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História FUVEST ETAPA. Resposta QUESTÃO 1 QUESTÃO 2

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Academic year: 2021

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QUESTÃO 1

Leia o texto e examine a imagem.

A arte gótica reúne e desenvolve os fermentos no-vos [...] e os organiza em sistema; e esse sistema tem um lugar seguro na mais vasta organização do saber.

G. C. Argan. História da arte italiana.

Da Antiguidade a Duccio.

São Paulo: Cosac & Naif, 2003, v. 1, p. 337. Adaptado.

Abadia de Fossanova (Itália), interior, ini-ciada em 1187 e consagrada em 1208.

a) Identifique, a partir da imagem, dois ele-mentos característicos do chamado estilo gótico.

b) Do ponto de vista cultural, apresente e explique uma característica do “sistema”, que, segundo o texto, “tem um lugar seguro na mais vasta organização do saber”.

Resposta

a) A imagem permite a observação de di-versos aspectos do estilo gótico, entre os quais: um espaço interior com poucas pare-des entre as colunas, a fim de conferir leveza

ao edifício; arcos profundos compostos de dois segmentos de arco – ogivas – para con-seguir alturas maiores; além de enormes vitrais coloridos que filtrando a luz exterior conferiam ao ambiente um ar sereno e mís-tico numa alusão à luz celestial.

b) A arte gótica reuniu elementos principal-mente arquitetônicos que deveriam servir de expressão do “espírito de Deus”, mas também de todo um sistema de poder que a Igreja Católica procurava afirmar em meio a um mundo em transformação. Daí, por exemplo, a grandiosidade das construções em comparação com estilos mais antigos, como, por exemplo, o românico. Na Europa Medieval, o poder da Igreja Católica passa-va pela produção e circulação do saber, as-sim como pelas relações sociais, políticas e econômicas. Nesse período ocorre o desen-volvimento das universidades, que tiveram papel destacado na organização do saber. A filosofia se desenvolve com a escolástica, cujo principal expoente foi Tomás de Aquino, que, inspirado em Aristóteles, tentará conci-liar a fé com a razão. É reforçado o argumen-to de auargumen-toridade, em que qualquer afirmati-va deveria estar de acordo com as crenças estipuladas pela Igreja e seus mestres.

QUESTÃO 2

Representando apenas 19,6% das exportações brasileiras em 1822 (com a média de 18,4% nos anos 1820), o café passou a liderar as exportações brasileiras na década dos 1830 (com 28,6%), as-sumindo assim o lugar tradicionalmente ocupado pelo açúcar desde o período colonial. Nos meados do século XIX, passava a representar quase a me-tade do valor das exportações e, no último decê-nio do período monárquico, alcançava 61,5%. Já a participação do açúcar no quadro dos valores das exportações brasileiras passou de 30,1%, na década de 1820, a apenas 9,9%, nos anos 1880. O algodão alcançava 20,6%, na década de 1820, cifra jamais alcançada depois, em todo o período

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monárquico. Com exceção dos anos da guerra ci-vil americana, que se refletiram na elevada parti-cipação do produto no conjunto das exportações dos anos 1870 (18,3%), verifica-se o declínio das exportações que, nos anos 1880, têm uma parti-cipação de apenas 4,2%. O comportamento das exportações de fumo revela que essas oscilaram em torno de baixas percentagens, durante todo o período monárquico. Alcançando 2,5% do va-lor global das exportações na década de 1820, decaiu, nas duas décadas seguintes (1,9% para os anos 1830 e 1,8% para os anos 1840). Na se-gunda metade do século, melhorou a posição do fumo no conjunto das exportações, tendo alcan-çado, nos anos 1860 e 1870, as maiores percenta-gens do período, com 3% e 3,4%. A participação do cacau no conjunto das exportações nacionais cresceu de 0,5% na década de 1820 para 1,6% na última década da monarquia, a mais alta porcen-tagem do período.

Sérgio Buarque de Holanda (org.). História geral

da civilização brasileira. II. O Brasil Monárquico. 4. Declínio e queda do império. Rio de Janeiro: Difel,

1985, p. 119-126. Adaptado.

Com base no texto, responda ao que se pede: a) Elabore um gráfico das exportações bra-sileiras de café, açúcar e algodão no período monárquico, incluindo os respectivos dados percentuais (aproximados).

b) Qual foi o principal produto de exporta-ção brasileiro, respectivamente, nas décadas de 1820, 1830 e 1880?

Resposta

a)

b) O principal produto de exportação brasi-leiro na década de 1820 foi o açúcar; já nas décadas de 1830 e 1880 foi o café.

QUESTÃO 3

Observe a foto abaixo, tirada no Gueto de Varsóvia, em 1943, durante a ocupação na-zista da Polônia.

Mendel Grossman. With a Camera in the Ghetto. Tel-Aviv: Hakibbutz Hameuchad, 1972, p.47.

a) Por que o menino porta uma estrela nas costas e o que essa estrela representava nas zonas de domínio nazista?

b) Explique a dinâmica de funcionamento do Gueto de Varsóvia e o que ele represen-tou na dominação nazista da Polônia.

Resposta

a1) Por que o menino porta uma estrela nas costas?

A partir do dia 23 de novembro de 1939, foi ordenado que os judeus poloneses passas-sem a usar um distintivo – a estrela amarela. Portanto, a estrela nas costas do menino presta-se a identificá-lo como judeu.

a2) O que essa estrela representava nas zo-nas de domínio nazista?

Cerca de três semanas após a invasão da Polônia, em 21 de setembro de 1939, o chefe do escritório central de segurança do Reich – Reinhard Heydrich – ordenou que os judeus poloneses se mantivessem estrita-mente agrupados.

Portanto, o uso da estrela amarela prestava--se a identificar os judeus que deveriam ser agrupados nos guetos, distinguindo-os da população não judaica.

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b1) Dinâmica de funcionamento do gueto de Varsóvia:

O gueto era o espaço em que os judeus tinham de ficar agrupados. Era isolado por altos muros ou arame farpado e vigiado pela polícia local e pela polícia alemã.

A circulação era restrita e, confinados, fica-vam subordinados às autoridades de ocupa-ção, e em seu interior os assuntos da co-munidade eram geridos por um “conselho judeu” (Judenräte) com autoridade auxiliada por uma força policial judia.

b2) O que o gueto de Varsóvia representou na dominação nazista da Polônia?

Maus tratos, frio, fome, epidemias e trans-ferências forçadas para campos de extermí-nio tiveram um papel importante no interior do gueto para gerar um sentimento de re-sistência e revolta à opressão nazista. No dia 18 de abril de 1943 eclodiu a revolta do gueto de Varsóvia. Durante várias sema-nas, sem armas suficientes e sem auxílio exterior, milhares de judeus resistiram a vá-rios batalhões alemães.

Essa revolta adquiriu um caráter simbólico de resistência dos judeus ao jugo nazista e de certa forma inspirou, ao final da guerra, a Declaração Universal dos Direitos Huma-nos, garantindo, entre outros, o direito à vida.

QUESTÃO 4

Leia os textos a seguir:

Coube ao Gen. Mourão Filho, Cmt. da 4ª Re-gião Militar, essa histórica iniciativa, a 31 de março, nas altaneiras montanhas de Minas. E a Revolução, sem que tivesse havido elaboradas articulações prévias entre os Chefes Militares, – não teria havido tempo para isto – empolga o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, para ter seu epílogo às 11h45min do dia 2 de abril, no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, com a partida do ex-Presidente João Goulart para o estrangeiro.

M. P. Figueiredo. A Revolução de 1964.

Um depoimento para a história pátria. Rio de

Janeiro: APEC, 1970, p. 11-12. Adaptado.

Lembro-me bem do dia 31 de março de 1964. Era aluno do curso de Sociologia e Política da Fa-culdade de Ciências Econômicas da antiga Uni-versidade de Minas Gerais e militava na Ação Popular, grupo de esquerda católica [...] No dia seguinte, 1º de abril, já não havia dúvida sobre a vitória do golpe. Saí em companhia de colegas a vagar pelas ruas de Belo Horizonte [...] Contem-plávamos, perplexos, a alegria dos que celebra-vam a vitória e assistíamos, assustados, ao início da violência contra os derrotados.

J. M. de Carvalho. Forças Armadas e

Política no Brasil. Rio de Janeiro:

Jorge Zahar Editor, 2005, p. 118.

a) Que denominação cada autor utilizou para se referir ao regime instaurado após 31 de março de 1964? A que se deve essa dife-rença de denominação?

b) Tal diferença se relaciona com a criação da Comissão da Verdade em 2012? Justifi-que.

Resposta

a) No primeiro texto, utiliza-se a palavra “Re-volução” para o movimento de 31 de mar-ço de 1964. Diante da intensa agitação no governo Goulart e no clima da Guerra Fria, acusava-se o governo de caminhar para o comunismo devido à sua política de refor-mas. Dessa maneira, “Revolução” implicaria na transformação da nação, no sentido da ordem e no fim da crise, que se avolumava naquele momento. “Revolução”, portanto, é uma expressão que dá, de maneira geral, uma legitimidade ao movimento, no interes-se da maioria da nação.

No segundo texto, utiliza-se a palavra “gol-pe” para o movimento de 31 de março de 1964.

A derrubada do governo Goulart era ilegíti-ma. O governo foi constituído legalmente pelas regras estabelecidas pela Constituição em vigor (1946). Dessa maneira, “golpe” implicaria na ilegitimidade, no desrespeito às “regras do jogo”. Um golpe realizado no interesse de grupo de oposição ao governo Goulart.

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b) Sim, podemos afirmar que a diferença do uso das expressões “Revolução” e “golpe” relaciona-se com a criação da Comissão da Verdade.

A partir do instante em que o golpe se carac-teriza como inconstitucional (logo ilegítimo), o governo que assumiu o poder também é visto como ilegítimo.

O cerceamento das liberdades (como de expressão e opinião) e a radicalização de po-sições políticas de ambos os lados conduziu a um desprezo pela democracia e a uma in-tensa repressão que não tinha apoio na lei. Os abusos no período 1964-1985 em rela-ção à tortura e assassinatos políticos não encontram respaldo nem na legislação apro-vada pelos governantes após o golpe. Dessa forma, a Comissão da Verdade visa, entre outros aspectos, restabelecer a justi-ça e averiguar os abusos e as ilegalidades do período citado.

QUESTÃO 5

Não esqueçamos que o processo de formação de um povo e de uma civilização gregos não se de-senrolou segundo um plano premeditado, nem de maneira realmente consciente. Tentativa, erro e imitação foram os principais meios, de tal modo que uma certa margem de diversidade social e cultural, amiúde muito marcada, caracterizou os inícios da Grécia. De fato, nem o ritmo nem a própria direção da mudança deixaram de se alte-rar ao longo da história grega.

Moses I. Finley. O mundo de Ulisses. 3ª ed. Lisboa: Presença, 1998, p.16.

a) Indique um elemento “imitado” de outros povos e sociedades que teria estado presen-te nos “inícios da Grécia”.

b) Ofereça pelo menos dois exemplos do que o autor chama de “diversidade social e cultural”, que “caracterizou os inícios da Grécia”.

Resposta

a) Nos “inícios da Grécia“ estavam presen-tes elementos de outros povos, como a or-ganização em clãs (genos), a presença de

um líder que combinava a autoridade militar e política, a religião com o culto de vários deuses (politeísmo), o culto dos antepas-sados e a comunidade formada com base em vínculos culturais, étnicos e religiosos, fazendo parte de uma tradição comum. b) Afirma-se que os antigos habitantes da re-gião que deu origem à Grécia eram os pelas-gos ou pelágios. Entre os séculos XX-XVI a.C., desenvolve-se a civilização egeia, cretense ou minoica. Em cerca de 2 000 a.C., a região é invadida pelos indo-europeus. Na formação do povo grego distinguem-se os aqueus, jônios, eólios e dórios. Na Antiguidade não existiu um Estado grego, nos moldes de outros impérios da Antiguidade. Havia cidades--estado independentes, havendo destaque para Esparta, de origem dórica. Situava-se na península do Peloponeso e destacou--se em atividades agrícolas e militares. Já Atenas, localizada na região da Ática tinha uma intensa atividade mercantil, possibili-tando uma maior mobilidade social do que em Esparta. Culturalmente, Atenas era mais sofisticada que Esparta, destacando-se na poesia, teatro, filosofia e história.

QUESTÃO 6

A Revolução Mexicana, iniciada em 1910, arrastou-se por quase dez anos e envolveu diversos projetos políticos e sociais.

a) Identifique e analise uma das principais reivindicações dos zapatistas durante essa Revolução.

b) Cite e analise duas das principais mudan-ças sociais trazidas por essa Revolução.

Resposta

a) A Revolução Mexicana (1910) contou com a liderança liberal de Francisco Madero e teve participação popular. Emiliano Zapata era um líder indígena do sul do México que reivindicava a reforma agrária, com o retorno das terras aos indígenas (ejidos).

b) Como resultado da Revolução Mexicana, houve a aprovação, em 1917, de uma Cons-tituição que incluía várias propostas sociais, como a reforma agrária, desapropriações

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efetuadas por utilidade pública mediante indenização, garantia de trabalho e direi-tos trabalhistas. Porém muidirei-tos dos dispo-sitivos previstos pela carta constitucional não foram implantados imediatamente. Somente com a ascensão do presidente Lázaro Cárdenas (1934-1940) ao poder é que a reforma agrária realmente evoluiu.

Basicamente, a importância social da Revo-lução Mexicana foi sua intervenção na estru-tura agrária do país, até então caracterizada por séculos de latifúndio; e a aprovação de uma Constituição que, entre outras medi-das, criava regras para o estabelecimento de uma democracia no país.

Referências

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Além dis- so, faz-se fundamental citar o caráter tipicamente extrativista da cultura da borracha – tal como foi, durante o Brasil Colônia, os casos do pau-brasil e da mineração –,

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