O EFEITO ESTUFA E O AQUECIMENTO GLOBAL
Efeito estufa
Graças ao efeito estufa, a temperatura da Terra se mantém, em média, em torno de 15ºC, o que é favorável à vida no planeta, Sem o aquecimento provocado por ele, nosso planeta seria muito frio.
O nome “efeito estufa” foi proposto buscando-se comparar o fenômeno atmosférico ao que ocorre dentro de uma estufa de vidro. Nesta, o vidro permite que a radiação solar entre na estufa, mas impede a passagem de parte da radiação para fora.
O efeito estufa é natural e benéfico por manter a temperatura da Terra e, em conseqüência, favorecer a sobrevivência dos seres vivos. O gás carbônico é lançado na atmosfera de maneira natural pela respiração e decomposição, por exemplo.
ESCOLA ESTADUAL DE MELO VIANA Ensino : Fundamental II Disciplina: Ciências Professor: Ludmilla Ulhôa dos Santos Série: 8º ano
No entanto, verifica-se que, desde o surgimento das primeiras indústrias, no século XVIII, a quantidade de gás carbônico liberado para a atmosfera tem aumentado. Isso provoca o agravamento do efeito estufa. Cientistas e ambientalistas alertam que esse fenômeno é a principal causa do aquecimento global.
É importante saber que:
• O gás carbônico e outros gases permitem a passagem da luz do Sol, mas retêm o calor gerado por ela.
• O uso de combustíveis fósseis, as queimadas, o desmatamento, a grande quantidade de rebanhos de gado (que liberam gases produzidos na digestão) são alguns dos fatores que aumentam a quantidade de gases que agravam o efeito estufa na atmosfera, como o gás carbônico, o metano e o monóxido de carbono.
A poluição do ar
O nível de poluição atmosférica depende da quantidade de substâncias poluentes presentes no ar. Podemos definir poluente atmosférico como qualquer substância que, pela sua
concentração, pode tornar o ar impróprio ou nocivo à saúde humana e aos demais seres vivos, ou ainda ser prejudicial à segurança e às atividades normais da comunidade.
Além do desequilíbrio de ecossistemas e agravos à vida dos seres vivos em geral, as alterações na qualidade do ar representam verdadeiros desafios à saúde pública. Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em maio de 2018, revelou que a poluição do ar em ambientes externos tem relação direta com a morte de mais de 50 mil pessoas por ano no Brasil. No planeta, o relatório estima que as vítimas cheguem a 7 milhões de pessoas anualmente. O estudo da OMS abordou especificamente os problemas causados pela exposição a material particulado. Trata-se de um tipo de poeira fina liberada por diversas fontes, desde as de uso doméstico até as industriais.
Segundo a OMS, as principais fontes de poluição do ar com material particulado incluem o uso ineficiente de energia, queimadas, queima de lixo, desmatamento, setores de agricultura e transporte e usinas termoelétricas a carvão. A qualidade do ar também pode ser influenciada por fatores naturais, como os meteorológicos e alterações nas diferentes estações do ano como vento e baixa umidade do ar.
Gases poluentes
Podemos classificar os poluentes em dois tipos básicos:
• Poluentes primários – os que são liberados diretamente por uma fonte de emissão. Exemplos: compostos à base de enxofre liberados de uma usina que utilize carvão.
• Poluentes secundários – são os que se formam na atmosfera como resultado de reação química entre poluentes primários e/ ou componentes naturais do ar. Exemplos: ácido sulfúrico na chuva ácida, resultante da reação química de poluentes que contêm enxofre com o vapor de água.
Constata-se que vários tipos de poluentes podem ser emitidos pelo escapamento de veículos, usinas de energia, pecuária, agricultura, entre outras fontes. Quando há emissão excessiva de monóxido de carbônico, gás carbônico e gases ricos em enxofre e nitrogênio, a composição do ar que respiramos é alterada, e isso pode provocar sérios danos à nossa saúde. Segundo a OMS, só em 2016, cerca de 4,2 milhões de pessoas morreram por câncer de pulmão, doenças cardíacas, e acidente vascular cerebral (AVC) causados pela poluição.
Poluentes Fontes
Efeitos sobre a saúde humana
Monóxido de carbono (CO)
Queima incompleta de materiais fósseis como o petróleo e o carvão, principalmente nas indústrias metalúrgicas, nas refinarias de petróleo e nos motores de combustão.
Dificuldade respiratória e até mesmo asfixia.
Dióxido de enxofre (SO2)
Centrais termoelétricas, fábricas, veículos automotivos, usinas.
Ação irritante nas vias respiratórias, provocando tosse e sufocamento. Contribui para o agravamento da asma e da bronquite crônica.
Dióxido de Nitrogênio (NO2)
Motores de combustão, aviões, fornos, incineradores, certos fertilizantes, queimadas e instalações industriais.
Redução da capacidade do sangue de transportar gás oxigênio e das defesas do organismo contra as infecções. Pode ainda provocar problemas respiratórios.
Aquecimento global
Os cientistas não têm dúvidas de que já estamos enfrentando uma elevação da atmosfera, conseqüência do aumento da emissão de gases, principalmente CO2 (gás carbônico), pelas atividades humanas. Eles chegaram a essa conclusão à partir de observações da temperatura global nos últimos 150 anos, no monitoramento da concentração de CO2 e em simulações com modelos matemáticos. O aumento desses gases provoca um agravamento do efeito estufa, aumentando muito a temperatura.
Nesses últimos 150 anos, a quantidade de gás carbônico aumentou em cerca de 25% e a temperatura média global aumentou consideravelmente. Pergunte aos seus avós como era o clima antigamente onde você mora. Provavelmente eles dirão que era menos quente.
Os cientistas de todo o mundo monitoram as conseqüências do agravamento do efeito estufa e fazem cálculos que apontam para um aumento da temperatura média do planeta. Isso pode provocar a subida dos níveis dos mares por causa do degelo de parte das calotas polares (região localizada no ponto extremo dos hemisférios da Terra – pólos Norte e Sul – coberta de gelo); destruição do habitat e falta de alimento para muitos animais, a alteração dos regimes das chuvas, aumento de furacões, tempestades e alterações do clima em geral.
Os cientistas têm insistido no alerta quanto à necessidade de reduzir a liberação dos gases que contribuem para o agravamento do efeito estufa. Isso exige, porém, algumas medidas por parte dos países industrializados, como a redução da queima de combustíveis fósseis (por exemplo, o petróleo). Essas medidas esbarram nos grandes interesses econômicos pois envolvem investimentos em outras formas de energia, gastos com adaptações em instalações industriais e veículos, mudanças no estilo de vida da população, entre outras ações.
É fundamental que cidadãos de todo o mundo procurem se organizar para pressionar os governantes a assumirem posições favoráveis à vida no planeta.
Durante o início quarentena realizada por causa da pandemia as atividades industriais foram diminuídas, as pessoas deixaram de andar com seus automóveis e conseqüentemente, a poluição diminuiu. Isso proporcionou aos animais segurança para voltarem a ocupar espaços que antes não ocupavam devido à poluição e ao grande número de pessoas. As cidades ficaram com os céus mais azuis pela diminuição da fumaça. É urgente que mudemos nosso estilo de vida para salvar o planeta e nossas vidas.
Na Itália em Veneza muito conhecida por seus canais as águas se tornaram cristalinas como nunca haviam ficado por conta da diminuição da circulação de pessoas, e podemos ver pelas fotos a seguir:
Na china os satélites da NASA mostraram a diferença que deu na atmosfera com a diminuição da poluição por conta da quarentena.
