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GILBERTO GIL. De Mabel Velloso (Irmã de Caetano, Mabel Velloso é professora, escritora, poeta e contadora de histórias.) SUPLEMENTO DIDÁTICO

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Academic year: 2021

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GILBERTO GIL

De Mabel Velloso

(Irmã de Caetano, Mabel Velloso é professora, escritora, poeta e contadora de histórias.)

Professor

Neste suplemento você encontrará sugestões de projeto pedagógico para desenvolver no ensino fun-damental com turmas de 1a a 4a série (ou 1o e 2o ciclos) e turmas de 5a a 8a série (ou 3o e 4o ciclos). Com

essa divisão buscamos criar projetos adequados para cada fase do desenvolvimento do aluno.

Tomando como referência o livro estudado, organizamos um plano de atividades para os quatro ciclos:

— antes da leitura sugerimos um trabalho de sensibilização sobre o tema central, em que a classe se organiza em equipes para pesquisa e produção de material;

— durante a leitura, feita com a mediação do professor, propõe-se o levantamento e a análise de questões sobre o tema;

— depois da leitura, o professor pode avaliar a absorção do conhecimento por meio de trabalhos em múltiplas linguagens (dramatizações, fóruns, textos, painéis).

Para as atividades deste suplemento tomamos como ponto de partida, além do livro estudado, os Parâmetros Curriculares Nacionais, que possibilitam ao educador atuar como mediador na produção do conhecimento. Os PCNs de História, Geografia e Arte, de modo geral, têm como objetivo levar o aluno a conhecer e respeitar o modo de vida de grupos sociais diversos em suas atividades culturais, econômicas, políticas e sociais, identificando semelhanças e diferenças entre eles. Outro ponto não menos importante é fazer o educando reconhecer mudanças e permanências nas sociedades humanas, presentes na sua e nas demais comunidades.

A área da Arte é um campo privilegiado para o tratamento dos temas transversais, uma vez que as manifestações artísticas são exemplos vivos da diversidade cultural e expressam a riqueza criadora dos povos de todos os tempos e lugares. Em contato com tais produções, o aluno pode exercitar suas capaci-dades cognitiva, sensitiva, afetiva e imaginativa, organizadas em torno da aprendizagem. E, no campo da música popular, nosso objeto de estudo, ele é levado a desenvolver a sensibilidade e a consciência estéti-co-crítica por meio da percepção de elementos da linguagem musical.

Fica a critério do professor aproveitar as atividades para outros projetos, adaptando-as ao perfil de cada turma.

SUPLEMENTO DIDÁTICO

Elaborado por

Maria Clara Wasserman, mestre em História, professora do ensino fundamental e médio e pesquisadora de música brasileira.

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O doce bárbaro Gilberto Gil, além de compositor e cantor, é ativista político, de-fensor do meio ambiente, administrador de empresas, e atualmente exerce o cargo de ministro da Cultura. Esse baiano nascido em Salvador possui uma história para ser conta-da ao longo de mais de quarenta anos de carreira: foi, ao lado de Caetano Veloso, um dos mentores do Tropicalismo; preso pela ditadura militar no fim dos anos 1960, en-frentou o exílio na Inglaterra e retornou ao

POR QUE TRABALHAR COM GILBERTO GIL?

Brasil em 1972. A partir de então, consa-grou-se definitivamente como artista, compositor e personalidade pública. Gravou muitos discos, misturando influências de bossa nova, rock, pop, reggae, e hoje é con-siderado um dos expoentes da nossa cultura. A trajetória de Gilberto Gil está ligada à história do Brasil contemporâneo, um dos bons motivos para você trabalhar com seus alunos a vida e a obra desse artista de múlti-plas faces.

Além de trabalharmos com a biografia de Gilberto Gil, podemos trabalhar com várias de suas canções. Para facilitar a análise da canção popular com os alunos, sugerimos ao professor o roteiro a seguir.

1. Parâmetros poéticos

◗ Identificar o tema geral da canção. ◗ Identificar o eu poético e seus possí-veis interlocutores (quem fala através da letra e para quem fala).

◗ Desenvolvimento: qual a narrativa, que imagens poéticas foram usadas, qual o léxico e a sintaxe predominantes.

◗ Identificar os tipos de rima e as for-mas poéticas.

◗ Observar se foram utilizados recur-sos como alegoria, metáfora, metonímia, paródia, etc.

2. Parâmetros musicais

◗ Melodia: pontos de tensão/repouso melódico.

◗ Arranjo: instrumentos predominan-tes e sua função no clima geral da canção.

◗ Andamento: rápido ou lento. ◗ Entoação: tipos e efeitos de interpre-tação vocal, levando-se em conta a intensidade (volume), a tessitura atingida (graves/agudos) e a ocorrência de orna-mentos vocais, como falsete ou vibrato.

◗ Gênero musical (geralmente confun-dido com estilo ou ritmo): samba, pop, rock etc.

◗ Identificar a possível ocorrência de intertextualidade musical (citação de ou-tras músicas).

(Adaptado de: Marcos Napolitano. Pretexto, texto e contexto na análise da canção. História e imagem. Rio de Janei-ro: UFRJ/IFCS, s/d)

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✦ Objetivo

Conhecer a vida e a obra de Gilberto Gil no contexto da história do Brasil contem-porâneo.

✦ Temas transversais: Pluralidade cultu-ral e Cidadania.

✦ Trabalho interdisciplinar: História, Arte, Geografia e Português.

ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA Leve para a sala de aula jornais, revistas e recortes que falem da participação de Gil-berto Gil na vida cultural brasileira da atualidade. Distribua o material para gru-pos de três. Após os alunos terem tomado contato com o material, fale da importân-cia do compositor e cantor para o país desde a década de 1960.

Ainda como atividade de sensibilização, organize com a classe uma brincadeira na língua do pê, uma das favoritas de Gil, como explica Mabel Velloso nas páginas ini-ciais do seu livro. Os alunos podem escolher uma das músicas do compositor, ou mesmo frases da turma, para ver quem acerta mais essa peculiar forma de comunicação.

Após a brincadeira, coloque a classe para ouvir a canção “Língua do pê”, de Gilberto Gil, e convide seus alunos para conhecerem melhor a vida e a obra do artista.

ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA 1. Leia o livro em conjunto com seus alu-nos e chame a atenção deles para alguns pontos, como os que sugerimos a seguir:

◗ A cidade de Ituaçu e as festas locais.

◗ As brincadeiras favoritas de Gilberto Gil. ◗ As músicas que ele mais ouvia.

◗ A mudança para Salvador e São Paulo. ◗ Seus primeiros sucessos.

◗ A fase tropicalista. ◗ A prisão e o exílio. ◗ A volta para o Brasil.

2. Destacados os assuntos, os alunos po-derão responder a um roteiro de questões:

◗ Como foi a infância de Gilberto Gil? ◗ O compositor aprendeu seus primeiros acordes na sanfona e depois no violão. Que músicas você conhece com esses instrumen-tos?

◗ Caetano e Gil são amigos há muito tem-po. Como se conheceram? Qual a importância de grandes amizades?

◗ Gil sempre se preocupou com a nature-za. Por que é importante preservar o meio ambiente?

◗ De que canções do compositor você mais gosta?

3. Comente com os alunos a posição de Gilberto Gil hoje: quais os seus projetos so-bre meio ambiente (o endereço do site encontra-se na página 9 do livro de Mabel Velloso), o cargo que ocupa no governo, seus últimos projetos musicais etc.

ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA 1. Após a leitura do livro, convide seus alunos para um passeio musical com Gilber-to Gil. As canções a seguir são reminiscências da infância do compositor, como jogos, brin-cadeiras de rua, amores juvenis e muito alto-astral.

◗ “Pé quente, cabeça fria”

SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA

TURMAS DE 1

a

A 4

a

SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:

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◗ “Atrás do trio (bomba H)” ◗ “Marcha da tietagem” ◗ “Língua do pê”

◗ “Mancada”

2. As atividades a seguir também são or-ganizadas com base nas canções que remetem à infância do compositor:

◗ “Está na cara, está na cura” — brinca-deiras de linguagem que se assemelham a brincadeiras infantis. Com base na letra da canção, organize jogos como “troca-letra”, “palavras cruzadas”, “trava-língua”, “a pa-lavra é” etc.

◗ “Tradição” — narra as tradições da Bahia, incluindo uma viagem de bonde. Peça a seus alunos que façam uma redação sobre uma viagem que tenha marcado a vida deles.

◗ “Satisfação” — história do carnaval elé-trico baiano. Nessa música o universo carnavalesco ganha um novo ritmo estran-geiro, o rock. Organize uma pesquisa em sala de aula sobre a história do carnaval bra-sileiro, as diferenças entre o carnaval da Bahia e o do Rio de Janeiro, os novos ritmos etc. Essa atividade pode terminar com uma exposição de fotos, canções e figuras sobre o carnaval do Brasil.

✦ Objetivos

◗ Verificar os fatos culturais e políticos dos quais Gil participou ao longo de sua carreira.

◗ Entender o contexto e os objetivos do movimento tropicalista, criado por Gilberto Gil e Caetano Veloso.

✦ Temas transversais: Cidadania e Plura-lidade cultural.

✦ Trabalho interdisciplinar: História, Arte, Português e Geografia.

ATIVIDADES PARA ANTES DA LEITURA 1. Sensibilize os alunos para a obra de Gilberto Gil a partir de suas músicas. Comen-te com eles que Gil sempre esComen-teve aComen-tento às inovações tecnológicas e que essa caracte-rística é marcante em seu trabalho. Sugerimos as seguintes canções, nas quais o compositor aborda a relação entre a tecnologia e a vida do homem moderno.

SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA

TURMAS A PARTIR DA 5

a

SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:

MOVIMENTOS CULTURAIS

◗ “Lunik 9”

◗ “Cérebro eletrônico” ◗ “Queremos saber”

◗ “A gente precisa ver o luar” ◗ “Parabolicamará”

◗ “Pela Internet”

2. A partir de uma das canções acima, peça aos alunos que produzam um texto sobre os avanços tecnológicos do mundo moderno. Nessa produção individual, eles deverão opinar sobre como o progresso vem afetando o homem e o meio ambi-ente.

ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA A leitura do livro pode ser direcionada para as diversas fases da vida de Gilberto Gil e também para os fatos políticos e culturais de que ele tenha participado.

Por conta disso, faça um levantamento de material sobre o Tropicalismo, os carna-vais da Bahia, o movimento de consciência

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negra e o meio ambiente. Deixe esse mate-rial à disposição dos alunos enquanto eles lêem o livro de Mabel Velloso.

Você também pode dividir o livro em par-tes para explicitar as diferenpar-tes fases pelas quais Gilberto Gil passou ao longo de sua carreira. Oriente os alunos para anotarem cada uma dessas fases.

Uma outra opção interessante durante a leitura é os alunos ouvirem algumas canções representativas da vida do compositor, como as que sugerimos abaixo.

◗ “Eu vim da Bahia”: Gil revela sua sau-dade de uma Bahia que é origem, meta e passagem.

◗ “Procissão”: canção de protesto, da épo-ca dos festivais.

◗ “Geléia geral”: já na fase tropicalista, Gil faz uma colagem de citações retratando um Brasil fragmentado.

◗ “Refazenda”: canção emblemática das preocupações ambientais do compositor.

◗ “Esperando na janela”: apesar de não ser de sua autoria, essa canção interpretada por Gil marca o retorno do artista ao univer-so nordestino.

ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA ◗ Leia para seus alunos o seguinte texto: “Os diferentes aspectos da cultura afro-brasileira são temas marcantes na obra de Gil: ora o compositor busca inspiração nos ancestrais africanos, deuses mitológicos; ora retrata situações atuais vividas pelo homem negro na grande cidade. Gil tra-balha a temática negra tanto na letra como na melodia. Há casos em que a pre-sença de elementos culturais negros está na forma musical: um samba de roda, um ritmo de afoxé, uma toada ao sabor dos batuques tribais, um blues plangente, um reggae etc.”

(Adaptado de: Literatura comentada. Gilberto Gil. São Paulo: Abril, 1982.)

Com base no texto acima, peça aos alunos que façam uma análise comparativa das canções em que Gilberto Gil traz o negro como tema. Como sugestão, apresentamos as seguintes:

◗ “Bat Macumba”: canção tropicalista que incorpora elementos primitivos (ma-cumba) e modernos (batman).

◗ “Emoriô”: palavra de inspiração africa-na que serve como mantra para evocação a Oxalá.

◗ “Sarará Miolo”: o título dessa canção remete ao mestiço arruivado que assim é chamado na Bahia.

◗ “Babá Alapalá”: essa letra trata de um dos mais profundos problemas do negro das Américas, a perda de suas referências ances-trais. Babá é o pai de santo ancestral africano, Axé Babá.

◗ Em sala de aula, faça uma audição de-talhada da canção “Panis et Circencis”, do disco Tropicália ou Panis et Circencis. Antes, converse com seus alunos sobre a origem do título da canção.

“Panis et Circencis”, de Gilberto Gil e Caetano Veloso, é a faixa-título do disco mais importante da Tropicália, um disco-manifesto com colagens e cita-ções em todas as cancita-ções.

O título é inspirado no poeta roma-no Juvenal, que mostrava desdém em relação aos cidadãos pobres de Roma, que não podiam consumir nada além de pão e divertimento barato.

A composição trabalha metaforica-mente esses dois elementos, pão e diversão, em uma atmosfera circense. A melodia é feita por uma voz solista, em oposição a um grupo de pessoas imobi-lizadas na sala de jantar.

Roteiro para audição de “Panis et Circensis” (em minutos)*

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0:45 — Trumpete solo, imitando o timbre de clarim, numa citação sonora dos Beatles (“Penny Lane”).

1:15 — “Mandei plantar folhas de sonho no jardim do solar...”: alusão “alucinógena” ao Solar da Fome, pensionato dos artistas recém-chegados ao Rio de Janeiro.

1:55 — A rotação da música cai a zero, assumindo o caráter discográfico da canção. Música eletrônica.

2:00 — Clima psicodélico, com efeitos eletroacústicos.

2:20 — Surge uma música incidental, à base de um arranjo de rock (baixo, bateria, guitarra, teclado), com instrumentos elétri-cos.

3:05 — A música incidental é interrompi-da. Ouvem-se vozes à mesa, ruídos de talheres e a valsa “Danúbio azul” ao fundo. Música concreta.

3:25 — Um efeito eletroacústico aumen-ta de intensidade ao mesmo tempo que se ouve um crescente ruído de vidros (copos) espatifando-se.

3:30 — Corte súbito.

Após a audição, você pode conduzir as seguintes atividades:

◗ Produção de texto que tenha como ro-teiro a canção “Panis et Circencis”.

◗ Com o apoio de material de pesquisa, análise das citações presentes na canção e a contextualização histórica (Brasil, 1968).

◗ Criação de painel com as imagens que a canção sugere.

SUGESTÕES DE ATIVIDADE EXTRA

Exibir em sala de aula o filme Eu, tu, eles e fazer uma audição do CD de Gilberto Gil com a trilha sonora do filme.

Depois os alunos poderão desenvolver as seguintes atividades:

◗ pesquisa sobre a situação social do ser-tão nordestino.

◗ pesquisa sobre a vida de Luiz Gonzaga e o fenômeno do baião, cujo sucesso come-çou na década de 1940. O depoimento de Gil pode ser esclarecedor: “Luiz Gonzaga era o canto da caatinga. Sua existência, e mais a de Jackson do Pandeiro era uma coisa eco-lógica na região”. (História da MPB. Abril Cultural,1981.)

◗ levantamento da ficha técnica do filme. ◗ análise de fotografia, figurino, música etc.

PARA SABER MAIS

Afoxé Cortejo de natureza semi-religio-sa que, no carnaval, desfila cantando e dançando, mas sem se mesclar às outras ma-nifestações carnavalescas.

Bossa nova Estilo musical criado em 1958 por João Gilberto, caracterizado por sonoridade original e recriação do ritmo do samba, cujo potencial estético conferiu-lhe condição de “escola”. O nome também se aplica ao repertório lançado por João Gil-berto ou composto em seu estilo e, mais restritamente, a um fenômeno carioca ocor-rido entre 1958 e 1962, de jovens seguidores do novo estilo.

Canção de protesto Estilo de canção predominante nos anos 60, de caráter naci-onalista, que expressava o engajamento do artista com as causas populares. Na década de 1970 a canção toma outra forma de pro-testar contra a ditadura, menos explícita por causa da censura e, ao mesmo tempo, mais metafórica e combativa.

Capoeira Luta brasileira de origem ne-gra, introduzida no Brasil pelos escravos africanos. É acompanhada por música exe-cutada com berimbau, ganzá e pandeiro.

Festivais da canção Festivais de música popular promovidos pela TV Record de São Paulo, nos quais despontaram nomes como Chico Buarque, Elis Regina, Edu Lobo, Geral-do Vandré, entre outros.

* Para a decupagem completa do LP/CD Tropicália ou

Panis et Circencis, consulte o site

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Jingle Curta mensagem musicada de

pro-paganda.

João Gilberto (1931-) Cantor, composi-tor e violonista, criador da bossa nova, estilo que revolucionou a música brasileira e influ-encia até hoje a música mundial. Lançou, em 1959, o LP Chega de saudade, disco inaugu-ral do novo estilo. Residiu por quase vinte anos no exterior, difundindo a moderna música brasileira.

Lira Conjunto musical, ou banda, dirigi-do por um maestro.

Música erudita Diz-se de todas as músi-cas compreendidas nos períodos “barroco”, “clássico”,”transição”, “romântico” e “mo-derno”.

Partido Verde Partido político que de-fende a preservação do meio ambiente. O PV faz parte de uma família política inter-nacional, a dos “verdes”, que cresce em todo o mundo, desde o final da década de 1970.

Pífano Instrumento rústico, semelhante ao pífaro, usado ainda hoje, sobretudo em conjuntos musicais populares; pífaro; flauta. Regime militar Período entre 1964 e 1985 em que os militares ficaram no poder no Brasil. A “era das ditaduras” predomi-nou, nesse período, em quase todos os países da América Latina. Ao mesmo tempo que os militares combateram as ideologias de esquerda, organizaram uma política de realinhamento com a política externa nor-te-americana.

Repentista Que ou quem improvisa, faz repentes (versos improvisados).

Serenata Música de conjunto instrumen-tal, geralmente cantada, melodiosa e simples, semelhante às trovas dos cantores ambulantes, executada ao ar livre, não raro sob a janela de alguém; seresta.

Tropicalismo Movimento musical orga-nizado principalmente por Caetano Veloso e Gilberto Gil, em 1968, o qual visava com-bater o nacionalismo musical (canção de

protesto) com um estilo bem-humorado. Os tropicalistas basearam-se no Manifesto an-tropófago de Oswald de Andrade para caracterizar em suas músicas influências na-cionais e internana-cionais, como guitarra elétrica, música eletroacústica, hino nacio-nal, canções de protesto, ou seja, a realidade nacional do país transformada em “geléia geral”.

BIBLIOGRAFIA

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VELOSO, Caetano. Verdade Tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

LINKS DE PESQUISA NA INTERNET ◗ www.caetanoveloso.com.br

◗ www.itaucultural.org.br (Música; disco-grafia musical) ◗ tvcultura.com.br/aloescola/artes/ ◗ www.uol.com.br/radiouol/ ◗ www.chicobuarque.com.br ◗ www.geocities.com/altafidelidade ◗ www.tropicalia.com.br ◗ www.gilbertogil.com.br

DISCOGRAFIA RECOMENDADA PARA OUVIR EM SALA DE AULA

◗ Tropicália ou Panis et Circencis (1968). Com Caetano, Gil, Gal Costa, Nara Leão e outros. É o disco-manifesto do movimento tropicalista. Para fazer uma decupação das canções, consulte o site www.geocities.com/ altafidelidade.

◗ Brasil (1981), com João Gilberto, Caeta-no Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethania. Concebido no retorno de João Gilberto ao Brasil, depois de quase 20 anos residindo no exterior, marca o encontro de Caetano com seu mestre.

Referências

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