COMUNICAÇÕES VIA SATÉLITE
HISTÓRICO
A partir de meados do século XX , com o desenvolvimento das telecomunicações , em âmbito mundial , surgiu a necessidade de se utilizar algum canal de comunicação que permitisse enviar
informações a regiões diferentes do globo , muito distantes entre si . Tal comunicação se mostrou impraticável através do uso de cabos e enlaces de rádio (VHF , UHF e microondas) por vários mótivos , dentre eles o elevado custo na implantação de muitas estações repetidoras entre os pontos de interesse , indisponibilidade de infraestrutura necessária para todos os pontos (energia) , e outros . Foi diante deste contexto que surgiu a idéia de se colocar um REPETIDOR de radiofrequência no espaço , a uma altura que permitisse enviar mensagens a este ponto e deste , as informações fossem retransmitidas ao destino , em visada direta . A partir de então , várias entidades e empresas se dedicaram à pesquisa e ao desenvolvimento de tais elementos , que receberam o nome de SÁTÉLITES (inspirados no nosso satélite natural – a lua) .
• 1958 – Lançamento do satélite SCORE para transmissão de
mensagens de natal do então presidente dos EUA (Einsenhower)
• 1960 – Lançamento do satélite ECHO , que era simplesmente um
balão refletor .Lançamento do satélite COURIER , que foi o primeiro repetidor ativo (gravava a mensagem recebida em fita magnética para posterior retransmissão) .
• 1962 – Lançamento do TELSTAR (AT&T) e RELAY (RCA &
NASA) . O TELSTAR foi o primeiro a transmitir e receber
simultaneamente , operando numa largura de faixa disponível de 50 MHz .
• 1965 – Lançamento do primeiro satélite russo de órbita elíptica – MOLNIYA . Ainda este ano , foi lançado o primeiro da série INTELSAT (International Telecomunications Satélite
Consortium) , o EARLY BIRD – Operava 240 canais de voz ou um canal de TV (50 MHz de BW total . Tinha uma potência de saída de 40 W . Sua vida útil , na época foi estimada em 1,5 anos , tendo permanecido operacional por 3,5 anos .
• 1966 – Lançado o INELSAT II – já apresentava uma vida útil
projetada para 3 anos . Apresentava uma BW de 130 MHz , tendo sido o primeiro satélite a permitir o múltiplo acesso de seus
transponders . A capacidade de tráfego era de 240 canais de voz ou 1 canal de TV .
• 1968 – O INTELSAT III já oferecia uma capacidade equivalente
a 1200 canais de voz ou 4 canais de TV . com uma BW total
disponível de 450 MHz . O tempo de vida útil já estava na cas dos 5 anos .
• Posteriormente – Foram lançados os INTELSAT IV , IV-A , V ,
V-A . O satélite INTELSAT IV foi planejado para uma vida útil de 10 anos , com capacidade para 40.000 canais de voz e 2 canais de TV , dispondo de 36 transponders de banda C e 10
transponders de banda KU .
• Além dos satélites já citados , existem hoje um grande número de
satélites domésticos e regionais em operação , como os
domésticos canadenses ANIK , os americanos WESTAR , os BRASILSAT’s , PANANSAT’s , etc . Os satélites mais
modernos (a partir de 1993) são lançados com uma vida estimada de 13 a 15 anos . Além destes , existem aqueles relacionados às comunicações móveis (IRIDIUM e GLOBALSTAR) , surgidos recentemente como grande promessa de comunicação pessoal , em âmbito mundial .
Estrutura básica de um sistema de comunicação via satélite
Um sistema de comunicação via satélite éconstituído basicamente de:
• Segmento espacial ;
• Segmento terrestre
O segmento espacial compreende o satélite propriamente dito e tem a função de amplificar , transladar e redirecionar o feixe de
radiofrequência para o ponto destino e/ou para aplicações ponto-multiponto (broadcast) bidirecionais , como por exemplo , os serviços móveis de comunicação global . Alguns Satélites mais modernos também apresentam modulação/demodulação em suas estruturas .
O segmento terrestre se encarrega de todo o processamento da
informação (Amplificação , modulação , aplicação de algoritmos de regeneração , etc...) , já que dentre os 2 estágios , é o menos limitado
O satélite e seus componentes de funcionamento
Uma vez colocados em órbita , os satélites devem manter-se nela de forma estável .
No espaço , o satélite sofre força de atração de outros corpos , como a lua , o sol e a própria terra . Estas forças tendem a retirar
lentamente o satélite de sua órbita .
Por este motivo , os satélites possuem mecanismos de auto-estabilização .
Basicamente , existem 2 tipos de satélites quanto à estabilização :
• Estabilizados a três eixos
• Giro-estabilizados
Os satélites estabilizados a três eixos são estabilizados por giroscópios (foguetes de estabilização)
Os satélites giro-estabilizados (maior parte dos satélites síncronos) são estabilizados pela própria massa que fica girando sobre seu próprio eixo , paralelamente ao eixo de rotação da terra .
Uma vez em órbita e estáveis , os satélites nada mais são que REPETIDORES DE MICROONDAS .
Algumas configurações típicas são apresentadas a seguir :
• Translação RF-RF
• Translação RF-FI-RF
• Demodulação-remodulação
Os satélites possuem diversos canais , chamados TRANSPONDERS Cada transponder tem a função de transladar frequências (frequência de subida ⇒ frequência de descida , e vice-versa) .
Os transponders são organizados em um plano de frequências , na faixa de operação do satélite . Na figura abaixo , exemplificamos com o plano de frequências do INTELSAT , operando na banda C
Faixas de frequência
A seguir , mostramos as faixas de frequências utilizadas nas comunicações via satélite :
Banda Faixa (GHz) L 1 ~ 2 S 1 ~ 4 C 4 ~ 8 X 8 ~ 12 Ku 12 ~ 18 K 18 ~ 27 Ka 27 ~ 40
Dentre estas , as mais utilizadas são as bandas L , C e Ku .
• L ⇒ É empregada nos satélites de baixa órbita (LEO) e sua
principal utilização é nas comunicações móveis terrestres , inclusive na comunicação celular global (Iridium , Globalstar)
• C ⇒ É utilizada pelos satélites BRASILSAT , INTELSAT ,
PANAMSAT , NATVELSAT . Esta faixa de frequências é utilizada nas regiões da terra onde existe elevado índice pluviométrico .
• Ku ⇒ Utilizada por outra classe de INTELSAT , PANAMSAT e
NATVELSAT . é utilizada em regiões mais secas .
Classificação quanto à órbita
Existem 3 tipos de órbitas utilizadas para satélites . São elas : Geoestacioárias , Heliocêntricas e órbitas baixas .
• Geoestacionárias (GEO) ⇒ Órbita circular , situada acima da
satélites presentes nesta condição caracterizam-se por
apresentarem um período de rotação idêntico ao período de rotação da terra (23h57min) . Portanto , para um observador situado na superfície da terra , o satélite se apresenta parado , Portanto , apresenta um tempo de visibilidade de 24 Hs . Utilizadas por sistemas que apresentam necessidade de permanente comunicação entre 2 pontos na terra .
• Órbitas baixas (LEO – Low Earth Orbit) ⇒ Órbitas também
circulares (como a geoestacionária) , porém com uma distância bem menor em relação à superfície da terra – em torno de 780 Km . Existem 6 órbitas com estas características . Utilizadas pelos sistemas móveis e por satélites meteorológicos . Os satélites situados nestas condições apresentam um período de 1h40min , com um tempo de visibilidade de 10 min. .
• Heliocêntrica (HEO) ⇒ São órbitas elípticas (ovais) , em número de 4 , onde as alturas em relação à superfície da terra são
variáveis . Existem 2 regiões particulares ; uma onde a altura é máxima – APOGEU – e outra onde a altura é mínima –
PERIGEU , com os seguintes valores :
- Apogeu : 40.000 Km
- Perigeu : 500 Km
Os satélites nestas condições apresentam um período de 12 Hs , apresentando um tempo de visibilidade de 8 Hs
Os satélites podem ainda ser classificados , segundo sua área de cobertura , por :
• Cobertura global
• Cobertura hemisférica
• Cobertura por zona
• Cobertura SPOT
Cada uma destas projetada dependendo da aplicação desejada . A cobertura global é a que atende maior área , enquanto que a
cobertura SPOT (ou focal) atende a menor área .
A concentração de energia está relacionada com a área de cobertura; assim , enquanto na cobertura global existe uma menor densidade de energia , na cobertura SPOT a densidade de energia é maximizada . Abaixo segue um exemplo de um foot – print SPOT de um satélite
Configuração de uma estação terrena
As estações terrenas são o segundo elemento básico do sistema de comunicação via satélite , podendo assumir as mais diversas
configurações , variando em seu tamanho , funções sofisticação e custo .
Entretanto , alguns blocos básicos são comuns na maioria das estações terrenas , como amplificadores de baixo ruído ,
amplificadores de potência , conversores de subida/descida , moduladores , demoduladores , encoders/decoders (dados) , etc . Basicamente , o desempenho de uma estação terrena é avaliado por 2 parêmetros : A potência efetivamente transmitida para o satélite (EIRP) e a relação ganho/temperatura de ruído (G/T) .
Exemplificamos a seguir uma configuração básica de uma estação terrena para transmissão de dados .
As estações terrenas são apontadas para o satélite segundo um ângulo de elevação e azimute que depende das coordenadas geográficas da estação e da posição do satélite .
Para cálculo do ângulo de elevação , considerando-se a estação localizada no hemisfério sul e longitude oeste , tem-se :
Onde :
• φS - É a longitude do satélite (ângulo tomado em relação ao meridiano de Grenwich)
• φT - É a longitude da estação terrena (idem anterior)
• θT - É a latitude da estação terrena (ângulo tomado em relação ao equador)
O ângulo de azimute pode ser determinado por :
Sendo que : • Se φ S ≤ φT ⇒ Â = Â’ • Se φS > φT ⇒ Â = Â’ + 3600 E para a condição de θT = 00 • φS > φT ⇒ Â = 2700 • φS < φT ⇒ Â = 900
Sendo que  é o ângulo de azimute da antena em relação ao norte geográfico , medido no sentido horário .
**OBS : Lembrando-se que existe uma defasagem entre norte
magnético e norte geográfico de 180 , obedecendo a seguinte relação
:
• Nm = Ng + 180
Análise do enlace
Num enlace via satélite , assim como em qualquer outro sistema de comunicação , tem-se o objetivo de obtenção de qualidade e
confiabilidade na transmissão das informações .
Por este motivo , é sempre conveniente determinarmos a relação portadora/ruído do sistema .
No caso de um enlace via satélite , onde temos 2 enlaces particulares envolvidos – UPLINK e DOWNLINK- Abordaremos inicialmente o UPLINK .
A relação portadora/ruído (C/N) do uplink pode ser determinada por:
(C/N)
u=
(EIRP)u + (G/T)u - Ae - 10log(K . B)
Onde :•
(C/N)
u⇒
Relação portadora/ruído do uplink•
(EIRP)u
⇒
EIRP do uplink
•
(G/T)u ⇒ É a relação entre o ganho e a temperatura equivalente
de ruído do sistema de recepção do satélite .•
K . B ⇒ Produto da constante de Boltzman pela largura de faixa
do sistemaA atenuação do espaço livre pode ser calculada pela mesma expressão definida no capítulo 2 , para enlaces de microondas . A distância entre a estação terrena e o satélite pode ser calculada por: Onde : • d : Distância em Km • X1 : 1.826.501.965 Km2 • X2 : 539.055.804 Km 2
Existe um outro parâmetro que devemos analisar num satélite , que é a DENSIDADE DE FLUXO DE SATURAÇÃO , que é a densidade de fluxo necessária para produzir a máxima potência de saída do transponder (potência de saturação) , considerando-se 1 única portadora . Este parâmetro pode ser obtido por :
Ψ
= (4.
π
.EIRP) / (A
e.
λ
2)
Ψ : Densidade de fluxo , dada em W/m2Nos sistemas via satélite , a potência disponível para o down link é limitada . Portanto , a tendência é que se trabalhe
próximo
à potência de saturação do transponder . Não se trabalha exatamente com a potência máxima (consequentemente com o fluxo detransponder apresentar característica não-linear , produzindo distorções que podem levar à completa deterioração do sinal . (desenho da pag 1.23)
A diferença entre a potência de saturação e a potência de trabalho é denominada back-off , que pode ser calculado por :
BOo = (EIRP)sat - (EIRP)u ⇒
Ψ
sat -Ψ
uBOi = (EIRP)d.sat - (EIRP)d
Onde :
• BOo : Back-off de entrada • BOi : Back-off de saída
• (EIRP)sat : Potência da estação terrena necessária para levar o transponder à saturação
• (EIRP)d.sat : É a potência de saída do transponder na condição de saturação
• (EIRP)u : Potência em uso no uplink
• (EIRP)d : Potência em uso no downlink
Sendo assim , a expressão de C/N para o downlink , pode ser determinada a partir da expressão definida para o uplink , e , após algumas substituições , temos :
(C/N)
d=
(EIRP)d.sat - BOo + (G/T)d - Ae - 10log(K . B)
A relação portadora/ruído total do sistema pode ser determinada através de :
(C/N)
t= [(C/N)
u-1+ (C/N)
d-1]
-1É imortante observarmos que à medida em que a relação potência do transponder se aproxima da potência de saturação do mesmo ,
estaremos melhorando a relação C/N tanto para o UPLINK quanto para o DOWNLINK .
Técnicas de múltiplo acesso
As técnicas de múltiplo acesso permitem que os recursos disponíveis sejam utilizados de forma mais eficiente .
As técnicas de múltiplo acesso mais usuais são :
• Múltiplo acesso por divisão de frequência (FDMA)
• Múltiplo acesso por divisão de tempo (TDMA)
• Múltiplo acesso por divisão de código (CDMA)
Em qualquer um dos casos acima , existem 2 formas básicas de alocação de recursos de comunicações para as estações ;
• Pré-alocação
• Alocação por demanda
Na pré-alocação , os recursos são designados para as estaçõese permanecem fixos .
Na alocação por demanda , os recursos são alocados às estações em função da demanda de tráfego em cada uma delas .
FDMA
É o processo onde cada estação , envia suas informações ao satélite por meio de frequências diferentes.
Várias estações podem acessar o satélite , cada uma funcionando com uma frequência diferente , desde que o conjunto não ultrapasse a largura de faixa do transponder (SCPC) ou através de uma
multiplexação FDM dos canais , para cada estação , onde o conjunto obtido modula a portadora que é envida para o satélite (MCPC) .
• MCPC – FDM/FM
Neste sistema , os sinais provenientes dos diversos canais de voz são multiplexados em frequência (FDM)
Conforme a figura a serguir , 5 grupos básicos de 12 canais (B,C,D,E,F) formam um super grupo básico .
Este super grupo básico modula então uma portadora (em FM ) que é transmitida ao satélite .
Cada grupo básico tem destino diferente , entretanto todas as
estações recebem o super grupo básico enviados por A , demodulam o sinal e através de um MUX retiram o seu grupo endereçado .
⇒ Vantagens do acesso MCPC – FDM/FM
- Grande simplicidade
- Baixo custo
- Boa confiabilidade
⇒ Desvantagens do acesso MCPC – FDM/FM
- Perda de BW devido à faixa de guarda entre canais que
ocupam o transponder
- Intermodulação devido à presença de diversas portadoras em
transponders que apresentam não-linearidade
- Técnica pouco apropriada para alocação por demanda .
• MCPC – TDM/PSK
Os sinais a serem transmitidos são transformados em sinais digitais , em geral , um sinal PCM/TDM , que modula uma portadora que é transmitida para o satélite .
Tem pouco interesse prático para este tipo de sistema é baixo , uma vez que o transponder é compartilhado , reduzindo a largura de faixa disponível .
• SCPC – FM
Cada canal a ser transmitido modula uma portadora em FM , que é transmitida para o satélite .
• SCPC – PSK
Neste sistema , cada canal a ser transmitido (voz digitalizada ou dados) modula uma portadora em PSK , que é transmitida para o satélite .
Este sistema possui a vantagem de ser facilmente utilizado na forma de alocação por demanda . Nesta técnica de alocação , as diversas frequências das portadoras disponíveis vão sendo alocadas à medida que as estações desejam transmitir . Temos como exemplo os
sistemas DAMA e SPADE , como exemplo de SCPC alocados por demanda .
⇒ DAMA (Demand assignement multiple access)
É um sistema SCPC normalmente controlado por uma estação-mestre .
A estação-mestre assume a responsabilidade de atribuir um circuito duplex necessário para permitir o tráfego entre 2 estações remotas .
A estação remota que inicia a chamada solicita à estação de controle um circuito duplex .
a estação de controle identifica a estação requisitante e a estação para onde deve se dirigir a chamada e verifica a disponibilidadede circuitos nas estações e no satélite .
Havendo disponibilidade , a estação de controle atribui um circuito duplex entre as 2 estações terminais .
Este esquema é adequado para estações de pequeno porte , com intensidade de tráfego baixa . Sendo assim , este sistema apresenta baixo custo , uma vez que pode utilizar antenas de diâmetro
reduzido (baixa capacidade) .
A desvantagem é que o mesmo não é adequado para intensidades de tráfego médias ou altas .
⇒ SPADE (Single-channel-per-carrier PCM multiple acess
Demand assignement Equipament)
É na realidade um sistema DAMA que utiliza controle distribuído . As principais características são ;
• O sinal de voz é digitalizado , atingindo uma taxa final de 64 Kb/s
• Modulação da portadora de transmissão em QPSK
• A BW disponível para cada canal é 45 KHz
• As portadoras são alocadas dinamicamente por demanda
• A gerência de alocação é distribuída através de um canal de
sinalizaçào comum (Comom Signaling Channel – CSC)
TDMA
Na técnica TDMA , cada estação só pode transmitir durante intervalos de tempo chamados SLOTS .
Neste caso , durante seu intervalo de tempo , a estação utiliza toda a largura de faixadisponível no transponder para comunicação .
Desta forma , as estações transmitem suas mensagens em BURST (rajadas) . O transponder então recebe uma série de bursts , cada um proveniente de uma estação do sistema e o mesmo os retransmite para a terra .
Todas as estações participantes do sistema recebem o conjunto de burst retransmitidos e cada um adquire apenas o burst destinado à ela .
O conjunto composto por cada burst de cada estação é chamado de FRAME (quadro) . Um frame normalmente inicia-se com dois
bursts de referência (RB1 e RB2) por uma estação de referência , pré-definida . Podemos dizer então que no primeiro frame temos o primeiro burst de cada estação , no segundo frame o segundo burst de cada estação e assim sucessivamente .
O tempo de um burst que está tipicamente entre 0,75 e 20 ms , para o serviço de voz . Usualmente este tempo é um múltiplo de 0,125 ms, que é o tempo de amostragem de um sistema PCM (amostragem de 8 KHz) . Entre os diversos burst que compõem o frame existe um intervalo de tempo denominado intervalo de guarda . Este intervalo de tempo garante que não ocorrerá superposição de bursts , mesmo que ocorra pequenas diferenças de temporização entre as estações .