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Relatório Final de Estágio Engenharia de Produção Mecânica. Manutenção Externa - BRF

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Academic year: 2021

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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Departamento Acadêmico de Mecânica

Coordenação de Estágio

Relatório Final de Estágio – Engenharia de Produção Mecânica

Manutenção Externa - BRF

Banca: Prof. Dr. Jhon Jairo Ramirez Behainne Prof. Dr. Eng. Davi Fusão

Prof. Dr. Eng. Felipe Barreto Campelo Cruz

Realizado por:

Cris Rogerson Tonon 936790

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- O Termo de Aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso -

TERMO DE APROVAÇÃO

do

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO por

Cris Rogerson Tonon

A Defesa Final desse Estágio Curricular Obrigatório foi realizada em 16 de setembro de 2013 como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Produção Mecânica. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o estágio aprovado.

__________________________________ Prof. Dr. Jhon Jairo Ramirez Behainne

Prof. Orientador

____________________________________ Prof. Dr. Eng. Felipe Barreto Campelo Cruz

Coordenador de Estágios dos Cursos de Engenharia Mecânica e de Engenharia de Produção Mecânica UTFPR/Campus Ponta

Grossa

____________________________________ Prof. Dr. Eng. Davi Fusão

Membro Titular

____________________________________ Prof. Dr. Thiago Antonini Alves

Coordenador dos Cursos de Engenharia Mecânica e de Engenharia de Produção Mecânica

UTFPR/Campus Ponta Grossa

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Campus Ponta Grossa

Coordenação de Engenharia Mecânica e de Engenharia de Produção Mecânica

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Lista de Figuras

Figura 1 – Criação de Nota no SAP 7

Figura 2 – Exemplo de Tabela Utilizada para a Análise de Falhas 8

Figura 3 – Calha e Corrente Transportadora sem Proteção 8

Figura 4 – Rampa de Acesso a Estação de Tratamento de Efluentes Primário 9 Figura 5 – Piso da Estação de Tratamento de Efluentes Primário sem as ranhuras 9

Figura 6 – Saída do Flotador e Interior do Flotador 10

Figura 7 – Tanques de Cozimento de Lodo 10

Figura 8 - Situação antes da Proposta de Melhoria 11

Figura 9 – Piso da Estação de Tratamento de Efluentes Primário com as Ranhuras 17

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Sumário

1. Identificação 1

2. Responsabilidade pelas Informações 2

2.1 Termo de Compromisso do Aluno 2

2.2 Termo de Compromisso do Supervisor de Estágio 2

3. Introdução 3

4. Descrição da Empresa 4

5. Descrição das Atividades Desenvolvidas no Estágio 6

5.1 DSSMA 6

5.2 Integração 6

5.3 Visita Técnica 6

5.4 Participação em Reuniões de Acompanhamento dos Estagiários 6

5.5 Curso Excel 6

5.6 Notas de Manutenção 7

5.7 Análise de Falhas 8

5.8 Propostas de Melhorias 8

5.9 Cálculo do Índice de Queima da Caldeira H Bremer 11

5.10 Orçamentos 12

5.11 Aproveitamento de Água das Chuvas 12

5.12 Aproveitamento da Energia de Efluentes 12

6. Dificuldades Encontradas 13

7. Áreas de Identificação com o Curso 14

7.1 Materiais de Construção Mecânica 14

7.2 Mecânica dos Fluidos 14

7.3 Componentes Mecânicos 14

7.4 Gestão da Qualidade 14

7.5 Geração e Distribuição de Vapor 14

7.6 Ergonomia e Organização do Trabalho 15

7.7 Projeto de Fábrica 15

7.8 Máquinas de Fluxo 15

7.9 Fundamentos de Engenharia e Segurança no Trabalho 15

7.10 Planejamento e Gestão da Manutenção 15

7.11 Hidráulica e Pneumática 16

7.12 Demais Áreas 16

8. Resultados 16

8.1 Curso Excel 16

8.2 Notas de Manutenção e Análise de Falhas 16

8.3 Propostas de Melhorias 17

8.4 Cálculo do Índice de Queima da Caldeira H Bremer 18

8.5 Aproveitamento de Água das Chuvas 19

8.6 Aproveitamento da Energia dos Efluentes 19

9. Conclusão 20

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1 Identificação

Aluno:

Cris Rogerson Tonon, aluno do 10° semestre do Curso de Engenharia de Produção Mecânica pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Ponta Grossa-Pr.

Telefone: (42) 99561317 e-mail: macgiverjoinville@hotmail.com

A Empresa: BRF unidade Carambeí-Pr. Telefone: (42) 3231 8023

Do Supervisor de Estágio:

Charles Moreira Pereira, supervisor da Manutenção Externa, com formação em Técnico em Refrigeração, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Telefone: (42) 9907 9007

e-mail: charles.pereira@brf-br.com

Do Estágio:

Estágio realizado na Empresa BRF unidade de Carambeí, no setor da manutenção externa, entre os dias 20/03/2013 á 19/09/2013, sendo 6 horas diárias, das 7:30 ás 14:30 horas.

Do Orientador de Estágio:

Dr. Jhon Jairo Ramirez Behainne, Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidad Pontificia Bolivariana / Colômbia (1994). Mestre e Doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP / Brasil (1999; 2007), na área de Engenharia Térmica e de Fluidos. Atualmente é professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Ponta Grossa-Pr.

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2 Responsabilidade pelas Informações

Este relatório tem a função de avaliar o aprendizado durante o estágio e validar a disciplina Estágio Obrigatório do 10º Período do curso de Engenharia de Produção Mecânica, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Câmpus Ponta Grossa. Portanto, é de suma importância que a veracidade das informações deste relatório seja garantida. O aluno Cris Rogerson Tonon, juntamente com o supervisor de estágio Charles Moreira Pereira, assumem a responsabilidade pela veracidade destas informações através dos termos de compromisso contidos nos itens a seguir.

2.1 Termo de Compromisso do Aluno

Eu, Cris Rogerson Tonon, declaro que as informações contidas neste relatório são verdadeiras.

Assinatura:________________________________

2.2 Termo de Compromisso do Supervisor de Estágio

Eu, Charles Moreira Pereira, declaro que as informações contidas neste relatório são verdadeiras.

Assinatura:________________________________

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3 Introdução

O presente relatório descreve as atividades realizadas durante o período de estágio obrigatório supervisionado, com tempo mínimo de 400 horas, do curso de Engenharia de Produção Mecânica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Ponta Grossa, o qual foi realizado na empresa BRF (Perdigão e Sadia) no setor de manutenção externa.

Este setor engloba os setores de tratamento de afluentes, tratamento de efluentes primário, tratamento de efluentes secundário, caldeiras e central de resíduos.

O estágio teve como base o plano de estágio que consistia em realizar o levantamento de equipamentos, planos de manutenção, análises de falhas, análises de efluentes primário e secundário, acompanhamento e análises junto à estação de tratamento de afluentes, além de rotinas operacionais.

Esse relatório descreve as atividades realizadas durante o estágio no período de 20 de março de 2013 a 19 de setembro de 2013, das 07h30min às 14h30min, sendo uma hora para o almoço, totalizando 6 horas diárias.

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4 Descrição da Empresa

A BRF foi criada a partir da associação entre Perdigão e Sadia. A empresa nasceu como um dos maiores players globais do setor alimentício, reforçando a posição do país como potência no agronegócio. Atua nos segmentos de carnes (aves, suínos e bovinos), alimentos processados de carnes, lácteos, margarinas, massas, pizzas e vegetais congelados, com marcas consagradas como Sadia, Perdigão, Batavo, Elegê, Qualy, entre outras.

Com receita líquida de R$ 28,5 bilhões, registrada em 2012, a BRF é uma das maiores exportadoras mundiais de aves e destaca-se entre as maiores empresas globais de alimentos em valor de mercado. Responde por mais de 9% das exportações mundiais de proteína animal.

A BRF é uma das maiores empregadoras privadas do país, com cerca de 110 mil funcionários. Opera 50 fábricas em todas as regiões do Brasil e possui sólida rede de distribuição que, por meio de 33 centros de distribuição, leva seus produtos para consumidores em 98% do território nacional.

As vendas externas responderam por 40,8% das receitas líquidas em 2012. No mercado externo, mantém nove unidades industriais na Argentina e duas na Europa (Inglaterra e Holanda), além de 19 escritórios comerciais para atendimento a mais de 120 países dos cinco continentes.

A associação entre Perdigão e Sadia, que deu origem à BRF, foi anunciada em 19 de maio de 2009 e concluída em 2012, com o cumprimento do Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) acordado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). O plano estratégico de longo prazo da empresa contempla crescimento balanceado por expansão orgânica das operações e aquisições seletivas em regiões estratégicas como Oriente Médio, América Latina e outros emergentes.

No período, os investimentos somaram R$ 2,5 bilhões, valor 25% superior em comparação ao exercício de 2011. Os recursos foram direcionados ao desenvolvimento de centenas de projetos de crescimento, eficiência e suporte: adequação de fábricas para a produção de linhas deslocadas de unidades transferidas, novos centros de distribuição, redesenho de malha logística,

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entre outros. Durante o ano, foram lançados 454 produtos, ratificando a capacidade de inovação da companhia e reforçando a sua presença nos diversos canais de varejo.

O estágio foi realizado na unidade de Carambeí-Pr, onde atualmente são abatidas 570.000 frangos diariamente. O setor de manutenção externa engloba as seguintes áreas: Estação de tratamento de afluentes, estação de tratamento de efluentes primário e secundário, central de resíduos e geração de vapor.

O setor de geração de vapor conta hoje com três caldeiras para o fornecimento de vapor para fábrica, sendo uma caldeira fabricada pela empresa H. Bremer (15ton/h) e duas caldeiras fabricadas pela empresa Meppam, com capacidade de (12ton/h e 10ton/h).

Nas estações de tratamento de efluentes, são tratados os resíduos líquidos da fábrica de laticínios da BRF, os resíduos líquidos do abate de aves da BRF, a separação dos resíduos sólidos decorrentes do abate de aves e os resíduos líquidos do abate de suínos da Seara.

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Descrição das Atividades Desenvolvidas no Estágio

5.1 DSSMA

Participação em reuniões DSSMA (Diálogo Semanal de Saúde, Segurança e Meio Ambiente). Essas reuniões ocorrem toda quinta-feira e contam com a participação dos colaboradores do setor. A cada semana é discutido um tema diferente relacionado à saúde, segurança, meio ambiente, direitos e deveres dos funcionários.

5.2 Integração

Participação em reuniões de integração dos novos funcionários. Todo novo funcionário contratado pela empresa precisa passar por esse treinamento, para que tenha conhecimento sobre as normas da empresa, regras de ouro, politica SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente) e a história da empresa.

5.3 Visita Técnica

Realizou-se visita técnica no setor de aves e lácteos da unidade de Carambeí, onde foi possível conhecer as linhas de produção e equipamentos utilizados pela indústria.

5.4 Participação em Reuniões de Acompanhamento dos Estagiários

Essas reuniões visam fazer um feedback entre os estagiários e a empresa e onde também são apresentados vídeos e dados sobre a empresa.

5.5 Curso Excel

Aos estagiários foi disponibilizado na intranet, na página dos estagiários, curso de Microsoft Excel com o tema: Fórmulas Poderosas. Os tópicos abordados foram: Função soma, função média, função máximo, função mínimo, formatação condicional com funções, função maior, função menor, aprendendo mais fórmulas poderosas, função procv, multiplicação, função somase, função cont.se, divisão, média com o botão autosoma, função se.

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5.6 Notas de Manutenção

Praticamente todo dia era realizada uma rota para identificar avarias nos equipamentos, vazamento nas bombas, válvulas de água, vapor e efluentes. Todos os processos gerenciais da

empresa seguem o SAP (Systems, Applications and Products in Data Processing). O SAP

funciona da seguinte forma: quando é detectado algum problema em qualquer setor da manutenção externa, abre-se uma nota. Na nota é descrito a falha ocorrida e ou a ação a ser tomada pelo manutentor. A manutenção externa possui um setor responsável, o PCM (Planejamento e Controle da Manutenção), por acompanhar o sistema e planejar a manutenção apontando o manutentor que realizará a manutenção. Outra tarefa executada pelo SAP é o acompanhamento das notas abertas e se houver a necessidade de peças de reposição, é criada uma ordem para então ser feita uma requisição ao almoxarifado para a retirada dessas peças. Um exemplo de tela do SAP pode ser visto na Fig. 1 a seguir.

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5.7 Análise de Falhas

Ao ser detectada uma falha durante a realização de rotas nos diferentes setores da manutenção externa, era preenchida uma planilha de análise de falhas e então enviada por e-mail para o supervisor e para o setor de planejamento e controle da manutenção. A Figura 2 a seguir mostra a planilha que foi desenvolvida durante o estágio, adaptada do FMEA (Failure Mode and Effects Analysis). As principais falhas encontradas foram referentes a equipamentos sem proteção com risco de acidente, equipamentos com corrosão e falta de pintura, tubulação com furos, bombas com vazamentos entre outras.

Figura 2 – Exemplo de Tabela Utilizada para a Análise de Falhas

5.8 Propostas de Melhorias

Foi proposto algumas melhorias principalmente na estação de tratamento de efluentes primário, visando à economia de água, vapor, tempo do operador, energia elétrica e segurança.

 Entre as propostas estão a colocação de grades de proteção em equipamentos da central de resíduos, Fig. 3, para impedir que algum operador caia na calha da peneira ou coloque a mão na corrente transportadora de penas.

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 No acesso a estação de tratamento de efluentes primário há uma rampa que não está ergonomicamente correta, com ângulo de inclinação elevado, e nos dias de chuva ou que é realizado o descarregamento de óleo, o risco de acidente é alto. Em cima dos dados coletados foi realizado um estudo e proposto a reconstrução da rampa mudando sua angulação para 12°, seguindo a norma NBR9077 e também que fosse utilizado em sua construção material com antiderrapante. Fig.4.

Figura 4 – Rampa de Acesso a Estação de Tratamento de Efluentes Primário

 A Figura 5 mostra dois pontos do piso da estação de tratamento de efluentes primário onde o lodo, água e produtos químicos formavam poças e não escorriam diretamente para os tanques de equalização. A proposta foi fazer ranhuras no piso para facilitar o escoamento e posteriormente a lavagem dos pisos, economizando água, vapor, energia elétrica, etc.

Figura 5 – Piso da Estação de Tratamento de Efluentes Primário sem as Ranhuras

 Os flotadores utilizados no tratamento de efluentes são esgotados uma vez por semana. A tubulação despeja em uma calha de concreto, que possui velocidade de escoamento menor que a velocidade de escoamento do flotadores. Com isso ocorre um transbordamento do

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material para fora da calha, sujando todo o piso, necessitando que o operador lave o chão posteriormente. A proposta foi a colocação de tubulação interligando os 3 flotadores e desaguando direto no tanque de lácteos, com isso evitaria a necessidade de lavar o piso, economizando água, vapor, etc. Também foi proposto a instalação de uma bomba para que seja aproveitado os resíduos lácteos para a lavagem dos flotadores retirando todo o resíduo solido. E assim também economizando água tratada, vapor, etc. Estes problemas podem ser visto na Fig. 6 a seguir.

Figura 6 – Saída do Flotador e Interior do Flotador

 Da mesma forma foi proposto substituir a tubulação existente nos tanques de cozimento de lodo por uma de maior diâmetro. Essa tubulação existente despeja o lodo diretamente no chão, sujando algumas bombas, e a fiação elétrica. Muitas vezes ela entope, tomando tempo do operador, desentupindo e lavando o local. A proposta visa diminuir o número de entupimentos e a necessidade de lavar o piso, uma vez que seria despejado diretamente no tanque de lácteos. Os tanques de cozimento de lodo e as tubulações podem ser vistos na Fig. 7.

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 O setor da estação de tratamento de efluentes primário, mostrado na Figura 8, formado por grama e barro, dificultava a limpeza do local, acumulando produtos químicos, formigueiros, minhocas, larvas e detritos. A proposta de melhoria foi colocar piso de concreto no local e pintar a sinalização segundo a norma NR23, referente ao extintor existente no local.

Figura 8 - Situação antes da Proposta de Melhoria

5.9 Cálculo do Índice de Queima da Caldeira H. Bremer

As Caldeiras da Unidade de Carambeí utilizam como combustível lenha em toras, com comprimento de 1,2 metros e 2,4 metros. Segundo o fabricante da caldeira H. Bremer, o comprimento ideal das toras para a queima é de 1,2 metros, por apresentar uma melhor distribuição da lenha no interior da fornalha melhorando a passagem do ar para a combustão. O principal problema desse tipo de metragem é seu custo elevado, tanto no corte como no transporte e no armazenamento, o que levou a empresa a descartar esse comprimento e utilizar como padrão toras de 2,4 metros. Com isso o índice de queima da caldeira diminuiu. Diante disso, foi determinado que os estagiários estimassem o índice de queima, quando utilizada a lenha de 2,4 metros.

Para o estudo com duração de uma semana, foi instalado um medidor de vapor do fabricante Spirax Sarco, modelo V-Bar-700, na saída da caldeira para determinar a quantidade de vapor que a caldeira estava produzindo. Também foi numerada e tarada 10 carretas para que após serem carregadas, as carretas fossem pesadas e assim determinar a massa de lenha que estava sendo utilizada para a produção de vapor na caldeira.

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5.10 Orçamentos

Constantemente a empresa realiza obras de melhorias, expansão e manutenção, e em muitos casos a mão de obra utilizada é terceirizada. Dessa forma é necessário entrar em contato com as empresas, agendar uma visita, explanar as informações necessárias à execução da obra, para que sejam feitos orçamentos que serão analisados. Exemplos de orçamentos realizados: Troca da grua alimentadora dos carrinhos das caldeiras, melhoria piso da estação de tratamento de efluentes primário, melhoria da rampa de acesso à estação de tratamento de efluentes primário, troca e expansão do telhado do prédio das caldeiras, produto químico para a eliminação das ferrugens dos equipamentos e instalações da manutenção externa e cobertura da caçamba de lodo.

5.11 Aproveitamento de Água das Chuvas

Um dos primeiros trabalhos realizados no estágio foi buscar uma solução para o aproveitamento da água das chuvas. Foi contatado um engenheiro agrônomo da região para buscar informações referentes a históricos pluviométricos da Cidade de Carambeí. Também foram solicitadas ao setor de projetos as plantas baixas do prédio das caldeiras, estação de tratamento de efluentes primário e demais prédios da manutenção externa.

5.12 Aproveitamento da Energia dos Efluentes

No intuito de aproveitar a energia acumulada pela queda d’agua na saída dos flotadores, e de posse de dados coletados no local, foram contatadas algumas empresas do ramo, para que fossem feitos orçamentos para uma possível instalação de uma hidro turbina para a geração de energia para o setor.

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Dificuldades Encontradas

 A primeira dificuldade encontrada no estágio foi conhecer todo o processo que envolve o tratamento de afluentes e efluentes da empresa, desde os produtos químicos necessários, os equipamentos e suas funções. A grade do curso de Engenharia de Produção Mecânica da UTFPR, não possui nenhuma disciplina ministrada sobre o assunto, o que gerou a dificuldade.

 As empresas estão cada vez mais burocráticas e na BRF não é diferente, seja por motivos de segurança, qualidade do produto, etc. Algumas propostas de melhorias propostas ainda não foram realizadas porque necessitava de um GT (Grupo de Trabalho) de mudanças, o qual necessita análise de diversas pessoas e de diversos setores, e o retorno financeiro não seria visto em um curto prazo de tempo ou a mudança seria apenas para aumentar a segurança já existente no local.

 Toda a programação de investimento foi realizada pelo antigo supervisor, no final de 2012 e a verba destinada a novos investimentos ficou comprometida. Dessa forma, algumas melhorias propostas não puderam ser realizadas por falta de verba.

 No trabalho realizado para determinar o índice de queima da caldeira H. Bremer, alguns operadores deixavam de anotar o número da carreta de lenha que foi utilizada para abastecer a caldeira, e na balança o operador não anotava o número da carreta que foi pesada, com isso era necessário analisar e determinar quais carretas ficaram sem marcação, tomando muito tempo e dificultando a obtenção do peso líquido da lenha utilizada.

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Áreas de Identificação com o Curso

7.1 Materiais de Construção Mecânica

O tratamento de afluentes e efluentes da empresa trabalha com vários produtos corrosivos como ácidos, bases, sulfatos e o próprio sangue que é tratado. A tubulação de aço inox e o restante dos equipamentos sofrem muito com a corrosão causada por esses produtos.

7.2 Mecânica dos Fluidos

A empresa possui tubulações de diferentes diâmetros ou alturas manométricas, pressão, onde pode se verificar através de cálculos, a diferença de velocidade e tempo de escoamento.

7.3 Componentes Mecânicos

Verificou-se a grande variedade de componentes mecânicos utilizados pela fábrica como os rolamentos, polias, correias, correntes, mancais, cabos de aço, etc.

7.4 Gestão da Qualidade

A empresa utiliza várias ferramentas de qualidade dentre elas, espinha de peixe, 5s, kanban, e também possui uma ferramenta chamada SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente).

7.5 Geração e Distribuição de Vapor

A indústria possui três caldeiras, sendo uma H. Bremer com capacidade de 15 toneladas por hora, e duas Meppan, uma com capacidade para 12 toneladas por hora e a outra com 10 toneladas por hora.

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7.6 Ergonomia e Organização do Trabalho

A ferramenta SSMA da BRF tem como um dos objetivos preservar a saúde e segurança dos funcionários, e para isso utiliza vários recursos para que o funcionário não tenha sua qualidade de vida afetada. Também pode ser citada a utilização do fone de ouvido para amenizar os problemas decorrentes do ruído excessivo.

7.7 Projeto de Fábrica

Também estão sendo estudadas, ampliações de barracões e mudança no layout de equipamentos, para facilitar o trabalho e diminuir o custo no processo.

7.8 Máquinas de Fluxo

A empresa trata uma grande quantidade de água, utilizando para isso inúmeras bombas para o tratamento dos afluentes e efluentes.

7.9 Fundamentos de Engenharia e Segurança no Trabalho

A BRF possui cinco regras de ouro, para que haja uma maior segurança dos funcionários. As cinco regras de ouro são: Proibido adulterar sistemas de segurança e fazer improvisações; Proibido intervir em maquinas e equipamentos em movimento; Emissão, cumprimento e fechamento de PET (Permissão de Execução de Trabalho); comunicação de acidentes; Uso de EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) em atividades que envolvam risco de alto potencial.

7.10 Planejamento e Gestão da Manutenção

A manutenção dos equipamentos na sua grande maioria é planejada pelo setor de PCM (Planejamento e Controle da Manutenção), e posteriormente repassada aos manutentores.

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7.11 Hidráulica e Pneumática

Muitos equipamentos utilizam hidráulica para movimentar matéria prima e insumos. As caldeiras da fábrica utilizam gruas hidráulicas para movimentar as toras de eucalipto. Outros setores utilizam o ar comprimido para abrir e fechar válvulas, e pistões.

7.12 Demais Áreas

Muitas outras áreas possuem identificação com o curso, como contabilidade e custos, soldagem, instrumentação fabril, refrigeração, sistema de gestão ambiental, engenharia econômica e finanças, logística e movimentação de materiais, transferência de calor, termodinâmica, metrologia, energia e eficiência energética, desenho técnico, entre outras.

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Resultados

8.1 Curso Excel

Ao final do curso é realizada uma avaliação, sendo necessária para a aprovação, nota maior ou igual a 7,0 pontos. Foi obtido aprovação, com nota final igual a 7,0 pontos.

8.2 Notas de Manutenção e Análise de Falhas

As análises de falhas e as notas de manutenção foram analisadas e executadas em sua maioria, e as demais permanecem abertas, onde o setor de planejamento e controle da manutenção estuda uma melhor data para sua realização.

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8.3 Proposta de Melhorias

 Para a colocação de grades de proteção na central de resíduos, faz-se necessário a realização e aprovação através de um GT (Grupo de Trabalho) de mudança, e por esse motivo ainda não foi realizado.

 A mudança da rampa de acesso à estação de tratamento de efluentes primário será realizada no ano de 2014, pois esta não estava prevista no orçamento de gastos de 2013 para o setor.

 O piso entre os tanques de equalização e alguns outros setores da estação de tratamento de efluentes primário, onde havia acúmulo de água, foram feitas ranhuras, com caimento para os tanques, melhorando o escoamento da água, com isso será economizado o tempo do operador, água tratada, energia elétrica e vapor na realização da lavagem do local. Essa melhoria pode ser vista na Fig. 9 a seguir.

Figura 9 – Piso da Estação de Tratamento de Efluentes Primário com as Ranhuras

 Por ainda estarem em fase de aprovação, não foi colocada a tubulação na saída dos flotadores e também não foi instalada a bomba para captar água do tanque de lácteos para a lavagem dos flotadores.

 Nos tanques de aquecimento de lodo, as tubulações não foram retiradas, pois está em andamento um projeto para a modificação dos mesmos.

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 A Figura 10 mostra o local onde havia grama e barro, que foi concretada, sanando os problemas decorrentes da falta de piso, e também foi realizada a pintura do piso, sinalizando a existência do extintor, adequando-se a norma NR23.

Figura 10 – Situação Depois da Melhoria Realizada

8.4 Cálculo do Índice de Queima da Caldeira H. Bremer

A caldeira H. Bremer durante o período de estudo que foi de uma semana, produziu um total de 1.912,60 toneladas de vapor, consumindo uma massa de lenha de 670,17 toneladas. A umidade média da lenha em toras foi de 37%. Através desses dados foi calculado o índice de queima, dividindo a quantidade em quilogramas de vapor produzido, pela quantidade em quilogramas de massa de lenha consumida. O resultado do índice de queima foi de 2,85. Isto significa que para cada quilo de lenha consumido, a caldeira produziu 2,85 quilos de vapor.

Pode-se verificar que o índice de queima está muito baixo se comparado aos dados informados pela empresa H. Bremer, fabricante da caldeira, consequentemente o consumo de lenha está elevado. Vários fatores influenciaram este índice, como por exemplo, limpeza das caldeiras, excesso de ar, deficiência nos refratários e distribuição das lenhas na fornalha. Esses pontos foram repassados ao pessoal da manutenção para que sejam feitos reparos nos equipamentos, e assim aumentar o índice de queima.

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8.5 Aproveitamento de Água das Chuvas

Através dos dados pluviométricos dos últimos três anos, e desconsiderando valores menores do que sete milímetros de chuva diária pôde-se verificar que a quantidade de chuva na região ficou em torno de 1.800 milímetros por ano. O prédio das caldeiras possui área igual a 794 metros quadrados, possuindo um potencial de captação de água das chuvas em torno de 1.429.200 litros por ano. Os cálculos para as demais áreas da manutenção externa ainda não foram realizados.

8.6 Aproveitamento da Energia dos Efluentes

Com altura de saída dos flotadores de 4 metros e vazão de 100 litros por segundo, a turbina mais adequada, geraria 10KVA, com um investimento de aquisição em torno de 28 mil reais. Um estudo preliminar resultou numa economia de pouco mais de 800 reais por mês, se os flotadores operassem todos os dias com vazão máxima. Segundo a politica da empresa, em que o retorno econômico do investimento deve ocorrer em até 40 meses, inviabiliza a aquisição do equipamento, uma vez que além da aquisição, outras obras deverão ser realizadas no local, aumentando o custo de instalação e também haverá a necessidade da troca de material das pás da turbina, uma vez que o pH da água na saída dos flotadores varia entre 3 e 4, ocasionando oxidação do material.

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Conclusão

O estágio curricular realizado na BRF unidade de Carambeí-Pr, teve como foco melhorar o processo produtivo, diminuindo o consumo de água, vapor, energia elétrica e mão de obra que não agrega valor ao produto final, e possibilitou verificar, na prática, as funcionalidades de um setor de manutenção, geração de vapor, estação de tratamento de afluente e efluente, assim como conceitos de gestão e acompanhamento de projetos de uma grande empresa.

Ofereceu oportunidade de aplicar conceitos práticos estudados durante o curso de Engenharia de Produção Mecânica. As experiências vivenciadas foram consideradas de grande valia para complementação da formação profissional do aluno, principalmente durante o estudo realizado na caldeira H. Bremer.

Algumas propostas de melhoria e orçamentos ficaram para ser realizadas após a finalização do período de estágio, tendo em vista do prazo estabelecido pela empresa para a captação de recursos financeiros pelo setor de manutenção externa.

Em suma, o estágio evidenciou a função do Engenheiro de Produção Mecânica, no qual procura conduzir os sistemas produtivos, utilizando adequadamente seus recursos para atender a estratégia da empresa, desenvolvendo estudos para aprimoramento de sistemas, produtos e processos, na busca da eficiência operacional da organização.

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Referências Bibliográficas

BAZZO, EDSON. Geração de Vapor. editora da UFSC. Florianópolis, SC. 1995.

BEER, F. P.; JOHNSTON JR., E. R. Resistência dos materiais. 3.ed. São Paulo: Pearson Makron, 1995.

BRF – Descrição da empresa.

Acesso em 05/09/2013 disponível em: http://www.brf-br.com/paginas.cfm?area=0&sub=27

INCROPERA, F. P. e WITT, D. P. Fundamentos de Transferência de Calor e Massa, LTC, Rio de Janeiro, 1992.

MORAN, M.J. e SHAPIRO, H.N. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. 4ª edição. Rio de Janeiro: LTC. 2002.

NBR9077 – Saídas de Emergência em Edifícios.

Acesso em 05/09/2013 disponível em: http://www.maragabrilli.com.br/files/90772001.pdf NR23 - Proteção Contra Incêndio.

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