Fármacos que atuam
em recetores de
histamina
Ana Paula Francisco QFII 2016-2017
AGENTES ANTI-ULCEROSOS
Sumário
Introdução
Histamina e recetores de histamina
Antagonistas H
1
e H
2
Descoberta de protótipos
Desenvolvimento
da
burimamida,
da
metiamida , cimetidina e da ranitidina
Inibidores da bomba de protões
Úlceras pépticas
• Erosões localizadas na membrana mucosa do estomâgo e duodeno
• Potencialmente fatais se não forem tratadas
• Causadas por stress, infeção (H. Pylori) e fármacos (NSAIDS)
• Agravadas pelo ácido (HCl) do estomâgo
Terapia das úlceras
• diminuição dos níveis de ácido gástrico
- Antagonistas da histamina e inibidores das bombas de protões
• Agentes antibacterianos - H. Pylori
Antrum Stomach Pyloric Sphincter oesophagus Duodenum Histamine Acetylcholine Gastrin Cck2 M3 H2 Parietal Cells Stomach Proton pump Receptors Ion channel
• A libertação do ácido é promovido pela acetilcolina, gastrina e
histamina
cAMP + + + + + + + - H HCl ClIntrodução
Introdução
a
t
p
• Mensageiro químico libertado pelas células
• Atua como hormona
• Dois tautómeros possíveis
• % de ionização a pH 7,4 = 99,6%
• O imidazol “não ioniza” a pH fisiológico (3%)
pKa = 9,80 pKa = 5,74 5 N H 3 HN N N H 3 N NH Imidazol Histamina
Ações da histamina
Os glóbulos brancos combatem a infeção
Os glóbulos brancos saem dos vasos sanguíneos e concentram-se nos tecidos danificados
A histamina estimula a dilatação dos vasos sanguíneos e aumenta a permeabilidade
Células danificadas libertam histamina
A histamina também é libertada em : alergias, asma, picadas de insectos, febre
Anti-histamínicos clássicos
Normalmente usados para tratar sintomas como inflamação e
comichão
Não tem efeito sobre a libertação de ácido no estomago
SK&F propõe 2 tipos de recetores de histamina (H1 e H2)
H1-responsáveis pelas ações clássicas da histamina
H2- recetores das células parietais
7 N M e O N M e 2 N O N M e 2 Mepiramina Difenidramina
Histamina como protótipo
Não eram conhecidos antagonistas- Não havia protótipo
SK&F decidem usar a histamina como protótipo
O objetivo era alterar o agonismo para antagonismo
Necessário conhecer SAR para agonistas H
2
Análogos foram testados na sua capacidade para promover a
libertação de ácido
Não se conhecia a existência de recetores H
2SAR para agonistas H
1e H
2 São necessários 2 átomos de azoto para agonismo sobre os H1
São necessários todos os átomos de azoto para agonismo sobre os H2
H1 Receptor H2 Receptor NH3 HN N NH3 HN N 9
Estratégias para converter agonistas em
antagonistas
Adicionar mais um grupo funcional de modo a encontrar
interações adicionais com o recetor.
Interações adicionais podem resultar num modo diferente de ligação e
induzir uma conformação diferente no receptor
Esta conformação diferente pode não ser capaz de ativar o recetor
Deste modo o análogo liga-se ao recetor mas não é capaz de o ativar
Um antagonista liga-se mais fortemente que um agonista
Estratégias
Different induced fit
NH3 HN N Histamine Receptor (Inactive) NH3 HN N
Induced Fit - Receptor 'Switched on'
Receptor (Inactive) NH2 HN N Extra Functionality NH2 HN N Receptor (Inactive) 11
Estratégias
Exemplos – adição de grupos hidrofóbicos
Resultados
• Não se observou antagonismo com grupos hidrofóbicos
• Tentaram-se então grupos hidrofílicos
N-guanil-histamina
Propriedades Biológicas
Agonista parcial – promove a libertação de HCl mas muito
menos que a histamina
Impede a histamina de promover a libertação completa de
HCl
Quando está presente a N-guanil-histamina bloqueia a
ligação da histamina
H N HN N NH2 H2N 13N-guanil-histamina
H N HN N NH2 NH2 H N HN N NH2 NH2 H N HN N NH2 NH2 H N HN N NH2 H2N• O grupo guanidina é básico e encontra-se ionizado
• São possíveis diferentes tautómeros, a carga positiva está deslocalizada
Modelo de ligação para agonistas e
antagonistas
Antagonist binding region Agonist binding region Imidazole ring binding regionSão propostas 3 zonas de ligação: uma para o anel de imidazol e duas para grupos polares
A zona de ligação do imidazol é comum aos agonistas e antagonistas
A zona de ligação dos antagonistas é a mais afastada da zona de ligação do anel imidazol
15
Antagonist binding region Agonist binding region Imidazole ring binding region HN N NH3 Antagonist binding region Agonist binding region NH3 HN N
• Histamina tem uma cadeia lateral curta
• A carga positiva do azoto só está ao alcance da região de ligação do
agonista
• A zona de ligação dos antagonistas está fora do alcance
• Só pode ligar-se como agonista 16
Modelo de ligação para agonistas e
antagonistas
Agonist binding region Imidazole ring binding region Antagonist binding region HN N NH NH2 H2N HN N NH H2N NH2
• A carga positiva é difusa e está mais afastada do anel imidazol
• Permite ao composto ligar-se quer como agonista quer como antagonista
17
Modelo de ligação para agonistas e
Teoria da “quelação”
H N HN N N N H H H H O O Receptor X=NH,S Strong interaction X= SMe, Me B A S HN N NH2 NH2 H N HN N NH2 X A evidência A propostaSK&F propõem que o grupo guanidina se ligue ao ião carboxilato por 2 ligações de Hidrogénio
As estruturas A e B são ambas agonistas parciais mas a estrutura A tem
A carga positiva está mais afastada, faz interações mais fortes com a região de ligação dos antagonistas
Apenas uma ligação de H com a região de ligação dos antagonistas . Carga + afastada do carboxilato. Propriedades antagonistas mais fracas.
Esta teoria acabou por ser refutada mas serviu para explicar os resultados com uma base racional
S HN N N N H H H H O O Receptor Strong interaction N HN N N X H H O O H Receptor X=Me, SMe Weak interaction
Teoria do ligando bidentado
Agonista parcial
↑ a atividade antagonista
Agonista parcial ↓ a atividade antagonista
3C Bridge 3C Bridge
Aumento da cadeia- análogos C3
Objetivo: Afastar o grupo guanidina e aumentar as interações com a região de ligação dos antagonistas
•Análogo guanidina com maior atividade antagonista
• Análogo isotioureia deveria ter atividade antagonista ainda maior já que a
carga está ainda mais afastada
20
H
N
N
N
H
N
H
2N
H
2Guanidina
H N N S NH2 NH2Isotioureia
HN N N NH NH2 O O H H Receptor Strong interaction HN N S NH NH2 O O H Receptor Weak interaction X HN N N N H H H H O O Receptor X=NH,S Strong interaction
Modelo de ligação para os análogos C2
Modelo de ligação proposto para os análogos C3
Ligações de H diferentes
Aumento da cadeia- análogos C3
Antagonist binding region Agonist binding region Imidazole ring binding region HN N HN NH2 NH2
Boa ligação como antagonista Ligação como agonista HN
N
HN
NH2
NH2 Modelo de ligação dos análogos C3
Aumento da cadeia- análogos C3
HN
N
N NH
X
H H
Agonistas parciais com boa atividade “antagonista” (X= Me or SMe) HN N N NH X O O H H Receptor X=NH2,SMe,Me Strong interaction Modo de ligação
Aumento da cadeia- análogos C3
Agonist
binding region binding region Agonist
Pior ligação como antagonista Boa ligação como antagonista HN
N
S
NH2
NH2
Importância do tipo de ligações estabelecidas nas regiões polares
Aumento da cadeia - Análogos C3
24 HN N HN NH2 X
Estratégia
Substituir o grupo guanidino iónico por outro neutro que seja
capaz de estabelecer ligações de H
Racional
Permite distinguir entre as duas regiões polares
As ligações iónicas são cruciais para atividade agonista mas
podem não o ser para a atividade antagonista
Método
Substituir o grupo guanidina básico por tioureia (neutro)
25
Distinção entre as regiões polares
Tioureia
H
N
N
H
N
N
H
2
S
Não tem atividade agonista Antagonista fraco
26
Distinção entre as regiões polares
Similaridades - Planaridade, geometria, tamanho, polaridade, formação de ligações de H
Diferenças - Tioureia é neutra enquanto que a guanidina é básica e está ionizada
e-withdrawing
Neutro Básico
Conclusão
• Nos agonistas a região polar está envolvida em ligações iónicas e ligações
de H
• Nos antagonistas ligações de H na região polar são suficientes
Comparação entre tioureia e guanidina
H N NH2 S R Tioureia H N NH2 NH2 R Guanidina 27
Distinção entre as regiões polares
Estratégia:
• Aumentar a cadeia para 4 átomos de carbonos
• Afastar o grupo tioureia pode aumentar a interação com a região
polar
Burimamida
Descoberta da burimamida
28H
N
N
N
H
N
H M e
S
Extensão da cadeiaBurimamida
Conclusão
• Extensão da cadeia levou ao aparecimento de um antagonista puro com
boa atividade
• A extensão da cadeia permite uma melhor sobreposição do grupo tioureia
com a região de ligação dos antagonistas
• Estabelece a existência de recetores H2
•100 vezes mais ativa como antagonista que a Na-guanil- histamina
• Não tem atividade antagonista nos recetores H1
• Atividade muito baixa por via oral
Descoberta da burimamida
• O anel de imidazol pode existir sob a forma de 2 tautómeros (I) e (II) assim
como 2 formas ionizadas (III)
H t p R N N H I R N N H H R N N H H III p t R N N H -H II
O anel imidazol
30Imidazol pKa = 6.80 Histamina pKa = 5.74 Ionisation = 3% Burimamide pKa = 7.25 Ionisation = 40%
• O anel imidazol não se encontra ionizado quando se liga ao receptor
• A forma ionizada da burimamida não se deve ligar bem
•Diminuindo a basicidade e a ionização do anel imidazol da burimamida para
valores próximos dos da histamina pode aumentar as interações com o sítio de ligação do imidazol e-withdrawing e-donating CH2CH2CH2CH2NHCSNHMe HN N H HN N CH2CH2NH3 HN N
O anel imidazol
31Estratégia
Inserir na cadeia lateral da burimamida um grupo atrator de eletrões
pKa = 6.25
Aumenta a atividade antagonista Imidazol não ionizado é favorável HN N S N H NHMe S Electron withdrawing
Tiaburimamida
32O anel imidazol
Tautómero I vs tautómero II
• Para a histamina o tautomero mais favorável é o I
• cadeia lateral é eletroatratora
• o efeito indutivo diminui com a distância
• Np é menos básico que o Nt; Nt é mais susceptivel de ser protonado
• Na burimamida o tautomero mais favoravel também é o I
Estratégia
• Aumentar a basicidade do Nt em relação ao Np para aumentar a % de
tautómero I vs tautómero II
• Adicionar um grupo dador de eletrões ao anel imidazol mais próximo do Nt do
que do Np Inductive effect p t 33
O anel imidazol
R
N
N
H
Metiamida
• Aumento da atividade antagonista em cerca de 10 vx em relação à burimamida
• Efeito dador de eletrões do grupo metilo é mais significativo no Nt
• Aumenta a basicidade do Nt
• Favorece o tautómero I em relação ao II
• Aumenta o pKa para 6.80; ionização - cerca de 20%
• Efeitos 2ários inaceitáveis – (toxicidade renal)
Electron withdrawing
O anel imidazol
34H
N
N
S
N
H
N
H M e
S
M
e
dador de eletrões
•O aumento da atividade da tiaburimamida e metiamida pode
ser devido a um efeito conformacional
• A função tioéter aumenta o tamanho e flexibilidade da
cadeia lateral que pode levar a um aumento da ligação
• O grupo metilo pode orientar a cadeia lateral para a
conformação ativa- i.e. o grupo metilo restringe a liberdade
conformacional
35
Da metiamida à cimetidina
Oxaburimamida
•Menos potente que a burimamida apesar da cadeia lateral
ser atratora de eletrões
Porquê ?
• A ligação éter é mais pequena e mais flexivel
• o éter pode fazer uma ligação de H indesejavel
• Pode haver um gasto de energia extra para des-solvatar o
oxigénio antes da ligação
H
N
N
O
N
H
N
HMe
S
36Da metiamida à cimetidina
• Os efeitos 2ários da metiamida podem ser devidos ao grupo tioureia
• O grupo tioureia é pouco frequente
• Substituir este grupo por um “natural” poderá reduzir os efeitos 2ários
Tioureia Efeitos tóxicos
Guanidina ↓ a atividade mas não tem atividade
agonista Ureia
↓ a atividade
• 1º análogo guanidina antagonista puro
• A cadeia de 4C empurra o grupo guanidina para fora da região de ligação dos agonistas mas não para além da região de ligação dos antagonistas
N H NHMe S R N H NHMe O R N H NHMe NH R
Da metiamida à cimetidina
37Ligação como antagonista Agonist binding region HN N S NH H2N NH2 HN N S NH NH2 H2N
Da metiamida à cimetidina
38Estratégia:
• Manter o grupo guanidina
• Guanidina está presente na arginina - “natural” • Tornar o grupo guanidina neutro
• Adicionar um grupo atrator de eletrões para ↓ a basicidade (e.g. NO2 or CN)
CN-atrator de eletrões
H
N
N
S
H
N
Me
N
HMe
N
C
N
Cimetidina
Da metiamida à cimetidina
39• Atividade comparável à metiamida; menos efeitos 2
ários• Inibe os recetores H
2e diminui a libertação de ácido no
estômago
• Comercializada em 1976; fármaco mais vendido no mundo até ao
aparecimento da ranitidina
• Metabolicamente estável; Inibe as enzimas do Cit P450
Cimetidina
40H
N
N
S
H
N
Me
N
HMe
N
C
N
• O grupo cianoguanidino atua como bioisóstero da tioureia
• Ambos os grupos são planares (geometria semelhante) ; polares ( mas
neutros); tem momentos dipolares (baixos)
• O grupo cianoguanidina é fracamente acidíco e fracamente básico-anfotérico
• O grupo cianoguanidina não está ionizado a pH 7.4
H N NHMe N CN R
H
N
N
HMe
S
R
Cimetidina
41• O tautómero favorecido é o imino
Tautómeros do grupo cianoguanidina
•O efeito indutivo atrator de eletrões do grupo CN
• O efeito indutivo faz-se sentir mais no azoto vizinho
• O azoto não está tão disponível para formar uma ligação de H
Amino Tautomer Imino Tautomer Amino Tautomer III II I N RN NHMe H CN N RHN NHMe CN N RHN NMe CN H 42
Cimetidina
• As conformações E, E e Z,Z não são favoráveis – (avaliação por Raios X e
NMR)
• A quelação com o carboxilato requere a conformação E,E ou Z,Z
Steric interaction Steric interaction Z,E N CN N N H Me R H N CN N N H Me H R E,E E,Z N N N Me H H R NC N CN N N Me H R H Z,Z 43
Cimetidina
Receptor
Não são possíveis 2 ligações de H para o mesmo aceitador
(conformação mais estável)
E,Z O N N N Me H H R NC O X X N N N Me H H R NC Receptor
São possíveis 2 ligações de H com 2 aceitadores diferentes
44
Cimetidina
•As conformações mais estáveis são a E,E or Z,Z
• Antagonista fraco
• Não é capaz de se ligar a 2 grupos diferentes na região de ligação dos
antagonistas
H
N
N
S
N
Me
N
Me
O
H
H
45Análogos- Ureia
• As conformações mais estáveis não são as E,E ou Z,Z
• Antagonista mais forte que a cimetidina
• Só pode formar 2 ligações H com 2 aceitadores diferentes na região de ligação
dos antagonistas
H
N
N
S
N
Me
H
N
N
O
2H
46Análogos- nitropirrol
• O grupo guanidina é muito polar e solvatado
• a água de solvatção tem que ser removida antes da ligação ao recetor
• a dessolvatação gasta energia
• A solvatação pode influenciar a força da ligação e atividade
• O grupo ureia é mais hidrofilico que o cianoguanidina
• Este facto pode explicar a fraca atividade do análogo ureia
R G H O H H O H H O H R G Desolvation Energy penalty R G Binding Energy released 47
Análogos hidrofóbicos
Estratégia
• Aumentar o caráter hidrofóbico do sistema aminal planar
• ↓menos solvatação
• ↓ menos energia de dessolvatação
• ↑ da ligação e da atividade
Resultado
• A atividade antagonista dos análogos aumenta com o seu caráter hidrofóbico
HN N Me S N H NHMe X Aminal system (Z) 48
Análogos hidrofóbicos
Log (activity) = 2.0 log P + 7.4
.
HN NHMe CHNO2 ‘Outrider’ NCN NHMe HN HN NHMe S NNO2 NHMe HN NH2 NNO2 S NH2 HN HN NH2 NCN O NHMe HN HN NH2 O HN N H N O HN N N H O HN.
.
.
.
.
.
.
.
..
-0.6 -1.0 -1.4 -1.8 log P of HZ log (Act) 6.0 5.0 4.0 49Análogos hidrofóbicos
Maior atividade do que o
esperado
Grupo hidrofilico deveria
↓atividade
Menor atividade do que o esperado
grupo hidrofóbico
50
Análogos hidrofóbicos
Dipole Moments H-Bonding regions Receptor surface NMe H O2N N H R
Approach and orientation
NMe H O2N N H R
Strong hydrogen bonding
Receptor surface N N H O N H R
Approach and orientation
Receptor surface N N H O N H R
Weak hydrogen bonding
Receptor surface
• interação dipolo-dipolo
• Os dipolos alinham e
orientam o ligando
• Existe uma boa interação entre ligando e recetor se os grupos estiverem posicionados corretamente
•Se os grupos não
estiverem corretamente posicionados leva a ↓ atividade como antagonista
• A orientação do dipolo é importante
30o Idea l dipo le o rienta tio n Observ ed d ipo le o rienta tio n• Atividade aumenta à medida que a hidrofobicidade aumenta (log P)
• O ângulo ideal do momento dipolar é de = 30
o• A 30
o, Log (activity) = 9.12 + 0.6 log P - 2.71
• Quando o momento dipolar não é igual a 30
o,a atividade baixa
H N N X R H 52
Análogos hidrofóbicos
• tem um grupo nitrocetoaminal
• Furano como anel heteroaromático
•Menos efeitos 2ários, maior t
½, 10vx mais ativa
3
4
S
N
H
N
HMe
CH
N
O
2O
Me
2N
2
5
53Ranitidina
54
Famotidina e Nizatidina
55
Comparação entre antagonistas H
1e H
2Lumen of the stomach Proton pump Receptors Ion channels Cck2 H2 M3 ATP ADP + Pi Canaliculus A bomba de protões
• bombeia protões para o meio extracelular por troca com K+
• Requer energia – provem da hidrólise do ATP a ADP, catalizada pela ATPase • Á bomba de protões também se chama bomba de H+/K+-ATPase
• os iões cloro saem por outro canal iónico; o HCl forma-se no canaliculus • Os iões K+ saem das célular parietais como contra ião do cloro e voltam a
entrar através da bomba de protões
•Os iões K+ usam um canal iónico diferente H + + K
HCl Cl -
py r i di ne m e t hy l s ul f i ny l ' l i nke r ' be nz a m i da z o l e Pantoprazole H N N OCHF2 S O N OMe MeO Rabeprazole Na N N S O N Me O MeO Lansoprazole H N N S O N Me O F3C Omeprazole H N N OMe S O N Me MeO Me
Inibidores da bomba de protões
H+ N N OMe S O N Me OMe Me H H N Me MeO Me S N N OMe
Pyridinium sulphenamide structure -H2O H+ H N N OMe S O N Me OMe Me H NH N OMe H N S O Me Me OMe Spiro intermediate -H+ N N OMe N S OH Me MeO Me H
Sulphenic acid intermediate
H N Me MeO Me NH N OMe S S Protonpump
Mecanismo de inibição
HS Proton pump• Originalmente é um antiviral • inibe a secreção de HCl
• Toxicidade hepática devido ao grupo tioamida
protótipo
Modificação do grupo tioureia
• O anel da piridina e a ponte CH2S são importantes para a atividade
N NH2 S CMN 131 N S N H N H 77/67
Design do omeprazol
• propriedades antisecretoras fortes durante longos periodos de tempo
• Efeitos 2ários na tiróide
Adição de substituintes no anel benzimidazol
Design do omeprazol
N S N H N O Picoprazole C O2M e M e M e• Substituintes que aumentam a basiciade do anel da piridina ↑a atividade porque favorecem o mecanismo de ativação
• Metilo em meta - efeito indutivo
• Metoxilo em para melhor do que em meta
• Resonância aumenta a densidade electrónica do azoto
N S N H N O CO2Me Me Me MeO Me H 159/69
Design do omeprazol
•H159/69 inibidor potente mas químicamente instável N Me MeO Me R N Me MeO Me R N Me MeO Me R N Me MeO Me R
Design do omeprazol
•Variação dos substituintes de modo a encontar o equilibrio certo entre
potência, estabilidade química e facilidade de síntese
•Omeprazole foi o melhor; comercializado em 1988; fármaco mais vendido
em todo o mundo
Omeprazole
H
N
N
O
Me
S
O
N
Me
Me
O
Me
Design do omeprazol
•Omeprazole tem um centro assimétrico
• O enantiomero S é mais potente e tem melhor perfil farmacocinético
H
N
N
O
Me
S
N
Me
Me
O
Me
O
esomeprazol
65
Problemas
66
Problemas
2- As estruturas seguintes foram importantes na descoberta da estrutura B a Burimamida
Responda as seguintes questões.
a) Qual o grupo funcional foi introduzido no derivado SK&F 91581 b) Qual foi o racional para introdução deste grupo
c) Qual foi o racional para a alteração introduzida na estrutura B em relação ao SK&F 91581
67
3 - No desenvolvimento do omeprazol os grupos metilo e metoxilo foram adicionados ao anel de piridina de modo a aumentar o pKa .
Posteriormente observou-se que o análogo I com apenas um grupo metilo tem um pKa maior que o omeprazol . sugira uma razão para este facto.
Omeprazole H N N OMe S O N Me MeO Me