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ESTÁGIO
ESTÁGIO:
ATO EDUCATIVO
Conceito
Lei n° 11.788/08
Art. 1° : Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido
no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho
produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular
em instituições de educação superior, de educação profissional, de
ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e
adultos
Objetivo
Lei N° 11.788, Art 1º, Paragrafo 2º
Aprendizado de competências próprias da
atividade profissional e contextualização
curricular, objetivando o desenvolvimento do
educando para a vida cidadã e para o trabalho
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ESTÁGIO
Contrato de Estágio
Estagiário e Previdência Social:
Todo jovem a partir dos 16 anos de idade pode se inscrever no
Regime Geral da Previdência Social. Estudantes, bolsistas e
estagiários, remunerados ou não, também podem ser segurados,
contribuindo com o INSS na condição de segurado facultativo
.
Contribuindo na forma de pagamento padrão, na faixa de 20%
sobre a remuneração declarada, o estudante terá direito aos
benefícios auxílio-doença, salário-maternidade e aposentadorias
4Pressupostos para a existência
de Estágio
Conforme Art 3º
Matrícula e freqüência regular do estagiário no seu curso
Celebração do termo de compromisso entre o estagiário, a
parte concedente e a instituição de ensino
Compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no
estágio e aquelas previstas no termo de compromisso
Acompanhamento efetivo pelo professor orientador da
instituição de ensino e por supervisor da parte concedente
(no artigo nono, ele prevê que esse supervisor deve ser
alguém com formação ou experiência profissional no área
de formação do estudante)
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ESTÁGIO
Contrato de Estágio
Quantidade de estagiários na empresa:
De 1 a 5 empregados: até 1 estagiário;
De 6 a 10 empregados: até 2 estagiários;
De 11 a 25 empregados: até 5 estagiários;
Acima de 25 empregados: até 20% de estagiários.
Orientador
: É obrigatório que um empregado da empresa com
formação ou experiência profissional oriente e supervisione o
estagiário.
Limite a 10 estagiários por supervisor.
Este número não se aplica aos estagiários de nível superior e nível
médio profissional.
Obrigações da Instituição de
Ensino
Celebrar termo de compromisso, com o educando ou
com o seu representante legal;
Avaliar as instalações da parte concedente do estágio, e
sua adequação à formação cultural e profissional do
educando;
Indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida
no estágio, como responsável pelo acompanhamento e
avaliação das atividades do estagiário;
Obrigações da Instituição de
Ensino
Exigir do educando relatório de atividades, a cada 06 meses;
Zelar pelo cumprimento do termo de compromisso;
Elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos
estágios dos seus estudantes;
Comunicar à parte concedente do estágio as datas de avaliações
Possíveis Empregadores
Pessoas jurídicas de direito privado;
Administração pública direta, autárquica e fundacional;
Profissionais liberais de nível superior registrados.
Obrigações do Empregador
Celebrar termo de compromisso, com a instituição de ensino e com
o estudante;
Ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao
estudante atividades de aprendizagem social, profissional e
cultural;
Indicar funcionário de seu quadro funcional, com formação e
experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no
curso de estagiário, para orientar e supervisionar até dez
estagiários;
Obrigações do Empregador
Contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais,
cuja apólice seja compatível com valores de mercado, conforme
fique estabelecido no termo de compromisso;
Manter à disposição da fiscalização que comprovem a relação de
estágio;
Enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 06
meses, relatório de atividades, com vista obrigatória do estagiário.
Obrigações da Instituição
Integradora
Identificar oportunidades de estágio;
Ajustar suas condições de realização;
Fazer o acompanhamento administrativo;
Encaminhar negociação de seguros contra
acidentes pessoais;
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ESTÁGIO
DIREITO À JORNADA
Carga horária para estagiários:
Até 4 horas diárias e 20 horas semanais, para estudantes de educação
especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional de educação de jovens e adultos;
Até 6 horas diárias e 30 horas semanais, para estudantes do ensino
superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio
regular.
Cursos que alternam a teoria com a prática poderão ter jornadas de até
8 horas diárias e 40 horas semanais.
Não é devido horas extras ou realização de banco de horas.
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ESTÁGIO
Contrato de Estágio
Férias para estagiário (?):
A lei do estágio
não garante férias ao estagiário.
É garantido ao estagiário
apenas um recesso de 15 dias a cada 6
meses de estágio e este deve ser gozado, preferencialmente, no
período de férias escolares.
O recesso será remunerado se houver pagamento mensal de bolsa
auxílio, definido no termo de compromisso de estágio.
Nos casos da extinção do contrato de estágio, os recessos não
gozados deverão ser pagos ao estagiário em espécie.
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ESTÁGIO
Contrato de Estágio
Duração máxima de um contrato de estágio
O estágio não poderá exceder o período de
2 anos. Não havendo
limite ou critério para quantidade de renovações.
Contratos de estágio feitos somente com duração de 6 meses,
podem ser renovados por 3 vezes até o fim do contrato (perfazendo
2 anos no total).
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ESTÁGIO
Contrato de Estágio
Pagamento de bolsa auxílio (?)
A bolsa auxílio não é obrigatória.
As organizações que pagam bolsa auxílio a seus estagiários fazem
por liberalidade.
Não há regulamentação de valor mínimo pago a título de bolsa
auxílio.
A bolsa auxílio é passível de tributação de IR, quando ultrapassa a
faixa de isenção do mesmo.
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ESTÁGIO
Contrato de Estágio
Realização de estágio na empresa onde trabalha:
É viável ser feito o estágio em setor e horário diferente de onde se
exerce a atividade profissional.
O horário do estágio também não deve coincidir com o horário
escolar.
É cabível uma redução na carga horária diária da atividade
profissional registrada em carteira de trabalho para ser realizado o
estágio.
ACIDENTE DE TRABALHO. ESTAGIÁRIO
Constada a negligência do reclamado, é dele o dever de
indenizar o autor pelo dano sofrido
FRAUDES
- ULTRAPASSA O PERÍODO DO ESTÁGIO
ESTÁGIO – VÍNCULO DE EMPREGO
CONTRATO DE ESTÁGIO. VÍNCULO DE EMPREGO.
RECONHECIMENTO. POSSIBILIDADE. A legislação veda o
reconhecimento do vínculo de emprego entre o estagiário e
a parte concedente, desde que haja de fato contrato
de estágio. Obviamente, em casos em que a fraude é
evidente pela ausência de comprovação do cumprimento de
requisitos essenciais do contrato de estágio, previstos na
Lei 11.788/2008 e no Termo de Compromisso de Estágio, não
há óbice ao reconhecimento da relação de emprego.
TST- SDI- I
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AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DAS LEIS Nos13.015/2014 E 13.105/2015 E ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI No 13.467/2017 - DESCABIMENTO. DIFERENÇAS SALARIAIS. CONTRATO DE ESTÁGIO. BOLSA - AUXÍLIO. PISOSALARIAL. As convenções coletivas subscritas pelo Banco determinam a extensão do piso salarial dos seus empregados aos estagiários, na proporção das horas de sua jornada de trabalho. O Regional, ao observar essa diretriz, deu efetividade ao art. 7º, XXVI, da Constituição Federal. Agravo de instrumento conhecido e desprovido" (AIRR-20840-23.2014.5.04.0028, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 13/09/2019)."RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA. 1. CONTRATO DE ESTÁGIO. DESVIRTUAMENTO. VÍNCULO DE EMPREGO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA Nº 126. NÃO CONHECIMENTO. O egrégio Tribunal Regional registrou, com base na prova testemunhal, que houve o desvirtuamento da finalidade do contrato de estágio. Consignou ainda que a reclamada não demonstrou que a instituição de ensino fazia o
acompanhamento ou a avaliação do estágio, requisitos necessários à validação do contrato. Nesse contexto, para se chegar à conclusão diversa no sentido de que o termo de estágio é válido não devendo ser reconhecida a relação de emprego entre as partes, seria necessário o reexame das provas produzidas no processo, procedimento vedado nesta fase processual, nos termos da Súmula nº 126. Recurso de revista de que não se conhece. 2. DIFERENÇAS SALARIAIS. VERBAS RESCISÓRIAS. RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREDO EM JUÍZO. NULIDADE DE ESTÁGIO. PREJUDICADO. O Tribunal Regional registrou que, mantida a nulidade do contrato, consectário é o pagamento de diferenças salariais entre o piso da categoria e o valor da bolsa de estágio, bem como diferenças de verbas rescisórias. Prejudicado em decorrência da manutenção do vínculo de emprego entre as partes. Recurso de revista prejudicado. 3. HORAS EXTRAORDINÁRIAS. LABOR APÓS A 8ª HORA DIÁRIA. MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA Nº 126. NÃO CONHECIMENTO. A Corte Regional manteve a condenação ao pagamento das horas extraordinárias, com base no exame das provas testemunhal e documental, consignando que nos cartões de ponto não há registro de compensação nem de pagamento das referidas horas extraordinárias. Nesse contexto, para se chegar à conclusão diversa no sentido de que o autor não excedia seu horário de trabalho ou que as horas extraordinárias prestadas foram devidamente compensadas, seria necessário o reexame das provas produzidas no processo, procedimento vedado nesta fase processual, nos termos da Súmula nº 126. Recurso de revista de que não se conhece. 4. CONTRIUIÇÕES PREVIDÊNCIÁRIAS E DEDUÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA.
PREJUDICADO. Alega a recorrente que, não sendo devida nenhuma parcela, resulta imprescindível a exclusão das contribuições ao INSS e do IRPF. Mantida, no entanto, a condenação, fica prejudicado o exame do tema. 5. MULTA DIÁRIA. DESCUMPRIMENTO. OBRIGAÇÃO DE FAZER.
ANOTAÇÃO DA CTPS. APLICABILIDADE. NÃO CONHECIMENTO. O entendimento desta colenda Corte Superior é no sentido de ser aplicável a multa diária prevista no artigo 461 do CPC, com o objetivo de compelir o empregador a anotar a CTPS do trabalhador, ainda que o artigo 39, § 1º, da CLT estabeleça que, na eventual recusa, tal procedimento possa ser realizado pela Secretaria da Vara do Trabalho. Precedentes da SBDI-1 e de Turmas. Na hipótese, o Tribunal Regional registrou que devem ser efetuadas pela reclamada as anotações na carteira de trabalho do autor, e caso referida
determinação não seja cumprida haverá aplicação de multa diária. Decisão em consonância com a jurisprudência desta Corte Superior. Incidência do óbice do artigo 896, § 7º, da CLT e da Súmula nº 333. Recurso de revista de que não se conhece" (RR-410000-55.2009.5.12.0022, 4ª Turma, Relator Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, DEJT 14/05/2021)
Fica permitida a adoção do regime de teletrabalho,
trabalho remoto ou trabalho a distância para
estagiários e aprendizes, nos termos do disposto neste
Capítulo
O local de estágio pode ser selecionado a partir de
cadastro de partes cedentes, organizado pelas
TELETRABALHO NA PANDEMIA E ESTÁGIO
Art. 3º O empregador poderá, a seu critério, durante o prazo previsto no art. 1º, alterar o regime de trabalho presencial para
teletrabalho, trabalho remoto ou outro tipo de trabalho a distância, além de determinar o retorno ao regime de trabalho presencial,
independentemente da existência de acordos individuais ou coletivos, dispensado o registro prévio da alteração no contrato individual
de trabalho.
§ 1º Para fins do disposto nesta Medida Provisória, considera-se teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho a distância a prestação de
serviços preponderante ou totalmente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias da informação e
comunicação que, por sua natureza, não configurem trabalho externo, hipótese em que se aplica o disposto no
inciso III
caput do art.
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da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio 1943
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§ 2º A alteração de que trata o caput será notificada ao empregado com antecedência de, no mínimo, quarenta e oito horas, por
escrito ou por meio eletrônico.
§ 3º As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, pela manutenção ou pelo fornecimento dos equipamentos
tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação de teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho a distância e as
disposições relativas ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado serão previstas em contrato escrito, firmado previamente ou
no prazo de trinta dias, contado da data da mudança do regime de trabalho.
§ 4º Na hipótese de o empregado não possuir os equipamentos tecnológicos nem a infraestrutura necessária e adequada à prestação
de teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho a distância:
I - o empregador poderá fornecer os equipamentos em regime de comodato e pagar por serviços de infraestrutura, que não
caracterizarão verba de natureza salarial; ou
II - o período da jornada normal de trabalho será computado como tempo de trabalho à disposição do empregador, na impossibilidade
do oferecimento do regime de comodato de que trata o inciso I.
§ 5º O tempo de uso de equipamentos tecnológicos e de infraestrutura necessária, assim como de softwares, de ferramentas digitais
ou de aplicações de internet utilizados para o teletrabalho fora da jornada de trabalho normal do empregado, não constitui tempo à
disposição, regime de prontidão ou de sobreaviso, exceto se houver previsão em acordo individual ou em acordo ou convenção
coletiva de trabalho.
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