ESCOLA SUPERIOR DOM HELDER CÂMARA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
MESTRADO EM DIREITO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Rua Álvares Maciel, 628 – Santa Efigênia – CEP 30.150-250 - Belo Horizonte – MG
Tel.: (31) 2125-8800 – e-mail: secposgraduacao@domhelder.edu.br
PLANO DE ENSINO Disciplina: Direito Constitucional Ambiental
Créditos: 03 Linha de Pesquisa: Direito, planejamento e desenvolvimento sustentável
Professor(a) Dr(a): Beatriz Souza Costa (biaambiental@yahoo.com.br ) EMENTA
Fundamentos históricos e constitucionais do Direito Ambiental. Direito Fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Princípios constitucionais do Direito Ambiental Brasileiro. Federalismo e meio ambiente. Interesses difusos e coletivos. Princípios gerais da atividade econômica e o Direito Constitucional Ambiental. Bens ambientais. Objeto da tutela ambiental brasileira quanto: a) ambiente natural, b) ambiente artificial, c) ambiente cultural, d) ambiente do trabalho, e) patrimônio genético.
PROGRAMA/CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Conforme abaixo.
OBJETIVO GERAL
Discutir criticamente, eticamente os princípios do Direito Constitucional Ambiental que visam à proteção das presentes e futuras gerações do país. Demonstrar a importância do Dir. Constitucional Ambiental que determina a busca de alternativas viáveis para o desenvolvimento social, ambiental e econômico, em uma sociedade fluída e complexa do século XXI.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Desenvolver o espírito crítico e reflexivo, do aluno mestrando, sobre os temas ambientais da atualidade, de forma a contribuir com pesquisas para encontrar soluções viáveis para os problemas socioambientais, tendo em vista o conhecimento teórico da disciplina. Comparar o desenvolvimento ambiental, em situações correlatas, de outros países e aplicar no país o que lhe seja viável e coerente, no que seja relativo à proteção da fauna, flora. Aplicação dos princípios constitucionais ambientais para proteção socioambiental. Verificar a efetividade do licenciamento ambiental em empreendimentos de grandes portes. Pesquisar o desenvolvimento e a proteção do patrimônio cultural, como um dos fatores de identidade nacional. Comparar com os países da América do Sul, Bolívia, Peru e Paraguai como é tratado a privatização dos recursos hídricos. Constatar se as ações constitucionais ambientais, brasileiras, têm sido efetivas para quais foram criadas.
METODOLOGIA ADOTADA
As aulas serão ministradas em forma de seminários. Cada mestrando deverá ministrar uma aula, entregando obrigatoriamente ao professor regente e a cada colega participante do curso de Mestrado, necessariamente no dia da apresentação, seu plano de aula, antes do início da exposição. O tema da aula será atribuído ao mestrando, na primeira sessão do semestre, e poderá estar vinculado ao tema que deverá ser desenvolvido pelo mestrando em seu trabalho de dissertação, ou fazer parte dela, sob as normas da ABNT. Para cada aula será designado, (dependendo do número de alunos em sala), um aluno-expositor, que ministrará aula sobre o tema atribuído. Deverá o aluno-expositor trazer o tema escrito e fazer exposição oral, relativo ao tema examinado, que seja importante à compressão da matéria por ele exposta. Sua exposição será feita com base em suas anotações, obviamente, deverá estar estruturado na bibliografia, evitando a leitura o máximo possível. O texto servirá como apontamentos, para consulta. Ao início da aula em que a exposição for feita pelo aluno-expositor, será sorteado um aluno-revisor, ao qual caberá focalizar pontos e questões que não foram relatados, ou bem relatados, pelo(s) aluno-expositor(es) ou foi expressa de forma inadequada. Os demais alunos serão debatedores, e poderão ser convocados para manifestação a qualquer momento, pelo Professor-regente. Sumary: Em cada seminário haverá: 1 ou 2 alunos-expositores (indicado livremente na primeira aula do início do semestre), 1 aluno-revisor (sorteado na aula); alunos-debatedores (os demais), chamados à intervenção pelo professor-regente, para prestarem esclarecimentos sobre o tema, a qualquer momento, e por isso também serão avaliados, ou seja a participação. Isso significa, logicamente, que todos deverão ler a bibliografia sobre o tema do dia, principalmente a bibliografia obrigatória.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Apresentação de Seminário; Desenvolvimento de artigos e envio para Revistas científicas; Avaliação Individual e Participação nos debates.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita com base em um trabalho escrito, apresentação de seminário, participação e envio de artigo para Revistas com qualis, até B4: 1º) Os mestrandos deverão elaborar 1 (um) comentário crítico a decisões judiciais/acórdãos sobre qualquer um dos pontos do programa: entrega digital e impressa. Deverá ser entregue a decisão/acórdão, bem como os comentários do aluno contendo anotações pessoais, assim como doutrinas visando embasar a fundamentação de referido comentário, em forma de artigo. O artigo será corrigido por duas vezes e avaliado em (50 pontos no total). Ver forma dos artigos do CONPEDI. Participação em sala de aula (15 pontos). Envio, comprovado, de artigo científico para Revistas qualis “B1”,B2, B3 ou B4 remetido para a professora da disciplina (5 pontos), envio obrigatório. 2º) Apresentação do seminário em sala (30 pontos). Total: 100 (cem pontos). Os artigos devem conter citação da Revista Veredas do Direito, último volume.
BIBLIOGRAFIA
1. ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. Trad. Virgílio Afonso da Silva. São Paulo: Malheiros, 2008.
2. ALMEIDA, Gregório Assagra de. Direito processual coletivo Brasileiro- um novo ramo do Direito processual. São Paulo: Saraiva, 2003.
3. ANGELO, Mary Jane at al. Food, agriculture and environmental law. Washington: Environmental law institute, 2013.
4. ANTUNES, Paulo de Bessa. Federalismo e competências ambientais. 2. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2015.
5. ANTUNES, A. Pinassi; SHEPARD JUNIOR, G. Harvey; VENTICINQUE, E. Martins. O comercio internacional de peles silvestres na Amazônia brasileira no século XX. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi- Ciências Humanas, vol.9 n.2 Belém maio/ago, 2014.
6. AUGUSTIN, Sérgio; STEINMETZ, Wilson (Org.). Direito constitucional do ambiente: Teoria e aplicação. Caxias do Sul: EDUCS, 2011.
7. AYALA, Patryck de Araújo. Devido processo legal e o direito fundamental ao meio ambiente. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
8. BECHARA, Érika. Licenciamento ambiental e compensação ambiental. São Paulo: Atlas, 2009.
9. BENJAMIN, Antônio Herman (Coord.). Dano ambiental - prevenção, reparação e repressão. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1993.
10. CANOTILHO, José Joaquim Gomes; LEITE, José Rubens Morato (Org.). Direito constitucional ambiental brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2007.
11. CARSON, Rachel. Silent spring. 20. ed. New York: Houghton Mifflin Company, 1994.
12. CARVALHO, Cláudio Elias et al. Energia, recursos naturais e a prática do desenvolvimento sustentável. São Paulo: Manole, 2005.
13. COSTA, Beatriz Souza; CAMATTA, Adriana F. Antunes. Plano Nacional de Saneamento Básico: Instrumento fundamental para a reconquista da capacidade diretiva do estado na condução das políticas Públicas que envolvem o setor de saneamento. In: MARÉS FILHO, Carlos F.; CAMPELLO, Lívia G. B.; PADILHA, Norma S. (Coord.). Direito Ambiental e Socioambientalismo. Florianópolis: CONPEDI, 2015.
14. COSTA, Beatriz Souza. Meio ambiente como direito à vida: Brasil, Portugal, Espanha. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016.
15. ____________________. O Gerenciamento econômico do minério de ferro como bem ambiental no direito constitucional brasileiro. Belo Horizonte: Fiúza, 2009.
16. ___________________. Empreendimentos em unidades de conservação. In: AHMED, Flávio; COUTINHO, Ronaldo (Coord.). Tutela jurídica das áreas protegidas – Lei n. 9985/2000. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
17. COSTA, Beatriz Souza; REIS, Émilien Vilas Boas; OLIVEIRA, Márcio Luís de.
Fundamentos Filosóficos e Constitucionais do Direito Ambiental.
Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016.18. CORY, C. Dennis: RAHMAN, Tauhidur. Environmental justice and federalism. Cheltenhamvk: Edward Elgar, 2012.
19. CUSTÓDIO, Helita Barreira. Responsabilidade civil por danos ao meio ambiente. São Paulo: Millennium, 2006.
20. DEUS, Teresa Cristina de. Tutela da flora em face do direito ambiental brasileiro. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2003.
21. DERANI, Cristiane; Gonçalves Neto. Economia Aberta e Mundo Fechado: A construção de uma regra ideal para a segurança ambiental. In: DERANI, Cristiane; SCHOLZ, Mariana C. (Orgs). Globalização e as Novas Perspectivas do Direito Ambiental Econômico. Curitiba: Multideia, 2015.
22. ECHEVARRÍA, Juan Claudio Morel. Ambiente y cultura como objetos del derecho. Buenos Aires: Quorum, 2008.
23. ENRIQUEZ, Maria Amélia. Mineração maldição ou dádiva? Os dilemas do desenvolvimento sustentável a partir de uma base mineira. São Paulo: Signus, 2008.
24. FARIAS, Paulo José Leite. Competência federativa e proteção ambiental. Porto Alegre: Sergio Antônio Fabris, 1999.
25. FIQUEIREDO, Guilherme José Purvin de. A propriedade no direito ambiental. 3. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008.
26. FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Licenciamento ambiental. São Paulo: Saraiva, 2011.
27. FOSTER, Caroline E. Science and the precautionary principle in international courts and tribunals. Chicago: Cambrige, 2011.
28. FRAGA, Jesús Jordano. La protección Del derecho a um médio ambiente adecuado. Barcelona: José Maria Bosch, 1995.
29. GUERRA, José Baltazar Salgueirinho Osório de Andrade; YOUSSEF, Youssef Ahmad (Org.). As Energias Renováveis no Brasil: Entre o mercado e a universidade. Palhoça: Ed. Unisul, 2011. 30. GUERRA, Eduardo José Mitre. El derecho al agua: Naturaleza jurídica y protección legal en
los âmbitos nacionales e internacional. Madrid: Lustel, 2012.
31. KISS, Alex and SHELTON, Dinah L., Strict Liability in International Environmental Law. GWU Legal Studies Research Paper No. 345; GWU Law School Public Law Research Paper No. 345, 2007. Available at SSRN: http://ssrn.com/abstract=1010478.
32. LEITE, José Rubens e DANTAS, Marcelo B. Aspectos processuais do Direito Ambiental. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
33. LEMOS, Patrícia Faga Iglecias. Meio Ambiente e Responsabilidade Civil do Proprietário. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.
34. LOUREIRO, Luiz Gustavo Kaercher. Constituição, energia e setor elétrico. Porto Alegre: SAFE, 2010.
35. MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. 26. ed. Malheiros: São Paulo, 2018.
36. __________________________. Legislação Florestal (Lei 12.651/012) e Competência e Licenciamento Ambiental ( Lei Complementar 140/2011). São Paulo: Malheiros, 2012. 37. __________________________. Recursos Hídricos – Direito brasileiro e internacional. São
Paulo: Malheiros, 2002.
38. MATEO, Ramón Martín. Tratado de derecho ambiental. Madrid: Trivium, 1991, v. I-II-III.
39. MARQUES, José Roberto. Meio ambiente urbano. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011.
40. ––––––––––––––––––––. (org.). Sustentabilidade e Temas Fundamentais de Direito Ambiental. São Paulo: Millennium, 2009.
41. MAY, James R. Principles of constitutional environmental law. Chicago: American Bar Association, 2011.
42. MEIRELES, Hely Lopes; WALD, Arnold; MENDES, Gilmar Ferreira. Mandado de Segurança e Ações Constitucionais. 32. ed. Rev. Ampl. Atualizada. São Paulo: Malheiros, 2009.
43. MEDEIROS, Fernanda Luiza Fontoura. Meio ambiente direito e dever fundamental. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004.
44. MILARÉ, Édis. Direito do ambiente. 9. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2014.
45. MIRANDA, Marcos Paulo de Souza. Tutela do patrimônio cultural brasileiro-doutrina-jurisprudência- legislação. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.
46. MOREIRA, Lilian Maria Ferreira Marotta. Proteção Jurídica da Fauna Silvestre no Brasil. Belo Horizonte: Editora Dom Helder, 2015.
47. NORTON, Lyssandro Siqueira. Qual o Valor do Meio Ambiente? Previsão de parâmetros para a valoração econômica do bem natural impactado pela atividade minerária. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017.
48. MUKAI, Toshio. Direito Urbanistico e Ambiental. 4. Ed. Belo Horizonte: Fórum, 2010.
49. PADILHA, Norma Sueli. Fundamentos constitucionais do direito ambiental brasileiro. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
50. PAULA, Jônatas Luiz Moreira de. Direito processual ambiental. Porto Alegre: SAFE, 2009.
51. PIVA, Rui Carvalho. Bem ambiental. São Paulo: Max Limonad, 2000.
52. PRIEUR, Michel. Droit de l’environnement. 3. ed. Paris: Dalloz, 1996.
53. QUAGLIA, Maria de Lourdes Albertini. A efetividade dos julgados da OMC em matéria ambiental: Uma análise à luz da teoria construtivista. Belo Horizonte: Arraes, 2012.
54. ROLNIK, Raquel; KLINK, Jeroen. Crescimento econômico e desenvolvimento urbano: por que nossas cidades continuam tão precárias?. Novos Estudos-CEBRAP, n. 89, São Paulo, mar, 2011, p. 89-109.
55. SAMPAIO, José Adércio Leite et al. Princípios de direito ambiental – na dimensão internacional e comparada. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.
56. SARLET, Ingo Wolfgang. FENSTERSEIFER, Tiago. Direito constitucional ambiental- Constituição, Direitos Fundamentais e a proteção do ambiente. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
57. SCHLOSBER, David. Defining Environmental Justice: Theories, movements, and nature. New York: Oxford University, 2007.
58. SENRA, J. BOSCO; PAULA JUNIOR, F.; BAPTISTA, M. BENEDITO; NASCIMENTO, E. Pinheiro. Governança das Águas e Avaliação sobre a Participação Social na Elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos. In: THEODORO; H. D.; MATOS, F. (Orgs). Governança de Recursos Hídricos: Experiências Nacionais e Internacionais de Gestão. Belo Horizonte: D’Plácido, 2015.
59. SILVA, José Afonso da Silva. Direito ambiental constitucional. 10. ed. São Paulo: Malheiros, 2013.
60. STEIGLEDER, Annelise Monteiro. Responsabilidade Civil ambiental- as dimensões do dano ambiental no direito brasileiro. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004.
61. STONE, Christopher D. Should trees have standing? And other essays on law, morals and the environment. New York: Oceana Publications, 1996.
62. STRECK, Lenio Luiz. Verdade e Consenço. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
63. WILLIAMS, Bruce A.; MATHENY, Albert R. Democracy, dialogue, and environmental disputes: The contested languages of social regulation. London: Yale University, 1995.
64. WOOD, Mary Christina. Nature’s Trust: environmental law for a new ecological age. Chicago: Cambridge, 2014.