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Abordagem Nutricional nos Transtornos Alimentares

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Abordagem Nutricional

Abordagem Nutricional

nos Transtornos

nos Transtornos

Alimentares

Alimentares

Nutricionista: Gisele Ara

Nutricionista: Gisele Araúújo Magalhãesjo Magalhães

Transtornos Alimentares

Transtornos Alimentares



Anorexia NervosaAnorexia Nervosa



BulimiaBulimia



Transtorno da Compulsão Alimentar Transtorno da Compulsão Alimentar Peri

Perióódica dica 

Transtornos Alimentares não Transtornos Alimentares não Espec

Especííficosficos

EPIDEMIOLOGIA

EPIDEMIOLOGIA

Predominante em mulheres: menos

de 10% são homens, mas os casos começam a aumentar

Anorexia Nervosa: fase pré-puberal e

puberdade, cada vez mais cedo; 0,5% em mulheres jovens ocidentais

Bulimia Nervosa: 16 - 19 anos

prevalência de 1% em mulheres jovens ocidentais (Hay, 2002)

EPIDEMIOLOGIA

EPIDEMIOLOGIA

Prevalência de síndromes parciais ou

TANE: 2-5% das mulheres jovens

Prevalência de TCAP em 2-3% da

população americana (50% homens / 50% mulheres)

Pode ocorrer em qualquer classe

sócio econômica

EPIDEMIOLOGIA

EPIDEMIOLOGIA

Prevalência aumentada em certos grupos

ocupacionais = profissões que exigem boa aparência e corpo muito magro:

Bailarinas, dançarinas;

Modelos, atrizes;

Ginastas, jóqueis, boxers, lutadores;

Estudantes de nutrição e nutricionistas;

Estudantes de Ed. Física e educadores

físicos;

Antonaccio (2001) = 21,4% com

Alimentação desordenada

Referências Diagn

Referências Diagn

ó

ó

sticas

sticas

Diagnostic and Statistical Manual of

Mental Disorders - DSM IV - Americam Psychiatry Association - (APA)

(2)

ANOREXIA

ANOREXIA

Crit

Crit

é

é

rios Diagn

rios Diagn

ó

ó

stico

stico

DSM IV:

DSM IV:

1- Há perda de peso ou, em crianças, falta

de ganho de peso e peso corporal é mantido em pelo menos 15% abaixo do esperado para idade e altura (IMC <17,5 Kg/m2) [checar se chegou a perder 15%

peso].

2- A perda de peso é auto-induzida por

evitar “alimentos que engordam”.

ANOREXIA

ANOREXIA

Crit

Crit

é

é

rios Diagn

rios Diagn

ó

ó

stico

stico

DSM IV

3 - Há uma distorção na imagem

corporal na forma de uma psicopatologia específica de um pavor de engordar.

4 - Um transtorno endócrino

generalizado envolvendo o eixo hipotalâmico-hipofisário.

ANOREXIA

ANOREXIA

Crit

Crit

é

é

rios Diagn

rios Diagn

ó

ó

stico

stico

CID 10

1 - Há perda de peso ou, em

crianças, falta de ganho de peso e peso corporal é mantido em pelo menos 15% abaixo do esperado.

2 - A perda de peso é auto-induzida

por evitar “alimentos que engordam”.

ANOREXIA

ANOREXIA

Crit

Crit

é

é

rios Diagn

rios Diagn

ó

ó

stico

stico

CID 10

3 - Há uma distorção na imagem

corporal na forma de uma psicopatologia específica de um pavor de engordar.

4 - Um transtorno endócrino

generalizado envolvendo o eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal.

Hist

Hist

ó

ó

rico

rico

-

-

Anorexia

Anorexia

Anorexia (grego): falta de apetite Richard Morton (1694) - 1a descrição

médica

Idade Média - jejum religioso - “anorexia

santa”

Entidade clínica:

William Gull (1868) - Inglaterra Charles Laségue (1873) - França

(Cordás et al – IN: Philippi & Alvarenga, 2004)

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nicas na

Anorexia Nervosa

Anorexia Nervosa



Perda de pesoPerda de peso 

Atraso no diagnAtraso no diagnóósticostico 

PrPrááticas inadequadas para o controle do ticas inadequadas para o controle do

peso:

peso:

–VômitosVômitos

–DiurDiurééticosticos

–EnemasEnemase laxantese laxantes

Rev. Bras. Psiquiatr. vol.24 suppl.3 São Paulo Dec. 2002; Carmen Leal de Assumpção e Mônica D Cabral

(3)

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Anorexia Nervosa

Anorexia Nervosa



Jejum simples;Jejum simples; 

ReduReduçção da glicemia e ão da glicemia e aaaacirculantes;circulantes; 

Aumento na secreAumento na secreçção de ão de glucagonglucagone e

redu

reduçção na secreão na secreçção de insulina;ão de insulina;



Uso das reservas corporais de glicogênio;Uso das reservas corporais de glicogênio; 

GliconeogêneseGliconeogênese; ; 

Uso de corpos Uso de corpos cetônicoscetônicospelo cpelo céérebro com rebro com

redu

reduçção do consumo protão do consumo protééico e perda de ico e perda de 90 a 100g /dia de massa muscular

90 a 100g /dia de massa muscular

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Anorexia Nervosa

Anorexia Nervosa



Na primeira semana de jejum hNa primeira semana de jejum háá uma perda de 300 a 600 g/dia

uma perda de 300 a 600 g/dia



Esta perda Esta perda ééacompanhada pela acompanhada pela redu

reduçção do gasto calão do gasto calóórico rico 

HHáámaior utilizamaior utilizaçção de gordura como ão de gordura como fonte energ

fonte energééticatica



ReduReduçção da perda para 220 g/diaão da perda para 220 g/dia

60% 100% Variação Normal P es o C o rp ó re o Massa muscular ↓Resposta imune Insuficiência de Múltiplos órgãos 0 semanas 10 Pacientes catabólicos Pessoas normais Fadiga Depressão Apatia total Morte energética Acamado D is p o n ib il id ad e d e e n er g ia e Q u al id ad e d e v id a 100% 0%

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Anorexia Nervosa

Anorexia Nervosa



AlteraAlteraçções Endões Endóócrinascrinas



AmenorrAmenorrééia;ia; 

Baixos nBaixos nííveis de veis de testoteronatestoterona, FSH e LH;, FSH e LH; 

Diabetes Diabetes insipidoinsipido;; 

ElevaElevaçção do não do níível basal do hormônio do vel basal do hormônio do

crescimento;

crescimento;



HipercortisolemiaHipercortisolemia;; 

ReduReduçção de T3 e T4 com TSH normal ou ão de T3 e T4 com TSH normal ou

pouco reduzido;

pouco reduzido;

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Anorexia Nervosa

Anorexia Nervosa

Altera

Alteraçções ões óósseassseas



ReduReduçção da densidade ão da densidade óóssea;ssea;



OsteopeniaOsteopeniaou osteoporose ou osteoporose irrevers

irreversíível;vel;



DiminuiDiminuiçção ou suspensão do ão ou suspensão do crescimento

crescimento óósseo linear;sseo linear;



Fraturas. Fraturas.

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Anorexia Nervosa

Anorexia Nervosa

Altera

Alteraçções ões HidroeletrolitHidroeletrolitíícascas



HipocalemiaHipocalemia;;

–Fraqueza, confusão, nFraqueza, confusão, nááuseas, palpitauseas, palpitaçção, ão,

arritmia, dor abdominal e constipa

arritmia, dor abdominal e constipaççãoão



HiponatremiaHiponatremia;; 

HipomagnesemiaHipomagnesemia;; 

Acidose metabAcidose metabóólica e lica e alcalosealcalosemetabmetabóólica lica

hipocalêmica

(4)

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Anorexia Nervosa

Anorexia Nervosa

Altera

Alteraçções Hematolões Hematolóógicasgicas

 Anemia;Anemia;  LeucopeniaLeucopenia;;  TrombocitopeniaTrombocitopenia;; 

HipoplasiaHipoplasiade medula secundde medula secundáária ao ria ao uso de

uso de fenolftalefenolftaleíínana..

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Anorexia Nervosa

Anorexia Nervosa

Altera

Alteraçções dos fâneros e visãoões dos fâneros e visão 

Pele seca, sem brilho e coberta por fina camada Pele seca, sem brilho e coberta por fina camada de pêlos (

de pêlos (lanugolanugo);); 

ColoraColoraçção de pele amarelada;ão de pele amarelada; 

DiminuiDiminuiçção dos caracteres sexuais secundão dos caracteres sexuais secundáários;rios; 

Perda do contorno do quadril e nPerda do contorno do quadril e náádegas;degas;



Unhas quebradiUnhas quebradiçças e com crescimento lento;as e com crescimento lento;



Pêlos e cabelos ralos, finos, opacos;Pêlos e cabelos ralos, finos, opacos; 

Catarata, atrofia do nervo Catarata, atrofia do nervo óóptico e degeneraptico e degeneraçção ão da retina.

da retina.

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Anorexia Nervosa

Anorexia Nervosa

Altera

Alteraçções Cardões Cardííacasacas



Hipotensão arterial;Hipotensão arterial;



BradicardiaBradicardia;;



Taquicardia;Taquicardia;



Atrofia do mAtrofia do múúsculo cardsculo cardííaco;aco; 

ProlapsoProlapsode vde váálvula mitral;lvula mitral; 

Derrame pericDerrame pericáárdico;rdico; 

AlteraAlteraçções ões eletrocardiogreletrocardiográáficasficase arritmias;e arritmias;



Risco de morte sRisco de morte súúbita;bita;



SSííndrome de realimentandrome de realimentaçção.ão.

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Anorexia Nervosa

Anorexia Nervosa

Altera

Alteraçções Pulmonaresões Pulmonares



Edema pulmonar;Edema pulmonar;

 PneumomediastinoPneumomediastino;;  TaquipnTaquipnééiaia;;  BradpnBradpnééiaia;; 

AspiraAspiraçção.ão.

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Anorexia Nervosa

Anorexia Nervosa

Altera

Alteraçções Renaisões Renais



ReduReduçção da concentraão da concentraçção urinão urináária;ria;



AzotemiaAzotemiaprpréé--renal;renal;



NefropatiaNefropatiahipocalêmicahipocalêmica;;



LitLitííaseaserenal;renal;



HematHematúúriaria. .

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Anorexia Nervosa

Anorexia Nervosa

Altera

Alteraçções ões GastrointestinaisGastrointestinais



PancreatitePancreatite;;



ElevaElevaçção de enzimas hepão de enzimas hepááticas;ticas;



Aumento das parAumento das paróótidas e parotidite;tidas e parotidite;



(5)

Hipoglicemia Hipoglicemia Hipercolestero Hipercolestero lemia lemia

PREVALÊNCIA DAS

PREVALÊNCIA DAS

COMPLICA

COMPLICA

Ç

Ç

ÕES CL

ÕES CL

Í

Í

NICAS

NICAS

 51,7% 51,7% OsteopeniaOsteopenia  41,3% 41,3% BradicardiaBradicardia  38,6% Anemia38,6% Anemia  34,6% Osteoporose34,6% Osteoporose  34,4% 34,4% LeucopeniaLeucopenia 

30% Fratura 30% Fratura óósseassea  22,4% 22,4% HipotermiaHipotermia  19,7% 19,7% HiponatremiaHiponatremia  19,7% 19,7% HipocalemiaHipocalemia  16,1% Hipotensão16,1% Hipotensão 

14,8% Amenorr14,8% Amenorrééia primia primááriaria

BULIMIA

BULIMIA

Crit

Crit

é

é

rios Diagn

rios Diagn

ó

ó

stico

stico

DSM IV

DSM IV

1 - Episódios recorrentes do comer

compulsivo

2 - Comportamentos compensatórios

recorrentes com frequência mínima: 2x / sem por 3 meses

BULIMIA

BULIMIA

Crit

Crit

é

é

rios Diagn

rios Diagn

ó

ó

stico

stico

DSM IV

DSM IV

3 - Prejuízo na auto-avaliação em

função de peso e forma corporal

4 - Subtipos: purgativo e

não-purgativo

APA, 1994

BULIMIA

BULIMIA

Crit

Crit

é

é

rios Diagn

rios Diagn

ó

ó

stico

stico

CID 10

CID 10



1 1 - Episódios de hiperfagia: grandes

-quantidades de alimento são consumidas em curtos períodos de tempo (pelo menos duas vezes por semana durante um período de três meses).

2 - Preocupação persistente com o comer

e um forte desejo ou um sentimento de compulsão a comer.

BULIMIA

BULIMIA

Crit

Crit

é

é

rios Diagn

rios Diagn

ó

ó

stico

stico

CID 10

CID 10

3 - O paciente tenta neutralizar os efeitos

“de engordar” por meio de: vômitos auto-induzidos, purgação auto-induzida,

períodos de alternação de inanição, uso de drogas tais como anorexígenos,

preparados tireoideanos ou diuréticos.

Quando a bulimia ocorre em pacientes diabéticos, eles podem negligenciar seu tratamento insulínico.

(6)

BULIMIA

BULIMIA

Crit

Crit

é

é

rios Diagn

rios Diagn

ó

ó

stico

stico

CID 10

CID 10

4 - Há uma auto percepção de estar

muito gorda, com pavor intenso de engordar e com uso de exercícios excessivos ou jejuns.

TCAP

TCAP

Crit

Crit

é

é

rios Diagn

rios Diagn

ó

ó

stico

stico

DSM IV

DSM IV

Episódios recorrentes do comer

compulsivo não associada ao uso regular de comportamentos purgativos característicos da AN e BN, com acentuada angústia

Pelo menos 2 dias por semana

durante 6 meses

TCAP

TCAP

Crit

Crit

é

é

rios Diagn

rios Diagn

ó

ó

stico

stico

DSM IV

DSM IV

Associado a 3 ou mais critérios:

- comer muito e mais rapidamente que o

normal

- comer até sentir-se repleto

- comer grandes quantidades de alimentos

sem estar com fome

- comer sozinho devido ao embaraço da

quantidade que consome

- sentir repulsa por si mesmo, depressão ou

culpa

Transtornos alimentares não

Transtornos alimentares não

espec

espec

í

í

ficos

ficos

AN atípica – um ou mais aspectos estão

ausentes ou

todos em grau mais leve

BN atípica - um ou mais aspectos estão

ausentes

Hiperfagia associada a outros distúrbios

psicológicos (levando a obesidade)

Vômitos associados a outros distúrbios

psicológicos

Picacismo em adultos, perda de apetite

psicogênica

OUTROS TRANSTORNOS

ALIMENTARES

(AINDA NÃO CONSTAM NO

DSM-IV)

H

HÁÁBITO ALIMENTARBITO ALIMENTAR FATORES DETERMINANTES

FATORES DETERMINANTES

INFLUÊNCIA NA FOME, NA SACIEDADE, NO APETITE E NA ESCOLHA E NA RELAÇÃO COM O

ALIMENTO .

HÁBITO ALIMENTAR FAZ PARTE DA IDENTIDADE CULTURAL DO INDIVÍDUO

HISTÓRIA PESSOAL/FAMILIAR

Vínculo mãe-filho Relações afetivas com

familiares Vivências dolorosas Desamparo estrutural FATORES CULTURAIS Fatores socioeconômicos (globalização) Informação nutricional (mídia) FATORES FISIOLÓGICOS Fase de desenvolvimento do indivíduo (puberdade, gravidez, outros)

(7)

H

HÁÁBITO ALIMENTARBITO ALIMENTAR

FATORES DETERMINANTES

FATORES DETERMINANTES

Influência da globaliza

Influência da globalizaççãoão



 A globalizaA globalizaçção, uma revoluão, uma revoluçção silenciosa, alterou ão silenciosa, alterou profundamente os padrões de comportamento da

profundamente os padrões de comportamento da

sociedade, principalmente nos

sociedade, principalmente nos úúltimos 30 anos. ltimos 30 anos.



 A globalizaA globalizaçção, a despeito da nossa vontade ou ão, a despeito da nossa vontade ou

percep

percepçção, condiciona a nossa vida, modificando nossos ão, condiciona a nossa vida, modificando nossos costumes, valores e rela

costumes, valores e relaçções com o trabalho, vida ões com o trabalho, vida

familiar e o lazer.

familiar e o lazer.

INFLUÊNCIAS DA GLOBALIZA

INFLUÊNCIAS DA GLOBALIZAÇÇÃOÃO A globaliza

A globalizaçção não funda comunidades, mas centros ão não funda comunidades, mas centros

comerciais

comerciais



 Para manter seu poder aquisitivo o homem moderno negligencia o Para manter seu poder aquisitivo o homem moderno negligencia o auto cuidado para espichar o tempo. Vive sem tempo, apressado,

auto cuidado para espichar o tempo. Vive sem tempo, apressado,

estressado e sedent

estressado e sedentáário rio (PRESSA = ESTADO NATURAL)(PRESSA = ESTADO NATURAL)



 FamFamíília se debilita como referência (funlia se debilita como referência (funçção paterna em baixa). ão paterna em baixa).

Desorganiza

Desorganizaçção familiarão familiar



 Diminui o tempo dedicado a convivência familiar e perde a Diminui o tempo dedicado a convivência familiar e perde a sensibilidade para perceber os filhos, que apresentam grandes

sensibilidade para perceber os filhos, que apresentam grandes

perdas afetivas =

perdas afetivas = ““HOMEM LIGHTHOMEM LIGHT””



 Diminui o tempo dedicado Diminui o tempo dedicado àànutrinutriçção (ão (fastfastfoodfood), lazer. Perdem a ), lazer. Perdem a

capacidade de saborear.

capacidade de saborear. 

 Assim, os filhos compensam o pouco acolhimento que recebem Assim, os filhos compensam o pouco acolhimento que recebem com e

com excesso de comida, TV, xcesso de comida, TV, videovideo--gamegame, etc, etc. Come. Come--se para se para preencher vazios.

preencher vazios.

Os deuses instilaram ansiedade no primeiro homem Os deuses instilaram ansiedade no primeiro homem

que descobriu como distinguir os hor que descobriu como distinguir os horáários. rios. E instilaram mais ansiedade ainda naquele E instilaram mais ansiedade ainda naquele que construiu um rel

que construiu um relóógio de sol, para cortar e picar gio de sol, para cortar e picar meus dias tão desgra

meus dias tão desgraççadamente em pedacinhos!adamente em pedacinhos! Titus

TitusMacciusMacciusPlautusPlautus(254 (254 --184 184 aCaC))

INFLUÊNCIAS DA GLOBALIZA

INFLUÊNCIAS DA GLOBALIZAÇÇÃOÃO

A

Açção ão massificadoramassificadorados meios de comunicados meios de comunicaçção ão

padroniza os desejos, inclusive do corpo ideal.

padroniza os desejos, inclusive do corpo ideal.



 Exigência da beleza imperativa associada Exigência da beleza imperativa associada ààmagreza X magreza X grande est

grande estíímulo para consumo de alimentos padronizados.mulo para consumo de alimentos padronizados. 

 Profunda insatisfaProfunda insatisfaçção, principalmente das mulheres, com o ão, principalmente das mulheres, com o

corpo.

corpo.



 Perda da espontaneidade na relaPerda da espontaneidade na relaçção com o alimento. ão com o alimento. Come

Come--se com medo de engordar. Grande dificuldade para se com medo de engordar. Grande dificuldade para perceber a saciedade.

perceber a saciedade.



 Quanto mais o homem deseja o modelo padronizado de Quanto mais o homem deseja o modelo padronizado de

magreza, mais dif

magreza, mais difíícil para ele mantercil para ele manter--se magro.se magro.

A mesma sociedade que fabrica o obeso o rejeita.

Número de refeições realizadas pelo pai em dias de semana (< 3) Elevado percentual de gordura corporal materno Prática de atividade sedentária no fim de semana

Tempo/dia em frente à televisão Familiares próximos com

dislipidemias Número de pessoas

do domicílio (< 5)

Limitação pelos pais da quantidade de alimentos ingeridos pela criança Ganho excessivo de peso gestacional materno FATORES DE RISCO PARA

FATORES DE RISCO PARA

O SOBREPESO EM

O SOBREPESO EM

CRIAN

CRIANÇÇAS DO MUNICAS DO MUNICÍÍPIO PIO

DE VI

DE VIÇÇOSA OSA ––MGMG

(Juliana Farias de Novais)

(Juliana Farias de Novais)

Filho único

Familiares próximos com obesidade Prática de atividade sedentária em dias de semana Lanche frequente em estabelecimentos comerciais

H

H

Á

Á

BITOS ALIMENTARES

BITOS ALIMENTARES

Transi

Transiçção nutricionalão nutricional H

HÁÁBITOS ALIMENTARESBITOS ALIMENTARES



 Comer solitComer solitáário / perda do ritual rio / perda do ritual



 ⇓⇓consumo tradicionalconsumo tradicionalee⇑⇑consumo consumo de

de industrializados (ex. jantar X industrializados (ex. jantar X lanche)

lanche) 

 Omissão de refeiOmissão de refeiççõesões 

 Excesso de preocupaExcesso de preocupaçção com a ão com a

imagem corporal

imagem corporal →→padrão dietpadrão dietéético tico bizarro e suplementa

bizarro e suplementaçções alimentares ões alimentares

inadequadas.

inadequadas. 

 Perda da espontaneidadePerda da espontaneidade**na relana relaçção ão

com o alimento: alimentos

com o alimento: alimentos ““que que

engordam

engordam””(ruins) X alimentos (ruins) X alimentos ““que que

não engordam

não engordam””(bons)(bons)

*

* Perda da liberdade diante do alimentoPerda da liberdade diante do alimento

CONSEQUÊNCIAS

CONSEQUÊNCIAS



 ⇓⇓desnutridesnutriçção eão e⇑⇑obesidade obesidade 

 ⇑⇑complicacomplicaçções metabões metabóólicas licas

(diabetes tipo II)

(diabetes tipo II) 

 ⇑⇑DislipidemiasDislipidemias= = ⇑⇑doendoençça a

cardiovascular

cardiovascular 

 Fome oculta (ex.anemia)Fome oculta (ex.anemia) 

 Graus variados de retardo do Graus variados de retardo do

crescimento e da matura

crescimento e da maturaçção ão sexual (riscos futuros:

sexual (riscos futuros:

osteoporose).

(8)

MUNDO GLOBALIZADO

MUNDO GLOBALIZADO



 Mal estar Mal estar contemporâneo contemporâneo



 Novos sintomasNovos sintomas



 Novos desafios àNovos desafios à

medicina medicina



depressão, anorexia, depressão, anorexia, bulimia, obesidade bulimia, obesidade m móórbidarbida  gravidez na gravidez na adolescência adolescência  delinquênciadelinquência, , drogadi drogadiççãoão, , prostitui

prostituiçção infantil, ão infantil, DST/Aids

DST/Aids 

suicsuicíídio, acidentes, dio, acidentes, homic

homicíídios: dios:

mortalidade elevada mortalidade elevada por causas externas por causas externas



Comportamento Comportamento AnorAnorééxicoxicox Anorexiax Anorexia



Comportamento Comportamento BulBulíímicomico x Bulimiax Bulimia

Terapia Nutricional

Terapia Nutricional



A importância das dietas no A importância das dietas no desenvolvimento e manuten

desenvolvimento e manutençção dos ão dos

Transtornos Alimentares

Transtornos Alimentares

--RestriçRestrições dietões dietééticasticas

--Padrões alimentares inadequadosPadrões alimentares inadequados

--HáHábitos errôneosbitos errôneos

Terapia Nutricional

Terapia Nutricional



As atividades do nutricionista representam As atividades do nutricionista representam

uma parte importante no tratamento dos

uma parte importante no tratamento dos

transtornos alimentares

transtornos alimentares ––TATA



 A A AmericanAmericanDieteticDieteticAssociationAssociation(ADA) (ADA)

indica que

indica que ““intervenintervençção e educaão e educaçção ão nutricionais sejam integradas ao nutricionais sejam integradas ao tratamento

tratamento””, , com um nutricionista na com um nutricionista na equipe

equipe multiprofissionalmultiprofissional..

(

(GannonGannonMA, MA, MitchellMitchellJE, J Am JE, J Am DietDietAssoc 1986; Assoc 1986; AmericanAmericanDieteticDietetic Association

Association(ADA). J Am (ADA). J Am DietDietAssoc 1988;Assoc 1988;AmericanAmericanDieteticDietetic

Association

Association(ADA). J Am (ADA). J Am DietDietAssoc 2001).Assoc 2001).

Fases da Terapia Nutricional

Fases da Terapia Nutricional



Educacional:Educacional:

coleta e transmissão de informações: a história alimentar do paciente, o estabelecimento de uma relação de colaboração, a definição de conceitos relevantes sobre alimentos, a

apresentação de exemplos de padrões de fome e de consumo alimentar e a

orientação familiar

(American Dietetic Association (ADA). J Am Diet Assoc 1994;94(8):902-7.)

Fases da Terapia Nutricional

Fases da Terapia Nutricional



ExperimentalExperimental: :

tem objetivos mais terapêuticos, que incluem: separar comportamentos relacionados a alimento e peso, de sentimentos e questões psicológicas; incrementar as mudanças de comportamento alimentar; aumentar ou diminuir o peso gradativamente; orientar a manutenção de um peso adequado e o comportamento com o alimento em ocasiões sociais.

(9)

Terapia Nutricional

Terapia Nutricional

Segundo a ADA, todos os

nutricionistas estão aptos a atuar na fase educacional; mas, para a fase experimental, são necessários treinamento e experiência em TA, trabalhando mais intimamente comos psicoterapeutas, em uma abordagem “psiconutricional”

(Alvarenga M& Larino MARev Bras Psiquiatr 2002;24(Supl III):39-43)

Terapia Nutricional

Terapia Nutricional



Abordagem na Anorexia NervosaAbordagem na Anorexia Nervosa

- Ajudar o paciente a entender suas necessidades nutricionais, bem como ajudar a iniciar uma escolha alimentar por meio de um aumento da variedade na dieta e da prática de comportamentos adequados. Uma técnica efetiva envolve mudança das crenças errôneas e ajuda o paciente a ter percepções e interpretações mais adequadas de dieta, nutrição e relação entre inanição e sintomas físicos.

--Cuidado com Cuidado com realimentarealimentaççaoao..

Terapia Nutricional

Terapia Nutricional



Abordagem na Bulimia NervosaAbordagem na Bulimia Nervosa

-- Um conhecimento em profundidade do comportamento alimentar possibilita o planejamento da intervenção nutricional necessária para melhorar a qualidade da dieta desses pacientes. As atitudes relacionadas ao alimento são bons preditores da ingestão alimentar. Sabe-se que a mudança em atitudes alimentares é uma medida importante do resultado geral nesses pacientes. Pesquisadores e clínicos devem entender e tratar todos os distúrbios de alimentação dos pacientes com BN e não apenas os episódios bulímicos que definem a síndrome.

Terapia Nutricional

Terapia Nutricional



Abordagem na Bulimia NervosaAbordagem na Bulimia Nervosa adequar os padrões nutricionais e

reeducar os comportamentos alimentares inadequados.

(Hetherington MM, Spalter AR, Bernat AS, Nelson ML, Gold PW. Int J Eat Disord 1993;13:13-24; Sunday SR, Einhorn A, Halmi KA. Am J Clin Nutr 1992;55:362-71. Eiger MR, Christie BW, Sucher KP. J Am Diet Assoc 1996;96:62-4; Bulik CM, Sullivan PF, Carter FA, Joyce PR. Int J Eat Disord 1997;22:195-201; Cordás TA, São Paulo:Maltesse; 1993.)

Terapia Nutricional

Terapia Nutricional



Abordagem nos Transtornos Abordagem nos Transtornos Alimentares não especificados

Alimentares não especificados

--Promover alteraPromover alteraçções e melhoras do ões e melhoras do comportamento alimentar e da

comportamento alimentar e da

rela

relaçção com o alimento.ão com o alimento.

ANOREXIA ou

ANOREXIA ou

BULIMIA NERVOSA

BULIMIA NERVOSA



PRPRÁÁTICA CLTICA CLÍÍNICANICA



““PegaPega””do paciente com o do paciente com o

nutricionista.

nutricionista.



Cuidado com tanta gente cuidando.Cuidado com tanta gente cuidando.



Transferências alimentares, amizade, Transferências alimentares, amizade,

seguran

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Terapia Nutricional

Terapia Nutricional



Eu não achava que eu tinha anorexia, e Eu não achava que eu tinha anorexia, e

nem me achava tão magra, s

nem me achava tão magra, sóódescobri descobri que estava doente quando fui internada

que estava doente quando fui internada

por me sentir muito mal... Ao sair do

por me sentir muito mal... Ao sair do

hospital, tive muito medo de deixar a

hospital, tive muito medo de deixar a

sonda e não conseguir mais sentir bem.

sonda e não conseguir mais sentir bem.

Hoje que estou sem sonda, ainda tenho

Hoje que estou sem sonda, ainda tenho

medo de me alimentar, mas j

medo de me alimentar, mas jáávejo que vejo que

sou capaz de viver bem, em paz com as

sou capaz de viver bem, em paz com as

calorias!

calorias!””

M.C.J.

M.C.J. ––34 anos h34 anos háá17 anos vem tratando 17 anos vem tratando

anorexia nervosa

anorexia nervosa

Terapia Nutricional

Terapia Nutricional

“Viajar Viajar ééum trauma, sempre viajo um trauma, sempre viajo procurando farm

procurando farmáácias...cias...”” “

“Meus irmãos são Meus irmãos são óótimos, magros e timos, magros e altos

altos”” Ap

Apóós as festas de fim de ano: s as festas de fim de ano:

“consegui comer um pouco sem consegui comer um pouco sem

descontrolar, mas estou muito

descontrolar, mas estou muito

preocupada com isto

preocupada com isto””

M.O.B.L. 23 anos

M.O.B.L. 23 anos

O SIGNIFICADO NÃO NUTRICIONAL DOS

O SIGNIFICADO NÃO NUTRICIONAL DOS

ALIMENTOS

ALIMENTOS

“Uma sopa quente que se toma numa noite fria Uma sopa quente que se toma numa noite fria ééuma uma lareira que se acende no estômago. Sopas são lareira que se acende no estômago. Sopas são maravilhosos rem

maravilhosos reméédios contra depressão. Quando a dios contra depressão. Quando a sopa quente, cheirosa, colorida e apimentada bate no sopa quente, cheirosa, colorida e apimentada bate no estômago, a tristeza se vai e a alegria volta. Não h estômago, a tristeza se vai e a alegria volta. Não háá melancolia que resista

melancolia que resista ààmagia de um prato de sopa... magia de um prato de sopa... ““

Rubem Alves

Rubem Alves

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO

Os TA são complexos e o tratamento

efetivo deve contar com uma equipe de especialistas. O nutricionista deve ser o profissional qualificado para implementar a Terapia Nutricional, necessitando de formação especial e experiência na área, além de

interação com os demais membros da equipe.

OBRIGADA

OBRIGADA

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