POR QUE TRABALHAR COM MICHELANGELO?
TURMAS DE 1
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA
aA 4
aSÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
RELEVO –– ALTOS E BAIXOS DO DESENHO
F F F F
F Roteiro de apreciação da obra reproduzida no livro: Moisés (página 29)
w O que essa escultura representa? w Descreva o personagem Moisés. w Como é a expressão de seu rosto? w O que ele tem sobre a cabeça? w Qual é sua idade aparente?
w Sua postura nos transmite sensação de tensão ou de repouso?
w O que Moisés está segurando? (Explique que Moisés, segundo o Antigo Testamento, foi o transmissor da palavra de Deus e re-ceptor das Tábuas da Lei.)
w Será que Michelangelo se baseou em um homem comum para representar Moisés? F
F F F
F Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA
F FF F
F Produção
Você pode orientar a classe na criação de um relevo. Para essa atividade, serão neces-sárias placas de argila, palitos de sorvete e de churrasco. Distribua para cada aluno uma placa de argila com espessura de 2 cm.
Você vai precisar do seguinte material para fazer a placa: argila, jornal, duas ripas de ma-deira do mesmo tamanho (com 2 cm de altura aproximadamente) e um rolo de macarrão ou um pedaço de cabo de vassoura.
Proceda da seguinte maneira na confec-ção da placa:
w Faça uma bola de argila de tamanho mé-dio (aproximadamente 15 cm de diâmetro).
w Bata na bola com a mão espalmada até achatá-la sobre uma mesa revestida com jor-nal. (O jornal é importante para que a argila não grude na mesa.)
w Em seguida coloque as duas ripas late-ralmente a esse plano de argila e deixe-o uniforme passando sobre ele o rolo de ma-carrão ou o cabo de vassoura. A superfície de argila deve ficar plana e homogênea.
w Corte as bordas. Nessa placa pode ser fei-ta uma parede vertical (fei-também construída com argila) de uns 3 cm de altura, onde se
De Mike Venezia
(Formado em Belas-Artes pelo Instituto de Artes de Chicago, EUA. Desde 1978 escreve e ilustra livros sobre arte, música e história para
crianças e jovens.)
MICHELANGELO
Escultura, pintura, arquitetura... Impossí-vel dizer em que Michelangelo se saía me-lhor. Em todas essas linguagens, ele traba-lhou com maestria.
Embora os materiais e as técnicas sejam diferentes, para Michelangelo a pintura e a escultura estavam ligadas pelo desenho, o que talvez explique a sutil semelhança en-tre o resultado de seus trabalhos nas duas modalidades. Pode-se identificar a autoria de Michelangelo na sensação de vigor, na vitalidade pulsante das figuras aparente-mente serenas.
Michelangelo e Leonardo da Vinci foram dois gênios do Renascimento italiano, vive-ram na mesma época, freqüentavive-ram os
mes-mos lugares e estudaram muitas coisas em comum. Analisados em conjunto, eles são exemplo de que um movimento artístico não molda os artistas. Tanto a personalida-de quanto as produções personalida-de ambos eram muito diferentes.
A Criação de Adão (páginas 26 e 27 do livro), pintura feita no teto da capela Sistina, no Vaticano, assim como A última ceia, de Da Vinci, é popular em todo o mundo. A imagem de Deus dando vida a Adão, da for-ma como foi concebida por Michelangelo, está impressa em camisetas, embalagens, cinzeiros — uma pequena mostra da potên-cia imagética que Michelangelo foi capaz de criar.
SUPLEMENTO DIDÁTICO
Elaborado por
Rosa Iavelberg — Pós-graduada em Arte-educação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhou na elaboração dos PCNs de Arte e atualmente leciona no
Depar-tamento de Metodologia de Ensino da Faculdade de Educação da USP.
Luciana Arslan — Mestre em Artes Visuais, leciona no ensino fundamental e médio da Escola de Aplicação da USP e em cursos de capacitação de professores.
Professor
Neste suplemento você encontrará duas sugestões de projetos pedagógicos para desenvolver com alunos do ensino fundamental: a primeira é destinada a tur-mas de 1a a 4a série do ensino fundamental; a segunda, a turmas a partir da 5a série.
Cada um desses projetos tem como base o conteúdo do livro estudado. Para apoiar o trabalho do professor são aprofundadas questões sobre o movimento a que pertence o artista, além da contextualização de uma de suas obras.
Fica a critério do professor aproveitar as atividades para outros projetos, adap-tando-as ao perfil de sua turma.
A Editora
2 3 4
possa colocar o gesso, pois é difícil arranjar uma caixa de papelão do tamanho da placa. Oriente a produção seguindo estes passos: w Em primeiro lugar, usando os palitos, os alunos vão fazer um desenho sobre a placa. É melhor que ele seja grande e sem muitos detalhes.
w Peça-lhes que decidam quais serão as partes mais baixas da imagem.
w Utilizando os mesmos palitos os alunos podem começar a retirar a argila das partes do desenho que escolheram para ser as mais baixas.
w Para conclusão do trabalho eles podem, ainda com os palitos, criar texturas no rele-vo, deixando algumas partes mais lisas e ou-tras mais ásperas.
w Depois eles devem começar a retirar a argila das partes mais baixas.
w Para conclusão do trabalho eles podem acrescentar texturas ao relevo, deixando algu-mas partes mais lisas e outras mais ásperas.
F Avaliação
Seria bom que os relevos estivessem bem se-cos no momento da avaliação, para facilitar o transporte. Escolha diferentes luminosidades: em uma sala escura, com o auxílio de uma lan-terna ou de uma vela, ilumine os relevos posicionando a luz ao lado ou acima dos traba-lhos. Oriente os alunos a observarem que par-tes ficam mais iluminadas.
A partir do trabalho realizado, você po-derá ainda tirar um molde de gesso:
1. Passe vaselina inteiramente sobre a la-teral e a superfície do relevo.
2. Coloque-o dentro de uma caixa de pa-pelão com o desenho voltado para cima
3. Fixe o relevo na caixa e certifique-se de que ele não irá movimentar-se.
4. Passe a vaselina na parte de dentro da caixa.
5. Jogue gesso líquido (estuque) por cima do relevo até conseguir cobri-lo.
6. Depois de seco o gesso, você poderá desgrudá-lo do relevo, obtendo assim o seu molde.
F FF F
F Objetivo
Conhecer a diferença entre relevo e escul-tura através do trabalho prático e da leiescul-tura de obras de Michelangelo.
F FF F
F Conteúdos gerais (com referência nos PCNs de Arte)
w Criação e construção de formas plásticas e visuais em espaços diversos (bidimensional e tridimensional).
w Identificação e reconhecimento de algu-mas técnicas e procedimentos artísticos pre-sentes nas obras visuais.
w Reconhecimento e experimentação de leitura dos elementos básicos da linguagem visual, em suas articulações nas imagens apre-sentadas pelas diferentes culturas (relações entre ponto, linha, plano, cor, textura, forma, volume, luz, ritmo, movimento, equilíbrio). F FF F F Conteúdos do projeto w Relevo e escultura. w Modelagem.
w Desenho como registro.
F Trabalho interdisciplinar: Português.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA
F FF
FF Sensibilizando os alunos
Antes da leitura do livro o professor pode sugerir que os alunos pensem sobre o relevo e a escultura. Para tanto, será neces-sário verificar o que eles conhecem sobre o assunto.
Um bom começo é pedir que toquem su-perfícies e descrevam seu relevo. Outra idéia interessante é apresentar a eles matrizes de
carimbos e pedir que, tateando o relevo, ten-tem identificar o desenho.
Mostre-lhes o relevo da página 17 do livro e peça que comentem a respeito: quais as par-tes mais altas e as mais baixas, quais as re-giões com maior ou menor luminosidade etc. Existem características que diferenciam um relevo de uma escultura ou de um desenho?
Converse com os alunos sobre a diferença entre relevo, desenho e escultura.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA
F FF F
F Orientações para ler o livro em sala de aula
O livro contém muitas informações sobre como Michelangelo trabalhava com escultu-ra. Leia-o com os alunos de 1a série; para as
demais séries você pode propor uma leitura em duplas.
Assim que os alunos terminarem a leitu-ra, sugira que releiam trechos com informa-ções sobre esculturas ou relevos. Depois con-duza uma discussão começando pela compa-ração da escultura A Madona e o Menino, da página 6, com o detalhe de A Madona Medici, da página 7:
w Qual é a diferença entre uma escultura polida e uma com marcas de buril? Qual de-las fica com aspecto mais liso e qual possui aspecto mais áspero?
w Que material Michelangelo utilizou para fazer as duas esculturas?
w Quantos alunos conhecem o mármore? Qual é a cor dessa pedra? E sua temperatura? Informe-os de que, além de caro, o már-more é um material muito pesado, resisten-te e duro de ser trabalhado.
POR QUE TRABALHAR COM MICHELANGELO?
TURMAS DE 1
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA
aA 4
aSÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
RELEVO –– ALTOS E BAIXOS DO DESENHO
F F F F
F Roteiro de apreciação da obra reproduzida no livro: Moisés (página 29)
w O que essa escultura representa? w Descreva o personagem Moisés. w Como é a expressão de seu rosto? w O que ele tem sobre a cabeça? w Qual é sua idade aparente?
w Sua postura nos transmite sensação de tensão ou de repouso?
w O que Moisés está segurando? (Explique que Moisés, segundo o Antigo Testamento, foi o transmissor da palavra de Deus e re-ceptor das Tábuas da Lei.)
w Será que Michelangelo se baseou em um homem comum para representar Moisés? F
F F F
F Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA
F FF F
F Produção
Você pode orientar a classe na criação de um relevo. Para essa atividade, serão neces-sárias placas de argila, palitos de sorvete e de churrasco. Distribua para cada aluno uma placa de argila com espessura de 2 cm.
Você vai precisar do seguinte material para fazer a placa: argila, jornal, duas ripas de ma-deira do mesmo tamanho (com 2 cm de altura aproximadamente) e um rolo de macarrão ou um pedaço de cabo de vassoura.
Proceda da seguinte maneira na confec-ção da placa:
w Faça uma bola de argila de tamanho mé-dio (aproximadamente 15 cm de diâmetro).
w Bata na bola com a mão espalmada até achatá-la sobre uma mesa revestida com jor-nal. (O jornal é importante para que a argila não grude na mesa.)
w Em seguida coloque as duas ripas late-ralmente a esse plano de argila e deixe-o uniforme passando sobre ele o rolo de ma-carrão ou o cabo de vassoura. A superfície de argila deve ficar plana e homogênea.
w Corte as bordas. Nessa placa pode ser fei-ta uma parede vertical (fei-também construída com argila) de uns 3 cm de altura, onde se
De Mike Venezia
(Formado em Belas-Artes pelo Instituto de Artes de Chicago, EUA. Desde 1978 escreve e ilustra livros sobre arte, música e história para
crianças e jovens.)
MICHELANGELO
Escultura, pintura, arquitetura... Impossí-vel dizer em que Michelangelo se saía me-lhor. Em todas essas linguagens, ele traba-lhou com maestria.
Embora os materiais e as técnicas sejam diferentes, para Michelangelo a pintura e a escultura estavam ligadas pelo desenho, o que talvez explique a sutil semelhança en-tre o resultado de seus trabalhos nas duas modalidades. Pode-se identificar a autoria de Michelangelo na sensação de vigor, na vitalidade pulsante das figuras aparente-mente serenas.
Michelangelo e Leonardo da Vinci foram dois gênios do Renascimento italiano, vive-ram na mesma época, freqüentavive-ram os
mes-mos lugares e estudaram muitas coisas em comum. Analisados em conjunto, eles são exemplo de que um movimento artístico não molda os artistas. Tanto a personalida-de quanto as produções personalida-de ambos eram muito diferentes.
A Criação de Adão (páginas 26 e 27 do livro), pintura feita no teto da capela Sistina, no Vaticano, assim como A última ceia, de Da Vinci, é popular em todo o mundo. A imagem de Deus dando vida a Adão, da for-ma como foi concebida por Michelangelo, está impressa em camisetas, embalagens, cinzeiros — uma pequena mostra da potên-cia imagética que Michelangelo foi capaz de criar.
SUPLEMENTO DIDÁTICO
Elaborado por
Rosa Iavelberg — Pós-graduada em Arte-educação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhou na elaboração dos PCNs de Arte e atualmente leciona no
Depar-tamento de Metodologia de Ensino da Faculdade de Educação da USP.
Luciana Arslan — Mestre em Artes Visuais, leciona no ensino fundamental e médio da Escola de Aplicação da USP e em cursos de capacitação de professores.
Professor
Neste suplemento você encontrará duas sugestões de projetos pedagógicos para desenvolver com alunos do ensino fundamental: a primeira é destinada a tur-mas de 1a a 4a série do ensino fundamental; a segunda, a turmas a partir da 5a série.
Cada um desses projetos tem como base o conteúdo do livro estudado. Para apoiar o trabalho do professor são aprofundadas questões sobre o movimento a que pertence o artista, além da contextualização de uma de suas obras.
Fica a critério do professor aproveitar as atividades para outros projetos, adap-tando-as ao perfil de sua turma.
A Editora
possa colocar o gesso, pois é difícil arranjar uma caixa de papelão do tamanho da placa. Oriente a produção seguindo estes passos: w Em primeiro lugar, usando os palitos, os alunos vão fazer um desenho sobre a placa. É melhor que ele seja grande e sem muitos detalhes.
w Peça-lhes que decidam quais serão as partes mais baixas da imagem.
w Utilizando os mesmos palitos os alunos podem começar a retirar a argila das partes do desenho que escolheram para ser as mais baixas.
w Para conclusão do trabalho eles podem, ainda com os palitos, criar texturas no rele-vo, deixando algumas partes mais lisas e ou-tras mais ásperas.
w Depois eles devem começar a retirar a argila das partes mais baixas.
w Para conclusão do trabalho eles podem acrescentar texturas ao relevo, deixando algu-mas partes mais lisas e outras mais ásperas.
F Avaliação
Seria bom que os relevos estivessem bem se-cos no momento da avaliação, para facilitar o transporte. Escolha diferentes luminosidades: em uma sala escura, com o auxílio de uma lan-terna ou de uma vela, ilumine os relevos posicionando a luz ao lado ou acima dos traba-lhos. Oriente os alunos a observarem que par-tes ficam mais iluminadas.
A partir do trabalho realizado, você po-derá ainda tirar um molde de gesso:
1. Passe vaselina inteiramente sobre a la-teral e a superfície do relevo.
2. Coloque-o dentro de uma caixa de pa-pelão com o desenho voltado para cima
3. Fixe o relevo na caixa e certifique-se de que ele não irá movimentar-se.
4. Passe a vaselina na parte de dentro da caixa.
5. Jogue gesso líquido (estuque) por cima do relevo até conseguir cobri-lo.
6. Depois de seco o gesso, você poderá desgrudá-lo do relevo, obtendo assim o seu molde.
F FF F
F Objetivo
Conhecer a diferença entre relevo e escul-tura através do trabalho prático e da leiescul-tura de obras de Michelangelo.
F FF F
F Conteúdos gerais (com referência nos PCNs de Arte)
w Criação e construção de formas plásticas e visuais em espaços diversos (bidimensional e tridimensional).
w Identificação e reconhecimento de algu-mas técnicas e procedimentos artísticos pre-sentes nas obras visuais.
w Reconhecimento e experimentação de leitura dos elementos básicos da linguagem visual, em suas articulações nas imagens apre-sentadas pelas diferentes culturas (relações entre ponto, linha, plano, cor, textura, forma, volume, luz, ritmo, movimento, equilíbrio). F FF F F Conteúdos do projeto w Relevo e escultura. w Modelagem.
w Desenho como registro.
F Trabalho interdisciplinar: Português.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA
F FF
FF Sensibilizando os alunos
Antes da leitura do livro o professor pode sugerir que os alunos pensem sobre o relevo e a escultura. Para tanto, será neces-sário verificar o que eles conhecem sobre o assunto.
Um bom começo é pedir que toquem su-perfícies e descrevam seu relevo. Outra idéia interessante é apresentar a eles matrizes de
carimbos e pedir que, tateando o relevo, ten-tem identificar o desenho.
Mostre-lhes o relevo da página 17 do livro e peça que comentem a respeito: quais as par-tes mais altas e as mais baixas, quais as re-giões com maior ou menor luminosidade etc. Existem características que diferenciam um relevo de uma escultura ou de um desenho?
Converse com os alunos sobre a diferença entre relevo, desenho e escultura.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA
F FF F
F Orientações para ler o livro em sala de aula
O livro contém muitas informações sobre como Michelangelo trabalhava com escultu-ra. Leia-o com os alunos de 1a série; para as
demais séries você pode propor uma leitura em duplas.
Assim que os alunos terminarem a leitu-ra, sugira que releiam trechos com informa-ções sobre esculturas ou relevos. Depois con-duza uma discussão começando pela compa-ração da escultura A Madona e o Menino, da página 6, com o detalhe de A Madona Medici, da página 7:
w Qual é a diferença entre uma escultura polida e uma com marcas de buril? Qual de-las fica com aspecto mais liso e qual possui aspecto mais áspero?
w Que material Michelangelo utilizou para fazer as duas esculturas?
w Quantos alunos conhecem o mármore? Qual é a cor dessa pedra? E sua temperatura? Informe-os de que, além de caro, o már-more é um material muito pesado, resisten-te e duro de ser trabalhado.
POR QUE TRABALHAR COM MICHELANGELO?
TURMAS DE 1
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA
aA 4
aSÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
RELEVO –– ALTOS E BAIXOS DO DESENHO
F F F F
F Roteiro de apreciação da obra reproduzida no livro: Moisés (página 29)
w O que essa escultura representa? w Descreva o personagem Moisés. w Como é a expressão de seu rosto? w O que ele tem sobre a cabeça? w Qual é sua idade aparente?
w Sua postura nos transmite sensação de tensão ou de repouso?
w O que Moisés está segurando? (Explique que Moisés, segundo o Antigo Testamento, foi o transmissor da palavra de Deus e re-ceptor das Tábuas da Lei.)
w Será que Michelangelo se baseou em um homem comum para representar Moisés? F
F F F
F Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA
F FF F
F Produção
Você pode orientar a classe na criação de um relevo. Para essa atividade, serão neces-sárias placas de argila, palitos de sorvete e de churrasco. Distribua para cada aluno uma placa de argila com espessura de 2 cm.
Você vai precisar do seguinte material para fazer a placa: argila, jornal, duas ripas de ma-deira do mesmo tamanho (com 2 cm de altura aproximadamente) e um rolo de macarrão ou um pedaço de cabo de vassoura.
Proceda da seguinte maneira na confec-ção da placa:
w Faça uma bola de argila de tamanho mé-dio (aproximadamente 15 cm de diâmetro).
w Bata na bola com a mão espalmada até achatá-la sobre uma mesa revestida com jor-nal. (O jornal é importante para que a argila não grude na mesa.)
w Em seguida coloque as duas ripas late-ralmente a esse plano de argila e deixe-o uniforme passando sobre ele o rolo de ma-carrão ou o cabo de vassoura. A superfície de argila deve ficar plana e homogênea.
w Corte as bordas. Nessa placa pode ser fei-ta uma parede vertical (fei-também construída com argila) de uns 3 cm de altura, onde se
De Mike Venezia
(Formado em Belas-Artes pelo Instituto de Artes de Chicago, EUA. Desde 1978 escreve e ilustra livros sobre arte, música e história para
crianças e jovens.)
MICHELANGELO
Escultura, pintura, arquitetura... Impossí-vel dizer em que Michelangelo se saía me-lhor. Em todas essas linguagens, ele traba-lhou com maestria.
Embora os materiais e as técnicas sejam diferentes, para Michelangelo a pintura e a escultura estavam ligadas pelo desenho, o que talvez explique a sutil semelhança en-tre o resultado de seus trabalhos nas duas modalidades. Pode-se identificar a autoria de Michelangelo na sensação de vigor, na vitalidade pulsante das figuras aparente-mente serenas.
Michelangelo e Leonardo da Vinci foram dois gênios do Renascimento italiano, vive-ram na mesma época, freqüentavive-ram os
mes-mos lugares e estudaram muitas coisas em comum. Analisados em conjunto, eles são exemplo de que um movimento artístico não molda os artistas. Tanto a personalida-de quanto as produções personalida-de ambos eram muito diferentes.
A Criação de Adão (páginas 26 e 27 do livro), pintura feita no teto da capela Sistina, no Vaticano, assim como A última ceia, de Da Vinci, é popular em todo o mundo. A imagem de Deus dando vida a Adão, da for-ma como foi concebida por Michelangelo, está impressa em camisetas, embalagens, cinzeiros — uma pequena mostra da potên-cia imagética que Michelangelo foi capaz de criar.
SUPLEMENTO DIDÁTICO
Elaborado por
Rosa Iavelberg — Pós-graduada em Arte-educação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhou na elaboração dos PCNs de Arte e atualmente leciona no
Depar-tamento de Metodologia de Ensino da Faculdade de Educação da USP.
Luciana Arslan — Mestre em Artes Visuais, leciona no ensino fundamental e médio da Escola de Aplicação da USP e em cursos de capacitação de professores.
Professor
Neste suplemento você encontrará duas sugestões de projetos pedagógicos para desenvolver com alunos do ensino fundamental: a primeira é destinada a tur-mas de 1a a 4a série do ensino fundamental; a segunda, a turmas a partir da 5a série.
Cada um desses projetos tem como base o conteúdo do livro estudado. Para apoiar o trabalho do professor são aprofundadas questões sobre o movimento a que pertence o artista, além da contextualização de uma de suas obras.
Fica a critério do professor aproveitar as atividades para outros projetos, adap-tando-as ao perfil de sua turma.
A Editora
2 3 4
possa colocar o gesso, pois é difícil arranjar uma caixa de papelão do tamanho da placa. Oriente a produção seguindo estes passos: w Em primeiro lugar, usando os palitos, os alunos vão fazer um desenho sobre a placa. É melhor que ele seja grande e sem muitos detalhes.
w Peça-lhes que decidam quais serão as partes mais baixas da imagem.
w Utilizando os mesmos palitos os alunos podem começar a retirar a argila das partes do desenho que escolheram para ser as mais baixas.
w Para conclusão do trabalho eles podem, ainda com os palitos, criar texturas no rele-vo, deixando algumas partes mais lisas e ou-tras mais ásperas.
w Depois eles devem começar a retirar a argila das partes mais baixas.
w Para conclusão do trabalho eles podem acrescentar texturas ao relevo, deixando algu-mas partes mais lisas e outras mais ásperas.
F Avaliação
Seria bom que os relevos estivessem bem se-cos no momento da avaliação, para facilitar o transporte. Escolha diferentes luminosidades: em uma sala escura, com o auxílio de uma lan-terna ou de uma vela, ilumine os relevos posicionando a luz ao lado ou acima dos traba-lhos. Oriente os alunos a observarem que par-tes ficam mais iluminadas.
A partir do trabalho realizado, você po-derá ainda tirar um molde de gesso:
1. Passe vaselina inteiramente sobre a la-teral e a superfície do relevo.
2. Coloque-o dentro de uma caixa de pa-pelão com o desenho voltado para cima
3. Fixe o relevo na caixa e certifique-se de que ele não irá movimentar-se.
4. Passe a vaselina na parte de dentro da caixa.
5. Jogue gesso líquido (estuque) por cima do relevo até conseguir cobri-lo.
6. Depois de seco o gesso, você poderá desgrudá-lo do relevo, obtendo assim o seu molde.
F FF F
F Objetivo
Conhecer a diferença entre relevo e escul-tura através do trabalho prático e da leiescul-tura de obras de Michelangelo.
F FF F
F Conteúdos gerais (com referência nos PCNs de Arte)
w Criação e construção de formas plásticas e visuais em espaços diversos (bidimensional e tridimensional).
w Identificação e reconhecimento de algu-mas técnicas e procedimentos artísticos pre-sentes nas obras visuais.
w Reconhecimento e experimentação de leitura dos elementos básicos da linguagem visual, em suas articulações nas imagens apre-sentadas pelas diferentes culturas (relações entre ponto, linha, plano, cor, textura, forma, volume, luz, ritmo, movimento, equilíbrio). F FF F F Conteúdos do projeto w Relevo e escultura. w Modelagem.
w Desenho como registro.
F Trabalho interdisciplinar: Português.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA
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FF Sensibilizando os alunos
Antes da leitura do livro o professor pode sugerir que os alunos pensem sobre o relevo e a escultura. Para tanto, será neces-sário verificar o que eles conhecem sobre o assunto.
Um bom começo é pedir que toquem su-perfícies e descrevam seu relevo. Outra idéia interessante é apresentar a eles matrizes de
carimbos e pedir que, tateando o relevo, ten-tem identificar o desenho.
Mostre-lhes o relevo da página 17 do livro e peça que comentem a respeito: quais as par-tes mais altas e as mais baixas, quais as re-giões com maior ou menor luminosidade etc. Existem características que diferenciam um relevo de uma escultura ou de um desenho?
Converse com os alunos sobre a diferença entre relevo, desenho e escultura.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA
F FF F
F Orientações para ler o livro em sala de aula
O livro contém muitas informações sobre como Michelangelo trabalhava com escultu-ra. Leia-o com os alunos de 1a série; para as
demais séries você pode propor uma leitura em duplas.
Assim que os alunos terminarem a leitu-ra, sugira que releiam trechos com informa-ções sobre esculturas ou relevos. Depois con-duza uma discussão começando pela compa-ração da escultura A Madona e o Menino, da página 6, com o detalhe de A Madona Medici, da página 7:
w Qual é a diferença entre uma escultura polida e uma com marcas de buril? Qual de-las fica com aspecto mais liso e qual possui aspecto mais áspero?
w Que material Michelangelo utilizou para fazer as duas esculturas?
w Quantos alunos conhecem o mármore? Qual é a cor dessa pedra? E sua temperatura? Informe-os de que, além de caro, o már-more é um material muito pesado, resisten-te e duro de ser trabalhado.
POR QUE TRABALHAR COM MICHELANGELO?
TURMAS DE 1
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA
aA 4
aSÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
RELEVO –– ALTOS E BAIXOS DO DESENHO
F F F F
F Roteiro de apreciação da obra reproduzida no livro: Moisés (página 29)
w O que essa escultura representa? w Descreva o personagem Moisés. w Como é a expressão de seu rosto? w O que ele tem sobre a cabeça? w Qual é sua idade aparente?
w Sua postura nos transmite sensação de tensão ou de repouso?
w O que Moisés está segurando? (Explique que Moisés, segundo o Antigo Testamento, foi o transmissor da palavra de Deus e re-ceptor das Tábuas da Lei.)
w Será que Michelangelo se baseou em um homem comum para representar Moisés? F
F F F
F Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA
F FF F
F Produção
Você pode orientar a classe na criação de um relevo. Para essa atividade, serão neces-sárias placas de argila, palitos de sorvete e de churrasco. Distribua para cada aluno uma placa de argila com espessura de 2 cm.
Você vai precisar do seguinte material para fazer a placa: argila, jornal, duas ripas de ma-deira do mesmo tamanho (com 2 cm de altura aproximadamente) e um rolo de macarrão ou um pedaço de cabo de vassoura.
Proceda da seguinte maneira na confec-ção da placa:
w Faça uma bola de argila de tamanho mé-dio (aproximadamente 15 cm de diâmetro).
w Bata na bola com a mão espalmada até achatá-la sobre uma mesa revestida com jor-nal. (O jornal é importante para que a argila não grude na mesa.)
w Em seguida coloque as duas ripas late-ralmente a esse plano de argila e deixe-o uniforme passando sobre ele o rolo de ma-carrão ou o cabo de vassoura. A superfície de argila deve ficar plana e homogênea.
w Corte as bordas. Nessa placa pode ser fei-ta uma parede vertical (fei-também construída com argila) de uns 3 cm de altura, onde se
De Mike Venezia
(Formado em Belas-Artes pelo Instituto de Artes de Chicago, EUA. Desde 1978 escreve e ilustra livros sobre arte, música e história para
crianças e jovens.)
MICHELANGELO
Escultura, pintura, arquitetura... Impossí-vel dizer em que Michelangelo se saía me-lhor. Em todas essas linguagens, ele traba-lhou com maestria.
Embora os materiais e as técnicas sejam diferentes, para Michelangelo a pintura e a escultura estavam ligadas pelo desenho, o que talvez explique a sutil semelhança en-tre o resultado de seus trabalhos nas duas modalidades. Pode-se identificar a autoria de Michelangelo na sensação de vigor, na vitalidade pulsante das figuras aparente-mente serenas.
Michelangelo e Leonardo da Vinci foram dois gênios do Renascimento italiano, vive-ram na mesma época, freqüentavive-ram os
mes-mos lugares e estudaram muitas coisas em comum. Analisados em conjunto, eles são exemplo de que um movimento artístico não molda os artistas. Tanto a personalida-de quanto as produções personalida-de ambos eram muito diferentes.
A Criação de Adão (páginas 26 e 27 do livro), pintura feita no teto da capela Sistina, no Vaticano, assim como A última ceia, de Da Vinci, é popular em todo o mundo. A imagem de Deus dando vida a Adão, da for-ma como foi concebida por Michelangelo, está impressa em camisetas, embalagens, cinzeiros — uma pequena mostra da potên-cia imagética que Michelangelo foi capaz de criar.
SUPLEMENTO DIDÁTICO
Elaborado por
Rosa Iavelberg — Pós-graduada em Arte-educação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhou na elaboração dos PCNs de Arte e atualmente leciona no
Depar-tamento de Metodologia de Ensino da Faculdade de Educação da USP.
Luciana Arslan — Mestre em Artes Visuais, leciona no ensino fundamental e médio da Escola de Aplicação da USP e em cursos de capacitação de professores.
Professor
Neste suplemento você encontrará duas sugestões de projetos pedagógicos para desenvolver com alunos do ensino fundamental: a primeira é destinada a tur-mas de 1a a 4a série do ensino fundamental; a segunda, a turmas a partir da 5a série.
Cada um desses projetos tem como base o conteúdo do livro estudado. Para apoiar o trabalho do professor são aprofundadas questões sobre o movimento a que pertence o artista, além da contextualização de uma de suas obras.
Fica a critério do professor aproveitar as atividades para outros projetos, adap-tando-as ao perfil de sua turma.
A Editora
possa colocar o gesso, pois é difícil arranjar uma caixa de papelão do tamanho da placa. Oriente a produção seguindo estes passos: w Em primeiro lugar, usando os palitos, os alunos vão fazer um desenho sobre a placa. É melhor que ele seja grande e sem muitos detalhes.
w Peça-lhes que decidam quais serão as partes mais baixas da imagem.
w Utilizando os mesmos palitos os alunos podem começar a retirar a argila das partes do desenho que escolheram para ser as mais baixas.
w Para conclusão do trabalho eles podem, ainda com os palitos, criar texturas no rele-vo, deixando algumas partes mais lisas e ou-tras mais ásperas.
w Depois eles devem começar a retirar a argila das partes mais baixas.
w Para conclusão do trabalho eles podem acrescentar texturas ao relevo, deixando algu-mas partes mais lisas e outras mais ásperas.
F Avaliação
Seria bom que os relevos estivessem bem se-cos no momento da avaliação, para facilitar o transporte. Escolha diferentes luminosidades: em uma sala escura, com o auxílio de uma lan-terna ou de uma vela, ilumine os relevos posicionando a luz ao lado ou acima dos traba-lhos. Oriente os alunos a observarem que par-tes ficam mais iluminadas.
A partir do trabalho realizado, você po-derá ainda tirar um molde de gesso:
1. Passe vaselina inteiramente sobre a la-teral e a superfície do relevo.
2. Coloque-o dentro de uma caixa de pa-pelão com o desenho voltado para cima
3. Fixe o relevo na caixa e certifique-se de que ele não irá movimentar-se.
4. Passe a vaselina na parte de dentro da caixa.
5. Jogue gesso líquido (estuque) por cima do relevo até conseguir cobri-lo.
6. Depois de seco o gesso, você poderá desgrudá-lo do relevo, obtendo assim o seu molde.
F FF F
F Objetivo
Conhecer a diferença entre relevo e escul-tura através do trabalho prático e da leiescul-tura de obras de Michelangelo.
F FF F
F Conteúdos gerais (com referência nos PCNs de Arte)
w Criação e construção de formas plásticas e visuais em espaços diversos (bidimensional e tridimensional).
w Identificação e reconhecimento de algu-mas técnicas e procedimentos artísticos pre-sentes nas obras visuais.
w Reconhecimento e experimentação de leitura dos elementos básicos da linguagem visual, em suas articulações nas imagens apre-sentadas pelas diferentes culturas (relações entre ponto, linha, plano, cor, textura, forma, volume, luz, ritmo, movimento, equilíbrio). F FF F F Conteúdos do projeto w Relevo e escultura. w Modelagem.
w Desenho como registro.
F Trabalho interdisciplinar: Português.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA
F FF
FF Sensibilizando os alunos
Antes da leitura do livro o professor pode sugerir que os alunos pensem sobre o relevo e a escultura. Para tanto, será neces-sário verificar o que eles conhecem sobre o assunto.
Um bom começo é pedir que toquem su-perfícies e descrevam seu relevo. Outra idéia interessante é apresentar a eles matrizes de
carimbos e pedir que, tateando o relevo, ten-tem identificar o desenho.
Mostre-lhes o relevo da página 17 do livro e peça que comentem a respeito: quais as par-tes mais altas e as mais baixas, quais as re-giões com maior ou menor luminosidade etc. Existem características que diferenciam um relevo de uma escultura ou de um desenho?
Converse com os alunos sobre a diferença entre relevo, desenho e escultura.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA
F FF F
F Orientações para ler o livro em sala de aula
O livro contém muitas informações sobre como Michelangelo trabalhava com escultu-ra. Leia-o com os alunos de 1a série; para as
demais séries você pode propor uma leitura em duplas.
Assim que os alunos terminarem a leitu-ra, sugira que releiam trechos com informa-ções sobre esculturas ou relevos. Depois con-duza uma discussão começando pela compa-ração da escultura A Madona e o Menino, da página 6, com o detalhe de A Madona Medici, da página 7:
w Qual é a diferença entre uma escultura polida e uma com marcas de buril? Qual de-las fica com aspecto mais liso e qual possui aspecto mais áspero?
w Que material Michelangelo utilizou para fazer as duas esculturas?
w Quantos alunos conhecem o mármore? Qual é a cor dessa pedra? E sua temperatura? Informe-os de que, além de caro, o már-more é um material muito pesado, resisten-te e duro de ser trabalhado.
5 6 7 puxar as linhas da altura e da largura da
es-cultura escolhida, fazendo uma projeção ortogonal.
F F F
F F Roteiro de apreciação da obra reproduzida no livro: Moisés (página 29)
w O que essa escultura representa? w Descreva o personagem Moisés. w Como é a expressão de seu rosto? w O que ele tem sobre a cabeça? w Qual é sua idade aparente?
w Sua postura nos transmite sensação de tensão ou de repouso?
w O que Moisés está segurando? (Explique que Moisés, segundo o Antigo Testamento, foi o transmissor da palavra de Deus e re-ceptor das Tábuas da Lei.)
w Será que Michelangelo se baseou em um homem comum para representar Moisés?
F FF
FF Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA
F FF
FF Produção
Divida os alunos da sua sala em dois gru-pos: um trabalhará com entalhe; outro, com modelagem.
Grupo do entalhe
Para esse trabalho os alunos utilizarão uma caixa de papelão, gesso e materiais para entalhe, que podem ser improvisados com talheres e ferramentas velhas. Eles po-dem seguir esta seqüência:
1. Preparar um grande bloco de gesso, co-locando gesso líquido dentro de uma caixa de papelão.
Michelangelo esculpia como se fos-se apenas revelar uma forma aprisio-nada na pedra. Essa crença de que ele era de certa forma um iluminado para libertar as formas da matéria acabou influenciando também a caracteriza-ção do artista como um trabalhador es-pecial e quase divino. Na Renascença, os artistas adquiriram uma posição so-cial mais importante. De artesãos pas-saram a intelectuais. No entanto eles ainda tinham que se submeter aos seus mecenas, vivendo de encomendas e tentando adaptá-las às suas pesquisas individuais.
Um bom exemplo é que a escultura Moisés, considerada uma das grandes obras de Michelangelo, foi feita por en-comenda. Após sua finalização é que Michelangelo teria dito “Parla!” (Fala!), episódio a que se refere Mike Venezia na charge da capa do livro.
Moisés faz parte de um conjunto para o mausoléu do papa Júlio II. Sobre essa obra Strickland comenta (1992: 36):
“A pior encomenda que Michelangelo recebeu foi do Papa Júlio II, o ‘papa guer-reiro’, que estava decidido a restaurar o poder temporal do papado. Júlio tinha um projeto grandioso para o seu próprio túmulo e ambicionava construí-lo no cen-tro da Basílica de São Pedro, depois de restaurada. Para isso, encomendou qua-renta estátuas de mármore em tamanho natural para decorar uma imensa estru-tura de dois andares.
2. Desenhar todas as vistas sobre o bloco de gesso: a vista superior, as vistas laterais, a vista frontal e a vista traseira da peça.
3. Ir retirando o material, guiando-se pelo desenho feito no gesso até conseguir a forma desejada.
Grupo da modelagem
Para esse trabalho os alunos utilizarão ar-gila e saco plástico. Eles podem seguir esta seqüência:
1. Esboçar em um papel o que pensam em modelar.
2. Amassar a argila até ela adquirir uma consistência macia para o trabalho.
3. Ir modelando a argila até ela adquirir a forma desejada.
4. De uma aula para a outra, sempre que guardar o trabalho, cobrir a escultura com saco plástico.
F FF
FF Avaliação
Na hora de avaliar os trabalhos discuta com os alunos sobre o que acharam das téc-nicas e dos materiais utilizados. Quais os re-cursos que as técnicas ofereceram? Que tipo de dificuldade e quais as facilidades que eles tiveram no manuseio do material? Como fi-caram as esculturas quanto às escolhas do tema? Os alunos poderão comentar outras coisas que julgarem importantes.
Proponha que dêem título para as escul-turas e que façam a sua medição, seguindo as regras adotadas pelos museus:
altura x largura x profundidade.
Você pode expor as esculturas em bases improvisadas por bancos ou em algum bal-cão da escola. Se puder, ilumine-as de modo a valorizar sombras e contornos.
CONTEXTUALIZAÇÃO: MOISÉS, DE MICHELANGELO
O projeto atormentou Michelangelo durante quarenta anos, pois Júlio e seus parentes gradualmente reduziam o proje-to e interrompiam o seu andamenproje-to com novas encomendas. Quando falava sobre a comissão, Michelangelo referia-se a esse trabalho como a ‘tragédia do túmulo’.”
Mike Venezia ironiza essa difícil rela-ção entre o artista e o seu mecenas na charge da página 23, em que o papa “atormenta” Michelangelo enquanto ele pinta o teto da Capela Sistina.
A Renascença
O Renascimento foi um período históri-co que se desenvolveu na Itália a partir de 1330. O nome sugere que a Idade Média te-nha sido um período de “adormecimento” intelectual e artístico, visão hoje contestada pelos historiadores.
Na Renascença, a reforma protestan-te diminuiu gradativamenprotestan-te o poder da Igreja, e os artistas passaram a estudar o homem por intermédio da arte. O divino passa a ceder lugar aos estudos da natu-reza. Os artistas, retomando a cultura clássica (greco-romana), estudam a pro-porção dos corpos humanos, anatomia, engenharia, matemática e a representa-ção de espaço. É a partir daí que eles ad-quirem status e projeção social, passan-do, então, a assinar seus trabalhos.
Muitas das idéias desenvolvidas na Re-nascença influenciam até hoje a produ-ção artística.
PARA SABER MAIS
Imagética Que se exprime por imagem,
que revela imaginação.
Mármore “Pedra calcária dura, de
vá-rias cores, que vão do branco ao preto, pas-sando pelo rosa, vermelho, verde e cinza, podendo apresentar manchas ou veios, sus-cetível de bom polimento, que é usada des-de a Antiguidades-de, na arquitetura, escultura ou decoração.” (Marcondes, 1998: 185).
BIBLIOGRAFIA Michelangelo
ARGAN, G. C. Clássico anticlássico: o Renascimento de Brunelleschi a Bruegel. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
STRICKLAND, C. Arte comentada. São Paulo: Ediouro,1999.
Arte-educação
ARGAN, G. C. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
BARBOSA, A. M. Arte-educação: conflitos/ acertos. São Paulo: Ateliê Editorial, 1997.
_________. A imagem do ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo / Porto Alegre: Perspectiva / Fundação Iochpe, 1981.
_________. Arte-educação no Brasil: das origens ao modernismo. São Paulo: Perspec-tiva, 1997.
GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Pau-lo: Edusp, 1992.
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA TURMAS
A PARTIR DA 5
aSÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
ESCULTURA
F FF
FF Objetivo
Por meio da prática expressiva e da obser-vação das obras de Michelangelo, distinguir a diferença entre o entalhe e a modelagem no processo de criação de uma escultura. F
FF F
F Conteúdos gerais (com referência nos PCNs de Arte)
w Conhecimento e utilização dos materi-ais, suportes, instrumentos, procedimentos e técnicas nos trabalhos pessoais, explorando e pesquisando suas qualidades expressivas e construtivas.
w Experimentação, investigação, utiliza-ção e capacidade de escolha de suportes, técnicas e materiais diversos, convencionais e não convencionais, naturais e manufatu-rados, para realizar trabalhos individuais e de grupo.
w Reflexão sobre a ação social que os pro-dutores de arte concretizam em diferentes épocas e culturas, situando conexões entre vida, obra e contexto.
F FF F
F Conteúdos do projeto
w Escultura: entalhe e modelagem. w Projeção ortogonal.
w Interpretação de obras de Michelangelo. F
F F F
F Tema transversal: Trabalho e Consumo. F
FF F
F Trabalho interdisciplinar: Geometria e Matemática.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA
F FF F
F Sensibilizando os alunos
Converse com os alunos sobre o trabalho de um escultor. Verifique se eles já viram es-culturas em praças, museus ou cemitérios.
Você pode solicitar que, em grupos, eles listem os materiais que provavelmente fo-ram utilizados pelos escultores e a forma como esses materiais foram trabalhados.
Peça aos alunos que se organizem em du-plas para uma proposta que os faça pensar sobre esta questão: Como será fazer uma es-cultura sob encomenda? Um elemento da dupla deverá ser o cliente; o outro, o artista. O “cliente” irá encomendar um projeto de uma escultura para a sua casa. O artista de-verá apresentar o desenho do projeto e dis-cutir com o cliente a sua viabilidade.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA
F FF
FF Orientações para ler o livro em sala de aula
Você pode, logo após a leitura, propor que os alunos observem as esculturas reproduzidas no livro.
Mostre-lhes a escultura São Mateus (pá-gina 5 do livro).
O fato de vermos a pedra bruta junto à fi-gura trabalhada prejudica ou atrapalha a nossa visão? Que sensação temos diante da figura saindo da pedra bruta?
Discuta com eles um ponto importante: as esculturas são tridimensionais, enquanto as fotos acabam nos mostrando apenas um pon-to de vista. Quando um artista elabora uma escultura, ele pensa em todos os seus ângulos e não apenas em um.
Proponha aos alunos que escolham duas ou três esculturas reproduzidas no livro e as desenhem sob outro ponto de vista. Por exemplo, como será a vista superior de A Madona e o Menino?
Para ajudar no trabalho, você pode per-mitir que eles utilizem papel manteiga para
IAVELBERG, Rosa. Para gostar de apren-der arte: sala de aula e formação de profes-sores. Porto Alegre: Artmed, 2003.
JANSON, H. W. Iniciação à História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MARTINS, M. C. et alii. Didática do ensino da arte: a língua do mundo — Poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.
PARSONS, M. J. Compreender a arte. 1. ed. Lisboa: Presença, 1992.
ROSSI, M. H. W. A compreensão das ima-gens da arte. Arte & Educação em revista. Porto Alegre: UFRGS / Iochpe. I: 27-35, out. 1995.
DICIONÁRIOS
DICIONÁRIO DA PINTURA MODERNA. São Paulo: Hemus, 1981.
DICIONÁRIO OXFORD DE ARTE. São Pau-lo: Martins Fontes,1996.
HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
MARCONDES, Luís Fernando (org.). Dicio-nário de termos artísticos. Rio de Janeiro: Pinakotheke,1988.
READ, Herbert (org.). Dicionário da arte e dos artistas. Lisboa: Edições 70, 1989.
ENCICLOPÉDIA
ENCICLOPÉDIA DOS MUSEUS, Museu de Arte de São Paulo, São Paulo: Melhoramen-tos, 1978.
puxar as linhas da altura e da largura da es-cultura escolhida, fazendo uma projeção ortogonal.
F F F
F F Roteiro de apreciação da obra reproduzida no livro: Moisés (página 29)
w O que essa escultura representa? w Descreva o personagem Moisés. w Como é a expressão de seu rosto? w O que ele tem sobre a cabeça? w Qual é sua idade aparente?
w Sua postura nos transmite sensação de tensão ou de repouso?
w O que Moisés está segurando? (Explique que Moisés, segundo o Antigo Testamento, foi o transmissor da palavra de Deus e re-ceptor das Tábuas da Lei.)
w Será que Michelangelo se baseou em um homem comum para representar Moisés?
F FF
FF Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA
F FF
FF Produção
Divida os alunos da sua sala em dois gru-pos: um trabalhará com entalhe; outro, com modelagem.
Grupo do entalhe
Para esse trabalho os alunos utilizarão uma caixa de papelão, gesso e materiais para entalhe, que podem ser improvisados com talheres e ferramentas velhas. Eles po-dem seguir esta seqüência:
1. Preparar um grande bloco de gesso, co-locando gesso líquido dentro de uma caixa de papelão.
Michelangelo esculpia como se fos-se apenas revelar uma forma aprisio-nada na pedra. Essa crença de que ele era de certa forma um iluminado para libertar as formas da matéria acabou influenciando também a caracteriza-ção do artista como um trabalhador es-pecial e quase divino. Na Renascença, os artistas adquiriram uma posição so-cial mais importante. De artesãos pas-saram a intelectuais. No entanto eles ainda tinham que se submeter aos seus mecenas, vivendo de encomendas e tentando adaptá-las às suas pesquisas individuais.
Um bom exemplo é que a escultura Moisés, considerada uma das grandes obras de Michelangelo, foi feita por en-comenda. Após sua finalização é que Michelangelo teria dito “Parla!” (Fala!), episódio a que se refere Mike Venezia na charge da capa do livro.
Moisés faz parte de um conjunto para o mausoléu do papa Júlio II. Sobre essa obra Strickland comenta (1992: 36):
“A pior encomenda que Michelangelo recebeu foi do Papa Júlio II, o ‘papa guer-reiro’, que estava decidido a restaurar o poder temporal do papado. Júlio tinha um projeto grandioso para o seu próprio túmulo e ambicionava construí-lo no cen-tro da Basílica de São Pedro, depois de restaurada. Para isso, encomendou qua-renta estátuas de mármore em tamanho natural para decorar uma imensa estru-tura de dois andares.
2. Desenhar todas as vistas sobre o bloco de gesso: a vista superior, as vistas laterais, a vista frontal e a vista traseira da peça.
3. Ir retirando o material, guiando-se pelo desenho feito no gesso até conseguir a forma desejada.
Grupo da modelagem
Para esse trabalho os alunos utilizarão ar-gila e saco plástico. Eles podem seguir esta seqüência:
1. Esboçar em um papel o que pensam em modelar.
2. Amassar a argila até ela adquirir uma consistência macia para o trabalho.
3. Ir modelando a argila até ela adquirir a forma desejada.
4. De uma aula para a outra, sempre que guardar o trabalho, cobrir a escultura com saco plástico.
F FF
FF Avaliação
Na hora de avaliar os trabalhos discuta com os alunos sobre o que acharam das téc-nicas e dos materiais utilizados. Quais os re-cursos que as técnicas ofereceram? Que tipo de dificuldade e quais as facilidades que eles tiveram no manuseio do material? Como fi-caram as esculturas quanto às escolhas do tema? Os alunos poderão comentar outras coisas que julgarem importantes.
Proponha que dêem título para as escul-turas e que façam a sua medição, seguindo as regras adotadas pelos museus:
altura x largura x profundidade.
Você pode expor as esculturas em bases improvisadas por bancos ou em algum bal-cão da escola. Se puder, ilumine-as de modo a valorizar sombras e contornos.
CONTEXTUALIZAÇÃO: MOISÉS, DE MICHELANGELO
O projeto atormentou Michelangelo durante quarenta anos, pois Júlio e seus parentes gradualmente reduziam o proje-to e interrompiam o seu andamenproje-to com novas encomendas. Quando falava sobre a comissão, Michelangelo referia-se a esse trabalho como a ‘tragédia do túmulo’.”
Mike Venezia ironiza essa difícil rela-ção entre o artista e o seu mecenas na charge da página 23, em que o papa “atormenta” Michelangelo enquanto ele pinta o teto da Capela Sistina.
A Renascença
O Renascimento foi um período históri-co que se desenvolveu na Itália a partir de 1330. O nome sugere que a Idade Média te-nha sido um período de “adormecimento” intelectual e artístico, visão hoje contestada pelos historiadores.
Na Renascença, a reforma protestan-te diminuiu gradativamenprotestan-te o poder da Igreja, e os artistas passaram a estudar o homem por intermédio da arte. O divino passa a ceder lugar aos estudos da natu-reza. Os artistas, retomando a cultura clássica (greco-romana), estudam a pro-porção dos corpos humanos, anatomia, engenharia, matemática e a representa-ção de espaço. É a partir daí que eles ad-quirem status e projeção social, passan-do, então, a assinar seus trabalhos.
Muitas das idéias desenvolvidas na Re-nascença influenciam até hoje a produ-ção artística.
PARA SABER MAIS
Imagética Que se exprime por imagem,
que revela imaginação.
Mármore “Pedra calcária dura, de
vá-rias cores, que vão do branco ao preto, pas-sando pelo rosa, vermelho, verde e cinza, podendo apresentar manchas ou veios, sus-cetível de bom polimento, que é usada des-de a Antiguidades-de, na arquitetura, escultura ou decoração.” (Marcondes, 1998: 185).
BIBLIOGRAFIA Michelangelo
ARGAN, G. C. Clássico anticlássico: o Renascimento de Brunelleschi a Bruegel. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
STRICKLAND, C. Arte comentada. São Paulo: Ediouro,1999.
Arte-educação
ARGAN, G. C. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
BARBOSA, A. M. Arte-educação: conflitos/ acertos. São Paulo: Ateliê Editorial, 1997.
_________. A imagem do ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo / Porto Alegre: Perspectiva / Fundação Iochpe, 1981.
_________. Arte-educação no Brasil: das origens ao modernismo. São Paulo: Perspec-tiva, 1997.
GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Pau-lo: Edusp, 1992.
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA TURMAS
A PARTIR DA 5
aSÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
ESCULTURA
F FF
FF Objetivo
Por meio da prática expressiva e da obser-vação das obras de Michelangelo, distinguir a diferença entre o entalhe e a modelagem no processo de criação de uma escultura. F
FF F
F Conteúdos gerais (com referência nos PCNs de Arte)
w Conhecimento e utilização dos materi-ais, suportes, instrumentos, procedimentos e técnicas nos trabalhos pessoais, explorando e pesquisando suas qualidades expressivas e construtivas.
w Experimentação, investigação, utiliza-ção e capacidade de escolha de suportes, técnicas e materiais diversos, convencionais e não convencionais, naturais e manufatu-rados, para realizar trabalhos individuais e de grupo.
w Reflexão sobre a ação social que os pro-dutores de arte concretizam em diferentes épocas e culturas, situando conexões entre vida, obra e contexto.
F FF F
F Conteúdos do projeto
w Escultura: entalhe e modelagem. w Projeção ortogonal.
w Interpretação de obras de Michelangelo. F
F F F
F Tema transversal: Trabalho e Consumo. F
FF F
F Trabalho interdisciplinar: Geometria e Matemática.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA
F FF F
F Sensibilizando os alunos
Converse com os alunos sobre o trabalho de um escultor. Verifique se eles já viram es-culturas em praças, museus ou cemitérios.
Você pode solicitar que, em grupos, eles listem os materiais que provavelmente fo-ram utilizados pelos escultores e a forma como esses materiais foram trabalhados.
Peça aos alunos que se organizem em du-plas para uma proposta que os faça pensar sobre esta questão: Como será fazer uma es-cultura sob encomenda? Um elemento da dupla deverá ser o cliente; o outro, o artista. O “cliente” irá encomendar um projeto de uma escultura para a sua casa. O artista de-verá apresentar o desenho do projeto e dis-cutir com o cliente a sua viabilidade.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA
F FF
FF Orientações para ler o livro em sala de aula
Você pode, logo após a leitura, propor que os alunos observem as esculturas reproduzidas no livro.
Mostre-lhes a escultura São Mateus (pá-gina 5 do livro).
O fato de vermos a pedra bruta junto à fi-gura trabalhada prejudica ou atrapalha a nossa visão? Que sensação temos diante da figura saindo da pedra bruta?
Discuta com eles um ponto importante: as esculturas são tridimensionais, enquanto as fotos acabam nos mostrando apenas um pon-to de vista. Quando um artista elabora uma escultura, ele pensa em todos os seus ângulos e não apenas em um.
Proponha aos alunos que escolham duas ou três esculturas reproduzidas no livro e as desenhem sob outro ponto de vista. Por exemplo, como será a vista superior de A Madona e o Menino?
Para ajudar no trabalho, você pode per-mitir que eles utilizem papel manteiga para
IAVELBERG, Rosa. Para gostar de apren-der arte: sala de aula e formação de profes-sores. Porto Alegre: Artmed, 2003.
JANSON, H. W. Iniciação à História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MARTINS, M. C. et alii. Didática do ensino da arte: a língua do mundo — Poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.
PARSONS, M. J. Compreender a arte. 1. ed. Lisboa: Presença, 1992.
ROSSI, M. H. W. A compreensão das ima-gens da arte. Arte & Educação em revista. Porto Alegre: UFRGS / Iochpe. I: 27-35, out. 1995.
DICIONÁRIOS
DICIONÁRIO DA PINTURA MODERNA. São Paulo: Hemus, 1981.
DICIONÁRIO OXFORD DE ARTE. São Pau-lo: Martins Fontes,1996.
HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
MARCONDES, Luís Fernando (org.). Dicio-nário de termos artísticos. Rio de Janeiro: Pinakotheke,1988.
READ, Herbert (org.). Dicionário da arte e dos artistas. Lisboa: Edições 70, 1989.
ENCICLOPÉDIA
ENCICLOPÉDIA DOS MUSEUS, Museu de Arte de São Paulo, São Paulo: Melhoramen-tos, 1978.
5 6 7 puxar as linhas da altura e da largura da
es-cultura escolhida, fazendo uma projeção ortogonal.
F F F
F F Roteiro de apreciação da obra reproduzida no livro: Moisés (página 29)
w O que essa escultura representa? w Descreva o personagem Moisés. w Como é a expressão de seu rosto? w O que ele tem sobre a cabeça? w Qual é sua idade aparente?
w Sua postura nos transmite sensação de tensão ou de repouso?
w O que Moisés está segurando? (Explique que Moisés, segundo o Antigo Testamento, foi o transmissor da palavra de Deus e re-ceptor das Tábuas da Lei.)
w Será que Michelangelo se baseou em um homem comum para representar Moisés?
F FF
FF Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA
F FF
FF Produção
Divida os alunos da sua sala em dois gru-pos: um trabalhará com entalhe; outro, com modelagem.
Grupo do entalhe
Para esse trabalho os alunos utilizarão uma caixa de papelão, gesso e materiais para entalhe, que podem ser improvisados com talheres e ferramentas velhas. Eles po-dem seguir esta seqüência:
1. Preparar um grande bloco de gesso, co-locando gesso líquido dentro de uma caixa de papelão.
Michelangelo esculpia como se fos-se apenas revelar uma forma aprisio-nada na pedra. Essa crença de que ele era de certa forma um iluminado para libertar as formas da matéria acabou influenciando também a caracteriza-ção do artista como um trabalhador es-pecial e quase divino. Na Renascença, os artistas adquiriram uma posição so-cial mais importante. De artesãos pas-saram a intelectuais. No entanto eles ainda tinham que se submeter aos seus mecenas, vivendo de encomendas e tentando adaptá-las às suas pesquisas individuais.
Um bom exemplo é que a escultura Moisés, considerada uma das grandes obras de Michelangelo, foi feita por en-comenda. Após sua finalização é que Michelangelo teria dito “Parla!” (Fala!), episódio a que se refere Mike Venezia na charge da capa do livro.
Moisés faz parte de um conjunto para o mausoléu do papa Júlio II. Sobre essa obra Strickland comenta (1992: 36):
“A pior encomenda que Michelangelo recebeu foi do Papa Júlio II, o ‘papa guer-reiro’, que estava decidido a restaurar o poder temporal do papado. Júlio tinha um projeto grandioso para o seu próprio túmulo e ambicionava construí-lo no cen-tro da Basílica de São Pedro, depois de restaurada. Para isso, encomendou qua-renta estátuas de mármore em tamanho natural para decorar uma imensa estru-tura de dois andares.
2. Desenhar todas as vistas sobre o bloco de gesso: a vista superior, as vistas laterais, a vista frontal e a vista traseira da peça.
3. Ir retirando o material, guiando-se pelo desenho feito no gesso até conseguir a forma desejada.
Grupo da modelagem
Para esse trabalho os alunos utilizarão ar-gila e saco plástico. Eles podem seguir esta seqüência:
1. Esboçar em um papel o que pensam em modelar.
2. Amassar a argila até ela adquirir uma consistência macia para o trabalho.
3. Ir modelando a argila até ela adquirir a forma desejada.
4. De uma aula para a outra, sempre que guardar o trabalho, cobrir a escultura com saco plástico.
F FF
FF Avaliação
Na hora de avaliar os trabalhos discuta com os alunos sobre o que acharam das téc-nicas e dos materiais utilizados. Quais os re-cursos que as técnicas ofereceram? Que tipo de dificuldade e quais as facilidades que eles tiveram no manuseio do material? Como fi-caram as esculturas quanto às escolhas do tema? Os alunos poderão comentar outras coisas que julgarem importantes.
Proponha que dêem título para as escul-turas e que façam a sua medição, seguindo as regras adotadas pelos museus:
altura x largura x profundidade.
Você pode expor as esculturas em bases improvisadas por bancos ou em algum bal-cão da escola. Se puder, ilumine-as de modo a valorizar sombras e contornos.
CONTEXTUALIZAÇÃO: MOISÉS, DE MICHELANGELO
O projeto atormentou Michelangelo durante quarenta anos, pois Júlio e seus parentes gradualmente reduziam o proje-to e interrompiam o seu andamenproje-to com novas encomendas. Quando falava sobre a comissão, Michelangelo referia-se a esse trabalho como a ‘tragédia do túmulo’.”
Mike Venezia ironiza essa difícil rela-ção entre o artista e o seu mecenas na charge da página 23, em que o papa “atormenta” Michelangelo enquanto ele pinta o teto da Capela Sistina.
A Renascença
O Renascimento foi um período históri-co que se desenvolveu na Itália a partir de 1330. O nome sugere que a Idade Média te-nha sido um período de “adormecimento” intelectual e artístico, visão hoje contestada pelos historiadores.
Na Renascença, a reforma protestan-te diminuiu gradativamenprotestan-te o poder da Igreja, e os artistas passaram a estudar o homem por intermédio da arte. O divino passa a ceder lugar aos estudos da natu-reza. Os artistas, retomando a cultura clássica (greco-romana), estudam a pro-porção dos corpos humanos, anatomia, engenharia, matemática e a representa-ção de espaço. É a partir daí que eles ad-quirem status e projeção social, passan-do, então, a assinar seus trabalhos.
Muitas das idéias desenvolvidas na Re-nascença influenciam até hoje a produ-ção artística.
PARA SABER MAIS
Imagética Que se exprime por imagem,
que revela imaginação.
Mármore “Pedra calcária dura, de
vá-rias cores, que vão do branco ao preto, pas-sando pelo rosa, vermelho, verde e cinza, podendo apresentar manchas ou veios, sus-cetível de bom polimento, que é usada des-de a Antiguidades-de, na arquitetura, escultura ou decoração.” (Marcondes, 1998: 185).
BIBLIOGRAFIA Michelangelo
ARGAN, G. C. Clássico anticlássico: o Renascimento de Brunelleschi a Bruegel. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
STRICKLAND, C. Arte comentada. São Paulo: Ediouro,1999.
Arte-educação
ARGAN, G. C. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
BARBOSA, A. M. Arte-educação: conflitos/ acertos. São Paulo: Ateliê Editorial, 1997.
_________. A imagem do ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo / Porto Alegre: Perspectiva / Fundação Iochpe, 1981.
_________. Arte-educação no Brasil: das origens ao modernismo. São Paulo: Perspec-tiva, 1997.
GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Pau-lo: Edusp, 1992.
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA TURMAS
A PARTIR DA 5
aSÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
ESCULTURA
F FF
FF Objetivo
Por meio da prática expressiva e da obser-vação das obras de Michelangelo, distinguir a diferença entre o entalhe e a modelagem no processo de criação de uma escultura. F
FF F
F Conteúdos gerais (com referência nos PCNs de Arte)
w Conhecimento e utilização dos materi-ais, suportes, instrumentos, procedimentos e técnicas nos trabalhos pessoais, explorando e pesquisando suas qualidades expressivas e construtivas.
w Experimentação, investigação, utiliza-ção e capacidade de escolha de suportes, técnicas e materiais diversos, convencionais e não convencionais, naturais e manufatu-rados, para realizar trabalhos individuais e de grupo.
w Reflexão sobre a ação social que os pro-dutores de arte concretizam em diferentes épocas e culturas, situando conexões entre vida, obra e contexto.
F FF F
F Conteúdos do projeto
w Escultura: entalhe e modelagem. w Projeção ortogonal.
w Interpretação de obras de Michelangelo. F
F F F
F Tema transversal: Trabalho e Consumo. F
FF F
F Trabalho interdisciplinar: Geometria e Matemática.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA
F FF F
F Sensibilizando os alunos
Converse com os alunos sobre o trabalho de um escultor. Verifique se eles já viram es-culturas em praças, museus ou cemitérios.
Você pode solicitar que, em grupos, eles listem os materiais que provavelmente fo-ram utilizados pelos escultores e a forma como esses materiais foram trabalhados.
Peça aos alunos que se organizem em du-plas para uma proposta que os faça pensar sobre esta questão: Como será fazer uma es-cultura sob encomenda? Um elemento da dupla deverá ser o cliente; o outro, o artista. O “cliente” irá encomendar um projeto de uma escultura para a sua casa. O artista de-verá apresentar o desenho do projeto e dis-cutir com o cliente a sua viabilidade.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA
F FF
FF Orientações para ler o livro em sala de aula
Você pode, logo após a leitura, propor que os alunos observem as esculturas reproduzidas no livro.
Mostre-lhes a escultura São Mateus (pá-gina 5 do livro).
O fato de vermos a pedra bruta junto à fi-gura trabalhada prejudica ou atrapalha a nossa visão? Que sensação temos diante da figura saindo da pedra bruta?
Discuta com eles um ponto importante: as esculturas são tridimensionais, enquanto as fotos acabam nos mostrando apenas um pon-to de vista. Quando um artista elabora uma escultura, ele pensa em todos os seus ângulos e não apenas em um.
Proponha aos alunos que escolham duas ou três esculturas reproduzidas no livro e as desenhem sob outro ponto de vista. Por exemplo, como será a vista superior de A Madona e o Menino?
Para ajudar no trabalho, você pode per-mitir que eles utilizem papel manteiga para
IAVELBERG, Rosa. Para gostar de apren-der arte: sala de aula e formação de profes-sores. Porto Alegre: Artmed, 2003.
JANSON, H. W. Iniciação à História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MARTINS, M. C. et alii. Didática do ensino da arte: a língua do mundo — Poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.
PARSONS, M. J. Compreender a arte. 1. ed. Lisboa: Presença, 1992.
ROSSI, M. H. W. A compreensão das ima-gens da arte. Arte & Educação em revista. Porto Alegre: UFRGS / Iochpe. I: 27-35, out. 1995.
DICIONÁRIOS
DICIONÁRIO DA PINTURA MODERNA. São Paulo: Hemus, 1981.
DICIONÁRIO OXFORD DE ARTE. São Pau-lo: Martins Fontes,1996.
HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
MARCONDES, Luís Fernando (org.). Dicio-nário de termos artísticos. Rio de Janeiro: Pinakotheke,1988.
READ, Herbert (org.). Dicionário da arte e dos artistas. Lisboa: Edições 70, 1989.
ENCICLOPÉDIA
ENCICLOPÉDIA DOS MUSEUS, Museu de Arte de São Paulo, São Paulo: Melhoramen-tos, 1978.