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TECNOLOGIA ASSISTIVA DE AUDIODESCRIÇÃO E O ENSINO DE GEOGRAFIA PARA A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

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Academic year: 2021

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TECNOLOGIA ASSISTIVA DE AUDIODESCRIÇÃO E O ENSINO DE GEOGRAFIA PARA A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Jaqueline Machado Vieira1 Reinaldo dos Santos2

Resumo

Faremos uma discussão com resultados advindos de uma atividade desenvolvida durante o curso de bacharelado em Geografia na Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Estadual Paulista (UNESP) “Júlio de Filho Mesquita”, campus de Presidente Prudente - SP no ano de 2014, na qual discutimos a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), juntamente com o ensino de geografia, enquanto instrumento que auxilia o educando com Deficiência Visual em seus estudos. A metodologia utilizada foi a coleta de resultados a partir de algumas práticas educacionais com um educando Deficiente Visual (DV). A primeira, foi elaborada por meio de um trabalho de campo no campus da UNESP de Presidente Prudente - SP com um educando DV. A segunda, trata-se de uma atividade feita a partir do filme chamado “O Tempo e o Vento” que possui o recurso em audiodescrição e é inspirado na obra de Erico Veríssimo. A pesquisa foi realizada no ano de 2014, no Centro de Promoção para Inclusão Digital Escolar e Social (CPIDES), na sala de recursos multifuncionais na Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), da Universidade Estadual Paulista (UNESP) “Júlio de Filho Mesquita”, campus de Presidente Prudente. Palavras chaves: Audiodescrição, Ensino de geografia e Inclusão

Introdução

Traremos para esse texto a discussão acerca da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) que será nosso objeto de estudo. Buscaremos refletir sobre a inclusão educacional por meio da audiodescrição que auxiliará tanto os educandos com Deficiente Visual total, parcial e com baixa visão, quanto os demais educandos normovisuais.

Faremos um recorte, com resultados, ligado a uma atividade desenvolvida durante o curso de bacharelado em Geografia na Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Estadual Paulista (UNESP) “Júlio de Filho Mesquita”, campus de Presidente Prudente - SP no ano de 2014, na qual discutimos a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), juntamente com o ensino de geografia, enquanto instrumento que auxilia o educando com Deficiência Visual em seus estudos.

1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação da UFGD – Mestrado em Educação. Bolsista CAPES.email:jakquet@hotmail.com

2 Doutor em Sociologia pela UNESP e Pós-Doutor em Educação pela USP, Professor Associado de Fundamentos da Educação da UFGD.email:docrei@gmail.com

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A metodologia utilizada foi a coleta de resultados a partir de algumas práticas educacionais com um educando DV. A primeira foi elaborada por meio de um trabalho de campo no campus da UNESP de Presidente Prudente - SP com um educando DV. A segunda trata-se de uma atividade feita a partir do filme chamado “O Tempo e o Vento” inspirado na obra de Erico Veríssimo que possui o recurso com audiodescrição. Também, fizemos atividades teóricas e práticas a fim de que os educandos pudessem perceber a localização e a representação do seu espaço a partir da realidade em que vivem. Com estas atividades pretendemos trabalhar a construção do conceito de paisagem.

A pesquisa foi realizada no ano de 2014, no Centro de Promoção para Inclusão Digital Escolar e Social (CPIDES), na sala de recursos multifuncionais. O CPIDES foi fundado no dia 8 de abril de 2010 e se encontra localizado na Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), da Universidade Estadual Paulista (UNESP) “Júlio de Filho Mesquita”, campus de Presidente Prudente.

Compreendemos que o debate sobre a Tecnologia no Campo Educacional é algo fundamental nessa pesquisa tanto para os educandos, quanto para a formação dos professores de Geografia. Assim, traremos um histórico de como se deu a Audiodescrição no Brasil e no mundo, depois falaremos sobre a relação entre o ensino de Geografia e os TICs, além de discorrer sobre os sujeitos deficientes visuais que irão dar corpo e compor de modo grandioso e significativo este trabalho.

As Tecnologias da Informação no campo educacional

A partir do pensamento marxista, faz-se necessário refletirmos que, muitas vezes, o acesso às tecnologias é privilégio das classes sociais com maior poder aquisitivo que podem consumir este tipo de mercadoria diferenciada, segregando alguns e beneficiando outros. Vejamos, portanto, que, também, as tecnologias estão inseridas num contexto de produção, distribuição, circulação e consumo de mercadorias no interior do sistema capitalista. A mercadoria no sistema capitalista é produzida por meio do trabalho alienado, e de maneira que a produção é coletiva, mas a apropriação dos bens produzidos é individualizada. Sendo assim, cabe ao professor- educador o reconhecimento de que existe uma questão político-econômica na essência da produção e consumo dos objetos da tecnologia. Logo, é necessário que as mesmas sejam pensadas como instrumentos de superação das formas de exclusão socioeconômica, política e cultural. Conforme explica Oliveira é necessário,

[...] Em relação ás TIC, que o professor as domine em seus aspectos históricos e sociais, além dos seus aspectos técnicos considerados em si mesmos, reconhecendo, à luz de processos de educação/humanização, suas funções técnico-políticas contraditórias. Um sujeito solidário que se compromete com a construção de um projeto societário em relação entre sociedade, educação e redes seja virtuosa para a superação das formas de dominação, exploração e exclusão socioeconômica, política e cultural. (OLIVEIRA, 2013, p.17)

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Pensando nas contradições econômicas e sociais dentro do sistema capitalista que vivemos, se faz necessário travar uma luta por uma educação emancipatória e inclusiva. Visando a superação das contradições, a igualdade e a justiça social para todos, sem a segregação das classes menos favorecidas. Por meio da educação e suas práticas podemos formar os sujeitos capazes de serem críticos e autônomos objetivando a libertação tanto dos educandos, quanto educadores das amarras desse sistema excludente e opressor. A precisão dessa ruptura com o modelo que doutrina se faz devido à coisificação/alienação/exploração do ser humano decorrente do modo de produção capitalista e de sua sociedade estratificada. Daí a necessidade de luta por uma sociedade mais justa e igualitária construída a partir dos movimentos sociais e de um projeto de ensino que parta de todas as áreas em união com a educação crítica, pensante emancipatória (FREIRE, 1999; OLIVEIRA, 2007; CAMACHO, 2008).

Contudo, compreendemos as Tecnologias no Campo Educacional como algo relevante devido às mudanças contínuas e rápidas de nossa era, sendo, fundamentadamente, importante tanto para os educandos especiais, quanto para os normovisuais. Também, é importante para que os profissionais educadores de geografia reflitam quanto as suas metodologias em sala de aula, visto que as tecnologias são peças importantes a serem debatidas, questionadas e utilizadas nas salas de aula promovendo, assim, a inclusão dos sujeitos normovisuais e dos deficientes visuais.

As tecnologias têm por princípio contribuir para favorecer a realização de atividades que atendam às necessidades humanas. Envolvendo o estudo, diagnóstico e operacionalização que atenda as demandas de tempo (redução do esforço humano) qualidade, esforço e custo menor. (SANTOS, 2016). Estas tecnologias organizam a comunicação global em redes. Estas redes, que configuram o meio técnico-científico-informacional, muito vêm a contribuir para a dinamização dos territórios, independente de seus tamanhos e formas. Conforme explica o autor Milton Santos:

O trabalho se torna cada vez mais trabalho científico e se dá também, em paralelo, a uma informatização do território. Pode-se dizer, mesmo, que o território se informatiza mais, e mais depressa, que a economia ou que a sociedade. Sem dúvida, tudo se informatiza, mas no território esse fenômeno é ainda mais marcante na medida em que o trato do território supõe o uso da informação, que está presente também nos objetos. (SANTOS, p.70, 1997).

Para o autor, fica evidente que é no território que se finda e se renova as informações, visto que elas são concretizadas num determinado tempo e espaço. Por isso, devemos levar em conta essa interconexão das informações dadas pela tecnologia e analisar quais são os meios dados para seu uso e emprego de forma pedagógica nas salas de aula3. Essa revolução das tecnologias da informação constitui uma rede imbricada por aspectos culturais, históricos, sociais, econômicos e políticos de uma determinada nação que envolve sujeitos que vão assumir essas redes de forma estratégica e que aperfeiçoará estes instrumentos para a globalização e a descentralização dos territórios (MATIAS, 2012).

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Observamos que a tecnologia no campo educacional é algo inerente a realidade dos sujeitos educandos e educadores e ela é responsável por criar essa necessidade de repensarmos práticas pedagógicas mais dinâmicas e atuais no ambiente escolar. Atualmente estamos em uma era na qual não conseguimos nos desprender das tecnologias de modo geral, seja nos computadores de mesa, notebooks, netbooks, tablets, celulares, smartphones, redes sociais e de telecomunicação, programas midiáticos, softwares, aplicativos etc., esses produtos existem na maioria dos lugares, podendo estar facilitando, complementando e dinamizando os processos pedagógicos de forma contínua e atual (MATIAS, 2012).

A tecnologia no campo educacional, atualmente, é algo que intervém na realidade de forma direta dos sujeitos educandos e educadores. Ela é responsável por esta necessidade de construção de “novas’’ práticas pedagógicas, mais dinâmicas e atuais. Por isso, tratamos aqui sobre as tecnologias assisitivas de audiodescrição como meio técnico e pedagógico diferenciado para os processos educativos que emergem nossa sociedade. Pois, o profissional professor, e os sujeitos educandos não devem ficar ‘’de fora’’ desse processo de constituição da sociedade em rede, onde a informação e o conhecimento, provindo da tecnologia de audiodescrição, ganham maior destaque.

Sobre a Audiodescrição no Brasil

Compreendemos, então, o sentido da Tecnologia assistiva de audiodescrição como uma ferramenta tecnológica educacional, social e, também, cultural necessária para transformar as imagens em palavras, podendo ser essa técnica uma forma de dar autonomia aos sujeitos deficientes visuais e normovisuais.

Compreendemos que há necessidade de conhecer, discutir e conceituar melhor o termo audiodescrição, sendo assim, a audiodescrição é um recurso de acessibilidade que tem por finalidade transformar informação visual em informação sonora, ou seja, transforma imagens em palavras. Pode ser gravado ou feito face a face. Para a estudiosa Lívia Motta (2010, p. 68) a audiodescrição:

Transfere imagens da dimensão visual, por meio de informação verbal e sonora, ampliando, desta forma, o entendimento e provendo o acesso à informação e à cultura, possibilitando que pessoas com deficiência visual assistam a peças de teatro, programas de TV, filmes, exposições e outros, em igualdade de condições com as pessoas que enxergam, o que nos remete a ideia de acessibilidade cultural. A audiodescrição assim, amplia o entendimento não só das pessoas com deficiência visual, como também de pessoas com deficiência intelectual, com dislexia e pessoas idosas. (MOTTA, 2010, p 68).

Sua origem se deu em meados da década de 1970 nos Estados Unidos a partir dos ideais desenvolvidos por Gregory Frazier, em sua dissertação de mestrado. No entanto, as primeiras discussões teóricas estão no Livro publicado em 2010 chamado Audiodescrição: Transformando imagens em palavras que nos apresenta uma coletânea de artigos ligados

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a audiodescrição. Os primeiros a representar a técnica da audiodescrição foram Margaret Rockwell, que era deficiente visual, e seu companheiro Cody Pfanstiehl (PINOTTI, 2014).

[...] foram responsáveis pela audiodescrição de Major Barbara, peça exibida no Arena Stage Theater em Washington DC em 1981. Na época, o Arena Stage Theater havia recebido recursos públicos para tornar suas produções mais acessíveis e Margaret Rockwell foi contatada para ajudar nessa empreitada. Ela, por sua vez, buscou o auxílio de Cody Pfanstiehl e o casal, então, passou a audiodescrever as produções teatrais. Eles também foram responsáveis pelas primeiras audiodescrições em fita cassete usadas em visitas a museus, parques e monumentos nos EUA, além de contribuir de maneira significativa para levar a AD à televisão. Em 1982, eles audiodescreveram a série de TV American Playhouse, transmitida pela Public Broadcasting Service (PBS). Enquanto o programa era exibido, a audiodescrição era transmitida simultaneamente via rádio. (FRANCO; SILVA apud PINOTTI, 2014, p. 32).

A audiodescrição, sendo ela, como já dita anteriormente, uma ferramenta potencializadora e tecnológica capaz de promover a educação inclusiva tanto para educandos deficientes visuais, quanto para o público normovisual, demanda mudanças facilitadoras na comunicação e na linguagem geográfica do ensino, além disso, a audiodescrição é um recurso que pode minimizar barreiras, inserir o estudante no contexto escolar e, ainda, proporcionar uma abastada troca de saberes, de ensino-aprendizagens entre educandos especiais, educandos normovisuais e seus respectivos professores.

Fica evidente que a audiodescrição é um recurso tecnológico, tanto para que os sujeitos possam descrever/narrar diretamente e em tempo real para quem não enxerga, quanto para planejar, gravar, editar e disponibilizar objetos comunicacionais em áudio. No entanto, percebemos que, para as interações necessárias, falta para os sujeitos informação e preparação para o seu uso pleno e autônomo, o que parece comprometer, substancialmente, a interação e utilização desses recursos, constrangendo o acesso e a compreensão daquilo que é vivenciado na mídia e nos espaços públicos, restringindo sua autonomia e limitando sua inclusão social (SANTOS, 2016).

A audiodescrição, além de ser uma ferramenta necessária, mas muito recente no Brasil, ela vem tendo continuidade através de uma parceria com as instituições privadas que necessitam dar respaldo a estes meios de comunicação, infelizmente a grande maioria das instituições públicas não consegue estabelecer vínculos, pois ao se tratar de tecnologias, sempre há custos o que dificulta diversas pesquisas (PINOTTI, 2014).

Porém, o que queremos nessa pesquisa é propor a democratização de forma igualitária do uso dessa ferramenta, pois, em termos educacionais, ela remete a uma frente pedagógica inclusiva, que deve beneficiar os sujeitos de todas as classes sociais, permitindo que a parcela dos menos favorecidos da sociedade tenham acesso aos avanços tecnológicos. Ao falarmos, portanto, em audiodescrição como ferramenta educacional, iremos traçar os caminhos necessários para socialização do uso metodológico dessa

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ferramenta pedagógica sociocultural para estudantes deficientes visuais e normovisuais em sala de aula, além de auxiliar os professores na tarefa de como utiliza-la.

Pretendemos, por isso, discutir os problemas envolvidos nas formas de socialização dessa ferramenta pedagógica. Sua socialização se dá por meio de leis ou por políticas públicas, mas não há uma preparação formal para que os beneficiados possam, de fato, desfrutá-la de forma plena e nem existem mecanismos suficientes de avaliação e controle da qualidade do funcionamento destes recursos. A audiodescrição como recurso de acessibilidade e inclusão e como tecnologia assistiva permanece restrita a grandes e poucos eventos artísticos nas grandes metrópoles. Ela é praticamente uma “nobre desconhecida” do público em geral e não está presente na vida diária de todas as pessoas com deficiência visual, não tendo ainda chegado às salas de aula, nos eventos, nos espetáculos, na televisão, na sala das residências, nos computadores pessoais e nos smartphones dos brasileiros (SANTOS, 2016).

Por este motivo, este artigo também se justifica pelo indicativo de contribuição para divulgação, acesso e popularização de tal recurso/tecnologia, além de produzir questionamentos construtivos que possam abarcar e melhorar nossas ideias quanto a forma e uso dessa ferramenta nos ambientes escolares de forma inclusiva.

A junção da Geografia e as tecnologias da informação

"O espaço é a acumulação desigual de tempos". (SANTOS, 1997). A Geografia, como Ciência, é pautada na sua diversidade, ela consegue abranger de forma interdependente diversas áreas do conhecimento, sendo o espaço geográfico nosso objeto de estudo. Cabe a Geografia estudar os diferentes lugares, todas as relações sociais que os sujeitos produzem no espaço e a dinâmica das transformações do espaço geográfico. No caso dessa pesquisa, priorizamos as explicações sobre o processo de ensino-aprendizagem da Geografia que objetiva fazer críticas e apontamentos importantes aos sujeitos na sociedade em que vivemos, compreendendo as causas e efeitos dos processos que dizem respeito aos espaços geográficos (KAECHER, 1998).

Observamos que, juntamente com a audiodescrição, se faz necessário intercalar todas as informações que o deficiente visual possua de forma a contribuir e, também, complementar esse recurso metodológico. Fazemos, então, a junção com alguns aspectos relevantes do ensino-aprendizagem da Geografia e como objeto desse estudo elencamos a categoria de espaço. Sendo assim, Callai e Callai (2003, p.69) nos explica qual é a verdadeira natureza do espaço, dinâmica, e não estática, como já foi concebida na Geografia tradicional:

Os homens vivem num espaço, atuam nele, ocupam lugares. Esse espaço comumente é visto como algo estático, pronto e acabado. Tem uma aparência. Mas é resultado de uma dinâmica, é cheio de historicidade. A aparência é o resultado, num determinado momento, de coisas que acontecem. É a expressão de um processo, portanto há dinâmica no arranjo. Só na aparência ele é estático, pois este está constantemente

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sendo construído. E, conhecer o espaço, entendê-lo, é observar esta dinâmica e percebê-lo como resultado, mais de que aceitá-lo como definitivo e acabado. Em sendo estático, caberia apenas adaptar-se a ele, ajustar-se para poder viver. [...].

Compreendemos que a necessidade de se comunicar é um direito fundamental voltado ao ser humano, e assim, pode se dar de diversas maneiras, seja pela forma oral, por gestos, ou pelo recurso adotado aqui, a audiodescrição, que promove a tradução das imagens em palavras na forma sonora. Com a audiodescrição, entramos na linguagem da representação do mundo para com o deficiente visual, que começa a moldar e formatar suas palavras. Podemos compreender o quanto é necessária à junção da realidade do espaço vivido do educando com a comunicação que a audiodescrição lhe proporciona. Se tornando, sua ferramenta de comunicação a partir de seu olhar de mundo no espaço, no qual, habita. Tendo em vista que olhar o mundo, não é apenas enxerga-lo, pois, cada indivíduo tem uma visão sobre o mundo a partir da ideologia que acredita. Como afirma Fantin apud Sant´Anna (2010, p.157):

No entanto, olhar o mundo não envolve só a visão, pois o olhar é fruto de uma individualidade que é parte de uma história pessoal e única vivida em determinada sociedade, com determinada cultura, numa determinada época, vinculada a determinado momento específico de vida, que constroem um jeito próprio de ver. Esse repertório individual envolve, além dos conhecimentos específicos os valores estéticos, filosóficos, éticos e políticos, assim como a ideologia do indivíduo, do grupo ou da classe social à qual pertence. E nesse processo de educação do olhar, aprendemos a olhar o mundo, a natureza, o trabalho e a arte com o olhar do outro, pela mediação de outros jeitos de olhar. Esses olhares podem ser desinteressados, interpretativos ou criativos.

Tal ferramenta serve não somente para os deficientes visuais, mas também para nós videntes que buscamos a necessidade de detalhamento. Todos os videntes que possuam alguma dificuldade ao interpretar uma paisagem têm a oportunidade com a audiodescrição de senti-la, seja desde uma pintura, até mesmo uma peça de teatro. Ao buscarmos inserir essa ferramenta pedagógica e tecnológica digital como linguagem geográfica, não estaremos nos reduzindo a apenas descrever ou representar coisas ou locais, ela nos permitirá também criar a possibilidade de uma comunicação entre os videntes e os não-videntes. Pois, o objetivo não é apenas a descrição, mas sim, a interação (VIEIRA, 2016, p. 37)

Constituindo, portanto, uma relação mediadora entre o ensino de geografia, educação inclusiva, e as tecnologias da informação e comunicação, entendemos que para a efetivação da perspectiva inclusiva em todas as escolas de ensino regular, se faz necessário mudanças que vão desde seu formato físico até na postura de todos os sujeitos que fazem parte do ambiente informacional e educacional.

Fica evidente que as tecnologias no campo educacional, também, são responsáveis por novas práticas educacionais que refletirão nas relações e construções de pensamentos

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e diálogos críticos entre professores e seus educandos dentro e fora das salas de aula. Segundo Dalben e Castro apud Oliveira (2013, p.49).

[...] afirmam que os impactos provocados por essas tecnologias refletem na educação, possibilitando a propagação do conhecimento por meio de diálogos constantes para a sua inserção nas escolas. Isso denota, portanto, que a relação escola/currículo/tecnologia não pode ser pensada de forma dissociada. A escola deve propiciar diferentes discursividades entre os profissionais da educação a fim de que um novo currículo esteja conectado não somente aos aspectos sociais, culturais, político e escolares, como também ao tecnológico.

Por isso, tratamos aqui sobre as tecnologias assistivas de audiodescrição como meio tecnológico e pedagógico diferenciado para os processos educativos que emergem em nossa sociedade. Pois, o profissional educador de diferentes áreas, e os sujeitos educandos não devem ficar “de fora” em nossa sociedade em rede onde o conhecimento provindo da tecnologia de audiodescrição vem ganhando importância e espaço.

Devemos pensar, então, numa mudança crítica e educacional das escolas brasileiras que passa pela formação desses professores que estão mediando o processo de ensino-aprendizagem cotidianamente com os educandos portadores de necessidade especiais. Muitos desses professores acabam sendo meros transmissores, que somente repassam aquilo que também lhes foram transmitidos e, assim, não constroem o processo. Portanto, não abrem possibilidades para o surgimento de educandos pensantes e criadores de seus próprios conceitos. Estes são, ambos, sujeitos oprimidos, parte de uma sociedade capitalista mecanizadora e reprodutivista, logo, vazia de originalidade que força esses professores virarem máquinas reprodutoras do Estado, negando seu direito a criticidade e a criação dos conceitos por eles mesmos vividos (FREIRE, 1989; BOURDIEU, 1998). Segundo Pierre Bourdieu (1998), há uma desvalorização do capital cultural4 que os educandos possuem antes de chegar em sala aula. Temos uma educação pautada em valores oriundos do sistema capitalista, cuja preocupação é a transmissão de conhecimentos ao invés da crítica e a reflexão.

Entendemos o contexto dos sujeitos escolares como o privilegiado para a difusão da audiodescrição como tecnologia assistiva, pois os professores vão divulgar para outros professores, que irão ensinar aos seus alunos, que irão multiplicar para pais, irmãos, vizinhos e amigos. Da mesma forma, a difusão da audiodescrição no contexto escolar se dará de forma integrada e potencialmente agregadora a habilidades e competências

4 Podemos entender capital cultural como uma metáfora criada por Bourdieu para esclarecer que no modo de produção capitalista a cultura se transforma em moeda de troca, tendo por muitas vezes o mesmo valor do capital monetário. Na sociedade capitalista a cultura das classes subalternas é desvalorizada e a cultura das classes dominantes tende a ser imposta para toda a sociedade. Por isso, para autor, a palavra capital não serve apenas para denominar o capital econômico, visto que o acesso diferenciado aos bens sociais, assim como no caso da diferenciação de acesso ao capital econômico, também acarreta uma diferenciação na hierarquia social, auxiliando na reprodução das estruturas vigentes (CAMACHO, 2008).

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relacionadas à observação, caracterização, descrição, narração, comparação, análise, referenciamento espacial, referenciamento temporal e mobilidade, com diversos componentes curriculares (SANTOS, 2016).

Neste sentido, as tecnologias digitais vêm despertando o interesse cada vez maior em todas as áreas, inclusive nas ciências humanas, que abarcará nessa pesquisa o ensino de Geografia. Este recurso auxiliará tanto os educandos quanto os professores que tornarão mais dinâmico esse processo educacional por se tratar de uma ferramenta tecnológica plausível e atual dentro do processo de ensino-aprendizagem.

Iremos, por meio da audiodescrição do espaço geográfico, materializado em fotografias, colaborar para a construção de uma audiodescrição mais humana e significativa para todos sujeitos, sendo eles deficientes visuais, normovisuais e, até mesmo, educandos com algum déficit de atenção ou dificuldade de aprendizagem.

Fica claro que o exercício do olhar ao descrevermos o espaço geográfico e suas paisagens no ensino de Geografia nos dará respaldo para interagir e articular os sujeitos de forma inclusiva, e juntamente com as tecnologias, construir uma Geografia descritiva e mais crítica, no âmbito social, cultural, político e econômico, pois as dinâmicas tecnológicas irão permitir uma ampla e rápida busca por um conhecimento em diversos territórios, permitindo conhecer diferentes sujeitos e culturas. Constituindo-se em um olhar diferenciado sobre os objetos que irão compor as diversas paisagens tanto urbano quanto rural.

A categoria aqui elencada nessa pesquisa, será a paisagem, que para a Geografia é uma categoria que permite o olhar do geógrafo, fazendo com que outros sujeitos possam refletir e dar criticidade as diversas formas e olhares diferenciados sobre a representação estática ou em movimentação que as paisagens possam em determinado tempo e espaço nos representar.

[...] em sua trajetória para a construção de um corpo epistemológico para a Geografia. A partir da definição de paisagem, apresenta seu conceito de espaço, afirmando-o como sendo o “resultado da soma e da síntese, sempre refeita, da paisagem com a sociedade através da espacialidade” (SANTOS,1991, p.73). O espaço seria sociedade encaixada na paisagem, isto é, “a vida que palpita conjuntamente com a materialidade”. (SANTOS apud CASSAB, 2008, p.100).

Contudo, audiodescrever para um Deficientes Visual a paisagem, o lugar onde se vive, o território que ele permanece, lhe permite apreender os conceitos de Geografia, pois para além da transmissão e memorização de conteúdo, esta prática permite ao DV sentir esse conhecimento como parte integrante de sua realidade. Isto significa a construção de um ensino-aprendizagem constituído através dos sentidos (TUAN, 2013; VIEIRA, 2015).

Tal ferramenta serve, não somente para os deficientes visuais, mas também, para nós normovisuais que buscamos a necessidade de detalhamento. Todos os sujeitos que possuam alguma dificuldade ao interpretar uma paisagem têm a oportunidade com a audiodescrição de senti-la e interpreta-la seja desde uma pintura, até mesmo uma peça de teatro. Ao buscarmos inserir essa ferramenta pedagógica e tecnológica digital como

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linguagem geográfica, não estaremos nos reduzindo a apenas descrever ou representar coisas ou locais, ela nos permitirá também criar a possibilidade de uma comunicação entre os normovisuais e os deficientes visuais. Pois, o objetivo não é apenas a descrição, mas sim, a interação entre o território e os sujeitos ali estabelecidos.

Um educando Deficiente Visual: utilizando a Audiodescrição para compreender a categoria Paisagem em seus estudos

Realizamos no ano de 2014 uma prática pedagógica envolvendo a audiodescrição no ensino de geografia com um educando com deficiência visual. O local escolhido foi o Centro de Promoção para Inclusão Digital Escolar e Social (CPIDES) da FCT-UNESP campus de Presidente Prudente – SP.

Os objetivos dessa atividade foram: entender o conceito de paisagem a partir de um educando Deficiente Visual; contribuir para uma ampliação do entendimento da linguagem geográfica, através da paisagem, como forma de aprimorar a qualificação dos professores de Geografia no trabalho com estudantes deficientes visuais; aprofundar na discussão sobre a linguagem geográfica a partir da perspectiva da audiodescrição como recurso pedagógico.

O estudo de caso foi realizado no CPIDES, na Sala de Recursos Multifuncionais, localizada na FCT-UNESP campus de Presidente Prudente. Foi efetivado, também, uma oficina no campus da FCT-UNESP, na qual, o próprio sujeito-educando pode descrever a paisagem para os videntes.

Em nosso trabalho com o educando DV utilizamos a ferramenta de audiodescrição como uma atividade prática a partir do filme: “O Tempo e o Vento” inspirado na obra de Érico Veríssimo. Neste filme há relatos de diversas paisagens do sul do Brasil. O filme possui o recurso em audiodescrição, sendo que as falas que são audiodescritas acontecem entre as falas do áudio do filme, este cuidado se dá para que não haja sobreposição da audiodescrição com os diálogos entre os atores.

O trabalho de campo, realizado no próprio campus da Unesp de Presidente Prudente SP no ano de 2014, teve o intuito de fazer o educando perceber a paisagem local que leva a categoria da geografia, portanto o mesmo foi essencial para a construção final desse ensino aprendizagem. Ele pode, assim, entender de forma significativa o conceito de paisagem através dessas atividades (CHAVES, 2010). Como avaliação final, pedimos para que o mesmo pudesse nos relatar o que, de fato, era a paisagem para ele. E conseguimos uma descrição da paisagem da FCT - UNESP de Presidente Prudente. Assim relata o educando DV em uma de suas falas:

A Paisagem para mim é algo vivo, tudo que há vida e que posso assim sentir, como, por exemplo, o sol que bate em minha pele, o barulho dos pássaros, as árvores, eucaliptos e plantas que estão por toda parte no campo e, também, o som da voz de diversas pessoas conversando, o barulho do pessoal que cuida dos jardins e da limpeza geral da faculdade, enfim, tudo que posso sentir, através do olfato e do som, para mim, constitui a paisagem geográfica. (Educando DV, 28 anos, 2013).

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Portanto, elencamos algumas práticas pedagógicas trabalhadas com um educando DV que possibilitaram ao mesmo criação de seu conceito de paisagem. Este trabalho é uma contribuição para uma Geografia construída por outros sentidos e sensibilidades, abarcando assim o ensino-aprendizagem teórico-prático da Geografia.

Nossa pesquisa teve um significado importante, tanto para os educadores, como na vida do sujeito-participante. Lembrando sempre que a Geografia é uma disciplina que possibilita e viabiliza situações extra sala de aula que permite ao educando construir seu conhecimento por meio do sentir de maneira sonora, olfativa ou tátil a paisagem.

Considerações finais

Esse artigo buscou apresentar e contribuir para a difusão do uso de um novo recurso, a audiodescrição, entre os professores das escolas da educação básica, buscando cooperar para inclusão escolar dos alunos normovisuais e com deficiência visual e a fim de contribuir para subsidiar a construção de um ensino de geografia inclusivo.

Para os professores começarem a utilizar a audiodescrição como ferramenta pedagógica basta ter conhecimento sobre o recurso, ou fazer alguns cursos na área. O essencial seria que algumas Instituições de ensino, como as universidades, percebam que a audiodescrição na escola é algo muito necessário em todos os âmbitos, inclusive na pesquisa acadêmica. Sendo assim, falar de audiodescrição nos processos educacionais é importante para expandir esse campo de possibilidades.

Por isso, tratamos aqui sobre as tecnologias assistivas de audiodescrição como meio tecnológico e pedagógico diferenciado para os processos educativos que emergem em nossa sociedade. Pois, o profissional educador de diferentes áreas, e os sujeitos educandos não devem ficar “de fora” em nossa sociedade em rede onde o conhecimento provindo da tecnologia de audiodescrição vem ganhando importância e espaço.

Concluímos, assim, que é possível a construção de uma educação que provoque constantes reflexões acerca dos avanços e desafios do papel das tecnologias no alargamento das relações sociais entre os indivíduos de forma progressiva, sendo as mesmas capazes de emergirem sua importância reconhecida, estudada, ensinada e empoderada como recurso didático, cultural, político e social nos ambientes escolares que compõem nossa sociedade atual.

Referências

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CALLAI, Helena Copetti; CALLAI, Jaeme Luiz. Grupo, espaço e tempo nas séries iniciais. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et al. (Orgs.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 4. ed. Porto Alegre: UFRGS; Porto Alegre: AGB - seção Porto Alegre, 2003. p. 65-75.

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CAMACHO, Rodrigo Simão. O ensino da geografia e a questão agrária nas séries iniciais do

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CASSAB, Clarice. Epistemologia na obra de Milton Santos: breve panorama. Revista

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CHAVES, Ana Paula Nunes, Ensino de geografia e a cegueira: diagnóstico da inclusão escolar na grande Florianópolis. 2010. 159 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010. COSTA, Graciela Pozzobon, Audiodescrição e Voice Over no festival assim vivemos. In: MOTTA, Lívia Maria Villela de Mello, FILHO, Paulo Romeu (Orgs.). Audiodescrição: transformando imagens em palavras. São Paulo: Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, 2010. p. 83-92.

FERRAZ, Cláudio Benito Oliveira. Geografia: o olhar e a imagem pictórica. Revista

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