O homem nada mais é do que aquilo que a educação fez dele. (Immanuel Kant)

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2ª EDIÇÃO 2019

Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização escrita do autor. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido

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SUMÁRIO

PREFÁCIO 3

CAPÍTULO 1: CONHECENDO A REDAÇÃO DO ENEM 4

CAPÍTULO 2: CONHECENDO AS CINCO COMPETÊNCIAS 7

CAPÍTULO 3: COMO ESTRUTURAR A REDAÇÃO 12

CAPÍTULO 4: DICAS EXTRAS 19

REDAÇÃO MODELO 24

30 SUGESTÕES TEMÁTICAS 25

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Prefácio

Médico. Advogado. Professor. Jornalista. Hoje, independente da profissão que você queira seguir, deverá fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) caso pretenda se formar numa universidade pública. Nessa prova, você responderá questões relacionadas a assuntos estudados durante o Ensino Médio e produzirá uma redação. E é essa produção textual que, em todos os anos, assusta diversos vestibulandos, que acreditam ser a parte mais difícil da prova. Entretanto, a redação do ENEM não é um bicho de sete cabeças. Vamos, nesta apostila, conhecer todos os segredos que você precisa saber para obter uma excelente nota e garantir a tão sonhada aprovação. Desde já, peço que você leia tudo com bastante atenção e, principalmente, coloque cada uma das dicas em prática.

Ou mesmo pra quem se dedica aos concursos públicos,a redação é uma grande alavanca de pontuação.

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CAPÍTULO 1

CONHECENDO A REDAÇÃO DO ENEM

Antes de escrever qualquer texto, precisamos saber para quem iremos escrever. A redação exigida por determinado concurso pode ser diferente da redação exigida por determinado vestibular, assim como ambas podem ser diferentes da redação exigida pelo Exame Nacional do Ensino Médio. Sendo assim, um bom escritor não é necessariamente aquele que nasceu com o dom de escrever, mas sim aquele que consegue adequar todo o seu conhecimento ao tipo de redação exigido. Neste primeiro capítulo, começaremos os nossos estudos conhecendo algumas noções básicas sobre a redação do ENEM.

1. 1 – Gênero dissertativo-argumentativo

O gênero textual exigido para a redação do ENEM é o dissertativo - argumentativo. Esse gênero exige que o redator apresente suas opiniões (pontos de vista, teses) sobre um determinado tema e convença os seus leitores, através de argumentos, de que tais opiniões são certas. Sua redação, portanto, não pode ser meramente expositiva, ou seja, não pode conter apenas fatos, descrições. Você deve apresentar as suas teses e defendê-las através de argumentos. Dentro da lógica de uma dissertação-argumentativa, então, se o tema da redação, por exemplo, é ‘‘A persistência da homofobia no Brasil’’, eu posso defender que a manutenção da homofobia é causada pela herança histórico-cultural heteronormativa. Ou seja, essa é a minha tese. Os argumentos, por sua vez, são as formas pelas quais irei convencer o meu leitor de que a herança histórico-cultural é, sim, a responsável pela persistência da homofobia. Em outras palavras, numa dissertação-argumentativa, você, diante de um tema, deve apresentar suas opiniões e argumentar de modo convincente.

1. 2 – Norma culta, coerência e coesão

A sua redação deverá ser escrita em concordância à norma formal da língua portuguesa, ou seja, você deve respeitar as regras da gramática. Além disso, o seu texto deve ser coerente, pois o corretor não corrigirá apenas a sua redação num dia, mas sim dezenas de redações. Sendo assim, ele não pode perder muito tempo com o seu texto. Você, então, deve escrever de forma clara para que ele possa ler apenas uma vez e conseguir entender tudo. Um texto coerente,

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portanto, é um texto sem complicações, sem ambiguidades, fácil de ser lido, com uma relação harmônica entre as ideias. Por fim, a sua redação também deve ser coesa, isto é, cada parte do seu texto deve estar bem amarrada, conectada, harmônica. Para isso, uma boa estruturação e uso de expressões (conectivos) que amarrem cada parte do texto são fundamentais.

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1. 3 – Estilo de temas

Há diversos vestibulares que costumam abordar reflexões filosóficas como propostas temáticas da redação. O ENEM, porém, tem um costume de trazer problemas (de ordem social, científica, cultural ou política) que sejam de conhecimento de todos os participantes do exame. Vejamos todos os temas que já foram abordados na prova.

2018 Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na

internet

2017 Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil 2016 Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

2015 A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira 2014 Publicidade infantil em questão no Brasil

2013 Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil 2012 Movimento imigratório para o Brasil no século 21

2011 Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado 2010 O trabalho na construção da dignidade humana

2009 O indivíduo frente à ética nacional 2008

Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivo financeiros a proprietários que deixarem de desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar

2007 O desafio de se conviver com as diferenças 2006 O poder de transformação da leitura

2005 O trabalho infantil na sociedade brasileira

2004 Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de

comunicação

2003 A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo

2002 O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as

transformações sociais que o Brasil necessita?

2001 Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses _{em conflito?}

2000 Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio

nacional

1999 Cidadania e participação social 1998 Viver e aprender

Muitas vezes, a própria proposta temática já indica explicitamente qual o problema que deve ser discutido ao longo do texto. Em 2015, por exemplo, o ENEM foi completamente explícito ao abordar a problemática da persistência da violência contra a mulher. Há casos, porém, em que o tema não indica nenhuma problemática e o próprio redator deverá criá-la. Em 2014, por exemplo, tivemos

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apenas a questão da publicidade infantil. O redator, então, deveria ter apontado algo como ‘‘A publicidade infantil é prejudicial para as crianças’’ e, a partir disso, levantar suas opiniões e argumentos. De forma explícita ou não, o costume do ENEM é abordar problemas. Você entenderá o porquê disso no próximo tópico.

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1. 4 – Proposta de intervenção

Uma das principais particularidades da redação do ENEM é a obrigatoriedade de uma proposta de intervenção. No parágrafo de conclusão de um vestibular ou concurso qualquer, você faz um resumo de tudo o que foi discutido ao longo do texto (retomada) e traz uma ideia que finalize sua redação (fechamento do texto). No ENEM, porém, além da retomada e do fechamento do texto, você precisa elaborar uma proposta de intervenção, ou seja, uma medida para solucionar um problema. Não é à toa, portanto, que o estilo de temas do ENEM seja justamente problemas sociais, culturais ou políticos, pois a prova já quer te indicar o que deverá ser solucionado. Afinal, ninguém soluciona uma mera frase temática, mas sim uma problemática. Iremos trabalhar melhor como deverão ser essas propostas de intervenção no capítulo 3.

1. 5 – Método de correção

A sua redação será corrigida por dois corretores e as duas correções serão feitas de modo independente. Cada um deles atribuirá uma nota de 0 a 1000 e a média entre as duas notas será a sua nota final. Essa correção será feita de acordo com cinco critérios de avaliação, que trabalharemos melhor no próximo capítulo.

1. 6 – Nota zero

Existem alguns erros que são fatais para a sua redação, pois, se você cometer pelo menos um, receberá nota zero. São eles: fuga total ao tema, ou seja, não dissertar sobre o tema exigido; não obedecer ao gênero dissertativo - argumentativo, ou seja, não apresentar teses e argumentos; escrever sete ou menos linhas; fazer cópias dos textos de apoio; apresentar formas propositais de anulação, como desenhos; escrever partes deliberadamente desconectadas do tema proposto, como reflexões aleatórias; fazer assinatura fora do local devidamente designado para a assinatura do participante; escrever o texto integralmente em língua estrangeira; e entregar a folha de redação em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de rascunho. Você deve, portanto, ao longo de sua maratona de estudos para o ENEM, fazer diversas produções textuais, pois, assim, aprenderá, com a prática, o que não pode fazer na hora da prova.

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CAPÍTULO 2

CONHECENDO AS CINCO COMPETÊNCIAS

Como já vimos no capítulo anterior, a sua redação será avaliada de acordo com cinco competências. Cada uma delas receberá uma nota que varia entre 0 e 200 pontos, ou seja, cada uma é responsável por 20% da sua nota final. Sendo assim, compreender o que todas elas avaliam é uma ótima estratégia para quem deseja obter a tão sonhada nota máxima.

2. 1 – Competência 1

A competência 1 analisará se a sua redação respeita as regras de gramática. É muito comum, nesse quesito, perder pontos por causa de vírgula, concordância verbal e nominal, regência verbal e crase. Você, portanto, deve dedicar um tempo para estudar as regras de tais assuntos e, então, não cometer nenhum erro na hora da produção textual. Lembre-se, também, que se você escreve a redação com pressa, poderá deixar de escrever alguma letra, configurando um erro, ou seja, escreva com bastante calma e atenção. Você também não pode escrever gírias no seu texto. Seja completamente formal. Devo ressaltar, entretanto, que, para obter os 200 pontos dessa competência, você, além de ter um excelente conhecimento gramatical e uma total atenção, dependerá, infelizmente, de sorte. Lembra o que eu te disse no capítulo anterior? Que o seu texto será corrigido por dois corretores? Então! Há casos, por exemplo, em que um corretor dá a pontuação máxima na competência 1, enquanto outro corretor atribui apenas 160 pontos. Isso, inclusive, aconteceu comigo. Em 2016, tirei 980 na redação do ENEM porque um corretor me deu a pontuação máxima na competência 1, enquanto o outro me deu apenas 160 pontos. Como a nota final é a média das duas notas atribuídas pelos dois corretores, acabei perdendo 20 pontos. Ou seja, você dependerá, sim, da benevolência do corretor, mas não fique desesperado. Faça a sua parte. Respeite a norma formal da língua portuguesa. Escreva com atenção. Corrija sua redação antes de passar a limpo para a folha definitiva.

ESCALA DE NOTAS DA C1

Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa.

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0 ponto Demonstra desconhecimento da modalidade escrita formal da

língua portuguesa.

40 pontos

Demonstra domínio precário da modalidade escrita formal da língua portuguesa, de forma sistemática, com diversificados e frequentes desvios gramaticais, de escolha de registro e de

convenções da escrita.

80 pontos Demonstra domínio insuficiente da modalidade escrita formal da

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(11) 95153-0806 (11) 2937-3417 contato@didasko.net.br www.didasko.net.br registro e de convenções da escrita.

120 pontos

Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita.

160 pontos

Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.

200 pontos

Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizarem reincidência.

2. 2 – Competência 2

A competência 2 analisará três coisas: se você não cometeu fuga, total ou parcial, ao tema; se você trouxe interdisciplinaridade à sua redação, ou seja, se aplicou outras áreas do conhecimento, como história, filosofia, sociologia, ao longo do seu texto; e se você obedeceu ao gênero dissertativo-argumentativo. Quanto à fuga ao tema, você deve ter bastante cuidado, pois é o erro mais comum nas redações que são zeradas. Em 2017, por exemplo, 6,5% das redações, de acordo com o Ministério da Educação, receberam nota zero. Dessas 6,5%, 5,01% receberam porque fugiram do tema, ou seja, não compreenderam o que a proposta temática ‘‘Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil’’ queria dizer. Você, então, deve ler com atenção cada palavra do tema. Se o ENEM quer os desafios que os surdos sofrem para obterem formação educacional, você deve falar sobre os desafios que os surdos sofrem para obterem formação educacional, e não sobre, por exemplo, os desafios que todos os deficientes sofrem na vida. É interessante, por fim, citar as palavras-chave da proposta temática em cada parágrafo, pois, dessa forma, o leitor saberá que você está, sim, discutindo sobre aquilo que foi exigido. Quanto à interdisciplinaridade, você deve aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento na redação, pois, além de tornar o texto mais rico, você mostrará que não é como os outros candidatos, que, geralmente, estão presos ao senso comum. Apresentar teorias de filósofos e sociólogos, alusões históricas e até mesmo citar trechos de filmes, séries e músicas ajudam bastante a conseguir

Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites

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pontuação máxima nesse quesito. Tenha, obviamente, bom senso para não tornar o seu texto cansativo. Duas ou três interdisciplinaridades são suficientes. Quanto ao respeito ao gênero dissertativo-argumentativo, você deve, como vimos no capítulo anterior, levantar teses a respeito do tema proposto e utilizar argumentos para convencer o leitor, estruturando o seu texto com introdução, desenvolvimento e conclusão.

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0 ponto

Fuga ao tema/não atendimento à estrutura dissertativo- argumentativa. Nestes casos, a redação recebe nota zero e é anulada.

40 pontos

Apresenta o assunto, tangenciando o tema, ou demonstra domínio precário do texto dissertativo-argumentativo, com traços constantes de outros tipos textuais.

80 pontos

Desenvolve o tema recorrendo à cópia de trechos dos textos motivadores ou apresenta domínio insuficiente do texto dissertativo-argumentativo, não atendendo à estrutura com

proposição, argumentação e conclusão.

120 pontos Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio mediano do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.

160 pontos

Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.

200 pontos

Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo, e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo.

2. 3 – Competência 3

A competência 3 analisará a sua argumentação, ou seja, a defesa das suas teses. De início, saiba que se você ficar preso aos argumentos presentes nos textos de apoio, sua redação será duramente penalizada, pois copiar argumento do texto de apoio mostra que você faz parte do senso comum. Diante disso, ao levantar uma tese, você deve argumentar através de explicações (mostrando ao leitor por que e como o causador que você apresentou como responsável pela problemática causa essa problemática) e fundamentar tudo isso com dados estatísticos, teorias de autoridades (filósofos, sociólogos, especialistas no assunto) e casos (exemplos) do cotidiano. Tudo isso ajudará a persuadir (convencer) o leitor. Ademais, é essencial que cada parágrafo do seu texto, sobretudo os parágrafos destinados à argumentação, (os dois parágrafos de desenvolvimento), passe uma noção de início, meio e fim. Se você levanta uma tese, argumenta e finaliza a discussão, você não dará espaço para o leitor contra -argumentar e, assim, mostrará que seus pontos de vista são certos. Uma boa

Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

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estruturação também é determinante para uma boa nota na C3, pois se o seu texto é bem organizado, a argumentação será consistente. Quanto à estruturação, você aprenderá uma excelente forma para estruturar a sua redação no próximo capítulo.

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0 ponto Apresenta informações, fatos e opiniões não relacionados ao tema

e sem defesa de um ponto de vista.

40 pontos Apresenta informações, fatos e opiniões pouco relacionados ao

tema ou incoerentes e sem defesa de um ponto de vista.

80 pontos

Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, mas desorganizados ou contraditórios e limitados aos argumentos dos textos motivadores, em defesa de um ponto de vista.

120 pontos

Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista.

160 pontos

Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.

200 pontos

Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, em defesa de um ponto de vista.

2. 4 – Competência 4

Embora todas as competências sejam igualmente importantes, a competência 4, para mim, é uma das principais, pois ela analisa como você escreve o seu texto, ou seja, analisa a coerência e a coesão textual. Como vimos no capítulo anterior, um texto coerente nada mais é que um texto fácil de ser lido. Se você não repete palavras/expressões, se você usa sinônimos e pronomes para fazer referência a algo já dito no texto, se você não gera ambiguidades, se você não usa palavras difíceis apenas para impressionar o leitor e se você não faz períodos exageradamente curtos ou longos, seu texto certamente será coerente. Além de ser coerente, o seu texto também precisa ser coeso, isto é, cada parte da sua redação deve estar bem amarrada, costurada. Para isso, torna-se completamente essencial o uso de um bom e diversificado repertório de recursos coesivos, os famosos conectivos, que são expressões que ligarão o que será dito ao que já foi dito. Alguns dos mais usados na produção textual são: ‘‘ou seja’’, ‘‘isto é’’, ‘‘então’’, ‘‘sendo assim’’, ‘‘desse modo’’, ‘‘diante disso’’, ‘‘nesse contexto’’, ‘‘por consequência disso’’, ‘‘consequentemente’’, ‘‘isso porque’’, ‘‘isso acontece porque’’, ‘‘entretanto’’, ‘‘contudo’’, ‘‘porém’’, ‘‘além disso’’, ‘‘ademais’’,

Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.

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‘‘atrelado a isso’’, ‘‘portanto’’. Reitero, novamente, que essa competência, para mim, é uma das principais, pois, se o corretor não consegue entender o seu argumento, ele não reduzirá apenas a nota da C4, mas também a da C3. Você, por fim, deve lembrar que o corretor não irá corrigir apenas uma redação num dia, mas sim dezenas. Sendo assim, quanto mais fácil de ser entendido, melhor será o seu texto e, consequentemente, maior será a sua nota.

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0 ponto Não articula as informações.

40 pontos Articula as partes do texto de forma precária.

80 pontos

Articula as partes do texto de forma insuficiente, com muitas

inadequações, e apresenta repertório limitado de recursos coesivos.

120 pontos Articula as partes do texto de forma mediana, com inadequações,

e apresenta repertório pouco diversificado de recursos coesivos.

160 pontos Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta

repertório diversificado de recursos coesivos.

200 pontos Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado

de recursos coesivos.

2. 5 – Competência 5

Como vimos no capítulo anterior, o diferencial da redação do ENEM é a obrigatoriedade da proposta de intervenção. Essa particularidade é tão importante que tem até uma competência de avaliação própria. Você, portanto, deve propor excelentes soluções. Para isso, elas devem ser bem detalhadas e relacionadas ao tema e ao que foi discutido na sua redação. Uma boa solução não é aquela que o redator propõe unicamente o que deve ser feito, mas sim aquela que o redator propõe o que deve ser feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito e por que deve ser feito.

0 ponto Não apresenta proposta de intervenção ou apresenta proposta não

relacionada ao tema ou ao assunto.

40 pontos Apresenta proposta de intervenção vaga, precária ou relacionada

apenas ao assunto.

80 pontos Elabora de forma insuficiente proposta de intervenção, relacionada

ao tema ou não articulada à discussão desenvolvida no texto.

120 pontos Elabora de forma mediana proposta de intervenção, relacionada ao

tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

160 pontos Elabora bem proposta de intervenção, relacionada ao tema e

articulada à discussão desenvolvida no texto.

200 pontos

Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

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CAPÍTULO 3

COMO ESTRUTURAR A REDAÇÃO

Particularmente, acredito que a estruturação do texto é um dos principais segredos para obter uma nota maior que 900 no ENEM. Se você faz uma redação bem estruturada, ela ficará bem organizada. E se for bem organizada, o corretor terá facilidade para compreender suas ideias. Vamos, então, neste capítulo, conhecer a estrutura Redação Máxima, responsável por centenas de notas maiores que 900 nos últimos dois anos.

Introdução

5 – 6 linhas

Contexto Problemática

Apresentação das teses

Desenvolvimento 1

8 – 9 linhas

Tópico-frasal para a tese 1 Explicação

Exemplo Consequência

Desenvolvimento 2

8 – 9 linhas

Tópico-frasal para a tese 2 Explicação Exemplo Consequência Conclusão 7 – 8 linhas Retomada

Proposta de intervenção para a tese 1 Proposta de intervenção para a tese 2 Fechamento do texto

SUA REDAÇÃO DEVE TER ATÉ 30 LINHAS

3. 1 – Introdução

O parágrafo de introdução é o cartão de visita do seu texto, logo deve estar muito bem escrito e organizado. Você deve, inicialmente, apresentar uma contextualização do tema, ou seja, uma apresentação inicial que mostre que você compreendeu a proposta temática. Além disso, você deve apresentar o problema norteador do texto, pois, como vimos no capítulo 1, ninguém soluciona uma mera frase temática, mas sim uma problemática. Por fim, você também deve apresentar as teses que serão defendidas ao longo do texto, mas tenha cuidado, pois você deve apenas apresentá-las, e não já defendê-las. O espaço da argumentação é no desenvolvimento.

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Contextualização Problemática Apresentação das teses

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3. 1. 1 – Contextualização

A contextualização é uma das partes principais da sua redação. Pense comigo: Manoel é corretor do ENEM e terá que corrigir 40 redações em um dia. Se o seu texto for o 38º a ser corrigido, você acha que Manoel estará com 100% de disposição para corrigir ou já estará cansado? Exatamente! É óbvio que ele estará cansado. Sendo assim, se você começar o texto com uma contextualização interessante, Manoel vai ler com mais atenção e, talvez, até pegue leve na correção. Entretanto, se você começar o texto com uma contextualização clichê, do senso comum, ele, provavelmente, vai fazer uma lida rápida e atribuir uma nota mediana – por mais que os seus outros parágrafos estejam perfeitos. Lembre-se: a primeira impressão é, sim, a que fica. Contextualizar com alusão histórica, teorias de filósofos e sociólogos, dados estatísticos ou trechos de filmes, séries e músicas são ótimas maneiras de fazer uma contextualização chamativa. Por fim, é importante lembrar que você não pode fazer um contexto muito curto nem muito longo. 2 a 3 linhas são suficientes.

3. 1. 2 – Problemática

Por mais que a problemática, muitas vezes, já esteja presente de forma explícita na própria frase temática, você deve deixar claro na sua redação qual problema será discutido ao longo do seu texto. Caso não esteja explícita, você deverá criar uma problemática. Não se esqueça de ser simples, direto e objetivo. O leitor precisa ler e saber que o que você está apresentando é uma problemática, o assunto central do seu texto, aquilo que será solucionado na conclusão. Por exemplo, se o tema for ‘‘A desvalorização dos idosos no Brasil’’, a problemática já está bem explícita: os idosos são desvalorizados no Brasil. Entretanto, se o tema for ‘‘A valorização dos idosos no Brasil’’, você deverá criar uma problemática, que também pode ser: os idosos são desvalorizados no Brasil. Na primeira situação, o problema já estava presente no tema, enquanto na segunda situação foi necessário criá-lo. Independente de ter ou não um problema explícito no tema, você deve apontar a problemática na sua introdução – e de forma bem explícita. Uma excelente ferramenta para deixar a problemática do seu texto explícita é fazer uma oposição ao contexto. Por exemplo, ainda no tema dos idosos, você poderia fazer da seguinte forma: ‘‘De acordo com o artigo 3º,

inciso IV, da Constituição Federal de 1988, é objetivo fundamental da República Federativa do Brasil promover o bem de todos, sem

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preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Entretanto, tendo em vista à desvalorização da população idosa no país, percebe-se que tal objetivo não é alcançado.’’. O

uso de uma conjunção adversativa enfatiza ainda mais a apresentação da problemática do seu texto, configurando, então, uma excelente estratégia. Após contextualizar e apresentar a problemática, você deverá apresentar as teses.

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3. 1. 3 – Apresentação das teses

Como já vimos, tese nada mais é que uma opinião, um ponto de vista. Dentro da estrutura Redação Máxima, tese é o que ou quem você acha que causa a problemática, ou seja, continua sendo uma opinião, mas, agora, uma opinião mais direcionada à origem da problemática. Afinal, se existe um problema, existem agentes que causam o problema. No tema ‘‘A questão da doação de sangue no Brasil’’, por exemplo, a problemática, que não está explícita, seria ‘‘O número de doadores no Brasil é escasso’’ e as teses, isto é, os causadores dessa problemática, poderiam ser a falta de informação e a falta de empatia. Cada uma das teses será discutida em um parágrafo de desenvolvimento distinto. Particularmente, gosto de apresentá-las com um simples ‘‘Diante disso/Nesse

contexto, deve-se analisar como a (tese 1) e a (tese

2) causam/provocam a problemática em questão.’’, mas você pode usar

outras expressões. O importante é apresentar as teses de forma clara, direta, simples e objetiva.

3. 2 – Desenvolvimento

Embora você possa fazer apenas um parágrafo de desenvolvimento ou mais de dois, eu recomendo que você faça dois. Se você escreve apenas um, pode ser que o seu texto não fique tão argumentativo quanto deveria ser. Se você escreve mais de dois, cada um deles terá poucas linhas e, consequentemente, os seus argumentos serão artificiais. Logo, faça dois parágrafos. Cada um deles deve ter entre 8 a 9 linhas. Você deve começar apresentando brevemente o que será discutido no parágrafo em questão, ou seja, fazendo um tópico-frasal. Em seguida (num período distinto), você vai argumentar, ou seja, explicar ao leitor como e por que aquele causador apontado como responsável pela problemática causa o problema. Não se esqueça de fundamentar a sua argumentação com outras áreas do conhecimento e até mesmo com dados estatísticos. Após a explicação, exemplifique (trazendo o seu texto para a realidade, para o cotidiano do corretor) e finalize com uma consequência (é essa consequência que passará a noção de ‘‘fim de parágrafo’’ que vimos no estudo da Competência 3). Lembre-se que o primeiro causador a Lembre-ser discutido deve Lembre-ser aquele que você citou primeiro na apresentação das teses no final da introdução, enquanto o segundo causador será discutido no segundo desenvolvimento (respeitar a ordem do que foi apresentado também é importante para uma boa pontuação na Competência

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4). Por fim, devo ressaltar que, dependendo do tema, pode ser útil apresentar uma interdisciplinaridade no exemplo ou até mesmo na consequência.

Tópico-frasal Explicação

Exemplo Consequência

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3. 2. 1 – Tópico-frasal

O tópico-frasal nada mais é que uma síntese do que será discutido ao longo do parágrafo em questão, ou seja, um breve resumo. Na prática, você pode apenas apontar o causador que será discutido no parágrafo. Se você vai discutir, por exemplo, que a omissão da família é uma das causadoras dos casos de gravidez precoce, o seu tópico-frasal poderia ser ‘‘A omissão da família é uma das

principais responsáveis pelos casos de gravidez precoce.’’. Simples.

Atenção: você não precisa apresentar um conectivo no início do primeiro desenvolvimento, porém deve obrigatoriamente colocar no início do segundo. Esse conectivo deve ser um conectivo de adição, pois você estará discutindo um segundo causador. Vamos supor que o segundo causador dos casos de gravidez precoce seja a irresponsabilidade dos jovens. Você, então, pode fazer o tópico-frasal com um simples ‘‘Além disso/Ademais/Atrelada à negligência

da família, a irresponsabilidade dos adolescentes também é responsável pela problemática em questão.’’. Lembre-se de não argumentar, e sim apenas

apontar qual tese será discutida, pois esse é somente o tópico-frasal. Já li diversas redações em que o aluno quer antecipar toda a argumentação e incluir ainda no primeiro período do parágrafo de desenvolvimento (seja o primeiro ou segundo desenvolvimento). Você não pode fazer isso. Respeite a ordem lógica do seu texto. Respeite a organização da sua redação. O primeiro período deve contar apenas uma breve síntese. Somente no período seguinte é que você vai argumentar.

3. 2. 2 – Explicação

A explicação é uma das partes principais da argumentação, pois é através dela que você mostrará ao leitor como e por que o causador apresentado causa o problema, ou seja, o porquê de você defender a sua tese. No tópico anterior, apontamos a omissão da família como uma das responsáveis pelos casos de gravidez precoce. Após apresentarmos o tópico-frasal, poderíamos explicar o porquê dessa tese com um simples ‘‘Isso acontece porque, no séc. XXI,

muitos pais passam mais tempo no trabalho do que com os filhos. Assim, não há possibilidade de um diálogo mais sério entre a família, e um assunto que, infelizmente, ainda é um tabu, o sexo, acaba não sendo discutido.’’.

Simples. Você explicou e, agora, dará um exemplo e finalizará com uma consequência. Lembre-se de iniciar a sua explicação com um conectivo próprio

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para explicação, como ‘‘isso acontece porque’’, ‘‘isso ocorre porque’’ ou ‘‘isso porque’’. Atenção: muitas pessoas gostam de unir explicação, exemplo e consequência num único período. Não faça isso, pois ficará um período longo e você será, como vimos no capítulo anterior, duramente penalizado na competência 4. Faça períodos exclusivos para cada um dos itens.

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3. 2. 3 – Exemplo

Citar um exemplo em pelo menos um dos parágrafos do desenvolvimento é fundamental para trazer o seu texto para a realidade, pois você estará mostrando um caso do cotidiano que tenha relação com as teses levantadas e seus respectivos argumentos – pode ser até mesmo um trecho de um filme. Ainda no tema da gravidez precoce, se você está defendendo que a irresponsabilidade dos adolescentes causa essa problemática, você pode, como exemplo, relatar que muitos jovens preferem transar sem preservativo mesmo sabendo que podem engravidar ou contrair alguma doença. Ou seja, não precisa ser um exemplo completamente rebuscado que apareceu no Jornal Nacional. Basta ser algo que aproxime o texto ao cotidiano.

3. 2. 4 – Consequência

A consequência no final do parágrafo de desenvolvimento é essencial para fechar com chave de ouro a sua argumentação, pois ela passa a noção de discussão encerrada. Você já levantou a tese, explicou por que acredita que tal causador seja o causador da problemática, deu um exemplo e vai finalizar com uma consequência. Ou seja, não há espaço para o corretor contra-argumentar. Particularmente, quando é possível, gosto de apresentar um dado estatístico nessa parte, pois deixa o leitor mais impactado. É interessante, também, iniciar a sua consequência com um ‘‘Não é à toa, portanto, que’’. Você estará sendo completamente persuasivo com o ‘‘não é à toa’’ e passará a noção de parágrafo encerrado por causa do ‘‘portanto’’. Além dessa expressão, você também pode usar um simples ‘‘por consequência disso’’ ou ‘‘consequentemente’’. Apesar da minha preferência pelo uso de um dado estatístico na consequência, você também pode fazer uso de outras ferramentas que também são excelentes, como inclusive apresentar algum especialista no assunto. Essa consequência pode ser apresentada através de um simples ‘‘Consequentemente, conforme

esclarece o médico Dráuzio Varella, a prática de relações sexuais sem uso de preservativo potencializa a possibilidade de gravidez indesejada e até mesmo de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis.’’. Olha

aí! Encerramos o desenvolvimento de maneira excelente, não foi? Vamos, agora, estudar o parágrafo de conclusão.

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Com 7 ou 8 linhas, a conclusão, como o próprio nome já sugere, é o último parágrafo do seu texto. Justamente por ser o último, é comum que muitas pessoas o façam de qualquer jeito, pois escreveram os três primeiros parágrafos e já estão cansadas. Entretanto, você deve lembrar que é nesse parágrafo que estarão as suas propostas de intervenção, logo ele deve ser perfeito. Em resumo, você deve fazer uma retomada a tudo aquilo que foi

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discutido na sua redação, apresentar uma proposta de intervenção para o causador 1 e outra proposta de intervenção para o causador 2 e finalizar com o fechamento do texto. Lembre-se que você deve iniciar a conclusão com um conectivo próprio para conclusão, como ‘‘fica claro, portanto, que’’, ‘‘torna-se evidente, portanto, que’’ ou até mesmo um simples ‘‘portanto’‘.

Retomada

Proposta de intervenção para a tese 1 Proposta de intervenção para a tese 2

Fechamento do texto

3. 3. 1 – Retomada

A retomada nada é mais que um breve resumo de tudo o que foi discutido ao longo da sua redação. Na prática, você pode apenas relembrar quais foram as teses defendidas. Vamos supor, por exemplo, que você defendeu que a omissão da família e a negligência da escola são responsáveis pelos casos de bullying no Brasil. Sua retomada poderia ser um simples ‘‘Fica claro, portanto, que a

omissão da família e a negligência da escola são responsáveis pelos casos de bullying no país.’’. Por fim, é importante lembrar que a retomada deve ser

feita em no máximo duas linhas, afinal você ainda tem duas propostas de intervenção detalhadas e um fechamento do texto para escrever, né?

3. 3. 2 – Proposta de intervenção

Como já vimos, a obrigatoriedade de uma proposta de intervenção é a principal particularidade da redação do ENEM e vale até 200 pontos (Competência 5), ou seja, você deve apresentar excelentes soluções, que devem ser detalhadas e relacionadas ao tema e ao que foi discutido no texto. Sendo assim, se você defende que o causador A e o causador B são os responsáveis por uma determinada problemática, você precisa propor uma solução que faça o causador A deixar de causar essa problemática e outra solução que também faça o causador B deixar de causar. Siga a estrutura: quem deve fazer algo, em parceria com quem deve ser feito, o que deve ser feito, como deve ser feito e por que deve ser feito. Desse modo, suas soluções serão completamente detalhadas. Quanto aos agentes que irão promover a solução, você pode utilizar órgãos do Governo, como, por exemplo, o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde, a mídia, as escolas, as famílias, as ONGs. Fazer uso desses agentes

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é uma excelente ferramenta para deixar a sua solução bem detalhada. Lembre-se, por fim, que se você discutiu a tese A no primeiro desenvolvimento e a tese B no segundo, a primeira proposta de intervenção deve ser voltada para a tese A, enquanto a segunda deve ser voltada para a tese B. Atenção: você pode fazer uma única solução que sirva para as suas

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duas teses, porém recomendo fazer duas, pois, assim, ambas ficarão bem detalhadas.

3. 3. 3 – Fechamento do texto

Muitas pessoas, logo após apresentarem as propostas de intervenção, já encerram a redação. Eu, porém, prefiro e recomendo fazer um fechamento do texto. É a cereja do bolo. É aquilo que mostrará ao leitor que cada parte do seu texto foi pensada com muito cuidado. Esse fechamento não é nada complexo. Você pode finalizar a sua redação, por exemplo, com um simples ‘‘Dessa forma, a _ (problemática) deixará de fazer parte da realidade brasileira’’. Particularmente, acho mais atraente o fechamento do texto que faça uma conexão àquilo escrito na contextualização (o contexto da introdução), pois, assim, a redação será circular. Vamos supor, por exemplo, que o tema seja ‘‘A persistência do racismo na sociedade brasileira’’ e você contextualizou com uma teoria de autoridade, dizendo ‘‘Conforme defendeu o sociólogo Gilberto

Freyre, a pluralidade de crenças e de etnias que existe no país forma a singularidade do povo brasileiro, logo todas elas devem ser respeitadas’’.

Você poderá, para fazer um fechamento do texto que torne sua redação circular, dizer ‘‘Dessa forma (fazendo as propostas de intervenção que você mencionou),

a pluralidade de crenças e de etnias, bem como Freyre defendeu, será finalmente respeitada.’’. Percebe que não é nada complexo? Você conseguirá

deixar o leitor mais impactado e sensibilizado, aumentando suas chances de obter uma excelente nota, pois provará que tudo o que foi colocado na redação teve um propósito.

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CAPÍTULO 4

DICAS IMPORTANTES

Neste capítulo, você encontrará mais dicas essenciais para uma excelente nota na redação do ENEM.

4. 1 – Momento pré-texto

Muitas pessoas, assim que lêem qual a proposta temática da prova, já começam a escrever o parágrafo de introdução. Não faça isso! Se você quer fazer um bom texto - digno de obter mais de 900 – e sem perder muito tempo, você deve fazer o momento pré-texto. Na hora do ENEM, quando você ler o tema, já anote qual problemática será abordada em sua redação, quais serão as suas duas teses, quais interdisciplinaridades serão usadas dentro da defesa de cada uma das teses e, por fim, quais serão propostas de intervenção. Deixando tudo isso estabelecido antes mesmo de começar a escrever a redação, você já terá todo o seu texto montado. Assim, caso fique nervoso ou cansado durante o processo de produção, você não terá o famoso ‘‘branco’’ – e ainda poupará bastante tempo. Logo abaixo, você encontrará um modelo de como elaborar o seu momento pré-texto.

MOMENTO PRÉ-TEXTO

TEMA:

PROBLEMÁTICA:

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INTERDISCIPLINARIDADE 1: INTERDISCIPLINARIDADE 2:

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4. 2 – Título

No ENEM, o título é opcional. Você não será penalizado se não colocar, assim como não será agraciado caso coloque. Portanto, sinta-se à vontade. Caso queira colocar, lembre-se de posicioná-lo no meio da primeira linha do texto. Particularmente, não recomendo o uso do título. Embora algumas pessoas acreditem que ele pode ajudar a impressionar o leitor, eu ainda prefiro que você não coloque. Por dois motivos: o primeiro é que a chance de você apresentar um título que seja desconexo ao texto é muito grande – nesse caso, você não vai impressionar o leitor, mas sim fazer com que ele não goste do seu texto – e o segundo é que você irá perder uma linha da sua redação com algo que não vai servir para aumentar a sua nota. Você pode até achar que uma linha não faz falta, afinal ainda sobrarão vinte e nove, mas quando você começar a aplicar toda a técnica que está aprendendo aqui, nesta apostila, você vai perceber que cada uma das trinta linhas é importante.

4. 3 – Tamanho da letra

Tenha bastante cuidado com o tamanho da sua letra. Se for muito pequena, dificultará a leitura do corretor e sua redação poderá ser corrigida sem um mínimo de piedade. Afinal, ninguém gosta de forçar a vista para ler algo, ainda mais tendo que ler dezenas de redações, não é? Se for muito grande, em contrapartida, será ruim por dois motivos: seu texto será esteticamente desagradável (lembre-se que a primeira impressão é, sim, a que fica) e, principalmente, você perderá muitas linhas. Você deve, portanto, buscar o equilíbrio. Se você escreve com letra pequena, comece a fazer redações com uma letra um pouco maior. Se você escreve com letra grande, comece a fazer redações com uma letra um pouco menor.

4. 4 – Dados do texto de apoio

Como já vimos, copiar dados do texto de apoio mostrará ao leitor que você faz parte do senso comum. Sendo assim, evite ao máximo. Entretanto, particularmente, eu sempre copiei – e recomendo copiar – apenas os dados estatísticos, pois eles agregam muito valor à argumentação. No ENEM 2016, eu fiz isso e não perdi pontos na competência 2 e 3, ou seja, copiar dados estatísticos pode. Ressalto, porém, que não é legal copiar exatamente igual ao que está no texto de apoio. Se há um gráfico que mostre, por exemplo, que a

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chance de um homossexual ser assassinado no Brasil é, de acordo com o Grupo Gay da Bahia, 785% maior que nos EUA, você poderia arredondar esse número e dizer ‘‘maior que 750%’’ ou ‘‘aproximadamente 800%’’. Por mais que o corretor saiba que esse dado estava no texto de apoio, ele verá que você teve o bom senso de não copiá-lo exatamente igual. Evite, pelo menos, colocá- lo logo na introdução. Não esqueça, por fim, de dizer a fonte do dado, pois agregará mais credibilidade e mais força ao argumento.

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4. 5 – Rasuras

Por mais atencioso que você seja, é quase inevitável errar alguma palavra na hora da passar a redação para a folha oficial. Felizmente, de acordo com as redações nota 1000 que são divulgadas todos os anos, esse erro não faz a sua nota diminuir. Tente, porém, rasurar o mínimo possível para não poluir esteticamente a sua redação. Caso rasure, faça apenas um traço na palavra errada e escreva a palavra certa logo em seguida.

4. 6 – Pegadinhas na proposta temática

Os temas do ENEM são famosos pela forma como são elaborados. Não vai ser cobrado, por exemplo, ‘‘Homofobia’’, mas sim algo como ‘‘Os caminhos para combater a homofobia na sociedade brasileira’’. Não vai ser cobrado, por exemplo, ‘‘Má alimentação’’, mas sim algo como ‘‘Os efeitos da má alimentação’’. Não vai ser cobrado, por exemplo, ‘‘Transgênicos’’, mas sim algo como ‘‘Os transgênicos em questão no século XXI’’. Sendo assim, você deve ler com atenção a frase temática para saber qual recorte do tema que você deve dar ênfase. Independente da ‘‘roupagem’’ do tema, isto é, independente das expressões ‘‘caminhos para combater’’, ‘‘efeitos’’, ‘‘em questão’’, você pode seguir a estrutura que aprendeu no capítulo 3, pois ela abrange todas as roupagens possíveis de temas. Pode usar a estrutura sem medo. É muito comum, todos os anos, os alunos caírem nas pegadinhas da proposta temática. Em 2016, por exemplo, o tema foi ‘‘Caminhos para combater a intolerância religiosa’’, muitos alunos – erroneamente – pensaram que deveriam trazer propostas de solução para a intolerância religiosa durante todo o texto. Óbvio que não! Se fosse para apenas propor soluções, onde estariam as teses e os argumentos? Para propor soluções, você precisa primeiramente pontuar uma problemática (na introdução) e discutir seus causadores (nos desenvolvimentos). Somente depois disso tudo é que você vai propor as soluções (na conclusão). A mesma coisa serve para os temas que contém a expressão ‘‘os efeitos’’. Você não vai passar a redação inteira apontando consequências, não é? Você deve apresentar a problemática na introdução e discutir primeiramente os causadores nos desenvolvimentos para, somente depois disso tudo, apontar as consequências. Não se esqueça que, conforme vimos no capítulo anterior, temos um espaço exclusivo para apresentar as consequências no final dos desenvolvimentos, ou seja, independente de ter ou não ‘‘os efeitos’’ no tema,

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você vai apresentar as consequências. Diante disso, fica claro que você deve prestar bastante atenção nas palavras chaves do tema, pois, assim, terá certeza de que realmente escreverá aquilo que o ENEM quer que você escreva. Independente do recorte feito, porém, você já abordará a problemática, os causadores, as consequências, as formas de combate e tudo o que já vimos que deve estar na estrutura da sua redação. Ou seja, dificilmente você vai cair em alguma pegadinha da proposta temática ou fugir do tema.

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4. 7 – Quantidade X Qualidade

Muitas pessoas acreditam que escrever o máximo de redações ao longo do ano é o suficiente para obter uma boa nota. Isso não é verdade! Se você fizer uma redação por dia, por exemplo, mas não levá-la para correção e não reescrevê-la corrigindo erros cometidos, o esforço para escrever várias não adiantará muita coisa, pois você não saberá onde está errando. Assim, os erros se repetirão nos próximos textos. Uma redação por semana, portanto, é o suficiente. Escreva, leve para alguém corrigir (seu professor da escola, do cursinho ou até mesmo um site de correção online). Após receber a correção, veja quais foram os erros, estude como fazer da forma correta e reescreva seu texto. Qualidade é bem mais importante que quantidade.

4. 8 – Tempo para a produção textual

Uma boa redação é revisada diversas vezes pelo seu autor durante o processo de produção textual. Sendo assim, por mais que o tempo para realizar a prova do ENEM seja curto, você não pode fazer a redação tão rapidamente. Muitas pessoas, inclusive, não fazem nem o rascunho por não quererem perder tempo. Não cometa tal loucura! Isso é um tiro no próprio pé! Você deve, sim, fazer o momento pré-texto, escrever, ler e reler o rascunho diversas vezes e, por fim, passar a sua redação para a folha oficial. Todo esse processo deverá ter entre 1h e 1h30. Lembre-se: alguns minutos a mais perdidos no processo de produção textual são menos prejudiciais do que alguns pontos a menos na nota do seu texto. Portanto, respeite o tempo de produção da sua redação.

4. 9

– Possíveis teses

Conforme já vimos, a tese nada mais é que uma opinião, um ponto de vista. Dentro da nossa estrutura, a tese é quem, em sua opinião, causa a problemática apresentada. Sendo assim, depois de escrever diversas redações sobre os mais variados temas, eu comecei a notar que alguns causadores se repetiam. São eles: a herança histórico-cultural, a negligência das escolas, a negligência das famílias, o sistema capitalista, a negligência do poder público, o individualismo. Você já consegue pensar em quais temas poderia usar cada uma dessas teses? Você poderia usar a herança histórico-cultural como responsável pela persistência da homofobia, do machismo ou do racismo na sociedade brasileira contemporânea, por exemplo, afinal estamos diante de problemas que existem

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no Brasil desde a colonização. Você poderia usar a negligência das escolas como responsável pelos casos de bullying. Você poderia usar a negligência das famílias como responsável pelo baixo número de leitores no Brasil e até pelos casos de gravidez e alcoolismo precoce. Você poderia usar o sistema capitalista como responsável pelo consumismo desenfreado. Você pode usar a negligência do poder público como responsável pela má mobilidade urbana. Você pode usar o individualismo como responsável

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pelo escasso número de doadores de sangue. Enfim. Esses são apenas alguns exemplos. Tenho certeza de que você conseguiu pensar em diversas outras situações. Atenção: tratam-se apenas de possíveis teses que eu geralmente uso nas minhas redações. Sinta-se livre para escolher qual tese você quer usar nas suas.

4. 10 – Autocorreção

A autocorreção é um dos grandes segredos para obter uma excelente nota na redação do ENEM. Se você escreve seu texto na folha oficial assim que termina o rascunho, alguns erros poderão passar despercebidos. Sendo assim, é essencial que você revise sua redação, mas não com olhos de escritor, e sim com olhos de corretor, pois, dessa forma, você conseguirá ser mais crítico. Logo abaixo, você encontrará um esquema que ajudará na hora da autocorreção.

Introdução

1. O contexto utilizado é chamativo e com uso de uma interdisciplinaridade ou é um contexto clichê e do senso comum? Ele tem relação com o tema da redação? 2. Você apresentou problemática? Essa problemática foi apresentada de forma

explícita? Existiu uma transição harmônica entre o contexto e a problemática? 3. A apresentação das teses está simples e objetiva? Você antecipou os

argumentos?

4. Os períodos estão claros? Estão bem amarrados? Há ambiguidades ou repetição de palavras?

Desenvolvimento

1. O tópico frasal apenas apresenta qual tese será defendida ao longo do parágrafo ou você se antecipou e já foi logo argumentando?

2. A explicação, o exemplo e a consequência ajudam a defender a tese levantada? 3. O parágrafo apresenta interdisciplinaridades ou apenas apresenta ideias do

senso comum?

4. A tese trabalhada no primeiro desenvolvimento foi a primeira tese apresentada na introdução ou você cometeu erro de coerência e inverteu a ordem das teses? 5. As ideias estão bem amarradas? Há um amplo repertório de conectivos ou você

usou apenas os mesmos?

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1. Há uma retomada a tudo o que foi discutido ou você já se apressou e apresentou as propostas de intervenção no primeiro período do parágrafo?

2. O parágrafo começou com um conectivo próprio de início de conclusão?

3. A primeira proposta de intervenção está detalhada? Você consegue identificar o que deve ser feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito e por que deve ser feito? Essa primeira proposta é voltada para a primeira tese defendida?

4. A segunda proposta de intervenção também está bem detalhada? Está voltada para a segunda tese defendida ou você cometeu erro de coerência e inverteu a ordem?

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REDAÇÃO MODELO

Tema: A questão da doação de sangue no Brasil

[CONTEXTO] De acordo com o Ministério da Saúde, menos de 2% da sociedade

brasileira doa sangue regularmente. Embora a quantidade coletada anualmente

seja considerada suficiente, [PROBLEMÁTICA] o número de doadores é menor

que o recomendado pela Organização das Nações Unidades, que é entre 3% e 5%.

[APRESENTAÇÃO DAS TESES] Nesse contexto, deve-se analisar como o

individualismo e a falta de informação influenciam na problemática em questão.

[TÓPICO-FRASAL PARA A TESE 1] O exacerbado individualismo é o principal

responsável pelo escasso número de doadores de sangue no país. [EXPLICAÇÃO]

Isso acontece porque, na pós-modernidade, conforme defende o sociólogo Zygmunt Bauman na obra ‘‘Amor Líquido’’, as pessoas buscam não se envolver nas relações interpessoais que desenvolvem ao longo da vida. [CONSEQUÊNCIA] Em decorrência dessa fragilidade nos laços afetivos, o individualismo é potencializado e a maioria da população acaba, muitas vezes, não se importando com pessoas que precisam de transfusão sanguínea e, então, não contribui com um simples, porém grande, gesto de compaixão.

[TÓPICO-FRASAL PARA A TESE 2] Além disso, nota-se, ainda, que a falta de

informação sobre o processo de doação também é responsável pelos baixos

índices de doadores. [EXPLICAÇÃO] Isso acontece porque, segundo Naura Faria,

chefe de atendimento ao doador do hemocentro coordenador do Estado do Rio de Janeiro, a doação de sangue no Brasil ainda é cercada de mitos. [EXEMPLO]

Muitas pessoas, por exemplo, acreditam – erroneamente – que, ao doarem uma

vez, precisarão doar sempre. Ademais, também acreditam que poderão contrair

alguma doença infecciosa durante a coleta e até engordar. [CONSEQUÊNCIA] Por

consequência disso, o ato de doar sangue torna-se cada vez mais distante da realidade dos brasileiros.

[RETOMADA] Torna-se evidente, portanto, que a questão da doação de sangue no

país precisa ser revista. [PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA A TESE 1] Em

razão disso, o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, deve incluir a disciplina de Ética e Cidadania no currículo dos ensinos infantil, fundamental e médio. Tal disciplina, com o intuito de desconstruir o individualismo, deverá disseminar o hábito da empatia. [PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA A TESE 2] Ademais, o Ministério da Saúde deve, nos meios de comunicação, disseminar propagandas que incentivem e informem à população sobre o processo de

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número recomendável pela ONU e a doação de sangue deixará de ser uma problemática.

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30 SUGESTÕES TEMÁTICAS

1. Como combater a LGBTfobia na sociedade brasileira? 2. A questão indígena no Brasil contemporâneo

3. Como combater a alimentação irregular no Brasil?

4. A importância da educação financeira na sociedade contemporânea 5. O aumento da expectativa de vida no Brasil

6. Ansiedade e depressão em questão no mundo contemporâneo 7. A importância do empreendedorismo no mercado de trabalho 8. Desafios para combater o assédio sexual infantil no Brasil 9. Os desafios da mobilidade urbana no Brasil

10. Gravidez precoce em questão na sociedade brasileira 11. A questão dos transgênicos no século XXI

12. A importância da leitura para formação crítica do indivíduo 13. Como reduzir o número de lixo plástico na sociedade brasileira? 14. A questão da violência urbana no Brasil

15. A questão da automedicação na sociedade contemporânea 16. Desafios na saúde pública brasileira

17. Como combater o preconceito linguístico no Brasil? 18. Como garantir a inclusão social dos moradores de rua? 19. Novas formas de trabalho escravo no mundo contemporâneo 20. As consequências da pirataria para a sociedade

21. A questão da doação de sangue no Brasil

22. Os desafios da doação de órgãos na sociedade brasileira 23. Os efeitos da cultura do ódio na internet

24. Como combater o bullying nas escolas brasileiras? 25. Como garantir a preservação dos biomas brasileiros? 26. Desafios para a inclusão social de pessoas com autismo 27. Doenças sexualmente transmissíveis em questão no Brasil 28. Os jovens e o consumo de drogas no Brasil

29. Caminhos para reduzir o analfabetismo funcional no Brasil 30. Desafios para a adoção no Brasil