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Evangélica Internacional da Zona Sul na Praia do Flamengo, RJ

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Com o projeto de sonorização em mãos, foi levado em consideração tanto

o custo-benefício quanto a necessidade de levar um som de qualidade a

cada parte da nave e da galeria. Já que a ênfase da igreja é na exposição

da palavra de Deus, seja ela cantada, encenada ou pregada, segundo o

pastor Marco Antônio, com o novo sistema de som essa qualidade na arte

da igreja foi alcançada.

Karyne Lins karyne@backstage.com.br

Comunidade

S

Evangélica Internacional da Zona Sul na

Praia do Flamengo, RJ

er pioneiro dentro de um segmento profissional é ser mais do que um ícone, é ser um espelho para quem busca uma referência e se a Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul está inserida neste perfil não é mera coincidên-cia. A CEIZS sempre foi pioneira em se

tra-tando de música e som na área do gospel. Um bom exemplo é o fato de ser a primeira igreja a levar uma banda de rock para um evento na Praça da Apoteose (White Cross/1992), e essa questão da sonorização sempre acompanhou o processo de cresci-mento da Comunidade.

Novos tempos,

novas mudanças

O pastor percebeu, no ano passado, que já era hora de mudar o sistema de som da igreja e, seguindo a filosofia de ter sempre o que há de melhor para a Comu-nidade Internacional da Zona Sul,

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co Antônio estava pronto para fazer um investimento no sistema de P.A. Line Array, algo que hoje é o que há de mais avançado no mercado. “Esse tipo de tecnologia de P.A. vem se desenvolvendo ao longo do tempo e hoje é uma realidade que vemos nos palcos e, agora, dentro das igrejas”, ressaltou Augusto Macchi, técni-co responsável pelo som.

Ter um sistema desse porte significou mudança na infra-estrutura do templo. O espaço foi ampliado para receber mais 400 lugares (hoje, a igreja comporta três mil pessoas) e houve um aumento da profundidade do templo. A equipe da igreja estava preparada para exigir mais do sistema em questão, pois passou a exis-tir a necessidade de um sistema que pu-desse fazer a maior cobertura possível, sem que os primeiros lugares tivessem um nível de SPL muito elevado. Por isso, a

escolha do line array e a sua aquisição foram essenciais.

“A Comunidade Internacional da Zona Sul tem como visão servir com

ex-celência. Nesta visão, incluímos a sono-rização do templo. O que mais desejamos em tudo isso, e o que nos deixa mais

satis-feitos, é fornecer um som nítido para que as pessoas ouçam o que Deus está falan-do aos seus corações. A CEIZS recebe grandes nomes da música nacional e in-ternacional, como Darlene Zschech e Hillsong Team, Michael W. Smith, Abraham Laboriel, Aline Barros, Eyshila, entre outros. Temos um moderno sistema de som para propagar a boa música gospel e a poderosa Palavra de Deus”, comen-tou o pastor-presidente Marco Antônio Peixoto, que tem 26 anos de ministério.

Pesquisando o

equipamento

O projeto foi iniciado em março de 2006, com o início das obras de amplia-ção do templo. A partir daí, a equipe pas-sou a estudar como seria a nova configu-ração do som com as mudanças na infra-estrutura a ser inaugurada em setembro

Ter um sistema

desse porte significou

mudança na

infra-estrutura do

templo. O espaço

foi ampliado para

receber mais

400 lugares

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de 2006, já para o evento que comemora-va o aniversário da igreja.

Assim que o pastor decidiu e autori-zou a compra de equipamentos, a missão do produtor musical e Silas Fernandes e do técnico Augusto Macchi foi pesquisar qual sistema seria ideal para atender às necessidades da Comunidade, já que ela tem uma característica voltada para o louvor.

O que foi prioridade quando se ini-ciou a pesquisa de qual sistema usar foi a qualidade do equipamento com suporte técnico, um software que acompanhasse o produto para alinhamento do sistema e a questão estética. Apesar de a equipe estar centrada em pesquisar um sistema

para um ambiente fechado, ela analisou vários sistemas diferentes sendo utiliza-dos em shows outdoors (shows em ambi-ente aberto) e optou por aquele que correspondesse às suas expectativas.

O sistema

O P.A., hoje, consiste em quatro caixas D.A.S. Aero 28A e um Sub CA 215 (tam-bém ativo) por lado e, por ter essas confi-gurações, resultou em um sistema full-range no alto. O line array tem hoje uma boa cobertura de toda a nave da igreja com uma diferença de cerca de 8dB en-tre as primeiras fileiras e o final do templo. Segundo o técnico Augusto, o nível de SPL trabalhado na igreja varia muito

de acordo com o público presente em cada reunião. “O nível de SPL do P.A. não ultrapassa o ideal, porque sempre trabalhamos com um volume que fique confortável para as pessoas”.

Em relação ao direcionamento do som para as pessoas que estão no mezanino, o line array já faz essa cobertura sem que seja ne-cessário elevar muito o volume do P.A. para isso. Augusto explicou que por esse mezani-no ficar bem distante do palco, o SPL lá aca-ba sendo um pouco menor do que o da nave da igreja. Em conseqüência disso, o técnico disse que futuramente a igreja vai ampliar o número de caixas no line array e instalar al-gumas caixas de delay com o objetivo de re-forçar o som no mezanino.

Lista de Equipamentos

Sistema de P.A. 8 caixas D.A.S. Aero 28A

2 caixas para subgrave D.A.S. CA 215A 4 D.A.S Sub ST 218 (chão)

3 amplificadores Hot Sound 5.0 e 2.0 Console Yamaha M2500 48 canais 1 Dual Compressor Drawmer MX 30 1 Equalizador TGE 2313XS 1 Dual Compressor dbx 166

1 Processador Alto Control 60 (Front e Subs) 2 Processadores de Efeito Alesis (Mid-verb e Quadra(Mid-verb)

1 Quadra Gate/Compressor Behringer MDX 4600

Monitoração de palco 2 Electro-Voice T53 (Side-fill)

2 Sub Studio R Sky Sound Bass (Side-fill) 2 FZ 112

2 FZ 108

9 Monitores 12” e 15”

Console Soundcraft Spirit Monitor 2 de 40 canais

3 Powerplay Behringer HA 4700 1 Dual Compressor Drawmer MX 30 3 Equalizadores TGE 2313XS

1 Quadra Gate/Compressor Behringer MDX 4600

5 amplificadores Hot Sound 2.0 Acessórios / Microfones

KSM9 (SLX), Beta 87A (SLX), Beta 87A (UC), SM 58 (SLX), SM 57, Beta 57A In ear monitor PSM 600 e PSM 200 1 Sennheiser SKM 5000

1 AKG D112 3 AKG C1000 1 Fone AKG C220 1 Kit Mic Bateria CAD

Augusto Macchi é o responsável técnico pelo som da igreja, e conta com a ajuda de mais três técnicos e dois auxiliares, além das pessoas das equipes das ou-tras filiais na cidade do Rio de Janeiro. Lista de equipamentos da iluminação 6 moving lights DTS XR7 575

1 Pilot 2000 para os moving lights 1 Digital 48 canais para refletores 24 Par 64 FOCO #5 12 Par 64 FOCO #2 24 Par 64 FOCO #1 8 Elipsoidais 36º 2 Dimmer HPL Digital 1 Buffer Box HPL 1 Maim Power HPL Digital

Filtros e correções para TV e gel cores variadas

Detalhes dos equipamentos de iluminação e do sistema de P.A. formado por caixas da D.A.S

Macchi, responsável pelo áudio e técnico de P.A., utiliza uma Yamaha desde o projeto de som anterior

O line array cobre toda a nave e o mezanino sem necessidade de elevar muito o volume do P.A

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O sistema foi alinhado por Fernando Nanão, responsável técnico da Decomac, em conjunto com Augusto Macchi, téc-nico de som da igreja. Para esse trabalho de alinhamento, foram consultadas as plantas da igreja e essas medidas foram passadas para o software de alinhamento que acompanha o sistema, o Ease Focus.

Também foi utilizado um analisador de espectro e Augusto comenta o resultado: “As diferenças audíveis, quando mudou do sistema tradicional para o Line, foram além da qualidade do equipamento, uma grande melhora na inteligibilidade do som e na dispersão mais uniforme do es-pectro de freqüências no templo e conse-guimos uma maior linearidade do SPL entre os primeiros e últimos lugares”.

Palco

Novo sistema de P.A. significa mudanças espe-cíficas também no palco. O gru-po de louvor pas-sou a utilizar mo-nitoração por fo-nes, em conjun-to com a moni-toração de chão tradicional, o que, segundo Augus-to, trouxe exce-lentes resultados. Esse sistema in-ear consiste no uso de fones

Por-ta Pro, da Koss, com amplificação de três Behringer HA 4700.

Para fazer a mixagem do monitor, a igreja comprou e colocou no palco uma console de 40 canais e 12 auxiliares da Soundcraft (Spirit Monitor 2). São utiliza-das 12 vias de fones e seis vias de chão, algumas com duas caixas por via. Os side-fill são da Electro-Voice, modelo T 53,

com sub ativo da Studio R (Sky Sound Bass). Na frente, a monitoração é feita com caixas FZ 102 passivas. “Em termos de qualidade melhor do som no palco, o line array tem uma direcionalidade me-lhor e com isso diminui a volta do PA para o palco. As mudanças acústicas feitas no templo e a monitoração por fones também contribuíram muito para a diminuição do SPL no palco”, explicou Augusto.

Com esse sistema de monitoração por fones, o uso de side fill se tornou funda-mental, pois reforça o som do palco e faz o papel do P.A. no palco, só que de forma controlada. A mixagem dos sides é feita de forma que se tenha no palco a mesma sensação que o público tem do Line, ape-nas reforçando os instrumentos e vozes que já não estejam amplificados no palco.

Trabalhando assim, a equipe conseguiu uma uniformidade do som na igreja.

Em relação aos subgraves, são quatro caixas Aero28A e uma CA 215A com falante 2x18” da D.A.S. e mais dois Celestion como front-fill por lado. Os subs no chão são controlados por um au-xiliar na mesa do P.A. que endereça para esses subs somente os instrumentos que

precisam de um reforço nessa região, como bumbo e baixo, por exemplo. “Isso ajudou muito a controlar os graves e per-mite uma mixagem limpa sem sobras de graves em canais onde isso só atrapalha”, ressaltou Augusto.

Conhecendo a

nova estrutura

A nave do templo tem 57 metros de comprimento, 22 metros de largura e 12 metros de altura (aproximadamente), acrescentando ainda o mezanino que tem mais 15 metros de comprimento por 22 metros de largura. Não existem pare-des paralelas e o teto é dividido em ca-madas, o que facilita na acústica.

O que foi feito na obra especificamente direcionado para o projeto de som foi um trabalho acústico nas paredes do templo e no pal-co foram feitos difusores e absor-vedores com aca-bamento em te-cido. Não foi pre-ciso rebaixar o teto, pois este é revesti-do com material acústico da Isover.

Acústica

O responsável pelo projeto de acústica foi Celso Junto, contratado pela igreja, que trabalha com desenvolvimento de projetos de acústica na empresa Drum Acústica. Antes do projeto do sistema line array, em relação a tratamento acústico, existia ape-nas o básico em forro vide de Santamarina (plástico corrugado revestido com fibra de vidro) e alguns rebatedores planos nas pa-redes laterais da nave. Celso disse que ain-da está no início do processo do

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Para saber mais sobre a história, usos e aplicações do sistema line array, confira as edições 128 e 146 da Backstage.

Para saber mais

mento acústico, que começou pelo palco e provavelmente se estenderá por toda a nave. “A importância de se ter hoje um tratamento acústico adequado para o tipo de proposta da igreja que é o louvor é o mesmo que o de um teatro, casa de espe-táculo, etc: uma boa reprodução sonora, e consequentemente, boa percepção audi-tiva do que está se desejando transmitir ao público. Muda a mensagem, mas o trans-missor, o receptor e o propósito são os mes-mos”, declarou Celso. Foram feitas apenas algumas portas acústicas e uma tentativa de construir ressonadores. O projetista en-controu dificuldades, em princípio, para trabalhar com os cálculos para o palco. Ele disse que não foram feitos cálculos exatos, pois não havia como fazer as medições

sem os equipamentos funcionando (palco e P.A.). Baseado então nas solicitações dos técnicos, Celso empregou pela primeira vez um artefato que desenvolveu e já usou em escalas menores. Funciona como defletor e absorvedor ao mesmo tempo e que, segundo ele, funcionou.

Acompanhando

o mercado

Desde a sua fundação, há quinze anos, a igreja já fez vários projetos de sonori-zação, sempre visando a excelência em suas atividades. Em cada etapa realizada, os sistemas de som em questão atende-ram, em princípio, à proposta da igreja.

Augusto Macchi comentou que cada época teve a sua tecnologia e a melhoria sempre é contínua na igreja. De acordo com a forma de trabalho organizada pelo pastor Marco Antônio, o chefe da equipe técnica verifica alguns pontos em projetos que foram bem- sucedidos e dá sugestões de como podem ser feitas adaptações para os próximos projetos. “Certa vez, utilizamos um P.A. Fly, que melhorou bastante o som em relação às caixas dispostas no chão, mas ainda não era o ideal. Depois de algum tempo, trocamos as caixas, refizemos o processamento das vias do P.A. e mudamos a angulação. O resultado foi bastante satisfatório”, lembrou Augusto.

A igreja sempre recebeu muitos pastores da Europa, EUA, brasileiros que possuem ministério pastoral no exterior e inclusive o Hillsong, da Austrália, um dos grupos de

Console Soundcraft Spirit Monitor 2 de 40 canais utilizada pelos técnicos de monitoração de palco

louvor de maior expressão no mundo. Ao perguntarmos a Augusto se o contato com essas pessoas ajudou de alguma forma com informações sobre uma sonorização ideal, o técnico disse que de uma forma direta não, porém, a igreja sempre acompanhou de per-to as tendências da tecnologia do áudio no Brasil e no exterior. “Alguns pastores com-partilham conosco suas experiências no ex-terior em relação à sonorização de suas igre-jas e podemos trocar informações com algu-mas pessoas responsáveis pelo som em cada uma dessas igrejas. Posso citar Dave Watson, hoje production manager da Hillsong

Church na Austrália. Ele esteve aqui em dezembro de 2003 com a equipe de louvor e o seu pastor”, comentou Augusto. O pastor acompanhou de perto todas as mudanças e gostou do resultado. “No aspecto funcional, foi bastante significativo o uso do in-ear, pois com isso melhoramos a monitoração indivi-dual e, em conseqüência, temos um som mais limpo no palco. Para os ouvintes, o line array trouxe inteligibilidade. Esse projeto nos trouxe para um novo nível e estamos felizes, pois sabemos que a palavra de Deus está sendo propagada com excelência às pesso-as”, concluiu o pastor Marco Antônio.

A house mix tem posicionamento estratégico para que o técnico tenha controle de tudo que acontece

Rack de periféricos utilizado para o sistema de P.A. da Comunidade Internacional da Zona Sul

Certa vez,

utilizamos um P.A. Fly,

que melhorou

bastante o som em

relação às caixas

dispostas no chão,

mas ainda não

era o ideal

Referências

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