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Palavras-chave: Sistematização da Assistência em Enfermagem. UTI. Processo de Enfermagem

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Academic year: 2021

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1. Bacharel em Enfermagem, Pós-graduando (a) em Enfermagem em UTI - Atualiza Pós-Graduação 2. Docente da disciplina Metodologia da pesquisa, Mestre em Medicina e Saúde Humana - EBMSP

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ROTINA DO ENFERMEIRO INTENSIVISTA

Dayane Frias da Hora¹ Leandro Almeida Brito¹ Mayline Josie Nogueira Correia da Rocha¹ Cristiane Maria Carvalho Costa Dias²

RESUMO

INTRODUÇÃO: Este estudo reflete sobre a relevância da Sistematização da Assistência de

Enfermagem (SAE) na rotina do enfermeiro intensivista. As atividades de enfermagem se baseiam em uma metodologia, cujo oferece assistência integral ao paciente na UTI. A SAE implementa a teoria à prática, promovendo organização, planejamento e uma assistência segura. OBJETIVO: Identificar na literatura brasileira a contribuição da SAE para a rotina do enfermeiro intensivista. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, com levantamento bibliográfico, a coleta de dados foi realizada por meio de análise de artigos nacionais indexados encontrados no Scielo e Lilacs tendo como descritores: Sistematização da Assistência de Enfermagem, UTI, Processo de enfermagem.

RESULTADOS: Os estudos encontrados na literatura brasileira deixam evidente que os

enfermeiros devem utilizar a SAE na UTI como método de trabalho justificado pelas inúmeras contribuições e vantagens existentes, que acarretam em facilidade, autonomia, priorização e ampliação do conhecimento científico frente aos problemas surgidos dentro da UTI. CONCLUSÃO: A Sistematização da Assistência de Enfermagem é considerada eficiente, organizacional, prioritário, específico ao atendimento, contribuindo para a prática assistencial exigida pelo meio intensivista. Além dessas vantagens, traz benefícios como redução da incidência e tempo das internações hospitalares à medida que agiliza o diagnóstico e o tratamento do problema de saúde.

Palavras-chave: Sistematização da Assistência em Enfermagem. UTI. Processo de

Enfermagem

1 INTRODUÇÃO

A enfermagem pode ser caracterizada com uma profissão complexa e abrangente, que possui como característica principal o cuidar.1. As atividades de enfermagem se baseiam em teorias científicas e utilizam

como metodologia o Processo de Enfermagem (PE), uma ferramenta que implementa a teoria à prática de forma organizada. No Brasil foi introduzido na década de 60, principalmente, por Wanda Horta de Aguiar norteada pela teoria de

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Maslow, elaborando a teoria das Necessidades Humanas (psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais), publicando em 1979 um livro: O Processo de Enfermagem.2, 3.

Para alguns autores a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) e o processo de enfermagem (PE) são utilizados como sinônimos. Atualmente apresenta-se em cinco fases: investigação, diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação.4. Possui importância na rotina e nas atitudes de um enfermeiro intensivista que, por conseguinte, administra a unidade e todos os envolvidos, profissionais, pacientes e familiares.

Os cuidados da enfermagem com os pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exigem atenção constante, por ser um setor de alta complexidade, que trata de pacientes graves, monitorizados, e que necessita de assistência com cuidados contínuos, o que demanda grande responsabilidade dos profissionais que atuam neste setor, sendo importante o

trabalho em equipe e a

interdisciplinaridade. 5.

Os enfermeiros intensivista estão regularmente expostos a situações clínicas difíceis que requerem atenção e controle. Com o PE além de integrar, organizar e garantir a continuidade das informações da

equipe de enfermagem permite avaliar a sua eficácia e efetividade e, modificá-lo de acordo com os resultados na recuperação do cliente e também servir de fundamentação permanente para a educação, pesquisa e gerenciamento em enfermagem.6.

A literatura revelou uma evolução crescente e contínua em direção a uma assistência integral utilizando a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) ao paciente na UTI, pois este instrumento tem por finalidade organizar, planejar, executar e avaliar a assistência de enfermagem, acarretando melhores resultados.

Portanto, essa pesquisa é relevante para a Equipe de Enfermagem Intensivista, pois direciona as atividades assistenciais na UTI, visto que buscam instituir comportamentos para transformações e visam à autonomia profissional.

Diante do exposto, esse artigo tem como objetivo identificar na literatura brasileira a contribuição da SAE para a rotina do Enfermeiro Intensivista.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa fundamentada por levantamento bibliográfico de natureza qualitativa. A coleta de dados foi realizada por meio de bases de dados – SCIELO e

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LILACS – tendo como descritores: Sistematização da Assistência de Enfermagem, UTI e Processo de enfermagem, seguido de leitura exploratória do material encontrado, análise dos artigos e seleção daqueles que abordaram os aspectos de acordo com o objetivo da pesquisa, refletindo a veracidade da mesma e respeitando os direitos autorais.

Os critérios de inclusão foram artigos na íntegra, publicados em português e que abordaram a sistematização da assistência de enfermagem e sua aplicabilidade na UTI, conforme Figura 1.

63 REFERÊNCIAS 119 REFERÊNCIAS SELECIONADOS: 21 SELECIONADOS: 8 EXCLUÍDOS: 11 EXCLUÍDOS: 5 SELECIONADOS 3 EXCLUÍDOS: 2 TOTAL: 14 PUBLICAÇÕES

Figura1 - Seleção de publicações sobre a SAE na

Unidade Terapia Intensiva.

3 RESULTADO E DISCUSSÃO

Diante da temática abordada, do objetivo proposto e dos estudos encontrados e analisados pode-se constatar que as produções dos artigos estão distribuídas por todo o país, porém prevaleceram na

região Sul do Brasil, principalmente no estado do Rio Grande do Sul. O assunto vem adquirindo um grau de relevância na sociedade de enfermagem, justificado pelo aumento gradual da produção bibliográfica, contribuindo assim para a expansão do conhecimento.

Apesar de aproximadamente 65% concordarem entre si, sobre a significativa contribuição da SAE para a rotina do enfermeiro intensivista, entre outros benefícios, e para outros setores no geral, alguns trazem inúmeros fatores que dificultam a sua aplicação à prática.

Todos pontuam que ainda requer mais estudos da SAE na UTI, principalmente os estudos mais recentes, as discussões estão ligadas a conceituação e histórico da SAE, colocada por alguns autores como um instrumento desnecessário ou opcional, o que contradiz com a maioria, além de ser algo normatizado pelo Conselho Federal de Enfermagem, e que já deveria estar implementado em todos os serviços, principalmente em um setor específico como a UTI.

Ressaltando que a implementação da SAE pela resolução 272/2002 do COFEN, é uma atividade privativa do enfermeiro constitui, efetivamente, a possibilidade de melhora na qualidade da Assistência de Enfermagem. Atualmente a Resolução do COFEN nº 358/2009 dispõe sobre a

SCIELO LILACS

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Sistematização da Assistência de Enfermagem na UTI e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.7, 8. Após a exploração dos artigos, percebe-se que os autores citam a SAE como um instrumento que contempla uma assistência que beneficia diretamente o paciente, como também à instituição e aos demais profissionais, além de reduzir os erros, custos e o tempo, traz otimização na comunicação e documentação da assistência prestada.1, 3, 5 ,10, 11, 12.

Entretanto, alguns dados trazem divergência da maioria, apontando as desvantagens e/ou dificuldades direcionadas à aplicabilidade da SAE a rotina do enfermeiro intensivista.

Segundo a literatura pesquisada, esta metodologia é relevante, em vários setores, principalmente hospitalar, a exemplo da UTI, cujos pacientes em estado grave aguardam cuidados dos diversos profissionais: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas entre outros. 1,7, 10, 13.

A profissão vem sofrendo transformações concretas ao longo dos anos, concomitante aos avanços da própria área, tecnológicos, científicos entre outros, fazendo com que esses profissionais se adequem às novas normativas e concretizem seus saberes.

ANO ESTADO Autor

2000 Pernambuco Garcia

2004 Rio Grande do Sul

Distrito Federal Pivotto Hermida 2005 Paraná São Paulo São Paulo Backes e Schwartz Cunha e Barros Reppeto

2006 Rio Grande do Sul Elizalde e Almeida

2008 Santa Catarina Ceará Nascimento et AL Alves 2009 Santa Catarina Paraná Amante Truppel Venturini 2010 Santa Catarina

Rio Grande do Sul

Barra e Sasso Paganin

Quadro 1 Distribuição dos artigos de acordo com o

ano de publicação - Brasil - de 2000-2010 por Estado e Autor.

O enfermeiro aplicando a SAE em sua rotina estabelece as prioridades de cada paciente, objetivando a restauração da sua saúde. Para realizar as atividades de cuidado, são necessárias habilidades e capacidades que permitem a organização e sistematização da assistência, pois é para determinar o que deve ser feito, porque deve ser feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito, com quem deve ser feito e que resultados são esperados com a execução/intervenção de enfermagem (para que deve ser feito), o profissional precisa deter o conhecimento fisiopatológico e gerencial, que ultrapasse o tratamento convencional baseado no diagnóstico médico, oferecendo um cuidado integralizado. 1.

Os modelos teóricos têm contribuído muito na prática assistencial da enfermagem na

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UTI, quando utilizados como referencial para a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), na qual o processo de enfermagem é a maneira sistemática e dinâmica de prestar cuidados de enfermagem, promovendo cuidado humanizado, orientado a bons resultados e baixo custo.5, 10.

Nota-se ainda, que falta discussões de estratégias de como reduzir as dificuldades encontradas na implementação desta metodologia, que é considerado um importante instrumento da profissão. Na enfermagem, o cuidar é necessário para a manutenção, a recuperação e o restabelecimento dos indivíduos, o que é contemplado quando se implementa a SAE.5, 10. Entretanto, alguns autores colocam que este cuidado assumiu um caráter mecanizado, intuitivo e não sistematizado, enfatizando as ações na doença presente e não no paciente. 11, 14.

Sistematização da Assistência de Enfermagem: sua contribuição na unidade

de terapia intensiva

A SAE na rotina do enfermeiro intensivista é considerada eficiente, organizacional, prioritária, específica ao atendimento, contribuindo para a prática assistencial altamente especializada exigida na UTI,

mostrando ser imprescindível para uma assistência de qualidade, com eficiência e eficácia.5.

Os autores convergem com a ideia de que sistematizar implica em utilizar a metodologia, que isto consolida a profissão e a visibilidade das ações desempenhadas pelo enfermeiro, caracterizando ainda enquanto disciplina e ciência, cujos conhecimentos são próprios e específicos.1. Ao assumir o cuidado do paciente na UTI por meio da SAE, os enfermeiros avaliam sua prática profissional, a sua importância, e os seus significados, construindo a partir disso, formas de pensar e agir.11. E só assim a Enfermagem é capaz de realizar uma assistência rápida e de qualidade.10. Uma função muito importante na rotina do enfermeiro na UTI é o planejamento da assistência e para isso é necessário levantar informações, problemas, executar ações e avaliar os resultados para assegurar a continuidade do cuidado, o que é efetivado quando se aplica a SAE na UTI, pois há a aplicação dos conhecimentos científicos à prática, promovendo a qualidade da Assistência de Enfermagem, além de garantir a autonomia profissional.

Assim a implantação da SAE na rotina do enfermeiro intensivista, diante das ideias expostas, possibilita organizar e desenvolver o raciocínio lógico no processo de assistir/ cuidar dos clientes

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internados em terapia intensiva, onde é permitido estabelecer uma relação entre as avaliações clínicas, os diagnósticos, as intervenções e os resultados de enfermagem, adquirindo, ainda um caráter prático, dinâmico, sistemático e, principalmente individualizado e humanizado.

A sistematização identifica quais necessidades básicas afetadas nos pacientes, com seus respectivos diagnósticos e intervenções possibilitando o cuidado objetivo e individualizado.7. Um ponto que faz parte deste PE é o sistema de classificação, ou uma taxonomia, permitindo uma linguagem única e padronizada, a qual favorece o processo de comunicação, o processamento dos dados, e o desenvolvimento de pesquisas. Existem sistemas, diferentes, que foram criados para atender a padronização da linguagem na enfermagem, a exemplo do Nursing Interventions Classification (NIC), do Nursing Outcomes Classification (NOC), do North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) e a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE), entre outras. 5, 6. Ou seja, a introdução de uma classificação diagnóstica possibilitou às enfermeiras a utilização de uma terminologia padronizada para referir os problemas do

paciente facilitando a comunicação entre profissionais.15.

A SAE subsidia intervenções de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade4. Sendo um recurso para o enfermeiro aplicar e demonstrar seus conhecimentos científicos, técnicos e humanos no cuidado ao paciente.10. Constitui-se em um instrumento para que as ações de Enfermagem possam ser registradas e contabilizadas, representando um importante passo para a definição e valorização da enfermagem como profissão. 10, 13.

Assim a implantação da SAE na UTI, a partir de um conhecimento específico e de uma reflexão crítica e problematizada, constitui-se um instrumento de fundamental importância para que o enfermeiro intensivista possa gerenciar e otimizar a assistência de enfermagem na UTI de forma organizada, segura, dinâmica e competente.

Verifica-se que 60% dos autores acreditam que a utilização do PE permite e auxilia o enfermeiro a planejar e organizar o processo de cuidado. Nesse sentido, ele contempla os recursos humanos e materiais com a finalidade de promover uma assistência de qualidade e focalizada no paciente e a sua não implementação pode comprometer a assistência.1, 5, 6, 11, 13.

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O enfermeiro, líder da sua equipe de enfermagem, através da SAE, assegura uma prática assistencial adequada e individualizada, sendo explícita esta ação do cuidado na UTI, onde o PE adquiriu um caráter relevante devido à gravidade da situação da saúde dos pacientes internados, dificultando a entrevista e exigindo uma observação e exame físico adequado. 1, 3, 5, 7, 10, 15.

Apresenta ainda benefícios no âmbito hospitalar intensivo, como a redução da incidência e tempo das internações hospitalares à medida que agiliza o diagnóstico e o tratamento do problema de saúde, cria um plano de eficácia de custos, melhora a comunicação entre a equipe, prevenindo erros e repetições desnecessárias, elabora cuidados ao indivíduo e não apenas a doença.10, 11. O cuidado de enfermagem, especialmente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), é complexo e desafiador, pois o PE além de integrar, organizar e garantir a continuidade das informações da equipe de enfermagem permite avaliar a sua eficácia e efetividade e, modificá-lo de acordo com os resultados na recuperação do cliente e também servir de fundamentação permanente para a educação, pesquisa e gerenciamento em enfermagem.6.

f %

Reduz a quantidade e tempo de internamento 2 20 Proporciona planejamento e organização 6 60 Assistência individualizada e integral 7 70 Assistência qualificada e humanizada 6 60

Otimiza e facilita a assistência 2 20

Agiliza diagnóstico e o tratamento do problema de saúde

2 20

Promove a continuidade da assistência

2 20

Eleva a eficácia e eficiência da assistência

6 60

Reduz os custos 2 20

Melhora a comunicação entre a equipe/ profissional-paciente

5 50

Previne erros e repetições desnecessárias

4 40

Prática através de conhecimento científico 4 40 Qualificação e valorização da profissão 7 70 Segurança profissional 2 20

Promoção, prevenção e reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade

2 20

Autonomia profissional 8 80

10 100 Quadro 2 Distribuição dos fatores que favorecem a

implementação da SAE na UTI, segundo autores pesquisados.

A SAE ainda, segundo os artigos pesquisados, diferencia os profissionais que se baseiam em prescrições médica e no empirismo daquelas que usam esta metodologia para planejamento em sua rotina.15.

Com a aplicação dos processos de enfermagem percebeu – se a importância de existir na UTI a Sistematização da Assistência, pois só assim a Enfermagem é capaz de realizar uma assistência rápida e de qualidade.10.

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A Sistematização da Assistência de Enfermagem sob a visão negativa dos autores quanto à sua contribuição para a enfermagem

A SAE, apesar da maioria dos dados trazerem positividade sobre a sua implementação na terapia intensiva, em divergência, alguns estudos trazem as desvantagens e insatisfação que os próprios profissionais, entre técnicos de enfermagem e enfermeiros relatam sobre sua aplicação, tanto na UTI quanto em outros setores.

Para estes autores o PE tornou-se mais uma tarefa burocrática a ser cumprida, assim, é importante sua avaliação permanente na prática. 10,14.

Em alguns trabalhos é possível perceber que há insatisfação, citada por alguns membros da equipe, quanto a ter que fazer a SAE. Assim como alegam a exclusão dos profissionais de nível médio, como apenas executante das prescrições sem a oportunidade de participar e discutir os processos da elaboração. 14.

Ainda descrevem que há o desencontro de informações, entre o que é relatado pelo paciente a outro profissional e o que o enfermeiro anotou como avaliação ou evolução; e ainda cita o prontuário informatizado como dificultador, onde são acessadas frases prontas para as evoluções

de enfermagem com os cuidados já descritos.14.

Para 20% dos autores, que veem a SAE como um instrumento dificultador, consideram um método burocrático, mecanizado e rotinizado, agravado pelo número insuficiente de profissionais da enfermagem.10, 14.

Exposto, ainda por outros autores, a SAE diferencia – se na prática da proposta teórica: visão holística e integral ao ser humano, onde as ações do enfermeiro continuam fragmentadas, voltadas a uma assistência focada na doença e não nas necessidades globais do indivíduo.14.

Outros fatores citados pelos pesquisadores foram: as dificuldades ou impedimentos na qual se tem ao implementar e/ ou executar a SAE e as fases do processo de enfermagem necessário. Tais fatores são descritos: despreparo do pessoal, falta de interesse, falta de tempo, quantidade de pessoal, falta de material e/ou equipamentos, falta de vontade por parte das chefias e de instituição.16. Enquanto que outros autores referem como barreira à inadequação quanto ao dimensionamento de enfermeiros. 14, 17.

É citado ainda de forma mais específica e explicativa que muitos destes fatores estão na esfera organizacional, que muitas vezes são estabelecidos por outros profissionais sem a participação do enfermeiro. Outros

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ligados aos valores, as atitudes, crenças e habilidades técnicas e intelectuais, buscando justificar-se nas deficiências da graduação. 18.

f %

Falta de preparo e desinteresse dos profissionais e das

instituições

5 100

Exclusão da participação dos profissionais de nível médio durante a elaboração 1 20 Prontuário informatizado, dificultando o cuidado individualizado 1 20

Falta de uniformidade dentro de uma mesma instituição

1 20 Descontinuidade do serviço e a excessiva burocratização 2 40 Informações discordantes, inconsistentes ou desencontradas, entre as anotações de enfermagem e dos demais membros da equipe

1 20

Método mecanizado e rotinizado

1 20

Falta de tempo, de material e/ou equipamento 4 80 Inadequação do dimensionamento de pessoal 3 60 Sobrecarga de trabalho 1 20

Falta de raciocínio clínico 1 20

Imprecisão no planejamento 1 20

Deficiência no processo de formação

1 20

5 100

Quadro 3 Distribuição de fatores que interferem

negativamente na implementação da SAE na UTI, segundo autores pesquisados.

Em observância, os dados citados acima contêm os empecilhos e/ou barreiras devem ser superados, reavaliando estes pontos e adequando-se a cada situação, revertendo-a nopanorama brasileiro.

4 CONCLUSÃO

Conclui-se que a SAE contribui diretamente na rotina do enfermeiro intensivista, pois promove uma assistência de qualidade, otimizada e, sobretudo, individualizada, fator essencial para subsidiar o paciente em terapia intensiva, além de oferecer autonomia, aprimoramento e conhecimento científico ao enfermeiro intensivista e, consequentemente, à sua equipe de trabalho.

Mediante esta revisão bibliográfica, constatou-se, que ainda existe uma lacuna entre esta metodologia e os profissionais de enfermagem e instituições, que deve ser analisada quanto à contribuição da SAE na rotina do enfermeiro intensivista, para que, desta forma, possa consolidar as ações da Enfermagem neste setor, visando à concretização científica profissional.

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