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UECEvest Modernismo brasileiro - 2ª Fase. Porfª: Jéssica Freire 23/09/2017

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UECEvest

Modernismo brasileiro - 2ª Fase Porfª: Jéssica Freire 23/09/2017

São características da segunda geração modernista:

● O traço formalizante é o que caracteriza essa geração de poetas. Enquanto alguns buscam um estilo culto e elevado, outros buscaram uma linguagem essencial, sintética e racional.

● Seus principais representantes foram João Cabral de Melo Neto, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes e Mario Quintana.

● A segunda fase do Modernismo foi caracterizada, no campo da poesia, pelo amadurecimento e pela ampliação das conquistas dos primeiros modernistas. Assim, nos anos de 1930 a 1945, a poesia modernista consolidou-se e alargou seus horizontes temáticos.

● Na prosa, os principais autores a se destacar foam: Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego e Jorge Amado.

1ª Sobre a Segunda Geração do Modernismo, é correto afirmar:

1. Foi caracterizada, no campo da poesia, pelo amadurecimento e pela ampliação das conquistas dos primeiros modernistas;

2. Valorização de uma linguagem rebuscada e metalinguística;

3. Os poetas do período tinham liberdade para escolher formas como o soneto ou o madrigal, sem que isso significasse uma volta a estéticas do passado, como o Parnasianismo;

4. Valorização do conteúdo sonoro e visual, disposição assimétrica dos versos no papel, possibilidade de diversas leituras através de diferentes ângulos;

5. No plano temático, a abordagem do cotidiano continuou sendo explorada, mas os poetas voltaram-se também para problemas sociais e históricos, além de manifestarem inquietações existenciais e religiosas que ampliaram as proposições da fase anterior.

a) Apenas 2 e 4 são corretas. b) 1, 3 e 5 são corretas. c) 3, 5 e 4 são corretas. d) 2, 3 e 5 são corretas. e) apenas 4 está correta.

(2)

Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarrão.

No prato, a sopa esfria, cheia de escamas E debruçados na mesa todos contemplam

esse romântico trabalho. Desgraçadamente falta uma letra,

uma letra somente para acabar teu nome!

- Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! Eu estava sonhando...

E há em todas as consciências um cartaz amarelo: Neste país é proibido sonhar.

Carlos Drummond de Andrade Esse poema é caracteristicamente modernista, porque nele:

a) A uniformidade dos versos reforça a simplicidade dos sentimentos experimentados pelo poeta.

b) Tematiza-se o ato de sonhar, valorizando-se o modo de composição da linguagem surrealista.

c) Satiriza-se o estilo da poesia romântica, defendendo os padrões da poesia clássica.

d) A linguagem coloquial dos versos livres apresenta com humor o lirismo encarnado na cena cotidiana.

e) O dia a dia surge como novo palco das sensações poéticas, sem imprimir a alteração profunda na linguagem lírica.

3ª Enem 2009

Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas.

(3)

Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e

[comunicação.

A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e

[sem horizontes.

E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana.

De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;

este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas.

Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede.

Mas como dói!

ANDRADE, C. D. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003.

Carlos Drummond de Andrade é um dos expoentes do movimento modernista brasileiro. Com seus poemas, penetrou fundo na alma do Brasil e trabalhou poeticamente as inquietudes e os dilemas humanos. Sua poesia é feita de uma relação tensa entre o universal e o particular, como se percebe claramente na construção do poema Confidência do Itabirano. Tendo em vista os procedimentos de construção do texto literário e as concepções artísticas modernistas, conclui-se que o poema acima

a) representa a fase heroica do modernismo, devido ao tom contestatório e à utilização de expressões e usos linguísticos típicos da oralidade.

b) apresenta uma característica importante do gênero lírico, que é a apresentação objetiva de fatos e dados históricos.

c) evidencia uma tensão histórica entre o “eu” e a sua comunidade, por intermédio de imagens que representam a forma como a sociedade e o mundo colaboram para a constituição do indivíduo.

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d) critica, por meio de um discurso irônico, a posição de inutilidade do poeta e da poesia em comparação com as prendas resgatadas de Itabira.

e) apresenta influências românticas, uma vez que trata da individualidade, da saudade da infância e do amor pela terra natal, por meio de recursos retóricos pomposos.

4ª Leia o poema abaixo:

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro,

nem estes olhos tão vazios, nem o lábio tão amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas,

eu não tinha este coração que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa e fácil: - Em que espelho ficou perdida

a minha face?" (Cecília Meireles) Assinale a alternativa INCORRETA de acordo com o poema:

a) A expressão "mãos sem força", que aparece no primeiro verso da segunda estrofe, indica um lado fragilizado e impotente do "eu" poético diante de sua postura existencial.

b) As palavras mais sugerem do que escrevem, resultando, daí, a força das impressões sensoriais. Imagens visuais e auditivas, em outros poemas, sucedem-se a todo momento. c) O tema revela uma busca da percepção de si mesmo. Antes de um simples retrato, o que se mostra é um autorretrato, por meio do qual o "eu" poético olha-se no presente, comparando-se com aquilo que foi no passado.

(5)

d) Não há no poema o registro de estados de ânimo vagos e quase incorpóreos, nem a noção de perda amorosa, abandono e solidão.

Comunhão

Todos os meus mortos estavam de pé, em círculo, eu no centro.

Nenhum tinha rosto. Eram reconhecíveis pela expressão corporal e pelo que diziam

no silêncio de suas roupas além da moda e de tecidos; roupas não anunciadas

nem vendidas.

Nenhum tinha rosto. O que diziam escusava resposta,

ficava, parado, suspenso no salão, objeto denso, tranquilo.

Notei um lugar vazio na roda. Lentamente fui ocupá-lo. Surgiram todos os rostos, iluminados.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia Poética. 48.ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.

p. 352.)

Sobre o autor desse poema, é INCORRETO afirmar que:

a) é um dos representantes da chamada “fase heroica” do Modernismo Brasileiro. b) Sua obra é tradicionalmente dividida em quatro fases: fase gauche, fase social, fase filosófica ou nominal e fase final, também conhecida como fase de memórias. c) Entre seus poemas, estão Confidência do itabirano e Congresso Internacional do Medo. d) O poeta trabalha sobretudo com o tempo, lançando-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, com notável engajamento social e político. e) Na década de 50 sua poesia tomou novos rumos e passou a seguir duas orientações: de um lado, uma poesia reflexiva, filosófica e metafísica; de outro, a poesia nominal com tendência ao Concretismo.

6ª (PUC-RS)

Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia.

(6)

não aquece nem ilumina.

Uma das constantes na obra poética de Carlos Drummond de Andrade, como se verifica nos versos transcritos, é:

a) louvação do homem social b) o negativismo destrutivo

c) a violação e desintegração da palavra d) o questionamento da própria poesia. e) o pessimismo lírico.

7ª (UNIARAXÁ) Leia o fragmento abaixo transcrito da obra “Vidas Secas” e responda à questão a seguir:

Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam

espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se aguentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes, utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopeias. Na verdade falava pouco. Admira as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas. (Graciliano Ramos)

No texto, a referência aos pés:

(A) Constitui um jogo de contrastes entre o mundo cultural e o mundo físico do personagem. (B) Acentua a rudeza do personagem, em nível físico.

(C) Justifica-se como preparação para o fato de que o personagem não estava preparado para caminhada.

(D) Serve para demonstrar a capacidade de pensar do personagem. (E) nda

8ª (ENEM) “No decênio de 1870, Franklin Távora defendeu a tese de que no Brasil havia duas literaturas independentes dentro da mesma língua: uma do Norte e outra do Sul, regiões segundo ele muito diferentes por formação histórica, composição étnica, costumes, modismos linguísticos etc. Por isso, deu aos romances regionais que publicou o título geral de Literatura do Norte. Em nossos dias, um escritor gaúcho, Viana Moog, procurou mostrar com bastante engenho que no Brasil há, em verdade, literaturas setoriais diversas, refletindo as características locais.”

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(CANDIDO, A. A nova narrativa. A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Ática, 2003.)

Com relação à valorização, no romance regionalista brasileiro, do homem e da paisagem de determinadas regiões nacionais, sabe-se que:

a) o romance do Sul do Brasil se caracteriza pela temática essencialmente urbana, colocando em relevo formação do homem por meio da mescla de características locais e dos aspectos culturais trazidos de fora pela imigração

europeia.

b) José de Alencar, representante, sobretudo, do romance urbano, retrata a temática da urbanização das cidades brasileiras e das relações conflituosas entre as raças.

c) o romance do Nordeste caracteriza-se pelo acentuado realismo no uso do vocabulário, pelo temário local, expressando a vida do homem em face da natureza agreste, e assume frequentemente o ponto de vista dos menos favorecidos.

d) a literatura urbana brasileira, da qual um dos expoentes é Machado de Assis, põe em relevo a formação do homem brasileiro, o sincretismo religioso, as raízes africanas e indígenas que caracterizam o nosso povo.

e) Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Simões Lopes Neto e Jorge Amado são romancistas das décadas de 30 e 40 do século XX, cuja obra retrata a problemática do homem urbano em confronto com a modernização do país promovida pelo Estado Novo.

9ª (ENEM) “A velha Totonha de quando em vez batia no engenho. E era um acontecimento para a meninada… Que talento ela possuía para contar as suas histórias, com um jeito admirável de falar em nome de todos os personagens, sem nenhum dente na boca, e com uma voz que dava todos os tons às palavras!

Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinhações. E muito da vida, com as suas maldades e as suas grandezas, a gente encontrava naqueles heróis e naqueles intrigantes, que eram sempre castigados com mortes horríveis! O que fazia a velha Totonha mais curiosa era a cor local que ela punha nos seus descritivos. Quando ela queria pintar um reino era como se estivesse falando dum engenho fabuloso. Os rios e florestas por onde andavam os seus personagens se pareciam muito com a Paraíba e a Mata do Rolo. O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de Pernambuco.”

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(José Lins do Rego. Menino de Engenho. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980, p. 49-51 (com adaptações).

Na construção da personagem “velha Totonha”, é possível identificar traços que revelam marcas do processo de colonização e de civilização do país. Considerando o texto acima, infere-se que a velha Totonha:

a) tira o seu sustento da produção da literatura, apesar de suas condições de vida e de trabalho, que denotam que ela enfrenta situação econômica muito adversa.

b) compõe, em suas histórias, narrativas épicas e realistas da história do país colonizado, livres da influência de temas e modelos não representativos da realidade nacional.

c) retrata, na constituição do espaço dos contos, a civilização urbana européia em concomitância com a representação literária de engenhos, rios e florestas do Brasil.

d) aproxima-se, ao incluir elementos fabulosos nos contos, do próprio romancista, o qual pretende retratar a realidade brasileira de forma tão grandiosa quanto a européia.

e) imprime marcas da realidade local a suas narrativas, que têm como modelo e origem as fontes da literatura e da cultura européia universalizada.

10ª

A morte do leiteiro (…) Da garrafa estilhaçada,

no ladrilho já sereno escorre uma coisa espessa que é leite, sangue… não sei.

Por entre objetos confusos, Mal redimidos da noite, Duas cores se procuram, suavemente se tocam, amorosamente se enlaçam,

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a que chamamos de aurora.

(PUC) Em 1945, Carlos Drummond de Andrade escreveu A Rosa do Povo, da qual o fragmento acima faz parte. Nele podemos verificar:

a) uma análise do comportamento humano, na relação cidade e campo;

b) apenas uma teoria de sua própria produção poética;

c) uma reflexão sobre os valores teológicos e metafísicos do homem contemporâneo;

d) uma temática social e política e uma denúncia das dilacerações do mundo; e) n.d.a.

11ª (Ufscar)

Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure. (Vinicius de Moraes)

Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poeta

a) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas.

b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor.

c) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.

d) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza.

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e) vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao amor.

GABARITO:

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Referências

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