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MARYANE SESPERE FARIA DE OLIVEIRA. Mananoligossacarídeos e β-glucanos em Dietas de Matrizes Suínas em Lactação. Cuiabá-MT

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MARYANE SESPERE FARIA DE OLIVEIRA

Mananoligossacarídeos e β-glucanos em Dietas de Matrizes Suínas em Lactação

Cuiabá-MT 2011

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MARYANE SESPERE FARIA DE OLIVEIRA

Mananoligossacarídeos e β-glucanos em Dietas de Matrizes Suínas em Lactação

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Federal de Mato Grosso para a obtenção do título de Mestre em Ciência Animal

Área de Concentração: Nutrição e Produção de Não Ruminantes

Orientador: Profº. Drº. João Garcia Caramori Júnior.

Co-orientadora: Profª. Drª. Gerusa da Silva Salles Corrêa.

Co-orientadora: Profª. Drª. Vânia Maria Arantes.

Cuiabá-MT 2011

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Aluna: Maryane Sespere Faria de Oliveira

Título: Mananoligossacarídeos e β-glucanos em Dietas de Matrizes Suínas em Lactação

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Federal de Mato Grosso para a obtenção do título de Mestre em Ciência Animal

Aprovada em 30/06/2011 Banca Examinadora:

_______________________________ Prof.Dr. João Garcia Caramori Júnior

(Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – Universidade Federal de Mato Grosso) (Orientador)

______________________________ Profª. Drª. Gerusa da Silva Salles Corrêa

(Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – Universidade Federal de Mato Grosso) (Co-Orientadora)

_______________________________ Prof.Dr. André Brito Corrêa

(Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – Universidade Federal de Mato Grosso) (Membro)

________________________________ Prof. Dr. Charles Kiefer

(Departamento de Zootecnia – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) (Membro)

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Dedico Á Deus por seu infinito amor e por todas as graças alcançadas em minha vida. Aos meus pais, Sebastião Jerônimo de Oliveira e Eva Maria Sespere de Oliveira, por todo amor e educação que dedicaram a mim, por acreditarem em meus sonhos e me incentivarem, mas principalmente por ensinarem os verdadeiros valores da vida. Á minha irmã, Luana Sespere pelo laço de amor e amizade que existe entre nós. Ás minhas avós, Maria Cecília e Maria Eugênia (in memorian) por me encherem de amor e carinho em toda minha vida. Amo Vocês.

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AGRADECIMENTOS

Á Universidade Federal de Mato Grosso e ao Programa de Pós-graduação em Ciência Animal pela oportunidade da realização do mestrado.

Á CAPES pela concessão da bolsa de estudos.

A empresa Biorigen pela colaboração com o fornecimento dos produtos avaliados neste trabalho.

A Sra. Maria Alvacir Teixeira por permitir a realização do experimento em sua propriedade.

Aos Docentes do Mestrado em Ciência Animal por me agregarem conhecimentos técnico, científico e profissional.

Ao meu Orientador Professor João Garcia Caramori Júnior. Pela orientação, apoio, confiança e incentivo para a realização desse trabalho, pelo laço de amizade construído.

À Professora Gerusa da Silva Salles Corrêa, por sua paciência e disposição em solucionar sempre minhas dúvidas, pela colaboração para realização deste trabalho e pela amizade construída entre nós.

Ao professor André Brito Corrêa, pela colaboração e sugestões que contribuíram na conclusão deste trabalho.

À Professora Vânia Maria Arantes pela colaboração na realização do presente trabalho.

Ao professor Charles Kiefer pela disposição em vir prestigiar e contribuir para a melhora deste trabalho.

Aos tios, Nilzalina, Conceição, Eliza, Anderson e Vanderson pelo carinho, amor e por serem tão presentes em minha vida.

Aos queridos primos, Vanessa, Claudia, Flávia, Karina, Diego, Mychel, Marlon (in memorian), pelos momentos de alegria que compartilhamos juntos, e por fazerem parte da minha vida. Adoro Vocês.

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Aos meus belos amigos, irmãos de coração no qual caminhamos juntos desde a graduação: Edenilce, Fabiana, Leni, Emerson, Josimar, Marcus Vinícius, Inácio. E aos queridos amigos conquistados no mestrado Valéria, Poxoréu (Rodrigo), Marcelo, Jorge. Agradeço pelos grandes momentos de alegria, diversão e cumplicidade que vivemos, pelo laço de amizade construído que acredito jamais se romper.

Aos demais colegas de mestrado, que contribuíram e fizeram diferença em minha vida neste mestrado, Evellyn, Tonho (Antônio), Buzutti (André), Uanderson, Adriano, Rafael (Metano), Kênia, Karib. Vocês são demais.

Aos Fofos, Uanderson, Renato e Bruno por me ajudarem e trabalharem muito na condução deste experimento, vocês foram muito importantes para a realização deste trabalho. Serei sempre grata.

Aos funcionários da Pós-graduação, Elaine e Douglinhas por sempre estarem à disposição e serem tão prestativos com os alunos.

Enfim, a todos os amigos: os de longe, de perto, os antigos e os mais recentes... os das horas difíceis e os das horas alegres .. à todos aqueles que de alguma forma passaram pela minha vida e contribuíram para torná-la melhor e mais linda.

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RESUMO

OLIVEIRA, M.S.F. Mananoligossacarídeos e β-glucanos em Dietas de Matrizes Suínas em Lactação. 2011. 40f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal), Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2011.

Foi conduzido um experimento com objetivo de investigar o efeito da inclusão de mananoligossacarídeos e β-glucanos em dieta de matrizes suínas no final da gestação e lactação sobre sua condição corporal, desempenho reprodutivo e desempenho de leitegadas. Utilizou-se 50 matrizes suínas de mesma linhagem genética, pluríparas, distribuídas em um delineamento inteiramente ao acaso com cinco tratamentos e dez repetições, sendo uma fêmea por unidade experimental. As dietas experimentais foram constituídas por: ração controle (sem adição de antibiótico); ração controle com adição de β-glucano (0,6 kg/ton de ração); ração controle com adição de MOS (1,5 kg/ton de ração); ração controle com associação de β-glucano (0,6 kg/ton de ração) e MOS (1,5 kg/ton de ração); ração controle com adição de antibiótico (florfenicol – 1,25 kg/ton de ração). Os parâmetros avaliados foram consumo de ração das fêmeas, espessura de toucinho, perda de peso corporal, escore corporal. O desempenho reprodutivo das fêmeas foi avaliado conforme o número de leitões nascidos vivos, natimortos, mumificados, desmamados, mortalidade, intervalo desmame-estro e ganho de peso, peso final dos leitões lactentes. Não foi observado efeito significativo dos aditivos utilizados sobre os parâmetros analisados.

Palavras chave: aditivos prebióticos, desempenho, porca, leitões

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OLIVEIRA, M.S.F. Mannanoligosaccharides and β-glucan in Diets of Lactating sows. 2011. 40f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal), Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2011.

An experiment was conducted in order to investigate the effect of including MOS and β-glucan in the diet of sows during late pregnancy and lactation on their body condition, reproductive performance and performance of piglets. We used 50 sows of the same genetic strain,multiparous distributed in a completely randomized design with five treatments and ten repetitions, being a female per experimental unit. The experimental diets consisted of: control diet (without antibiotic) control diet with addition of MOS (1.5 kg / ton of feed), control diet with a combination of β-glucan (0.6 kg / ton feed) and MOS (1.5/ ton of feed), control diet with added antibiotic- florfenicol (1.25 kg / ton feed). The parameters evaluated were feed intake of females, fat thickness, weight loss, body score. The female reproductive performance was evaluated as the number of piglets born alive, stillborn, mummified, weaned, mortality, weaning-estrus interval and weight gain, final weight of suckling piglets. There was no significant effect of additives on the parameters analyzed.

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LISTA DE TABELAS

Página CAPÍTULO II

Tabela 1. Composição percentual e calculada da dieta basal 31

Tabela 2. Consumo de ração diário (CRD), peso corporal, espessura de toucinho (ET), perda de peso, escore corporal e intervalo desmama-estro de

matrizes suínas no período de lactação, de acordo com os tratamentos ... 33 Tabela 3. Desempenho de leitegadas das fêmeas suínas em função dos

diferentes tratamentos ... 34

Tabela 4. Número de leitões nascidos vivos, natimortos, mumificados,

desmamados e mortalidade pré-desmame, de acordo com os tratamentos ... 35

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Página CAPÍTULO I 1.CONSIDERAÇÕES INICIAIS ... 11 2. REVISÃO DE LITERATURA ... 13 2.1 MICROBIOTA INTESTINAL ... 13 2.2 MORFOLOGIA INTESTINAL ... 14 2.3 PREBIÓTICOS ... 15 2.3.1 MECANISMOS DE AÇÃO ... 17

A) Adsorção de bactérias patogênicas... 17

B) Prebióticos de fermentação seletiva ... 17

C) Resposta sobre o sistema imune ... 18

2.3.2 Mananoligossacarídeos ... 18

2.3.3 β-Glucanos ... 20

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 22

CAPÍTULO II 26 Mananoligossacarídeo e β-glucano em dietas de matrizes suínas em lactação sobre o desempenho reprodutivo, condição corporal e ganho de peso dos leitões. Resumo ... 26 Abstract ... 27 Introdução ... 28 Material e Métodos ... 29 Resultados e Discussão ... 32 Conclusões ... 36 Referências Bibliográficas ... 37 CAPÍTULO I

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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A suinocultura industrial é uma atividade do setor agropecuário brasileiro com perfil bastante definido e vem ganhando espaço no mercado externo. Em 2010, o Brasil produziu 3.170 mil toneladas de carne suína, deste volume produzido 625 mil toneladas foram destinadas à exportação (Abipecs, 2010).

O crescente aumento da produtividade de carne suína no Brasil deve-se principalmente aos grandes avanços tecnológicos alcançados nas últimas décadas no setor suinícola, seja na genética, nutrição e manejo. O suíno que antigamente era criado somente para subsistência, hoje é produzido em escala industrial, sendo caracterizado pela grande concentração dos animais em sistemas confinados. À medida que se concretizou a intensificação dos processos de criação suinícola, fez-se necessário o desenvolvimento e a aplicação de técnicas que combatessem com eficácia o crescente desafio sanitário presente.

Há muitos anos os antibióticos são utilizados nas dietas dos animais em doses subterapêuticas, com o objetivo de melhorar o desempenho animal, através da redução da incidência de microrganismos patógenos no trato gastrintestinal (Utiyama, 2004), melhorando a taxa de crescimento e a eficiência alimentar, funcionando como promotor de crescimento. Entretanto, os antibióticos estão sendo restringidos por vários países, pois há uma preocupação de que a utilização de subdoses terapêuticas dos mesmos provoca resistência às bactérias, podendo acometer os seres humanos através do consumo de carnes produzidas com estes promotores de crescimento (Barros et al., 2008). Portanto, um dos maiores desafios na área de produção animal tem sido a busca por aditivos alternativos para substituir os aditivos antibióticos nas rações, em consequência das crescentes pressões impostas por legislações de países importadores de produtos de origem animal, como os da União Européia.

Diante disso, tem se observado mudanças no foco de pesquisas nutricionais, onde a busca pela eficiência produtiva tem dado lugar a segurança alimentar. A possibilidade de se alterar o perfil microbiano e o ecossistema intestinal como forma de conferir certa resistência a desafios patogênicos, melhorando o estágio nutricional, a saúde dos indivíduos e o desempenho dos animais (Corassa, 2004). Assim, estratégias como a

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suplementação de probióticos, prebióticos, simbióticos e ácidos orgânicos às dietas são apontadas como alternativas em potencial. Estes aditivos por serem extraídos de fontes naturais apresentam maior aceitação pelos consumidores, por não deixarem resíduos na carne.

Dentre estes produtos alternativos mais estudados, os prebióticos tem demonstrado resultados satisfatórios, pois agem na modulação benéfica da microbiota nativa presente no hospedeiro, fornecendo substratos às bactérias benéficas e ainda possuem uma possível ação favorável ao sistema imune (Silva & Nörnberg, 2003). Os mananoligossacarídeos (MOS) e os β-glucanos são exemplos de prebióticos extraídos da parede celular de leveduras e estes têm por finalidade ajudar na manutenção da eficiência digestiva, integridade do epitélio intestinal, aumentando assim a absorção de nutrientes, estimulando também o sistema imune.

Assim, são esperadas melhores respostas em termos de desempenho produtivos dos animais quando da utilização de agentes antimicrobianos, porém poucos estudos tem sido realizados comparando esses dois produtos e alguns resultados ainda são bastantes controversos. Diante disso, a presente pesquisa teve o intuito de verificar o efeito da inclusão de mananoligossacarídeos e β-glucanos na dieta de matrizes suínas no final da gestação e na lactação, avaliando o desempenho produtivo e reprodutivo das matrizes bem como o ganho de peso e mortalidade da leitegada.

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2. Revisão de Literatura

2.1 Microbiota intestinal

O trato gastrintestinal dos suínos representa um importante canal para a entrada de patógenos no organismo e para o desenvolvimento de doenças. No entanto, existem barreiras naturais protetoras que previnem a mucosa intestinal da invasão dos patógenos presentes no ambiente. A mucosa possui ambiente ideal para a colonização e crescimento de microrganismos, que irão compor a microbiota intestinal. Os micorganismos benéficos presentes no trato gastrintestinal possuem grande importância na digestão e absorção dos nutrientes, bem como na síntese de vitaminas (Caramori júnior, 2001), além de preparar o intestino para ser um órgão imunológico (Kamimura, 2006).

A mucosa intestinal é composta por células absortivas (enterócitos), caliciformes e as células de Paneth, que são células exócrinas, rico em lisozimas, estas células desempenham um papel fundamental no controle da microbiota intestinal, pois atacam bactérias causadoras de doenças à medida que elas aparecem. Já as células caliciformes estão distribuídas entre as células absortivas, elas são menos abundante na região do duodeno e aumentam em número em direção ao íleo, estas produzem as glicoproteínas ácidas do tipo mucina, que são hidratadas e formam ligações entre si para originar o muco, cuja função principal é proteger e lubrificar o revestimento intestinal (Junqueira & Carneiro, 2004).

A estabilidade da população microbiana do trato gastrintestinal é afetada por diversos fatores tais como, a diversidade de microrganismos, a qual aumenta com a idade, uma vez que cada microrganismo cresce melhor com determinadas fontes de nutrientes, sendo que a instalação de determinado microrganismo patogênico provoca competição por alimento reduzindo a diversidade e estabilidade da microbiota intestinal (Loddi, 2001). Por outro lado, a microbiota normal apesar de competir pelos nutrientes do alimento, atua de forma que o animal tenha outros benefícios como: digestão de substratos não degradáveis pelo hospedeiro, resistência à invasão por patógenos, metabolização de toxinas, entre outros (Ghadban, 2002).

A mudança do alimento, alterações climáticas, enterites ou qualquer outra situação desfavorável, pode causar diminuição das populações benéficas, proporcionando ambiente favorável à proliferação das bactérias nocivas, o que se reflete sobre a saúde e no desempenho animal.

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De acordo com Loddi (2001), a estabilidade normal da microbiota é estimada em 90% de bactérias facultativas (aeróbicas/anaeróbicas) e produtoras de ácido láctico (Lactobacillus spp, Bifidobacterium spp), incluídas as bactérias exclusivamente aeróbicas como os Bacterioides spp, Fusobacterium spp e Eubacterium spp. Os 10% restantes desta flora são constituídos de bactérias consideradas nocivas ao hospedeiro, entre estas, a Escherichia coli, Escherichia enterococci, Clostridium spp, Staphylocuccus spp, Pseudomonas spp, Blastomyces spp e etc. O desequilíbrio, em favor das bactérias indesejáveis, resulta em infecção intestinal severa, causando distúrbios intestinais como a diarréia.

A colonização das bactérias no hospedeiro depende de condições como temperatura, pH adequado e oferta de substratos, sendo que a seleção da microbiota intestinal se deve a alguns fatores, como ácidos graxos voláteis, ácido sulfídrico, bile, lisozimas, lisolectinas e imunoglobulinas que agem como agentes inibitórios, devem ainda combater o fluxo constante resultante dos movimentos peristálticos. As bactérias permanecem no intestino pela adesão às células epiteliais que revestem o intestino ou encontram-se livres na luz intestinal, essas bactérias livres multiplicam-se rapidamente para compensar a eliminação pelo peristaltismo ou ainda agregam-se às demais bactérias que se encontram aderidas na mucosa intestinal (Bertechini & Hossain, 1993).

Segundo Furlan et al. (2004), a proliferação dos microrganismos patogênicos leva a um espessamento da parede intestinal e a redução do tamanho das vilosidades, com consequente redução da eficiência absortiva intestinal, que na prática prejudica a conversão alimentar e o ganho de peso dos animais. Em contrapartida, as bactérias benéficas presentes no trato gastrintestinal podem produzir substâncias com ações neutralizantes sobre toxinas bacterianas, como enzimas digestivas e metabólitos neutralizantes, favorecendo a imunidade da mucosa intestinal contra as bactérias patogênicas (Coppola & Turner, 2004).

2.2 Morfologia Intestinal

O compartimento de maior digestão e absorção dos alimentos nos monogástricos é o intestino delgado, que tem como unidade funcional as vilosidades, estas são projeções da mucosa revestidas por células epiteliais, os enterócitos. A maturação dos enterócitos ocorre durante o processo de migração da cripta para a ponta das vilosidades (Santos, 2007).

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O número e o tamanho das vilosidades dependem do número de células que as compõem. Assim, quanto maior o número de células, maior o tamanho das vilosidades, e por consequência, maior a área de absorção de nutrientes (Sanches, 2004).

De acordo com Uni et al. (1998) o desenvolvimento da mucosa intestinal depende de dois eventos citológicos primários associados: renovação celular, caracterizada por proliferação e diferenciação, resultante das divisões mitóticas sofridas por células totipotentes localizadas na cripta e perdas por descamação, que ocorre naturalmente no ápice das vilosidades. Sendo assim, o acréscimo na altura e densidade das vilosidades ocorre quando há maior taxa de mitose com ausência ou redução da taxa de extrusão, havendo um aumento no número de células enterócitos.

Desta forma, a redução das alturas e espessamento das vilosidades ocorre por redução na taxa de proliferação das células e/ou aumento na taxa de extrusão (Macari, 1995).

O encurtamento das vilosidades é ocasionado por vários fatores como uma digestão incompleta, fatores antinutricionais presentes no alimento, toxinas produzidas por bactérias nocivas, entre outros fatores que levam a maior descamação dos enterócitos. Em resposta acelera-se a diferenciação celular voltada a criptogênese, causando em aprofundamento das criptas (Utiyama, 2004).

As consequências deste processo são perdas nas atividades de algumas enzimas, como isomaltase, sacarase e lactase, da borda em escova dos enterócitos (Miller et al. 1984). As peptidases da borda em escova também apresentam queda na atividade, principalmente na porção proximal do intestino delgado, onde a atrofia das vilosidades é mais pronunciada (Hedemann et al., 2003). A queda das atividades destas enzimas resulta em uma digestão incompleta de carboidratos e proteínas, que leva a uma elevação do pH estomacal, propiciando um meio favorável e rico em substratos para o crescimento de bactérias patogênicas como, Escherichia coli, Streptococcus sp. e Clostridium sp.

Oliveira et al. (2008) avaliaram o desempenho e a morfologia da mucosa intestinal de frangos de corte alimentados com dois níveis de MOS (0 e 0,1%) e enzimas (0 e 0,05%) até os 21 dias de idade, e observaram efeito significativo da interação de MOS x enzimas para o perímetro e altura de vilos no duodeno e íleo. Sendo que as aves que consumiram dietas com MOS e/ou enzimas tiveram maiores perímetros e alturas de vilos na mucosa intestinal.

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2.3 Prebióticos

O termo prebiótico foi introduzido por Gibson & Roberfroid (1995), e segundo estes autores um produto é considerado prebiótico quando afeta vantajosamente o hospedeiro, estimulando seletivamente o crescimento e/ou atividade de um número limitado de espécies bacterianas benéficas naturalmente presentes ou introduzidas no intestino, para propiciarem melhoria na saúde do animal.

Os estudos com prebióticos começaram desde a década de 50, em que foi descoberto que o leite humano possui na sua composição uma substância que atua como inibidora de adesão das bactérias patogênicas na parede epitelial, este posteriormente foi identificado como lactulose, e potencializa o crescimento de Bifidobacterium e Lactobacillus no trato digestório de bebês (Silva & Nörnberg, 2003). Entre as substâncias classificadas como prebióticos, os oligossacarídeos têm sido investigados, com destaque para os Frutoligossacarídeos (FOS), Mananoligossacarídeos (MOS) e Transgalactoligosssacarídeos (TOS). Mais recentemente tem sido investigado também os β-glucanos que podem ser classificados como prebióticos por não serem digestíveis e promoverem o crescimento de bactérias ácido lácticas no intestino grosso, constituindo importante função para o controle de bactérias patogênicas (O´connell et al., 2005). Estes são polissacarídeos constituintes estruturais de leveduras e alguns cereais (Magnani & Castro-gómez, 2008), e

Os MOS, FOS, TOS e β-glucanos têm demonstrado excelentes efeitos como prebióticos, estimulando o crescimento de algumas espécies de Lactobacillus e Bifidobacterium e, as quais são conhecidas pela grande capacidade de produzirem ácidos láctico e acético, os quais são prejudiciais às bactérias enteropatogênicas. Isto porque, a produção destes ácidos promove a diminuição do pH no sistema digestório, inibindo o desenvolvimento das populações de bactérias nocivas, como Escherichia coli, Clostridium sp. e Salmonella sp., altamente sensíveis aos ambientes ácidos, (Silva & Nörnberg, 2003; Flemming, 2005).

Além dos oligossacarídeos e alguns polissacarídeos, peptídeos, proteínas, certos lipídeos e várias fibras podem ser classificados como prebióticos, desde que apresentem certas características como: não ser hidrolisado e absorvido durante sua passagem pelo trato digestório superior, ser substrato para bactérias intestinais benéficas, ser capaz de alterar a microbiota intestinal de forma favorável ao hospedeiro, induzir efeitos benéficos sistêmicos ou na luz intestinal (Santos, 2007).

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2.3.1 Mecanismos de ação dos Prebióticos

A) Adsorção de bactérias patogênicas

A alteração da microbiota intestinal pelo uso de prebióticos pode ocorrer por meio do fornecimento de nutrientes para as bactérias desejáveis ou do reconhecimento pelas bactérias patogênicas, de sítios de ligação nos oligossacarídeos como sendo da mucosa intestinal, reduzindo a colonização indesejável no intestino, resultando em menor incidência de infecções e melhor integridade da mucosa intestinal (Tucci et al., 2004).

Essa forma de atuação é exercida pelos MOS que bloqueiam os sítios de aderência, principalmente a D-manose (fímbrias tipo I específicas), das bactérias patogênicas na mucosa intestinal. Patógenos gram negativos, como Salmonella e Escherichia coli, possuem fímbrias tipo I que são reconhecidas pelos MOS e dessa forma são conduzidos pelo peristaltismo, pois para que haja colonização, esses patógenos devem aderir às fímbrias ou glicocálix do epitélio intestinal (Avcare, 2003). Dessa forma os patógenos são eliminados nas fezes, evitando a sua aderência aos enterócitos (Flemming, 2005).

Gouveia et al. (2006) avaliando os efeitos dos mananoligossacarídeos (MOS) em cães com gastroenterite, administraram 2g MOS/ animal em um grupo de oito animais, e outro grupo de oito animais sem suplementação de MOS. E verificaram que o MOS foi eficaz na eliminação de Escherichia coli em 85,71% dos animais tratados com esse aditivo.

De acordo com Mayhew (2003), os efeitos dos prebióticos são mais evidentes quando o ambiente oferece maiores desafios sanitário, como por exemplo, ambientes onde se encontram maiores concentrações de Salmonella e Escherichia coli. Caramori júnior (2001) e Caramori júnior et al. (2005) verificaram melhores resultados em frangos de corte suplementados com MOS e Enterecoccus sp. compostos em um só produto, quando os animais foram desafiados com Salmonella sp.

B) Fermentação seletiva

Quando os prebióticos são adicionados à dieta, a especificidade de sua fermentação estimula o crescimento e a estabilidade das populações microbianas produtoras de ácidos orgânicos, em especial, os ácidos lático e acético. A maior produção destes ácidos promove a diminuição do pH no trato gastrintestinal. Um exemplo desse

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mecanismo são os FOS que se ligam à mucosa intestinal, porém não são digeridos no intestino delgado e alcançam o intestino grosso onde estimularão o crescimento das bifidobactérias e das bactérias ácido-láticas (Mayhew, 2003). O que provoca inibição no desenvolvimento de bactérias nocivas, como Escherichia coli, Clostridium sp., e Salmonella sp., as quais apresentam alta sensibilidade a ambientes ácidos (Kamimura, 2006).

C) Resposta sobre o sistema imune

Além de atuarem a favor da microbiota benéfica, os prebióticos produzem algumas mudanças no sistema imune e nas características fisiológicas e anatômicas do sistema digestório em alguns animais. Eles atuam indiretamente no sistema imune por promoverem o crescimento de Lactobacillus e Bifidobacterium,(bactérias benéficas) estas populações bacterianas produzem substâncias como os lipopolissacarídeos, peptideoglicanas e ácidos lipoteicóicos, que por sua vez estimulam o sistema imune para a produção de citocinas, proliferação de células mononucleares, fagocitose macrofágica, eliminação e a indução da síntese de grandes quantidades de imunoglobulinas (Ig), em especial, as IgA (Silva & Nörnberg, 2003).

Czech et al (2010) verificaram o conteúdo sanguíneo de imunoglobulinas de matrizes suínas suplementadas com Manonoligossacarídeos e observaram maiores concentrações de IgG no plasma sanguíneo e colostro das fêmeas. Eicher et al. (2006), verificaram um papel imunomodulador em leitões recém-nascidos quando combinaram o β-glucano e Vitamina C na alimentação dos animais, o qual apresentaram redução na expressão do Fator de Necrose Tumoral -TNF-α (grupo de citocinas que provaca a morte celular) nos tecidos intestinais e hepáticos,.

Muitas das atividades biológicas dos prebióticos devem-se à sua função nos receptores da superfície celular. O MOS é capaz de induzir a ativação de macrófagos por ocupar os sítios de manose nas glicoproteínas da superfície celular. Isto é especialmente importante, já que os macrófagos funcionam por fagocitar bactérias e os restos celulares associados com a inflamação de tecidos. Uma vez que três ou mais sítios de ligação estejam ocupados, inicia-se uma reação em cascata, que resulta em ativação dos macrófagos e liberação de citocinas, o que caracteriza ativação da resposta imune que modula vários aspectos no sistema imune (Santos, 2007).

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Estes macrófagos ativados são muito mais eficientes na apresentação de antígenos às células produtoras de anticorpos, resultando em maior capacidade de fagocitar bactérias e eliminar organismos invasores (Spring et al., 2004).

2.3.2 Mananoligossacarídeos

Os mananoligossacarídeos (MOS) são carboidratos não digeríveis, derivados da parede celular de leveduras Saccharomyces cerevisiae, contendo D-manose, glicose e proteína. Após a fermentação da levedura por processo industrial, sua parede celular é separada da porção intracelular e submetida a tratamento enzimático para obtenção dos MOS (Spring et al., 2004). Os MOS atuam como ligantes de alta afinidade, pois proporciona um sítio de adsorção competitiva para determinada classe de bactérias, os patógenos gram-negativos com fímbrias tipo-1 específicas para manose, como a Salmonella e Escherichia coli aderem-se aos MOS e não às células epiteliais, e são eliminados, prevenindo assim, a colonização responsável por doenças, porém permite que sejam apresentados às células imunológicas como agentes atenuados, antes de serem eliminados do intestino (Santos júnior, 2005).

Alguns estudos demonstram a efetividade dos MOS em relação aos antimicrobianos, enquanto outros pesquisadores não encontram resultados efetivos. Sanches et al. (2006) trabalhando com probiótico, prebiótico, simbiótico e um controle positivo (antibiótico) sobre o desempenho de leitões desmamados, não observaram diferenças estatísticas entre os tratamentos para ganho de peso médio diário, consumo de ração médio diário e conversão alimentar, sendo assim, o desempenho de leitões alimentados com probiótico, prebiótico e simbiótico proporcionaram efeito semelhante ao antibiótico. No entanto, Barros et al. (2008) visando avaliar o efeito da inclusão de probiótico e prebiótico em dietas de matrizes suínas sobre o ganho de peso, consumo de ração e ocorrência de diarréia em leitegadas, constataram que nos primeiros 14 dias de vida, os leitões nascidos de matrizes que receberam prebiótico (mananoligossacarídeos) tiveram significativo maior ganho de peso em relação àqueles dos tratamentos controle, àqueles com adição de probióticos e àqueles com adição associada de probiótico+prebiótico.

De acordo com Kaminura (2006), o mananoligossacarídeo pode aumentar a produção de IgA liberado no leite das fêmeas, o que, proporciona imunidade local na parede intestinal dos leitões, promovendo maior absorção de nutrientes por diminuir a adesão de agentes patógenos.

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Visentini et al. (2008) objetivando avaliar outro prebiótico (frutoligossacarídeo - FOS) em dietas de leitões na fase de creche, utilizaram quatro diferentes níveis de FOS (0,1; 0,2; 0,3; 0,5% de FOS respectivamente) e um tratamento com antibiótico (Olanquindox) e não verificaram influência do frutoligossacarídeo sobre o consumo e ganho de peso dos leitões, enquanto que os leitões alimentados com o antibiótico apresentaram melhora no desempenho.

Czech et al. (2010) avaliando a inclusão de mananoligossacarídeos em dietas de matrizes suínas na gestação e lactação, verificaram que a suplementação de 8,0g MOS/matriz/dia no terço final da gestação aumentou o nível de IgG no conteúdo do colostro e do plasma de porcas seguindo com maior nível de IgG sérico na amamentação dos leitões. Este maior nível de imunidade passiva colostral influenciou positivamente no ganho de peso e taxa de sobrevivência dos leitões ao desmame.

2.3.3 β-glucanos

Os β-glucanos são polissacarídeos constituintes da parede celular de levedura, fungos e alguns cereais, que se diferenciam entre as unidades de ligação de glicose da cadeia principal e pelas ramificações que se ligam a essa cadeia. Quase 75% do peso seco da parede celular das leveduras são compostos por polissacarídeos. A estrutura da parede celular é constituída por um complexo de 1,3-D-glucano, 1,6-D-glucano e quitina, enquanto os componentes amorfos da matriz, como a camada fibrilar, localizada na parede da superfície da célula consiste de mananoproteína. Enquanto os D-glucanos e quitina são responsáveis pela rigidez da parede celular e definem sua morfologia e forma, mananoproteínas e sua porção de carboidratos D-manano, são responsáveis pelo reconhecimento e interações célula-célula, interações com o ambiente e determinam a especificidade imunológica da levedura (Ruiz-herrera, 1992).

Os β-glucanos apesar de serem considerados fatores antinutricionais, também promovem o crescimento de bactérias ácido lácticas (benéficas) no intestino grosso, constituindo importante função para o controle de bactérias nocivas (O´connell et al., 2005). Além disso os β-glucanos tem recebido especial atenção por sua bioatividade, principalmente no que se refere a imunomodulação. De acordo com Magnani e Castro-Gómez (2008) estes são designados como modificadores da resposta biológica, pois, ao serem reconhecidos pelo organismo desencadeia uma série de eventos na resposta

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imune. A modulação dos β-glucanos inclui a ativação de macrófagos e linfócitos polimorfonucleares, além da indução da expressão de diversas citocinas.

Schoenherr et al. (1994), observaram que a suplementação com β-glucano aumentou o ganho de peso e eficiência alimentar em suínos na fase de creche. Eicher et al. (2006), pesquisando a eficiência da utilização de β-glucano e Vitamina C, sozinhos ou em combinação, sobre o desempenho produtivo e imunidade de suínos recém-nascidos, verificaram que essa combinação aumentou o crescimento pós-desmame e reduziu a expressão do TNF- nos tecidos intestinais e hepáticos, sugerindo um papel

imunomodulador importante na combinação dos tratamentos.

Mendes et al. (2010) avaliando quatro níveis ( 60, 120, 180, 240g/ton ração) de β-glucanos na dieta de leitões dos 21 aos 60 dias de idade, verificaram um aumento linear no peso final e ganho de peso dos leitões suplementados com 240g/ton ração de beta-glucanos, correspondendo a um aumento de 800 gramas em relação aos animais do grupo controle.

Reilly et al. (2010) objetivando verificar os efeitos dos β-glucanos, intactos e purificados, derivados de cereais, sobre a microbiota intestinal, a digestibilidade dos nutrientes e o metabolismo mineral de leitões em fase de creche, observaram que a adição de β-glucanos intactos tiveram um efeito desejável sobre a microbiota benéfica, pois aumentou as populações de bifidobactérias e lactobacilos, além disso, tiveram maior retenção de cálcio e fósforo.

Dentro deste contexto, a utilização de prebióticos tradicionais como o MOS e os mais recentes como o caso dos β-glucanos, como aditivos alternativos de ração para leitões, demonstram a necessidade de realizar pesquisas comparativas entre estes.

O capítulo a seguir desta dissertação refere-se ao artigo intitulado: “Mananoligossacarídeos e β-glucanos em dietas de matrizes suínas em lactação sobre o desempenho reprodutivo, condição corporal e ganho de peso da leitegada”, escrito sob as normas da Revista Brasileira de Zootecnia.

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CAPÍTULO II

MANANOLIGOSSACARÍDEO E β-GLUCANO EM DIETAS DE MATRIZES SUÍNAS EM LACTAÇÃO SOBRE O DESEMPENHO REPRODUTIVO, CONDIÇÃO CORPORAL E GANHO DE PESO DOS LEITÕES.

RESUMO

Avaliou-se o efeito da inclusão de mananoligossacarídeo e β-glucano em dieta de matrizes suínas no final da gestação e lactação sobre sua condição corporal, desempenho reprodutivo e o ganho de peso dos leitões na fase de maternidade. Foram utilizadas 50 matrizes suínas de mesma linhagem genética, multíparas, distribuídas em um delineamento inteiramente ao acaso com cinco tratamentos e dez repetições, sendo uma fêmea por unidade experimental. As dietas experimentais foram constituídas por: ração controle (sem adição de aditivos); ração controle + β-glucano (0,6 kg/ton de ração); ração controle + MOS (1,5 kg/ton de ração); ração controle com associação de β-glucano (0,6 kg/ton de ração) e MOS (1,5 kg/ton de ração); ração controle + antibiótico - florfenicol (1,25 kg/ton de ração). Os parâmetros avaliados foram consumo de ração das fêmeas, espessura de toucinho, perda de peso corporal, escore corporal. O desempenho reprodutivo das fêmeas foi avaliado conforme o número de leitões nascidos vivos, natimortos, mumificados, desmamados, mortalidade e intervalo desmame-estro e ganho de peso dos leitões lactentes. A inclusão de mananoligossacarídeo, β-glucano e antibióticos não alterou significativamente estes parâmetros analisados, assim como a associação de mananoligossacarídeo e β-glucano como aditivos de ração das matrizes suínas lactantes.

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MANNANOLIGOSACCHARIDES AND β-GLUCAN AND IN DIETS OF LACTATING SOWS ON THE REPRODUCTIVE PERFORMANCE, BODY CONDITION AND WEIGHT GAIN OF PIGS.

ABSTRACT

We evaluated the effect of including mannan oligosaccharides and β-glucan in the diet of sows during late pregnancy and lactation on their body condition, reproductive performance and weight gain of piglets at the maternity. We used 50 sows of the same genetic strain, multiparous, distributed in a completely randomized design with five treatments and ten repetitions, with one female per experimental unit. The experimental diets consisted of: control diet (without additives), control diet + β-glucan (0.6 kg / ton of feed), control diet + MOS (1.5 kg / ton of feed), control diet association with β-glucan (0.6 kg / ton feed) and MOS (1.5 kg / ton of feed), control diet + antibiotic - florfenicol (1.25 kg / ton of feed). The parameters evaluated were feed intake of females, fat thickness, weight loss, body score. The female reproductive performance was evaluated as the number of piglets born alive, stillborn, mummified, weaned, mortality, and weaning-estrus interval and weight gain of suckling piglets. The inclusion of mannan oligosaccharides, β-glucan and antibiotics did not significantly alter these parameters, as well as the association of β-glucan and mannan oligosaccharides as feed additives of lactating sows.

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INTRODUÇÃO

A eficiência reprodutiva dos suínos é um dos aspectos mais importantes para o sucesso da suinocultura. A gestação e a lactação são fases determinantes para melhorar essa eficiência, que é expressa em número e peso de leitões produzidos por porca anualmente. O desenvolvimento dos leitões depende da qualidade e quantidade de leite produzido pela mãe, que por sua vez é influenciado pela condição corporal e estado nutricional da matriz.

A utilização de aditivos antimicrobianos nas dietas como melhoradores de desempenho vem sendo praticada rotineiramente nas granjas produtoras de suínos e aves. Entretanto a utilização dos antimicrobianos vem sofrendo restrições pelos mercados consumidores, por provocarem resistência em bactérias, podendo acometer os humanos através do consumo de carnes produzidas com resíduos destes antimicrobianos (Caramori júnior, 2001). Assim há uma necessidade de se adequar as exigências do mercado mundial, buscando alternativas que possam substituir os aditivos antimicrobianos sem trazer prejuízos a sua produtividade.

Entre estas alternativas, surgem no mercado os prebióticos, cuja sua ação é inibir a colonização de microrganismos indesejáveis no trato gastrintestinal, e dificultar a ação de metabólitos tóxicos que influenciam a fisiologia da mucosa, contribuindo positivamente para a saúde intestinal dos animais (Gibson & Roberfroid, 1995). Além disso, alguns estudos confirmam que ao estimularem o crescimento das bactérias produtoras de ácido lático, os prebióticos estimulam a produção de citocinas, a proliferação de células mononucleares, a fagocitose macrofágica e a indução na síntese de grandes quantidades de imunoglobulinas, em especial as imunoglobulinas do tipo A (Silva & Nörnberg, 2003). Entre estes podemos citar os mananoligossacarídeos (MOS), os frutoligossacarídeos (FOS), os transgalactoligossacarídeos (TOS) (Santos et al., 2008) e os polissacarídeos não amiláceos, entre estes o β-glucano (Magnani & castro-gómez, 2008).

Os MOS são fonte de carboidratos não digestíveis que atuam como prebiótico. E quando adicionados à dieta podem aderir às fímbrias bacterianas, bloqueando adesão das bactérias à superfície intestinal, além disso, esses prebióticos quando administrados aos animais, alcançam o cólon sem sofrerem degradação, fornecendo um substrato particularmente disponível para bactérias benéficas, propiciando melhora na altura das vilosidades duodenais (Santos et al., 2002).

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Barros et al.(2008) adicionaram MOS e Bacillus subtilis associados ou não na dieta de matrizes suínas em fase final de gestação e lactação, e verificaram que a adição de MOS na ração das matrizes, proporcionou melhor ganho de peso dos leitões nos primeiros 14 dias de vida, sendo que a associação de MOS e Bacillus subtilis proporcionaram menor porcentagem de diarréia nos leitões. Utiyama et al. (2006) também verificaram efeito positivo ao utilizarem MOS na ração de leitões nos 14 primeiros dias pós desmame, os autores verificaram que os mananoligossacarídeos proporcionaram melhor ganho diário de peso em relação aos tratamentos com antibótico, probiótico e extrato vegetal.

Outro prebiótico que vem surgindo no mercado como alternativa aos antibióticos é o β-glucano, por promoverem o crescimento de bactérias ácido láticas no intestino grosso, constituindo importante função para o controle de bactérias nocivas (O´connell et al., 2005). Eicher et al. (2006) avaliaram o efeito da suplementação de Vitamina C e β-glucanos como potencializadores de crescimento de suínos recém-nascidos e como imunomoduladores. Os autores verificaram que o ganho diário de peso foi maior pelo tratamento com β-glucano em comparação ao controle e Vitamina C.

Pesquisas demonstrando os efeitos benéficos destes dois produtos sobre o desempenho animal ainda são escassos e muitas vezes controversos. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da inclusão de mananoligossacarídeos e β-glucanos na dieta de matrizes suínas no final da gestação e lactação sobre sua condição corporal, desempenho reprodutivo das matrizes e desempenho das leitegadas.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em uma granja comercial, localizada no município de Campo Verde, região sul de Mato Grosso. Foram utilizadas 50 matrizes suínas de multíparas (terceiro ao sétimo parto) de mesma linhagem comercial distribuídas em delineamento experimental inteiramente casualizado com cinco tratamentos e dez repetições, sendo que cada unidade experimental foi composta por uma fêmea suína.

Os tratamentos foram: ração controle (sem aditivos - composição descrita na Tabela 1); ração controle com adição de 0,6 kg/ton de ração de β-glucano; ração controle com adição de 1,5 kg/ton de ração de MOS; ração controle com associação de β-glucano (0,6 kg/ton de ração) e MOS (1,5 kg/ton de ração) e ração controle com adição de antibiótico - florfenicol (1,25 kg/ton de ração). As dietas experimentais foram

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formuladas à base de milho e farelo de soja, permanecendo isoprotéicas e isoenergéticas (Tabela 1). Os aditivos foram incluídos na ração em substituição ao inerte utilizado rotineiramente na granja.

O fornecimento das dietas experimentais às fêmeas suínas teve início aos 108 dias de gestação até o final da lactação fornecendo-se 2,0 kg de ração por porca/dia. Após o parto efetuou-se o fornecimento de 2,0 kg de ração para manutenção da porca mais 0,5 kg de ração por leitão lactente, distribuída em três refeições diárias. As sobras foram colhidas diariamente antes do primeiro arraçoamento e pesadas para a determinação do consumo de ração diário. A água foi fornecida à vontade.

A mensuração da espessura de toucinho (ET) foi realizada através do aparelho MTU-100 (Embrapa), no ponto P2 (6,5 cm da linha dorsal no nível da 10ª costela). O escore corporal utilizado foi de 1 a 5, sendo: 1-muito magra; 2-magra; 3-bom; 4-gorda; 5-obesa (Sobestiansky et al.,1998), a avaliação do escore foi realizada por uma única pessoa em todos os animais do grupo experimental. Estas avaliações foram realizadas no primeiro dia do experimento, aos 108 dias de gestação e a na saída da maternidade. As fêmeas foram pesadas na entrada da maternidade aos 111 dias de gestação e ao final da lactação, que ocorreu com 28 dias.

Ao final da lactação as fêmeas suínas foram transferidas ao setor de gestação, foram alojadas em gaiolas individuais. A detecção do estro no pós-desmame foi realizada com a presença de um macho à frente das fêmeas, que foram testadas duas vezes ao dia (manhã e tarde) quanto ao reflexo de tolerância ao macho (RTM) e reflexo de tolerância ao homem (RTH).

Realizaram-se três pesagens das leitegadas, após a uniformização realizada dentre cada tratamento, que ocorreu nas primeiras 24 horas após o nascimento, aos 10 dias vida que correspondeu ao período somente de aleitamento e a desmama. Os leitões foram submetidos ao manejo nutricional (corte de dentes e cauda, cura do umbigo ao nascimento, aplicação de ferro ao terceiro dia de vida e castração ao 7º dia de vida), e receberam a ração pré-inicial a partir do 10º dia de vida.

No parto foram registrados o número de leitões nascidos vivos, natimortos e mumificados, sendo que durante o período experimental registrou-se as mortes por esmagamento e diarréia, sendo que ao final do experimento calculou-se a taxa de mortalidade.

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Tabela 1. Composição percentual e calculada da dieta basal. Ingredientes % Milho 61,000 Farelo de Soja 28,300 Casca de Soja 2,500 Fosfato Bicálcico 1,730 Calcário Calcítico 1,220

Óleo Degomado Soja 3,900

Sal 0,500 Inerte 0,125 Lisina 0,0586 Núcleo Reprodução1 0,200 Total 100 Composição Calculada

Energia Metabolizável (kcal/kg) 3.270

Proteína Bruta (%) 18,000

Cálcio (%) 1,000

Fósforo disponível (%) 0,500

1Núcleo reprodução: vit. A – 2.500.000 UI; vit D3 – 300.000 UI; Vit E – 6 g; vit k3 – 1 g; vit B1 – 0,25 g; vit B2 –1,6

g; vit B12 – 7.000 mcg; Biotina – 0,1 g; niacina – 9 g; Pantotenato de Ca – 5,5 g; Cu – 7,5; Co – 0,1 g; I – 0,1 g;Fé – 50 g; Mn – 2,2 g; Se – 0,075 g; cloreto colina – 150 g; lisina – 500 g; metionina – 10 g. **Premix pré -inicial:vit. A – 200.000 UI; vit D3 – 3.000 UI; vit E – 125 UI; vit K – 5 mg; vit B1 – 2,5 mg; vit B2 – 9 mg; vit B6 – 3 mg;vit B12 – 60 mcg; biotina – 50 mg; niacina – 75 mg; lisina – 4.400 mg; metionina – 2.600 mg; treonina – 700 mg;triptofano – 150 mg; Co – 0,8 mg; Cu – 50 mg; Fé – 250 mg; I – 0,8 mg; Mn – 115 mg; Se – 0,4 mg; Zn - 5.000mg; Colina – 800 mg; palatabilizante - 1250 mg.

Durante todo período experimental, a temperatura no interior das salas de maternidade foi monitorada diariamente, quatro vezes ao dia (6, 11, 15 e 17 h), por meio de termômetros de máxima e mínima, bulbo seco e bulbo úmido. Os termômetros foram mantidos nas extremidades do galpão em uma altura acima do corpo dos animais. A temperatura média do ambiente de alojamento das matrizes foi de 27,83ºC, e a umidade relativa média de 73,48%. Pode-se inferir que as matrizes não estavam dentro da zona de conforto térmico, já que a faixa de temperatura ideal para esta categoria é de 16 a 22ºC (Bragança, et al., 1998).

Avaliou-se nas matrizes o consumo de ração, a perda de peso, a variação na espessura de toucinho e no escore corporal e o intervalo desmama-estro. Nos leitões foi avaliado o ganho médio diário.

(32)

Os dados foram submetidos à analise estatística utilizando-se o programa estatístico SAEG (Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas) versão 9.1 (UFV, 2007) por meio dos procedimentos para análises de variância. Quando significativo utilizou-se o teste Student Newman Keuls (SNK) para comparar os tratamentos. Para comparação de nascidos vivos, mumificados, natimortos, desmamados, mortalidade e escore corporal entre os tratamentos utilizou-se o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, por não haver normalidade e/ou homogeneidade entre os dados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados de consumo de ração, peso das fêmeas, espessura de toucinho, perda de peso corporal, escore corporal e intervalo desmama-estro de acordo com os tratamentos estão apresentados na Tabela 2.

Tabela 2. Consumo de ração diário, peso corporal, espessura de toucinho, perda de peso, escore corporal e intervalo desmama-estro de matrizes suínas no período de lactação, nos diferentes tratamentos.

Tratamentos

Variáveis Controle βglucano MOS βglucano

+ MOS Antib. CV (%) CRD1 (kg) 6,4 6,61 6,35 6,64 6,57 4,76 PEM2 (kg) 274,25 267,15 271,50 259,95 268,25 7,60 PSM3 (kg) 242,20 229,00 233,60 231,55 225,26 8,82 ET14(mm) 23 22,9 23,25 20,80 23,60 19,00 ET25(mm) 19,85 18,30 17,55 17,55 19,30 25,16 Perda peso (kg) 32,05 38,15 37,90 28,40 42,99 32,5 ECem6* 3,6 3,7 3,3 3,2 3,3 ECsm7* 3,1 3,0 2,8 2,7 2,9 IDE8 (dias) 5,1B 5,2B 5,3B 4,6B 6,5A 17,54

Médias seguidas de letra diferentes na linha diferem estatisticamente entre si pelo teste SNK, ao nível de 5% de probabilidade.

*Médias na linha não diferem entre si pelo teste de Kruskal-Wallis, ao nível de 5% de probabilidade.

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4

ET1:Espessura de toucinho 108 dias gestação; 5ET2:Espessura de toucinho ao desmame; 6ECem:Escore corporal entrada maternidade; 7ECsm:Escore corporal saída maternidade; 8IDE: Intervalo desmame-estro.

O consumo de ração das matrizes não foi influenciado (P>0,05) pelas dietas experimentais. Os resultados se diferiram de Mao et al. (2005), onde avaliaram a inclusão de níveis de β-glucano (0, 500, 1000 mg/kg) nas rações de leitões desmamados e observaram que os leitões alimentados com 500 mg/kg apresentaram maior consumo de ração. Esta discrepância de resultados pode estar relacionada com as diferentes fases de produção dos experimentos (Tabela 2). Entretanto, a média do consumo de ração dentre os tratamentos foi de 6,51 kg, o que está dentro do esperado para uma linhagem de alto potencial genético.

A perda de peso e a espessura de toucinho não foram influenciadas (P>0,05) pelos tratamentos. As matrizes perderam em média 35 kg de peso vivo durante a lactação. Essa perda elevada no peso vivo pode ser explicada pelo longo período de lactação que correspondeu em média de 28 dias. De acordo com Cooper et al. (2001) o período de maior desgaste para a fêmea é partir de terceira semana de lactação, quando a demanda por nutrientes para a produção de leite é mais alta. A espessura de toucinho no pré-parto também pode ter afetado na maior perda de peso vivo, pois esteve acima do nível ideal ao parto que corresponde a 18-19 mm (Young & aherne 2005a). Young et al. (2005b) explica que a espessura de toucinho acima de 21 mm no parto pode reduzir o consumo de alimento, aumentar a deposição de gordura na glândula mamária e perderem mais peso na lactação.

Os resultados de perda de peso e toucinho ocorrida durante a lactação estão de acordo com Yang et al.(2009), os quais observaram perdas de peso acima de 20 kg e perdas de toucinho acima de 3mm em porcas primíparas durante o período de lactação.

O escore corporal das fêmeas não foi influenciado (P>0,05) pelos tratamentos, sendo que a média geral encontrou-se em um nível considerado bom (3,0), segundo a tabela proposta por Sobestiansky et al. (1998), resultados semelhantes foram encontrados por Bertol et al. (2010).

O intervalo desmame-estro foi influenciado (P<0,05) pelos tratamentos. As matrizes submetidas ao tratamento com antibiótico obtiveram um intervalo desmame-estro mais longo (P<0,05) em relação aos outros tratamentos.

Os resultados do peso médio, ganho de peso médio dos leitões encontram na Tabela 3. Não foi observado efeito significativo (P>0,05) entre os tratamentos sobre o peso médio e ganho de peso médio dos leitões.

(34)

Tabela 3. Peso médio e ganho de peso médio dos leitões provenientes de mães submetidas a diferentes suplementações.

Tratamentos

Variáveis Controle βglucano MOS βglucano

+ MOS Antib. CV (%) PM1a (kg) 1,36 1,44 1,34 1,44 1,29 21,48 PM2b (kg) 3,49 3,64 3,52 3,30 3,32 16,28 PM3c (kg) 6,82 7,42 6,97 6,64 6,89 14,39 GPM1d (kg) 2,12 2,19 2,18 1,86 2,02 19,45 GPM2e (kg) 3,33 3,77 3,44 3,33 3,56 19,04 GPM3f (kg) 5,46 5,97 5,63 5,19 5,59 16,58

Médias na linha não diferem estatisticamente entre si pelo teste Fisher, ao nível de 5% de probabilidade.

a

PM1: peso médio 24 horas após nascimento; bPM2: peso médio aos 10 dias de idade; cPM3: peso médio ao desmame; dGPM1: ganho de peso médio 1-10 dias; eGPM2: ganho de peso médio 10-28 dias; fGPM3: ganho de peso médio 1-28 dias.

Do mesmo modo, Santos et al. (2003), Sanches et al. (2006), Santos et al. (2010) também não observaram efeitos significativos (P>0,05) sobre o desempenho quando adicionaram MOS às dietas de leitões desmamados. No entanto, os resultados se divergiram dos resultados encontrados por Barros et al. (2008) que ao compararem um probiótico (Bacillus subtilis), prebiótico (MOS) e a associação de ambos, observaram que leitões nascidos de matrizes que receberam dieta com prebióticos (MOS) apresentaram maior ganho de peso nos primeiros 14 dias de vida em relação aos demais tratamentos, tendo uma diferença de 1,8 kg a mais em comparação aos leitões do tratamento controle. Segundo Kamimura (2006), o mananoligossacarídeo utilizado nas rações das matrizes possui propriedades antigênicas potentes e isso pode ter proporcionado maior produção de IgA liberado no leite das fêmeas. Estas imunoglobulinas são liberadas no leite das fêmeas, proporcionando imunidade local na parede intestinal dos leitões e promovendo maior absorção de nutrientes consequentemente, maior ganho de peso (Pinheiro, 2005).

Czech et al. (2010) avaliando a inclusão de mananoligossacarídeos em dietas de porcas na gestação e lactação, verificaram que a suplementação de 8g MOS/porca/dia no terço final da gestação aumentou o nível de IgG no conteúdo do colostro e do plasma de porcas seguindo com maior nível de IgG sérico na amamentação dos leitões. Este

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maior nível de imunidade passiva colostral influenciou positivamente no ganho de peso e taxa de sobrevivência dos leitões ao desmame.

Mendes et al.(2010) avaliando diferentes níveis de beta-glucanos (60,120, 180, 240g/ton) na dieta de leitões dos 21 aos 60 dias de idade, encontraram efeito linear no peso final dos leitões, houve um aumento no peso final de 3,2% de leitões suplementados com 240g/ ton de ração em relação ao grupo controle. O ganho de peso diário foi de 4,7% mais alto para o grupo de animais tratados com 240g/ton de ração. Em contrapartida, Mao et al. (2005) trabalhando com β-glucano extraído de uma erva chinesa (Astragalus membranaceus) em três níveis, 0, 500 e 1000mg/kg de ração, sobre o desempenho e respostas imunológicas de leitões desmamados, observaram que a adição de β-glucano não melhorou o desempenho dos leitões.

Os resultados de número de leitões nascidos vivos, natimortos, mumificados e a mortalidade pré-desmame estão apresentados na Tabela 4. O número de leitões nascidos vivos, natimortos e mumificados não foram influenciados (P>0,05) pelos tratamentos.

Tabela 4. Número de leitões nascidos vivos, natimortos, mumificados, desmamados e mortalidade pré-desmame, de acordo com os tratamentos.

Tratamentos

Variáveis Controle βglucano MOS βglucano+MOS Antib.

Nascidos vivos 12,30 12,80 11,37 12,90 12,90 Natimortos 1,20 1,00 2,87 1,00 2,00 Mumificados 6,82 7,42 6,97 6,64 6,89 Desmamados 10,9 11,1 10,75 11,1 11,2 Mortalidade pré-desmame 1,30 1,30 0,62 1,20 1,50

Médias na linha não diferem entre si pelo teste de Kruskal-Wallis, ao nível de 5% de probabilidade.

Esta resposta pode ser explicada pelo fato de que a administração destes aditivos foi somente de seis dias antecedentes ao parto. a mumificação fetal pode ocorrendo partir dos 30 a 40 dias de gestação (Biensen et al., 1999). estar relacionada com o estado nutricional da porca e/ou doenças infecciosas (Pascoal et al., 2006)

Já os leitões natimortos ocorrem pouco antes ou durante o parto, e normalmente ocorrem devido ao maior tamanho da leitegada, partos distócicos e a ordem de parto da fêmea (Corrêa et al., 2000).

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O número de leitões desmamados não variou (P>0,05) entre os tratamentos estudados (Tabela 4), mostrando que os aditivos utilizados não influenciaram a taxa de mortalidade dos leitões durante a lactação. Resultados semelhantes foram encontrados por Barros (2007). Entretanto, Alexopoulos et al. (2004) trabalhando com probióticos, Bacillus subtilis e B. licheniformis, observaram maior número de leitões desmamados e menor taxa de mortalidade no grupo tratado com probiótico em relação ao controle, porém o fornecimento do probiótico foi de 14 dias antes do parto. A ausência de efeito dos aditivos sobre o número de leitões desmamados pode estar ligado ao tempo de fornecimento dos produtos, que foram de seis dias antes do parto.

Os resultados controversos entre alguns trabalhos pode ser um indicativo da necessidade de mais conhecimento sobre a quantidade exata de prebiótico a ser incluída nas rações, bem como o tempo de fornecimento destes aditivos, em especial para essa categoria estudada no presente trabalho, para que possa atuar de forma eficiente no trato digestório e trazer benefícios sobre o desempenho produtivo.

CONCLUSÃO

A inclusão de mananoligossacarídeos, β-glucanos e a associação destes em comparação com os aditivos antimicrobianos e dieta controle não influenciam a condição corporal, desempenho reprodutivo da matriz suína e ganho de peso da leitegada.

Referências

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