• Nenhum resultado encontrado

Introdução à Administração geral e o saber administrativo na enfermagem 1. 1 semestre 2017

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Introdução à Administração geral e o saber administrativo na enfermagem 1. 1 semestre 2017"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

Introdução à Administração geral e o saber administrativo na enfermagem 1

1 semestre 2017

GRECO, ROSANGELA MARIA2 Objetivos desta aula

 Descrever e conceituar o que é Administrar;

 Conhecer os princípios e objetivos da Administração Geral;

 Descrever e conceituar a Administração da Assistência em Enfermagem;  Refletir sobre a origem e a evolução do saber administrativo na enfermagem. 1 – Introdução – Por que estudar Administração na Enfermagem?

Na enfermagem, os enfermeiros, realizam um trabalho, para pessoas, com e através de pessoas, eles não atuam isoladamente, trabalham com auxiliares e técnicos de enfermagem e, portanto tem que estruturar o trabalho, através de ações hierarquizadas distribuídas segundo graus de complexidade. Assim, cabe ao enfermeiro garantir a unidade e organização desse trabalho coletivo, planejar e desenvolver novos processos, métodos e instrumentos (QUEIROZ; SALUM, 1994; WALDOW, 1998)

Além disso, o mercado profissional espera do enfermeiro uma capacidade para trabalhar com conflitos, enfrentar problemas, negociar, dialogar, argumentar, propor e alcançar mudanças, com estratégias que o aproximem da equipe e do cliente contribuindo para a qualidade do cuidado (LUNARDI e LUNARDI, 1996).

E para realizar este trabalho a enfermagem se operacionaliza por diferentes processos de trabalho, ou dimensões: o de assistência à saúde – cuidar; o de

gerenciamento dessa assistência – administrar, o de investigação científica (gerando

o saber necessário à produção), o de ensino e o de participação política (QUEIROZ; SALUM, 1996; SANNA, 2007; MALAGUTTI; CAETANO, 2009).

E portanto a aplicação dos conhecimentos da ciência administração estão presentes desde sua origem até os dias de hoje, pois o ser humano é um ser social por natureza, vivemos em COMUM-UNIDADE, que se articula e se organiza através de instituições diversas, que são denominadas organizações, assim todas as atividades,

1 Este texto foi elaborado como material instrucional para a Disciplina Administração em Enfermagem I,

para os acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da

Universidade Federal de Juiz de Fora. Pedimos que, caso haja o interesse em utilizar este material, seja citada a referência.

2 Enfermeira, Doutora em Saúde Pública, Professor Associado do Departamento de Enfermagem Básica

da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora, e-mail GERENCIAR ENSINAR PARTICIPAR POLITICAMENTE CUIDAR PESQUISAR ENFERMAGEM

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICA DISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM I

(2)

sejam elas de produção de bens ou de prestação de serviços são realizadas dentro de organizações/serviços.

As organizações/instituições/empresas/serviços desenvolvem processos de trabalho, ou seja, transformam objetos através de meios e instrumentos, tendo em vista a finalidade da organização/instituição/empresa/serviço. No início dos tempos estas organizações eram pequenas com estruturas simples e fáceis de serem controladas. Entretanto com a evolução da sociedade as organizações cresceram e ganharam uma dimensão tal que exigiu a criação de uma disciplina que desse conta de pensar, discutir e viabilizar a estruturação dessas instituições.

Estas organizações/instituições/empresas/serviços são compostas por recursos “não-humanos” (físicos, materiais, financeiros, tecnológicos, mercadológicos e outros) e pessoas, as instituições dependem do trabalho das pessoas, que para trabalharem em conjunto, tendo em vista a finalidade do serviço, necessitam que sua prática seja estruturada, através da definição de planos de ação, de objetivos, da condução dos recursos e da estruturação formal do desenvolvimento das atividades, ou seja, elas necessitam da ADMINISTRAÇÃO (CHIAVENATO, 1993; KWASNICKA, 1991; PARK, 1997).

Além disso, se você reparar bem a administração é necessária toda vez que duas ou mais pessoas interagem para alcançar certo objetivo, assim a administração não está presente apenas nas grandes empresas, mas, por exemplo, em famílias, clubes, organizações públicas, organizações não governamentais (ONGs), igrejas, entre outras. Assim pode-se concluir que a administração é necessária em todas as organizações/instituições/empresas/serviços sendo universal, uma vez que seu corpo de conhecimentos pode ser aplicado em todos os níveis de uma organização e por todas as áreas de conhecimento (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI, 1998).

A necessidade da administração existe desde as mais antigas sociedades, todavia foi com a expansão do processo de produção industrial na Inglaterra, França e Estados Unidos que as mudanças na organização do trabalho, com a separação entre a concepção, execução e controle, fizeram com que a prática e a teoria da administração/gerência do trabalho ganhassem impulso (PINHEIRO, 1998).

Vejamos então o que é a ciência administração e como ela se aplica na enfermagem.

2 – Conceituando Administração

A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência), significando aquele que realiza uma função, um serviço, sob um comando, para o outro, estando frequentemente associada à função controle (CHIAVENATO, 1993).

Na sua origem a administração e o controle tinham como características a rigidez e a coerção, com a evolução da prática e da teoria geral da administração, as formas de controle foram se transformando incorporando a flexibilidade, participação e negociação como estratégias, passando a ser compreendida como forma de monitoramento/acompanhamento das práticas ou ações (PINHEIRO, 1998).

Para CHIAVENATO (1993), administrar nos dias de hoje significa fazer uma leitura dos objetivos propostos pelas instituições e empresas e transformá-los em ação organizacional partindo das funções administrativas, ou seja, do planejamento, organização, direção e avaliação/controle/acompanhamento através do esforço de todos, realizado em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar os objetivos propostos da maneira mais adequada à situação.

Segundo PARK (1997), “a administração é uma filosofia em ação”, pois ao observarmos a realidade, construímos nossas ideias, que são transformadas em ação

(3)

pelo princípio criativo e a administração visa um equilíbrio entre a compreensão e a extensão de nossas ideias.

Para DRUCKER (2001, p.13), “Administrar é aplicar o conhecimento à

ação”(grifo nosso), uma vez que a administração transforma a informação em

conhecimento e este em ação.

A administração pode ser compreendida também como ciência, arte, técnica e processo o que é explicitado por BALDERA (1995):

 É uma ciência social porque seu objeto de estudo é o homem nas organizações sociais. Fundamenta-se em princípios que se expressam em um marco teórico, seus conhecimentos são coerentes e sistematizados, aplica o método científico para desenvolver sua teoria, e tem um método próprio de aplicação;

 É uma técnica, porque se aprende em aulas, se aplica em campos de trabalho, requer prática e utiliza instrumentos próprios;

 É uma arte porque implica destrezas, sentimentos especiais, experiência e equilíbrio estético, o que diferencia o fazer.

A administração coordena as ações de todas as áreas de uma organização, “é a área de atividade humana que se ocupa de conseguir fazer coisas com e através de pessoas” (FONSECA, 1996).

3 – Princípios que embasam a Administração

Para fazer a administração os administradores contam com técnicas, ferramentas e truques que auxiliam no alcance de seus objetivos, entretanto estes meios e instrumentos não são tão importantes quanto os princípios essenciais sob o qual se alicerça a ciência da Administração (DRUCKER, 2001).

Para CHIAVENATO (1993), princípio é uma afirmação, uma proposição geral válida e aplicável para determinados fenômenos, é uma previsão antecipada do que deverá ser feito quando ocorrer àquela determinada situação, é um guia de ação.

Os princípios são a base sob a qual se sustentam as teorias, não devem ser abordados de forma rígida, mas sim considerados relativamente e flexivelmente, tendo como base o bom senso.

Segundo CHIAVENATO (1993) os 11 princípios que fundamentam o fazer administrativo são:

Em relação aos objetivos

1-Toda organização tem que ter um compromisso com metas comuns e valores compartilhados, tem de ter objetivos simples e flexíveis que devem ser claramente definidos e estabelecidos por escrito.

Em relação às atividades e agrupamento de atividades

2 – Toda função por mais simples que seja deve ter uma responsabilidade definida.

3 – As funções devem ser claramente descritas e designadas para que o trabalho seja realizado da melhor forma mais eficiente e econômica, com a utilização racional dos recursos disponíveis.

Em relação à autoridade

4 – Deve haver uma linha de autoridade claramente definida, conhecida e reconhecida por todos, desde o topo da organização até cada indivíduo da base. 5 – A autoridade, a responsabilidade, os deveres de cada pessoa ou órgão, bem como suas relações com outras pessoas ou órgãos, devem ser definidos, estarem documentados e comunicados a todos.

6 – O desempenho das funções deve ser acompanhado da respectiva responsabilidade que deve andar junto com a correspondente autoridade, ambas devem estar equilibradas entre si.

(4)

7 – A autoridade para tomar ou iniciar uma ação deve ser delegada o mais próximo possível da cena da ação.

8 – O número de níveis de autoridade deve ser o mínimo possível. No que diz respeito às relações

9 – Há um limite quanto ao número de pessoas que podem ser supervisionadas por um superior, considerando-se sempre a relação local/tempo/pessoas.

A este respeito, por exemplo, na enfermagem a Resolução COFEN nº

293/2004 que Fixa e Estabelece Parâmetros para o Dimensionamento do

Quadro de Profissionais de Enfermagem nas Unidades Assistenciais das Instituições de Saúde e Assemelhados no anexo I define que um enfermeiro só

pode coordenar as atividades de no máximo 15 profissionais de enfermagem, por turno de trabalho, salvo as clínicas e/ou hospitais com menos

de 50 leitos, que prestem assistência de Cuidados Mínimos e Intermediários, estejam em regiões interioranas, e que haja dificuldades de contratar enfermeiros. Nestes casos o COREN local, após avaliação, poderá autorizar a complementação das equipes com Técnicos de Enfermagem, respeitando a presença física de, pelo menos, um enfermeiro por período de trabalho (BRASIL, 2004).

10 – Cada pessoa deve subordinar-se a um único superior, evitando-se duplicidade de ordens.

11 – A responsabilidade da autoridade mais elevada para com os atos de seus subordinados é absoluta.

Os administradores que compreenderem esses princípios e trabalharem sob sua luz muito provavelmente serão administradores bem formados e bem-sucedidos.

4 – Principais Objetivos da Administração

Objetivos são alvos que se busca atingir, todos nós possuímos objetivos, eles são as molas propulsoras que impulsionam as nossas vidas.

As organizações também possuem objetivos, e são eles que alicerçam o trabalho, na medida em que determinam a estrutura das instituições, as atividades e a distribuição dos recursos humanos nas diversas tarefas (DRUCKER, 1991).

Os objetivos em uma instituição ou serviço, devem ser dinâmicos, pois são à base da relação entre a organização o ambiente externo e os participantes e, portanto estão em contínua evolução, alterando essas relações, devendo ser reavaliados e modificados em função das mudanças no ambiente externo e interno da organização (FONSECA, 1999).

Objetivos amplos possibilitam a definição de políticas, diretrizes, metas, programas, procedimentos e normas; possibilitando que se identifique o papel que a organização desempenha na sociedade em geral.

Segundo MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI (1998) a administração possui dois objetivos principais:

- Alcançar a eficiência – significa executar tudo na mais perfeita ordem, se refere aos meios, os métodos, processos, regras e regulamentos sobre como as coisas devem ser feitas na empresa a fim de que os recursos sejam adequadamente utilizados. Uma organização eficiente é aquela que utiliza racionalmente seus recursos,

- Alcançar a eficácia – significa atingir o objetivo proposto, executar

algo de acordo com o determinado, se refere aos fins, os objetivos e resultados a serem alcançados pela empresa, é a capacidade de

(5)

realizar um objetivo ou resolver um problema, capacidade de se chegar aos resultados.

5 – O processo de trabalho administrar na Enfermagem

Vejamos então agora como ocorreu esta parceria entre a administração e a enfermagem.

A enfermagem moderna conforme vocês já viram, surgiu na segunda metade do século XIX, com Florence Nightingale, sendo que seu início como profissão científica se deu com o surgimento da administração como ciência. A utilização dos conhecimentos administrativos pela enfermagem parte da necessidade de estar-se organizando um ambiente terapêutico nos hospitais, constituindo um saber de administração em enfermagem cuja gênese se deu junto com a organização das técnicas, instrumentos de trabalho para o cuidado (ALMEIDA; ROCHA, 1997).

Assim, pode-se dizer que o trabalho da enfermagem se organizou em três direções

- Organização do cuidado ao doente, através da sistematização das técnicas de enfermagem;

 Organização do ambiente terapêutico através da discussão das condições de trabalho e do meio ambiente;

 Organização da equipe de enfermagem, através do treinamento e desenvolvimento do pessoal (GOMES, et al, 1997).

Com o desenvolvimento do capitalismo industrial, a administração científica se difundiu, consolidando a divisão técnica do trabalho o que vem influenciar a enfermagem que incorpora os princípios de controle, hierarquia e disciplina, por exemplo (FELLI; PEDUZZI, 2005).

A partir da década de 70 a enfermagem passou a ser compreendida como parte do processo de produção em saúde, como uma prática social e não apenas técnica, pois ao estar inserida na sociedade brasileira, historicamente estruturada, estabelece relações sociais com outros trabalhos, não devendo ser definida como uma profissão isolada dos outros trabalhos da saúde, uma vez que ela complementa e é interdependente dos demais processos de trabalho, tanto no modelo individual como no de saúde coletiva (ALMEIDA et al, 1989).

Assim, ela é marcada por determinações sociais, econômicas e políticas, e consequentemente pelo modo de organização do processo de produção em saúde e das instituições de saúde de modo geral.

Nos dias de hoje, o marco tradicional da administração aplicada a enfermagem, vem sendo substituído por um novo marco progressista, através de concepções que passam pela sensibilidade, criatividade, iniciativa, visão estratégica, participação, liderança integrativa, caminhando para um referencial humanístico da administração das organizações e dentre elas da enfermagem (ERDMANN, et al, 1994).

Assim sendo, toda enfermeira é uma administradora, de sua própria vida e dos cuidados aos seus pacientes, sendo que profissionalmente ela tem que desenvolver competências na administração em enfermagem, que significa que ela deve ter conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) (KRON; GRAY, 1994).

A administração, é uma ciência, possui um corpo de conhecimentos que lhe é próprio. Na enfermagem nós utilizamos o corpo de conhecimentos da administração tendo em vista o desenvolvimento de um trabalho de qualidade.

No decorrer do curso de graduação vocês vêm se instrumentalizando, ou seja, adquirindo conhecimentos que permitem a vocês atuarem sobre o nosso objeto de trabalho para transformá-lo na direção de nossa finalidade.

(6)

A administração em enfermagem, nada mais é do que mais um instrumento ou meio, para que vocês possam atuar em enfermagem.

Entretanto, a administração da assistência de enfermagem muitas vezes têm sido considerada como sendo uma das responsáveis pela crise da enfermagem, no que diz respeito ao distanciamento do enfermeiro de sua clientela.

Durante muito tempo a falta de compreensão da inter-relação entre a função administrativa e a função assistencial na prática profissional foi considerada questão polêmica (VICENTIM, et al, 1991). E infelizmente nos dias de hoje ainda muitos profissionais consideram que estas funções são antagônicas e excludentes.

Mas, a administração em enfermagem não pode e não deve ser compreendida como dicotômica (dividida em duas partes) em relação à assistência de enfermagem, e tão pouco deve ser considerada como uma função restrita, unicamente, a realização de atividades burocráticas. A assistência e a administração em enfermagem devem andar de mãos dadas, são as faces de uma mesma moeda.

6 - Conceituando a Administração em Enfermagem

Mas, o que é mesmo administração em enfermagem?

Administração em enfermagem é uma função inerente ao trabalho do enfermeiro, ou seja, não se faz enfermagem sem utilizar os conhecimentos da administração, querem ver? Vocês já devem ter realizado um procedimento “simples” do tipo administrar um medicamento, ou realizar um curativo. Pois muito bem, para realizar essas funções vocês tiveram que pensar e avaliar o que fariam, depois providenciar os recursos materiais para realizar a atividade em um determinado ambiente e em muitos dos casos tiveram que tornar esse ambiente adequado, é ou não é? Pois em todas essas atividades estão implícitos conhecimentos de administração, vocês estavam administrando.

Além disso, temos a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), onde o enfermeiro: planeja, prescreve, executa e avalia, que são etapas do processo administrativo, ou seja, a SAE é administração da assistência de enfermagem.

Nestes dois exemplos podemos perceber também que o assistir em enfermagem compreende todos os atos do enfermeiro, diretos e indiretos.

Segundo Vicentin et al (1991) “assistir diretamente em enfermagem compreende dois aspectos: quando o enfermeiro determina e faz a ação; e, quando o enfermeiro determina e não faz a ação. Assistir indiretamente é quando o enfermeiro não determina, não faz a ação, mas provê os recursos para realizar a ação”.

Do mesmo modo a Administração em Enfermagem pode ser pensada a partir de dois momentos: a gerência do cuidado e a gerência da unidade sendo que nos dois momentos o enfermeiro assiste e administra em níveis diferentes.

Em síntese pode-se dizer que na enfermagem, a função administrativa, consiste no planejamento da assistência, no provimento de recursos físicos, humanos, materiais e financeiros, bem como a tomada de decisão, na supervisão e na liderança da equipe de enfermagem, provisão de recursos necessários à implantação do plano terapêutico de Enfermagem, utilizando no decorrer desse processo ações de comando, coordenação, acompanhamento, orientação e avaliação da equipe de trabalho (VICENTIN et al, 1991).

Além de tudo o que conversamos até agora, legalmente a administração dos serviços de enfermagem é atribuição e responsabilidade privativa do enfermeiro, o que está presente na Lei do Exercício Profissional da Enfermagem – Lei 7498/86, de 25 de junho de 198; no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem – na Resolução COFEN 311/2007, de 08 de fevereiro de 2007; na Deliberação COREN-MG – 176/07 – que baixa normas para definição das atribuições do Enfermeiro Responsável Técnico e

(7)

nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) (BRASIL, 2001; BRASIL, 2011a BRASIL, 2011b; BRASIL, 2011c)

7– Considerações Finais

De modo geral podemos dizer que a finalidade da administração é estabelecer e alcançar os objetivos das instituições, tornar o trabalhador um realizador, além de discutir e analisar os impactos sociais e as responsabilidades sociais da empresa (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI, 1998 e DRUCKER, 2001).

Administrar em enfermagem não é uma tarefa fácil, e muitas vezes não é considerada uma tarefa nobre. Entretanto, para que possamos prestar assistência direta ao paciente é necessário utilizar das ferramentas da ciência administração.

Apesar disso, para muitos, a Administração em enfermagem é a “culpada” pelo distanciamento do enfermeiro da assistência direta.

No entanto, sem aquele que pensa e sabe o que deve ser feito, no como se deve fazer, que providencia os recursos para que se possa realizar as ações, que avalia se a forma como foi proposta a realização do trabalho foi adequada ou não, ou não se faria nada, ou se faria muito pouco, ou se levaria o dobro do tempo para realizar o trabalho, ou até a ação seria desenvolvida mas sem a satisfação esperada e desejada.

Já é hora de assumirmos que a Administração em Enfermagem faz parte do cotidiano de trabalho do enfermeiro, que precisa saber realizar as funções administrativas e aplicar os conhecimentos administrativos de modo correto, para que se possa alcançar uma assistência de enfermagem de qualidade.

Pois segundo Vicentin et al (1991), a Administração em Enfermagem “é uma forma de organização do trabalho do enfermeiro adequado à realidade, não dicotômica onde o administrar é subsídio para o assistir (grifo nosso)”.

8 – Referencias

ALMEIDA, M. C. P. de et al. A situação da enfermagem nos anos 80. In: ANAIS Congresso Brasileiro de Enfermagem 41º, Florianópolis, 1989.

ALMEIDA, M. C. P. de; ROCHA, S. M. M. (org.) O trabalho de enfermagem. São Paulo, Cortez, 1997.

BALDERAS, M. de la L. Administración de los servicios de enfermería. México, Interamericana/McGRAW-HILL, 1995.

BRASIL. COREN MG. DELIBERAÇÃO COREN-MG – 176/07 Baixa norma para definição das atribuições do Enfermeiro Responsável Técnico. Disponível em: http://www.corenmg.gov.br/sistemas/. Acessado em: 07 de abril de 2011a.

BRASIL. COFEN Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Resolução

COFEN 311/2007, de 08 de fevereiro de 2007. Disponível em:

http://site.portalcofen.gov.br/node/4345. Acessado em: 07 de abril de 2011b.

BRASIL. COFEN Lei 7498/86, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. Disponível em:

(8)

BRASIL. COFEN COFEN nº 293/2004 que Fixa e Estabelece Parâmetros para o Dimensionamento do Quadro de Profissionais de Enfermagem nas Unidades Assistenciais das Instituições de Saúde e Assemelhados. Disponível em:

novo.portalcofen.gov.br/wp-content/.../27_06_12_cleide_senafis.pdf Acessado em: 19 de março de 2014.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação

em Enfermagem (DCENF), publicadas oficialmente na Resolução CNES/CES Nº 03

de 7 de novembro de 2001.

CASTELLANOS, B. E. P.; CASTILHO, V. Marco conceitual da assistência de enfermagem – considerações gerais. In: CAMPEDELLI, M. C. (org.). Administração

em enfermagem. São Paulo, Ática, 1989.

CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo, Ática, 1995.

CHIAVENATO, I Teoria Geral da Administração: abordagens descritivas e explicativas. São Paulo, MacGraw-Hill, 1987. vol.2.

CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração. São Paulo, MAKRON BOOKS, 1993.

CUNHA, K de C. Filosofia do serviço de enfermagem. In: KURCGANT, P. (org.)

Administração em enfermagem, São Paulo, EPU, 1991.

DRUCKER, P.F. Introdução à administração. São Paulo, Pioneira, 1991.

DRUCKER, P.F.O melhor de Peter Drucker: a administração. São Paulo, Nobel, 2001. ERDMANN, A. L. et al. A disciplina de administração da assistência de enfermagem: culpada? Rev. Texto & Contexto. v.3, n.2, p. 17-23, jul.-dez. 1994

FELLI, V. E.; PEDUZZI, M. O trabalho gerencial em enfermagem. In: KURCGANT, P. Gerenciamento em enfermagem. Rio de Janeiro, Guanabara/Koogan. 2005..

FONSECA, M. das G. Administração geral e a enfermagem. Faculdade de Enfermagem/ Departamento EBA, 1996. (apostila de curso).

FONSECA, M. das G. As funções administrativas aplicadas à gerência da unidade de

trabalho. Faculdade de enfermagem/Departamento EBA, 1999. (apostila de curso).

GOMES, E. L. R. et al. Dimensão histórica da gênese e incorporação do saber administrativo na enfermagem In: ALMEIDA, M. C. P. de; ROCHA, S. M. M. O

trabalho de enfermagem. São Paulo. Cortez, 1997

GAMA, B. M. B. De M. As Funções Administrativas e o Planejamento em

Enfermagem. Apostila de

curso, 2010 (mimeo).

HORTA, W. de A. Gente que cuida de gente (editorial). Enf. Novas Dimens: v.2, n.4, p.III, 1976.

(9)

HORTA, W de A. Processo de Enfermagem. São Paulo, EPU. 1979.

KRON, T.; GRAY, A.. Administração dos cuidados de enfermagem ao paciente. Rio de Janeiro: Interlivros, 1994.

KURCGANT, P. As teorias de administração e os serviços de enfermagem. In: KURCGANT, P. (org.). Administração em Enfermagem. São Paulo, EPU, 1991, p.165. KWASNICKA, E. L. Introdução à Administração. São Paulo, Atlas, 1991

LEOPARDI, M. T. Por quê filosofia em Enfermagem? Texto Contexto Enf.; Florianópolis, v.2, n.1, p.5-12, jan/jun.1993.

LUNARDI FILHO, W. D.; LUNARDI, V. L. Uma nova abordagem no ensino de enfermagem e de administração em enfermagem como estratégia de (re) orientação da prática profissional do enfermeiro. Rev. Texto & Contexto. v.5, n.2, p. 20-34, jul.-dez. 1996.

MARX, K. O Capital: crítica da economia política. São Paulo, Nova Cultural, 1988.SILVA, G. B.da. Enfermagem Profissional: análise crítica. São Paulo: Cortez, 1989.

MEGGINSON, L.C.; MOSLEY, D. C.; PIETRI, P. H. JR. Administração: conceitos e aplicação. Trad. Hopp, I. M. São Paulo. Harbra, 1998.

MENDES, A M. B. Os novos paradigmas de organização do trabalho: implicações na saúde mental dos trabalhadores. Rev Bras. De Saúde Ocup. nº 85/86, v. 23, p. 55-60. s/data.

PARK, K. H. (coord.) Introdução ao estudo da administração. São Paulo, Pioneira, 1997.

PINHEIRO, T. X. A. Administração Pública. Rev. Adm. Públ. nº 3, v.11, p.95-101. 1998.

QUEIROZ, V.M.; SALUM, M. J. L. Síntese do tema da primeira oficina de trabalho: processo de produção em saúde. In: Seminário de redirecionamento da prática da

enfermagem no SUS: caracterização das necessidades dos enfermeiros para seu

aperfeiçoamento 1º. São Paulo, 1994.

QUEIROZ, V.M.; SALUM, M. J. L. Síntese do tema da terceira e quarta oficinas de trabalho: processo de produção em saúde. In: Seminário de redirecionamento da

prática da enfermagem no SUS: caracterização das necessidades dos enfermeiros para

seu aperfeiçoamento 1º. São Paulo, 1994.

SAUPE, R. (org.). Educação em Enfermagem: da realidade construída à possibilidade em construção. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 1998.

(10)

VICENTIM, L. et al. Administração da assistência de enfermagem e a atuação do enfermeiro. In: Anais. Jubileu de Ouro do Curso de Graduação em Enfermagem da Escola Paulista de Medicina – Departamento de Enfermagem, 1991, p.131-142.

WALDOW, V. R. Cuidado Humano: o resgate necessário. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998.

9 - Exercícios para fixação do conteúdo

1) Cite e explique quais são os objetivos da administração?

2) Explique como os 11 princípios que fundamentam o fazer administrativo se aplicam no trabalho da enfermagem?

3) Tendo por base o conceito de administração descreva como ela se aplica na enfermagem.

4) Explique no que consiste o trabalho do enfermeiro na administração da assistência de enfermagem?

Referências

Documentos relacionados

A enfermagem moderna conforme vocês já viram, surgiu na segunda metade do século XIX, com Florence Nightingale, sendo que seu início como profissão científica se deu

Ministrar aulas nos Cursos Técnicos de Nível Médio e de Formação Inicial e Continuada exercer atividades de Assessoramento Pedagógico Acadêmico. Apresentar atitude

• Executar atividades de gerenciamento dos recursos financeiros, humanos, materiais e tecnológicos envolvidos na oferta dos produtos e na prestação dos serviços

Para tanto, foi analisada a pre- valência das infecções intramamárias por estes agentes no pós-parto, a ocorrência e intensidade dos casos clínicos de mastite nos primeiros 100

agência e na área operacional era o gerente operacional; que a depoente fazia escala de férias dos funcionários em conjunto com o GRA; que o GRA comparecia, em

Maikon dos Santos Calderão Selecionado Marcio Luis Soares de Brito Selecionado Marcivan de Araujo Pereira Selecionado Melanie Floriano de Oliveira Selecionado. Natielen

O Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IHRU) desempenha um papel importante em matéria de apoios às intervenções, com o intuito

Vox Dei - 1 vitória na França; 2° Prix de la Malmaison - L, Prix de la Vallée d'Ange - L, Prix de la Hézière e Prix Gladiator; 3° Prix de Dozulé; 4° Prix de Sceaux; mãe de:..