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XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental

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Academic year: 2021

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V-037 - AVALIAÇÃO DA BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DA ILHA DE

PAQUETÁ - RJ, APÓS O VAZAMENTO DE ÓLEO NA BAÍA DE GUANABARA,

PERÍODO 28 DE JANEIRO A 28 DE FEVERERIO DE 2000

Carmen Lucariny(1)

Especialista em Engenharia Sanitária e Ambiental. Coordenadora de Despoluição dos Recursos Ambientais (SMAC/Prefeitura do Município do Rio de Janeiro). Professora Colaboradora do Curso de Especialização em Engenharia Sanitária e Ambiental da UERJ. Professora da Faculdade de Engenharia da PUC-Rio.

Thereza Christina de Almeida Rosso

Engenheira Civil. D.Sc. em Engenharia Oceânica. M.Sc. em Engenharia Civil, Especialista em Engenharia Sanitária. Professora do Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Gandhi Giordano

Engenheiro Químico. M.Sc. em Ciências Ambientais, Especialista em Engenharia Sanitária e Ambiental. Professor do Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente da Faculdade de Engenharia da UERJ, Diretor Técnico da TECMA-Tecnologia e Meio Ambiente.

Endereço(1): Avenida Rui Barbosa, no. 170 apto. 1902 Flamengo Rio de Janeiro RJ CEP. 22.250030

-Brasil - Tel. (21) 551-7715 - e-mail: lucariny@bridge.com.br RESUMO

Cerca de 1.300 toneladas de óleo combustível vazaram, no dia 18 de janeiro de 2000, decorrentes do rompimento de um duto de aço da Refinaria Duque de Caxias (REDUC) pertencente à Companhia de Petróleo Brasileiro S.A. (PETROBRAS). O duto de 16 polegadas de diâmetro faz parte da tubulação de 15 quilômetros de extensão que leva óleo combustível da REDUC para a Ilha d’Água, onde funciona o centro de estocagem. Este bombeamento da REDUC para o Terminal da Ilha d’Água ocorre 2 vezes por semana, com um milhão de litros por hora, sendo o produto bombeado a uma temperatura de cerca de 80o C de modo a facilitar o escoamento. Várias ações foram realizadas com o objetivo de minimizar e mitigar os efeitos deletérios decorrentes deste vazamento. Entretanto, dadas às condições ambientais nas horas seguintes ao acidente, (condições de maré e ventos), do volume e características do produto derramado, as medidas de controle e combate não foram suficientes para evitar um grande dano ambiental na região. As principais áreas atingidas foram a Ilha de Paquetá, Ilha Redonda, praia Mauá e praia do Anil (litoral de Magé). A mancha atingiu ainda os estuários dos rios Sarapuí, Macacu e Iguaçu, além das poucas áreas ainda remanescentes de manguezais da região: a área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim (próximo à região de Magé). A APA de Guapimirim é o maior trecho de preservação de manguezais do Estado do Rio de Janeiro com cerca de 80 Km2. Aproximadamente 48 horas após o vazamento a mancha já havia atingido cerca de 1,5 mil hectares desta região. Durante o período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro a Prefeitura do Município do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), realizou o monitoramento de 13 (treze) enseadas da Ilha de Paquetá. Este monitoramento teve como principal objetivo avaliar o padrão de balneabilidade das praias da ilha por ocasião do acidente. O objetivo deste trabalho é apresentar uma avaliação das análises dos dados coletados, relacionando os parâmetros de qualidade da água, critérios de balneabilidade e o vazamento ocorrido. Algumas considerações quanto à viabilidade do uso da metodologia aplicada para as análises laboratoriais, enfocando principalmente o parâmetro Óleos e Graxas, também são apresentados.

PALAVRAS-CHAVE: Vazamento de Óleo, Baía de Guanabara, Parâmetros de Balneabilidade, Óleo e

Graxas.

FOTOGRAFIA NÃO DISPONÍVEL

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INTRODUÇÃO

Durante os últimos quatro anos, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC) da Prefeitura do Rio de Janeiro, RJ, vem monitorando as condições de balneabilidade das praias, através de coletas sistemáticas de dados físico-químicos, bacteriológicos, oceanográficos e meteorológicos de ecossistemas aquáticos do município. Neste monitoramento estão incluídos os sistemas costeiros representados pelas lagoas costeiras, canais e praias arenosas, localizados na Baía de Guanabara, no litoral do Oceânico Atlântico e na Baía de Sepetiba.

Tendo em vista o vazamento de cerca de 1.300 toneladas de óleo combustível, no dia 18 de janeiro de 2000, decorrentes do rompimento de um duto de aço da Refinaria Duque de Caxias (REDUC) pertencente à Companhia de Petróleo Brasileiro S.A. (PETROBRAS), a SMAC realizou o monitoramento emergencial da qualidade da água e da areia em praias da Ilha de Paquetá, Ilha do Governador e Flamengo, durante trinta dias consecutivos.

O acidente ocorreu em um duto de 16 polegadas de diâmetro que faz parte da tubulação de 15 quilômetros de extensão que leva óleo combustível da REDUC para o Terminal da Ilha d’Água, onde funciona o centro de estocagem. O bombeamento da REDUC para o Terminal ocorre duas vezes por semana, com um milhão de litros por hora, sendo o produto bombeado a uma temperatura de cerca de 80o C de modo a facilitar o escoamento.

Em função da localização do ponto do vazamento, das condições de vento e da circulação hidrodinâmica nas horas seguintes ao vazamento, a mancha de óleo se espalhou pelo fundo da Baía de Guanabara, atingindo os municípios de Duque de Caxias, Magé, Guapimirim, São Gonçalo e Rio de Janeiro. O vazamento ocorreu em período de maré vazante fazendo com que a mancha de óleo se deslocasse em direção à Ilha de Paquetá. Entretanto, com a ocorrência de vento Sudoeste na tarde seguinte ao vazamento, a mancha de óleo se espalhou, chegando a ocupar cerca de 40 Km2, ou seja, 10% do espelho d’água da Baía de Guanabara (Jornal do Brasil, 21/01/00), atingindo ainda a Ilha Redonda, praia Mauá, praia do Anil (litoral de Magé), os estuários dos rios Sarapuí, Macacu e Iguaçu, além das poucas áreas ainda remanescentes de manguezais da região: a área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim (próximo à região de Magé). A APA de Guapimirim é o maior trecho de preservação de manguezais do Estado do Rio de Janeiro com cerca de 80 Km2. Aproximadamente 48 horas após o vazamento a mancha já havia atingido cerca de 1,5 mil hectares desta região. A mancha de óleo atingiu ainda seis praias da Ilha do Governador e cinco praias na região de São Gonçalo.

Durante o período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro a SMAC realizou o monitoramento de 13 enseadas da Ilha de Paquetá, além de 3 praias da Ilha do Governador e a Praia do Flamengo. Este monitoramento teve como principal objetivo verificar as condições de uso destas praias pela comunidade após o vazamento. O programa incluiu o monitoramento diário das concentrações de óleo na areia e em emulsão na água do mar. Além do monitoramento da contaminação de óleo, as variáveis físicas, químicas e microbiológicas, usualmente caracterizadas com o estudo da balneabilidade também foram analisadas. O objetivo deste trabalho é apresentar uma avaliação das análises dos dados coletados, relacionando os parâmetros de qualidade da água, critérios de balneabilidade e o vazamento ocorrido. Algumas considerações quanto à viabilidade do uso da metodologia aplicada para as análises laboratoriais, enfocando principalmente o parâmetro Óleos e Graxas, também são apresentados.

As Figuras de 1 a 5 apresentam algumas fotos tiradas na região do entorno da Ilha de Paquetá após ao vazamento, Relatório TECMA, 2000.

! Figura 1 – Areia e resíduos oleosos na Praia da Covanca, em 28 de janeiro de 2000. ! Figura 2 – Areia contaminada na Praia José Bonifácio, em 28 de janeiro de 2000.

! Figura 3 – Pedra manchada por óleo, tendo ao fundo a Praia José Bonifácio, em 02 de fevereiro de 2000.

! Figura 4 – Remoção de borras oleosas na Praia União Mesbla, em 05 de fevereiro de 2000. ! Figura 5 – Jateamento do enrocamento na Praia da Covanca, em 19 de fevereiro de 2000.

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Figura 1. Areia e resíduos oleosos na Praia da Covanca, em 28/01/2000.

Figura 2. Areia contaminada na Praia José Bonifácio, em 22/01/2000. Figura 3. Pedra manchada por óleo, tendo ao fundo a Praia José

Bonifácio, em 03/02/2000.

Figura 4. Remoção de borras oleosas sedimentadas na Praia União

Mesbla, em 05/02/2000.

Figura 5. Jateamento do enrocamento na Praia da Covanca,

em 19/02/2000.

CARACTERIZAÇÃO DA BAÍA DE GUANABARA E DESCRIÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM

A Baía de Guanabara está localizada na região sul do Estado do Rio de Janeiro, entre as latitudes 22024’ e 23057’ S, e as longitudes 42033’ e 43019’ W. Em função de sua localização geográfica, o território da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara está inteiramente compreendido na área intertropical, possuindo um clima quente e chuvoso tipicamente tropical. Toda a região, envolvendo a Baía de Guanabara propriamente dita e sua Bacia Hidrográfica, pode ser considerada um ecossistema costeiro complexo, contanto com a presença de ilhas e estuários no seu interior.

Na sua linha de costa nota-se a presença de praias, enseadas, extensas áreas de manguezais, além de várias atividades industriais (indústrias químicas, petroquímicas, construção naval e indústrias alimentícias), áreas de grande densidade populacional e áreas de intensa atividade pesqueira.

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Com uma área de aproximadamente 400 Km2, a Baía de Guanabara possui uma profundidade média em torno de 5,7m. No interior da baía, o canal principal articula-se com canais secundários, com cotas batimétricas situadas entre 5 e 20 metros. Sua ligação com o mar é feita entre as pontas de Copacabana (Município do Rio de Janeiro) e Itaipú (Município de Niterói), com um volume médio de água de 2,2 x 109 m3. A Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara engloba praticamente toda a região Metropolitana do Rio de Janeiro, incluindo, totalmente os municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Nilópolis, São Gonçalo, São João do Meriti, e Tanguá; e parcialmente os municípios do Rio de Janeiro, Niterói, Rio Bonito, Cachoeiras do Macacu, Petrópolis, Nova Iguaçu, e Queimados. Ressalta-se aqui, que toda a região Metropolitana do Rio de Janeiro apresenta a maior concentração populacional por área do país, com cerca de 7,3 milhões de habitantes. Seis municípios, incluídos Rio de Janeiro e Niterói, possuem uma densidade populacionais superior a 3.000 habitantes/Km2.

A Ilha do Governador é a maior ilha dentro da Baía de Guanabara, conforme pode ser observado pela Figura

6. A área urbana está centralizada na sua parte leste, e a sua região oeste está ocupada pelas instalações dos

aeroportos do Galeão e Tom Jobim. Os pontos de monitoramento: Praias da Bica, da Engenhoca e da Guanabara, foram escolhidos em função do monitoramento pregresso da balneabilidade.

A Praia da Bica está voltada para o sul e apresenta 3 Km de extensão. Esta praia, localizada entre a ponta de Manguinhos e o Esporte Clube Jardim Guanabara, está mareada pelo Parque Marcello de Ipanema, área de lazer recoberta por vegetação remanescente de Mata Atlântica (SMAC, 1998). A Praia da Engenhoca apresenta cerca de 400 metros de extensão está voltada para o norte e localiza-se entre a Ponta da Ribeira e a Praia do Zumbi. A Praia da Guanabara está localizada diametralmente oposta à Praias da Engenhoca e apresenta cerca de 1,6 Km de extensão. Entre ambas as praias localizam-se a ilhas de Mãe Maria e d’Água, utilizadas como depósitos e distribuição de petróleo pela PETROBRAS.

Situada ao fundo da Baía de Guanabara, a Ilha de Paquetá integra o arquipélago constituído pelas ilhas de Brocoió, Itapacis, dos Lobos e das Folhas, (SMAC, 1998). A Ilha de Paquetá, que está marcada pela atividade turística, apresenta áreas remanescentes de Mata Atlântica e vestígios da história local datados de meados do século XVII, tendo o seu conjunto paisagístico natural tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O monitoramento na Ilha de Paquetá incluiu as praias José Bonifácio, da Moreninha, Pintor Castagneto, situadas no lado oeste da ilha e as praias do Lameirão e do Catimbao, situadas no extremo norte da ilha. No leste da ilha, onde se localiza o canal central da Baía de Guanabara e a estação das barcas, foram monitoradas as praias da Covanca, dos Tamoios, Grossa e a praias das Gaivotas. No extremo sul da Ilha de Paquetá estão incluídas as praias do Relógio, da Imbuca, Manoel Luís e parque Darke de Mattos.

A Praia do Flamengo, voltada para o leste, apresentando uma extensão de 1,7 Km, está limitada ao norte pela Marina da Gloria e ao sul pela enseada de Botafogo. O ponto de coleta desta praia corresponde ao mesmo ponto selecionado no programa de monitoramento de balneabilidade pela SMAC.

METODOLOGIA DE AMOSTRAGEM

Inicialmente, o monitoramento nos 17 (dezessete) pontos selecionados, corresponderia à amostragem diária dos parâmetros medidos na água do mar enquanto que as areias das praias foram coletadas 3 três vezes por semana (2ª, 4ª e 6ª feira). Esta freqüência de coleta foi mantida durante o período de 28 de janeiro a 13 de fevereiro. A partir do dia 14 de fevereiro, a amostragem da água do mar passou a ser realizada 3 três vezes por semana (2ª, 4ª e 6ª feira) enquanto que as areias passaram a ser coletadas 2 duas vezes por semana (2ª e 4ª feira). A coleta de amostras para análise de óleo presente na água do mar foi realizada na camada imediatamente abaixo da superfície, de modo a assegurar a coleta somente do óleo emulsionado na água do mar. Na Figura 6 pode ser vista a localização dos pontos de monitoramento da Ilha de Paquetá.

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Figura 6 – Localização dos pontos de monitoramento da Ilha de Paquetá, Relatório TECMA, 2000.

Parâmetros Analisados in situ

O excesso de óleo nas águas impossibilitou as medições de pH e salinidade in situ. Em função da grande quantidade de óleo os elotrodos de medição necessitavam de limpeza após cada leitura. Desta forma, as leituras eram realizadas com a chegada das amostras no laboratório. Somente as temperaturas do ar e da água medidas in situ. Além disso, foram verificadas a direção do vento e as condições de maré durante o período.

Parâmetros Analisados no Laboratório

Em laboratório foram realizadas as seguintes análises ou determinações:

! Água do mar: pH, Salinidade, Condutividade Elétrica, Turbidez, Coliforme Totais e Fecais e Óleos e Graxas.

! Areia da Praia: Óleos e Graxas.

Todos os ensaios em laboratório foram realizados baseados em metodologias consagradas internacionalmente e os seguintes métodos de referência foram utilizados:

! Coliforme Totais e Fecais – SM 9221 (Multiple-tube Fermentation Technique for Members of

Coliform Group; Eaton et al, 1995)

! Óleo e Graxas (areia) - MF 414 (extração em Sxhlet; FEEMA, 1983) ! Óleo e Graxas (água) – SM 5520f (partição – gravimétrico; Eaton et al, 1995)

! Análises de pH, Salinidade, Condutividade Elétrica, foram realizadas no laboratório utilizando-se um potenciômetro com eletrodos específicos (Multiline P3-WTW) para os parâmetros analisados. Os gráficos apresentados a seguir, (Gráfico 1 a Gráfico 17), demonstram a variação da concentração de óleo das águas e areais das praias durante o período de monitoramento para os 17 pontos de coleta.

UNIÃO FL O R IAN O ) GA IVO T A S (O U M AL. PRAIA M ESBLA DA S LO BO S ILHA DO S CASTAGNETO RU A MA NO EL DE M AC E DO R. M AES TRO A NA C LETO

PRAIA DO STAM O IOS

PRAI A M ANO EL LU IZ IM BUC A PRAI A PRAÇ A ATO BÁS PRAI A DA GRO SSA DA P RAI A PRAIA BO NIFÁCIO JO SÉ DARKE DE M ATTO S CHÁCARA DA MO RENINH A PRAI A PRAI A PINTOR DO L AM EIRÃO R. DO IS I RM ÃOS PRAI A DO PRAI A I L H A D E P A Q U E T Á N C O V ANC A CA TIMBAO

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P raia d o F lam eng o - Ó leo 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta d a C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

areia água P raia d a B ica - Ó leo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta da C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 areia água

P raia d a E ng enho ca - Ó leo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta d a C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

areia água P raia d a G uanab ara - Ó leo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta da C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 areia água

P raia Jo sé B o nifácio - Ó leo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta d a C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

areia água P raia M o reninha - Ó leo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta da C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 areia água

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P raia Lam eirão - Ó leo 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta da C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 areia água

P raia P into r C astag neto - Ó leo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D ata d a C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 areia água

P raia C atim b ao - Ó leo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D ata d a C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

areia água P raia C o vanca - Ó leo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta da C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 areia água P raia d o s T am o io s - Ó leo 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D ata d a C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

areia água P raia G ro ssa - Ó leo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta da C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 areia água

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P raia d as G aivo tas - Ó leo 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta d a C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

areia água P raia U nião M esb la - Ó leo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta da C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 areia água

P raia Im b uca - Ó leo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta d a C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 areia água

P raia M ano el Luís - Ó leo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta da C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 areia água

P raia D arke M ato s - Ó leo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

28-jan 2-fev 7-fev 12-fev 17-fev 22-fev 27-fev D a ta d a C o leta 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 areia água

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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Análises dos resultados indicaram a ocorrência de elevadas concentrações de óleo, ultrapassando o limite estabelecido pela resolução CONAMA 20 (1986), onde está estabelecido que em águas salinas da classe 5, ou seja, destinadas à recreação de contato primário; à proteção das comunidades aquáticas e à criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à alimentação humana, os Óleos e Graxas devem ser virtuamente ausentes.

A Ilha de Paquetá apresentou concentrações muito elevadas de óleo, tanto na água como na areia durante o período de verificação. A variação das concentrações sugere que o aporte de óleo na Ilha de Paquetá teve início na região sudeste da ilha, especialmente no trecho entre a praia das Gaivotas e do Parque Darke de Matos. Com o decorrer dos dias e devido às alterações de maré, a presença de óleo ficou registrada em todas as praias da Ilha de Paquetá. As oscilações acentuadas na concentração, medidas ao longo dos dias de monitoramento, indicaram uma redução gradativa da concentração de óleo na água. Entretanto, a ocorrência de aumentos bruscos na concentração de óleo sugere uma liberação efetiva de óleo, que podem estar relacionadas tanto à operação de limpeza das pedras como, no caso das maiores concentrações, a ressuspensão do óleo depositado junto com o sedimento marinho em torno da Ilha.

A correlação dos dados analisados com o vazamento ocorrido pôde ser observada pelo fato de que a Ilha de Paquetá não possuir nenhuma atividade específica que justifique a presença de Óleos e Graxas tanto na água quanto na areia, sendo suas atividades relacionadas diretamente ao turismo. Em função das características do produto derramado, da batimetria da Baía de Guanabara próximo à Ilha de Paquetá, e dos dados referentes aos sedimentos em suspensão, conforme estudos apresentados pela SMAC, observa-se que a possibilidade da aderência do produto às partículas em suspensão é bastante acentuada.

De acordo com a metodologia aplicada, no que se refere a Óleos e Graxas, os valores encontrados são compostos de matéria graxa de origem animal e vegetal e hidrocarbonetos de petróleo. A sílica-gel, utilizada no processo de análise, tem a propriedade de adsorver os materiais polares (ácidos graxos), separando desta forma os hidrocarbonetos, o que permite a obtenção com precisão na avaliação da presença de hidrocarbonetos de petróleo com cerca de 97,2%.

O método utilizado para a determinação de Óleos e Graxas foi preferido por ser extremamente barato, prático e rápido além de amparado pela Legislação Ambiental Estadual em vigor. Reconhece-se, entretanto, que tal metodologia não caracteriza se a presença do óleo mineral resultante das análises seja decorrente especificamente deste vazamento. Entretanto, face à situação dos dados expostos é bastante provável que os resultados obtidos estejam realmente relacionados ao vazamento ocorrido. Em caso de dúvidas, outras análises laboratoriais, complementares àquelas realizadas, podem ser feitas para melhor caracterização deste parâmetro.

As oscilações das concentrações de óleo na água em torno da Ilha de Paquetá, ocasionadas pela liberação de óleo presente no sedimento marinho, apresenta-se como um processo aleatório devido principalmente à complexidade da hidrodinâmica local gerada pelo movimento oscilatório da maré. Embora as concentrações tenham se mantido mais baixas no final de fevereiro, a ocorrência de picos tão elevados (como observado na Praia Grossa em 25 de fevereiro, indicaram a necessidade da continuidade do monitoramento. Neste sentido, a SMAC optou por manter o monitoramento do parâmetro Óleos e Graxas em três pontos da Ilha de Paquetá: praia da Imbuca, praia José Bonifácio e praia da Moreninha. Desta forma, além de se dar continuidade ao trabalho estes dados poderão ser considerados como dados pretéritos a futuras avaliações).

Outras considerações pertinentes ao monitoramento estão relacionadas a ocorrência no dia 01 de fevereiro de valores de pH muito abaixo de 7,4 a 8,2 normalmente encontrados na água do mar em torno da Ilha de Paquetá (pH: média da primavera de 1999 foi de 8,14 ± 0,30). Outro aspecto a ser considerado é a ocorrência de concentrações de coliformes totais e fecais extremamente elevadas nas águas marinhas durante um período prolongado, fato este nunca registrado durante o monitoramento pregresso de balneabilidade dessas praias.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. EATON, A.D.; CLESCERI, L.S.; GRENBERG, A.E.; Standard Methods for the Examination of Water and

Wastewater, 19th Edition, American Public Health Association, 1000pp., 1995.

2. FEEMA, Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente, Manual do Meio Ambiente: Métodos

FEEMA, Vol. II, 82pp, Rio de Janeiro, RJ, 1983.

3. Relatório TECMA, No. 00.011/Lab, Monitoramento de Praias da Baía de Guanabara, Ilha de Paquetá, Ilha do Governador, Praia do Flamengo, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Prefeitura do Rio, 62pp., 2000.

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