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O MERCADO DAS COOPERATIVAS HABITACIONAIS E AS PECULIARIDADES EXISTENTES NO SEU PROCEDIMENTO DE DISSOLUÇÃO

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Academic year: 2021

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

COORDENAÇÃO ADJUNTA DE TRABALHO DE CURSO ARTIGO CIENTÍFICO

O MERCADO DAS COOPERATIVAS HABITACIONAIS E AS PECULIARIDADES EXISTENTES NO SEU PROCEDIMENTO DE DISSOLUÇÃO

ORIENTANDA: LAÍS DE MATOS CAMPOS

ORIENTADOR: PROF.: JOSÉ QUERINO TAVARES NETO

GOIÂNIA-GO 2021

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LAÍS DE MATOS CAMPOS

O MERCADO DAS COOPERATIVAS HABITACIONAIS E AS PECULIARIDADES EXISTENTES NO SEU PROCEDIMENTO DE DISSOLUÇÃO

Projeto de Artigo Científico apresentado à disciplina Trabalho de Curso II, da Escola de Direito e Relações Internacionais, Curso de Direito, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGOIÁS).

Prof. Orientador: José Querino Tavares Neto

GOIÂNIA-GO 2021

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LAÍS DE MATOS CAMPOS

O MERCADO DAS COOPERATIVAS HABITACIONAIS E AS PECULIARIDADES EXISTENTES NO SEU PROCEDIMENTO DE DISSOLUÇÃO

Data da Defesa: 31 de maio de 2021.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________ Professor Doutor José Querino Tavares Neto

Nota:

______________________________________________________ Examinadora Convidada: Profa.: Marina Zava de Faria

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O MERCADO DAS COOPERATIVAS HABITACIONAIS E AS PECULIARIDADES EXISTENTES NO SEU PROCEDIMENTO DE DISSOLUÇÃO

Laís de Matos Campos1

RESUMO

Analisar o mercado brasileiro de cooperativas habitacionais. Analisar as espécies de dissolução societária cabíveis às cooperativas habitacionais. Compreender a existência e constituição das cooperativas habitacionais nos termos do Ordenamento Jurídico Brasileiro. Entender o funcionamento e procedimentos de dissolução. Entender a problemática envolvendo a Lei nº 11.101/05. Analisar, por meio da pesquisa qualitativa e quantitativa, a resolução de questões específicas, como as regras incidentes, consequências e minuciais do procedimento de dissolução. Espera-se demonstrar as causas e conEspera-sequências do encerramento das cooperativas habitacionais, enfatizando o quanto essas sociedades vêm ganhando terreno.

Palavras-chave: Direito imobiliário. Cooperativas habitacionais. Dissolução. Liquidação.

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INTRODUÇÃO

Desde os primórdios da humanidade, as pessoas têm se reunido na busca de interesses em comum, com o objetivo de facilitar as conquistas e o acesso a determinados anseios. Como sozinho nem sempre é possível atingir o resultado esperado, o espírito do cooperativismo ganhou força e contundência ao criar regras, obrigações, direitos e determinações, permitindo a união de pessoas com desejos similares.

Neste sentido, tem-se o crescimento exponencial das cooperativas habitacionais no mercado brasileiro, com o objetivo da construção da casa própria entre os associados.

Considerando tal condição, o presente artigo entendeu por bem tratar acerca do mercado das cooperativas habitacionais e demonstrar a existência de algumas peculiaridades existentes no seu procedimento de dissolução societária, discorrendo, ainda, sobre o conflito entre a Lei de Recuperação Judicial (Lei nº 11.101/2005) e a Lei da Política Nacional do Cooperativismo (Lei nº 5.764/1971).

Assim, o presente projeto buscará, através do método qualitativo, pautado na revisão de bibliografia e análise dos apontamentos legais, e do método quantitativo, pautado na compreensão de sua existência, crescimento e influência no mercado, demonstrar como o mesmo vem ganhando espaço e chegando ao objetivo final de compreender o funcionamento do procedimento de dissolução societária das cooperativas habitacionais.

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1. A EXISTÊNCIA DAS COOPERATIVAS HABITACIONAIS

Com o crescente cooperativismo no mercado brasileiro, o Direito Imobiliário abordou a estruturação legal das cooperativas habitacionais, estabelecendo a sua existência, constituição e, complementando Direito Econômico, seus procedimentos de dissolução societária.

1.1. A relação entre o social e o econômico: O cooperativismo como princípio das cooperativas

Antes de ingressar no âmago da questão, mostra-se pertinente discorrer acerca da existência do espírito e da posição ideológica da solidariedade que permeia a concepção, os objetivos e as características da sociedade cooperativa.

O cooperativismo é uma doutrina pautada pela forte presença do marxismo socialista, que amadureceu na Inglaterra com a Revolução Industrial, quando o capitalismo predominava com a ideologia da economia liberal do “laissez-faire,

laissez-passer”, que contribuiu para a concentração dos fatores de produção nas

mãos de grandes produtores, enquanto à classe proletária restou a força de trabalho, havendo descaso com as condições físicas e psicológicas (WALMOR, 1973).

Assim, em Rochdale, na Inglaterra de 1844, como possível forma escapismo ao liberalismo exacerbado, um grupo de trabalhadores uniu-se para adquirir produtos conjuntamente, reduzindo a incidência de altos impostos e taxas, barateando os preços e facilitando o consumo (LEOPOLDINO, 2011).

Com o espírito de cooperação mútua e auxílio, os trabalhadores acabaram unindo seus esforços no objetivo de comungar interesses próprios e buscar a prosperidade dos seus associados. Aos poucos, com o sucesso do empreendimento, foram criados e disseminados princípios, estatutos e organizações próprias para reger a estrutura do cooperativismo. Por essa razão, diz-se que seu ideal sobreveio de doutrinas marxistas socialistas (LEOPOLDINO, 2011).

Neste cenário, o aumento dos ideais marxistas e da luta em prol de melhores condições de trabalho fez surgir os doutrinadores, denominados socialistas utópicos, destacando-se Robert Owen (1771-1885), considerado o “pai do

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cooperativismo”, por atuar na melhora da qualidade de vida do proletariado ao construir e disseminar os ideais e princípio cooperativistas (BASSO; ROSA, 2019).

Com sua ação e intuito de manter, em meio ao liberalismo da época, os ideais dos socialistas utópicos, a doutrina de Robert Owen permitiu aos trabalhadores usarem da própria liberdade para fomentar uma propriedade comunitária, construída por meio de um trabalho coletivo. Neste perfil inicial do cooperativismo, havia a solidariedade de todos os envolvidos, que utilizavam as economias do momento para o crescimento conjunto, pois, isolados, as possibilidades eram mínimas.

Por essa razão, para alguns autores, como Cenzi (2011, p. 20), a existência do cooperativismo como compreendido na atualidade foi o “resultado de reações que procuravam atenuar ou suprimir desequilíbrios econômicos e sociais surgidos do liberalismo econômico”. Assim:

O sistema cooperativo, inicialmente criado e utilizado na Inglaterra, na forma de cooperativas de consumo, possui características próprias e se fundamenta nos valores humanos e na dignidade pessoal; é, atualmente, meio de adequação a um sistema econômico-social, que intenta, na união de pessoas com objetivos semelhantes, a diminuição dos custos e riscos de uma sociedade empresarial, baseada em princípios cooperativos, tais como a intercooperação e controle democrático dos sócios. (LEOPOLDINO, 2011, p. 142).

No mesmo sentido, importa mencionar que esse espírito e disposição torna as cooperativas uma das espécies de “sociedade de pessoas e não de capital”, de modo que ela “não está voltada ao lucro, embora tenha fins econômicos-sociais”. Assim, enquanto “associação de pessoas, estas assumem o papel de sócios, usuários e clientes ao mesmo tempo, resultando daí o afastamento do intermediário” na relação econômica, “bem como, o objetivo do lucro, típico das sociedades de capital” (CENZI, 2011, p.19).

No sentido proposto pelo referido autor, o que acaba por retirar dessa espécie de sociedade o seu caráter capitalista é justamente o objetivo ao qual ela se destina, ou seja, ela não está buscando fornecedores, consumidores ou consolidar parcela do mercado (concorrência), ao contrário, ela está empreendendo esforços no intuito de permitir, auxiliar e fazer com que cada um dos seus associados, dentro das regras entabuladas entre eles, possa conquistar o mesmo resultado comum. Bem preceitua Franke Walmor (1973, p.1):

O fundo ético do sistema cooperativo traduz-se no lema: “Um por todos, todos por um”, que é uma aplicação particular do princípio de solidariedade, a cujo império fica submetida a atividade dos cooperadores. Costuma-se dizer, por

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isso, que o cooperativismo se identifica com o solidarismo, em contraste com o capitalismo que, na sua forma histórica mais extremada, tem caráter marcadamente individualista.

No cenário brasileiro, o instituto não demorou a encontrar terreno e espalhar raízes. Dessa forma, não tardou para que as primeiras legislações que tratassem do assunto fossem criadas, resguardando a liberdade de associação, dentre diversos outros pontos e fatores que foram adaptados ao longo do tempo, até a atualidade.

1.2. As cooperativas no atual cenário brasileiro

A legislação cooperativista brasileira iniciou-se com a promulgação da Lei nº 5.764, que definiu a Política Nacional do Cooperativismo e instituiu o regime jurídico das sociedades cooperativas. Todavia, referida lei é anterior à Constituição Federal (1988) e ao Código Civil (2002) vigentes, de modo a se questionar se ela restou recepcionada por essas normas ou se foi tacitamente revogada, vez que não há revogação expressa.

A análise apresentada permitirá a compreensão de como a legislação foi recepcionada e continua sendo a norma específica das sociedades cooperativas.

Assim, adentrando ao objeto da presente pesquisa, é importante mencionar que alguns pontos ganharam força com a vigência da Constituição Federal de 1988, sendo a liberdade um dos principais princípios, disposta no inciso XX do artigo 5º, que determina que nenhuma pessoa será compelida a associar-se ou manter-se associada (BRASIL, 1988). Tal fundamento esclarece que é associado aquele que assim o deseja, desde que aceite as disposições estipuladas e respeite o objetivo da cooperativa, sob o risco de possíveis sanções.

Ademais, a Constituição Federal, buscando garantir e condicionar a efetividade da liberdade de cada pessoa que deseja se manter associado, dispôs no inciso XVIII do seu artigo 5º que “a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento” (BRASIL, 1988).

Por sua vez, com a promulgação do Código Civil Brasileiro, estabeleceu-se que as cooperativas não serão consideradas sociedades empresárias. Assim,

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independentemente de qual seja seu objeto ou sua organização, serão sempre consideradas sociedades simples, por determinação legal (BRASIL, 2002).

O diploma civilista esclareceu, ainda, que a sociedade cooperativa seguirá o parâmetro das normas civis, “ressalvada a legislação especial”, recepcionando, assim, a norma específica de 1971, de modo que ambas aplicam-se às cooperativas, cada qual naquilo que disciplinou (BRASIL, 2002).

Assim, o Código Civil buscou dispor acerca das principais características do cooperativismo (art. 1.094), autorizando, também, a possibilidade de escolha do tipo de responsabilidade (art. 1.095), se limitada, quando “o sócio responde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações, ou ilimitada, quando “o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais” (BRASIL, 2002).

Apesar das disposições genéricas, a norma civil torna clara e palpável a daqueles que desejam fazer parte da cooperativa compreenderem como ser dará cada espécie de responsabilidade, permitindo a organização e estruturação da atividade a partir dessas condicionantes.

Portanto, é visível que as Constituição Federal trouxe garantias gerais, enquanto o Código Civil lapidou e aparou as arestas da Lei nº 5.764, de 1971, que ainda é a legislação que disciplina, quase em sua integralidade, a existência das cooperativas e da Política Nacional do Cooperativismo, dispondo sobre a composição do seu estatuto social, seus livros, órgãos obrigatórios e não-obrigatórios e sua consequente dissolução e liquidação, objeto específico dessa pesquisa que se abordará em momento sequente.

Assim, seguindo os dizeres do cooperativismo e as determinações legais entabuladas na Lei nº 5.764, de 1971, as cooperativas podem ser definidas como “sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil”, pois, em atenção ao Código Civil, não serão empresárias, sendo “constituídas para prestar serviços aos associados”, possuindo, portanto, uma finalidade específica (BRASIL, 1971).

Nesse sentido, seguindo as palavras de Gladston Mamede (2016, p.463) compreende-se que as cooperativas vão ser enquadradas como pessoas jurídicas com características próprias do Direito Privado, pois a sua organização e estruturação ocorrerá por meio de um agrupamento de pessoas, reunidos em forma de sociedade,

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cujo objetivo é a finalidade econômica, mas sem a existência de uma finalidade lucrativa.

Por sua vez, o artigo 4º da Lei nº 5.764, de 1971, estipula em seus incisos os princípios e as principais características das cooperativas, que merecem destaque:

I - adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo impossibilidade técnica de prestação de serviços;

II - variabilidade do capital social representado por quotas-partes;

III - limitação do número de quotas-partes do capital para cada associado, facultado, porém, o estabelecimento de critérios de proporcionalidade, se assim for mais adequado para o cumprimento dos objetivos sociais;

IV - incessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros, estranhos à sociedade;

V - singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações e confederações de cooperativas, com exceção das que exerçam atividade de crédito, optar pelo critério da proporcionalidade;

VI - quórum para o funcionamento e deliberação da Assembléia Geral baseado no número de associados e não no capital;

VII - retorno das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às operações realizadas pelo associado, salvo deliberação em contrário da Assembléia Geral;

VIII - indivisibilidade dos fundos de Reserva e de Assistência Técnica Educacional e Social;

IX - neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social;

X - prestação de assistência aos associados, e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa;

XI - área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião, controle, operações e prestação de serviços.

Além disso, o artigo 5º da legislação específica autoriza a adoção “qualquer gênero de serviço, operação ou atividade” como objeto social.

Assim, vislumbra-se a intenção do legislador em facilitar e garantir a liberdade de cada pessoa para escolher, de modo livre, desimpedido e consentido se associar enquanto parte de uma cooperativa, que, por sua vez, poderá optar por atuar em diversas vertentes, sendo as cooperativas habitacionais o foco desta pesquisa.

1.3. O mercado das cooperativas habitacionais em números

O mercado das cooperativas habitacionais no território brasileiro encontra-se em crescimento, atingindo números significativos, em razão das facilidades existentes, principalmente econômica, para a aquisição de imóveis por meio da sociedade cooperativa.

Anualmente, a Organização das Cooperativa Brasileiras (OCB), formula um anuário para registrar a existência das cooperativas e seus pontos de atuação,

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possibilitando, através destes dados estatísticos, a compreensão de alguns fatores importantes acerca do desenvolvimento de cada ramo de atividade.

Com base nos dados de 2019, importa mencionar que:

As cooperativas do ramo (habitacional) surgiram com o objetivo de minimizar o gargalo habitacional no país. Elas começaram a ganhar força nos anos 80, por meio do Programa das Cooperativas Habitacionais, mas foi nos anos 90 que essas cooperativas autofinanciadas se desenvolveram e se expandiram por todo o país. O modelo de produção de moradia via cooperativismo tornou-se assim uma boa ferramenta de regulação de mercado, como resultado de preços mais acessíveis e alta qualidade de seus empreendimentos (SISTEMAOCB,2019, p.64).

Ainda, denota-se, a partir dos números, a crescente atuação das sociedades cooperativas no mercado brasileiro, sendo que no ano de 2010, o país tinha um total de 242 sociedades registradas, enquanto no ano de 2018, esse número aumentou para 282 sociedades cooperativas, tendo, em média 103,7 mil cooperados, além de gerar uma média de 742 empregos (SISTEMAOCB, 2019, p.64).

Não obstante, apesar dos fatores qualitativas em âmbito nacional aparentarem ter um bom resultado, no Estado de Goiás, o total de cooperativas era de 6, no ano de 2017, tendo decaído para 4, no ano de 2018. Porém, o número de cooperados aumentou de 327 no ano de 2017, para 445 no ano de 2018. Demonstrando o real interesse das pessoas em participarem de uma cooperativa habitacional na luta pelo sonho da casa própria (SISTEMAOCB,2019, p.65).

Ponto interessante que merece menção, está no fato do Anuário apontar a existência de alguns obstáculos que impedem a sua maior funcionalidade, sendo eles, a “falta de políticas públicas direcionadas às cooperativas habitacionais”, a “falta de acesso direto dos recursos do FGTS do cooperado, quando regime de autofinanciamento”, a “falta de linhas de financiamento específico para o setor” e “a não aceitação das garantias reais, das cooperativas, pelas instituições financeiras” (SISTEMAOCB,2019, p.69), representando pontos que merecem a atenção do Estado e uma maior efetividade no intuito de facilitar a existência e liberdade da livre-iniciativa. Além destes, há no cenário atual uma evidente dificuldade na extinção dessas sociedades, seja por cumprirem com os objetivos que lhe deram origem, por serem afetadas por crises econômico-financeiras ou pelo descumprimento de atividades por parte de seus dos administradores.

Frente à estas condições, necessária a análise dos procedimentos de dissolução cabíveis às cooperativas habitacionais.

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2. PROCEDIMENTOS DE DISSOLUÇÃO DAS COOPERATIVAS HABITACIONAIS

Com base no cenário cooperativista brasileiro, bem como nas normas de Direito Econômico vigentes, é imprescindível as peculiaridades na dissolução das cooperativas habitacionais, nos termos da Lei nº 5.764/1971 e seu confronto com as normas de recuperação judicial e falência estabelecidas pela Lei nº 11.101/2005.

2.1. Compreendendo o procedimento de dissolução das cooperativas habitacionais

As cooperativas foram constituídas enquanto forma alternativa de ajuda mútua que conseguisse existir no cenário extenuante do liberalismo exacerbado que desrespeitava os direitos, principalmente, dos trabalhadores, por isso, sua finalidade é a de beneficiar seus associados na conquista de determinado objetivo, conforme bem descrito por Frankie Walmor:

A formação dessas cooperativas se deve à impossibilidade em que se encontram os cooperados de realizarem, isoladamente, a obra de alto custo, suscetível, porém, de ser executada e explorada por eles em comum, mediante o empreendimento cooperativo. O que é, certamente, essencial ao conceito de cooperativa é que esta promova a defesa e melhoria da situação econômica dos cooperados, quer obtendo, para eles, ao mais baixo custo, bens e prestações de que necessitam, quer colocando, no mercado, a preços justos, bens e prestações por eles produzidos (WALMOR, 1973, p.12).

Atualmente, o mercado das cooperativas habitacionais tem crescido entre a população, como demonstram os números. Nesse sentido, há ainda algo que escapa à percepção de alguns dos associados quando ingressam nessa modalidade de sociedade, que é a sua dissolução, seja judicial ou extrajudicial, com a consequente liquidação do ativo empresarial.

Importa discorrer acerca de um dos problemas de lacunas legais expostos por Tarcísio Teixeira (2018), pois a Lei nº11.101/2005 dispõe que ela não será aplicada à cooperativa de crédito, todavia nada acrescenta acerca das sociedades cooperativas que tenham outro objeto em sua atuação, gerando certa insegurança jurídica, uma vez que, o próprio Código Civil em seu parágrafo único do artigo 982, determina que as cooperativas sempre vão ser sociedades simples, as quais não são passíveis de falência ou recuperação judicial, pois não são sociedades empresárias.

Entretanto, por considerar que algumas cooperativas atuam e exercem suas ações como se fossem sociedades empresárias, referido autor afirma que:

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Feitas essas considerações, entendemos que o instituto da recuperação de empresas pode ser aplicado às cooperativas em geral (não as cooperativas de crédito) por desenvolverem atividade empresarial e em razão do princípio da preservação da empresa (que visa a manutenção dos empregos, o recolhimento de tributos etc.). Porém, as cooperativas não se submetem à falência, mas sim a liquidação extrajudicial por força da exclusão do art. 2º, caput, da Lei n. 5.764/71; podendo, se for o caso, na liquidação extrajudicial aplicarem-se subsidiariamente as regras de liquidação das instituições financeiras e as normas falimentares (TEIXEIRA, 2018, p.276).

Sem encerrar a discussão, uma vez que a própria legislação acabou por manter a existência da lacuna às outras espécies de cooperativas, a presente pesquisa segue a ideia de que as cooperativas habitacionais que encontrarem-se no exercício de atividade empresarial, como a de produção de imóveis com finalidade de lucro, podem buscar a recuperação judicial.

O amago da questão está no fato de que existem outras formas de sociedade na qual a empresa poderá se constituir para executar as suas atividades, ou seja, ainda que a cooperativa volte sua atuação ao objetivo do lucro com a venda dos empreendimentos dispostos no mercado ela não perde a sua condição de sociedade simples, logo, considerando a existência de julgados permitindo a recuperação judicial das cooperativas, cria-se a abertura para o precedente, pois há uma lacuna legal que precisa ser suprida, seja pela jurisprudência ou pela reforma legislativa.

Acerca dessa busca pelo lucro, interessante o apontamento de Fran Martins (2017, p.115), para quem:

A nova roupagem do atual Código Civil, ao distinguir entre sociedades empresárias e não empresárias, alista muito bem a conotação de pessoalidade notadamente nas cooperativas e sociedades simples, mas é inegável se reconheça na modernidade a maior participação das empresas na consecução dos lucros.

Todavia, como bem pontuou Tarcísio Teixeira (2018), a matéria ainda gera controvérsias, pois, apesar da determinação legal, existem julgado permitindo que cooperativas tenham o pedido de recuperação judicial concedido.

Por essa razão, entende-se que as cooperativas habitacionais puras, ou seja, aquelas onde os sócios se unem para conquistar o mesmo objetivo: a casa própria, não podem ter a concessão da recuperação judicial, pois são os próprios sócios que almejam e lutam por aquele objetivo, consistindo, assim, a sociedade cooperativa habitacional de pessoas, não de capital.

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Ponto que vale menção em contrário é o posicionamento de Fábio Ulhoa Coelho (2016), para o qual:

As cooperativas, normalmente, dedicam-se às mesmas atividades dos empresários e costumam atender aos requisitos legais de caracterização destes (profissionalismo, atividade econômica organizada e produção ou circulação de bens ou serviços), mas, por expressa disposição do legislador, que data de 1971, não se submetem ao regime jurídico-empresarial. Quer dizer, não estão sujeitas à falência e não podem requerer a recuperação judicial.

Contudo, levando em consideração o estudo de Tarcísio Teixeira (2018), já existem decisões judiciais permitindo a concessão da recuperação judicial à algumas espécies de cooperativas, quando há a existência de atividade lucrativa, cabendo ao julgador analisar as peculiaridades de cada caso.

Não obstante, apesar do silêncio da Lei n°11.101/2005 e da discussão ventilada, há que se considerar que o Código Civil, ao determinar que as cooperativas habitacionais sempre vão ser sociedade simples, intentou por excluí-las do pedido e procedimento de falência, ou seja, elas não poderão sofrer pedido ou processo de falência.

Por essa razão coube à legislação própria das cooperativas, a Lei nº 5.764, definir a dissolução e consequente liquidação das cooperativas habitacionais.

Nesse ponto, adentraremos ao procedimento de dissolução e liquidação das cooperativas habitacionais. De modo que o artigo 63 da Lei nº5.764 dispõe acerca das hipóteses de dissolução de pleno direito para as cooperativas habitacionais, quais sejam:

I - quando assim deliberar a Assembléia Geral, desde que os associados, totalizando o número mínimo exigido por esta Lei, não se disponham a assegurar a sua continuidade;

II - pelo decurso do prazo de duração;

III - pela consecução dos objetivos predeterminados; IV - devido à alteração de sua forma jurídica;

V - pela redução do número mínimo de associados ou do capital social mínimo se, até a Assembléia Geral subseqüente, realizada em prazo não inferior a 6 (seis) meses, eles não forem restabelecidos;

VI - pelo cancelamento da autorização para funcionar.

VII - pela paralisação de suas atividades por mais de 120 (cento e vinte) dias.

Desta, percebe-se a intenção do legislador em tratar acerca de ponto fulcrais ao funcionamento e boa existência das cooperativas, principalmente as habitacionais que precisam de cautela extra na persecução do seu objetivo. Referida condição serve para manter e constituir uma linha de confiança e segurança entre os

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associados e a cooperativa habitacional, todavia é preciso atenção do sócio para o andamento da construção e execução dos atos da cooperativa.

Ressalva-se, nos casos acima apontados, que a Lei nº5.764 determina a dissolução da sociedade como obrigatória, tornando possível, caso não se realize a dissolução de modo voluntário ou em conformidade com o próprio estatuto, que ela possa ser requerida judicialmente por intermédio de qualquer dos associados ou por iniciativa do próprio órgão executivo federal (BRASIL, 1971).

Fora do contexto judicial, percebe-se que a principal causa de dissolução se dará por escolha e determinação da própria Assembleia Geral, logo, como bem ressalta Gladston Mamede (2016, p.485):

À dissolução segue-se o procedimento de liquidação, que terminará com a extinção da personalidade e cancelamento do registro respectivo. Essa liquidação será de responsabilidade de um ou mais liquidantes, nomeados pela Assembleia Geral, quando esta deliberar a dissolução; também será nomeado um conselho fiscal de três membros e três suplentes, com a finalidade de acompanhar os atos do liquidante ou liquidantes.

Assim, após a determinação e existência da dissolução passa-se à fase da liquidação da sociedade. Acerca da liquidação, prenota o artigo 65 da Lei nº5.764, que quando a dissolução ocorrer por deliberação da Assembleia, esta deverá nomear o liquidante; por outro lado, caso a dissolução ocorra por decisão judicial, caberá ao juiz nomear o liquidante, e, em caso da liquidação extrajudicial, estabelece o artigo 75 da Lei nº5.764, que a escolha do liquidante será feita pelo respectivo órgão executivo federal promovente do procedimento (BRASIL, 1971).

Em adendo acerca da liquida judicial, vale mencionar o posicionamento de Rubens Requião (2012, p.198), para o qual:

A doutrina assinala, ainda, que no elenco do art. 63 não foi incluída a hipótese da impossibilidade de a cooperativa alcançar o fim proposto no estatuto, como causa de sua dissolução, o que não impediria a ação judicial para obter a dissolução em face daquele motivo. O Código prevê a hipótese de dissolução da sociedade simples por sua inexequibilidade (art. 1.034, II), e prevendo este a aplicação das regras da sociedade simples à cooperativa, nos casos em que a lei for omissa (art. 1.096), resolve-se aquele lapso. Tal hipótese de dissolução somente poderá ser tratada judicialmente, nos termos do citado art. 1.034.

Em todos os casos o liquidante ficará responsável pelo procedimento e efetiva prestação de contas acerca dos atos praticados durante a vigência do procedimento de liquidação. Dentre os atos de sua responsabilidade, pode-se apontar que ele deverá registrar na junta comercial a Ata da Assembleia que deliberou a

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dissolução, deverá comunicar o respectivo órgão federal, arrecadar os bens e livros da sociedade, convocar credores e devedores no intuito de levantar os débitos e créditos da sociedade, realizará o ativo para efetuar o pagamento do passivo, deverá prestar contas, dentre outros estipulados no artigo 68 da Lei nº5.764.

Um ponto que merece uma percepção crítica está no ato de se fazer os pagamentos aos possíveis credores, pois a legislação nada abordou acerca de uma ordem de pagamento, todavia, em seu artigo 71, determina que os direitos dos credores preferenciais devem ser respeitados. Apesar da falta de determinação técnica de quem são os credores preferenciais, entende-se que por se tratar de um concurso de credores sejam aqueles cujos créditos que comportem algum tipo de garantia ou privilégio para com a sociedade, ademais, o legislador foi falho ao não estipular uma ordem de pagamento ou rateio ao pagamento dos credores, ponto passível de gerar discussões e controvérsias.

Em sequência, após a solução do passivo por parte do liquidante ele deverá reembolsar os cooperados “até o valor de suas quotas-partes” e encaminhar o saldo “remanescente conforme o estatuído”, finalizando suas ações com a convocação de “Assembléia Geral para prestação final de contas”, que, caso sejam aprovadas encerraram a liquidação e acarretará a extinção da sociedade (BRASIL, 1971).

Não obstante, ainda caberá o arquivamento da ata que extinguiu a sociedade e aprovou as contas do liquidante na respectiva junta comercial onde a sociedade cooperativa foi devidamente inscrita, promovendo assim a efetiva comunicação aos órgãos estaduais, federais e municipais para que tenham o conhecimento dos atos e extinção da sociedade.

Outro ponto de suma importância, que vale nova ressalva, guarda relação com a responsabilidade dos associados, que poderá ser limitada ou ilimitada, em sendo limitada, todos os sócios responderam na proporção de sua quota-parte da sociedade cooperativa, todavia, em sendo a cooperativa de responsabilidade ilimitada, os sócios podem ser acionados em seu patrimônio pessoal para terminar de arcar com o respectivo crédito não saldado após a liquidação (COELHO, 2016).

Interessante apontar também que, no caso da cooperativa habitacional, não basta apenas ser sócio, é preciso que a pessoa participe ativamente das Assembleias, pois são os próprios sócios e participantes que definem e determinam como o objetivo da cooperativa habitacional será executado, mesmo com a existência

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e registro do estatuto social, não cabe ao sócio simplesmente efetuar os pagamentos e se abster de opinar, fazendo exigências apenas ao final do empreendimento, por isso, o fator conjunto e de ajuda mútua é um dos principais pilares das cooperativas.

Outrossim, necessária a atenção ao fator do direito de propriedade do imóvel, a existência ou não de desmembramento ou o loteamento para fins de construção das habitações, além da importância em se verificar toda a documentação relacionada à escrituração, caso necessário, ao respectivo registro do cartório competente do imóvel e outras questões materiais que são inerentes à garantia de sucesso do empreendimento das cooperativas habitacionais (SCAVONNE JUNIOR, 2018, p.180).

Por fim, é essencial que a pessoa antes de se tornar associado em qualquer cooperativa habitacional verifique a existência da sociedade, buscando, junto à junta comercial do respectivo estado acerca do registro da sociedade, cabendo ao associado exigir o estatuto social para que possa ter conhecimento das determinações e esteja sempre antenado para as Assembleias, participando delas com direito de voz e voto, além de estar atento a outras questões relacionadas com o objetivo da cooperativa.

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CONCLUSÃO

As cooperativas habitacionais possuem importante papel dentro do contexto social e apresente atuação crescente dentro do mercado brasileiro, principalmente diante das dos benefícios econômicos disponibilizados aos sócios para a construção da casa própria.

Assim, considerando o espaço de mercado que ocupam, necessário o entendimento de seus procedimentos de dissolução e a problemática envolvida enquanto espécie de sociedade considerada, por alguns autores, como sui generis2, com características tanto de sociedade empresária, como de sociedade simples.

Contudo, diante da determinação legal de que as cooperativas serão sempre sociedades simples, demonstrou-se, através da presente pesquisa e passando pela sua concepção originária, criação legal, seu processo de dissolução e o confronto com a Lei nº11.101/05, a aplicação da Lei nº 5.764/71, em detrimento das normas de recuperação judicial e falências, apesar das lacunas legais e divergências doutrinárias.

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REFERÊNCIAS

BASSO, Dirceu; ROSA, Aline Ribeiro. Robert Owen: O “pai da cooperação”, a educação escolar (adulto e infantil) e o movimento socialista. Revista Orbis Latina, vol.9, nº 1, Foz do Iguaçu/ PR (Brasil), Janeiro – Junho de 2019.

BRASIL. Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm Acesso em 30 jun 2020.

BRASIL. Constituição da república federativa do brasil de 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em 30 jun 2020.

BRASIL. Lei n o 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5764.htm Acesso em 30 jun 2020.

CENZI, Nerii Luiz. Cooperativismo – Desde a Origens ao Projeto de Lei de Reforma do Sistema Cooperativo Brasileiro. 1ª ed. 1ª reimpr. Curitiba: Juruá. 2011. COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial: direito de empresa. 28. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

LEOPOLDINO, Cândida Joelma. Elementos conceituais e históricos do cooperativismo. Ciências Sociais Aplicadas em Revista - UNIOESTE/MCR - v. 11 - n. 20 - 1º sem. 2011 - p. 141 a 156.

MAMEDE, Gladston. Direito empresarial brasileiro: direito societário: sociedades simples e empresárias, volume 2. 8. Ed. São Paulo: Atlas, 2016.

MARTINS, Fran. Curso de direito comercial. 40. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2017.

REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial, 2º volume. 29. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2012.

SISTEMA OCB. Sistema OCB – Núcleo de Informações e Mercado. Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2019. Brasília, 2019.

SCAVONE JUNIOR, Luiz Antônio. Direito imobiliário – Teoria e prática. 13.ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2018.

TEIXEIRA, Tarcísio. Direito empresarial sistematizado: doutrina, jurisprudência e prática. 7. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018.

WALMOR, Frankie. Direito das sociedades cooperativas: direito cooperativo. São Paulo: Saraiva, 1973.

(20)

1

Goiânia l Goiás l Brasil

Fone: (62) 3946.3081 ou 3089 l Fax: (62) 3946.3080 www.pucgoias.edu.br l prodin@pucgoias.edu.br

RESOLUÇÃO n˚038/2020 – CEPE

ANEXO I

APÊNDICE ao TCC

Termo de autorização de publicação de produção acadêmica

O(A) estudante________________________________________________________________ do Curso de _____________________________________,matrícula_____________________, telefone:_______________________e-mail______________________________________, na qualidade de titular dos direitos autorais, em consonância com a Lei nº 9.610/98 (Lei dos Direitos do autor), autoriza a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) a disponibilizar o

Trabalho de Conclusão de Curso intitulado

____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________, gratuitamente, sem ressarcimento dos direitos autorais, por 5 (cinco) anos, conforme permissões do documento, em meio eletrônico, na rede mundial de computadores, no formato especificado (Texto (PDF); Imagem (GIF ou JPEG); Som (WAVE, MPEG, AIFF, SND); Vídeo (MPEG, MWV, AVI, QT); outros, específicos da área; para fins de leitura e/ou impressão pela internet, a título de divulgação da produção científica gerada nos cursos de graduação da PUC Goiás. Goiânia, ____ de _____________________ de __________.

Assinatura do(s) autor(es):_____________________________________________

______________________________________________ Nome completo do autor: ______________________________________________

______________________________________________

Assinatura do professor-orientador: ______________________________________ Nome completo do professor-orientador: __________________________________

Direito

Laís de Matos Campos

(62) 9.8278.2747

2017.1.0001.1583-0

O MERCADO DAS COOPERATIVAS HABITACIONAIS E AS PECULIARIDADES EXISTENTES NO SEU PROCEDIMENTO lais.matos.campos@gmail.com

maio 31

DE DISSOLUÇÃO

2021

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