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Bronquiectasias e uso de antibióticos inalados: realidade brasileira. Prof. Mônica Corso Pereira Pneumologia - Unicamp - SP

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Academic year: 2021

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(1)

Bronquiectasias e uso de

antibióticos inalados: realidade

brasileira

Prof. Mônica Corso Pereira

(2)

Antibióticos inalados

Vantagens

Altas concentrações de drogas nas VAS

Menor absorção sistêmica e redução dos

efeitos adversos

Microflora intestinal não se expõe ao

antibiótico

(3)

Antibióticos inalados

Desvantagens

Distribuição nos pulmões é errática

Poucas drogas foram desenhadas especialmente para serem administradas por via inalada.

Fatores relacionados às partículas (forma, tamanho, ph, etc) Fatores relacionados aos dispositivos

Nebulizadores de jato: grande variablidade entre Vias aéreas superiores e inferiores

(4)

Antibióticos inalados

Desvantagens

(5)

Dispositivos

Inaladores de jato

Consomem tempo

Exemplo: TOBI ®

(6)

Dispositivos

Inaladores de jato

Inaladores com malha

vibratória

(7)

Dispositivos

Inaladores de jato

Inaladores com malha vibratória

Pó seco (cápsulas) TOBI®

PodhalerTM (Novartis);

(8)

Novos dispositivos

I-neb eFlow PARI Akita System I-neb

(9)

O “peso” do tratamento

(em minutos/dia)

(10)

Antibióticos inalados

Desvantagens

Tecnologia (nanotecnologia, novos dispositivos,

formulações específicas para aerossol)

Dados não consistentes sobre segurança, eficácia e

farmacocinética dos antibióticos administrados por esta via.

Efeitos adversos

(11)

Antibióticos inalados: uso

aprovado

Tratamento supressivo da infecção crônica por Pseudomonas aeruginosa em pacientes com Fibrose Cística

Reduz exacerbações e internações, melhora função pulmonar, reduz densidade bacteriana, melhora qualidade de vida

Tobramicina (solução para nebulização e pó seco)

Aztreonam (solução para nebulização)

(12)

Outros cenários

BCT não FC

Pneumonias associadas à ventilação mecânica

Exacerbações pulmonares

Uso eventual

Tratamento de MBNT

(13)

Lista dos antibióticos testados em FC, BCT não-FC e pneumonias associadas à ventilação mecânica

(14)

Bronquectasias não fibrocísticas:

possíveis indicações

Profilaxia de infecções respiratórias

Erradicação de bactérias (primeiro

aparecimento)

(15)

Carga bacteriana X inflamação

em VA/inflamação sistêmica

385 pacientes estáveis

12 meses de seguimento, amostras seriadas

Densidade bacteriana (escarro)

Marcadores inflamatórios séricos e de vias aéreas (escarro)

(16)

Carga bacteriana X inflamação

em VA/inflamação sistêmica

Houve associação entre carga bacteriana e

Marcadores de inflamação em vias aéreas (p<0,001) Marcadores de inflamação sistêmica (p<0,05 quando carga bacteriana > 1x 10 7 cfu/mL)

Risco aumentado de exacerbações (e graves) Tratamentos de curto e longo prazo (antibióticos):

Redução na carga bacteriana, e inflamação de vias aéreas e sistêmica

(17)

Manejo do doente crônico

BCT não FC

Inflamação

Infecção

microbiana crônica

Defesas

pulmonares

comprometidas

Dano tecidual

(18)

O que há de evidências

no tratamento supressivo

da infecção crônica na

BCT não FC?

(19)

Tobramicina inalada

Estud o N Medicaçõe s Duração Desfechos Efeitos Adversos Orriols 1999 15 (PA+) Cefta e tobra x tratamento sintomátic o Open label 12 m Admissões no hospital e dias de internação

Sem mudança VEF1

1 paciente desistiu Barker 2000 74 37 Tobra 37 placebo Tobra inalada 300mg 2x/d 4 sem com 2 sem de washout PA no grupo tratado (35% erradicação na 6a sem) Melhora sintomática ↑Incidência de dispneia (32%) e resistência (11%) Scheiber g 2005 41 Tobra inalada 300mg 2x/d Open label 3 ciclos: 2 sem sim/2 sem não Erradicação da PA (22%) sem 12 Melhora QV 25% desistência 7% resistência Drobnic 2005 30 20 complet 5 óbitos Tobra inalada 300mg 2x/d 6 meses, 1 mes washout, 6 meses (cross-over) ↓hospitalização

Sem alteração na freq exacerbação ou QV

10%

Broncoespasmo Sem resistência

(20)

Alguma redução nas hospitalizações e melhora microbiológica

Efeitos adversos

(21)

Gentamicina inalada

Estud o N Medicaçõ es Desenho e duração Desfechos Efeitos Adversos Murray 2011 65 Genta nebulizada 80 mg 2x/d x sol fisiológica 0,9% Randomizado , 12 meses (+3m), reavaliações trimestrais Erradicação bacteriana (31% PA, 93% outros patógenos) Purulência do escarro Capacidade de exercício Exacerbação, tempo para

exacerbação QV (Leicester e ST G) ↑Incidência de dispneia (32%), dor torácica e sibilos Sem aumento na resistência

Melhora clínica e microbiológica, não sustentadas

(após 3 meses de seguimento, grupos iguais)

(22)

Colistina inalada

Estud o N Medicaçõe s Duração Desfechos Efeitos Adversos Steinfort 2007 18 14 bcts Colistina nebulizada 30 mg em 2 mL, 1x/d Prospectivo Open label 41 meses Reduziu taxa de queda VEF1 e CVF (3 pac) Melhora na QV Sem efeitos adversos ou resistência Dhar 2010 19 (17 compl) Colistina nebulizada, 1 a 2 megaunidad es 2x/d Retrospectivo Open label 21 meses Redução significativa da PA Exacerbação (7,8 x 2,7/ano, p<0,001) Sem efeitos adversos

(23)

Estud o N Medicaçõ es Duração Desfechos Efeitos Adversos Steinfort 2007 18 14 bcts Colistina nebulizada 30 mg em 2 mL, 1x/d Prospectivo Open label 41 meses 6/12 rv 3 pacientes ↑VEF1 Melhora na QV Sem efeitos adversos ou resistência Dhar 2010 19 (17 compl) Colistina nebulizada, 1 a 2 megaunidad es 2x/d Retrospectivo Open label 21 meses 6/12 rv Redução significativa da PA Exacerbação (7,8 x 2,7/ano, p<0,001) Sem efeitos adversos

Alguma redução na função

pulmonar, exacerbações e

melhora microbiológica

MAS

Estudos com pequeno número

de pacientes

(24)

Colistina inalada

Estudo N Medicações Desenho e

duração Desfechos Efeitos Adversos Haworth 2014 144 (PA+) Colistina 1 milhão U x SF0,45%, via I-neb Randomizado Placebo-controlado 6 meses Tempo para exacerbação: não atingido Em pacientes que usaram > 80% das doses: aumento do tempo para exacerbação (168 x 103 dias , p=0,038) Sem efeitos adversos

(25)

Aztreonam inalado

Estud o N Medicaçõe s Desenho e duração Desfechos Efeitos Adversos Barker 2014 (AIR-BX1 e AIR-BX2) 266 Azetronam (75mg) x placebo , 3x/d, eFlow x placebo 2 estudos fase 3, duplo-cegos, randomizados, placebo controlados 2 cursos de 4 semanas, cada um com 4 sem com, 4 semanas sem tratamento Eficácia e segurança Desfechos: (tempo para exacerbação e frequência na exacerbação) não atingidos QV (primário): negativo Muita intolerância 20% do grupo tratamento desistiu eFlow PARI

(26)

CIPROFLOXACINA

Dois estudos fase 2

Formulações: pó seco e e preparação lipossomal Desfechos : carga bacteriana

Resultados:

Redução na carga bacteriana, sem redução nas exacerbações

Redução no tempo para primeira exacerbação Bem tolerados

Wilson R, Eur Respir J 2013; 41: 1108–1115. Serisier DJ, Thorax 2013; 68: 812–817.

(27)

Ciprofloxacina inalada

Estudos fase 3

Respire 1 e Respire 2

Cipro DPI 32,5 mg, 2x/d

N=519

48 semanas, inalação 28d sim/28d não ou 14d

sim/14d/não

Tempo para primeira exacerbação e frequência

de exacerbações.

(28)

Efeitos adversos locais

Broncocostricção transitória Osmolalidade inadequada

Fenóis (irritantes) como preservativos Pode ser prevenida com uso prévio de broncodilatadores

Alteração no paladar, irritação na garganta, disfonia Hemoptise

(29)

Efeitos adversos

sistêmicos

Ototoxicidade e nefrotoxicidade

Aminoglicosídeos

Raro, mas requer monitorização

Redução na taxa de filtração glomerular pode

levar à acumulação sistêmica da droga

(30)

Desafios

Faltam evidências

Quais pacientes?

Melhor dispositivo, dosagem, tempo ?

Dados consistentes de segurança e eficácia

Efeitos adversos (broncoespasmo)

(31)

Antibióticos inalados para bronquectasias

não fibrocísticas estáveis: metanálise e

revisão sistemática

Revisão sistemática de 12 estudos (N=1264)

Metanálise de 8 estudos (N=590)

Pacientes adultos, com colonização brônquica crônica clinicamente estáveis.

Desfechos avaliados: carga bacteriana, tempo médio para exacerbação, mudança em escores de qualidade de vida, readmissões hospitalares

(32)

Amicacina, aztreonam, ciprofloxacin,

gentamicina, colistina ou tobramicina

foram usados entre 4 semanas a 12

meses

Brodt AM et al, Eur Respir J 2014

Antibióticos inalados para BNFC

estáveis: metanálise e revisão

(33)

RESULTADOS

Redução da carga bacteriana

“Erradicação" da bacteria do escarro

Redução dos riscos de exacerbação aguda

Não houve redução significativa das

hospitalizações nem melhora na qualidade de

vida

Brodt AM et al, Eur Respir J 2014

Antibióticos inalados para BNFC

estáveis: metanálise e revisão

(34)

O uso de antibióticos inalados esteve

associado com uma pequena, porém

estatisticamente significativa redução no

VEF1 (% previsto).

Broncoespasmo

Efeito adverso frequente (10%)

Ototoxicidade e nefrotoxicidade - não tão

frequentes

Brodt AM et al, Eur Respir J 2014

Antibióticos inalados para BNFC

estáveis: metanálise e revisão

(35)

Antibióticos inalados além dos

aminoglicosídeos, polimixinas e

aztreonam: Revisão sistemática

Bronquectasias não Fibrose Cística

Ceftazidime: melhora de desfechos

clínicos em infecção crônica e PA+

Ciprofloxacina (pó e lipossomal) -melhora

clínica e microbiológica em BCNFC

Falagas et al. International Journal of Antimicrobial Agents 45 (2015) 221–233

(36)

Antibióticos inalados além dos

aminoglicosídeos, polimixinas e

aztreonam: Revisão sistemática

Vancomicina: somente estudos em

pacientes intensivos/ventilação mecânica e

relatos de casos em FC

Fosfomicina/tobramicina: em FC

Levofloxacina: FC (com Pseudomonas +)

Falagas et al. International Journal of Antimicrobial Agents 45 (2015) 221–233

(37)

Realidade Brasileira

Nenhuma medicação ainda aprovada

para BCTS não FC

Nenhum antibiótico inalado aprovado

para BCTS não FC

Custos de antibióticos inalados

ainda muito altos (experiência com

FC)

(38)

Custo x Disponibilidade

Tobramicina inalada

Solução (inalador jato), Novartis, United Medical, Chiesi 300mg/5 mL, uso de 12/12h - aprovado para Fibrose Cística, > 6 anos.

Zoteon ®, Novartis

28mg/cápsula, 4 cps 12/12h - aprovado para Fibrose Cística, > 6 anos.

Colistin

Colistimetato de sódio, 1.000.000UI, aprovado para uso inalatório em Fibrose Cística. ® ABL, Antibióticos do Brasil

(39)

Realidade Brasileira:

Custos

Tobramicina

(preços sem ICMS)

Solução para inalação Novartis- R$5.200 a 7.200 United Medical -R$5.200 a 7.200 Opem - R$3.400 a 4.700 Teva - R$5.200 Chiesi - R$5.400 a 7.500 Pó seco Novartis - R$5.200 a 7.200 Colimestato de sódio (preço sem ICMS)

Solução para inalação (mesma do

injetável)

(40)

Conclusões

Evidências ainda não são muito robustas

No entanto…

Bom racional para o uso

Interesse crescente, aumento do número

de trabalhos

(41)

Obrigada pela atenção!

Referências

Documentos relacionados