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Diferentes abordagens no monitoramento temporal de áreas em restauração

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II° REFOREST – Simpósio Nacional sobre Restauração Florestal – Viçosa(MG) 7-9/08/2013

7/08/2013 15:10h – Palestra: Diferentes abordagens no monitoramento temporal de áreas em restauração. (Sergius Gandolfi – ESALQ‐USP)

Disponível em versão digital URL : http://www.lerf.esalq.usp.br/ e http://www.larf.ufv.br/

Diferentes abordagens no monitoramento temporal de áreas em restauração

Sergius Gandolfi (Lerf/Esalq/USP)

A restauração de florestas cresceu e se desenvolveu muito no Brasil, e gradualmente maneiras e velocidades foram sendo formuladas e implantadas, colhendo-se bons e maus resultados (Martins, 2012).

Didaticamente podemos separar as formas de restauração em uso em três categorias:

- Substituição florística passiva - se baseia no recobrimento inicial da área degradada por um conjunto de espécies, não pertencentes à vegetação de referência, que devem ser substituídas pelas espécies de interesse vindas do entorno imediato Esse método pode ser mais barato, mais lento e mais incerto que os demais, pois está limitado pela riqueza biológica da vizinhança (p.ex., áreas de mineração recobertas por espécies herbáceas ou de adubação verde situadas em paisagens pobres - Bartha et al., 2003; Alday et al., 2011).

- Substituição florística induzida - na qual se introduz ou favorece um número restrito de espécies da vegetação de referência, que serão parcialmente substituídas, mas que tem o papel de induzir a criação de um habitat florestal e de favorecer processos ecológicos importantes para acelerar a evolução da comunidade local. Seria um método um pouco mais caro, mais rápido, menos imprevisível e um pouco menos limitado pela riqueza biológica da vizinhança, já que espécies ausentes na paisagem podem estar sendo inicialmente introduzidas. (p.ex., semeadura direta em paisagens pobres - Aguirre, 2012)

- Substituição florística pré-determinada - que consiste em introduzir um grande número de espécies da vegetação de referência, que serão parcialmente substituídas, mas que devem criar e manter o habitat florestal por décadas favorecendo o enriquecimento natural e a evolução da comunidade local. Seria entre os três, em geral, o mais caro, mais rápido, mas também o mais previsível e menos limitado pela riqueza biológica da entorno. (p.ex., transferência de banco de sementes do solo - Lamb et al., 2005, ou plantio de mudas com alta diversidade - Rodrigues, et al., 2009).

Assim, a lógica dos métodos de restauração ecológica de florestas, em geral empregados, se baseia, em maior ou menor grau, na introdução (direta ou indireta) ou no favorecimento de um conjunto inicial de espécies que irão desencadear o processo de restauração local, e assumem que, com o tempo, haverá o gradual enriquecimento natural da comunidade florestal formada, levando à reconstrução de um ecossistema semelhante ao pré-existente. Todos esses aspectos, em geral, são preocupações da Avaliação e do Monitoramento.

Avaliação e Monitoramento

A Avaliação é fundamentalmente um juízo de valor sobre um projeto de restauração, e procura estabelecer se os objetivos pretendidos e pré-definidos foram ou não alcançados. Trata-se de uma medida de sucesso, e, portanto pressupõe a definição de uma expectativa ou um modelo que se quer alcançar, ou do

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qual se quer aproximar (Figura 1). Em contrapartida o Monitoramento é apenas a constatação do estado atual em que a área restaurada se encontra, ou seja, consiste em coletar e organizar informações que descrevam a situação presente (p.ex., Souza, 2000; Siqueira 2002; Castanho, 2009; Mônico, 2012; Naves, 2013). Ambos os procedimentos, no entanto, podem ser repetidos a intervalos regulares ou irregulares a fim de se produzir uma descrição temporal das mudanças (Brancalion et al, 2012). Muito diferentes podem ser as propostas de Monitoramento, podendo-se utilizar diversos indicadores e maneiras de se coletar e organizar os dados. Muito diferentes também podem ser os critérios de sucesso propostos para a Avaliação de diferentes áreas restauradas, não apenas porque divergem os autores e os interesses desses, mas, sobretudo porque podem divergir os objetivos entre projetos (p.ex.; restauração de matas ciliares, reabilitação de áreas mineradas, etc.).

Figura1 :Tendências hipotéticas no desenvolvimento de um plantio de restauração. (P= pioneiras, Si= secundárias iniciais e Cl= clímaces)

Por exemplo, pode-se pré-definir indicadores (p.ex., densidade dos regenerantes, etc.), e previamente descrever-se os estados nos quais cada indicador pode ser descrito (p.ex., alta, média, baixa), pode-se ainda atribuir valores quantitativos a cada indicador e estado, e mesmo pesos relativos com que se deve multiplicar cada valor obtido de cada indicador, dada a importância que se supõe ele tenha na restauração. Por fim, pode-se somar todos os resultados de todos os indicadores (já com seus pesos) atribuindo-se uma nota final ao projeto, a qual seria confrontada com notas de Avaliação pré-estabelecidas que representariam assim, o sucesso ou o insucesso do projeto. Ainda que prático e útil esse, como outros sistemas, pode ser criticado na medida em que combinações variadas de parâmetros podem resultar em notas finais semelhantes, conduzindo eventualmente a erros de interpretação, ou porque, pode levar a uma boa descrição dos efeitos

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visíveis sem, no entanto, levar ao reconhecimento das causas que os produziram, fator fundamental para definição de correções presentes e futuras. Em resumo, tradicionalmente a Avaliação e o Monitoramento descrevem atributos que apresentam o estado atual da comunidade (p.ex., diversidade) ou do ecossistema (p.ex., matéria orgânica no solo), ou que possam indicar a presença e ou o desempenho de certos processos ecológicos internos (formação de um banco de sementes autóctone) ou externos (dispersão e a introdução de novas espécies) que possam parcialmente refletir a manutenção e ou a evolução da comunidade.

Processos ecológicos e as espécies

A lógica da restauração pressupõe que pela introdução ou favorecimento inicial de algumas espécies e a posterior chegada de outras se está manejando processos ecológicos fundamentais para a construção e manutenção de uma comunidade florestal (Rodrigues, et al., 2009). Todavia, nem sempre se tem tido uma compreensão adequada do significado desse manejo. Pode-se, por exemplo, desejar obter um maior sombreamento em um projeto de restauração, e para tanto uma das possíveis soluções pode ser a realização de plantios com maior presença e densidade de espécies arbóreas perenifólias de dossel em relação às decíduas. Quando nos referirmos a um determinado atributo que as espécies devam obrigatoriamente apresentar para serem utilizadas (p.ex., perenifólias), não estamos sugerindo que a estruturação da comunidade dependa ou decorra apenas de atributos funcionais e que, portanto não importam qual ou quais as espécies que devam ser adicionadas, bastando apenas que tenham o atributo funcional desejado. Essa visão pode levar a idéia que são os atributos e não as espécies o que se está manejando. Todavia, como as espécies não apresentam uma redundância total em às suas características (estruturais, fisiológicas, fenológicas e de interações) não há espécies idênticas em relação às consequências comunitárias que elas irão produzir. Assim, ainda que duas espécies arbóreas sejam perenifólias, elas podem divergir quanto à época de florescimento, o tipo de agente polinizador, dispersor, à duração do ciclo de vida, ou ainda, em relação às quantidades de sementes produzidas, às taxas de germinação, as taxas de sobrevivência de plântulas e juvenis. Portanto, a introdução de uma espécie não produz apenas o efeito definido pelo atributo escolhido, seu efeito na comunidade em restauração pode ser muito amplo, profundo e duradouro, com consequências sobre a fauna, a biomassa, a densidade de regenerantes e muitos outros aspectos. Portanto, é preciso atentar para o fato de que conscientemente ou não o que estamos manejando são as espécies, pois são elas, e não um conjunto isolado de atributos quem irão definir a comunidade que se obterá com a restauração. Em síntese são as espécies à chave da restauração, e portanto, a Avaliação e o Monitoramento de áreas restauradas pode evoluir para no futuro detalhar e compreender as espécies que estão presentes numa dada área, pois essas espécies talvez possam ajudar a predizer o comportamento futuro que a comunidade local pode vir a ter.

As fases do Processo de Restauração de Florestas Tropicais Mésicas ou Úmidas

Chazdon (2008) descreveu, de maneira bastante convincente, um modelo de três fases sobre o processo de sucessão secundária em florestas tropicais. No entanto, esse modelo não parece ser suficiente para descrever o processo de restauração de florestas tropicais, pois deferentes métodos usados na restauração podem gerar padrões de evolução da comunidade florestal distintos daqueles descritos pela

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autora. Visando sugerir como seria a evolução da restauração em florestas tropicais e subtropicais mésicas ou úmidas, Gandolfi, et al. (2013) propuseram um modelo(ECM), também baseado em três fases. A primeira dessas fases seria a ESTRUTURÇÃO que se caracterizaria principalmente pela criação de um dossel e um habitat florestal, além da eliminação de plantas competidoras. A segunda fase seria a CONSOLIDAÇÃO que se caracterizaria pelo gradual desaparecimento do dossel inicial e a criação de um novo dossel, dominado por espécies secundárias, mantendo assim o habitat florestal. Essa fase assegura que o habitat florestal sobreviverá tempo suficiente para permitir a continuidade do processo de restauração. Por fim, a terceira fase seria a MATURAÇÃO que corresponderia à gradual acumulação de biomassa, espécies, diversidade, interações, processos, etc., levando à criação de uma floresta restaurada semelhante às florestas maduras naturais. Dessa maneira, o método de restauração a ser prescrito para uma dada situação, deveria ser aquele capaz de garantir, direta ou indiretamente, que as fases do processo de restauração, sobretudo as duas primeiras, possam ser alcançadas. Nesse contexto, a garantia das Fases deveria ser o foco principal da Avaliação e do Monitoramento.

Outros objetivos

Outros objetivos também podem ser incluídos numa Avaliação e do Monitoramento. Por exemplo, reconhece-se hoje que em função do Código Florestal aprovado em 2012 (Lei nº 12.651 de 25/5/2012, e alterações nela promovidas pela Lei n° 12.727 de 17/10/2012), serão muito grandes as perdas em áreas a serem restauradas, resultando, no geral, numa paisagem futura mais pobre em florestas. Por exemplo, uma fazenda de 30 hectares sem nenhuma floresta preservada teria que restaurar, de acordo com o Código Florestal de 1965, cerca de 9 hectares de florestas. Desses, se os rios locais fossem menores que 10m de largura, 3 hectares corresponderiam a matas ciliares em Áreas de Preservação Permanentes (APPs) e cerca de 6 hectares a Reservas Legais (RLs). Agora, segundo o Lei aprovada em 2012, essa mesma propriedade, se ela corresponder a apenas 1 módulo fiscal, teria de restaurar apenas 0,5ha (passando a largura das matas ciliares de 30m para apenas 5m). Essa propriedade, portanto, terá agora uma menor densidade total árvores implantadas, uma menor biomassa estocada, um menor número de indivíduos por espécie, um menor espaço disponível para o estabelecimento de outras formas de vida vegetal (p.ex., lianas, epífitas, etc.), provavelmente um menor número de indivíduos presentes, uma maior susceptibilidade às espécies invasoras e uma menor resiliência.

Em São Paulo plantios tradicionais de mata ciliar implantam 1.667individuos arbóreos em 1ha (3x2=6m2), usando 15 espécies de Preenchimento (cada com 55ind. = 834ind.) e 65 espécies de Diversidade (cada com 13ind. = 833ind.). Usando–se esse critério podemos estimar que nos 3ha anteriormente previstos deveriam ser implantados 5.000 indivíduos, sendo 15 espécies de Preenchimento (cada 155ind. = 2.500ind.) e 65 de Diversidade (cada 39ind. = 2.500ind). Agora o plantio sendo apenas de 0,5ha, serão só 834 indivíduos, ou 15 espécies de Preenchimento (cada 27,8ind. = 417ind.) e 65 de Diversidade (cada 6,4ind. = 416ind.)!!! Nesse novo contexto, para se minimizar a perda de indivíduos arbóreos que deixarão de ser plantados, e para se tentar garantir que as poucas florestas que virão a ser restauradas realmente tenham mais chances de persistir, poder-se-ia propor que na restauração dessas APPs reduzidas se fizessem plantios mais

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adensados (p.ex.; de 1.667mudas/ha para 2.500mudas/ha) e ou mais ricos (de 80 para 100 ou mais espécies arbóreas/ha). Essa medida seria útil, em especial, em paisagens com poucos fragmentos florestais, distantes, pequenos, e muito degradados, que representam fontes pobres em biodiversidade. Assim, naquele mesmo 0,5ha poder-se-ia agora implantar não apenas 834, mas sim 1.250 indivíduos, e não só 80, mas sim 100 espécies (Preenchimento=417ind. (33,4%) - 15spp/27,8ind. e Diversidade= 833 ind. (66.6%) - 85spp (Si=60/Cl=25)/9,8ind.). Recomendando-se complementarmente também o posterior enriquecimento assistido da mata. Como se vê alterações como essa teriam o caráter de parcialmente abrandar as perdas previstas e, portanto uma Avaliação e Monitoramento poderia ser feita no futuro não só no sentido de se saber se a comunidade se estabeleceu e evoluiu, o que já se espera deva acontecer com a densidade padrão, mas se o adensamento e enriquecimento propostos persistiriam no tempo, produzindo uma comunidade capaz de ser mais resistente e resiliente, mesmo ocupando uma área menor. Vê-se assim que outros objetivos, assim como novos desafios e novas lógicas, podem e devem surgir com o tempo na restauração e na Avaliação e no Monitoramento de APPs e RLs, uma área que ainda necessita muita pesquisa científica.

Referências Bibliográficas

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