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ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO

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ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO

Circular nº 12

01. 08. 2012

VINHA

MÍLDIO

As condições meteorológicas não têm sido favoráveis para que se dessem novas contaminações. Na maioria dos postos da rede de estações meteorológicas, as condições têm sido favoráveis para a produção de esporos de míldio e as temperaturas máximas verificadas não têm sido suficientemente elevadas para provocarem a sua morte, pelo que poderá existir uma elevada concentração na atmosfera das vinhas.

Perante a previsão de nova

ocorrência de chuva, ainda que seja apenas chuvisco, haverá necessidade de ter a vinha protegida.

Atenda-se A que os ataques de míldio ao cacho podem ocorrer até ao “Pintor” e a partir dessa altura as folhas adultas ficam novamente susceptíveis às infecções.

Consulte a Ficha técnica nº 8 (II Série-DRAPN)

OÍDIO

Temos verificado situações de ataque de oídio no cacho. As condições têm sido muito favoráveis ao desenvolvimento da doença. Até ao “Pintor” deve manter a vigilância e no caso de observar os primeiros sintomas, tratar com um fungicida que tenha também acção curativa. A aplicação de fungicidas do grupo dos IBE, não é aconselhada nesta altura.

Pode dar preferência à utilização de um fungicida à base de enxofre (em pó polvilhável ou molhável).

PODRIDÃO CINZENTA OU

PODRIDÃO DOS CACHOS

Nas vinhas em que economicamente se justificar, deverá ser feito um tratamento específico no início do “Pintor”

CIGARRINHA DA FLAVESCÊNCIA

DOURADA

(Scaphoideus titanus

Ball)

Verificaram-se as primeiras capturas de adultos, na nossa rede de armadilhas cromotrópicas amarelas, no final de Julho. Nos locais onde esta praga está presente e em especial nas freguesias onde está confirmada a presença da doença da Flavescência dourada, deve ser feito o tratamento na semana de 6 a 12 de Agosto. Os insecticidas autorizados constam da lista que se anexa.

Consulte a Ficha Técnica nº 9 (IISérie-DRAPN)

TRAÇA DA UVA

Mantenha a vigilância. Trate apenas se atingir o nível económico de ataque (1 a 10 cachos atacados em cada 100).

ESCALDÃO DOS CACHOS

Nesta época do ano, aparecem em algumas vinhas, cachos escaldados ou que, à primeira vista, parecem escaldados. Os cachos, obviamente, só podem ser escaldados se estiverem expostos directamente ao sol. Chama-se a atenção para os cuidados a ter nas desfolhas, deixando sempre folhas a proteger os cachos da incidência mais directa dos raios do sol, sobretudo nas horas do meio do dia. Desfolhas muito severas, expõem os cachos de repente à acção dos raios solares, o que pode levar a que sejam escaldados e perdidos.

DIVISÃO DE PROTECÇÃO E CONTROLO FITOSSANITÁRIO ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO Quinta de S. Gens Estrada Exterior da Circunvalação, 11 846 4460 – 281 SENHORA DA HORA

Telefone: 229 574 010/ 16 Fax: 229 574 029 E-mail: avisos.edm@drapn.min-agricultura.pt © Rep ro d u çã o su jeita a a u to rizaçã o Impresso na Estação de Avisos de Entre Douro e Minho

Realização técnica:

J. F. Guerner Moreira (Eng.º Agrónomo) Carlos Coutinho (Ag. Técnico Agrícola)

Impressão e expedição:

(2)

POMÓIDEAS

PODRIDÕES NOS FRUTOS

Para prevenir algumas podridões dos frutos, em especial nas variedades que se destinam à conservação em frio, está autorizada a aplicação de fungicidas à base de tirame, tiofanato-metilo e

fosetil-alumínio, sendo os intervalos de segurança respectivamente de 28, 14 e 3 dias, o que terá que ser respeitado.

BICHADO

As condições são favoráveis ao

desenvolvimento da praga e as capturas nas armadilhas denunciam um risco elevado.

Recomenda-se que mantenha o pomar protegido, sendo que nas variedades que já estão a ser colhidas em várias apanhas, devem ser utilizados insecticidas de curtos intervalos de segurança.

Consulte a Ficha técnica nº 37 (II Série-DRAPN)

MOSCA DO MEDITERRÂNEO

(Ceratitis capitata Wiedmann)

As condições são favoráveis ao

desenvolvimento da praga. Tem aumentado o número de capturas na nossa rede de armadilhas. Na fruta que está em risco de ser atacada (citrinos maduros e outra fruta a evoluir para a maturação) devem ser reforçados e utilizados os vários meios de luta disponíveis para o combate a esta praga. O sucesso do controle só ocorrerá se o combate for logo feito numa fase inicial de multiplicação das moscas ou seja quando a população for ainda muito baixa, não lhes dando a possibilidade de se multiplicarem de forma explosiva, que lhes é característica.

Consulte a Ficha Técnica nº 40 (IISérie_DRAPN)

ESCALDÃO DOS FRUTOS

É frequente, nesta época do ano, o escaldão dos frutos pelo sol. Este fenómeno é agravado pelo stress hídrico e pela mudança de posição dos ramos que vergam com o peso dos frutos, sobretudo com produções elevadas. Deixar a fruta no pomar, depois de colhida, demasiado tempo exposta ao sol, pode ser outro factor de risco de escaldão. Por vezes, com temperaturas elevadas, escaldam mesmo alguns frutos que não estejam directamente expostos ao sol. Os primeiros sintomas são o aparecimento de manchas claras – brancas ou amareladas – na parte do fruto mais exposta ao sol. Estas manchas evoluem depois para castanho-escuro e o fruto perde qualidade, quando não apodrece mesmo, ainda no pomar ou já nas câmaras frigoríficas. Estes estragos são irreversíveis e redundam em prejuízo. Como medidas

preventivas, recomenda-se a realização de podas de formação e correcção da copa, de Inverno e de Verão, regas equilibradas e correcção da acidez do solo. Também dá bons resultados a aplicação de cálcio por pulverização, aconselhável sobretudo em variedades mais sensíveis ao escaldão.

NOGUEIRA

BICHADO

Já observámos perfurações nos frutos. O risco de ataque mantém-se elevado pelo que se recomenda que mantenha o pomar protegido.

OLIVEIRA

MOSCA DA AZEITONA

(Dacus (=Bactrocera oleae Rossi))

Adulto da mosca da

azeitona (imagem ampliada); ao lado, em tamanho próximo do natural 

O voo e a postura dos ovos começa em Junho - Julho. Cada fêmea põe cerca de 500 ovos. Dos ovos nascem pequenas larvas (morcões) que perfuram a azeitona, abrindo uma galeria na polpa em direcção ao caroço, onde terminam o seu desenvolvimento. A mosca da azeitona pode ter 3 ou 4 gerações por ano, que se prolongam até Novembro, conforme a temperatura do ar, a localização do olival ou as variedades (se são mais ou menos sensíveis).

PREJUÍZOS

Queda dos frutos e consequente perda da colheita.

Diminuição do rendimento em azeite, pois a larva da mosca consome uma parte da polpa da

azeitona.

Aumento da

acidez do azeite extraído de azeitonas atacadas pela mosca. Quando se trata de azeitonas de mesa, toda a picada de mosca as torna inválidas para este fim.

Os tratamentos

podem ser determinados pela colocação de armadilhas para

(3)

captura das moscas desde o início do voo. Os tratamentos, de carácter preventivo, destinam-se a eliminar as moscas adultas, impedindo assim a postura dos ovos. Devem ser realizados o mais cedo possível, logo às primeiras capturas de moscas nas armadilhas. Deve colocar agora as armadilhas

no olival e começar as observações tri-semanais para seguimento da evolução dos voos da praga. Não faça ainda nenhum tratamento contra esta praga. Para outras informações, contacte-nos:

avisos.edm@drapn.min-agricultura.pt .

____________________________________________

Para informação mais detalhada e completa sobre os produtos fitofarmacêuticos indicados nesta Circular, consulte:

Guia dos Produtos Fitofarmacêuticos 2012

Guia dos Produtos Fitofarmacêuticos em Modo de Produção Biológico 2011

.

VI SIMPÓSIO NACIONAL DE

OLIVICULTURA – 1ª Circular

Sob o patrocínio da Associação Portuguesa de Horticultura (APH) irá realizar-se em Mirandela nos dias 15, 16 e 17 do mês de Novembro de 2012, o VI

Simpósio Nacional de Olivicultura, com a

colaboração da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD), Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), Instituto Politécnico de Bragança (CIMO/ESA/IPB) e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (CITAD/UTAD).

(4)

INSECTICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE À TRAÇA DA UVA

Substância activa Designação comercial Frases de risco P. I. A. B. dias I. S. ovicida Acção larvicida

alfa-cipermetrina FASTAC (BASF) R10;R25+R65+R43+R47+R48/22+ R66+R67;R50/53 NÃO NÃO 14 X X

azadiractina  ALIGN (SIPCAM_P) R36; R51/53 NÃO SIM 3 X

FORTUNE AZA (SIPCAM) R51/53

Bacillus thuringiensis DIPEL 8 L (KENOGUARD) R65 SIM SIM 0 X TUREX (MITSUI) R36+R43 DIPEL WP (KENOGUARD) NAO REFERIDAS DIPEL (KENOGUARD) SEQURA (SUMITOMO) PRESA (IND. AFRASA)

BELTHIRUL(PROBELTE) R41

beta-ciflutrina BULLDOCK (MAKHTESHIM) R22;R50/53 NÃO NÃO 14 X

ciflutrina CIFLUMAX (MAKHTESHIM) R22+R65; R50/53 NÃO NÃO 14 X

cipermetrina CYTHRIN 10 EC (AGRIPHAR) R10;R22+R65+R37+R67+R66; R50/53 NÃO NÃO 14 X

cipermetrina+ clorpirifos CHLORCYRIN 220 EC (AGRIPHAR) R10; R20/22+R37+R65; R50/53 NÃO NÃO 21 X

clorantraniliprol  CORAGEN (DUPONT) ALTACOR (DUPONT) R50/53 SIM NÃO 28 X

deltametrina

DECIS (BAYER) R10;R20/22+R37/38+R41+R65;R50/53

NÃO NÃO 4 X

DELTAPLAN (BAYER)

DECIS EXPERT (BAYER) R10;R20/22+R37+R41+R65+ R66+R67;R50/53

emamectina  AFFIRM (SYNGENTA) R50/53 SIM NÃO 7 X

esfenvalerato

SUMIFIVE PLUS (KENOGARD)

R20/22+R100; R50/53 NÃO NÃO 14 X

SUMIALPHA 5EW (KENOGARD) PLINTO (IND. AFRASA)

fenoxicarbe INSEGAR 25 WG (SYNGENTA) R51/53 SIM NÃO 14 X X

indoxacarbe EXPLICIT WG (DUPONT) STEWARD (DUPONT) R22+R100;R51/53 SIM NÃO 10 X

lufenurão MATCH 050 EC (SYNGENTA) 

R10;R34+R41+R43+R65+R67; R50/53

NÃO NÃO 14 X X

MATCH (SYNGENTA) R43; R50/53

lambda-cialotrina

KARATE ZEON (SYNGENTA)

R22+R43; R50/53

NÃO NÃO 7 X

NINJA with ZEON technology (SYNGENTA) KARATE+ (SYNGENTA) R20/22+R36/38+R43; R50/53 JUDO (SAPEC) R22; R50/53 ATLAS (SELECTIS) KARATE ZEON 1.5 CS (SYNGENTA) R38; R50/53

metoxifenozida RUNNER (DOW) R51/53 SIM NÃO 14 X X

spinosade SPINTOR (DOW) R50/53 SIM SIM 14 X

tebufenozida MIMIC (CERTIS) R52/53 SIM NÃO 14 X X

INSECTICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE À CIGARRINHA VERDE

Substância activa Designação comercial Frases de risco P. I. A.B. (dias) I. S. Modo de acção

alfa-cipermetrina FASTAC (BASF) R20/22+R38+R4+R48/22;R50/53;R65 R10; NÃO NÃO 7

contacto e ingestão

beta-ciflutrina BULLDOCK (MAKHTESHIM) R22;R50/53 NÃO NÃO 14

cipermetrina+ clorpirifos CHLORCYRIN 220 EC (AGRIPHAR) R10; R20/22+R37+R65; R50/53 NÃO NÃO 21 contacto e ingestão e fumigação

clorpirifos

PYRINEX 250 ME (MAKHTESHIM) R36+R43;R50/53

NÃO NÃO 21 Contacto e ingestão e fumigação

DURSBAN 4 (DOW) R10;R22+R65+R36/37/38+R67;R50/53 CLORFOS 48 (DOW) DESTROYER 480 EC (DOW) CORTILAN (MAKHTESHIM) R10;R20/22+R36/38+R43+R65;R50/53 PIRIFOS 48 (MAKHTESHIM) PYRINEX 48 EC (MAKHTESHIM) CLORMAX (MAKHTESHIM) CYREN 48 EC (CHEMINOVA) R20/22+R38+R65;R50/53; R55 CICLONE 48 EC (SAPEC) R10;R22+R38+R43;R50/53 NUFOS 48 EC (CHEMINOVA) R20/22+R38+R65;R50/53

(5)

NOTAS:

P.I. – Produção Integrada; A. B. – Agricultura Biológica; I.S. – Intervalo de segurança (O intervalo de segurança nesta tabela refere-se a uvas para vinificação).

___________________________________________________________________________________________________________________________  Para utilização em Agricultura Biológica.

 Apenas 2 aplicações por ano  Máximo de 4 aplicações por ano

 Em esgotamento de existências até 31/12/2012  Apenas uma aplicação por ano

 Máximo de 3 aplicações por ano

Fonte: www.dgadr.pt (27.07.2012); Guia dos Produtos Fitofarmacêuticos/ 2012/DGADR/Lisboa; Guia dos Produtos

Fitofarmacêuticos em Modo de Produção Biológico/ 2011/DGADR/Lisboa). Tabela anexa à Circular nº 12/ 2012 da

Estação de Avisos de Entre Douro e Minho (Documento realizado por C.C. em 27/07/2012)

INSECTICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE À CIGARRINHA VERDE (CONCLUSÃO)

Substância activa Designação comercial Frases de risco P. I. A. B. (dias) I. S. Modo de acção

deltametrina

DECIS (BAYER) R10;R20/22+R37/38+R41+R65;R50/53

NÃO NÃO 4 contacto e ingestão

DELTAPLAN (BAYER)

DECIS EXPERT (BAYER) R10;R20/22+R37+R41+R65+ R66+R67;R50/53

fenepiroximato DINAMITE (SIPCAM_P)

R36;R51/53 NÃO NÃO 14 contacto

imidaclopride

PROVADO AE (BAYER) R12

NÃO NÃO 14 contacto e ingestão

GAUCHO (BAYER) R22; R52/53; R55 CONFIDOR O-TEQ (BAYER) R41; R55

PROVADO PIN (BAYER) R52/53 CONFIDOR CLASSIC (BAYER)

R55 KOHINOR 20 SL (MAKHTESHIM)

COURAZE (CHEMINOVA)

NUPRID 200 SL (NUFARM_P) R61; R55 WARRANT 200 SL (CHEMINOVA) NÃO REFERIDAS

COURAZE WG(CHEMINOVA) R22 NUPRID 200 SC (NUFARM_P) R61; R55

MASTIM (MAKHTESHIM) NÃO REFERIDAS CORSÁRIO (SAPEC) R36/38; R55 SOLAR (AGRICHEM) NÃO REFERIDAS CONDOR (SELECTIS) R55B; R37A; R55 NEOMAX (MAKHTESHIM) NÃO REFERIDAS

indoxacarbe EXPLICIT WG (DUPONT) STEWARD (DUPONT) R22+R100;R51/53 SIM NÃO 10 contacto e ingestão

tau-fluvalinato KLARTAN (MAKHTESHIM)

R50/53 NÃO NÃO 21

contacto e ingestão

MAVRIK (AAKO)

tiametoxame ACTARA 25 WG (SYNGENTA) SIM NÃO 21 contacto e ingestão

INSECTICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE À CIGARRINHA DA FLAVESCÊNCIA DOURADA DA VINHA

(Scaphoideus titanus) EM 2012

Substância activa Designação comercial Frases de risco P .I. A. B. (dias) I. S. Modo de acção

fenepiroximato DINAMITE (SIPCAM_P) R36; R51/53 SIM NÃO 14 Contacto. Ninfas e adultos.

tiametoxame ACTARA 25 WG (SYNGENTA) R50/53 SIM NÃO 21

Sistémico. Contacto e ingestão. Ninfas e

(6)

DIVULGAÇÃO

A mosca do Mediterrâneo ( Ceratitis capitata Wiedemann )

A mosca do Mediterrâneo ataca os frutos de variadíssimas espécies fruteiras - pêssegos, damascos, nectarinas, maçãs, peras,

laranjas, tangerinas, figos, diospiros, nêsperas, uvas e muitos outros - e pode causar a perda total da produção.

O combate a uma praga deste tipo só tem sucesso se for organizado colectivamente pelos fruticultores, sobretudo através das suas associações sócio-profissionais e contando com o apoio técnico-científico dos serviços públicos. O controlo da mosca do Mediterrâneo

torna-se muito difícil se apenas um ou outro produtor isolado fizer os tratamentos necessários, pois a mosca passa muito facilmente e com grande rapidez de uns pomares para os outros e mesmo de umas regiões para as outras.

Mosca do Mediterrâneo: imagem muito ampliada, mostrando o característico desenho das asas. Na imagem sobreposta: a mesma mosca no seu tamanho natural.

A fêmea da Mosca do Mediterrâneo põe os ovos, perfurando a casca dos frutos.

Imagem ampliada de corte

da casca de um fruto, mostrando os ovos da

mosca do mediterrâneo no seu

interior.

Dos ovos nascem pequenas larvas brancas (morcões), que se desenvolvem no interior do fruto, destruindo-o por completo. Os frutos atacados acabam por cair ao fim de alguns dias. A mosca, em anos cujas condições meteorológicas, de tempo quente, o permitam, pode causar enormes prejuízos. Depois de completado o seu desenvolvimento, as larvas (A)  abandonam o fruto, projectando-se

para o solo, onde se enterram. Aí evoluem para pupas (B) , de que nascerão novas moscas, iniciando-se outra geração. À aproximação do tempo frio, as pupas já não evoluem para a forma adulta e ficam enterradas até à Primavera-Verão seguinte, dando nessa altura origem a um novo ciclo da praga. Na Região de Entre Douro e Minho, a mosca do Mediterrâneo

mantém-se normalmente activa entre o meio de Junho e o meio de Novembro, altura em que os últimos adultos são capturados na rede de

armadilhas.

Parte inferior (entrada) de uma armadilha tipo garrafa mosqueira, onde se acumulam várias moscas do Mediterrâneo aí atraídas.

Meios de combate à mosca do Mediterrâneo

Para se estabelecer um plano de combate racional e escolher a altura mais oportuna para efectuar os tratamentos, é necessário obter dados sobre a precocidade e intensidade da praga. Para isso é preciso controlar o voo dos insectos adultos (as moscas propriamente ditas). Neste controlo usa-se um dos diversos tipos de armadilhas existentes, que são colocadas nos pomares.

Armadilha tipo garrafa mosqueira

Estes processos deverão ser sempre acompanhados por uma estreita vigilância do pomar, para detecção da presença de fruta picada pela mosca.

A Estação de Avisos de Entre Douro e Minho estabelece anualmente uma rede de locais para observação da evolução da mosca do Mediterrâneo, no sentido de recolher dados de apoio à emissão de Avisos para o tratamento contra esta praga e de, a mais longo prazo, poderem vir a ser tomadas outras medidas de controlo. A B C ar lo s C ou tin ho

(7)

Armadilha tipo delta

Modo de realizar o tratamento

A luta química tem em vista sobretudo a destruição dos insectos adultos, embora alguns tenham acção larvicida.

Os insecticidas homologados são produtos à base de azadiractina, bifentrina, fosmete, lambda-cialotrina, lufenurão e spinozade, a utilizar tendo em conta as culturas para que cada uma das especialidades está homologada (ver quadro abaixo).

À calda insecticida pode adicionar-se um hidrolisado de proteínas, cuja função é atrair as moscas, aumentando a eficácia do tratamento. Neste caso, deverá pulverizar-se apenas metade da copa da árvore - a mais exposta ao sol - pois os insectos são aí atraídos pelo hidrolisado adicionado à calda.

Assim, poupa-se insecticida, tornando o tratamento mais económico e menos agressivo para o Ambiente.

Deve ser respeitado escrupulosamente o intervalo de segurança indicado no rótulo do produto insecticida, cumprindo, assim, uma norma legal que visa proteger a saúde dos consumidores.

Os frutos atacados devem ser apanhados e enterrados a mais de 60 cm de profundidade ou queimados. Desta forma, contribui-se para reduzir a população de mosca e os ataques no

ano seguinte.

Luta biotécnica (captura massiva e Luta autocida)

A captura massiva consiste na colocação no pomar de um determinado número de armadilhas, contendo um atractivo. As moscas são atraídas a estas armadilhas, diminuindo assim a população. Estes dispositivos podem ser encontradas no mercado da especialidade.

Existe também a possibilidade técnica de introdução da luta autocida contra a mosca do Mediterrâneo Esta forma de controlo consiste no lançamento no ambiente de machos esterilizados da mosca que, ao acasalarem com as fêmeas existentes na natureza, dão origem a ovos estéreis, diminuindo gradualmente as populações da praga.

Esta forma de luta biotécnica, devidamente conduzida e conjugada com outros meios de luta, poderá vir a ser uma solução duradoura para o problema da mosca do Mediterrâneo na região de Entre Douro e Minho.

INSECTICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE À MOSCA DO MEDITERRÂNEO

Substância

activa Nome comercial Amei-xeira Citri- nos Damas-queiro pireiro Dios- Figuei-ra Maciei-ra Marme-leiro Perei-ra Pesse- gueiro

azadiractina (1) ALIGN, FORTUNE AZA SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO

bifentrina TALSTAR (2); TALSTRINA (2) NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO

fosmete (3) (5) IMIDAN 50 WP NÃO SIM NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO

lambda-cialotrina KARATE ZEON; KARATE ZEON

1,5 CS; KARATE+; NINJA with

ZEON technology; JUDO, ATLAS SIM SIM (7)

SIM NÃO NÃO SIM SIM (6) SIM SIM

lufenurão ADRESS (4); MATCH; MATCH

050 EC

SIM SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO

spinosade (5) SPINTOR;SPINTOR ISCO(4) NÃO SIM NÃO SIM (8) SIM (8) NÃO NÃO NÃO NÃO

(1) Insecticida regulador de crescimento de origem vegetal, obtido a partir de extractos da espécie Azadiractina indica. Produto indicado para utilização em agricultura biológica. (2) em esgotamento de existências até 30/06/2012

(3) não fazer mais que uma aplicação por ano; (4) insecticida na forma de iscos, a utilizar apenas em armadilhas de atracção alimentar em luta biotécnica;(5) Em citrinos, aplicar apenas em laranjeira e tangerineira; (6) KARATE ZEON autorizado na

lista de usos menores; (7) Não usar em limoeiros; (8) SPINTOR ISCO autorizado na lista de usos menores

___________________________________________________________________________________________________________ Textos de divulgação técnica da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho nº 8_2012 (II Série) (Reedição actualizada/ Julho_2012)

Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas/ DRAP-Norte/ Divisão de Protecção e Controlo Fitossanitário/ Estação de Avisos de Entre Douro e Minho/ Estrada Exterior da Circunvalação, 11846 4460 - 281 SENHORA DA HORA Telefones: 22 9574010/

22 9574016/ Fax 22 9574029 / E-mail: avisos.edm@drapn.min-agricultura.pt

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