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Brazilian Journal of Development

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Qualidade do composto de resíduos orgânicos de feiras livres e poda de árvores

da cidade de São Paulo

Quality of the organic waste compound of free fairs and tree powder of the city

of São Paulo

Recebimento dos originais: 12/11/2018 Aceitação para publicação: 14/12/2018

Rafael Golin Galvão

Eng. Agrônomo pela Universidade de São Paulo Instituição: Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Endereço: Rua Deputado Salvador Julianelli, s/n, prédio D, Barra Funda, São Paulo – SP, Brasil Email: rafaelgolin@gmail.com

Mauro Silva Ruiz

Doutor em Geografia pela Southern Illinois University at Carbondale Instituição: Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Endereço: Rua Deputado Salvador Julianelli, s/n, prédio D, Barra Funda, São Paulo – SP, Brasil Email: maurosilvaruiz@gmail.com

Eugênia Gaspar da Costa

Engenheira Civil pela Universidade Gama Filho. Instituição: INOVA –GSU

Endereço: Av. Henry Ford, 1718, Parque da Mooca, São Paulo – SP, Brasil Email: ecosta@inovagsu.com.br

Resumo

A Prefeitura de São Paulo vem realizando a compostagem de resíduos de frutas, legumes e verduras de feiras livres e poda de árvores através do projeto piloto feiras e jardins sustentáveis, onde produziu aproximadamente 663 toneladas de composto orgânico entre agosto de 2015 e junho de 2018. Para avaliar a qualidade do composto produzido, foram analisados dois relatórios técnicos produzidos em 2016 e 2018 e confrontados com a legislação vigente para a produção de fertilizantes e condicionadores de solo, no que se refere às concentrações máximas admitidas para agentes fitotóxicos, patogênicos ao homem, animais e plantas e metais pesados tóxicos. Os resultados obtidos apontam para um produto final dentro das especificações legais, que demonstra a importância da segregação dos resíduos sólidos urbanos orgânicos na origem para a obtenção de composto de qualidade.

Palavras-chave: compostagem, feiras-livres, poda de árvore, metais pesados, fitotóxico. ABSTRACT

The City of São Paulo has been composting fruit, vegetable and vegetable waste from the fair and tree pruning through the pilot fair and sustainable gardens project, where it produced approximately 663 tons of organic compost between August 2015 and June 2018. In order to evaluate the quality

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regards the maximum concentrations allowed for phytotoxic agents, pathogenic to man, animals and plants and toxic heavy metals. The results obtained point to a final product within the legal specifications, which demonstrates the importance of the segregation of solid organic waste at the origin to obtain quality composite.

Key words: composting, tree fairs, tree pruning, heavy metals, phytotoxic 1 INTRODUÇÃO

A geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) vem aumentando independente do grau de desenvolvimento do país, impulsionadas pelo crescimento econômico e populacional, com a mudança de comportamento de produção e consumo. (Awasthi et al., 2014; Bundhoo, 2018; Karak, Bhagat, & Bhattacharyya, 2012).

O Brasil, seguindo a tendência mundial, sofreu processo intenso de urbanização no século XX e segundo dados da nova proposta de classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017, o país tem 76% da população vivendo em área urbana, concentradas principalmente nas regiões Sudeste e Sul do país.

Hoje o método mais utilizado na disposição de resíduos sólidos é o aterro sanitário, pela sua facilidade de operação e baixo custo operacional quando comparado a outras tecnologias. (Nie, Zheng, Shao, Yang, & Chen, 2018). No entanto, existência de áreas disponíveis perto das cidades está se tornando cada vez mais escasso (Moh, 2017), e ainda há o risco de contaminação pela geração de gases de efeito estufa, produção de chorume e outros elementos perigosos que podem contaminar o solo, água e a biota (Petrovic et al., 2018).

A legislação brasileira, em especial a Lei Federal do Saneamento Básico nº11.445/07, que trata da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e a lei federal nº 12.305/2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos estipula a seguinte ordem de prioridade no descarte de RSU: não geração, redução, reutilização, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final dos rejeitos. A legislação estadual nº 1817/78, trata das restrições de zoneamento para instalação de usinas de compostagem no Estado de São Paulo.

A cidade de São Paulo, com uma população estimada de 12.106.920 habitantes (IBGE, 2017), gera 18.000 toneladas/dia de RSU (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana – AMLURB, 2018), que são destinados a 3 aterros sanitários. Para mudar o panorama da cidade na gestão de resíduos sólidos, em 2014 a versão final do Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos (PGIRS) foi publicada onde estabelece diretrizes, metas e ações com foco na melhora no tratamento dado aos resíduos da cidade.

Com enfoque no atendimento das metas foi instalado em agosto de 2015 o Pátio Piloto de Compostagem da Lapa, parte do programa “Feiras e Jardins Sustentáveis”, localizado em área considerada zona mista, de acordo com a Lei de Uso e Ocupação de Solo da Cidade de São Paulo,

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lei nº 16.402/16. Com capacidade instalada para operar até 10 toneladas/dia de resíduos orgânicos, passaria a receber resíduos orgânicos de frutas, legumes e verduras (FLV) segregados na origem das 26 feiras livres da Prefeitura Regional da Lapa em conjunto com os resíduos de poda gerados pela mesma Prefeitura Regional.

Para tratar o resíduo, foi adaptado o Método “UFSC”, projeto desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina para o tratamento dos restos de alimentos provenientes do restaurante do campus, que utiliza leiras estáticas de aeração passiva, inicialmente replicado em Santa Catarina e pela Embrapa Solos antes de ser utilizado na cidade de São Paulo (Miller & Inácio, 2009).

O projeto piloto, finalizado em junho de 2018, produziu entre agosto de 2015 e junho de 2018 aproximadamente 663 toneladas de composto orgânico, segundo relatório Cepagro/Inova. Realizou durante o período de funcionamento do pátio de compostagem análises do composto produzido, onde o material analisado foi confrontado com a legislação vigente, avaliando a existência de contaminantes no processo e a segurança na utilização do composto pela cidade em projetos de paisagismo, plantios de árvores e hortas urbanas.

Neste contexto, este artigo pretende verificar a correlação existente entre a legislação vigente com a instalação de pátios de compostagem até 10 toneladas/dia, a qualidade do material produzido com resíduos urbanos de feiras livres e frutas, legumes e verduras e podas de árvores e a possibilidade de processamento deste material em áreas urbanizadas, no tocante aos riscos de contaminação ambiental.

Para responder a questão, realizou-se a análise dos documentos referentes ao pátio de compostagem, as análises físico-químicas do composto, cruzando as informações com a legislação vigente e revisão de literatura. Esta análise visa contribuir para a elaboração de novos projetos na cidade de São Paulo e outras prefeituras interessadas.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 RESÍDUOS SÓLIDOS

O aumento do consumo pela sociedade refletindo em maior geração de resíduos não é uma preocupação do século XXI. Ayres e Kneese (1969) já alertavam quanto a capacidade assimilativa de resíduos pelo meio ambiente ser escassa, e a geração de resíduos é parte inerente a produção de bens e consumo, onde a migração do bem do local de produção e o ponto de consumo iria gerar um desbalanço ambiental, influenciando inclusive a economia.

Segundo dados do Banco Mundial, para 2025 há previsão de geração de 2,2 bilhões de toneladas de RSU onde serão necessários U$ 375 bilhões de dólares para gerencia-los. Neste cenário o Brasil caminha para a geração de 331.000 toneladas/dia de RSU (Hoornweg &

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Bhada-Especiais (ABRELPE), dados do Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil, de 2016 apontam para a geração diária de 214.000 toneladas de RSU, onde 91,16% desse volume foi coletado, mas apenas 58,4% disposto em aterros sanitários, sendo 41,6% depositados em lixões e aterros controlados (B. M. G. Ribeiro & Mendes, 2018).

A destinação final de resíduos apresenta panorama diferente em países desenvolvidos, onde legislação rigorosa associada a educação ambiental é presente na sociedade, a disposição de resíduos em aterros vem sendo reduzida. Dados da União Europeia de 2015 apontam que 26% dos resíduos sólidos urbanos (RSU) são depositados em aterros, enquanto 27% geram energia e 46% são reciclados ou compostados. Números bem diferentes de 2001, quando quase 60% dos resíduos eram encaminhados a aterros sanitários (CEWEP, 2015). Em 2018 foi aprovado no parlamento europeu que a reciclagem de resíduos terá de aumentar dos atuais 44% para 55% até 2025, 60% até 2030 chegando a 65% em 2035, em consonância com as metas de desenvolvimento sustentável da ONU (European Union, 2018).

A cidade de São Paulo, 11ª maior cidade do mundo de acordo com levantamento da City Mayors Fundation: “City Mayors: Largest cities in the world by population”, publicado em 2018. gera 18.000 toneladas/dia, subdivididos quanto a origem do material.

(*) resíduo domiciliar: estabelecimentos públicos, domicílios/condomínios e comércio até 200L; (**) Ecoponto: Entulho manual, mecanizado e Diversos;

(***) Resíduos de córregos, piscinão, boca de lobo, animais, esgoto

Figura 1. Composição dos resíduos na cidade de São Paulo em 2016 (dias úteis/ano) Fonte: adaptado pelo autor de AMLURB, 2017

Dados da prefeitura descritos na figura 1 demonstram que a maior fração dos resíduos coletados são compostos por resíduos da coleta domiciliar, representando 65% do montante. Os resíduos provenientes das feiras livres e das podas de árvore, que compõe a matéria prima utilizada

65,29 8,57 9,09 12,37 1,54 1,57 0,75 0,82 domiciliar* entulho** outros*** varrição seletiva feira livre saúde poda de árvore

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no pátio de compostagem da lapa representam 2,4% do volume total coletado, perfazendo um volume aproximado de 419 toneladas/dia destinados aos aterros sanitários.

Para a melhora na qualidade da destinação dos resíduos, a adoção pelo poder público de medidas de governança, sustentabilidade financeira, conservação dos recursos naturais, participação pública, uso de tecnologias e locais ambientalmente apropriados, planejamento estratégico, capacitação, envolvimento do setor privado, segregação, reciclagem e recuperação de recursos são listados por (Cointreau, 2001; Ravi & Vishnudas, 2017) como fundamentais para a gestão integrada e sustentável pelos governos locais.

2.2 RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS

A fração orgânica do RSU representa uma fração maior do total gerado quando provenientes de áreas de baixa e média renda (50 a 70% do RSU) do que em regiões de alta renda (20 a 40%) e gerido de forma eficiente pode ser recuperado, evitando o envio aos aterros sanitários (Tyagi et al., 2018).

A gestão municipal dos resíduos orgânicos pode realizar a destinação do material das seguintes formas: reciclagem, compostagem/digestão anaeróbica, aterro e incineração. Nestes processos pode haver ou não recuperação de energia (Scarlat, Fahl, & Dallemand, 2018)

Na Europa, a reciclagem de resíduos orgânicos é um caminho cada vez mais utilizado na produção de condicionadores de solo e fertilizantes (Cesaro, Belgiorno, & Guida, 2015). Grande parte deste resíduo gerado é proveniente do desperdício de alimentos, que foram da ordem de 122 bilhões de euros em 2012 (Stenmarck et al., 2016)

A disposição de resíduos sólidos em aterros sanitários ainda é a forma mais utilizada no mundo, e os impactos mais comuns para o ar são as emissões odoríferas e poluentes atmosféricos, constituídas principalmente de gases de efeito estufa (GEEs): CO2, CH4 e H2S (Conte et al., 2018). Em países em desenvolvimento, como China, Índia e Polônia, observa-se em estudos casos onde aterros tem causados também problemas de contaminação no solo e águas subterrâneas, através da produção de chorume (Han et al., 2016; Naveen, Mahapatra, Sitharam, Sivapullaiah, & Ramachandra, 2017; Porowska, 2014).

No Brasil, a da fração orgânica, que representa o maior volume na massa de RSU produzida, as ações de reciclagem de resíduos orgânicos são inexpressivas, onde apenas 0,46% das 78,3 milhões de toneladas de RSU coletadas em 2016 foram compostados (Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento - SNIS, 2016).

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Na cidade de São Paulo, conforme dados de 2017 de AMLURB, foram gerados 5.620.564 toneladas de RSU. Quando falamos especificamente das feiras livres e podas de árvore, o volume total coletado em 2017 foi de 80.230 e 33.771 toneladas, respectivamente.

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR 10.004 – 2004, anexo H, os resíduos de feiras livres são classificados como A001 enquanto os resíduos de poda de árvores são classificados como A009. Dessa forma são considerados resíduos não perigosos classe II A – não inertes.

Neste cenário, quando tratamos de resíduos de feiras livres e podas de árvores, materiais com maior facilidade de segregação, a compostagem representa a opção mais simples na recuperação da fração orgânica dos resíduos. A avaliação do composto produzido e eventuais subprodutos gerados deve estar adequada a legislação vigente (Cesaro et al., 2015). No Brasil além das legislações Federais, Estaduais e Municipais, agências regulatórias e ambientais federais, estaduais e municipais atuam diretamente no tema.

2.3 RESÍDUOS DE FEIRAS LIVRES

O desenvolvimento nas economias emergentes leva a coexistência de formas modernas e tradicionais de varejo e as feiras livres de São Paulo demonstram como os padrões de consumo são culturalmente determinados (Zinkhan G. M., Fontenelle S. de M, & Balazs A. L., 2005).

De acordo com a Secretaria Municipal do Trabalho e Empreendedorismo (SMTE), em 2018, a cidade de São Paulo possui 883 feiras livres distribuídas nos 96 Distritos da cidade e geraram 80.230 toneladas de resíduos em 2017.

Em gravimetria realizada em 2015, com dados fornecidos por AMLURB, a fração orgânica nas feiras livres da cidade composta por descarte de resíduos de frutas, legumes e verduras (FLV) representa 55,5%, enquanto palha/capim representa 7,3%, totalizando 50.384 toneladas de resíduos passiveis de serem compostados na metodologia adotada no Projeto Piloto Feiras e Jardins Sustentáveis.

A Prefeitura Regional da Lapa, onde o projeto foi implementado possui 26 feiras livres, distribuídas em 6 Distritos que abasteceram o projeto entre agosto de 2015 e outubro de 2016, quando foram introduzidas mais 26 feiras livres, provenientes de áreas próximas ao pátio de compostagem e localizadas nas Prefeituras Regionais de Pirituba/Jaraguá, Freguesia/Brasilândia, Casa Verde e Pinheiros. A partir deste período o projeto passou a contar com 52 feiras, que permaneceram até junho de 2018 (AMLURB, 2018).

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O cuidado com a arborização urbana e sua gestão adequada são atividades importantes na governança urbana, fornecendo impactos positivos sobre o clima local. O manejo dos resíduos gerados é muito importante também para o melhor aproveitamento de seu potencial, considerando que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) classifica esse material como Classe II-A (resíduos não inertes), pela sua combustibilidade, biodegradabilidade e solubilidade em água. Sua composição formada por 50% de carbono, 44% de oxigênio 6% de hidrogênio e 1% de nitrogênio forma basicamente celulose, hemi-celulose e lignina (Sousa, 2018; Silva, 2005).

Estudos atribuem que os materiais provenientes das podas de árvore, segregados podem ser reaproveitados ou reciclados, através a fabricação de painéis aglomerados (Vega & Herrera, 2018); uso artesanal como a produção de mobiliários para praças, jardins e parques ou construção de cercas (Rocha, Souza, Reda, & Silva, 2015); briquetes, lenha, carvão vegetal ou in natura para uso energético para uso energético, obtenção de composto orgânico através da utilização com outros resíduos sólidos orgânicos no processo de compostagem ou na digestão anaeróbica, com o uso de biodigestores (Cortez, 2011).

De acordo com dados da prefeitura de São Paulo, em 2017 a cidade produziu 33.771 toneladas de resíduos de poda, depositadas em aterros sanitários. Segundo dados da Prefeitura Regional da Lapa, fornecedora de resíduos de poda de árvore através das equipes de manejo, no ano de 2017 foram enviadas ao aterro sanitário 1378,3 toneladas de resíduo. Foram triturados e reciclados no processo de compostagem 158 toneladas de resíduo de poda, segundo relatório Cepagro/Inova, que operam o pátio de compostagem, o que representa o uso de 10,28% do resíduo de poda gerado pela Prefeitura Regional Lapa.

2.5 MÉTODO “UFSC” DE COMPOSTAGEM

O tratamento de resíduos orgânicos no mundo vem aumentando, e as principais técnicas adotadas para o tratamento deste material utilizam-se do tratamento aeróbico e anaeróbico.

O método “UFSC” de tratamento aeróbico consiste em construir leiras estáticas de aeração passiva, com paredes formadas por resíduos de grama ou capim em ângulo de 90º com o solo, fluxo de alimentação continua, sem necessidade de revolvimento durante o período de alimentação, a relação entre o estruturante, fonte de carbono (poda de árvore triturada) e o resíduo da feira, fonte de nitrogênio é de 1 parte de poda para 3 de resíduo de feira. Este modelo foi desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina para o tratamento dos restos de alimentos provenientes do restaurante do campus (Miller & Inácio, 2009).

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Figura 2. Detalhamento do processo construtivo e de alimentação das leiras Fonte: AMLURB, 2018

Conforme observado na figura 2 a alimentação das leiras produz camadas de materiais, essa alimentação no projeto era realizada semanalmente, durante um período aproximado de 3 a 4 meses, onde as leiras trabalham em temperatura termofílica durante longos períodos de tempo.

Segundo Büttenbender (2004), o método “UFSC” apresenta baixo custo de implantação e operação, mão de obra reduzida, e o processo e as altas temperaturas internas da leira, que chegam até 78ºC. É na fase termofílica onde há o processo de sanitização, com a eliminação de organismos patogênicos (Herbets, Coelho, Miletti, & Mendonça, 2005).

Outros exemplos de uso da metodologia são: rede de Hotel SESC de Florianópolis, na unidade Cacupé, reciclando aproximadamente 300kg de resíduos/dia proveniente dos restaurantes. O projeto comunitário “Revolução dos Baldinhos”, desenvolvido na Comunidade Chico Mendes em Florianópolis também adota o sistema de leiras estáticas na coleta dos resíduos domiciliares, com a participação de cerca de 400 pessoas e processando 8 toneladas/mês de resíduos orgânicos (Zambom & Luna, 2016). Atualmente o pátio de compostagem da Lapa operando aproximadamente 9 toneladas/dia de resíduos de feiras livres e podas de árvores é o maior em operação adotando esta metodologia.

2.6 LEGISLAÇÃO NO MANEJO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS URBANOS, E PRODUÇÃO DE COMPOSTO

A reciclagem de resíduos orgânicos tem sido mais discutida, principalmente após a promulgação da Lei Federal nº 11.445/2007, denominada Lei do Saneamento Básico e a Lei Federal nº 12.305/2010 que instituiu a Politica Nacional de Resíduos Sólidos.

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Para o Estado de São Paulo, o tratamento de resíduos orgânicos urbanos utiliza-se da Lei Estadual nº 1817/1978, que estabelece que usinas de compostagem somente podem ser instaladas em zonas predominantemente industriais (ZUPI) ou zonas estritamente industriais (ZEI). Este modelo onde considera-se apenas os formatos instalados no final da década de 60 e inicio da década de 70, com tratamento de resíduo indiferenciado e forte emissão de odores e riscos de contaminação, não deveria ser aplicado a técnicas atuais, com resíduos segregados na origem e uso de materiais com baixo risco de contaminação, como FLV e resíduos de poda de árvores.

Posteriormente, a legislação estadual criou mecanismos para facilitar o tratamento para pequenos geradores, com produção diária até 100kg/dia através da Resolução SMA 102/2012, onde a exigência de licença ambiental foi dispensada. A Cetesb estabeleceu licenciamento simplificado para pátios de compostagem que recebem até 10 toneladas/dia de resíduo.

A legislação municipal de São Paulo, na última revisão da Lei de Zoneamento Urbano, Lei Municipal nº 16.402/2016, estabelece que áreas de compostagem são consideradas áreas de interesse público, classificadas na subcategoria INFRA, grupo de atividades INFRA-6, gestão integrada de resíduos sólidos, conforme Decreto Municipal 57.378/2016.

Em 2017, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), promulgou a Resolução nº 481/2017, que estabelece critérios e procedimentos para garantir a qualidade ambiental do processo de compostagem de resíduos orgânicos.

O composto orgânico produzido nas unidades de compostagem também deve atender aos parâmetros da legislação vigente: Instrução Normativa do Ministério da Agricultura 27/2006, 25/2009 e 07/2016.

O percolado ou lixiviado gerado no processo de compostagem, da ordem de 0,5 litros/dia/m² de leira segundo informações da consultoria Cepagro, também deve atender aos padrões da legislação vigente. São parâmetros para o Estado de São Paulo a Resolução Conama nº 430/2011 e o Decreto Estadual nº 8.468/76. A legislação atribui condições e padrões para o lançamento de efluentes.

A atenção aos requisitos legais é fundamental na concepção de novos projetos e estabelecimento de diretrizes para o manejo de RSU.

3 METODOLOGIA

A metodologia consiste em realizar pesquisa bibliográfica e documental pertinente a compostagem de resíduos sólidos urbanos em áreas urbanas, em especial a qualidade do composto produzido quanto ao cumprimento dos parâmetros ambientais.

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A pesquisa bibliográfica consiste na leitura de artigos científicos e trabalhos acadêmicos correlacionados ao tema abordado, especialmente no tocante a destinação e tratamento de resíduos orgânicos pelas cidades. Foi realizado estudo da legislação correlata a resíduos orgânicos na cidade de São Paulo, com destaque para as Instruções Normativas do Ministério da Agricultura nº 27/2006, 25/2009 e 07/2016, Resolução CONAMA nº 481/2017 e Norma Técnica NBR 10004/2004.

A pesquisa documental, consiste na análise de dados provenientes de resíduos sólidos orgânicos disponibilizados pela Autoridade Municipal Urbana (AMLURB) e dos relatórios emitidos pela consultoria ambiental do pátio de compostagem Lapa sobre a qualidade do composto e do percolado produzidos no processo de compostagem termofílica durante o período de agosto de 2015 a junho de 2018.

Tabela 1 Relação de documentos analisados

Responsável Entidade Título do relatório/documento Ano

AMLURB (1) ISWA (2)

Evaluation and recommendation report of the pilot composting plant in the lapa district of the city of São Paulo

fev/16

INOVA-GSU(3) CEPAGRO(4)

Avaliação do composto produzido no pátio de compostagem da Lapa Inova/ Prefeitura Regional/ AMLURB - São Paulo

mar/18

(1) Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (2) The International Solid Waste Association

(3) Empresa responsável pela operação do pátio de compostagem Lapa (sociedade com propósito específico formada por

Revita, Vital e Paulitec)

(4) Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo

A análise dos documentos fornecidos pela AMLURB, descritos na Tabela 1 permitiram a interpolação dos dados através das análises realizadas e dos relatórios emitidos com a legislação vigente (federal e estadual), no que se refere a qualidade do material produzido durante o processo.

Para a análise dos requisitos legais para implantação de pátios de compostagem em área urbana, foram observadas as necessidades de adequação das cidades aos parâmetros ambientais exigidos pela legislação no tocante a a origem dos resíduos, qualidade do composto produzido e o percolado gerado no processo no âmbito do município de São Paulo.

Tabela 2

Legislação ambiental vigente na produção de composto e geração de efluentes em São Paulo

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Resolução SMA 51 1997

Artigo 1º - Ficam dispensados da Licença Prévia instruída de RAP - Relatório Ambiental Preliminar os aterros sanitários e usinas de reciclagem e compostagem de resíduos sólidos domésticos operados por municípios, em quantidade igual ou inferior a 10 toneladas por dia, desde que não estejam localizados em áreas de interesse ambiental ou em qualquer das situações relacionadas na listagem constante do Anexo desta Resolução.

Norma brasileira NBR 10004 2004 Resíduos sólidos – Classificação

Instrução Normativa SDA 27 2006

Limites máximos de contaminantes admitidos em fertilizantes orgânicos e condicionadores de solo (Alterada pela IN SDA nº 7, de 12/04/2016, republicada em 02/05/2016)

Instrução Normativa SDA 25 2009

Aprovar as normas sobre as especificações e as garantias, as tolerâncias, o registro, a embalagem e a rotulagem dos fertilizantes orgânicos simples, mistos, compostos, organominerais e biofertilizantes destinados à agricultura, na forma dos anexos à presente Instrução Normativa

Instrução Normativa SDA 7 2016

Art. 1º - Os Anexos IV e V da Instrução Normativa SDA nº 27, de 5 de junho de 2006, passam a vigorar com as seguintes alterações:

Resolução CONAMA 481 2017

Estabelece critérios e procedimentos para garantir o controle e a qualidade ambiental do processo de compostagem

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providências.

No âmbito do licenciamento ambiental para o Estado de São Paulo, a Resolução nº51/2007 da Secretaria do Meio Ambiente estabeleceu que pátios de compostagem que recebem até 10 toneladas/dia estão dispensados de RAP, dando tratamento diferenciado ao que ocorre hoje nos licenciamentos de aterros sanitários e grandes usinas de compostagem de resíduo indiferenciado.

A NBR 10004/2004 estabelece a classificação dos resíduos quanto a origem, onde para o pátio de compostagem da Lapa, na cidade de São Paulo, os resíduos utilizados, segregados na origem são classificados como resíduos classe II – não perigosos A – não inertes. De acordo com o anexo H, estão alocados em 2 classificações: A001 – restos de alimentos e A009 – resíduo de madeira. Para os materiais utilizados na compostagem objeto deste estudo, cabe ressaltar que os resíduos de alimentos não são processados e provenientes exclusivamente de restos de frutas, legumes e verduras. Os resíduos de madeira, provenientes de moda de árvore, também são desprovidos de qualquer tipo de tratamento utilizado em processos de conservação de madeira.

O resíduo utilizado no processo, segregado na origem deve atender aos critérios e procedimentos constantes Resolução Conama nº 481/2017, para garantir a qualidade ambiental do processo. O controle de temperatura, neste processo é fundamental para garantir a higienização do composto produzido, descrito no anexo I da resolução, onde são necessários ao menos 14 dias com temperaturas superiores a 55º Celsus em sistemas abertos.

O sistema adotado no pátio de compostagem Lapa adota o sistema “UFSC”, onde a fase termofílica é presente na fase ativa do processo, conforme dados do monitoramento de temperatura dos relatórios CEPAGRO/INOVA e posteriormente observados nas análises do composto produzido. Este processo atende com eficiência e qualidade ambiental gerando um produto final de qualidade (Miller & Inácio, 2009).

Para avaliar a qualidade do composto produzido, foram utilizados os parâmetros contidos na Instrução Normativa 27/2006, anexo V e Instrução Normativa nº 7/2017, ambas do Ministério da Agricultura, no que se refere às concentrações máximas admitidas para agentes fitotóxicos, patogênicos ao homem, animais e plantas e metais pesados tóxicos.

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A necessidade de alternativas para o tratamento de RSU nas cidades faz-se necessária diante das questões ambientais e orçamentárias para os municípios. Sabeen, Ngadi e Noor (2016), apontam que modelos de reutilização e reciclagem, ainda dentro da área urbana, aliados a redução de custos na separação de resíduos resultam em menos desperdícios ao longo do processo de coleta

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e disposição, proporcionando reduções de custos e mitigando problemas ambientais. Desta forma, a qualidade do produto final gerado demonstra os riscos ambientais envolvidos no processo.

4.1 ANÁLISE DO COMPOSTO PRODUZIDO

O composto produzido, após compilação dos relatórios descritos na tabela 1 estão apresentados em tabela única, apresentando os itens levantados de acordo com o determinado pelo Ministério da Agricultura, em referência aos limites máximos de contaminantes admitidos em fertilizantes orgânicos e condicionadores de solo.

As análises realizadas no relatório da INOVA/CEPAGRO seguiram os critérios do Manual de métodos analíticos oficiais para fertilizantes e corretivos (Brasil, 2017); análise de metais EPA-SW-846-3051, com determinação por ICP-AES, de acordo com EPA-SW-846-6010; U.S. EPA 1992 part 503. O relatório ISWA seguiu os parâmetros UNI EN 13650:2002+UNI EN ISO 11885:2009 para metais; ANPA Met.16 Man 3 2001; Rapporti ISTISAN 2002/3; UNI 10780:1998; ISO 16772:2004 e Manuale ANPA 03/2001 Metodo N.4.

Tabela 3 Análise do composto produzido x padrões exigidos para uso

Origem da análise Padrões Fertilizantes

Orgânicos Relatório ISWA - 2016 Relatório Inova/Cepagro - 2018

Parâmetros Unidade Resulta

dos Data Resulta dos Data I.N. MAPA nº 7/2016 I.N. MAPA nº 27/2006 Arsênio mg/kg <1,0 27/11/20 17 20 Cadmio mg/kg < 0,5 22/02/20 16 0,9 08/11/20 17 3 Chumbo mg/kg 6,4 22/02/20 16 5 27/11/20 17 150 Cromo mg/kg 5,8 27/11/20 17 70 (4) Cromo Hexavalente mg/kg 0 22/02/20 16 2

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16 17 Niquel mg/kg 11,3 22/02/20 16 3,2 27/11/20 17 70 Selênio mg/kg 1 27/11/20 17 80 Coliformes termotolerantes NMP/g 153,06 24/11/20 17 1000 Salmonella sp. NMP/10 g ausente 11/12/20 17 Ausência em 10g de matéria seca

Ovos viáveis de helmintos ovos/g de

ST 0 05/12/20 17 1 Ip (1) (peneira 5,0mm) % (m/m) <0,1 22/02/20 16 5 08/11/20 17 5 Ivpm (2) (peneiras 5,0mm e 2,0mm) % (m/m) <0,1 22/02/20 16 0 08/11/20 17 0,5 relação C/N (3) 13,41 22/02/20 16 (1) Índice de pedras

(2) Índice de vidros, plásticos e metais

(3)Resolução Conama 481/2017 recomenda relação C/N inferior a 20/1 (4)índice foi substituído na IN 7/2016 pelo teor de Cromo hexavalente.

Nos resultados analisados para os teores de metais, descritos na tabela 3, quando comparados com os valores máximos admitidos pelo Ministério da Agricultura, todos apresentaram valores abaixo dos limites estabelecidos.

Dentro dos critérios estabelecidos, os teores de Arsênio representou 5% do limite máximo, Cádmio 30%, Chumbo 4,3%, Cromo Hexavalente 0%, Mércúrio 76%, Níquel 16% e Selênio 1,3%. Para o teor de Cromo temos 8,3%, porém o parâmetro utilizado na IN 27/2006 ao ser atualizado pela IN 7/2016 passa a adotar apenas os valores de Cromo Hexavalente.

Elementos químicos potencialmente tóxicos ao homem, animais, plantas, solo e lençol freático podem ser encontrados em materiais industrializados coloridos, produtos de limpeza e sanitários, resíduos industriais, agrotóxicos, baterias, materiais eletrônicos, combustíveis entre outros. A utilização de materiais com acúmulo de metais pesados se agrava quando estes entram na

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cadeia alimentar (Carvalho, 2000; Collier, Amaral Sobrinho, Mazur, & Velloso, 2004; Kiehl, 1998; L. C. Ribeiro, 2018).

Considerando que o composto utiliza poda de árvore, estudo realizado em cascas de árvore na cidade de São Paulo por Martins (2009) obteve resultados positivos para concentrações de Chumbo, Cromo e Níquel. Para os elementos Arsênio Cádmio, Mercúrio e Selênio, os resultados ficaram abaixo do nível de detecção dos equipamentos utilizados na amostragem.

Organismos biológicos, coliformes termotolerantes, ovos viáveis de helmintos e salmonela apresentaram valores de acordo com a legislação vigente. A eficiência na redução dos organismos patogênicos tem relação com a temperatura do processo e assume relevância pois é um fator de saúde pública (Orrico Junior et al., 2012; Silva, Farezin, & Soto, 2018).

A presença de materiais inertes no composto final: pedras, vidros, plásticos e metais atende as especificações recomendadas pela IN nº7/2016. A segregação, o acondicionamento e manejo adequado dos resíduos na origem é fator fundamental para um produto final livre de resíduos não orgânicos (Furiam & Günther, 2006; Pires & Ferrão, 2017).

A relação C/N obtida na amostra do relatório de 2016 no valor de 13,41 atende as características constantes na Resolução Conama 481/2017, que estipula valores inferiores a 20. Este parâmetro é um indicativo da quantidade de Nitrogênio prontamente disponível para as plantas no momento da aplicação do composto. Entretanto, segundo Vione et al., (2018) resíduos orgânicos com reação C/N similares podem mineralizar diferentes quantidades de N, sendo que outros métodos podem ser considerados na avaliação da qualidade do composto, como a capacidade de troca catiônica efetiva (CTC ef. / carbono orgânico total (COT) (Dores-Silva, Landgraf, & Rezende, 2013).

6 CONCLUSÕES

A gestão dos resíduos orgânicos de feiras livres e podas de árvores segregados na origem na cidade de São Paulo é uma alternativa ambientalmente adequada, frente ao uso de aterros sanitários. Faz-se necessário avaliar os tipos de resíduos orgânicos de forma diferenciada, adotando para práticas eficazes no tratamento e promovendo a ciclagem dos nutrientes.

No atendimento dos parâmetros legais da legislação vigente para os limites máximos de contaminantes admitidos para fertilizantes orgânicos, o composto produzido baseado no método “UFSC” no projeto piloto do pátio de compostagem da Lapa, as análises obtidas demonstram que o material, caracterizado como de resíduo sólido urbano, mas com alto grau de segregação, utilizando apenas resíduos vegetais, pode ser utilizado pela prefeitura como adubo nos serviços demandantes

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Recomenda-se a realização de novos estudos utilizando a prática adotada no projeto piloto da prefeitura de São Paulo e utilizando também outras práticas de compostagem e fontes de resíduos de forma a ampliar as alternativas na reciclagem de resíduos orgânicos, agregando valor ao material descartado e promovendo alternativas no cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

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