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ASSEMBLEIA DEFINE REIVINDICAÇÕES DE PROFESSORES

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Campanha Salarial

Crise na FSA

leva docentes e

alunos às ruas

Mulheres querem

mais participação

na política!

Páginas 4 e 5

Página 4

Professores

denunciam atraso

de salários

na Metodista

• Não à retirada de direitos dos trabalhadores da Fundação.

• Tornar responsabilidade da prefeitura algumas manutenções e vigilância da FSA.

• Realizar parceria com o Consórcio do ABC para fornecer projetos de mobilidade.

Professores do SESI reunidos em assembleia dia 04 de fevereiro discutem pauta da Camanha Salarial 2016

Israel Barbosa

Após pressão

prefeito Grana

busca solução

para FSA

Página 6

Página 5

Página 6

Página 2

Precarização

do trabalho e

da educação na

universidade

Patrões querem

descontar nos

trabalhadores reflexos

de uma suposta crise

ASSEMBLEIA DEFINE

REIVINDICAÇÕES DE

PROFESSORES

Depois de ser pressionado por diversas manifestações organizadas pelo Sindicato dos Professores do ABC e docentes da Fundação Santo André, o prefeito Carlos Grana pro-curou a direção do sindicato para um encontro realizado no dia 27/02 na sede do SINPRO.

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02

ı Diretoria: José Jorge Maggio, Edilene Arjoni Moda, Rafael Pereira Fieri, Aloísio Alves da Silva, Mariana de Melo Rocha, Paulo Roberto Yamaçake, Marcelo Buzetto, Alex Silva Nogueira, Alexandre Cevalhos Linares, Carlos Ayrton Sodré, Celia Regina Ferrari, Cristiane Gandolfi, Denise Filomena Lopes Marques, Edélcio Plenas Gomes, Elias José Balbino da Silva, Gladston Alberto Minoto da Silva, Helio Sales Rios, Jorge Gonçalves de Oliveira Junior, José Carlos Oliveira Costa, José Oliveira dos Santos, Marcelo Buzetto, Maria Aparecida de Donato, Nelson Valverde Dias, Thiago Figueira Boim. ı Diretor de Comunicação: Nelson Bertarello ı Jornalista: Sérgio Corrêa (mtb 19.065) Diagramação: Israel Barbosa ı Tiragem: 4000 exemplares

ıData de fechamento: 29/02/2016 ı Sites: www.sinpro-abc.org.br/ ı facebook.com/sinproabc/ ı E-mail: imprensa@sinpro-abc.org.br ı

Endereço: Rua Pirituba, 65 - B. Casa Branca - Santo André - SP CEP: 09015-540 ı Telefone: (11) 4994-0700

Os artigos assinados são de responsabilidade do autor, não expressando, necessariamente, a opinião do SINPRO ABC.

Boletim Informativo publicado pelo Departamento de Comunicação do Sindicato dos Professores do ABC,

filiado à CUT, FEPESP. e CONTEE

ı

ISSN: 1679-8474

Editorial

Charge

Por Israel Barbosa

Não há dúvida que estamos diante de uma das mais graves crises mun-diais do capitalismo, desde a grande depressão de 1929, assim como é fato que no Brasil há uma perseguição política, por parte dos veículos de comunicação, para criminalizar apenas alguns setores da política nacional. Isso acontece para desvincular o País da crise que afeta não somente os EUA, mas também diversos países da Europa, passando a visão de que a atual situação econômica no Brasil é fruto da “incompetência”, da “corrup-ção” e do “aparelhamento do estado”.

Do mesmo modo, a operação Lava-Jato, partidarizada pelos agentes públicos do estado, é o epicentro da “crise política” ao enveredarem por caminhos de causar inveja ao senador norte-americano McCarthy, se vivo estivesse: o das perseguições e das prisões sem provas. Obviamente, con-cordamos que a corrupção não está localizada num grupo partidário ou num segmento como quer nos fazer crer o juiz Sérgio Moro, alguns agentes do Ministério Público e da Polícia Federal deixando vazar informações seleti-vas para serem exploradas pelos tradicionais meios de comunicação e pela poderosa FIESP, todos apoiadores do golpe civil-militar-empresarial de 64.

Um dos alvos desse carnaval conservador de meias verdades é a Petro-bras. Para a elite entreguista e subserviente, a exploração do pré-sal não pode ser realizada por uma empresa nacional. Este é o caráter do Projeto de Lei do Senado (PLS 131), de autoria do senador Serra (PSDB-SP), cuja aprovação foi negociada com o governo Dilma. Caso o PL seja aprovado na Câmara e tenha a sanção da presidenta, o Brasil deixará de arrecadar R$ 100 bilhões para o Fundo Social e R$ 50 bilhões para Educação e Saúde.

Outra grande perda para os trabalhadores é a reforma da previdência que se aprovada, pretende retirar direitos conquistados, a exemplo do que ocorreu em países como a Espanha e a Grécia. Segundo sinalizou o gover-no, a ideia é instituir uma idade mínima para aposentadorias, equiparando regras entre homens e mulheres e entre trabalhadores rurais e urbanos.

Desta forma o SINPRO-ABC repudia a aprovação do PLS 131 que en-trega o pré-sal aos estrangeiros e a reforma da Previdência chamando a comunidade a rechaçar todas as tentativas de violação da nossa soberania e da retirada de direitos dos trabalhadores de trabalhadoras.

Os mantenedores das escolas particulares têm descontado nos professores e professoras da rede, os reflexos de uma suposta crise econômica com demissões, superlo-tação de salas, péssimas condições de trabalho, baixos salários, fecha-mento de turmas e pior, não estão respeitando os direitos trabalhistas previstos na CLT e conquistados nas Convenções Coletivas.

As demissões acontecem des-de as escolas des-de ensino fundamen-tal, passando pelo médio até chegar ao ensino superior. Aqui no ABC, de-núncias de professores e professoras dão conta que Instituições de Ensino atrasam o pagamento dos salários e não depositam o FGTS, além de não pagar horas extras atribuindo a um banco de horas o excedente do tra-balho, o que é proibido.

De acordo com dados do Sin-dicato dos professores do ABC (SIN-PRO ABC), nos últimos quatro anos foram demitidos cerca de quatro mil professores (as) da base, sendo qua-se mil e 300 somente em 2015.

Será essa situação, reflexo

de uma crise econômica

como querem atribuir os

patrões?

De acordo com um estudo encomendado pela Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP) em 2015 sobre as finanças de grandes grupos educacionais do Ensino Superior privado, a possí-vel crise não tinha atingido o setor, mas os mantenedores adotavam uma estratégia para diminuir gastos com docentes passando pela subs-tituição de professores antigos por professores em início de carreira,

Patrões querem descontar

nos trabalhadores reflexos

de uma suposta crise!

achatando salários, fechando salas e reduzindo o número de horas/aulas, para intensificar o EAD (Ensino a Dis-tância).

Professores e alunos da anti-ga UNIABC - adquirida pela Anhan-guera e desde 2014 parte da Kroton - contam que alunos de semestres diferentes fazem aulas na mesma sala. Uma forma de, ao abrir apenas salas cheias, potencializar o trabalho do professor.

O estudo mostra ainda as companhias Kroton (Anhanguera), Anima, Estácio e Ser, que têm capital aberto, tiveram, em média, salto de 201% na receita líquida no ano pas-sado, com aplicações no mercado fi-nanceiro. Um desempenho conside-rado extraordinário no País. A maior parte desses recursos foi revertida em lucro aos acionistas.

A Kroton, por exemplo, gastou em 2014 29% da sua receita com os professores - em 2010, esse porcen-tual era de 52%. A Ser Educacional manteve esse gasto estável no perío-do e em 2014 gastava 26%. Os daperío-dos foram extraídos dos balanços finan-ceiros e notas explicativas divulgadas ao mercado pelas empresas. As infor-mações foram processadas e anali-sadas pela consultoria de Oscar Mal-vessi, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), a pedido da FEPESP. A análise abordou as quatro únicas em-presas que têm capital aberto e, por isso, são obrigadas a manter a trans-parência de seus dados.

Confira a íntegra do estudo em www.fepesp.org.br

O Professor

(3)

Campanha Salarial

O

Sindicato dos Professo-res do ABC (SINPRO) em conjunto com os outros 25 sindicatos que com-põem a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP) es-tão negociando com os patrões as reivindicações salariais dos profes-sores e professoras para este ano. A data base da categoria é 1º de mar-ço. Nesta campanha, os represen-tantes dos trabalhadores estão em-penhados na conquista do reajuste salarial de 15% (10% reposição e 5% aumento real), além de 30% de Par-ticipação nos Lucros e Resultados (PLR) ou Abono Especial e outras cláusulas importantes para a cate-goria que devem ser mantidas.

Ensino Superior

O Ensino Superior inaugurou as negociações e algumas rodadas já foram realizadas entre a FEPESP e o Sindicato das Entidades Man-tenedoras no Estado de São Paulo (SEMESP). A comissão dos profes-sores, atendendo a deliberação das assembleias, apresentou as cláusulas que pretende manter da Convenção Coletiva de Trabalho e iniciou o debate falando sobre o di-reito ao reembolso-creche para os professores, além das professoras; estabilidade para portador de do-enças graves; garantir o período de férias para a gestante, após o térmi-no da licença quando coincidirem; ampliação do período de licença--maternidade e adoção para 180 dias; aumento do valor da multa diária por atraso na homologação e aumento no valor da multa para garantir o cumprimento da Conven-ção Coletiva, entre outras.

Embora os grandes grupos educacionais tenham sido bene-ficiados por fusões, altas de men-salidades e programas governa-mentais, os patrões dizem que a situação financeira das Instituições

Negociações já estão a todo vapor, mas a

choradeira dos patrões continua a mesma!

de Ensino não é boa, mas esperam que as negociações não se esten-dam por temerem que as Mantene-doras tenham dificuldades em saldar diferenças salariais acumuladas. Os representantes da FEPESP também concordam em acelerar o processo de negociação, propondo-se a reali-zar mais de uma reunião por sema-na, caso seja necessário.

Ensino Básico e Médio

Já no Ensino Básico a primei-ra rodada de negociação aconteceu no dia 23/02 entre os representan-tes dos professores e professoras e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (SIEEESP). De acordo com José Jor-ge Maggio, presidente do SINPRO ABC e integrante da comissão de negociação, no primeiro encontro foi entregue aos patrões as cláusulas da campanha salarial que devem ser mantidas e também as que precisam ser modificadas com uma nova pro-posta de redação. Segundo ele, “os patrões estão analisando o material e também entregaram aos trabalha-dores algumas propostas, que no entender deles, devem ser modifica-das”. Mággio afirma ainda, “este ma-terial proposto pelos patrões, está sendo analisado pela comissão dos trabalhadores e será discutido na próxima rodada de negociação que acontece no início de março”.

SESI/SENAI

A primeira reunião no Sistema S aconteceu no dia 24/02. A pauta de reivindicações foi construida a partir das assembleias realizadas em todo o estado de São Paulo no dia 04/02, com participação expressiva, inclusi-ve no ABC, dos professores e profes-soras do SESI/SENAI.

De acordo com os represen-tantes dos trabalhadores, na reunião de negociação, foram entregues as pautas que solicitam a manutenção das cláusulas que não precisam de alterações e outras que a redação precisa ser alterada. Segundo Nelson Bertarello, diretor do SINPRO ABC e integrante da equipe de negocia-ção dos professores e professoras,

“nada foi discutido sobre os 15% de reajuste (cláusula econômica) nesta primeira rodada”. Bertarello afirma ainda que, “os negociadores do SESI/ SENAI não quiseram marcar uma nova data de reunião para dar conti-nuidade às negociações”.

Lembrando que os principais itens da pauta são: reajuste salarial de 15%, mesmo índice de reajuste nos vales alimentação e refeição, manutenção das cláusulas sociais, retomar as discussões das dife-renças salariais entre fundamental 1/ fundamental 2 e ensino médio (SESI) e contratar um professor au-xiliar, além do titular, em todas as salas de alfabetização (1º ano do fundamental) e nas salas com inclu-são (SESI).

Israel Barbosa

(4)

SINPRO ABC e docentes da FSA fazem

manifestação e fecham ruas do centro

04

O Professor

Indignados com a crise finan-ceira da Fundação Santo André, o Sindicato dos Professores do ABC, docentes e alunos da FSA têm feito diversas manifestações pela cidade, cobrando da prefeitura o repasse da subvenção municipal, suspensa em 2004. Foram realizados atos na Fun-dação, aulas públicas e paralisações temporárias no trânsito. A maior delas aconteceu no dia 24/02 quan-do o SINPRO ABC e manifestantes fecharam ruas e avenidas próximas ao Paço Municipal para explicar à po-pulação como estão às finanças da Fundação Santo André. Salários de professores e funcionários em atra-so, não depósito do FGTS, não paga-mento do 13º salário e o descaso da prefeitura em assumir sua responsa-bilidade com a FSA.

De acordo com o presidente do SINPRO ABC, José Jorge Maggio, “é um desrespeito o que o prefei-to Carlos Grana vem fazendo com os docentes e alunos da Fundação Santo André, já que a prefeitura tem repassado verbas para outras entida-des e agremiações da cidade e não se responsabiliza em quitar o débito que tem com a educação no muni-cípio”.

GCM impede entrada de

carro de som na Prefeitura

Com uma medida arbitrária a Guarda Civil Municipal impediu a entrada do carro de som no Paço de Santo André, para que os manifes-tantes pudessem cobrar do prefeito a dívida com a FSA. Os professores e professoras que organizaram o mo-vimento ficaram indignados com a repressão por parte da prefeitura e da Câmara de vereadores .

“É inadmissível que depois de 30 anos da ditadura tenhamos que conviver com determinações auto-ritárias, que nos impedem de mani-festar o desrespeito com os trabalha-dores”, afirmou José Carlos Oliveira Costa, professor da Fundação Santo André e diretor do SINPRO ABC.

Já o professor Marcelo Buzet-to, também diretor do SINPRO ABC e docente da FSA disse que a alterna-tiva apresentada pelo sindicato em fechar momentaneamente algumas ruas do centro foi muito positiva. Se-gundo ele, “desta forma o movimen-to chamou muimovimen-to mais a atenção da população para o problema vivido pelos professores e professoras da Fundação Santo André, do que se fosse realizado somente no Paço Municipal”.

De acordo com os organiza-dores do movimento, outras mani-festações estão sendo programa-das na cidade até que se encontre uma solução para a crise econômi-ca na FSA.

Após pressão do SINPRO

ABC e docentes da FSA,

prefeito Grana diz que

busca solução para a crise

na Fundação.

Depois de ser pressionado por diversas manifestações organizadas pelo Sindicato dos Professores do ABC e docentes da Fundação Santo André, o prefeito Carlos Grana pro-curou a direção do sindicato para um encontro realizado no dia 27/02 na sede do SINPRO. Na reunião o prefeito se desculpou pela repressão da Guarda Civil Municipal (GCM) na manifestação de 24 de fevereiro no Paço e disse que nunca proibiu atos

de protesto no local. “Sempre recebi e dialoguei com todos os movimen-tos. Quem colocou a GCM lá come-teu um erro!” afirmou Grana.

De acordo com o prefeito, a situação na Fundação Santo André é gravíssima e ele está empenhado em buscar soluções para a crise. Segun-do Grana, no dia da manifestação, 24/02, estava em Brasília negocian-do com o Ministério da Educação e com a Caixa Econômica Federal me-didas para resolver o problema, mas mesmo assim não está muito otimis-ta. “Não podemos alimentar ilusões quanto às iniciativas que dependem do Congresso Nacional/Senado ou Governo Federal, pois a situação em Brasília é de muitos problemas polí-ticos influenciados pela crise econô-mica”, afirmou.

De acordo com o prefeito, a FSA perdeu o prazo para credencia-mento no PROIES, um programa do governo federal que poderia ser uti-lizado para amenizar os problemas financeiros da Instituição, e agora tenta novas alternativas, já que exis-te a possibilidade de nos próximos quatro meses haver um novo perí-odo de inscrições para a adesão ao programa.

Outro ponto abordado por Carlos Grana foi de que há um diá-logo para que o governo federal as-suma as licenciaturas da Fundação Santo André, além de uma

negocia-ção com a Caixa Econômica Federal com o objetivo de conseguir em-préstimo para a FSA.

Quando cobrado pelo SINPRO ABC sobre a dívida que a prefeitura tem com a Fundação, R$ 28 milhões sendo, R$ 13 milhões da subvenção municipal que não é repassada des-de 2004, e R$ 15 milhões da constru-ção do segundo prédio da Faculda-de Engenharia Celso Daniel, Grana afirmou que vai consultar o Minis-tério Público para se certificar sobre ela, se comprovada e tiver decisão judicial, fará o pagamento da dívida.

SINPRO ABC cobra 13º e

multas, e reafirma que

não aceitará redução de

salários ou flexibilização de

direitos

O SINPRO ABC alertou ao pre-feito que as manifestações por salá-rios e direitos na FSA vão continuar, ”vamos para as ruas, fazer passeatas, aulas públicas e esclarecer a popula-ção de que a PMSA deve encontrar meios para, emergencialmente, aju-dar a Fundação Santo André, visando garantir o cumprimento dos direitos trabalhistas”, afirmou José Jorge Ma-ggio, presidente do SINPRO. Segun-do ele, “o sindicato está disposto a manter um canal direto de diálogo Fotos: Israel Barbosa

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Uma comissão do Sindicato dos Professores do ABC (SINPRO) está negociando com a Universida-de Metodista Universida-de São Paulo (UMESP) o pagamento de vencimentos atra-sados dos salários de novembro, de-zembro e janeiro e as férias de 2015.

De acordo com a CLT (Conso-lidação das Leis do Trabalho), nos ar-tigos 134 e 137, o empregador que não conceder as férias para o traba-lhador ou que o fizer fora do período concessivo é obrigado a pagar o va-lor equivalente em dobro, podendo ainda sofrer sanções administrativas

Docentes da Metodista reclamam atraso nos

salários e o não pagamento das multas contratuais

impostas em fiscalização pelo Minis-tério do Trabalho e Emprego.

Vejamos o que está escrito

nos artigos 134 e 137 da CLT:

Art. 134. As férias serão con-cedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o em-pregado tiver adquirido o direito.

Art. 137. Sempre que as fé-rias forem concedidas após o pra-zo de que trata o artigo 134, o empregador pagará em dobro a

respectiva remuneração.

Portanto, o pagamento em dobro de todos os valores a que o trabalhador tem direito, como o salá-rio, as médias de variáveis, os adicio-nais (noturno, insalubridade, pericu-losidade etc.) e o 1/3 constitucional, deve ser integralizado e considerado no cálculo das férias.

Atualmente a diretoria do SIN-PRO ABC está em negociação com a Reitoria da Universidade Metodista para que a Instituição pague todas as multas decorrentes do atraso dos salários de 2015 e das férias dos trabalhadores. com o prefeito Carlos Grana, mas

sem abrir mão da defesa dos interes-ses de nossa categoria”.

A direção do SINPRO ABC também fez duras críticas aos repre-sentantes da Prefeitura, da Câmara Municipal e dos secretários de Gra-na que participaram em 2015 de reuniões com os professores da FSA e sindicato. Segundo os sindicalis-tas, esses secretários receberam por escrito dezenas de propostas para diminuir a crise financeira da FSA, entre elas que a Prefeitura assuma a segurança, limpeza e manutenção do campus e faça a doação do ter-reno do estacionamento da FAENG para a FSA. Na época, Tiago Noguei-ra e Carlos Augusto dos Santos se comprometeram responder por es-crito às propostas, mas nunca mais procuraram o sindicato ou a comis-são de professores, numa atitude de profundo desrespeito.

Resultados da reunião

entre SINPRO ABC e o

prefeito Carlos Grana

1- Criar um canal de diálogo direto entre o SINPRO ABC e o pre-feito Carlos Grana.

2- Dar continuidade às nego-ciações com governo federal para verificar a possibilidade de assumir os cursos de licenciatura da FSA.

3- Continuar a busca de em-préstimo com Caixa Econômica Federal.

4- Acelerar o processo de doa-ção do terreno do estacionamento da FAENG para FSA.

5- Aumentar o número de bol-sas para estudantes.

6- Transformar a FSA em autar-quia municipal.

7- Prefeitura assumir a segu-rança na Fundação e o entorno da FSA.

8- Incluir a Fundação no orça-mento da PMSA para 2017.

9- Viabilizar a criação de uma Central de Serviços da FSA.

10- Estudar a possibilidade de projetos em parceria com a PMSA.

11- Verificar, junto ao Minis-tério Público, se a PMSA deve 28 milhões para a FSA, e aguardar decisão judicial.

12- Realizar ações conjuntas entre a FSA e a Fundação ABC (Me-dicina).

A Confederação dos Trabalha-dores em Estabelecimentos de Ensino divulgou um documento à socieda-de com o apoio das Instituições por ela representadas, inclusive o SINPRO ABC, demostrando indignação com os aumentos abusivos das mensalida-des escolares, por parte dos proprietá-rios e mantenedores.

Na Carta Aberta, a direção da CONTEE salienta a legislação que regu-lamenta as mensalidades escolares (Lei N. 9870/19990),extremamente gene-rosa com as Instituições de Ensino.

Confira o documento:

O aumento dos valores das mensalidades, obrigatoriamente, tem de se fundamentar em variação de custos com pessoal (professores e técnicos administrativos) e custeio; sendo que neste, conforme planilha de custo, determinada pelo Decreto N. 3274/1999, cabe tudo, até aluguel de imóvel próprio, depreciação de imóvel e móveis, reserva para demissão de empregados — mesmo que não ocor-ra —, e remuneocor-ração dos proprietários (retirada pró-labore).

Importa dizer: tudo é repassa-do para quem paga mensalidades.

Vale ressaltar que, além de ganhar com a generosidade do cha-mado custeio, as escolas particulares ganham também — e muito — com o aumento de custo com o pessoal. Isto porque aumentam as

mensalida-CONTEE divulga “Carta Aberta” em

defesa do profissional da educação

des em janeiro e somente reajustam os salários meses depois. Assim o é, porque os professores e auxiliares de administração escolar possuem data--base a partir de fevereiro e, sobretudo, em março e/ou maio.

No entanto, o total acumulado pelas escolas desde janeiro — quan-do as mensalidades aumentam — fica para elas, pois que, via de regra, somente se dispõem a reajustar os salários pela inflação, e sem efeito retroativo a janeiro, quando ocorreu o aumento das mensalidades, exata-mente com o argumento de que o fizeram principalmente por causa dos reajustes dos professores e auxiliares de administração escolar.

É preciso ressaltar ainda que as escolas particulares lucram de várias formas: com a planilha de custo; com a diferença entre o índice de aumento das mensalidades e o de reajuste dos salários de seus empregados, sendo que aquele é sempre superior; com o aumento das mensalidades em ja-neiro e o reajuste salarial em março ou maio; com os salários que pagam aos seus empregados, quase sempre baixo, notadamente, se comparados com o que é pago a outras categorias profissionais no mercado de trabalho e, igualmente, com o valor das men-salidades; com as péssimas condições de trabalho oferecidas aos professores e auxiliares de administração escolar, sem direito à carreira, sem qualquer

reserva da carga horária semanal para estudo, planejamento e avaliação, como manda a Lei de Diretrizes e Ba-ses da Educação Nacional (LDB); com o excessivo número de alunos por sala; e com a isenção de tributos, as que são consideradas sem fins lucra-tivos.

Como se vê, escola é um negó-cio muito lucrativo. Porém, recusam--se, terminantemente, a aceitar a dimi-nuição de pequena— que seja — fatia de seus polpudos lucros, para mais bem remunerar os seus profissionais.

Todos os anos, estes enfrentam verdadeiro calvário, na hora de nego-ciar salários e condições de trabalho; a cantilena das escolas é sempre a mes-ma: a crise não lhes permite atender às reivindicações sindicais; se o fizerem, correrão o risco de se inviabilizarem. Um verdadeiro embuste. A verdade é que, mesmo as que não possuem fins lucrativos, querem aumentar mais e mais a sua margem de ganho.

O ano de 2016 começou com a velha cantilena; as escolas que já foram consultadas sobre a próxima negociação coletiva responderam o de sempre: vivemos em crise. Aliás, em discurso, sempre viveram, mesmo sem a existência dela.

E não seremos nós a pagar mais uma vez pela propalada e nunca pro-vada crise.

Educação não é mercadoria. CONTEE e entidades filiadas

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Repercussão

8 de Março - Dia Internacional da Mulher

A participação das mulheres na política do País

A contratação de professores tem-porários nas universidades é o mesmo que ocorre na indústria e no comér-cio do sistema capitalista. Deteriorar a mão de obra e o ensino em prol do lucro abusivo é a marca de grandes empresários que atuam em diversos setores, inclusive na educação.

Os mantenedores das Instituições de Ensino querem custos baixos, além do trabalho dócil e obediente dos fun-cionários. E a melhor maneira de fazer isso é, fundamentalmente, contratar professores temporários.

De acordo com Noam Chomsky, es-critor e analista político norte-america-no, essa constatação torna-se evidente quando Alan Greenspan, economista e presidente do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos de 1987

Precarização do trabalho e da

educação na universidade

a 2006, disse aos parlamentares do Congresso que uma das bases para o seu sucesso econômico era o que ele chamou de “maior insegurança dos trabalhadores”. Segundo ele, “se os tra-balhadores são inseguros, isso é mui-to saudável para a economia, já que não perguntarão sobre salários e não entrarão em greve. Também não vão pedir repartição de lucros, e servirão aos patrões de bom grado e de forma passiva. E isso é ótimo para a saúde econômica das empresas”, afirmou.

De acordo com Noam Chomsky, “na época, os americanos acharam o comentário de Greenspan pertinente, a julgar pela falta de reação do mer-cado e pelo grande prestígio que ti-nha no País”. Vamos transferir isso para as universidades, salienta Chomsky:

“como garantir maior insegurança dos trabalhadores? Fundamentalmente, não garantindo o emprego, manten-do as pessoas penduradas em um ga-lho que pode ser cortado a qualquer momento, de modo que elas saibam que é melhor calar a boca, receber pequenos salários, fazer o seu traba-lho e se forem agraciados com a au-torização para servir em condições miseráveis por mais um ano, devem se contentar com isso e não pedir nada a mais”, avalia. Essa é a receita das cor-porações mundiais para manter uma sociedade eficiente e estável. Como as universidades se moveram na dire-ção desse modelo, a precariedade nos serviços prestados e a manutenção de lucros abusivos a custa da qualidade, são fortes aliados de empresários

ga-nanciosos que sacrificam professores, professoras e estudantes a se mante-rem na mediocridade de um ensino descomprometido com o social e com o aprendizado.

Confira a reflexão sobre o assun-to e a íntegra da entrevista de Noam Chomsky no site da Carta Maior: http://cartamaior.com.br/?/Editoria/ Educacao/Chomsky-Sobre-a-preca- rizacao-do-trabalho-e-da-educacao--na-universidade/13/30389

06

Segundo dados do TSE – Tribunal Superior Eleitoral as mulheres representam atualmen-te mais da metade do eleitorado. No entanto, quando avaliamos a presença das mulheres nos espaços de poder observamos que há uma sub--representação feminina.

O Brasil ocupa o 110º lugar na inserção política por gêneros dentre 146 países. A atual bancada feminina na Câmara Federal, conside-rando o período entre 2010 e 2014, representa menos de 10% do total da casa, por exemplo, sendo que dos 22 partidos que apresentam par-ticipação na casa, oito deles não elegeram mu-lheres. E dentre os 27 governadores, são apenas duas as mulheres.

Por isso a CUT apoiou a realização plebisci-to popular e a campanha para a convocação de uma Constituinte exclusiva voltada à reforma do sistema político brasileiro, entre outros, o voto proporcional em lista partidária, com alternância de sexo, definidas em convenções partidárias de-mocráticas e transparentes, a partir de critérios públicos.

Acreditamos que somente com listas que alterem o nome dos homens e mulheres com os partidos trabalhando para eleger o maior

nú-O Professor

mero de candidatas (os) será possível ter uma representação de mulheres que as expresse en-quanto eleitoras.

A participação política acontece em mui-tos lugares e de diferentes maneiras

A participação política não se restringe a participação nos parlamentos. Ela acontece quando participamos de sindicatos, de movi-mentos, enfim quando nos organizamos para lutar, construir um país com desenvolvimento sustentável, igualdade e ampliação de direi-tos. Nesses espaços também é importante for-talecer o protagonismo e a auto-organização das mulheres.

Por isso, a CUT aprovou, em seu 12º Con-gresso, a paridade na composição da direção nacional e das direções estaduais, mas essa con-quista foi apenas o primeiro passo de uma lon-ga caminhada que temos trilhar para conquistar a paridade política, isto é, o fortalecimento da participação das mulheres nas estruturas sindi-cais. Isso significa dizer: ter condições políticas e materiais para exercer seu mandato.

Para a paridade política de fato aconte-cer é necessário que as mulheres sejam libera-das, que participem das negociações coletivas,

que participem de espaços de formação e representação e que nas bases sindicais haja empenho para que as mulheres se filiem aos sindicatos e participem das Organizações nos Locais de Trabalho (OLT´s).

Além disso, é fundamental eliminar as barreiras para que as mulheres consigam as-cender nos locais de trabalho. Defendemos a ratificação da Convenção 156, que trata da não discriminação de trabalhadores e traba-lhadoras com responsabilidades familiares e, nas nossas organizações, continuamos lutan-do pela construção de equipamentos públicos tais como creches e a ampliação de recursos públicos para as áreas de saúde, educação, as-sistência social.

Cotidianamente as mulheres partici-pam de diversos movimentos sociais e políti-cos, mas temos o desafio de fortalecer e dar visibilidade essa participação para que tenha impacto nas decisões políticas do país.

Junéia Batista Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT

Referências

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