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Como Prefeituras e Câmaras podem criar e gerenciar seus Diários Oficiais Eletrônicos

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Como Prefeituras e Câmaras podem

criar e gerenciar seus

Diários Oficiais Eletrônicos

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Apresentação

A maioria dos prefeitos e presidentes de Câmaras de Vereadores não sabe que pode criar o Diário Oficial Eletrônico de suas entidades e sobre isso tem pouca informação. Não sabe como operar e também não sabe quais são os atos oficiais que podem e os que não podem ser publicados no veículo oficial de divulgação próprio.

Quando alguém sugere criar o Diário Oficial da Prefeitura e da Câmara de Vereadores, a primeira idéia que tem é daquele modelo tradicional de imprensa oficial, criado e mantido pela União, pelo Distrito Federal e pelos Estados, modelo muito grande e caro, inviável para a realidade dos municípios brasileiros, principalmente os de médio e pequeno portes.

Também se questiona se o Município tem competência constitucional para criar um Diário Oficial próprio, se há interesse público e se o Tribunal de Contas aceita as publicações que serão feitas no Diário Oficial próprio da Prefeitura ou da Câmara de Vereadores. Há ainda a dúvida se deve ser impresso ou simplesmente eletrônico na internet.

Para esclarecer todas essas questões, editamos este manual que explica como Prefeituras e Câmaras de Vereadores podem criar e gerenciar seus Diários Oficiais Eletrônicos.

(4)

1.

Embasamentos que norteiam a criação do

Diário Oficial Eletrônico próprio

1.1.

Embasamento de legalidade

Os embasamentos de legalidade para instituir a Imprensa Oficial (Diário Oficial Eletrônico) encontram-se no inciso XXXIII do art. 5º e no caput dos arts. 37 e 162 da Constituição Federal de 1988; no art. 4º, inciso IV do Decreto-lei 201/67; no art. 11, inciso IV da Lei nº 8.429/92; na Lei n° 9.755/98; no art. 4º, inciso IV da Lei 10.520/02; no art. 48 da Lei Complementar nº 101/00 e no inciso XIII do art. 6º da Lei nº 8.666/93.

1.2.

Embasamento de razoabilidade

O Diário Oficial Eletrônico próprio satisfaz o princípio da razoabilidade, porque guarda relação lógica com outros princípios da administração pública e presta-se à finalidade de divulgar todos os atos oficiais que se sujeitam ao princípio constitucional da publicidade, especialmente aqueles apontados nas legislações adiante relacionadas.(pag. 19)

1.3.

Embasamento de moralidade

O Diário Oficial Eletrônico próprio suporta o crivo do princípio da moralidade, porque a finalidade é dar transparência aos atos praticados pela administração pública municipal, submetendo-os ao crivo da democracia participativa (participação popular e controle social).

(5)

1.4.

Embasamento de eficiência

O Diário Oficial Eletrônico próprio proporciona à administração pública municipal eficiência quantitativa e qualitativa. Quantitativa, porque todos os atos administrativos, planos, programas, prestações de contas, leis, decretos, portarias, licitações, contratações diretas, contas públicas e instrumentos de gestão fiscal serão publicados na forma impressa e eletrônica na internet, pois a Prefeitura não estará mais pressionada pelo fator custo de publicação dos veículos de outros entes federados. Qualitativa, porque os administrados terão acesso aos atos administrativos em um só local (Diário Oficial Eletrônico), de baixo custo e seguro.

1.5.

Embasamento de economicidade

De um modo geral, a publicação de leis, atos administrativos, contas públicas, avisos de licitações e instrumentos de gestão fiscal nos veículos oficiais de outros entes federados é muito onerosa. As Prefeituras que não têm Diário Oficial Eletrônico próprio sabem disso. O Diário Oficial próprio, além de proporcionar a publicação de todos os atos administrativos, reduz o gasto com publicidade legal em aproximadamente 90%.

1.6.

Embasamento de segurança

As edições do Diário Oficial Eletrônico próprio da Prefeitura ou da Câmara de Vereadores são armazenadas em Internet Data Center – IDC de alta capacidade, que disponibiliza serviço de hospedagem, backup, segurança de firewall, banco de dados Oracle e servidor de aplicação Cold Fusion. Além disso, estarão disponíveis para consulta dos órgãos do Poder Executivo, fiscalizadores e de controle externo.

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2.

Tecnologia da informação facilita a criação

e gestão de Diários Oficiais Eletrônicos

Atualmente, criar e operar Diários Oficiais Eletrônicos é uma tarefa muito fácil. Deve-se encaminhar projeto de lei para a Câmara de Vereadores e utilizar as próprias estruturas de tecnologia da informação e de telecomunicações, além de soluções de segurança como o carimbo de tempo, fornecido pelo Observatório Nacional, e a assinatura com certificação digital, fornecida por autoridade certificadora credenciada no âmbito da Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil, tecnologias estas que possibilitam às diferentes esferas de governo e poder criarem e operarem seus Diários Oficiais Eletrônicos com alta segurança e baixo custo.

3.

Tribunais de Justiça do Brasil têm Diários

Oficiais Eletrônicos

A Lei Federal n° 11.419/06 conferiu aos Tribunais de Justiça do Brasil a prerrogativa de criar e operar seus Diários Oficiais Eletrônicos na internet, tendência mundial que vem para ficar e substituir em definitivo, num futuro bem próximo, os Diários Oficiais impressos.

4.

Tribunal de Contas do Estado de Santa

Catarina criou seu Diário Oficial Eletrônico

Entre os Tribunais de Contas do Brasil, o do Estado de Santa Catarina foi o primeiro a criar o seu Diário Oficial Eletrônico – DOTC-e, veículo oficial de publicação e divulgação dos atos processuais e administrativos que substitui a versão impressa, em conformidade com a Lei Complementar nº 393/2007 do Estado de Santa Catarina e a Resolução nº TC 18/2007. A partir de 5 de maio de 2008, todos os atos processuais e administrativos do Tribunal de Contas passaram a ser publicados exclusivamente no

(7)

Diário Oficial Eletrônico na internet. Sua veiculação é diária, de segunda a sexta-feira, a partir das 8 horas, exceto nos dias em que não há expediente no Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina.

5.

Diário Oficial Eletrônico é uma tendência

mundial

Publicar atos oficiais através de Diário Oficial Eletrônico é uma tendência mundial, porque as tecnologias da informação e a internet são cada vez mais confiáveis e empregadas para ampliar e consolidar a transparência, substituindo o meio papel pelo eletrônico, e nesta direção o Brasil caminha a passos largos e abraça essa tendência mundial com firmeza e determinação.

6.

Prefeituras têm experiência na divulgação

eletrônica de atos oficiais

A experiência brasileira de divulgação eletrônica na internet dos atos oficiais começou em 1988 com as contas públicas. Depois, em 2000, alcançou os instrumentos de transparência da gestão fiscal e por último, em 2002, os avisos e editais de licitações na modalidade pregão.

7.

Cidadãos preferem divulgação eletrônica

Importante destacar que os cidadãos estão exigindo também que leis, decretos, portarias, avisos e atos das licitações nas modalidades carta-convite, concorrência, tomada de preço, concurso e leilão e das contratações diretas por dispensa e inexigibilidade, embora não obrigados, sejam divulgados em meio eletrônico na

(8)

8.

Municípios têm competência constitucional

para instituir seu próprio Diário Oficial

Eletrônico

A República Federativa do Brasil é composta pela União indissolúvel dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal (art. 1º, CF/88) e a sua organização político-administrativa é independente e autônoma (art. 18, CF/88), sendo de competência exclusiva do Município a criação, por lei, do seu veículo oficial de divulgação (art. 30, I da CF/88 e art. 6º, XIII da Lei Federal 8.666/93).

9.

Há interesse público na criação dos Diários

Oficiais Eletrônicos dos Municípios

A criação do Diário Oficial Eletrônico tem amparo no artigo 30, inciso V da Constituição Federal de 1988, que assim dispõe: Art. 30. Compete aos Municípios: inciso V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.

Serviço público de interesse local é aquele que se desenvolve nos estreitos limites territoriais do município, mesmo que alcance ou beneficie outros.

O interesse público na criação do Diário Oficial Eletrônico se justifica porque:

a) Em primeiro lugar, o interesse público na organização do Diário Oficial Eletrônico reside no princípio constitucional da publicidade, expresso no caput do art. 37 da Constituição Federal, e também na obrigatoriedade do gestor público de dispor de um veículo oficial de divulgação para levar ao conhecimento dos cidadãos

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os fatos e os atos que pretende praticar (divulgação a priori), está praticando (divulgação concomitante) ou já praticou (divulgação a posteriori), para que deles todos tomem conhecimento e possam exercer o direito de participação popular e de controle social, conferindo se o gestor público está atuando dentro dos princípios constitucionais da administração pública e ofertando serviços de qualidade para os cidadãos;

b) Em segundo lugar, a criação do Diário Oficial Eletrônico leva informação à sociedade e é um dos meios mais eficazes de combater a corrupção no seio da administração pública, de aumentar a transparência dos atos de gestão e de reduzir os custos administrativos com a divulgação dos atos oficiais;

c) Em terceiro lugar, porque o descumprimento do princípio constitucional da publicidade é infração político-administrativa (Decreto-lei n° 201/67), crime contra as finanças públicas (Lei n° 10.028/00) e ato de improbidade administrativa (Lei n° 8.429/92), sujeitando o gestor às graves penalidades previstas na legislação vigente.

10.

O que é Diário Oficial?

A Lei Federal n° 8.666/93, conhecida como Lei das Licitações e Contratos da Administração Pública, no inciso XIII do art. 6°, define Imprensa Oficial como o veículo oficial de divulgação da administração pública, sendo, para a União, o Diário Oficial da União e para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, o que for definido em suas respectivas leis. Esta disposição legal autoriza a Prefeitura a criar o Diário Oficial do Poder Executivo e a Câmara de Vereadores a criar o Diário Oficial do Poder Legislativo.

(10)

11.

O que é Diário Oficial Eletrônico?

É o veículo oficial de divulgação da administração pública disponibilizado na internet. Os documentos oficiais publicados neste veículo recebem, durante o processo de produção, editoração e diagramação das edições, assinatura com certificação digital fornecida por autoridade certificadora credenciada no âmbito da Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil, bem como carimbo de tempo fornecido pelo Observatório Nacional, garantindo assim sua autenticidade e temporalidade.

12.

Quais são os atos oficiais que não podem ser

publicados somente no Diário Oficial Eletrônico

da Prefeitura ou da Câmara de Vereadores?

Apenas:

a) Os avisos de abertura e de modificação de editais de licitações nas modalidades concorrência, tomada de preço, concurso, leilão e pregão com recursos da União. Estes devem ser publicados no Diário Oficial da União;

b) Os avisos de abertura e de modificação de editais de licitações nas modalidades concorrência, tomada de preço, concurso e leilão com recursos do Município.

Estes devem ser publicados no Diário Oficial do Estado e em jornal diário de grande circulação no estado.

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13.

Quais são os atos oficiais que podem ser

publicados somente no Diário Oficial Eletrônico

da Prefeitura ou da Câmara de Vereadores?

Grupo 1 – Avisos, editais e outros atos de licitação referentes à modalidade pregão, amparada pela Lei Federal n° 10.520/02:

1. aviso de convocação dos interessados; 2. edital do pregão;

3. aviso de modificação do edital do pregão; 4. aviso da impugnação do edital;

5. aviso de julgamento e classificação de propostas; 6. aviso de julgamento e habilitação de licitantes; 7. aviso da adjudicação;

8. aviso do recurso; 9. aviso da homologação; 10. aviso do extrato de contrato; 11. aviso da anulação;

12. aviso da revogação;

13. aviso do parecer e de deliberações do pregoeiro;

14. aviso da nomeação do pregoeiro e da sua equipe de apoio; 15. outros tipos de avisos de licitação na modalidade pregão.

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Grupo 2 – Avisos e outros atos de licitação referentes às modalidades da Lei Federal n° 8.666/93:

1. aviso de registro de preço;

2. relação de todas as compras feitas pela administração direta ou indireta; 3. aviso de abertura de concorrência, tomada de preços, concurso e leilão; 4. aviso de modificação de edital de concorrência, tomada de preços, concurso e leilão; 5. aviso da dispensa;

6. aviso da inexigibilidade;

7. aviso da impugnação de edital/ convite;

8. aviso de julgamento de habilitação de licitantes; 9. aviso de julgamento e classificação de propostas; 10. aviso da adjudicação; 11. aviso da homologação; 12. aviso do recurso; 13. aviso do contrato; 14. aviso da anulação; 15. aviso da revogação;

16. aviso do parecer e de deliberações da comissão julgadora; 17. aviso do termo aditivo;

18. aviso da rescisão de contrato; 19. aviso do adiamento de licitação; 20. aviso da convocação para sorteio;

21. aviso da constituição de comissão de licitação; 22. aviso da notificação de penalidades a licitantes; 23. aviso da cessão de uso;

(13)

25. portaria de nomeação de compradores e comissões de licitação; 26. outros tipos de avisos de licitação.

Observação – Os avisos de abertura e de modificação de edital de concorrência, tomada de preço, concurso e leilão, além de serem publicados na forma dos incisos I (Diário Oficial da União), II (Diário Oficial do Estado) e III (jornal diário de grande circulação no estado) do art. 21 da Lei nº 8.666/93, também devem ser publicados simultaneamente no Diário Oficial Eletrônico que for instituído pela Prefeitura ou Câmara de Vereadores.

Grupo 3 – Contas públicas referentes à Lei nº 9.755/98:

1. tributos arrecadados; 2. orçamentos anuais;

3. execução dos orçamentos; 4. balanço orçamentário;

5. demonstrativo de receitas e despesas; 6. contratos e seus aditivos;

7. compras.

Grupo 4 – Instrumentos de gestão fiscal referentes à Lei Complementar nº 101/00:

1. planos; 2. orçamentos;

3. leis de diretrizes orçamentárias; 4. prestação de contas;

(14)

6. relatórios resumidos da execução orçamentária; 7. relatórios de gestão fiscal;

8. versões simplificadas desses documentos.

Grupo 5 – Atos normativos:

1. leis; 2. decretos; 3. portarias; 4. resoluções; 5. circulares; 6. despachos;

7. outros atos normativos.

Grupo 6 – Atos financeiros:

1. programação financeira;

2. cronograma de execução orçamentária; 3. quadro de cotas trimestrais da despesa; 4. prestação de contas;

5. créditos adicionais; 6. outros atos financeiros.

Grupo 7 – Atos de pessoal:

1. lei do estatuto dos servidores municipais e do regime jurídico único;

(15)

3. outras disposições legais instituídas pelo Município;

4. ato que criou os cargos ou empregos e sua vacância no quadro de pessoal; 5. edital de concurso público;

6. homologação das inscrições;

7. resultado dos aprovados e sua classificação;

8. homologação do concurso após julgamento do último recurso; 9. outros atos de concurso;

10. edital dirigido aos aprovados em concurso público convocando para passe; 11. nomeação de servidor efetivo, celetista, temporário ou comissionado; 12. promoção; 13. transferência; 14. reintegração; 15. aproveitamento; 16. reversão; 17. readaptação; 18. recondução; 19. exoneração; 20. demissão; 21. aposentadoria; 22. falecimento;

23. outros atos de pessoal;

24. ato de nomeação da comissão de sindicância. Grupo 8 – Outros atos administrativos:

(16)

Grupo 9 – Atos do processo legislativo:

1. projetos de lei;

2. relatórios das comissões; 3. atas;

4. decretos legislativos.

14.

Como criar o Diário Oficial Eletrônico?

O Poder Executivo municipal deve criar seu Diário Oficial eletrônico através de lei específica, cujo projeto de lei deve ser encaminhado para aprovação da Câmara municipal.

A título de colaboração, apresentamos abaixo a minuta de um projeto de lei específica que institui o Diário Oficial Eletrônico do Poder Executivo municipal.

MINUTA DE PROJETO DE LEI Nº _______, DE ___ DE _______________ DE ______.

Institui o veículo oficial de divulgação do Poder Executivo municipal e dá outras providências.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE __________________ – ESTADO ________________, no uso das atribuições que lhe confere o art. ____ da Lei Orgânica do Município e tendo em vista o que dispõe o caput do art. 37 da Constituição Federal, o inciso XIII do art. 6° da Lei n° 8.666/93 e os incisos I e IV do art. 4° da Lei n° 10.520/02, faço saber que a Câmara de Vereadores aprova e eu sanciono a seguinte lei:

(17)

Art. 1° – Fica instituído o Diário Oficial Eletrônico do Poder Executivo municipal como órgão oficial de publicação e divulgação da publicidade governamental.

Parágrafo único. O Diário Oficial Eletrônico de que trata esta lei substitui a versão impressa e será veiculado na rede mundial de computadores, no endereço indicado em decreto do Poder Executivo municipal.

Art. 2° – A publicação atenderá aos requisitos de autenticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade da Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil e de carimbo de tempo do Observatório Nacional.

Art. 3° – É vinculado ao Gabinete do prefeito e não tem autonomia administrativa nem financeira.

Art. 4° – Fica o Poder Executivo municipal, com base nas legislações federal e estadual em vigor, autorizado a editar decretos para organizar o serviço de divulgação dos atos oficiais, regulamentar a publicidade governamental municipal e o funcionamento do Diário Oficial Eletrônico.

Art. 5° – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação e revoga as disposições em contrário.

______________, ___ de _______ de _________

(18)

15.

Como organizar o serviço de divulgação

dos atos oficiais?

O Poder Executivo municipal deve organizar o serviço de divulgação de atos oficiais através da edição de decreto. A título de colaboração, apresentamos abaixo uma minuta para este fim.

MINUTA DE DECRETO N° ______/_____.

Organiza o serviço de divulgação de atos oficiais e dá outras providências.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ______________ – ESTADO ________________, no uso das atribuições que lhe confere a lei específica n° ____/______ e considerando:

1. A necessidade de atingir os objetivos insculpidos no art. 5º, XXXIII, e no art. 37, § 1º da Constituição Federal, no que concerne à essencial observância do direito à informação pública e ao princípio constitucional da publicidade;

2. Que o art. 30 da Constituição Federal dispõe que compete ao Município: V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, o serviço público de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

3. Que serviço público de interesse local é aquele que se desenvolve nos estreitos limites territoriais do município, mesmo que alcance ou beneficie outros municípios;

(19)

consideradoum serviço de caráter essencial, uma vez que, sem a correta e plena divulgação dos atos oficiais, não pode haver estado democrático de direito, cidadania, participação popular e controle social;

DECRETA:

Art. 1° – Sem autonomia administrativa e vinculado ao Gabinete do prefeito, fica organizado o serviço de divulgação dos atos oficiais.

Art. 2° – O serviço de divulgação dos atos oficiais tem as seguintes atribuições:

I – Encarregar-se de fazer a gestão da publicação dos atos oficiais que decorrem do ordenamento jurídico abaixo:

1. Constituição Federal; 2. Constituição Estadual; 3. Lei Orgânica do Município;

4. Lei n° 4.320/64, que estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal;

5. Decreto-lei n° 201/67, que dispõe sobre a responsabilidade dos prefeitos e vereadores e dá outras providências;

6. Lei n° 8.429/92, que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências;

(20)

8. Lei n° 9.755/98, que dispõe sobre a criação de home page na internet, pelo Tribunal de Contas da União, para divulgação de dados e informações que especifica, e dá outras providências;

9. Instrução Normativa n° 28/99, que estabelece regras para a implementação da home page de contas públicas, de que trata a Lei n° 9.755/98;

10. Anexo II à Instrução Normativa n° 28/99;

11. Portaria n° 275/00, que institui o Anexo II à Instrução Normativa n° 28/99, aplicável aos Municípios;

12. Lei n° 9.790/99, que dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como organizações da sociedade civil de interesse público, institui e disciplina o termo de parceria e dá outras providências; 13. Lei Complementar n° 101/00, que estabelece normas de finanças públicas

voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências; 14. Lei n° 10.028/00, que altera o Decreto-lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940

(Código Penal), a Lei n° 1.079, de 10 de abril de 1950, e o Decreto-lei n° 201, de 27 de fevereiro de 1967;

15. Portaria n° 310/02, que dispõe sobre normas para publicação no Diário Oficial da União e no Diário da Justiça;

16. Lei n° 10.520/02, que institui, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências;

17. Decreto Federal n° 3.555/00, que aprova o regulamento para a modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns; 18. Decreto Federal n° 5.450/05, que regulamenta o pregão na forma eletrônica,

(21)

19. Decreto Federal n° 5.504/05, que estabelece a exigência de utilização do pregão, preferencialmente na forma eletrônica, para entes públicos ou privados, nas contratações de bens e serviços comuns realizadas em função de transferências voluntárias de recursos públicos da União, sendo decorrentes de convênios ou instrumentos congêneres, ou consórcios públicos.

II – Cuidar da divulgação dos atos oficiais nos seguintes veículos:

1. Diário Oficial da União – Inciso I do art. 21 da Lei Federal nº 8.666/98; 2. Diário Oficial do Estado – Inciso II do art. 21 da Lei Federal nº. 8.666/93;

3. Jornal diário de grande circulação no estado – Inciso III do art. 21 da Lei Federal nº 8.666/93;

4. Jornal no município – Inciso III do art. 21 da Lei Federal nº 8.666/93; 5. Jornal na região – Inciso III do art. 21 da Lei Federal nº 8.666/93;

6. Outros meios de divulgação – Inciso III do art. 21 da Lei Federal nº 8.666/93; 7. Internet – Art. 1º da Lei Federal nº 9.755/98 e art. 48 da Lei Complementar nº

101/00;

8. Diário Oficial do respectivo ente federado ou veículo regularmente contrato – Incisos I e IV do art. 4° da Lei n° 10.520/02, e considerando os atos que são relacionados no item III abaixo.

III – Cuidar da publicação de contas públicas, instrumentos de transparência da gestão fiscal, atos normativos, atos financeiros, atos de pessoal, atos de contratações diretas, avisos de licitações, leis, decretos, portarias e outros atos administrativos.

(22)

Art. 3° – O serviço de divulgação de atos oficiais é o responsável pelo relacionamento da administração municipal com prestadores de serviços de publicação de atos oficiais.

Art. 4° – Para o exercício das atribuições que lhe competem, o serviço de divulgação dos atos oficiais terá um coordenador que será designado, dentre servidores municipais, por meio de portaria do secretário de Administração.

Art. 5° – Para o perfeito funcionamento do serviço municipal de divulgação dos atos oficiais, este terá competência para requerer e receber as matérias que serão divulgadas, com antecedência mínima de 48 horas da data oficial de divulgação, especialmente do serviço de contabilidade, do pregoeiro e sua equipe de apoio, da comissão de licitação, da chefia de gabinete e de outros órgãos e setores que gerem atos oficiais sujeitos ao princípio constitucional da publicidade.

Art. 6° – Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. _________________, ___ de ___________ de __________

(23)

16.

Como regulamentar a publicidade

governamental e o funcionamento do Diário

Oficial Eletrônico no âmbito do Poder Executivo

municipal?

O prefeito, com base na autorização de lei específica que sancionou a criação do Diário Oficial Eletrônico, deve editar um decreto. A título de colaboração, apresentamos a minuta abaixo:

MINUTA DE DECRETO N° ______, DE ___ DE ____________DE 2007.

Regulamenta a publicidade legal e o funcionamento do Diário Oficial Eletrônico no âmbito do Poder Executivo municipal e dá outras providências.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE __________________ – ESTADO ________________, no uso das atribuições que lhe confere o art. ____ da Lei n° _____/______,

DECRETA:

Art. 1° – A publicidade governamental municipal é classificada em publicidade legal, publicidade mercadológica, publicidade institucional, publicidade de utilidade pública, promoção e patrocínio.

I – Publicidade legal: a que se realiza em obediência à prescrição de leis e outros atos normativos;

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III – Publicidade institucional: a que tem como objetivo divulgar informações sobre atos, obras, programas, metas e resultados de políticas públicas, promover seu posicionamento ou reforçar seu conceito e/ou identidade;

IV – Publicidade de utilidade pública: a que tem como objetivo informar, orientar, mobilizar, prevenir ou alertar a população ou segmento da população para adotar comportamentos que tragam benefícios sociais, visando melhorar a sua qualidade de vida;

V – Promoção: ação realizada pelo poder público ou por terceiros, empregando recursos de não-mídia, com o objetivo de incentivar públicos de interesse a conhecer ou comprar produtos, serviços, marcas, conceitos ou políticas públicas;

VI – Patrocínio: apoio, financeiro ou não, concedido a ações de terceiros para agregar valor à marca e/ou divulgar produtos, serviços, programas, projetos, políticas e ações do patrocinador junto a seus públicos de interesse.

Art. 2° – O funcionamento do Diário Oficial Eletrônico do Poder Executivo será da seguinte forma:

I – A publicação dos atos oficiais é da responsabilidade do Serviço de Divulgação dos Atos Oficiais;

II – As edições do Diário Oficial Eletrônico serão diagramadas e editoradas com recursos de tecnologias da informação, sendo controladas por numeração seqüenciada a partir do número 01 (zero um). Cada edição terá o mínimo de uma página, ou número ilimitado de páginas, e a numeração das páginas das

(25)

III – O calendário das edições é o mesmo do funcionamento oficial da Prefeitura e, a critério da administração municipal, da urgência e do interesse público, poderão ser feitas edições extras;

IV – Todas as edições serão publicadas na internet com assinatura com certificação digital emitida por autoridade certificadora credenciada no âmbito da Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil, e todas as pessoas físicas e jurídicas com acesso à internet poderão acessar as publicações feitas no Diário Oficial Eletrônico do Poder Executivo municipal sem nenhum custo;

V – As impressões das edições, se necessário, serão feitas por cada órgão, a partir da publicação eletrônica na internet em folhas soltas, utilizando impressora comum ou qualquer outro meio de impressão ou reprodução.

Art. 3º – O serviço municipal de divulgação de atos oficiais manterá protocolo de recebimento dos atos oficiais entregues para publicação, bem como o arquivo impresso e eletrônico de todas as edições do Diário Oficial eletrônico.

Art. 4º – Este decreto entra em vigor na data de sua publicação e revoga as disposições em contrário.

______________, ___ de _______ de ______

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Referências

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