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X SEMANA ACADÊMICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARTICIPAÇÃO DE ESCOLAS DE FLORIANÓPOLIS EM COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS.

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PARTICIPAÇÃO DE ESCOLAS DE FLORIANÓPOLIS EM COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS.

Tiago Soares Gaspar Resumo:

O projeto EIC no EUA 2009 nasceu de uma parceria estabelecida no ano de 1996 entre um professor de educação física da escola Educandário Imaculada Conceição e a empresa MSB Turismo de São Paulo. Esse projeto tem como principal objetivo proporcionar aos alunos de escolas do município de Florianópolis uma experiência internacional que possa conciliar competições esportivas nas modalidades de futebol, futsal e voleibol, intercâmbio cultural com uma aproximação com a realidade de famílias estadunidense e entretenimento, ou seja, diversão com a visita ao complexo da Walt Disney World.

Introdução:

No ano de 2008 por volta do mês de maio iniciamos o projeto para a realização da viajem em 2009. Durante todo o mês de maio distribuímos as chamadas cartas convites aos garotos e garotas com idade de 10 a 17 anos do Educandário Imaculada Conceição. Essa carta era entregue apenas para os alunos (as) que completassem o perfil desejado pelos professores organizadores do projeto. Essa prévia seleção era composta por critérios como maturidade doa aluno, relação do aluno em grupo, questões emocionais entre outros. Ao receber a carta os alunos entregaram as cartas convites para seus pais para uma reunião com data, local e horário marcado para explanação do projeto. Resumidamente o projeto proporcionou a 45 alunos/atletas de escolas de Florianópolis uma experiência na Flórida na região de Miami e Orlando uma experiência de competição, intercâmbio e parques.

Essa primeira reunião serviu para um primeiro contato entre os pais e a estrutura do projeto, detalhes de valores de pacotes aéreos, terrestres, questões de logística o qual fazia parte do projeto EIC no EUA 2009. Devemos deixar claro ao leitor que essa viagem é cem por cento financiada pelos pais, que de alguma forma julgam interessante a participação e

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acabam investindo no projeto. Após a confirmação do aluno/atleta no projeto, montamos um calendário de treinamentos que contemplavam condicionamento físico, trabalho com bola (fundamento), posicionamento tático e jogos. Esse projeto EIC no EUA 2009 em edições anteriores alcançou resultados expressivos em competições de futsal levando algumas categorias ao título de campão. Fazendo um resgate podemos citar excelentes resultados nas competições na Dinamarca e Suécia, sede da então conhecida Gotcha Cap um dos maiores campeonatos futebolísticos do mundo. Apesar da limitação técnica da equipe que viajou no ano de 2009 conseguimos o título na competição de Venice Futsal onde a categoria Sub12 consagrou-se campeã.

Conseguimos ao final montar quatro equipes de futsal e uma de voleibol. As categorias do futsal eram sub12 masculino, sub14 masculino, sub17masculino, futsal feminino e voleibol feminino. Durante esse período de preparação, organizamos alguns encontros com toda delegação a fim de observarmos a relação de reconhecimento do grupo e com o principal objetivo de propiciar um ambiente solidário, confiável, igualitário. Em dezembro de 2008 o grupo faz uma pausa nas atividades devido as datas comemorativas de final de ano, mas no inicio de janeiro de 2009 voltamos para os preparativos finais já que nossa data para embarque estava se aproximando.

No dia 04 de fevereiro de 2008 embarcamos do aeroporto internacional Hercílio Luz com destino ao aeroporto de Guarulhos-SP, durante esse dia conhecemos o museu do futebol localizado no estádio do Pacaembu, o museu encantou e nos motivou ainda mais a participação das competições que participamos nos Estados Unidos, rever todo o processo histórico de craques e clubes brasileiros juntos no mesmo ambiente foi um presente a delegação. Nesse mesmo dia por volta das 23 h 30 min voamos com destino a Miami no estado da Flórida – EUA. Fomos recebidos com olhares de admiração, várias pessoas vinham nos perguntar onde jogávamos, qual clube estávamos representando e isso causou um certo estranhamento para o grupo uma vez que o povo estadunidense apresenta uma personalidade forte, sem qualquer possibilidade de demonstração de afetividade por estrangeiros. Durante os dias que permanecemos nos EUA de uma forma geral tudo ocorreu dentro do esperado, os passeios nos parques da Walt Disney World nos levou por alguns

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dias há um mundo encantador, revivemos momentos em que a fase da vida adulta acaba nos roubando de melhor, por alguns momentos riamos, dançávamos, e brincávamos como crianças. As competições tiveram momentos bons e ruins. O futsal nos EUA não é uma modalidade muito explorada, eles não tinham estrutura de quadra oficial, não apresentavam uma quadra poliesportiva, segundo o organizador, as quadra de basquete serviam apenas para jogar basquete, as de voleibol para o vôlei e assim com todas as modalidades.

Os professores da delegação acabaram por demarcar as quadras com fita e explicaram resumidamente as regras para os árbitros. Com tanta desorganização esperávamos assim como as equipes dos EUA um show de futebol por parte de nossos alunos aqui do Brasil. De fato isso ocorreu no futsal partidas de quinze a zero por exemplo fizeram com que alguns técnicos de equipes do México e EUA não voltassem para o segundo tempo de partida. Chegamos a final dessa competição de forma bem tranqüila, porém encontramos uma outra equipe brasileira na final, partida decisiva que acabou nos pênaltis onde nossa equipe acabou em primeiro lugar. As outras categorias não obtiveram resultados expressivos acabaram eliminados na primeira fase com destaque para o Futsal Feminino dos EUA que apresentou uma qualidade técnica acima do esperado. Por sua vez a equipe de voleibol não conseguiu vencer nenhuma partida, acabamos inscrevendo nossa equipe em uma competição de alto nível, onde algumas meninas jogavam em seleções de base dos EUA.

No futebol de campo encontramos uma dificuldade enorme, fomos eliminados na primeira fase de todas as categorias, mesmo assim alguns garotos receberam convites para ficarem ou retornarem para os EUA para jogar e estudar. É comum nos EUA os alunos receberem bolsas em escolas, universidades, quando dominam tecnicamente alguma modalidade.

Ao chegarmos no dia 18 de fevereiro de 2009 ao Brasil resolvi iniciar uma pesquisa sobre as expectativas pré e pós viagem do projeto EIC no EUA 2009. Para isso montei um pequeno questionário com algumas perguntas separadas em dois blocos. O primeiro bloco deveria ser respondido pelos pais e/ou alunos que fizeram parte de forma efetiva desse projeto. As perguntas eram as seguintes:

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O que os levou a optar por um programa como esses?

Suas expectativas em relação aos jogos, parques e intercambio foram atendidas? Alguma observação relevante de mudança em relação ao cotidiano de seu filho?

O questionário foi enviado por email a todos os pais e alunos envolvidos no projeto e respondido de acordo com o interesse de cada um. De uma forma geral a primeira pergunta ficou caracterizada pela possibilidade que os pais encontraram de conciliar a visita aos parques do complexo da Disney, as competições esportivas que motivaram e fizeram o diferencial de qualquer agência de turismo e a possibilidade do intercambio com uma rica troca de culturas entre brasileiros e norte americano. Alguns pais afirmaram que devido ao comprometimento dos professores, e a segurança por se tratar de professores de educação física que conheciam seus filhos há anos, efetivou a participação no projeto devido à segurança e comprometimento que os professores passavam aos pais.

Na segunda pergunta a resposta apresenta alguns pontos negativos, a maioria dos pais e alunos esperavam um melhor resultado nas colocações nos jogos. Apesar do discurso usado pela maioria de que o papel da participação e a experiência de ter jogado nos EUA já contemplava nossos objetivos. Em relação aos parques as expectativas foram atendidas e até superadas, visitamos os parques da Walt Disney World em cinco dias, ficamos em casas de luxo em um condomínio próximo dos principais parques em Orlando Flórida. O intercambio por sua vez foi respondido de forma positiva por todos, vivenciar, trocar experiências, estar a frente em problemas de comunicações fez com que todos ao final saíssem satisfeitos com a rica experiência cultural.

Finalizando o bloco de perguntas direcionadas aos pais e alunos, segundo relatos de alguns pais, seu filho no período pré viagem apresentava algumas mudanças comportamentais e de fato essas mudanças foram confirmadas no período pós viagem, ou seja, essas mudanças se caracterizam como: melhor relação ambiente familiar e como amigos, organização diária como arrumar roupa de cama, ajudar nas tarefas diárias em casa, melhor controle e realidade financeira, planejar gastos e o mais importante o inicio de um

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processo de amadurecimento que é lento e que com a apropriação de novas experiências como essa refletem durante a vida.

O segundo bloco de perguntas foi direcionado aos professores que acompanharam o grupo de forma efetiva. O questionário apresentava as seguintes questões:

 Relatem sobre: resultados de competições, nível técnico, e preparação.

Momentos como esses podem somar em que sentido no processo de aprendizagem?

Observações relacionamento com o grupo aluno x aluno/ professor x professor / professor x aluno.

Os relatos dos professores em relação a primeira pergunta ficou de comum acordo que os resultados apesar de uma conquista no futsal, não foram alcançados. Mesmo o projeto contemplando outras vias que não fossem apenas a esportiva faltou-nos segundo relatos treinos de preparação no campo, pois devido a fortes chuvas no final de 2008 em Santa Catarina fizeram com que perdêssemos inúmeros treinos no campo. Outro destaque apontado pelos professores é a qualidade técnica em especial o futebol feminino e comprometimento do governo com o incentivo ao esporte. Participamos de uma competição que abrangia três complexos com aproximadamente 48 campos de futebol, havia toda uma segurança com equipe médica instalada no local, estacionamento, arquibancadas, vestiários e salão de festas.

Apesar da recepção calorosa que recebíamos ao entrar em campo e iniciarmos o aquecimento com bola, talvez pelo fato de se tratar de brasileiros penta campeões mundiais, percebemos que a condição física das equipes norte americanas superavam e muito nosso chamado futebol arte, ou seja, individualmente percebíamos uma larga vantagem brasileira, mas coletivamente as equipes eram muito mais organizadas taticamente, percebíamos que poucos jogadores de equipes adversárias conduziam a bola ou arriscavam dribles, o futebol nos Estados Unidos nessa competição estava caracterizado por uma aplicação mais tática com muitos passes e lançamentos de longa distância. O quesito tática e condição física superaram a habilidade individual brasileira com a bola nos pés.

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Todos esses momentos certamente ficarão registrados para sempre na memória de todos que participaram do projeto, aprendemos muito com as dificuldades encontradas durante o projeto. A possibilidade de crescimento do grupo com certeza é um dos maiores aprendizados, respeitar as diferenças e as fases vividas de cada um durante a viagem é um desafio. Essa segunda pergunta direcionada aos professores merece uma aproximação com a terceira e ao iniciar o próximo parágrafo tentarei explicar essa relação.

Quando ainda estávamos trabalhando aqui no Brasil em setembro de 2008 fizemos a divisão das tarefas e direcionamos a responsabilidade de cada categoria a um professor, ou seja, nos víamos enquanto delegação do Educandário Imaculada Conceição mas dentro da delegação tínhamos um referencial para os alunos de cada categoria (idade). Essa divisão fez com que estivéssemos muito próximos durante a viagem, dividindo por horas a mesma Van ( carro dirigíamos como meio de locomoção com capacidade de 15 lugares), momentos em que dividíamos receios aos brinquedos radicais, momentos em que a saudade da família apertava e que nós professores passávamos a desempenhar o papel do protetor, acolhedor, quando dividimos por cinco dias a casa em Orlando percebemos um momento riquíssimo de estreitamento afetivo entre todos da delegação. Percebemos que ao final da viagem a relação aluno x professor ultrapassou as linhas da quadra e que de uma certa forma a figura do técnico caiu em desuso, nos víamos enquanto grupo, sem posição hierárquica.

Conclusão:

Esse projeto está indo para sua terceira edição em 2010. Ao todo envolveu nesses últimos dois anos cerca de 400 pessoas envolvidas direta ou indiretamente com o projeto EIC no EUA. O projeto sem dúvida proporcionou uma experiência rica que certamente soma no processo de formação dos alunos e professores. As relações entre as pessoas que viajaram tornaram-se mais próximas, novas amizades foram feitas, novos olhares de ver um futuro foram descobertos, mudanças comportamentais para um sentido positivo surgiram, conflitos apareceram e foram resolvidos sempre em favor do grupo. Todas essas questões

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apresentadas nos levam para uma perspectiva de que o trabalho coletivo, onde o bem maior é a integridade do grupo com seu bem estar superando em todos os momentos as vontades individuais nos remetem ao sucesso do projeto.

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EM COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS.

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Título: O projeto EIC no EUA 2009 nasceu de uma parceria

estabelecida no ano de 1996 entre o professor de educação física da escola Ed Assunto: Autor: PET Palavras-chave: Comentários: Data de criação: 5/10/2009 17:27 Número de alterações: 5 Última gravação: 28/11/2009 15:40

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