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MÚSICA BARROCA FESTIVAL MONTEVERDI

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Academic year: 2021

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MÚSICA

BARROCA

FESTIVAL

MONTEVERDI

10

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BARROCO E

MÚSICA ANTIGA

2017

1 ABRIL GRANDE AUDITÓRIO | 21:00

CONCERTO DE´CAVALIERI

Marcello di Lisa direção musical

Ana Quintans soprano

TOMASO ALBINONI Sinfonias, concertos e árias de ópera

Certamente já ouviu o famoso Adágio de Albinoni. Mas e outras obras deste compositor? Tomaso Albinoni foi um dos principais compositores barrocos da incrível cidade de Veneza. Famoso na sua época pelas suas óperas, nos dias de hoje é sobretudo conhecido pela sua inspiradíssima música instrumental. É por isso mesmo que o maestro italiano Marcello di Lisa decidiu convidar a soprano Ana Quintans, a soprano portuguesa com mais brilho nos palcos internacionais de música barroca, para dar corpo às árias de Albinoni, trazendo para o séc. XXI todo o fogo e toda a intensidade da música vocal deste compositor.

Contraste, virtuosismo e dramatismo é o que não falta à maior parte das árias que Ana Quintans e o agrupamento Concerto de’Cavalieri vão trazer ao CCB no dia 1 de Abril de 2017. “Nunca tinha trabalhado com o maestro Marcello di Lisa mas conhecia alguns dos músicos da orquestra. Quando fui convidada para o projeto em 2013 toda a parte laboriosa de pesquisa e escolha das árias estava já definida. A tessitura de algumas delas não é propriamente de soprano e os tempos idealizados pelo Marcello eram muitíssimo ambiciosos, pelo que tive de confiar e de me encaixar na sua conceção”, explica Ana Quintans. Das árias que vão ser apresentadas, a maioria são estreia em Portugal e pertencem a óperas que, no tempo de Albinoni, tiveram um enorme sucesso. Algumas destas árias têm linhas melódicas incríveis e uma vitalidade rítmica contagiante, constituindo um verdadeiro desafio no que toca à coloratura.” Efetivamente, Marcello di Lisa parece querer afirmar a imagem de marca de alguns grupos italianos, associada a andamentos vertiginosos e interpretações fulgurantes, que muitas vezes se justificam se pensarmos que na época a voz entrava por vezes em competição com o virtuosismo instrumental.

Será certamente um grande concerto para os amantes da voz, onde não faltarão os célebres “adágios” de Tomaso Albinoni, com um conjunto de intérpretes notáveis, dos quais se destaca a nossa Ana Quintans.

13 ABRIL GRANDE AUDITÓRIO | 21:00

CONCERTO DE PÁSCOA

Guerra e Paz

OS MÚSICOS DO TEJO

Marcos Magalhães direção

Aapo Häkkinen maestro convidado

VOCES CAELESTES

Sérgio Fontão direção do coro

Solistas a anunciar

GUILLAUME DUFAY (1397-1474) Ave maris stella TOMÁS LUIS DE VICTORIA (1548-1611) Ave Maria CLAUDIO MONTEVERDI (1567-1643) Laetatus sum, 1610 ANTONIO VIVALDI (1678-1741) Sinfonia, RV 134; Credo, RV 591 JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750) Nimm von uns, Herr, BWV 101 ARVO PÄRT (1935-) Da pacem, Domine, 2004

Os Músicos do Tejo, habitualmente dirigidos por Marcos Magalhães, estarão neste concerto, pela primeira vez, sob a direção de um maestro convidado.

Pareceu-nos entusiasmante lançar este novo desafio no seio da orquestra, fazendo-a contactar com uma personalidade criativa diferente e, quem melhor do que um músico com quem temos muitas afinidades artísticas? O cravista e maestro

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finlandês Aapo Hakkinen. Este intercâmbio luso-finlandês que já começou há algum tempo, faz-se desta vez em torno de um programa concebido em conjunto e que vai levar-nos por novas aventuras musicais. MARCOS MAGALHÃES

24 JULHO GRANDE AUDITÓRIO | 21:00

ACADEMIA BARROCA EUROPEIA DE AMBRONAY

Henry Purcell, Dido e Eneias

Em 2017 o CCB volta a receber a prestigiada Academia Barroca Europeia de Ambronay, projeto criado em 1993, que visa formar, aperfeiçoar e profissionalizar jovens músicos europeus na interpretação de música barroca. Sob a direção de um maestro de renome, cada criação da academia produz e difunde uma obra do reportório barroco, circulando pela Europa. Este ano, sob a direção do maestro e conceituado tenor Paul Agnew, a escolha recaiu sobre Dido e Eneias de Henry Purcell. Esta ópera é sem dúvida a coroa de glória da ópera barroca inglesa. O modo como Purcell trata as palavras e a ação é extremamente inovador. Integra as danças tão apreciadas da ópera francesa, sem trair o gosto pela ária da ópera italiana. A ópera teve a sua primeira audição pública em 1689, quando as alunas da escola de Chelsea a interpretaram numa encenação do diretor, Josias Priest, que era também coreógrafo do Teatro Real de Londres. A ária final de Dido é um dos mais espantosos lamentos compostos para ópera. A música ora acaricia a letra, ora lhe resiste, ilustrando o seu sentido ou transmitindo os seus limites. Dido está isolada, num turbilhão interior. Mas a ação muda para o exterior quando uma tempestade obriga os amantes a procurar abrigo. O lamento de Dido, suscitado pela partida de Eneias, leva-a novamente para a turbulência interior, só que desta vez é tão forte que acaba por ser fatal. A ópera de Henry Purcell será completada por excertos da desconhecida Dido e Eneias do compositor barroco francês Henry Desmarest.

14 A 16 SETEMBRO VÁRIAS SALAS | VÁRIOS HORÁRIOS

FESTIVAL MONTEVERDI

Em 2017 celebram-se os 450 anos do nascimento de uma das figuras mais importantes da História da Música: Claudio Monteverdi. Considerado como o pai da Ópera, o seu Orfeo, de 1607, foi a primeira obra a reunir os ingredientes básicos da ópera de forma consistente. Os primeiros dramas líricos de Monteverdi foram criados para a corte de Mântua, mas as suas obras-primas posteriores já se destinavam ao público de Veneza, onde fez cantar uma das maiores obras-primas de todos os tempos: As Vésperas de Nossa Senhora. Nenhum outro compositor de ópera deu um “salto” tão importante. Como não poderia deixar de ser, esta efeméride não passa desapercebida ao CCB que, em Setembro, contará com um fim de semana repleto de concertos dedicados a este génio da história da música.

Para esta celebração contamos com o renomado agrupamento La Venexiana, talvez um dos melhores agrupamentos do mundo no que diz respeito à interpretação da música de Monteverdi, e que apresentará a primeira ópera de todas, o Orfeo. Este agrupamento vai juntar-se ainda ao Officium Ensemble, ao Coro Ricercare e ao Olisipo Ensemble, para a interpretação dos 8 Livros de Madrigais de Monteverdi, numa viagem musical extraordinária, que nos permite acompanhar e perceber esta verdadeira “revolução Monteverdi”. Por fim, teremos igualmente a interpretação das grandiosas Vésperas de Nossa

Senhora. Para esta obra tentamos recriar no Grande Auditório do CCB o ambiente da belíssima Basílica de São Marcos de

Veneza, com o Ludovice Ensemble e alguns dos cantores mais importantes da atualidade, entre os quais a soprano Ana Quintans, uma das sopranos mais requisitadas a nível europeu para a interpretação de música antiga e barroca, e o tenor Fernando Guimarães, recentemente galardoado com um Grammy pela sua interpretação numa ópera de Monteverdi.

Vésperas

LUDOVICE ENSEMBLE

14 SETEMBRO GRANDE AUDITÓRIO | 21:00

As Vésperas de Monteverdi são uma das obras mais paradigmáticas da música ocidental. Foram compostas num período de radical mudança na trajetória profissional do compositor quando este decidiu trocar a corte de Mântua por um posto de compositor sacro numa grande igreja urbana. Assume-se ainda como um dos grandes monumentos da Contra-Reforma católica, que expressam maravilhosamente a transição do Maneirismo para o Barroco - período que aliás inauguram.

Orfeu

LA VENEXIANA

16 SETEMBRO GRANDE AUDITÓRIO | 21:00

Na noite de 24 de Fevereiro de 1607, os apartamentos privados do duque de Mântua abriram-se para uma função musical a que hoje chamaríamos “experimental”. Tratava-se de ouvir e ver representada uma favola in musica encomendada pelo duque Francesco Gonzaga ao compositor Cláudio Monteverdi, autor de cinco famosos livros de madrigais. Se passasse a prova da audição privada, a obra deveria ser apresentada em público, como foi, uma semana depois, integrada nas

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comemorações do Carnaval mantuano. Essa noite ficaria célebre: foi aí que se estreou L’Orfeo, que muitos têm como a primeira ópera no sentido moderno. Ao apresentar a sua favola in musica, Monteverdi fizera questão de dar à partitura, e sobretudo ao canto, um papel que até aí estava fora das preocupações dos seus contemporâneos.

A favola de Monteverdi, com libreto do poeta Alessandro Striggio, retomava o mito de Orfeu e Eurídice, caro aos poetas e aos músicos do Renascimento, mas em vez de o tratar como tragédia declamada ou recitativo acompanhado por música, como acontecera anos antes com a Eurydice de Jacopo Peri, apresentada em Florença por altura dos esponsais de Maria de Médicis com Henrique II de França, propunha uma apropriação musical do mito e o seu tratamento em forma de drama musical. Prima la musica…

Característica distintiva da música de Monteverdi é o “dar vida à palavra e ao gesto, mas também e sobretudo às personagens, aos seus estados de alma, que afloram nas entrelinhas”: a sua música é “a expressão simultânea de uma emoção espiritual e gestual” (Silke Leopold) e esse vai ser, durante um século e meio, em toda a Europa, o programa da música a que hoje chamamos barroca.

Madrigais

16 E 17 SETEMBRO

SALA LUÍS DE FREITAS BRANCO | 11:00, 14:30, 17:00, 20:00

LA VENEXIANA

OFFICIUM ENSEMBLE

CORO RICERCARE

GRUPO VOCAL OLISIPO

16 SETEMBRO

11H00

CORO RICERCARE

Livro III

14H30

CORO RICERCARE

– Livro IV

17H00

GRUPO VOCAL OLISSIPO

– Livro V

17 SETEMBRO

11H00

OFFICIUM ENSEMBLE – Livro I

14H30

OFFICIUM ENSEMBLE

– Livro II

17H00

GRUPO VOCAL OLISSIPO

– Livro VI

21H00

LA VENEXIANA – Livro VII e VIII

Musicalmente, a 1ª década do século XVII assistiu a uma verdadeira revolução musical em que todo o saber e a prática medievais, ancorados no contraponto, na polifonia imitativa e na modalidade (Prima Prattica) foram subitamente substituídos por uma nova forma de conceber a música, com a invenção da monodia acompanhada, do baixo contínuo e de uma conceção harmónica da composição (Seconda Prattica). Os compositores e intérpretes, perfeitamente conscientes da radicalidade das suas propostas - ainda que fundamentassem as suas ações num retorno aos ideais clássicos da Antiga Grécia — assumiram-nas como Nuove Musiche. Os Madrigais são assim a melhor forma de acompanharmos esta revolução na música.

1 OUTUBRO GRANDE AUDITÓRIO | 17:00

CONCERTO CAMPESTRE

Pedro Castro direção Joana Seara soprano

Lidia Vinyes Curtis meio-soprano Fernando Guimarães tenor Maria Luísa Tavares, meio-soprano Sandra Medeiros, soprano

JOÃO DE SOUSA CARVALHO Angélica, Serenata de 1778

Angélica, pequena ópera não encenada/versão de câmara, foi composta em 1778 por João de Sousa Carvalho (1745-1799),

expoente máximo do classicismo português, e é baseada num libreto de Pietro Metastasio. Foi a primeira serenata realizada por este compositor ao serviço da corte de D. Maria, dedicada à sua irmã Maria Benedita, e teve a sua apresentação no Palácio Nacional da Ajuda e no Palácio de Queluz. Conta a história de como Angelica jurou o seu amor ao poderoso Orlando para acalmar os seus ciúmes e assim poder fugir com o seu amado Medoro.

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15 OUTUBRO PEQUENO AUDITÓRIO | 17:00

A Arte da Fuga

LA PAIX DU PARNASSE

António Carrilho flautas de bisel & direção Albert Romaguera oboé barroco

Juan Francisco Aránega sacabuxa tenor Guillermo Salcedo fagote barroco Carlos Gallifa violino barroco Juan Mesana viola barroca Javier Aguirre viola da gamba Catherine Strynckx violoncelo barroco

JOHANN SEBASTIAN BACH A Arte da Fuga para vários Instrumentos

Decorridos mais de dois séculos e meio desde que J. S. Bach compôs A Arte da Fuga (Die Kunst der fuge), esta permanece uma obra de grande complexidade, amplamente executada por todo o mundo e envolta em mistério. Sendo a última obra do grande Mestre, a edição final aconteceu após a sua morte, vindo a ser alvo de estudo por parte de músicos e musicólogos desde o século XIX, numa incessante busca da derradeira verdade sobre a obra: objeto de estudo para o ensino do teclado ou para o ensino do contraponto? Ainda há questões relacionadas com a primeira edição, tal como surge no manuscrito, que é o facto de as fugas estarem notadas em partitura sem qualquer indicação de instrumentação. Desde a performance para instrumento de tecla solo até a grandes orquestras, A Arte da fuga é a perfeição no domínio do contraponto ao longo de 15 fugas e 4 cânones, envolto em pureza sonora e tensão.

Referências

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