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Ensino Híbrido: perspectivas e metodologias para a sala de aula

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Academic year: 2021

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Ensino Híbrido:

perspectivas e metodologias

para a sala de aula

(2)

A vida só é possível

reinventada.

Anda o sol pelas campinas

e passeia a mão dourada

pelas águas, pelas folhas...

Ah! tudo bolhas

que vem de fundas piscinas

de ilusionismo... — mais nada.

Mas a vida, a vida, a vida,

a vida só é possível

reinventada.

Vem a lua, vem, retira

as algemas dos meus braços.

Projeto-me por espaços

cheios da tua Figura.

Tudo mentira! Mentira

da lua, na noite escura.

Não te encontro, não te alcanço...

Só — no tempo equilibrada,

desprendo-me do balanço

que além do tempo me leva.

Só — na treva,

fico: recebida e dada.

Porque a vida, a vida, a vida,

a vida só é possível

reinventada.

Reinvenção

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Ensino

Híbrido

O contexto da pandemia tem provocado mudanças em todas as

áreas da sociedade, com isso, foi preciso uma reinvenção das

relações e nos processos de ensino, aprendizagem e avaliação.

A escola e os docentes trouxeram para o cenário educativo o

ensino híbrido, que se caracteriza por um conjunto de metodologias

e atividades que problematizam, instigam a pesquisa e o aluno

assume o papel ativo de protagonismo. Esta concepção do ensino

híbrido ocorre seja em modelos de ensino remoto, presencial ou

intercalando os dois.

Segundo Peres e Pimenta (2011), este ensino se caracteriza por

uma aprendizagem combinada, semipresencial, semivirtual,

bimodal, objetivando “valorizar o melhor do presencial e do online”

(PERES e PIMENTA, 2011, p. 15).

No campo dos saberes docentes, a necessidade do uso

pedagógico de notebook, celular ou tablet exigiu conhecer os

recursos da cultura digital objetivando favorecer os melhores

ambientes para as aulas, possibilitando formas diferenciadas de

ensinar e aprender.

Segundo Torres (2015), o ensino híbrido tem como objetivo

primordial combinar diversos recursos metodológicos utilizando

aplicativos, games e diferentes interações dentro da cultura da

internet e de seus ambientes virtuais de aprendizagem. A relação

de ensino remoto e presencial com as atividades online e offline

são mediatizadas por situações ou problemas relacionados aos

objetos de aprendizagens, propondo para o aluno sua participação

ativa, com mais envolvimento e engajamento nas aulas.

(4)

Ensino

Híbrido

Entendemos, portanto, que o ensino híbrido supera a visão de

transmissão de conhecimento pelo professor e escuta passiva do

aluno que era visto como um depositário de educação bancária.

Nesta abordagem híbrida, o aluno é ativo e participa da aula

numa postura colaborativa. É importante ressaltar que o aluno

também ingressa numa formação nova para o seu papel, portanto

o significado desse momento é

pensar uma sala de aula que é

movimento, que é dinâmica e que professores e alunos dialogam e

aprendem juntos.

Dessa forma, podemos dizer que o ensino híbrido usa interações

mediadas pela tecnologia facilitando a comunicação de forma a

potencializar o ensino online e presencial. Sem dúvida, repensar

a organização do planejamento, será um passo decisivo para o

professor vivenciar para compreender, refletir e aplicar através

das escolhas metodologias que farão o aluno protagonista do

processo.

Conhecer as plataformas digitais voltadas à prática pedagógica

é fator importante para desenvolver um ensino de qualidade,

quando presencial, à distância ou quando o ensino utilizar as duas

vertentes. Um fator a ser citado também, é a ideia de educadores

e estudantes se encontrarem para o objetivo de ensinar e aprender

em tempos e locais variados.

(5)

Ensino

Híbrido

É importante também ressaltar que a inclusão da cultura digital no

currículo fomentará um planejamento que pense e sistematize as

aulas através de diversas escolhas metodológicas, com práticas

que mobilizem os alunos para a curiosidade epistemológica.

Princípios da educação híbrida:

Incentiva o desenvolvimento da autonomia dos estudantes;

Promove integração das tecnologias digitais;

Permite espaço para o ensino individualizado.

Integra professores e estudantes em diversificados

ambientes virtuais;

a

b

c

d

(6)

Colocaremos a seguir

sugestões metodológicas:

Trabalhar por estação ou circuito, seja presencialmente através da organização física da sala de aula, ou através do ambiente virtual, promove movimento e amplia a troca de saberes entre os grupos.

O professor organiza os grupos, os numera, orienta como será o processo e os grupos começam a circular nas estações. Em cada estação terá um motivador, seja um texto literário, um problema matemático, uma música, um quadro, uma manchete de jornal. O professor fará a escolha

de acordo com o objeto do

conhecimento que será trabalhado, também terá uma atividade para o grupo desenvolver.

Definir o tempo de cada estação e quando o tempo combinado

terminar o professor deve sinalizar e os grupos trocam de estação.

Após todos passarem pelas estações, o professor fará uma roda de conversa e cada grupo apresentará suas observações. Após a roda de conversa cada grupo poderá preparar um

relatório sobre as ideias debatidas estabelecendo relações com suas pesquisas e leituras sobre o tema.

Esta perspectiva estimula a

pesquisa e a interdisciplinaridade e propõe que o aluno estude antes da aula, um determinado assunto e a aula será construída por toda a turma envolvendo as descobertas, curiosidades e dúvidas.

O professor organiza o estudo dirigido e envia a turma. O objetivo é que os alunos pesquisem e leiam sobre o tema, sistematizando e anotando suas descobertas.

Na aula montar murais, juris simulados, debates, discutindo em grupo um problema e o

investigando para propor soluções.

Após a atividade em sala, o professor fará a sistematização do tema.

Estações

Aprendizagem

baseada em problemas

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A gamificação utiliza jogos para dinamizar o ensino e a aprendizagem de modo criativo.

O professor escolhe jogos relacionados com o objeto de conhecimento que irá trabalhar e desfia os alunos criando um clima de ludicidade. O objetivo é que os alunos superem o desafio proposto e estabeleçam uma relação criativa com o tema da aula.

Após a atividade, o professor fará uma roda de conversa.

Gamificação

03

A sala de aula invertida, também chamada de flipped classroom, é uma metodologia no uso da tecnologia, quando o estudo e

pesquisa antecede a aula em grupo e presencial, ou mesmo virtual,

caracterizada pelo momento em que o aluno compartilha com o grupo suas pesquisas, leituras e compreensão do tema.

Importante destacar que o

professor precisa antes preparar a turma para a vivência desta

metodologia, visto que a sala de aula invertida pressupõe que os alunos compartilhem da proposta.

Sala de aula

invertida

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Conhecida também como instrução pelos colegas, tem uma inspiração em proposito colaborativo e de apoio mútuo.

O professor mediará a escolha dos pares, apresenta as regras da atividade e propõe que as duplas resolvam questões e criem questões, podendo, se o professor considerar relevante, fazer circular entre as duplas as questões resolvidas para serem

corrigidas e que resolvam as questões que foram criadas. Mas é possível criar inúmeros momentos para que essa aprendizagem possa ocorrer em pares.

Enquanto considerações finais destacamos que em tempos

pandêmicos os desafios são ainda maiores, e que as relações de ensino-aprendizagem precisam ser repensadas e replanejadas para atender a essa realidade, objetivando promover o interesse pelas aulas, bem como também a vivacidade e a criatividade didática do professor e do aluno. Podemos dizer que o ensino híbrido possibilita mais dinamismo e engajamento em sala de aula, através de metodologias diferenciadas promovendo uma educação integradora.

Aprendizagem entre pares

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Referências

BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. M. (Org.). Ensino híbrido:

personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.

BRASIL. MEC. Portaria n0 4.059, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2004, Brasília,

2004 disponível em: http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/

acs_ portaria4059.pdf acesso em: 14. jun. 2017.

MORAN, J. M., Mudando a educação com metodologias ativas. In:

Convergências midiáticas, educação e cidadania: aproximações

jovens. Vol. II, Coleção Mídias Contemporâneas. UEPG/PROEX, 2015.

Disponível em: Acesso em: 07. jul. 2017.

PERES, P. PIMENTA, P.; Teorias e práticas de b-learning. Edições

Sílabo. Lisboa, 2011

TORRES, K. A. et al. Implantação da metodologia híbrida (blended

learning) de educação numa instituição de ensino privada. In: ESUD–

XI Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância. Florianópolis,

SC. 2015. Disponível em: http://esud2014.nute.ufsc.br/anais

Referências

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