator que também contribua para a formação de saliências e tômbolos, devido à diferença de energia necessária para resultar no transporte ou deposição dos sedimentos ao longo da linha de costa (Wright & Short, 1984).

2. OBJETIVO

O objetivo fundamental do presente estudo é caracterizar os estágios de equilíbrio, entre estático, dinâmico e instável das praias arenosas do litoral nordeste oriental brasileiro associadas a saliências, tômbolos e praias em zeta, aplicando o Software MEPBAY® (Klein et al., 2003), tendo o intuito também, de reiterar o conceito

de estabilidade praial associada às condicionantes oceanográficas. Além disso, a partir da caracterização dos estágios de equilíbrio praial, em condições naturais ou antropizadas, tentativamente, serão feitas avaliações qualitativas quanto a impactos ambientais no que toca à proteção à erosão da praia, ao gerenciamento costeiro, ao

Ponta do Mutá

Coroa Vermelha

(22)

CAPÍTULO I

desenvolvimento de praias recreacionais e à prevenção de assoreamento na entrada de portos.

Este trabalho, também justifica-se pelo fato de, sendo a região de estudo uma zona ambiental muito dinâmica, torna-se sensível e vulnerável a diversos tipos de impactos, devido à ocupação urbana desordenada e a alterações climáticas, prejudicando de uma maneira geral os ecossistemas e a população inserida nesse ambiente.

(23)

CAPÍTULO II

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁREA DE ESTUDO

3.1 Localização

Localizada na costa Nordeste oriental do Brasil, a área de estudo abrange grande parte deste litoral (Fig. 5). Com uma linha de costa de aproximadamente 2.000 km, que se estende do extremo sul do estado da Bahia próximo à cidade de Caravelas, até a cidade de Touros no estado do Rio Grande do Norte (Fig. 5).

3.2 Cenário geológico – fisiográfico

A região Nordeste oriental do Brasil tem uma característica distinta quanto à sua geomorfologia costeira, apresentando quase uma ocorrência continua de depósitos terciários da Formação Barreiras (Dominguez, 2009), que formam extensos tabuleiros costeiros. Esses tabuleiros costeiros apresentam em grande parte seus topos aplainados, com alturas que variam entre 10 e 100 m, mergulhando lentamente no sentido do oceano e dissecados por pequenas bacias de drenagem. Na borda desses depósitos, encontram-se longos trechos de paleofalésias e de falésias ativas. Outra característica dessa extensa região costeira é a presença de terraços marinhos na forma de cordões litorâneos de idades pleistocênica e holocênica (Barbosa et al., 1986; Bittencourt et al., 1979, 1983; Dominguez et al., 1987, 1990, 1992; Martin et al., 1980, 1996). Também de grande importância, principalmente a partir do sul do estado do Rio Grande do Norte em direção ao sul da área de estudo, é a presença de estruturas de recifes de corais ao longo da região costeira (Leão et al., 2003). Na costa do estado da Bahia, por exemplo, no Banco de Abrolhos, são encontrados os maiores e mais ricos recifes de corais do Brasil e de todo o Oceano Atlântico ocidental (Leão et al., 2003) (Fig. 5).

A área de estudo é caracterizada pela existência de importantes campos de dunas do Quaternário, tanto ativas quanto estabilizadas pela vegetação, bordejando quase que continuamente a planície deltaica do Rio São Francisco e a costa do estado do Rio Grande do Norte (Dominguez e Bittencourt, 1996). Outra caraterística bem comum nessa região é a presença de cordões-dunas e de arenitos de praia (Dominguez et al., 1990).

(24)

CAPÍTULO II

No presente trabalho, a região costeira Nordeste oriental do Brasil foi dividida em oito setores, descritos abaixo, iniciando no extremo sul do estado da Bahia, de acordo com suas características geológico-fisiográficas, segundo Bittencourt et al., (2005) (Fig. 5).

(25)

CAPÍTULO II

Figura 5: Setorização da região costeira Nordeste oriental do Brasil de acordo com as características fisiográficas (Modificado de Bittencourt et al., 2005).

(26)

CAPÍTULO II

Setor I

Mucuri até Ilhéus – Presença da Formação Barreiras, que alcança a linha de costa em alguns trechos, formando falésias ativas. A planície costeira quaternária, em alguns pontos, apresenta grandes larguras, podendo atingir dezenas de quilômetros, como no delta do Rio Jequitinhonha (25 km) e na planície costeira de Caravelas (17 km). Nesse setor há uma grande presença de recifes de coral, como os Bancos de Abrolhos e outros menores ao longo da costa.

Setor II

Ilhéus até Itacaré – Presença do embasamento Pré-cambriano que, em alguns trechos, alcança a linha de costa. Os depósitos quaternários, de uma maneira geral, são pouco desenvolvidos.

Setor III

Itacaré até o interior da Baía de Todos os Santos – A linha de costa é irregular, apresentando pequenas baías e canais de maré. Os depósitos quaternários, de uma maneira geral, são pouco desenvolvidos, porém, com a presença marcante ao sul da Baia de Todos os Santos.

Setor IV

Entrada da Baía de Todos os Santos até Itapuã – Afloramentos do embasamento Pré-cambriano marcam a linha de costa. Os depósitos quaternários são descontínuos e pouco desenvolvidos. Pontualmente, ocorrem arenitos de praia ao longo da linha de costa.

Setor V

Itapuã até Mangue Seco – Grande extensão dessa região costeira é caracterizada pela proximidade da Formação Barreiras à linha de costa. A planície quaternária apresenta poucos quilômetros de largura. Arenitos de praia descontínuos são encontrados ao longo da linha de costa, assim também como recifes de coral.

(27)

CAPÍTULO II

Setor VI

Mangue Seco até Miaí – Caracteriza-se pela presença de extensos e largos terraços marinhos quaternários, predominantemente com larguras de cerca de 10 km. Na planície deltaica do Rio São Francisco eles apresentam uma largura máxima de 25 km.

Setor VII

Miaí até Guajú – Presença de planícies quaternárias pouco desenvolvidas. Raramente, os terraços marinhos apresentam larguras alcançando 1 km. Vários trechos costeiros apresentam falésias ativas esculpidas nos tabuleiros da Formação Barreiras. Arenitos de praia e recifes de coral ocorrem de uma maneira descontínua ao longo da linha de costa.

Setor VIII

Guajú até Ponta Três Irmãos – Planícies quaternárias praticamente aí inexistem. Todo o trecho costeiro é marcado continuamente pelos tabuleiros da Formação Barreiras que, em vários trechos, apresentam falésias ativas. Como mencionado anteriormente, no trecho costeiro correspondente ao estado do Rio Grande do Norte, existem extensos campos de dunas. Arenitos de praia estão presentes ao longo da linha de costa, assim como recifes de coral.

3.3 CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA / CLIMA DE ONDAS

A região Nordeste oriental do Brasil está localizada no cinturão dos ventos alísios. A circulação atmosférica é controlada pelo anticiclone semi-estacionário do Atlântico Sul (Bigarella, 1972). Os ventos alísios que atingem a região originam-se de duas direções principais: a) E – NE (primavera – verão) e, b) E – SE (outono – inverno). A região onde a mudança de direção do vento ocorre é conhecida como Zona de Divergência e está localizada a aproximadamente 15° S, variando, no entanto, ao longo do ano (Dominguez et al., 1992; Martin et al., 1998). A direção dos ventos também é controlada pelos movimentos sazonais da Zona de Convergência Intertropical (Dominguez et al., 1992; Martin et al., 1998). Além disso, os ventos de

(28)

CAPÍTULO II

SSE, associados aos avanços esporádicos de frentes frias (Martin et al., 1998), reforçam os ventos alísios de sudeste. Modificações substanciais no padrão climático acima descrito são registrados nos anos de ocorrência de anomalias climáticas como “El Niño” e “La Niña” (Dominguez e Bittencourt, 1998). São estes padrões de circulação atmosférica que geram as frentes de ondas que alcançam o litoral da área de estudo (Dominguez et al., 1992; Martin et al.,1998; Bittencourt et al., 2000, 2002, 2003).

3.4 MARÉ

A costa da região nordeste oriental brasileira apresenta suas características de maré variando de micro a meso-marés. As marés de sizígia variam de 1,7 a 3,6 m, respectivamente, do extremo sul ao norte da área de estudo (Diretoria de Hidrografia e Navegação Marinha do Brasil).

(29)

CAPÍTULO III

4. METODOLOGIA

Inicialmente foi investigada de uma maneira detalhada toda a área de estudo, a partir de imagens de satélite do tipo raster, fornecidas pelo software GoogleEarth®, visando identificar as feições geomórficas mais significativas dos tipos

saliência, tômbolo e praias em zeta. Posteriormente, essas estruturas foram tratadas e analisadas pelo software MEPBAY® desenvolvido pela UNIVALI (Klein et al., 2003).

Os resultados obtidos pelo MEPBAY® referiram-se à classificação dos estágios de

equilíbrio em que as praias associadas a essas feições geomórficas se encontram, podendo estar em equilíbrio estático, dinâmico e instável, como mencionado anteriormente (Ver, p. ex., Figs. 6, 7 e 8).

Figura 6: Praia em equilíbrio estático analisada pelo software MEPBAY® (Klein et al., 2003) Ponto controle

costa abaixo

Forma da baía estática

Desenho da linha tangente costa abaixo

Ponto controle costa acima

(30)

CAPÍTULO III

Figura 7: Praia em equilíbrio instável analisada pelo software MEPBAY® (Klein et al., 2003).

Figura 8: Praia em equilíbrio dinâmico analisada pelo software MEPBAY® (Klein et al., 2003) Ponto controle costa acima Ponto controle costa abaixo Forma da baía estática Desenho da linha tangente costa abaixo

Desenho da linha tangente costa abaixo Forma da baía estática Ponto controle costa acima Ponto controle costa abaixo

(31)

CAPÍTULO III

O MEPBAY®, como mencionado anteriormente, utilizando o Modelo

Parabólico, calcula a forma plana idealizada de uma praia em zeta (presente nas saliências e tômbolos) em equilíbrio estático, apresentando graficamente o resultado sobreposto à imagem da praia existente com estabilidade desconhecida (Figs. 6, 7 e 8). Dessa forma, ele propícia visualmente uma avaliação da estabilidade da praia em apreço comparando-a com a modelada pelo MEPBAY®. O MEPBAY® utiliza relações

geométricas como os principais parâmetros, que podem ser facilmente medidas em fotográficas aéreas, imagens de satélite e cartas hidrográficas. O software funciona da seguinte maneira: define-se a distância entre dois pontos quaisquer através da escala para padronizar o modelo, em seguida, são escolhidos 3 pontos distintos, o primeiro ponto é denominado como o ponto de difração, é alocado no obstáculo marinho onde as ondas são difratadas no ponto mais extremo e mais próximo da linha de costa; o segundo ponto, é alocado no começo da retiliniarização da costa abaixo da praia, e o terceiro ponto, é alocado através de uma reta tangente a linha de praia até a altura do primeiro ponto onde as ondas são difratadas. Com esses pontos alocados o modelo é aplicado automaticamente gerando uma linha que diz respeito a como seria a morfologia planimétrica da praia em equilíbrio estático (Figs. 6, 7, 8 e 9). Assim, por exemplo, para uma praia em zeta em equilíbrio estático, a tangente no trecho retilinearizado à sotamar da deriva litorânea é assumida como perpendicular ao sentido de propagação da frente de onda dominante, no ponto de difração das ondas a barlamar do sentido da deriva (Fig. 9).

4.1 Google Earth®

Para a aplicação do Mepbay® foram utilizadas imagens (raster) do software

GoogleEarth®, fornecidas por diferentes tipos de satélites (Geoeye-1, Ikonos-2,

spot-5). As datas das imagens foram escolhidas preferencialmente pelas mais atuais e com menor nebulosidade. Quando houve muita nebulosidade nas imagens mais atuais foram escolhidas as de datas mais próximas à atualidade com uma melhor visibilidade. Em alguns casos também foram interpretadas imagens passadas visando reconstituir a evolução da feição ao longo do tempo. As figuras de 10 a 14 mostram todos os 34 pontos estudados, a partir de uma imagem de satélite obtida pelo software GoogleEarth®.

(32)

CAPÍTULO III

Figura 9: Demonstra as variáveis utilizadas para aplicação do software MEPBAY® (Modificado

(33)

CAPÍTULO III

Figura 10: Setor I e os pontos estudados.

(34)

CAPÍTULO III

Figura 12: Setor VI e os pontos estudados

(35)

CAPÍTULO III

(36)

CAPÍTULO IV

5. RESULTADOS

As praias classificadas como em estágio de equilíbrio estático, dinâmico ou instável, totalizaram, como já mencionado, trinta e quatro feições ao longo da área estudada tendo sido utilizadas tômbolos, saliências e praias em zeta que apresentaram as melhores imagens e características de visualizações mais propícias para a modelagem. Os embaiamentos praiais modelados nas diferentes feições geomórficas estudadas no presente estudo, aqui classificadas como em equilíbrio instável (Tab. 1, pág. 36), não se adequam às características definidas por Klein et al. (2003), mencionadas anteriormente, por não existirem, com exceção do ponto 19, estruturas de engenharia no sistema praial. Dessa forma, os estágios de equilíbrio instável considerados no presente estudo são caracterizados por apresentarem uma linha de costa na retaguarda da linha de equilíbrio praial resultante da modelagem. Nesse contexto, a linha de costa atual pode estar em fase de erosão ou de acresção, o que só pode ser definido, efetivamente, com uma visita ao campo. A seguir serão descritas as características de cada ponto, que estarão divididas de acordo com os estágios de equilíbrio modelados. Doze pontos foram identificados como saliência, doze como tômbolos, e dez como praias em zeta. Em estágio de equilíbrio estático identificou-se vinte e uma situações, em estágio de equilíbrio instável sete situações, em estágio de equilíbrio dinâmico/instável apenas duas situações e em estágio de equilíbrio estático/instável quatro situações, totalizando quarenta modelagens, pois há feições que apresentaram mais de um arco praial, por isso o maior número de modelagens além dos trinta e quatro pontos identificados (Tab. 1):

Equilíbrio estático

Ponto 2 (Fig. 15, Pág. 37): Tais feições são protegidas por promontórios segmentados de intermarés em suas extremidades. Na região central da feição formou-se uma praia embaiada e nas extremidades praias em zeta, ao longo de falésias vivas na Formação Barreiras. Não há ocupação antropogênica ao longo da feição.

(37)

CAPÍTULO IV

Ponto 4 (Fig. 16, Pág. 38): Tômbolo assimétrico protegido por um anteparo natural de segmento único (banco de coral), de intermaré. Não há ocupação antropogênica ao longo da feição.

Ponto 5 (Fig. 17, Pág. 39): Tômbolo assimétrico protegido por um anteparo natural de segmento único (banco de coral). Baixo adensamento de ocupação antropogênica, com apenas algumas construções na ponta da feição.

Tabela 1: Demonstra os setores, pontos e suas características.

Trecho

costeiro Ponto Feição Simetria Antepar o Ocupação urbana Segmen tado Presença de rios nas vizinhanças da feição Figuras correspondentes às modelagens das feições Estágio de Equilíbrio Localização geográfica

1 Saliência Assimétrico Natural Não Sim Sim Fig. 37, Pág. 64 Dinâmico/Instável

17°41'33.65"S / 39°9'25.38"O

2 Praia em

zeta Assimétrico Natural Não Sim Sim Fig. 15, Pág. 37 Estático

17°3'39.35"S / 39°10'26.99"

O

3 Saliência Assimétrico Natural Sim Sim Sim Fig. 38, Pág. 65 Dinâmico/Instável

16°53'51.15"S / 39°7'18.74"O

4 Tombolo AssimétricoNatural Não Não Sim Fig. 16, Pág. 38 Estático

16°46'15.85"S / 39°8'32.86"O

SETOR

I 5 Tombolo AssimétricoNatural Sim Não Não Fig. 17, Pág. 39 Estático

16°39'10.05"S / 39°5'49.11"O

6 Saliência Assimétrico Natural Sim Não Não Fig. 39, Pág. 67 Instável

16°20'32.26"S / 39°0'43.93"O

7 Tombolo AssimétricoNatural Sim Não Sim Fig. 39, Pág. 67 Instável 16°20'6.93"S / 39°0'44.96"O

8 Saliência Assimétrico Natural Sim Não Sim Fig. 18, Pág. 41 Estático

16°14'57.62"S / 39°0'44.90"O

9 Saliência Assimétrico Natural Sim Não Sim Fig. 40, Pág. 68 Instável

16°12'36.54"S / 38°58'53.02"

O

10 Saliência Simétrico Artificial Sim Não Não Fig. 19, Pág. 42 Estático

16°1'43.87"S / 38°55'43.16"

O

11 Tombolo AssimétricoNatural Sim Não Não Fig. 33, Pág. 59 Estático/Instável

12°46'24.15"S / 38°10'36.34"

O

12 Saliência Assimétrico Natural Sim Sim Não Fig. 41, Pág. 69 Instável

12°39'12.36"S / 38°4'11.00"O

SETOR

V 13 Tombolo AssimétricoNatural Sim Não Não Fig. 20, Pág. 43 Estático

12°38'54.65"S / 38°3'46.69"O

(Figura

11) 14 Tombolo AssimétricoNatural Sim Não Sim Fig. 21, Pág. 44 Estático

12°37'53.63"S / 38°2'55.92"O

15 Tombolo AssimétricoNatural Sim Não Sim Fig. 22, Pág. 45 Estático 12°37'3.82"S / 38°2'37.11"O

SETOR

VI 16 Saliência AssimétricoArtificial Sim Não Não Fig. 23, Pág. 46 Estático

10°49'49.30"S / 36°56'5.83"O

(Figura

12) 17 Tombolo AssimétricoNatural Sim Sim Sim Fig. 24, Pág 47 Estático

10°21'25.54"S / 36°18'4.00"O

18 Saliência Assimétrico Natural Sim Sim Sim Fig. 34, Pág. 60 Estático/Instável 10°7'51.86"S / 36°6'46.89"O

19 Saliência Simétrico Artificial Sim Não Sim Fig. 42, Pág. 70 Instável

9°41'10.59"S / 35°45'56.53"

O

SETOR

VII 20 Tombolo Simétrico Natural Não Não Sim Fig. 25, Pág. 49 Estático

8°48'26.11"S / 35°7'14.24"O

(Figura

13) 21 Saliência Assimétrico Natural Sim Sim Sim Fig. 35, Pág. 61 Estático/Instável

8°47'22.94"S / 35°6'33.65"O

22 Tombolo AssimétricoNatural Sim Sim Sim Fig. 36, Pág. 62 Estático/Instável 8°33'32.76"S / 35°0'41.32"O

23 Tombolo Simétrico Natural Sim Não Sim Fig. 26, Pág. 50 Estático 8°30'28.46"S / 35°0'6.48"O

24 Praia em

zeta Assimétrico Natural Sim Não Sim Fig. 27, Pág. 51 Estático

7°19'45.27"S / 34°47'45.36"

O

25 Praia em

zeta Assimétrico Natural Sim Não Sim Fig. 27, Pág. 51 Estático

7°19'24.11"S / 34°47'56.10"

O

26 Praia em

zeta Assimétrico Natural Sim Não Sim Fig. 27, Pág. 51 Estático

7°19'11.17"S / 34°48'6.42"O

27 Praia em

zeta Assimétrico Natural Sim Não Sim Fig. 27, Pág. 51 Estático

7°18'53.97"S / 34°48'9.92"O

SETOR

VIII 28 Saliência Assimétrico Natural Sim Sim Sim Fig. 43, Pág. 71 Instável

6°41'22.56"S / 34°56'0.55"O

(Figura

14) 29 Tombolo AssimétricoNatural Não Não Sim Fig. 28, Pág 52 Estático

6°26'14.75"S / 34°58'24.01"

O

30 Praia em

zeta Assimétrico Natural Sim Não Sim Fig. 29, Pág. 53 Estático

6°22'7.11"S / 35° 0'26.54"O

31 Praia em

zeta Assimétrico Natural Sim Não Sim Fig. 30, Pág. 54 Estático

5°37'53.80"S / 35°13'5.51"O

32 Praia em

zeta Assimétrico Natural Sim Não Não Fig. 44, Pág. 72 Instável

5°35'31.92"S / 35°13'33.37"

O

33 Praia em

zeta Assimétrico Natural Sim Sim Sim Fig. 31, Pág. 55 Estático

5°25'42.63"S / 35°17'39.12"

O

34 Praia em

zeta Assimétrico Natural Sim Sim Sim Fig. 32, Pág. 57 Estático

5°11'57.90"S / 35°27'14.36"

(38)

CAPÍTULO IV

F igu ra 15 : Im ag e m de s até lite do p on to 2 c om ap lic aç ã o d e m od el ag em do s of twa re M E P B A Y ®(V er loc a liz aç ão n a f igu ra 10 , pa g . 3 2). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o (Ve r T ab . 1 , p á g. 3 6).

(39)

CAPÍTULO IV

F igu ra 16 : Im ag e m de s até lite do p on to 4 c om ap lic aç ã o d e m od el ag em do s of twa re M E P B A Y ® ( V er loc a liz aç ão n a f igu ra 10 , pa g . 3 2). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o (Ve r T ab . 1 , p á g. 3 6).

(40)

CAPÍTULO IV

F igu ra 17 : Im ag e m de s até lite do p on to 5 c om ap lic aç ã o d e m od el ag em do s of twa re M E P B A Y ® ( V er loc a liz aç ão n a f igu ra 10 , pa g . 3 2). P rai as em eq ui lí brio es tát ic o ( V er T ab . 1 , p á g. 3 6).

(41)

CAPÍTULO IV

Ponto 8 (Fig. 18, Pág. 41): Saliência assimétrica protegida por um anteparo natural (arenito de praia) de segmento único com extensão aproximada de 4.200 m. Encontra-se em estágio de equilíbrio dinâmico mais próximo ao estático, que será considerado neste caso na face norte. Não foi possível modelar a face sul por estar totalmente protegida de incidência das ondas. Baixo adensamento de ocupação antropogênica, com algumas construções na curvatura da praia.

Ponto 10 (Fig. 19, Pág. 42): Saliência simétrica, protegida por um anteparo artificial (quebra-mar) não segmentado, emerso, com extensão aproximada de 330 m e a uma distância aproximada de 300 m da linha de água na baixa-mar. Baixo adensamento de ocupação antropogênica.

Ponto 13 (Fig. 20, Pág. 43): Tômbolo assimétrico, protegido por um anteparo natural (recife de coral) não segmentado. Alto adensamento de ocupação antropogênica.

Ponto 14 (Fig. 21, Pág. 44): Tômbolo assimétrico, protegido por um anteparo natural (recife de coral), não segmentado. Alto adensamento de ocupação antropogênica.

Ponto 15 (Fig. 22, Pág. 45): Tômbolo assimétrico, protegido por um anteparo natural (recife de coral), não segmentado. Alto adensamento de ocupação antropogênica.

Ponto 16 (Fig. 23, Pág. 46): Saliência assimétrica, protegida por dois anteparos artificiais (quebra-mares), não segmentados, emersos, o maior com extensão aproximada de 600m, a uma distância aproximada de 2 km da linha de costa, e o menor com extensão aproximada de 125 m e a uma distância aproximada de 280 m da linha de costa. Baixo adensamento de ocupação antropogênica, com a presença de áreas de construção portuária na região interna da feição.

Ponto 17 (Fig. 24, Pág. 47): Tômbolo assimétrico, protegido por anteparos naturais (recifes de coral), segmentados, compostos por dois trechos paralelos. Alto adensamento de ocupação antropogênica apenas na ponta da feição.

(42)

CAPÍTULO IV

F igu ra 18 : Im ag e m de s até lite do p on to 8 c om ap lic aç ã o d e m od el ag em do s of twa re M E P B A Y ® ( V er loc a liz aç ão n a f igu ra 10 , pá g . 3 2). P rai a e m eq ui líbri o e s táti c o ( V er T ab . 1 , pá g . 3 6).

(43)

CAPÍTULO IV

F igu ra 19 : Im ag e m de s até lite do p on to 1 0 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 0, p ág . 32 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o (Ve r T ab . 1 , p á g. 3 6).

(44)

CAPÍTULO IV

F igu ra 20 : Im ag e m de s até lite do p on to 1 3 co m ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 1, p ág . 32 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o (Ve r T ab . 1 , p á g. 3 6).

(45)

CAPÍTULO IV

F igu ra 21 : Im ag e m de s até lite do p on to 1 4 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 1, p ág . 32 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o (Ve r T ab .1, pá g. 3 6).

(46)

CAPÍTULO IV

F igu ra 22 : Im ag e m de s até lite do p on to 1 5 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 1, p ág . 32 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o (Ve r T ab . 1 , p á g. 3 6).

(47)

CAPÍTULO IV

F igu ra 23 : Im ag e m de s até lite do p on to 1 6 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 2, p ág . 33 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o (Ve r T ab . 1 , p á g. 3 6).

(48)

CAPÍTULO IV

F igu ra 24 : Im ag e m de s até lite do p on to 1 7 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tw are M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 2, p ág . 33 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o (Ve r T ab . 1 , p á g. 3 6).

(49)

CAPÍTULO IV

Ponto 20 (Fig. 25, Pág. 49): Tômbolo quase simétrico (será considerado como simétrico), protegido por um anteparo natural (terraço de abrasão no embasamento), não segmentado. Não há ocupação antropogênica.

Ponto 23 (Fig. 26, Pág. 50): Tômbolo simétrico, protegido por um anteparo natural (recife de coral), não segmentado. Alto adensamento de ocupação antropogênica na área central e norte, e baixo na área sul.

Os pontos 24, 25, 26 e 27 (Fig. 27, Pág. 51): Praias em zeta, com estágio de equilíbrio estático, ao longo de falésias vivas na Formação Barreiras. Os promontórios são protegidos por anteparos naturais (terraço de abrasão), não segmentados. Nos pontos 25, 26 e 27, no topo da falésia, há baixo adensamento de ocupação antropogênica, e no ponto 28, ainda no topo da falésia, o adensamento é médio.

Ponto 29 (Fig. 28, Pág. 52): Tômbolo protegido por um anteparo natural (terraço de abrasão), não segmentado. Não há ocupação antropogênica.

Ponto 30 (Fig. 29, Pág. 53): Praia em zeta em estágio de equilíbrio estático, ao longo de falésias vivas na Formação Barreiras. O promontório é protegido por um anteparo natural (terraço de abrasão) não segmentado. Alto adensamento de ocupação antropogênica no topo da falésia.

Ponto 31 (Fig. 30, Pág. 54): Praia em zeta em estágio de equilíbrio estático, ao longo de falésias vivas na Formação Barreiras. O promontório é protegido por um anteparo natural (terraço de abrasão) não segmentado. Alto adensamento de ocupação antropogênica ao longo de feição.

Ponto 33 (Fig. 31, Pág. 55): Praia em zeta em estágio de equilíbrio estático, ao longo de falésias vivas na Formação Barreiras. O promontório é protegido por um anteparo natural (terraço de abrasão) não segmentado. Baixo adensamento de ocupação antropogênica.

(50)

CAPÍTULO IV

F igu ra 25 : Im ag e m de s até lite do p on to 2 0 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 3, p ág . 33 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o (Ve r T ab . 1 , p á g. 3 6).

(51)

CAPÍTULO IV

F igu ra 26 : Im ag e m de s até lite do p on to 2 3 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 3, p ág . 33 ). P ra ia s e m e q u ilíb ri o e s tá ti c o (V e r T a b . 1 , p á g . 3 6 ).

(52)

CAPÍTULO IV

F igu ra 27 : Im ag e m de s até lite do s po n tos 2 4, 2 5, 2 6 e 27 ( de s u l p ara n orte) c om ap lic aç ão de m od el a ge m do s of tw are M E P B A Y ® (V er l oc a liz aç ão n a f igu ra 1 4, pá g. 3 4). P ra ias em eq ui líbri o es tát ic o ( V er T ab .1 , p ág . 3 6).

(53)

CAPÍTULO IV

Fi g u ra 2 8 : Im a g e m d e s a té lite d o p o n to 2 9 c o m a p lic a ç ã o d e m o d e la g e m d o s o ftwa re M E P B A Y ® ( V e r l o c a liz a ç ã o n a f ig u ra 1 4 , p á g . 3 4 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o (Ve r T ab . 1 , p á g. 3 6).

(54)

CAPÍTULO IV

F igu ra 29 : Im ag e m de s até lite do p on to 3 0 c om ap lic aç ão d e m od el ag em c o m s o ft war e M E P B A Y ® ( V er l oc al iz aç ão na f ig ura 1 4, p ág .34 ). P rai as em eq ui líb ri o e s tát ic o (Ve r T ab . 1 , p á g. 3 6).

(55)

CAPÍTULO IV

F igu ra 30 : Im ag e m de s até lite do p on to 3 1 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 4, p ág . 34 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o (Ve r T ab .1, pá g. 3 6).

(56)

CAPÍTULO IV

F igu ra 31 : Im ag e m de s até lite do p on to 3 3 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 4, p ág . 34 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o (Ve r T ab . 1 , p á g. 3 6).

(57)

CAPÍTULO IV

Ponto 34 (Fig.32, Pág. 57): Praia em zeta em estágio de equilíbrio estático, ao longo de falésias vivas na Formação Barreiras. O promontório é protegido por um anteparo natural (terraço de abrasão) não segmentado. Alto adensamento de ocupação antropogênica ao longo de toda a praia.

(58)

CAPÍTULO IV

F igu ra 32 : Im ag e m de s até lite do p on to 3 4 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 4, p ág . 34 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o (Ve r T ab . 1 , p á g. 3 6).

(59)

CAPÍTULO IV

Equilíbrio estático/instável

Ponto 11 (Fig. 33, Pág. 59): Saliência assimétrica com duas pontas, ponta norte em equilíbrio estático e ponta sul em equilíbrio instável. A feição é protegida por um anteparo natural (arenito de praia) não segmentado, com extensão aproximada de 450 m. Alto adensamento de ocupação antropogênica.

Ponto 18 (Fig. 34, Pág. 60): Saliência assimétrica que apresenta duas pontas, protegidas por anteparos naturais (recife de corais), segmentados, com diferentes formatos e tamanhos, onde os maiores anteparos se encontram em frente às pontas da saliência. A feição encontra-se em estágio de equilíbrio estático no trecho norte e instável no trecho sul. Alto adensamento de ocupação antropogênica na parte central e norte, não havendo ocupação antropogênica na parte sul da feição.

Ponto 21 (Fig. 35, Pág. 61): Saliência assimétrica, protegida por anteparo natural (recifes de corais) segmentado. A face norte encontra-se em estágio de equilíbrio quase estático (será considerado como estático), e a face sul encontra-se em estágio de equilíbrio instável. Baixo adensamento de ocupação antropogênica com apenas algumas construções na face norte da feição.

Ponto 22 (Fig. 36, Pág. 62): Tômbolo assimétrico, protegido por um anteparo natural (recife de coral), segmentado. Encontra-se em estágio de equilíbrio instável na face sul, e de equilíbrio estático na face norte. Alto adensamento de ocupação antropogênica na parte sul, e médio a norte.

(60)

CAPÍTULO IV

F igu ra 33 : Im ag e m de s até lite do p on to 1 1 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ®(V er l oc a liz a ç ão na f ig ura 1 1, p ág .32 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o/i ns táv el ( V er T ab . 1 , pá g . 36 ).

(61)

CAPÍTULO IV

F igu ra 34 : Im ag e m de s até lite do p on to 1 8 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 3, p ág . 33 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o/i ns táv el ( V er T ab . 1 , pá g . 36 ).

(62)

CAPÍTULO IV

F igu ra 35 : Im ag e m de s até lite do p on to 2 1 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ®(V er l oc a liz a ç ão na f ig ura 1 3, p ág . 33 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o/i ns táv el ( V er T ab . 1 , pá g . 36 ).

(63)

CAPÍTULO IV

F igu ra 36 : Im ag e m de s até lite do p on to 2 2 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ur a 1 3, p ág . 33 ). P rai as em eq ui líbri o e s tát ic o/i ns táv el ( V er T ab . 1 , pá g . 36 ).

(64)

CAPÍTULO IV

Equilíbrio dinâmico/instável

Nenhuma feição foi classificada como totalmente em estágio de equilíbrio dinâmico. Assim, nos pontos 1 e 3 (Fig. 10, Tab. 1), as feições neles presentes apresentaram em uma de suas faces do arco praial, como em estágio de equilíbrio dinâmico, e na outra, como em estágio de equilíbrio instável, sendo então aqui classificadas como Dinâmico/Instável.

Ponto 1 (Fig. 37, Pág. 64): Mega saliência protegida por um complexo banco de recifes de coral (Bando de Abrolhos), que é o maior e mais rico banco de corais do nordeste do Brasil, apresentando várias formas e dimensões. A feição é assimétrica, e está em estágio de equilíbrio dinâmico na face norte e instável na face sul. Baixo adensamento de ocupação antropogênica, de forma espaçada ao longo da feição.

Ponto 3 (Fig. 38, Pág. 65): Saliência assimétrica protegida por anteparo natural (banco de corais) segmentados. Encontra-se em estágio de equilíbrio dinâmico na face norte, e instável na face sul. Baixo adensamento de ocupação antropogênica, com presença de casas ao longo de toda feição de forma espaçada, com maior concentração na ponta da saliência.

(65)

CAPÍTULO IV

F igu ra 37 : Im ag e m de s até lite do p on to 1 c om ap lic aç ã o d e m od el ag em do s of twa re M E P B A Y ®(V er loc a liz aç ão n a f igu ra 10 , pá g . 3 2). P rai as em eq ui líbri o d inâ m ic o/i ns tá v e l ( V er T ab . 1, p ág . 3 6).

(66)

CAPÍTULO IV

F igu ra 38 : Im ag e m de s até lite do p on to 3 c om ap lic aç ã o d e m od el ag em do s of twa re M E P B A Y ® ( V er loc a liz aç ão n a f igu ra 10 , pá g . 3 2). P rai as em eq ui líbri o d inâ m ic o/ ins tá v e l ( V er T ab . 1 , pá g. 36 ).

(67)

CAPÍTULO IV

Equilíbrio instável

Ponto 6 (Fig. 39, Pág. 67): Saliência assimétrica, protegida por um anteparo natural (banco de coral) não segmentado. Alto adensamento de ocupação antropogênica ao longo de toda a feição.

Ponto 7 (Fig. 39, Pág. 67): Tômbolo assimétrico, protegido por um anteparo natural (banco de coral) de segmento único. Alto adensamento de ocupação antropogênica ao longo de toda a feição.

Ponto 9 (Fig. 40, Pág. 68): Saliência assimétrica, protegida por um anteparo natural (banco de coral) não segmentado. Baixo adensamento de ocupação antropogênica na face sul e norte.

Ponto 12 (Fig. 41, Pág. 69): Saliência assimétrica, protegida por um anteparo natural (recife de coral), segmentado. Alto adensamento de ocupação antropogênica em toda a feição.

Ponto 19 (Fig. 42, Pág. 70): Suave saliência simétrica, protegida por um anteparo artificial (quebra-mar) não segmentado. Alto adensamento de ocupação antropogênica, de construção portuária na face norte.

Ponto 28 (Fig. 43, Pág. 71): Tômbolo assimétrico, protegido por um anteparo natural (arenito de praia), segmentado. Alto adensamento de ocupação antropogênica ao longo de toda a feição.

Ponto 32 (Fig. 44, Pág. 72): Praia em zeta ao longo de campos de dunas. O promontório é protegido por um anteparo natural (terraço de abrasão) segmentado. Médio adensamento de ocupação antropogênica ao longo de a feição.

(68)

CAPÍTULO IV

F igu ra 39 : Im ag e m de s até lite do s po nto s 6 e 7 ( s ul p a ra n orte) c om ap lic aç ã o d e m od el ag em do s of tw are M E P B A Y ® ( V er l oc a liz aç ão n a fi gu ra 1 0, pá g. 3 2). P ra ias em eq ui lí brio i ns tá v e l ( V er T ab . 1 , p á g. 3 6).

(69)

CAPÍTULO IV

F igu ra 40 : Im ag e m de s até lite do p on to 9 c om ap lic aç ã o d e m od el ag em do s of twa re M E P B A Y ® ( V er loc a liz aç ão n a f igu ra 10 , pá g . 3 2). P rai as em eq ui líbri o i ns táv el ( V er T ab . 1 , pá g. 36 ).

(70)

CAPÍTULO IV

F igu ra 4 1: Im ag e m de s até lite do p on to 1 2 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ®(V er l oc a liz a ç ão na f ig ura 1 1, p ág . 32 ). P rai as em eq ui líbri o i ns táv el ( V er T ab . 1 , pá g. 36 ).

(71)

CAPÍTULO IV

F igu ra 42 : Im ag e m de s até lite do p on to 1 9 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 3, p ág . 33 ). P rai as em eq ui líbri o i ns táv el ( V er T ab . 1 , pá g. 36 ).

(72)

CAPÍTULO IV

F igu ra 43 : Im ag e m de s até lite do p on to 2 8 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ®(V er l oc a liz a ç ão na f ig ura 1 4, p ág . 34 ). P rai as em eq ui líbri o i ns táv el ( V er T ab . 1 , pá g. 36 ).

(73)

CAPÍTULO IV

F igu ra 44 : im ag em de s até lite do p on to 3 2 c om ap lic aç ão d e m od el ag em do s of tware M E P B A Y ® ( V er l oc al iz a ç ão na f ig ura 1 4, p ág . 34 ). P rai as em eq ui líbri o i ns táv el ( V er T ab . 1 , pá g. 36 ).

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