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ESCOLA SECUNDÁRIA DE SEBASTIÃO DA GAMA

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Academic year: 2021

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ESCOLA SECUNDÁRIA

DE

SEBASTIÃO DA GAMA

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA

ENSINO BÁSICO

APROVADO EM CONSELHO PEDAGÓGICO

(2)

Pág.

1. Introdução 1

2. Princípios Orientadores do Projecto 2

3. Problemas detectados 3

4. Objectivos Gerais do Projecto 4

5. Opções e Prioridades Curriculares 6

5.1. Organização das Áreas e Disciplinas do Currículo 6

5.2. Áreas Curriculares Disciplinares 7

5.3. Áreas Curriculares Não Disciplinares 7

5.3.1. Formação Cívica 7

5.3.2. Estudo Acompanhado 8

5.3.3. Área de Projecto 8

5.4. A Formação Transdisciplinar 9

5.5. Projecto Curricular de Turma 9

5.5.1. Conteúdos Estruturantes 10

6. Avaliação no Ensino Básico (3.º Ciclo) 10

6.1. Modalidades de Avaliação no Ensino Básico 12

6.2. Critérios de Avaliação 13

6.3. Instrumentos de Registo e de Avaliação 13

6.4. Planos de Recuperação, Acompanhamento e Desenvolvimento 14

7 . Cursos de Educação e Formação (CEF) 15

7.1. Matrizes Curriculares dos Cursos de Educação e Formação 15

7.2. Avaliação dos CEF 18

8. Organização e Funcionamento da Escola 19

8.1. Organização e Distribuição do Serviço Docente 19

8.2. Perfil desejável para o Director de Turma 20

8.3. Perfil desejável para o professor das Nac’s 20

8.4. Actividades de Enriquecimento/Complemento Curricular 20

8.5. Gestão dos Espaços e Equipamentos 21

8.6. Formação Contínua 21

9. Avaliação 22

10. Resultados Esperados 23

10.1 Caminhos a percorrer tendo em vista o sucesso escolar dos alunos 23

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1 – INTRODUÇÃO

Após a aprovação do Projecto Educativo de Escola, pela Assembleia, em 15 de Outubro de 2007, que preconiza uma nova forma de encarar a Escola e perspectiva estratégias didáctico-pedagógicas diferentes para o desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem. Torna-se necessário reformular o Projecto Curricular para o Ensino Básico e, ao mesmo tempo, introduzir algumas modificações, ditadas pela experiência adquirida e pela entrada em vigor de novos diplomas legais.

A concepção de educação básica definida na Declaração Mundial sobre Educação para Todos continua a ser caminho a percorrer pela Escola (transcrição parcial dos artigos 1.º e 4.º):

“1. Todas as pessoas – crianças, jovens e adultos – devem poder beneficiar de oportunidades educativas, orientadas para responder às suas necessidades educativas básicas. Estas necessidades compreendem os instrumentos de aprendizagem essenciais (como a leitura, a escrita, a expressão oral, o cálculo e a resolução de problemas) e, também, os conteúdos básicos de aprendizagem (como os conhecimentos, as capacidades, os valores e as atitudes) necessários aos seres humanos para poderem sobreviver, desenvolver plenamente as suas capacidades, viver e trabalhar com dignidade, participar por inteiro no desenvolvimento, melhorar a qualidade das suas vidas, tomar decisões fundamentadas e prosseguir a sua aprendizagem. […]

4. A educação básica, mais do que um fim em si própria, é a base de uma educação e de um desenvolvimento humano permanentes sobre os quais os países podem construir, de modo sistemático, níveis e formas mais avançadas de educação e de formação.”

[in UNICEF, UNESCO, PNUD, Banco Mundial (1990): Declaração Mundial sobre a Educação para Todos. Lisboa: Editorial do ME. pp. 10-11]

A Escola Secundária de Sebastião da Gama iniciou, no ano lectivo 2002/2003, a implementação da organização e gestão do currículo de acordo com o estabelecido no Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Decreto-Lei n.º 209/2002, de 17 de Outubro.

Decorridos cinco anos, os alunos, que ingressam no 3.º ciclo do ensino básico nesta escola, continuam a ser provenientes, na sua maioria, das escolas básicas 2/3 de Bocage e de Aranguês, com extractos sócio/económico/cultural bastante heterogéneos.

A situação descrita dá origem à formação de turmas heterogéneas no que respeita a conhecimentos e competências adquiridos, interesses, expectativas, atitudes e comportamentos. Tal realidade deve ser sempre considerada pelos professores, que deverão adaptar as suas práticas pedagógicas ao conjunto turma, de forma a promover o sucesso educativo e, simultaneamente, contribuir para a diminuição das taxas de retenção e de abandono neste nível de ensino.

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2 – PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO PROJECTO

O projecto curricular para o ensino básico rege-se pelos princípios enunciados na Lei de Bases do Sistema Educativo e os definidos no Decreto-Lei n.º 6/2001:

a) Coerência e sequencialidade entre os segundo e o terceiro ciclos do ensino básico e a articulação destes com o ensino secundário, devendo, tanto quanto possível, conhecer-se o processo individual do aluno, quando este ingressa na escola;

b) Integração do currículo e da avaliação, assegurando que esta constitua o elemento regulador das aprendizagens, orientador do percurso escolar e certificador das diversas aquisições realizadas pelo aluno, devendo, neste sentido, a avaliação ser vista como um instrumento de aprendizagem e não como a conclusão de uma determinada aprendizagem ou processo educativo;

c) Articulação das áreas curriculares disciplinares e não curriculares, visando a realização de aprendizagens significativas e a formação integral dos alunos, de forma a favorecer a contextualização dos saberes;

d) Integração, com carácter transversal, da educação para a cidadania, da valorização da língua portuguesa, da dimensão humana do trabalho e da utilização das tecnologias de informação e comunicação em todas as áreas;

e) Valorização das aprendizagens experimentais nas diferentes áreas e disciplinas, em particular e, com carácter obrigatório, no ensino das ciências, promovendo a integração das dimensões teórica e prática;

f) Racionalização da carga horária lectiva semanal dos alunos;

g) Valorização da diversidade de metodologias e estratégias de ensino e actividades de aprendizagem, em particular com recurso a tecnologias de informação e comunicação, visando favorecer o desenvolvimento de competências numa perspectiva de formação ao longo da vida;

h) Diversidade de ofertas educativas, tomando em consideração as necessidades dos alunos, por forma a assegurar que todos possam desenvolver as competências essenciais e estruturantes definidas para cada um dos ciclos e concluir a escolaridade obrigatória;

i) Oferta da língua portuguesa como segunda língua aos alunos cuja língua materna não seja o português;

j) Apoio aos alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente de acordo com a legislação vigente.

Para além dos princípios enunciados, este projecto também se rege pelos princípios enumerados no Projecto Educativo de Escola:

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a) Escola de ensino público, portanto, não confessional; b) Respeito pela pluralidade de doutrinas e de métodos;

c) Defesa dos valores universais consagrados na Declaração Universal dos Direitos do Homem; d) Defesa da identidade nacional, no quadro da tradição universalista europeia e da

interdependência e solidariedade entre gerações e entre todos os povos do mundo;

e) Formação global e harmoniosa da personalidade dos indivíduos como cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários;

f) Igualdade de oportunidades no sucesso escolar, no domínio do saber, saber fazer, saber ser e saber estar;

g) Democraticidade e pluralismo;

h) Prioridade dos objectivos educativos e pedagógicos;

i) Responsabilização dos indivíduos e dos órgãos individuais ou colectivos da escola pelos seus actos e decisões;

j) Direito à diferença.

k) Declaração de Salamanca.

3. PROBLEMAS DETECTADOS

Durante os últimos anos verificaram-se alguns problemas que urge resolver para garantir o cumprimento dos princípios atrás indicado, melhorar o ambiente escolar e aumentar o sucesso dos alunos.

Os problemas principais detectados ao nível do ensino básico foram:

- Aumento dos níveis de indisciplina, não favorecendo um clima adequado ao desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem;

- Níveis insuficientes de desempenho e de desenvolvimento de competências, em especial, nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Línguas Estrangeiras, Ciências Naturais e Físico-Químicas;

- Níveis de empenho e participação insuficientes demonstrados por um vasto número de alunos o que não favorece o gosto e o interesse pela aprendizagem ao longo da vida;

- Nível de faltas dos alunos muito elevado; - Insucesso e abandono escolares.

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4 – OBJECTIVOS GERAIS DO PROJECTO

Para garantir os princípios atrás referidos e resolver, na medida do possível, os problemas identificados, o presente projecto contempla seis objectivos gerais, para minimizar as situações descritas e melhorar o nível geral de aproveitamento dos alunos do ensino básico:

1.º Promover o desenvolvimento integral dos alunos, gerando, ao nível do projecto curricular de turma, diversidade de percursos de aprendizagem que incluam todos os alunos, por forma a garantir a coesão necessária entre os objectivos estabelecidos e as competências a desenvolver em cada turma;

2.º Promover a integração de todos na escola, considerando a diversidade de culturas, interesses e expectativas de vida;

3.º Promover hábitos de pensamento e de participação na vida cívica de forma responsável e crítica;

4.º Criar mecanismos em todas as estruturas com funções pedagógicas que conduzam ao desenvolvimento de competências a nível social, metodológico e cognitivo;

5.º Promover regras de comportamento, dentro e fora da sala de aula, estabelecendo as medidas necessárias para proporcionar a todos os alunos boas condições de formação e contrariar situações de indisciplina que, muitas vezes, conduzem ao insucesso e ao abandono escolar;

6.º Assumir a retenção dos alunos como uma medida pedagógica de última instância, depois de esgotado o recurso a actividades de recuperação ao nível da turma e da escola (Despacho Normativo n.º 5/2007, de 10 de Janeiro).

A operacionalização de cada um dos objectivos deve ser feita a vários níveis:

Assim, o 1.º objectivo deve ser operacionalizado ao nível da sala de aula, tendo em atenção as características dos alunos, e reflectir-se no processo de ensino/aprendizagem de cada docente, de forma a conduzir a uma mudança qualitativa em cada aluno e no conjunto turma. No Projecto Curricular de Turma deve constar a forma que os professores encontraram para concretizar este objectivo.

A operacionalização do 2.º objectivo é da responsabilidade da Escola no seu todo e, em particular, do Conselho de Turma. Toda a comunidade escolar deve prestar a máxima atenção aos indícios de discriminação, cabendo ao director de turma a promoção da integração do aluno,

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solicitando os apoios necessários, nomeadamente dos Serviços de Psicologia e Orientação/Ensino especial.

O 3.º objectivo também é da responsabilidade da Escola, no seu conjunto e, do Conselho de Turma em particular. Ao nível da escola, todos devem cumprir e fazer cumprir as normas e regulamentos existentes e nunca deixar passar um reparo oportuno em qualquer situação de manifesta indisciplina por parte dos alunos. Na sala de aula, cada professor deve dar atenção às atitudes e comportamentos dos alunos e proceder de acordo com as normas e as regras em vigor na Escola e as constantes do Projecto Curricular de Turma, de acordo com as características apresentadas pelos alunos.

O 4.º objectivo é da competência das estruturas com funções pedagógicas definidas no Regulamento Interno e no Despacho Normativo n.º 10/99 que devem propor e orientar actividades conducentes à concretização deste objectivo. Devem, também, dar prioridade, na medida do possível, às solicitações provenientes dos Conselhos de Turma.

A operacionalização do 5.º objectivo é da responsabilidade da Comunidade Educativa. É, em primeiro lugar, tarefa dos professores da turma e do Conselho de Turma que devem estabelecer, e fazer cumprir, um conjunto de normas comuns a observar por todos, alunos e professores, em função das características específicas dos alunos/turma. O conjunto de regras decidido pelo Conselho de Turma deve fazer parte integrante do Projecto Curricular da Turma e, obviamente, deve ser considerado no processo de ensino e aprendizagem. Os Encarregados de Educação devem, sempre, ter conhecimento, através do Director de Turma, das situações de indisciplina que perturbem o normal funcionamento da aula ou da Escola e, em conjunto, encontrar formas para evitar novas situações. O pessoal não docente tem de estar vigilante para evitar actos de indisciplina fora das salas de aula e receber formação sobre regras de convivência com os alunos e instruções concretas como devem actuar em situações de indisciplina. Os Serviços de Psicologia e Orientação têm um papel importante, em especial, quando os motivos de indisciplina são extrínsecos à Escola. Os órgãos de gestão e de administração devem garantir as melhores condições de trabalho possíveis, manter em funcionamento os serviços necessários e fomentar um bom ambiente escolar.

O último objectivo é da competência dos professores, do Conselho de Turma, de todas as estruturas educativas e dos órgãos de gestão e de administração da Escola que devem propor, orientar e apoiar mecanismos de intervenção que possibilitem o sucesso dos alunos e previnam o abandono escolar. Deve, também, ser parte integrante do Projecto Curricular de Turma.

O Conselho de Turma deve solicitar a colaboração dos Encarregados de Educação, através dos seus representantes, para que também eles dêem o seu contributo no acompanhamento dos seus educandos. A Escola, sobre proposta do Coordenador de Ano e de Ciclo, mediante informação dos Directores de Turma, e através dos Serviços de Psicologia e

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Orientação, pode facultar aos Encarregados de Educação sessões de formação que os ajudem a compreender as etapas evolutivas em que se encontram os seus educandos, levando-os a identificar problemas e a trabalhar na forma de os resolver, em conjunto com a Escola.

5 – OPÇÕES E PRIORIDADES CURRICULARES

5.1. ORGANIZAÇÃO DAS ÁREAS E DISCIPLINAS DO CURRÍCULO

O Decreto-Lei n.º 209/2002, de 17 de Outubro, alterou o artigo n.º 13 e os anexos I, II e III do Decreto-Lei n.º 6/2002, de 18 de Janeiro. Com a introdução recente, no 8.º ano, da disciplina de Introdução às Tecnologias de Informação e Comunicação e algumas alterações aprovadas em Conselho Pedagógico, a matriz curricular para o Ensino Básico (3.º ciclo) passou a ter o seguinte desenho:

ÁREAS DISCIPLINARES CURRICULARES 7.º ANO

a) 8.º ANO a) 9.º ANO a) TOTAL a) LÍNGUA PORTUGUESA 2 2 2 6 LÍNGUA ESTRANGEIRA I LÍNGUA ESTRANGEIRA II 1,5 1,5 1,5 1 1 1,5 4 4 CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS:

HISTÓRIA GEOGRAFIA 1 1 1,5 1 1,5 1 4 3 MATEMÁTICA 2 2 2 6

CIÊNCIAS FÍSICAS E NATURAIS: CIÊNCIAS NATURAIS CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS 1 1 1 1 1 1,5 3 3,5 EDUCAÇÃO VISUAL 1 1 EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA/ARTES E OFÍCIOS 1 1 1,5 b) 5,5 EDUCAÇÃO FÍSICA 1,5 1,5 1,5 4,5 INTRODUÇÃO às TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO --- --- 1 1

ÁREAS CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES: c) FORMAÇÃO CÍVICA ÁREA DE PROJECTO ESTUDO ACOMPANHADO 0,5 1 1 0,5 1 d) 1 0,5 1 0,5 7

EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA e)/APRENDER A APRENDER f)

0,5 0,5 0,5 1,5

A decidir pela Escola 0,5 0,5 --- 1

MÁXIMO GLOBAL 18 18 18 54

a) A carga horária semanal está organizada em períodos de 90 minutos.

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c) Estas áreas devem ser desenvolvidas em articulação com as disciplinas curriculares e constar explicitamente do Projecto Curricular de Turma. A Área de Projecto e a de Estudo Acompanhado são asseguradas, cada uma, por um professor.

d) De acordo com a legislação em vigor, deve ser assegurada por um professor de ITIC.

e) Disciplina de frequência facultativa, nos termos do n.º 5, do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 6/2002, de 18 de Janeiro.

f) Frequência facultativa.

A atribuição do bloco de 45 minutos, a decidir pela Escola, deve ser, anualmente, aprovada em Conselho Pedagógico, sob proposta fundamentada dos Conselhos de Turma dos 7.º e 8.º anos e fará parte integrante do Projecto Curricular de Turma. Não sendo atribuído, deve o Conselho Pedagógico decidir a melhor forma de o utilizar em benefício dos alunos.

5.2. ÁREAS CURRICULARES DISCIPLINARES

Do ponto de vista do currículo, as funções da escola não podem traduzir-se na mera adição de disciplinas. Cada uma delas deve contribuir, a seu modo, para a formação integral do aluno, articulando-se transversalmente com todas as outras, valorizando em especial a Língua Portuguesa, a Educação para a Cidadania e a utilização das TIC.

Nas áreas das Ciências Físicas e Naturais, das Ciências Humanas e Sociais e da Educação Artística é fundamental a colaboração entre os professores das disciplinas que as integram, cooperação que pode assumir formas diversas, desde a simples articulação programática até à planificação em conjunto ou mesmo a situações de co-docência.

Cada Conselho de Turma deve ter sempre presente as Competências Gerais do Currículo Nacional e dinamizá-las, em articulação com o Projecto Educativo de Escola, no seu Projecto Curricular, em especial aquelas que considerarem ser deficitárias na respectiva turma.

Os Departamentos devem prestar atenção às competências específicas para as suas disciplinas, definidas para o 3.º ciclo do ensino básico e fornecer orientações comuns a cada um dos seus professores que as aplicará, de acordo com a especificidade da cada turma.

5.3. ÁREAS CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES

Estas áreas são da responsabilidade conjunta do Conselho de Turma e dos respectivos professores.

5.3.1. Formação Cívica

Esta área deve ser liderada pelo Director de Turma e constituir-se como “um espaço privilegiado para o desenvolvimento da educação para a cidadania” (alínea c) do n.º 2 do art.º 5, Decreto-Lei n.º 6/2001). Como tal, deve ser um espaço aberto ao diálogo e ao intercâmbio de experiências vividas pelos alunos, dando-se maior ênfase à aprendizagem de dimensões da vida individual e colectiva na escola, como microcosmos onde devem aprender a entender a vida em

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sociedade. Nesta área devem ser abordados assuntos, de acordo com o nível etário dos alunos, que sejam do seu interesse e correspondam às suas necessidades, tendo em conta as dimensões: escolar, humana, cultural, social, ambiental, política e socioeconómica.

5.3.2. Estudo Acompanhado

Deve ser organizado em torno de três eixos estruturantes:

- Aprender a conhecer-se;

- Aprender a aprender;

- Aprender a ser.

 Aprender a conhecer-se implica as seguintes etapas:

• Reflectir sobre quem se é, como se é e o que se quer ser. Pela auto-análise o aluno consciencializa o modo pessoal de aprender, as dificuldades, as expectativas, as capacidades, os níveis de motivação e auto-estima, as qualidades de trabalho e organização;

• Promover a auto-imagem, através da superação de conceitos pessoais negativos.

 Aprender a aprender através do:

• Desenvolvimento da capacidade de auto-organização; • Domínio dos materiais;

• Conhecimento e descoberta dos métodos e técnicas mais eficazes nas várias situações de aprendizagem;

• Desenvolvimento da capacidade de organização pessoal pelo controlo das variáveis pessoais e do meio que dificultam a atenção e a concentração nas tarefas; organização de um horário que inclua todas as actividades em que se reparte o dia e adequação do local de estudo, entre outros aspectos.

 Aprender a ser:

• Espera-se que no final da escolaridade básica todos os alunos desenvolvam competências que lhes possibilitem resolver os problemas do quotidiano e desenvolver comportamentos adaptados às exigências da vida, do trabalho e do exercício responsável da cidadania.

O Serviço de Psicologia e Orientação deve colaborar na definição e implementação de estratégias a desenvolver nesta área, em estreita colaboração com os professores de cada turma.

5.3.3. ÁREA DE PROJECTO

Esta área visa a concepção, realização e avaliação de projectos, através da articulação de saberes de diversas áreas curriculares, em torno de problemas ou temas de pesquisa ou de

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intervenção, de acordo com as necessidades e os interesses dos alunos (alínea a), do n.º 3 do art.º 5.º, do DL 6/2001).

Assim, o Projecto deve ser:

• definido pelos alunos, com a colaboração dos professores/Conselho de Turma; • planificado e construído por todo o Conselho de Turma em sintonia com a turma; • realizado e executado com a colaboração de várias disciplinas;

• apresentado o produto final à escola;

• avaliado por todos os professores que colaboraram no projecto. 5.4. A FORMAÇÃO TRANSDISCIPLINAR

A utilização das novas tecnologias de informação e comunicação deve ser contemplada nas várias disciplinas e devidamente considerada nas planificações das actividades a desenvolver pelos alunos. As salas de informática devem, nos tempos não ocupados pelas disciplinas específicas, acolher, rotativamente, disciplinas de diferentes turmas, de forma a possibilitar que todas as disciplinas das várias turmas possam ter um tempo/bloco numa sala com equipamento informático.

A educação para a cidadania deve ser equacionada em todos os Conselhos de Turma e definidas as estratégias para a promoção das atitudes e comportamentos a desenvolver pelo grupo/turma. Também deve ser feita a escolha dos instrumentos a utilizar por todos os professores com vista à observação e avaliação desta componente.

A valorização da Língua Portuguesa deve passar a ser uma preocupação para todos os professores, independentemente da disciplina que leccionam. Todos devem contribuir para a melhoria da expressão oral e escrita dos alunos, valorizando a correcção linguística das suas produções, bem como o domínio da linguagem científica e técnica das diferentes áreas de formação.

5.5. PROJECTO CURRICULAR DE TURMA

O Conselho de Turma, ao elaborar o Projecto Curricular de Turma, deve ter em atenção que o currículo nacional do ensino básico é flexível, o que implica uma leitura integrada do mesmo, a participação e a co-responsabilização de todos no processo de ensino/aprendizagem e, ainda, os seguintes aspectos:

 A escola como espaço físico, organizacional e relacional em que todos os actores da comunidade educativa devem envolver-se no sentido de encontrar soluções para os

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problemas com que a escola se depara no seu dia-a-dia, nomeadamente no que diz respeito à indisciplina;

 O papel dos professores como construtores do currículo e não como meros executores;

 O papel dos alunos como aprendizes e como actores do seu processo de aprendizagem;

 A permanente reformulação das metodologias e das situações de aprendizagem, de modo a responder às necessidades de cada aluno;

 A natureza das actividades de aprendizagem: elas assumem um carácter instrumental que visa a promoção de aprendizagens realmente significativas – não basta ministrar conhecimentos, é necessário fazer compreender, dar sentido e saber usar o que se aprende, assim como desenvolver o gosto por aprender e a autonomia no processo de aprendizagem 1

5.5.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O Projecto Curricular de Turma deve integrar os seguintes conteúdos:

 Caracterização da turma;

 Principais problemas detectados;

 Estabelecimento de prioridades educativas e de medidas a tomar, tendo em conta a caracterização feita e os problemas encontrados, visando o sucesso dos alunos;

 Orientações sobre o trabalho a ser desenvolvido nas NAC’s e TIC;

 Articulação entre as diferentes áreas disciplinares/disciplinas no que se refere às competências essenciais e específicas a adquirir pelos alunos e os modos operativos de as concretizar;

 Critérios e instrumentos de avaliação.

O Projecto Curricular de Turma deve ser entendido como um instrumento em contínua reformulação e deve ser reanalisado, com vista à introdução de eventuais reajustamentos, sempre que se fizer uma avaliação sumativa.

6. AVALIAÇÃO NO ENSINO BÁSICO (3.º CICLO)

A avaliação é regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 209/2002, de 17 de Outubro, pelos Despachos Normativos n.º 1/2005, de 5 de Janeiro (com as alterações introduzidas pelo Despacho Normativo 18/2006, de 14 de Março), n.º 50/2005, de 9 de Novembro e n.º 5/2007, de 10 de Janeiro e outros diplomas entretanto emanados do Ministério da Educação.

1

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No entanto, destacam-se alguns princípios a que se devem dar especial atenção no processo de avaliação2:

 Formar um todo consistente entre os processos de avaliação, as aprendizagens e competências pretendidas, de acordo com os contextos em que ocorrem;

 Detectar o estado inicial dos alunos;

 Privilegiar a avaliação formativa, que deverá ser sistemática e contínua, recorrendo a meios diversificados de recolha de dados nos vários aspectos da aprendizagem;

 Definir as metas a atingir, tendo em conta a planificação das actividades e as características específicas dos alunos;

 Dar a conhecer aos alunos o que se pretende em cada unidade de ensino;

 Pôr à disposição dos alunos os meios que lhes permitam auto-avaliar o seu trabalho nos vários aspectos da aprendizagem;

 Valorizar os processos de auto-avaliação regulada e a sua articulação com os momentos de avaliação sumativa;

 Informar os alunos e os Encarregados de Educação sobre a sua situação ao longo do processo de ensino/aprendizagem;

 Valorizar a evolução do aluno ao longo do percurso escolar;

 Valorizar a observação dos alunos na sala de aula e no decorrer de outras actividades curriculares, recorrendo, sempre que possível, a registos de observação;

 Rigor e transparência do processo de avaliação, nomeadamente através da clarificação e da explicitação dos critérios adoptados (aos alunos e aos Pais e Encarregados de Educação).

No início de cada ano lectivo, o Conselho Pedagógico define os critérios de avaliação para cada ano de escolaridade, sob proposta dos Departamentos Curriculares e Conselhos de Directores de Turma3.

Os critérios atrás mencionados constituem referenciais comuns na escola e são operacionalizados em cada conselho de turma, no âmbito do respectivo Projecto Curricular de Turma4.

Os critérios devem ser divulgados aos Pais e Encarregados de Educação na primeira reunião com o Director de Turma.

A avaliação, no final de cada período, expressa-se na atribuição de um nível, numa escala de 1 a 5, em todas as disciplinas, a qual pode ser acompanhada, sempre que se considere relevante, de uma apreciação descritiva sobre a evolução do aluno5.

2

ponto 6 do Despacho Normativo n.º 1/2005 e outros diplomas já referidos 3

ibidem ponto 15 4

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Nas Áreas Curriculares Não Disciplinares, a avaliação expressa-se numa menção qualitativa de Não Satisfaz, Satisfaz e Satisfaz Bem, a qual pode ser acompanhada, sempre que se considere relevante, de uma apreciação descritiva sobre a evolução do aluno.6

Na avaliação das Áreas Curriculares Não Disciplinares devem ser considerados, entre outros, os seguintes parâmetros:

 Área de Projecto: organização do projecto e nível de concretização das tarefas, qualidade dos trabalhos realizados, sentido de responsabilidade, criatividade, …

 Estudo Acompanhado: métodos de estudo, capacidade de organização e de trabalho, pesquisa e utilização de diversas fontes de informação, …

 Formação Cívica: direitos humanos, relação interpessoal, autonomia e sentido de responsabilidade, sentido crítico, …

6.1. MODALIDADES DE AVALIAÇÃO NO ENSINO BÁSICO

A avaliação no Ensino Básico assume as seguintes modalidades:

 Diagnóstica: para identificar as competências que o aluno possui numa determinada área antes de iniciar/reiniciar uma actividade educativa. Deve ser realizada no início do ano lectivo ou sempre que o professor a considere pertinente, assumindo sempre uma forma qualitativa.

 Formativa: utilizada ao longo do ano, constituindo a principal forma de avaliação neste nível de ensino, de forma sistemática e contínua. Visa a recolha de informação sobre o desempenho do aluno, permite a implementação de estratégias de diferenciação pedagógica e serve de orientação ao professor, ao aluno e ao Encarregado de Educação sobre o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem.

 Sumativa: No final de cada período, ano ou ciclo é formulado um juízo globalizante sobre as aprendizagens realizadas e as competências desenvolvidas, com base na avaliação formativa realizada, que vão determinar a progressão ou a retenção do aluno num determinado ano ou ciclo.

No registo da avaliação sumativa o professor e o conselho de turma devem ter em conta o seguinte:

a) A natureza globalizante da avaliação sumativa que confronta o desenvolvimento global do aluno (conhecimentos/competências/capacidades desenvolvidas e atitudes) com os objectivos

5 ibidem ponto 33, a) 6 ibidem ponto 33, b)

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previamente estabelecidos no Projecto Curricular de Turma (não podem e não devem ser considerados unicamente os resultados dos testes);

b) A progressão na aprendizagem, isto é, o caminho percorrido pelo aluno nas várias componentes da aprendizagem, tendo em conta o seu ponto de partida;

c) A assiduidade e a pontualidade do aluno;

d) A descontinuidade do processo de ensino e aprendizagem motivada por ausência do professor;

e) A capacidade evidenciada pelos alunos nos domínios da Língua Portuguesa e da Matemática; f) Os alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente sujeitos a um Plano Educativo Individual (PEI) ou a um programa educativo com currículo escolar próprio ou alternativo;

g) As condições de progressão/retenção de acordo com a legislação em vigor; h) As condições para a transição de ano, de acordo com os diplomas em vigor; i) As condições, estabelecidas na lei, para a não atribuição de níveis.

6.2. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

De acordo com as competências essenciais a considerar no ensino básico, assumem lugar de relevo três áreas fundamentais na avaliação dos alunos, aprovadas em Conselho Pedagógico, em 10 de Outubro de 2007:

 SABER ( conhecimentos);

 SABER-FAZER ( competências e capacidades);

 SABER-SER (atitudes e valores).

Os critérios gerais aprovados devem ser operacionalizados pelos departamentos curriculares de acordo com a especificidade própria de cada disciplina e, depois de aprovados pelo Conselho Pedagógico, servem de referencial para a elaboração dos Projectos Curriculares de Turma.

6.3. INSTRUMENTOS DE REGISTO E DE AVALIAÇÃO

• Fichas e outros documentos criados pelos professores, no âmbito de cada disciplina/área curricular;

• Fichas de auto-avaliação referentes ao desempenho dos alunos; • Trabalhos de casa;

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• Trabalhos em grupo;

• Registos de observação, em sala de aula, visitas de estudo e outras; • Intervenções orais e escritas dos alunos durante as aulas.

• …

6.4. PLANOS DE RECUPERAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E DESENVOLVIMENTO

No sentido de assegurar a todos os alunos as condições adequadas à obtenção do sucesso educativo, uma vez que a retenção deve ser considerada uma medida pedagógica de última instância, após se terem esgotado todos os recursos a actividades de recuperação desenvolvidas ao nível da turma e da Escola, o Despacho Normativo 50/2005, de 9 de Novembro determina, no seu artigo 2.º, a elaboração de planos de recuperação para os alunos que obtenham três ou mais níveis inferiores a três. O plano deve integrar, entre outras, as seguintes modalidades:

- Pedagogia diferenciada na sala de aula;

- Programas de tutoria para apoio a estratégias de estudo, orientação e aconselhamento;

- Aulas de apoio em sala de estudo;

- …

O Plano de Recuperação é elaborado pelos professores em Conselho de Turma, bem como outros técnicos de educação, e é dado a conhecer aos Pais e Encarregados de Educação, envolvendo-os na sua aplicação.

Os Planos de Acompanhamento, previstos no artigo 3.º do diploma citado, são aplicados aos alunos que, apesar de todos os esforços, tenham ficado retidos. O Conselho de Turma deve elaborar o plano para ser aprovado pelo Conselho Pedagógico, a fim de ser aplicado no ano escolar seguinte.

Numa situação de retenção, em que o aluno já foi retido em qualquer ano de escolaridade, deve ser submetido a uma avaliação extraordinária, nos termos do artigo 4.º da legislação já referida. O Conselho de Turma elabora uma proposta de retenção ou de progressão do aluno7 a

apresentar, para anuência do Conselho Pedagógico, um relatório que deve conter os seguintes elementos:

- Processo individual do ano;

- Apoios, actividades de enriquecimento curricular e planos aplicados;

7

(17)

____________________________________________________________________________

- Contactos com os Encarregados de Educação, incluindo o parecer destes sobre a proposta apresentada pelo Conselho de Turma (alínea c) do ponto 2 e ponto 3, do artigo 4.º);

- Parecer do SPO;

- Propostas de encaminhamento do aluno para um plano de acompanhamento (artigo 3.º), para um percurso alternativo ou para um Curso de Educação e Formação;

- …

Os Planos de Desenvolvimento previstos no artigo 5.º do diploma já referido, aplicam-se aos alunos que revelem capacidades excepcionais de aprendizagem.

No final do ano, e após a avaliação final, deverá ser elaborado um relatório de avaliação, a enviar superiormente. no qual deve constar:

- Público-alvo;

- Recursos mobilizados;

- Modalidades adoptadas;

- Resultados alcançados.

7. CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO (CEF)

Estes cursos foram criados (Despacho Conjunto n.º 453/2004, de 27 de Julho, rectificado através da Rectificação n.º 1673/2004, de 7 de Setembro), preferencialmente, para jovens com idade igual ou superior a 15 anos, em risco de abandono escolar, com retenções repetidas e que não tenham concluído o 9.º ano de escolaridade ou estejam em risco de não o concluir.

A Escola oferece os Cursos de Educação e Formação do Tipo 2, com a duração de 2 anos e que confere o 9.º ano de escolaridade e uma qualificação profissional de Nível 2; e do Tipo 3, com a duração de um ano, conferindo, também, o 9.º ano de escolaridade e uma qualificação profissional de Nível 2.

7.1. MATRIZES CURRICULARES DOS CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

Os cursos de Tipo 2 destinam-se a jovens que completaram o 6.º ano ou frequentaram, com ou sem aproveitamento, o 7.º ano de escolaridade, ou ainda àqueles que frequentaram, sem aproveitamento, o 8.º ano (alínea b) do artigo 2.º do Regulamento dos Cursos de Educação e Formação, do despacho conjunto acima citado).

(18)

____________________________________________________________________________

A componente prática, Formação em Contexto de Trabalho – Estágio em Empresa, corresponde a 6 semanas de estágio numa empresa, com um horário de 7 horas por dia, durante 5 dias por semana (210 horas) previsto para a actividade em que se insere o estágio e só ocorre no final do 9.º ano.

Matriz genérica dos Cursos de Educação e Formação do Tipo 2

Componentes de Formação Total de horas (a)

(ciclo de formação) Componente de formação sócio-cultural:

Língua Portuguesa 192

Língua Estrangeira 192

Cidadania e Mundo Actual 192

Tecnologias de Informação e Comunicação 96

Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho 30

Educação Física 96

Subtotal 798

Componente de formação científica:

Matemática Aplicada

Disciplina/domínio específico 333 (d)

Subtotal 333

Componente de formação tecnológica:

Unidades do itinerário de qualificação associado (b) 768

Subtotal 768

Componente de formação prática:

Formação em Contexto de Trabalho (c) 210

Total de horas/curso 2 109

(a) Carga horária global não compartimentada pelos dois anos do ciclo de formação, a gerir pela escola, no quadro das suas competências específicas, acautelando o equilíbrio da carga horária anual por forma a optimizar a formação em contexto escolar e a formação em contexto de trabalho.

(b) Unidades de formação/domínios de natureza tecnológica, técnica e prática estruturantes da qualificação profissional visada.

(c) O estágio em contexto de trabalho visa a aquisição e o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para a qualificação profissional a adquirir no final do 9.º ano. (d) A distribuição entre as disciplinas de Matemática Aplicada e a disciplina/domínio específico.

Os cursos de Tipo 3, com a duração de um ano, destinam-se a jovens, em risco de abandono e retenções repetidas, com aproveitamento no 8.º ano, ou com frequência, sem aproveitamento, do 9.º ano de escolaridade.

A componente prática, Formação em Contexto de Trabalho – Estágio em Empresa, corresponde a 6 semanas de estágio numa empresa, com um horário de 7 horas por dia, durante

(19)

____________________________________________________________________________

5 dias por semana (210 horas) previsto para a actividade em que se insere o estágio e só ocorre no final do 9.º ano.

Matriz genérica dos Cursos de Educação e Formação do Tipo 3

Componentes de Formação Total de horas (a)

(ciclo de formação) Componente de formação sócio-cultural:

Língua Portuguesa 45

Língua Estrangeira 45

Cidadania e Mundo Actual 21

Tecnologias de Informação e Comunicação 21

Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho 30

Educação Física 30

Subtotal 192

Componente de formação científica:

Matemática Aplicada

Disciplina/domínio específico

66 (d)

Subtotal 66

Componente de formação tecnológica:

Unidades do itinerário de qualificação associado (b) 732

Subtotal 732

Componente de formação prática:

Formação em Contexto de Trabalho (c) 210

Total de horas/curso 1 200

(a) Carga horária global não compartimentada, a gerir pela escola, no quadro das suas competências específicas, acautelando o equilíbrio da carga horária anual por forma a optimizar a formação em contexto escolar e a formação em contexto de trabalho.

(b) Unidades de formação/domínios de natureza tecnológica, técnica e prática estruturantes da qualificação profissional visada.

(c) O estágio em contexto de trabalho visa a aquisição e o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para a qualificação profissional a adquirir no final do 9.º ano. (d) A distribuição entre as disciplinas de Matemática Aplicada e a disciplina/domínio específico.

No sentido de combater o insucesso e o abandono escolar, a Escola deve apresentar uma oferta diversificada deste tipo de cursos, de acordo com os recursos humanos e materiais disponíveis, de forma a satisfazer as necessidades dos alunos.

(20)

____________________________________________________________________________

7.2. AVALIAÇÃO DOS CEF

A avaliação é contínua e reveste carácter regulador, proporcionando um reajustamento do processo ensino e aprendizagem e o estabelecimento de um plano de recuperação que permita aos alunos o desenvolvimento de atitudes e de capacidades, de métodos de trabalho e de autonomia no decurso da realização das aprendizagens.

A avaliação realiza-se por disciplina ou domínio e por componente de formação e expressa-se numa escala de 1 a 5.

Para concluírem, com aproveitamento, um curso do Tipo 2 ou 3, os alunos devem obter uma classificação final igual ou superior a nível 3, em todas as componentes de formação e na Prova de Avaliação Final (PAF). O regime de avaliação está previsto no Capítulo VI do Regulamento dos Cursos de Educação e Formação, do Despacho Conjunto n.º 453/2004, de 27 de Julho.

A assiduidade é um factor importante para efeitos da conclusão, com aproveitamento, da formação em contexto escolar. A assiduidade não pode ser inferior a 90% da carga horária total de cada disciplina ou componente. Para efeitos da conclusão da componente de Formação em Contexto de Trabalho com aproveitamento, a assiduidade do aluno não pode ser inferior a 95% da carga horária do estágio (artigo 9.º, Capítulo IV do citado Regulamento).

A classificação final dos Cursos de Educação e Formação obtém-se pela média aritmética ponderada das classificações obtidas em cada componente de formação, aplicando-se a seguinte fórmula:

CF = FSC + FC + 2FT + FP 5

sendo:

CF = classificação final;

FSC = classificação final da componente de formação sócio-cultural; FC = classificação final da componente científica;

FT = classificação final da componente de formação tecnológica;

FP = classificação da componente de formação prática (artigo 17.º do Capítulo VI do regulamento já referido).

A obtenção da certificação escolar do 9.º ano de escolaridade através de um curso do Tipo 3 permite ao aluno o prosseguimento de estudos para o nível secundário de educação. Estes alunos dos CEF estão dispensados dos exames de Língua Portuguesa e Matemática, excepto se pretenderem prosseguir estudos nos Cursos Científico-Humanísticos.

(21)

____________________________________________________________________________

8. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA

Com a introdução de unidades lectivas de 90 minutos, o horário de funcionamento da Escola foi alterado, passando a existir três blocos de noventa minutos no período da manhã e outros três no período da tarde. Os intervalos entre blocos são de quinze minutos no sentido de permitir aos alunos o acesso aos diversos serviços que a escola oferece.

A distribuição das turmas do ensino básico deve ser articulada pelos períodos da manhã e da tarde, de forma que o horário de cada turma não contemple mais de 4 blocos por dia. As Áreas de Projecto e de Estudo Acompanhado devem funcionar no turno oposto ao horário base.

TEMPOS LECTIVOS HORAS

1.º 08.15 às 09:45 Intervalo 15 minutos 2.º 10:00 ás 11:30 Intervalo 15 minutos 3.º 11:45 às 13:15 Intervalo 15 minutos 4.º 13.30 às 15:00 Intervalo 15 minutos 5.º 15.15 ás 16:45 Intervalo 15 minutos 6.º 17:00 às 18:30

8.1. ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO SERVIÇO DOCENTE

É fundamental ponderar a atribuição de um número mínimo de turmas por professor. Para isso, sempre que possível, deve o professor leccionar duas (ou mais) disciplinas numa ou mais turmas. Além disso, pode atribuir-se-lhe a direcção de turma, a Formação Cívica, inerente ao cargo, a responsabilidade de uma ou mais áreas curriculares não disciplinares.

No sentido de valorizar as aprendizagens experimentais, as disciplinas de Ciências Naturais e de Ciências Físico-Químicas devem ser desdobradas, de acordo com a legislação em vigor.

No sentido de reduzir o número de reuniões e melhorar a gestão pedagógica dos Conselhos de Turma, a distribuição de serviço deve privilegiar a constituição de equipas pedagógicas a cujos professores devem ser atribuídas, tanto quanto possível, as mesmas turmas. Na medida do possível, cada professor não deverá pertencer a mais de duas equipas pedagógicas.

Para optimizar os espaços e os tempos escolares, o período de reuniões deve ser distribuído ao longo da semana e os horários dos professores devem prever os momentos de reunião para os Conselhos de Turma.

(22)

____________________________________________________________________________

8.2. Perfil desejável para o Director de Turma • Ter capacidade de liderança e de organização; • Saber e ter gosto de trabalhar em grupo; • Ser criativo;

• Ter conhecimentos nesta área (ou realizar auto e/ou hetero formação); • Ser capaz de estabelecer e manter boas relações humanas.

8.3. Perfil desejável para o professor das NAC’s

• Ter conhecimentos nestas Áreas (ou realizar auto e/ou hetero formação); • Ter capacidade de liderança;

• Ser criativo;

• Saber e ter gosto de trabalhar em grupo;

• Ser capaz de estabelecer e manter boas relações humanas.

8.4. ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO/COMPLEMENTO CURRICULAR

As actividades que abaixo se apresentam como exemplos, visam preencher os tempos livres dos alunos de uma forma lúdico-didáctica e, assim, contribuir para o sucesso das aprendizagens. Para o bom funcionamento das actividades é necessário que, no acto de matrícula, já sejam conhecidas que actividades vão funcionar, estejam disponíveis pré-inscrições, de modo a que os horários dos alunos se revelem compatíveis com as actividades pretendidas. Assim, os projectos devem ser apresentados, atempadamente, ao Conselho Pedagógico para a respectiva aprovação. De acordo com os interesses dos alunos e disponibilidades humanas e materiais da escola poder-se-iam incrementar ateliers/clubes no âmbito de:

- Ambiente - Qualidade de Vida - Leitura Orientada - Aprender a Aprender - Artes Plásticas - Matemática - Informática - Electrónica - Outros

(23)

____________________________________________________________________________

8.5. GESTÃO DOS ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS

Sempre que possível, cada turma deverá ter uma sala base para as disciplinas que não necessitem de equipamento específico. Deste modo e atendendo a experiências anteriores, os alunos cuidam melhor dos seus pertences e da própria sala, se a considerarem sua.

O funcionamento da Áreas de Projecto e Estudo Acompanhado, dado o seu carácter transversal, justifica a utilização de um espaço devidamente equipado com os recursos necessários para concretizar os seus objectivos e proporcionar a utilização das novas tecnologias.

8.6. FORMAÇÃO CONTÍNUA

Face às opções e prioridades traçadas, justifica-se plenamente a dinamização de sessões de formação de pessoal docente, pais e encarregados de educação, auxiliares de acção educativa e funcionários administrativos. Estas acções deverão ser fomentadas pela Secção de Formação e Recursos Humanos do Conselho Pedagógico, com o apoio dos Serviços de Psicologia e Orientação ou do Centro de Formação de Professores Arrábida ou, ainda, orientadores/oradores convidados.

As acções a promover devem incidir sobre:

 PESSOAL DOCENTE

 PROFESSORES E DIRECTORES DE TURMA • Projecto Curricular de Turma

• Gestão Flexível do Currículo

• Gestão e Desenvolvimento Curricular • Pedagogias Diferenciadas

• Transversalidade da Língua Portuguesa • Indisciplina dentro e fora da Sala de Aula • Necessidades Educativas Especiais • Primeiros Socorros

• …

 ÁREAS CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES Área de Projecto

(24)

____________________________________________________________________________

Estudo Acompanhado

- Métodos e Técnicas de Estudo

Formação Cívica

- Indisciplina dentro e fora da Sala de Aula

- Formação Pessoal e Interpessoal

- Educação Sexual

- Formação para a cidadania

 USO INTEGRADO DAS TIC’S NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM

A candidatura a estas acções de formação efectuar-se-á por iniciativa pessoal ou por recomendação do Conselho Pedagógico, se o funcionamento do processo de ensino e aprendizagem o aconselhar.

 ACÇÕES DE FORMAÇÃO PARA O PESSOAL NÃO DOCENTE: As acções a promover devem incidir sobre:

• Organização dos serviços; • Maior eficiência;

• Redução da burocracia;

• Menor tempo de resposta aos problemas/situações apresentados; • Atendimento;

• Indisciplina;

• Primeiros Socorros. • …

9. AVALIAÇÃO

O Projecto Curricular para o Ensino Básico deve ser acompanhado pelo Conselho Pedagógico, através da Secção de Acompanhamento e Avaliação, de acordo com o seu Regimento e avaliado no final de cada ano lectivo.

O Projecto Curricular de Turma deve ser objecto de avaliação intermédia, no início do segundo período, para permitir introduzir as alterações julgadas necessárias, em função das características/necessidades de cada turma. Deverá, também, ser avaliado no final de cada ano

(25)

____________________________________________________________________________

lectivo. No caso dos 7.º e 8.º anos, aquela avaliação lançará pistas para a elaboração do projecto do ano seguinte.

10. RESULTADOS ESPERADOS

Com a aplicação deste projecto, espera-se uma melhoria nos seguintes aspectos:

- Aquisição de métodos e hábitos de trabalho; - Taxas de retenção;

- Taxas de abandono; - Relações interpessoais; - Aproveitamento escolar;

- Ambiente dentro e fora da sala de aula; - Nível de indisciplina;

- Interiorização de comportamentos, valores e atitudes por parte dos alunos; - Rendibilização dos recursos humanos e físicos;

- Reforço da autonomia, sentido de responsabilidade dos alunos; - Criatividade dos alunos e, também, dos professores;

- Acompanhamento dos Pais e Encarregados de Educação;

- Participação dos Serviços de Psicologia e Orientação/Ensino Especial; - Satisfação pessoal e profissional da comunidade escolar.

10.1. CAMINHOS A PERCORRER TENDO EM VISTA O SUCESSO ESCOLAR DOS ALUNOS Os quadros seguintes apresentam os resultados obtidos pelos alunos do ensino básico nos últimos dois anos, dados retirados do Projecto Educativo de Escola:

7.º ano Anos lectivos Número de alunos Taxa de transição Taxa de retenção Taxa de abandono * 2005-2006 184 83,2% 12,5% 4,3% 2006-2007 208 85,1% 13,9% 1,44%

(26)

____________________________________________________________________________ 8.º ano Anos lectivos Número de alunos Taxa de transição Taxa de retenção Taxa de abandono * 2005-2006 126 83,3% 11,1% 5,6% 2006-2007 183 88% 7,1% 4,9% 9.º ano ** Anos lectivos Número de alunos Taxa de aprovação Taxa de não aprovação Taxa de abandono * 2005-2006 127 57,5% 37% 5,5% 2006-2007 126 83,3% 13,5% 3,2%

* Inclui anulações de matrícula e exclusão por excesso de faltas. ** Já com as classificações obtidas em exame.

Em relação ao aproveitamento escolar, às taxas de retenção, às taxas de abandono e às situações de indisciplina e, tendo em conta as medidas apontadas, é desejável que se atinjam, nos próximos três anos, as seguintes metas:

Aspectos Melhoria Ao longo dos 3 anos de

vigência Aproveitamento escolar Língua Portuguesa Línguas Estrangeiras Matemática Ciências Naturais Ciências Físico-Químicas

Redução das taxas de insucesso nestas disciplinas e aumento

progressivo das taxas de

transição/aprovação global.

Taxas de retenção Redução em todos os anos do ensino

básico

Redução sucessiva das taxas de retenção global.

Taxas de abandono Redução em todos os anos do ensino

básico

Obter sucessivamente uma

diminuição das taxas de abandono.

Situações de indisciplina

Redução em todos os anos do ensino básico

No final dos 3 anos, com a aplicação de medidas adequadas, o nível de indisciplina deve baixar consideravelmente.

(27)

____________________________________________________________________________

♦ Nos 7.º, 8.º e 9.º anos devem ser evitados os abandonos dos alunos com 14, 15 ou 16 anos, encaminhando-os para os cursos CEF (Ensino Básico).

♦ A Escola deverá aumentar e diversificar a oferta de cursos CEF para corresponder, na medida dos recursos que pode disponibilizar, às necessidades dos alunos.

♦ Utilizar todos os mecanismos previstos na lei para diminuir as faltas dos alunos.

♦ Reduzir as taxas de retenção, através de uma melhor gestão do acompanhamento dos alunos em Sala de Estudo, da aplicação de pedagogias diferenciadas e da redução dos níveis de indisciplina, na sala de aula e nos espaços exteriores.

♦ Solicitar a intervenção dos Serviços de Psicologia e Orientação/Ensino Especial, sempre que os alunos apresentem problemas mais complexos.

11. CASOS OMISSOS

As lacunas do presente projecto serão resolvidas pelo plenário do Conselho Pedagógico, sempre que possível. Em caso de manifesta impossibilidade de o convocar, serão resolvidas pelo Conselho Executivo, ouvido o Presidente do Conselho Pedagógico e o(s) elemento(s) do Conselho Pedagógico a quem o problema diga respeito.

Referências

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