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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO

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(1)

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

MATEUS DE OLIVEIRA SOUZA

ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DA LAGOA DA SALINA - MORADA NOVA/CE

PAU DOS FERROS - RN

2019

(2)

MATEUS DE OLIVEIRA SOUZA

ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DA LAGOA DA SALINA - MORADA NOVA/CE

Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semiárido – UFERSA, Campus Pau dos Ferros como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientadora: Me. Marília Cavalcanti Santiago

PAU DOS FERROS-RN

2019

(3)

© Todos os direitos estão reservados a Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei n° 9.279/1996 e Direitos Autorais: Lei n° 9.610/1998. O conteúdo desta obra tomar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respective ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) sejam devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos.

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.

d719a Souza, Mateus de Oliveira.

ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DA LAGOA DA SALINA - MORADA NOVA/CE / Mateus de Oliveira Souza. - 2019.

54 f.: il.

Orientadora: Marília Cavalcanti Santiago.

Coorientadora: Bruna Monallize Duarte Moura.

Monografia (graduação) - Universidade Federal Rural do Semi-árido, Curso de Engenharia Civil, 2019.

1. Desenvolvimento urbano. 2. Meio ambiente.

3. Poluição hídrica. I. Santiago, Marília Cavalcanti, orient. II. Moura, Bruna Monallize Duarte, co-orient. III. Título.

(4)

MATEUS DE OLIVEIRA SOUZA

ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DA LAGOA DA SALINA - MORADA NOVA/CE

Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semiárido – UFERSA, Campus Pau dos Ferros como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

APROVADO EM:14/08/2019.

(5)

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me proporcionado chegar até aqui. A meu núcleo familiar por sempre estar presente, a meu pai José Ilmar de Freitas Souza, a mãe Maria Ivoneide de Oliveira e ao Gilnei Neves Nepomuceno pelo apoio em todos esses anos.

Agradeço as minhas orientadoras Me. Marilia Cavalcanti Santiago e Esp.

Bruna Monallize Duarte Moura pela paciência, disposição e todo auxilio necessário para a elaboração deste trabalho.

Quero agradecer também a minha Irmã Gilnara Maria Nóbrega Nepomuceno por toda a dedicação e apoio, pois sem ela seria impossível concluir este trabalho.

Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará campus Morada Nova e Limoeiro do Norte – CE, pelo uso de materiais laboratoriais e estrutura física.

E finalmente a todos que de alguma forma contribuíram e possibilitaram a

realização deste trabalho.

(6)

RESUMO

O aumento populacional, aliado ao processo de urbanização, tem provocado uma redução na quantidade e qualidade da água, acarretando em perda da biodiversidade, aumento de doenças e comprometendo os usos preponderantes da água, a exemplos irrigação, lazer e pesca. Perante tal situação, se faz necessário avaliar a qualidade da água através de parâmetros que servem como indicadores do real estado do corpo hídrico. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é avaliar a qualidade da água da Lagoa da Salina, monitorando os atributos físico-químicos, bioquímicos e microbiológicos da água e determinar o Índice de Estado Trófico (IET). Como metodologia, optou-se por uma pesquisa qualitativa, iniciando-se com uma revisão na literatura sobre o tema, seguindo de coletas de dados, ensaios laboratoriais e analises de resultados. Através das análises realizadas neste trabalho, constatou-se que a qualidade da água da lagoa da salina não se encontra em boas condições, pois para a maioria dos parâmetros os resultados se encontram fora dos limites estabelecidos pela resolução CONAMA Nº 357/2005.

Palavras-Chave: Desenvolvimento urbano. Meio ambiente. Poluição hídrica.

(7)

ABSTRACT

Population increase, coupled with the urbanization process, has caused a reduction in water quantity and quality, leading to loss of biodiversity, increased disease and compromising the predominant uses of water, such as irrigation, leisure and fishing.

Given this situation, it is necessary to evaluate water quality through parameters that serve as indicators of the actual state of the water body. In this sense, the objective of this work is to evaluate the water quality of Lagoa da Salina, monitoring the physicochemical, biochemical and microbiological attributes of water and to determine the Trophic State Index (EIT). As a methodology, we opted for a qualitative research, starting with a literature review on the subject, followed by data collection, laboratory tests and analysis of results. Through the analyzes performed in this work, it was found that the water quality of the saline lagoon is not in good condition, because for most parameters the results are outside the limits established by CONAMA Resolution No.

357/2005.

Keywords: Urban development. Environment. Water pollution.

(8)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Disponibilidade de água no planeta ... 17

Figura 2 – Distribuição de água doce no mundo ... 18

Figura 3 – Distribuição de água doce no Brasil por região ... 18

Figura 4 – Ilustração dos tipos de poluição ... 22

Figura 5 – Mapa de Morada Nova ... 31

Figura 6 – Localização da Lagoa da Salina no mapa de Morada Nova ... 32

Figura 7 – Dessedentação de animais as margens da lagoa ... 32

Figura 8 – Mapa da Lagoa da Salina ... 33

Figura 9 – GPS XTREX10 ... 33

Figura 10 – Ponto A ... 34

Figura 11 – Ponto B ... 35

Figura 12 – Ponto C ... 35

Figura 13 – Ponto D ... 35

Figura 14 – Ponto E ... 36

Figura 15 – Ponto F ... 36

Figura 16 – Ponto G ... 36

Figura 17 – Ponto H ... 37

Figura 18 – Ponto I ... 37

Figura 19 – Chuvas no Mês de Maio ... 40

Figura 20 – Chuvas no Mês de Julho ... 40

Figura 21 – Amostras de água na primeira análise ... 43

Figura 22 – Lançamento de esgoto doméstico ... 48

(9)

LISTA TABELAS

Tabela 1– Distribuição de água no Brasil vs. percentual por região ... 19

Tabela 2 – Classe dos tipos de água ... 20

Tabela 3 – Classificação do IET ... 29

(10)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Classificação das águas doces ... 20

Quadro 2 – Padrões de Qualidade para águas doces ... 21

Quadro 3 – Coordenadas dos pontos de coletas ... 34

Quadro 4 – Métodos de análise ... 38

Quadro 5 – Resumos das concentrações médias encontradas ... 39

(11)

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Concentrações de amônia por ponto ... 41

Gráfico 2 – Concentrações de DBO por ponto ... 42

Gráfico 3 – Concentrações de Turbidez por ponto ... 43

Gráfico 4 – Concentrações de Nitrito por ponto ... 44

Gráfico 5 – Concentrações de Nitrato por ponto ... 44

Gráfico 6 – Concentrações de OD por ponto ... 45

Gráfico 7 – Saturação por ponto ... 46

Gráfico 8 – Concentrações de pH por ponto ... 46

Gráfico 9 – Temperatura por ponto ... 47

Gráfico 10 – Concentrações de fósforo total por ponto ... 48

Gráfico 11 – Índice de Estado Trófico por ponto ... 49

(12)

LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

ANA: Agência Nacional de Águas

CETESB: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente

DBO: Demanda Bioquímica de Oxigênio DQO: Demanda Biológica de Oxigênio IQA: Índice de Qualidade de Água mg/L: Miligrama por Litro

mL: mililitro

OD: Oxigênio Dissolvido pH: Potencial Hidrogeniônico

UNT: Unidade Nefelométrica de Turbidez uT: Unidade de Turbidez

VA: Virtualmente Ausente

(13)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 15

2 OBJETIVOS ... 16

2.1 Objetivo geral ... 16

2.2 Objetivos específicos ... 16

3 REFERENCIAL TEÓRICO ... 17

3.1 Disponibilidade dos Recursos Hidricos ... 17

3.1.1 Distribuição de água no mundo e no Brasil

.

... 18

3.2 Legislação e Classes das Águas ... 19

3.3 Poluição Hidrica ... 21

3.4 Indice de Qualidade da Água (IQA) ... 23

3.5 Parâmetros Fisicos ... 23

3.5.1 Cor... 23

3.5.2 Turbidez ... 24

3.5.3 Sabor e Odor ... 24

3.5.4 Temperatura ... 24

3.6 Parâmetros Quimicos ... 25

3.6.1 Nitrogênio Total ... 25

3.6.2 Fósforo Total ... 25

3.6.3 Potencial Hidrogeniônico (pH) ... 26

3.6.4 Oxigênio Dissolvido (OD) ... 26

3.6.5 Residuo Total ... 26

3.6.6 Demanda Bioquímica de Oxigênio ... 27

3.6.7 Demanda Química de Oxigênio ... 27

3.7 Parâmetros Biológicos ... 27

3.7.1 Coliformes Termotolerantes ... 27

3.8 Índice de Estado Trófico (IET) ... 28

4 METODOLOGIA ... 30

4.1 Classificação do tipo de pesquisa ... 30

4.2 Local de estudo ... 30

4.3 Pontos de coleta ... 33

4.4 Coletas, armazenagem e transporte das amostras ... 37

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 39

5.1 Avaliação dos parâmetros segunda a resolução CONAMA 357/2005 ... 41

(14)

5.1.1 Amônia ... 41

5.1.2 DBO... 42

5.1.3 Turbidez ... 42

5.1.4 Nitrato e Nitrito ... 43

5.1.5 OD e Saturação ... 45

5.1.6 pH e Temperatura ... 46

5.1.7 Residuos Totais ... 47

5.1.8 Fósforo Total ... 48

5.2 Índice de Estado Trófico (IET) ... 49

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 50

REFERÊNCIAS ... 52

(15)

1 INTRODUÇÃO

A água é o recurso natural mais abundante no planeta, sendo indispensável para quase todas as atividades humanas, ela é de vital importância para o sustento de todos os tipos de vida (PEREIRA, 2004). A água pode ser utilizada para os seguintes usos: consumo humano, geração de energia elétrica, atividades agrícolas e pecuárias, pesca e agricultura, dentre outros, tal utilização se baseará na qualidade que a água apresenta (LIMA et al., 2008).

O processo de urbanização é o maior causador de impactos ao meio ambiente, interferindo fundamentalmente na quantidade e qualidade de água em um ambiente aquático. Esse processo contribui para a degradação da qualidade das águas, ocasionando desta forma a perda da biodiversidade, o aumento de doenças de veiculação hídrica, a perda de valores turísticos e a redução da pesca. Com a crescente impermeabilização do solo, proveniente das construções de casas, prédios e asfaltamento de ruas, há uma diminuição das zonas permeáveis, que por meio da infiltração são responsáveis pela recarga dos aquíferos. (ANA, 2009; BRASIL, 2014).

A qualidade da água é resultante de fenômenos naturais e de ações antropogênicas, seja por meio de uma forma concentrada, como a geração de efluentes domésticos ou industriais, ou de uma forma mais dispersa a exemplo à aplicação de insumos agrícolas e o manejo inadequado do solo. Esses fenômenos acabam contribuindo para a incorporação de compostos orgânicos e inorgânicos nos cursos de água e alteram assim a sua qualidade (CORADI; FIA; PEREIRA-RAMIREZ, 2009).

De acordo com Brasil (2014) perante essa situação, se faz necessário estudos sobre avaliação da qualidade da água para estimular ações de controle ambiental. Tal avaliação é feita através de determinados parâmetros, que servem como indicadores da qualidade da água, a exemplo de indicadores tem-se o Índice de Estado Trófico (IET) e o Índice de Qualidade da Água (IQA).

O resultado do IQA é obtido através do somatório das qualidades de água

correspondentes aos parâmetros selecionados. A partir do cálculo são definidos níveis

de qualidade da água variando de péssimo a ótimo. Por ser uma ferramenta rápida e

sistemática de avaliação das características da água, passou a ser amplamente

aplicado (PINTO; COELHO; SILVA, 2015).

(16)

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

 Avaliar a qualidade da água em pontos específicos da Lagoa da Salina.

2.2. Objetivos Específicos

 Monitorar os atributos físico-químicos, bioquímicos e microbiológicos

da água.

 Estabelecer o Índice de Estado Trófico para a Lagoa da Salina e

classificá-la.

(17)

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1. Disponibilidade dos Recursos Hídricos

De acordo com Kobiyama, Mota e Corseuil (2008), a água é de suma importância para o Planeta Terra, pois a realização de grande parte dos processos químicos, físicos e biológicos nos ecossistemas necessitam dessa. Assim, os recursos hídricos são uma fonte de valor econômico indispensável para a sobrevivência e desenvolvimento dos seres vivos. Estima-se que 97,5% da água do planeta terra esteja presente em oceanos e mares, restando apenas 2,5% de água que se encontra distribuída em diversos locais (Figura 1). Este percentual de valor consideravelmente pequeno em relação a totalidade de água disponível no planeta, representa a porcentagem de água doce, isto é, água que não possui grande densidade de sal em sua composição e, portanto, pode ser utilizada para consumo humano. Porém, desses 2,5% se encontra uma grande parte disponível apenas na forma de geleiras.

Figura 1 – Disponibilidade de água no planeta.

Fonte: Lemos (2016).

Ainda segundo o autor, durante muitos anos acreditava-se que a falta de água

potável fosse impossível, ocasionando uma certa negligência para a preservação

deste recurso. Com o aumento crescente da população mundial e a formação de

grandes centros urbanos, houve uma excessiva extração de recursos hídricos e aliado

a isso uma elevada contaminação em decorrência dos despejos de esgotos urbanos,

efluentes industriais e agrotóxicos. Tais fatores acarretam a diminuição da capacidade

(18)

de recuperação dos corpos hídricos, que por sua vez impede o estabelecimento do equilíbrio natural (KOBIYAMA; MOTA; CORSEUIL, 2008).

3.1.1. Distribuição de água no mundo e no Brasil.

De acordo com GEO Brasil (2007) dos 2,5% da água doce distribuída no planeta quase metade encontra-se distribuída nas américas, sendo que somente o Brasil conta com 12% deste percentual, conforme observa-se na Figura 2.

Figura 2 – Distribuição de água doce no mundo.

Fonte: GEO Brasil (2007).

De acordo com Tomaz (2001), a água no território brasileiro se encontra mal distribuída, visto que as regiões com menores densidades populacional à exemplo a região norte com 7% da população possuem a maior quantidade de água (68,5%), enquanto que em regiões como a sudeste e nordeste (mais populosas), apresentam apenas 6% e 3% das reservas, respectivamente, conforme Figura 3 e Tabela 1 a seguir.

Figura 3 – Distribuição de água doce no Brasil por região.

Fonte: Tomaz (2001).

(19)

Tabela 1 – Distribuição de água no Brasil vs. percentual populacional por região.

Fonte: Adaptado de Câmara (2009).

3.2. Legislação e Classes das Águas

A constituição de 1988 em seu Art. 21° parágrafo XIX instituiu o sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definiu critérios de outorga de direitos de seu uso. Para atender este princípio foi criada a Lei N° 9.433 de 8 de janeiro de 1997, que instituiu a Política Nacional dos Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos.

Segundo o Art. 2º desta lei são objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos:

I - Assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

II - A utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;

III - A prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

IV - Incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de águas pluviais. (Incluído pela Lei nº 13.501, de 2017)

No que diz respeito as classes das águas, conforme o Art.3° da Resolução Nº.

357 do CONAMA de 17 de março de 2005 que dispõe sobre a classificação dos corpos

das águas doces em quatro classes especificadas de acordo com o uso e qualidade,

tem se que as águas doces, salobras e salinas são classificadas segundo a qualidade

em treze classes, conforme Tabela 2.

(20)

Tabela 2 - Classes dos tipos de água.

Fonte: Brasil (2005).

A resolução do CONAMA ainda define como água doce aquela com salinidade igual ou inferior a 0,5%, já a água salobra como aquela com salinidade superior a 0,5% e inferior a 30% e por fim a água salina aquela com salinidade igual ou superior a 30%. O Quadro 1 traz estas classes de águas doces e os seus respectivos usos preponderantes.

Quadro 1 – Classificação das águas doces.

Fonte: Adaptado de Brasil (2005).

A resolução CONAMA Nº 357/2005 e a Portaria nº 2.914/2011 estabelecem as

condições e padrões de qualidade da água, conforme mostrado no Quadro 2.

(21)

Quadro 2 – Padrões de Qualidade para águas doces.

Parâmetros

Classes CONAMA Portaria Ms

"2914"

1 2 3 4 Consumo

Humano

Amônia (mg/L) ≤ 1,5 ≤ 1,5 ≤ 1,5 - ≤ 1,5

DBO (mg/L) ≤ 3 ≤ 5 ≤ 10 - -

Fosforo Total

(mg/L) ≤ 0,02 ≤ 0,03 ≤ 0,05 - -

Nitrato (mg/L) ≤ 10 ≤ 10 ≤ 10 - ≤ 10

Nitrito (mg/L) ≤ 1 ≤ 1 ≤ 1 - ≤ 1

OD (mg/L) ≥ 6 ≥ 5 ≥ 4 > 2,0 -

pH 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 Resíduos Totais

(mg/L) VA VA VA - VA

Temperatura (°C) - - - - -

Turbidez (NTU) ≤ 40 ≤100 ≤ 100 - ≤ 0,5 uT

VA: Virtualmente Ausente; uT: Unidade de Turbidez

Fonte: Adaptado de Brasil (2005) e Brasil (2011).

Para águas classificadas como especiais devem ser mantidas as condições naturais do corpo de água.

3.3. Poluição Hídrica

De acordo com a Lei 6938 de 31 de agosto de 1981 que dispõe sobre a Política

Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação

(BRASIL, 1981), a poluição pode ser definida como qualquer degradação ambiental que resulte de atividades que direta ou indiretamente: prejudiquem a saúde e o bem- estar dos usuários, causem adversidades à economia, afetem desfavoravelmente a biota e as condições estéticas e/ou sanitárias do local, etc.

Von Sperling (2005), caracteriza a poluição das águas como a adição de qualquer substância ou fonte de energia que altere a natureza do corpo d’água de maneira que prejudique algum tipo de utilização deste.

Em conformidade com Pereira (2004):

A poluição pode ter origem química, física ou biológica, sendo que em geral a adição de um tipo destes poluentes altera também as outras características da água. Desta forma, o conhecimento das interações entre estas interações é de extrema importância para que se possa lidar da melhor forma possível com as fontes de poluição (p.20).

(22)

Ainda segundo Pereira (2004) os tipos de fonte de poluição podem ser classificados em poluição física, química e biológica. A poluição física é aquela que altera as características físicas do corpo hídrico, sendo dividida em:

 Poluição térmica: decorrente do lançamento de águas aquecidas, a exemplo

águas de processo de resfriamento de usinas termoelétricas.

 Poluição por resíduos sólidos: provenientes do despejo de esgotos domésticos

e industriais e devido a erosão de solos carregados pela chuva.

Por sua vez, a poluição química pode ser dividida em dois tipos de poluentes:

 Biodegradáveis: produtos químicos que são decompostos com o passar do

tempo devido a ação de bactérias. Exemplos: detergentes e inseticidas.

 Persistentes: são produtos químicos que permanecem por muito tempo em

organismos vivos e no meio ambiente, ocasionando contaminação de alimentos. A exemplo temos o mercúrio.

Já a poluição biológica ocorre devido a infecção da água por organismos patogênicos (vírus, bactérias, protozoários e vermes) advindos dos esgotos (PEREIRA, 2004).

Quanto a forma de introdução no meio ambiente se classifica em dois tipos, a poluição pontual e a poluição distribuída conforme a Figura 4.

Figura 4 - Ilustração dos tipos de poluição.

Fonte: Von Sperling (2014).

A poluição pontual é aquela na qual se pode identificar e estabelecer medidas

corretivas ou mesmo punitivas em alguns casos, um exemplo deste tipo é o

lançamento de esgoto doméstico. Entretanto, a poluição distribuída é aquela que não

pode ser tão facilmente identificada, não sendo capaz de erreconhecer quais os

(23)

agentes poluentes a partir do ponto inicial. Exemplos de fontes de poluição distribuída são: águas de drenagens urbanas, escoamento de águas superficiais e acidentes com combustíveis ou produtos químicos (SODRÉ, 2012).

As fontes de poluição ditas acima determinam o grau de poluição do corpo hídrico, desta forma pode-se quantificar este grau através da análise dos parâmetros físicos, químicos e biológicos.

3.4. Índice de Qualidade da Água (IQA)

O Índice de Qualidade das Águas (IQA) foi elaborado a partir de uma pesquisa de opinião realizada em 1970 pelo National Sanitation Foundation (NSF) dos Estados Unidos, pesquisa feita a um grupo de especialistas em qualidade das águas, na qual cada entrevistado indicou um parâmetro a ser avaliado (ANA, 2005).

Entre os 35 parâmetros propostos, somente nove foram selecionados, sendo eles: temperatura, potencial hidrogeniônico (pH), turbidez, demanda bioquímica de oxigênio (DBO5,20), oxigênio dissolvido (OD), nitrogênio total, fósforo total, resíduos totais e coliformes termotolerante. Para estes, foram estabelecidas curvas de variação de qualidade das águas de acordo com o estado ou condição de cada parâmetro (CETESB, 2013).

3.5. Parâmetros Físicos

3.5.1. Cor

Diferente de outros aspectos a coloração da água é uma característica estética, pois uma água pode apresentar coloração mais escura e mesmo assim possuir maior potabilidade do que uma água isenta de cor. (ÁGUAS GUARIROBA, 2011).

De acordo com Piantá (2008), a cor da água é devida a presença de

substâncias dissolvidas e coloidais de origem natural (decomposição de matéria

orgânica vegetal e a presença de ferro e manganês) e/ou antropogênica (esgoto

doméstico). Para se determinar a cor de uma água basta comparar uma amostra

padrão de cobalto-platina, sendo resultado obtido em unidades de cor (UC) ou

unidade Hazen (BRASIL, 2014).

(24)

3.5.2. Turbidez

A turbidez refere-se ao grau de interferência à passagem de luz através de um líquido e esta interferência ocorre devido as partículas em suspenção presentes na água serem maiores que o comprimento de onda da luz branca, as unidades de medição da turbidez são NTU e uT (ANA, 2005).

O aumento da turbidez pode ocorrer de forma natural pela influência de partículas de rochas, silte, argila, algas e de outros microrganismos como também na forma antrópica através de despejos domésticos, industriais e erosão do solo. A elevada turbidez pode influenciar nas comunidades biológicas, em razão de reduzir a fotossíntese de plantas aquáticas que por sua vez servem como fonte de alimento para peixes locais (VON SPERLING, 2005; ANA, 2005).

3.5.3. Sabor e Odor

O termo sabor e odor é uma associação conjunta devido o conceito de sabor possuir interação com o de odor, a sua origem se dá tanta pela presença de substâncias químicas ou gases dissolvidos, quanto a atuação de microrganismos e algas. As substâncias danosas aos organismos aquáticos, como por exemplo metais pesados e alguns compostos organossintéticos não conferem sabor e odor a água.

Vale ressaltar que, para o consumo humano o padrão de potabilidade exige que a água seja inodora (BRASIL, 2014).

3.5.4. Temperatura

Brasil (2014) afirma que a temperatura é um parâmetro físico que exerce influência na velocidade das reações químicas, nas atividades metabólicas dos organismos e na solubilidade de substâncias. Na água a sua alteração pode ser causada por fontes naturais (energia solar) ou antropogênicas (despejos industriais).

Segundo a ANA (2005) ela desempenha um papel importante no controle do meio aquático, pois influência numa série de parâmetros físico-químicos e em organismos aquáticos que possuem limites de tolerância térmica, necessitando de temperaturas ótimas para o crescimento, migração, desova e incubação de ovos.

De acordo com Von Sperling (2014), as elevações da temperatura diminuem a

(25)

solubilidade dos gases como por exemplo o oxigênio dissolvido e aumentam a taxa de transferência destes gases ocasionando o mau cheiro.

3.6. Parâmetros Químicos

3.6.1. Nitrogênio Total

O nitrogênio é um dos nutrientes essenciais para o surgimento e desenvolvimento de algas e macrófitas, sendo facilmente absorvível nas formas de amônia e nitrato (BRASIL, 2014). Em meio aquático são diversas as fontes de contribuição do nitrogênio, os esgotos sanitários são os que mais contribuem, lançando nitrogênio orgânico que surge devido a hidrolise da ureia na água. Outra forma é através do nitrogênio proveniente da atmosfera, por conta de mecanismos como a fixação biológica desempenhada por bactérias e algas ou pelas águas pluviais que lavam a atmosfera poluída que contém nitrogênio orgânico (ANA, 2005).

Em condições extremamente alcalinas, há a presença da amônia não ionizável, que em excesso é toxica a vários organismos aquáticos. Por sua vez grandes quantidades de nitrato estão associadas a doenças que dificultam o transporte de oxigênio na corrente sanguínea de bebês. Já em adultos, a atividade metabólica interna impede a conversão do nitrato em nitrito, que é o agente responsável por esta enfermidade (BRASIL, 2014).

3.6.2. Fósforo total

De acordo com Von Sperling (2005), o fósforo total nos esgotos domésticos é encontrado na forma de fosfatos inorgânicos (origem principal nos detergentes e produtos químicos) e orgânicos (origem fisiológica).

Assim como o nitrogênio, o fósforo é um dos principais elementos para o

desenvolvimento da vida aquática, servindo como nutriente para processos biológicos,

como para o crescimento de algas e microrganismos. Quando encontrado em excesso

contribui para processos de eutrofização das águas naturais (ANA, 2005).

(26)

3.6.3. Potencial Hidrogeniônico (pH)

O pH representa a concentração de íons de hidrogênio H+, representados numa faixa de 0 a 14, onde indicam as condições de acidez, neutralidade ou alcalinidade da água (VON SPERLING, 2014).

Segundo Brasil (2014) o valor do pH atua na distribuição de diversos compostos químicos, além de contribuir para um maior ou menor grau de solubilidade de substâncias, sendo responsável por definir o potencial de toxidade de vários elementos. Podendo sofrer alterações de origem natural (dissolução de rochas, fotossíntese) ou antropogênica (despejos domésticos e industriais).

3.6.4. Oxigênio Dissolvido

(OD)

Conforme Pinheiro (2013) a introdução do OD no meio aquático ocorre de duas formas, sendo uma natural e a outra antropogênica. A introdução por meio natural resulta da dissolução de oxigênio atmosférico na água, esta depende da altitude local que por sua vez sujeita-se a dois parâmetros: a temperatura e a pressão atmosférica local. A segunda está associada a introdução do OD com o auxílio de mecanismos artificiais, tais como os aeradores.

Um adequado fornecimento de oxigênio dissolvido é essencial para a manutenção da vida em habitats aquáticos (ANA, 2005). O oxigênio dissolvido é considerado um dos parâmetros mais significativos para indicar a qualidade de um ambiente aquático. A variação de seus teores se dá por vários processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem nos corpos d’água, fazendo necessário teores mínimos de 2 mg/L a 5 mg/L para manutenção da vida aquática aeróbica. (BRASIL, 2014).

3.6.5. Resíduo Total

Os sólidos na água correspondem a toda e qualquer matéria presente seja em

suspenção ou dissolvida. Os sólidos em suspenção (SS) são definidos como

partículas retidas no processo de filtração, já os sólidos dissolvidos totais (SDT) são

constituídos por partículas na qual o seu diâmetro é inferior a 10

−3

μm permanecendo

em solução após a filtração (BRASIL, 2014).

(27)

Os sólidos podem causar danos aos peixes e às demais vidas aquáticas, pois ao sedimentar no leito dos rios destrói organismos que fornecem alimentos, comprometendo a desova de peixes. Tendem ainda a reter bactérias e resíduos orgânicos, promovendo a decomposição anaeróbia e elevando os teores de sais minerais, particularmente sulfato e cloreto, além de conferir sabor às águas.

(CETESB,2013).

3.6.6. Demanda Bioquímica de Oxigênio

A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) é a quantidade de oxigênio necessária para estabilizar a matéria orgânica, através de processos de decomposição química (ANA, 2005). Conforme Von Sperling (2014), esses processos são realizados por bactérias aeróbicas que transformam a matéria orgânica numa forma inorgânica estável.

O aumento de DBO num corpo d’água se dá principalmente pelo alto despejo de matéria orgânica, induzindo a extinção do oxigênio da água e o consequente desaparecimento da vida aquática (ANA, 2005).

3.6.7. Demanda Química de Oxigênio

A Demanda Química de Oxigênio (DQO) é a quantidade de oxigênio necessária para que ocorra a oxidação da matéria química, através do uso de agentes químico.

O seu aumento se dá na maioria dos casos devido aos despejos de origem doméstica e industrial. A análise da DQO é indispensável nos estudos, fazendo-se necessária a utilização conjunta com a DBO para observar a parcela biodegradável dos despejos (CETESB, 2013).

3.7. Parâmetros Biológicos

3.7.1. Coliformes Termotolerantes (CT)

As bactérias do grupo coliformes são os principais indicadores de

contaminação fecal. A sua taxa de concentração é quem determina a possibilidade da

existência de microrganismos patogênicos responsáveis pela transmissão de doenças

(28)

de veiculação hídrica, tais como febre tifoide, febre paratifoide, disenteria bacilar e cólera (ANA, 2005).

O uso das bactérias coliformes termotolerantes como indicador de poluição sanitária se faz mais relevante que o uso das bactérias coliformes totais, devido estas serem restritas somente ao trato intestinal de animais de sangue quente (ANA, 2005).

3.8 Índice de Estado Trófico (IET)

Com o aumento da concentração de nutrientes no habitat aquático, principalmente o fósforo e nitrogênio, há um aumento na produtividade do ambiente, provocando um crescimento excessivo de organismos fotossintetizantes, assim, ocasionando o processo conhecido como eutrofização (MARTINS; HELENO, 2015).

A eutrofização de corpos hídricos traz uma série de efeitos negativos, como:

mau cheiro, morte de peixes, mudanças na biodiversidade aquática e contaminação da água destinada ao abastecimento público (PORTAL DA QUALIDADE DAS ÁGUAS, 2019). O Índice de Estado Trófico representa um indicador que classifica os corpos de água de acordo com seu grau de eutrofização, avaliando a qualidade e a disponibilidade de nutrientes, sendo estes os responsáveis pela proliferação de algas em meio aquático. (MARANHO, 2012).

Segundo Barros (2013) essa metodologia relaciona as concentrações de fosforo total, a transparência da água e clorofila para avaliar a real situação do corpo hídrico, podendo ser amplamente aplicada devido a seu baixo custo e fácil compreensão e em função da utilização de parâmetros simples.

Em reservatórios, o cálculo do IET a partir dos valores de fósforo é realizado através da Equação 1:

𝐼𝐸𝑇 = 10 ∙ (6 −1,77 − 0,42 ∙ (𝐿𝑛 ∙ 𝑃𝑇)

𝐿𝑛 2 ) (Equação 1)

Em que o fósforo total (PT) é expresso em µg/L.

Os valores encontrados do IET são classificados de acordo com a classe de

estado trófico observados na Tabela 3 abaixo:

(29)

Tabela 3 – Classificação IET.

Valor do IET Classes de Estado Trófico

Características

IET ≤ 47 Ultraoligotrófico Corpos d'água limpos, de produtividade muito baixa e concentrações insignificantes de nutrientes que não acarretam prejuízos aos usos da água.

47 < IET ≤ 52

Oligotrófico Corpos d'água limpos, de baixa produtividade, em que não ocorrem interferências indesejáveis sobre os usos da água, decorrentes da presença de nutrientes.

52 < IET ≤ 59

Mesotrófico Corpos de água com produtividade intermediária, com possíveis implicações sobre a qualidade de água, mas em níveis aceitáveis, na maioria dos casos.

59 < IET ≤ 63

Eutrófico Corpos d'água com alta produtividade em relação às condições naturais, com redução da transparência, em geral afetados por atividades antrópicas nos quais ocorrem alterações indesejáveis na qualidade da água decorrentes do aumento da concentração de nutrientes e interferências nos seus múltiplos usos.

63 < IET ≤ 67

Supereutrófico Corpos d'água com alta produtividade em relação às condições naturais, de baixa transparência, em geral afetados por atividades antrópicas, nos quais ocorrem com frequência alterações indesejáveis na qualidade da água, como a ocorrência de episódios florações de algas, e interferências nos seus múltiplos usos.

IET ≥ 67 Hipereutrófico Corpos de água afetados significamente pelas elevadas concentrações de matéria orgânica e nutrientes, com comprometimento acentuado nos seus usos, associado a episódios florações de algas ou mortandades de peixes, com consequências indesejáveis para seus múltiplos usos, inclusive sobre as atividades pecuárias nas regiões ribeirinhas.

Fonte: Adaptado de Portal da Qualidade das Águas (2019).

(30)

4 METODOLOGIA

4.1 Classificação do tipo de pesquisa

Segundo Gil (2007, p. 17), pesquisa é definida como o

(...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados.

A pesquisa realizada neste trabalho pode ser classificada quanto a abordagem como sendo quali-quantitativa, pois, conforme Fonseca (2002), esta centra-se na objetividade recorrendo à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, a relação entre variáveis etc. Quanto à natureza qualifica-se como sendo de pesquisa básica, a qual conforme Gerhardt e Silveira (2009) objetiva gerar conhecimentos novos para o avanço da Ciência, sem aplicação prática prevista.

Quanto ao objetivo a pesquisa é tida como explicativa, pois de acordo com Gil (2007), este tipo de pesquisa se pauta em identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos com base em amostras aleatórias. Por fim, quanto aos procedimentos é caracterizada como sendo uma pesquisa experimental já que ela consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto (GIL, 2007).

Portanto, a pesquisa se utilizou de artigos científicos, trabalhos de conclusão de curso, teses de mestrado, ensaios de laboratório, software e arquivos virtuais que permitiram a análise dos dados e a obtenção dos resultados. O material documentado, bem como, as respectivas análises foram organizadas no relatório de pesquisa componente do estudo monográfico.

4.2 Local de Estudo

O objeto de estudo está localizado na cidade de Morada Nova – CE (Figura 5)

situada no vale do Jaguaribe, a qual possui área de 2.779,00 km², altitude de 52

(31)

metros acima do nível do mar e população de 62065 habitantes (PREFEITURA DE MORADA NOVA, 2019).

Figura 5 – Mapa de Morada Nova.

Fonte: Diário do Nordeste (2016).

Segundo o Anuário do Ceará (2019) e Funceme (2017) seu clima característico é o tropical quente semiárido, com chuvas de fevereiro a abril e precipitação pluviométrica média de 705,3 mm ao ano. Sua vegetação é predominantemente composta de caatinga arbustiva aberta, floresta caducifólia espinhosa e floresta subcaducifólia tropical pluvial.

Em relação aos municípios limítrofes têm-se ao Norte: Ocara e Beberibe; ao Leste: Russas, Limoeiro do Norte e São João do Jaguaribe; ao Sul: Alto Santo, Jaguaribara e Jaguaretama e ao Oeste: Banabuiú, Quixadá, Ibicuitinga e Ibaretama (ANUÁRIO DO CEARÁ, 2019).

No que diz respeito ao saneamento no município o Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS) informa que a cobertura do setor de saneamento no ano de 2017 se deu da seguinte forma: a população atendida com esgotos sanitários foi de 1600 habitantes; a quantidade de ligações ativas de esgotos foi de 335; a extensão da rede de esgotos de somente 4 quilômetros e o volume de esgotos coletados e tratados foram de 60000 m³/ano.

A Lagoa da Salina está localizada no centro do município e é um dos principais

pontos turísticos da cidade, ocupando uma área de 256.121 m², com um perímetro de

3.120,00m. Por ser um reservatório de água localizado num centro urbano (Figura 6),

(32)

pequenas comunidades em seu entorno o utilizam para atividades de lazer, pesca, dessedentação de animais (Figura 7) e irrigação de pequenas plantações (RAULINO, 2010; RABELO, 2010).

Figura 6 – Localização da Lagoa da Salina no mapa de Morada Nova.

Fonte: Google Earth (2019).

Figura 7 – Dessedentação de animais as margens da lagoa.

Fonte: Autoria própria (2019).

(33)

4.3 Pontos de Coletas

Foram definidos um total de nove pontos para a realização das coletas, buscando abranger toda a extensão da lagoa em estudo, como mostra a Figura 8.

Figura 8 – Mapa da Lagoa da Salina.

Fonte: Google Earth (2019).

A obtenção das coordenadas foi realizada através de um GPS do modelo ETREX 10 como mostra a Figura 9.

Figura 9 – GPS XTREX10

Fonte: Autoria própria (2019).

(34)

Já as medições de profundidade dos pontos, devido à dificuldade de acesso, foram realizadas com o auxílio de uma linha com um peso amarrado à ponta, marcando-se o nível da água e posteriormente o aferindo com uma régua (Quadro 3).

Quadro 3 - Coordenadas dos pontos de coletas.

Pontos de Coletas

Descrição Coordenadas

(S)

Coordenadas (W)

Profundidade (m) A Próximo ao sangradouro,

Rua Souza Girão 5° 6' 25,10'' 38° 22' 26,00'' 0,43 B Extremidade da varanda da

Lagoa da salina 5° 6' 24,96'' 38° 22' 26,51'' 0,34 C Ao lado da varanda do açaí 5° 6'24.59" 38°22'26.43" 0,32 D Rua Napoleão Pereira

Guimarães 5° 6' 16,72'' 38° 22' 20,86'' 0,22 E Próximo a Ilha solteira 5° 3' 20,78'' 38° 22' 20,26'' 0,36 F Rua José Ambrósio 5° 6' 8,34'' 38° 22' 17,86'' 0,30 G Rua Vila Rodrigues 5° 6' 5,14'' 38°22' 26,93'' 0,25 H Rua Vila Girão 5° 6'8.61" 38°22'33.00" 0,40

I Rua João Sebastião da

Silva 5° 6'16.21" 38°22'46.70" 0,23

Fonte: Autoria própria (2019).

As figuras a seguir retratam o entorno dos pontos descritos no Quadro 3.

Figura 10 – Ponto A.

Fonte: Autoria própria (2019).

(35)

Figura 11 – Ponto B.

Fonte: Autoria própria (2019).

Figura 12 – Ponto C.

Fonte: Autoria própria (2019).

Figura 13 – Ponto D.

Fonte: Autoria própria (2019).

(36)

Figura 14 – Ponto E.

Fonte: Autoria própria (2019).

Figura 15 – Ponto F.

Fonte: Autoria própria (2019).

Figura 16 – Ponto G.

Fonte: Autoria própria (2019).

(37)

Figura 17 – Ponto H.

Fonte: Autoria própria (2019).

Figura 18 – Ponto I.

Fonte: Autoria própria (2019).

4.4 Coletas, armazenagem e transporte das amostras

As coletas ocorreram durante os dias 16 de maio e 05 de julho de 2019,

geralmente as 08:50h. Todas as coletas foram realizadas em frascos de vidro estéril

com volume de 1 litro, acondicionados da maneira correta e transportados ao

laboratório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE)

campus Limoeiro do Norte, onde se procedeu as análises dos parâmetros físicos,

químicos e microbiológicos. As análises foram realizadas dentro de um período de 24

horas após a captação. A determinação dos parâmetros foi dada seguindo a

metodologia conforme a Quadro 4.

(38)

Quadro 4 - Métodos de análise.

Parâmetro Método de análise Unidade

Amônia Colorimetria mg/L

DBO Ensaio de DBO em 5 dias mg/L

Fosforo Total Colorimetria mg/L

Nitrato Colorimetria mg/L

Nitrito Colorimetria mg/L

OD Medição in loco, uso de sonda multiparâmetros mg/L

pH Peagâmetro, escala dada de 0 a 14 -

Resíduos

Totais Cone de Imhoff mg/L

Saturação Medição in loco, uso de sonda multiparâmetros % Temperatura Medição in loco, uso de sonda multiparâmetros °C

Turbidez Método Nefelométrico NTU

Fonte: Autoria própria (2019).

(39)

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Quadro 5 fornece os valores de média entre as duas analises realizadas nos nove pontos de coletas de água. Analisando os valores de desvio padrão evidenciados após

o símbolo (±),

verificou-se que entre as duas coletas observou-se uma discrepância entre alguns parâmetros. Os parâmetros com maiores valores de desvio padrão foram DBO, saturação e turbidez nos pontos I e D.

Quadro 5 – Resumos das concentrações médias encontradas.

Fonte: Autoria própria (2019).

As variações nos resultados podem ser explicadas devido ao período no qual foram realizadas as coletas, sendo que a primeira coleta foi realizada no período de estiagem, já a segunda se deu no fim dela.

Pontos (Média ± Desvio Padrão)

Parâmetro A B C D E F G H I

Amônia(mg/L) 0,14

±0,19

0,035

± 0,05

0,175

±0,25

0,315

± 0,45

0,085

±0,12

0,055

± 0,08

0,085

±0,12

0,08

±0,12

3,485

±1,25 DBO(mg/L) 18,44

±5,035

18,52

±1,38

16,15

±4,04

21,94

±4,19

19,45

±4,83

17,55

±4,99

20,25

±2,86

18,66

±5,15

24,36

±10,97 Fosforo Total

(mg/L)

1,335

±0,62

1,39

±1,0

1,7

±1,56

1,05

±0,64

1,13

±0,83

1,15

±1,06

1,4

±1,17

1,64

±1,60

1,89

±0,69 Nitrato (mg/L) 2,78

±2,46

3,45

±2,19

5,935

±6,7

4,005

±3,54

3,345

±2,47

0,955

±0,08 0,00 0,00 0,00 Nitrito (mg/L) 3,64

±5,0

4,005

±5,47

7,085

±9,74

3,465

±4,7

5,53

±7,6

2,43

±3,2

0,415

±0,39

0,76

±0,88

0,72

±0,93 OD (mg/L) 4,39

±1,95

4,805

±0,99

2,15

±0,92

4,29

±5,15

5,075

±1,6

3,775

±0,25

4,57

±2,73

4,1

±1,62

0,82

±0,58 pH 7,95

±0,35

8,15

±0,35

8,05

±0,35

7,85

±0,07

8,2

±0,28

8,35

±0,49

8,05

±0,49

8,15

±0,21

7,45

±0,64 Resíduos

Totais (mg/L) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,45

±0,49 Saturação (%) 57,15

±26,8

71,45

±2,19

27,55

±11,4

55,6

±68,7

65,85

±18,4

49,9

±4,1

53,75

±28,6

53,75

±19,45

10,55

±6,78 Temperatura

(ºC)

29,2

± 0,85

30,65

±1,06

31,0

±0,71

30,1

±1,98

31,25

±0,78

30,5

±1,84

29,1

±2,12

28,7

±1,41

29,65

±0,35 Turbidez

(NTU)

10,06

±4,4

9,455

±2,32

10,62

±4,21

10,50

±3,53

10,51

±4,22

10,52

±4,21

13,92

±2,72

11,015

±2,52

32,88

±34,11

(40)

De acordo com os dados do Calendário das Chuvas do Estado do Ceará, no mês de março o município de Morada Nova teve uma precipitação total de 79 milímetros (Figura 19), nos quais nos dias 15 e 16 (dia em que foi realizada a coleta) houveram chuvas com valor médio de 5mm. Verifica-se que no mês de julho (período da segunda coleta) houve apenas uma precipitação total de 22 milímetros conforme se observa na Figura 20.

Figura 19 – Chuvas no Mês de Maio

Fonte: Funceme (2019).

Figura 20 - Chuvas no Mês de Julho

Fonte: Funceme (2019).

(41)

Além disso, a influência da velocidade do vento pode ser outro fator que ocasionou mudanças nos parâmetros analisados entre as coletas monitoradas devido, principalmente a agitação das águas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia no dia 16 de maio de 2019 e no dia 05 de julho de 2019 (período em que se deram as coletas) houve velocidades de vento de no máximo 0,9 m/s e 3,6 m/s, respectivamente.

5.1 Avaliação dos parâmetros segundo a resolução CONAMA 357/2005.

5.1.1 Amônia

De acordo com a CONAMA Nº 357/2005 os valores máximos aceitáveis de amônia são de 1,5 mg/L, diante disso verifica-se que apenas o ponto I obteve concentrações superiores em ambas as coletas (Gráfico 1), desta maneira a água é apropriada somente para o uso de Classe 4.

Gráfico 1 - Concentrações de amônia por ponto.

Fonte: Autoria própria (2019).

Muitas espécies de peixes não suportam concentrações de amônia superiores a 5 mg/L, devido essa substância ser um tóxico bastante restritivo a vida aquática, sendo que valores superiores a 0,01 mg/L já podem acarretar problemas ao ecossistema (CETESB, 2019). A amônia deriva-se principalmente de excreções de peixes e decomposição de matéria orgânica. No ponto I, apresentado na Figura 18, ocorre o lançamento de esgotos domésticos diariamente na lagoa, justificando assim os altos teores de amônia e sua inadequação ao consumo humano.

A B C D E F G H I

COLETA 1 0,27 0,07 0,35 0,63 0,17 0,11 0,17 0,16 4,37

COLETA 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2,6

0 1 2 3 4 5

(mg/L)

Amônia

(42)

5.1.2 DBO

Em ambas as coletas foram observados valores de DBO superiores a 3 mg/L, 5mg/L e 10 mg/L (Gráfico 2) que são os máximos permitidos pela CONAMA Nº 357/2005 para usos de águas referentes as classes 1, 2 e 3, respectivamente. Estando a água da lagoa adequada apenas para o uso previsto na classe 4.

Gráfico 2 - Concentrações de DBO por ponto.

Fonte: Autoria própria (2019).

Os teores de DBO se apresentaram crescentes para todos os pontos com exceção do ponto I. Os maiores valores verificados foram nos pontos D (Coleta 2) e I (Coleta 1). Os altos valores de DBO, significam que é necessária uma alta concentração de oxigênio para a estabilização da matéria orgânica. Esse alto valor é devido ao grande despejo de matéria orgânica no corpo hídrico, que ocasiona a diminuição do oxigênio e futuramente a morte da vida aquática (ANA, 2005). Na maioria dos pontos, foi possível identificar nos pontos de coletas e/ou proximidades a presença de matéria orgânica proveniente do lançamento de esgotos domésticos e macrófitas flutuantes que se instalaram em boa parte da lagoa.

5.1.3 Turbidez

Quanto as concentrações de Turbidez (Gráfico 3), as amostras, em sua maioria, apresentaram valores inferiores aos máximos estabelecidos pela CONAMA Nº 357/2005 para as classes 1,2 e 3, exceto pela análise do ponto I na primeira coleta realizada, a qual apresentou um elevado valor, tornando assim a água não adequada

A B C D E F G H I

COLETA 1 14,88 17,54 13,29 18,98 16,07 14,03 18,25 15,02 32,12 COLETA 2 22 19,5 19 24,9 22,9 21,1 22,3 22,3 16,6

0 5 10 15 20 25 30 35

(mg/L)

DBO

(43)

para o uso previsto na classe 1. Vale ressaltar, que a água é, segundo o limite estabelecido pelo Ministério da Saúde, imprópria para o consumo humano em todos os pontos analisados.

Gráfico 3 - Concentrações de Turbidez por ponto.

Fonte: Autoria própria (2019).

Semelhantemente, o ponto que apresentou maior valor foi o ponto I.

Provavelmente, tal valor de turbidez é devido a quantidade de poluentes despejados no corpo hídrico, provenientes de esgotos lançados por residências em seu entorno.

A Figura 21 evidencia o aspecto visual das amostras coletadas para as primeiras análises realizadas.

Figura 21 – Amostras de água da primeira análise.

Fonte: Autoria própria (2019).

5.1.4 Nitrato e Nitrito

Durante a primeira coleta, todos os resultados referentes as quantidades de nitrito (Gráfico 4) apresentaram valores superiores ao máximo estabelecido pela

A B C D E F G H I

COLETA 1 6,92 7,81 7,64 8,01 7,52 7,55 12 9,23 57 COLETA 2 13,2 11,1 13,6 13 13,5 13,5 15,85 12,8 8,76

0 10 20 30 40 50 60

NTU

Turbidez

(44)

CONAMA Nº 357/2005 que é de 1mg/L para todas as classes. Além disso, verificou- se uma grande discrepância entre as coletas 1 e 2, já que na segunda coleta, todos os pontos se adequam ao exigido pela portaria.

Gráfico 4 - Concentrações de Nitrito por ponto.

Fonte: Autoria própria (2019).

O comportamento do teor de nitrato (Gráfico 5) assemelha-se ao de nitrito, havendo uma diferença significante entre as medições. No entanto, apenas o ponto C e E (primeira coleta), não se adequam ao valor máximo estipulado de 10mg/L. Nesses pontos a água não é adequada para nenhum uso preponderante, exceto para o previsto na Classe 4.

Gráfico 5 - Concentrações de Nitrato por ponto.

Fonte: Autoria própria (2019).

A B C D E F G H I

COLETA 1 7,18 7,87 13,97 6,79 10,89 4,69 0,69 1,38 1,38 COLETA 2 0,1 0,14 0,2 0,14 0,17 0,17 0,14 0,13 0,06

0 2 4 6 8 10 12 14 16

(mg/L)

Nitrito

A B C D E F G H I

COLETA 1 4,52 5 10,67 6,51 5,09 1,01 0 0 0

COLETA 2 1,04 1,9 1,2 1,5 1,6 0,9 0 0 0

0 2 4 6 8 10 12

(mg/L)

Nitrato

(45)

A quantidade natural de nitrato, nitrito e amônia em águas superficiais é baixa (<1mg/L). Concentrações acima de 5mg/L normalmente indicam poluição por dejetos humanos e animais (EMBRAPA, 2019). De fato, em alguns pontos de coletas, foi possível verificar a presença de criação de animais como porcos e galinhas às margens da lagoa. Concentrações acima de 0,2mg/L de nitrato, podem desencadear o processo de proliferação de plantas, essa proliferação afeta o nível de oxigênio dissolvido, a temperatura e a passagem de luz. Esse pode ser observado em praticamente toda lagoa, que apresenta uma grande quantidade de plantas emergindo na superfície.

5.1.5 OD e Saturação

Conforme o Gráfico 6, observa-se que grande parte das análises realizadas apresentaram valores inferiores ao mínimo permitido pela CONAMA Nº 357/2005 para o uso preponderante das classes 1,2 e 3 (6,5 e 4 mg/L), exceto nos pontos D (segunda coleta), E e G (primeira coleta). Em contrapartida o ponto I apresentou os menores valores de OD em ambas as coletas.

Umas das principais causas da crescente mortandade de peixes é a queda na concentração de OD, para que ocorra a preservação da vida aquática o valor mínimo estabelecido pela resolução CONAMA Nº 357/2005 é de 5,0 mg/L, valor no qual varia de espécie para espécie. Via de regra valores inferiores a 2,0 mg/L tornam a condição do corpo hídrico perigosa (CETESB, 2019).

Gráfico 6 - Concentrações de OD por ponto.

Fonte: Autoria própria (2019).

A B C D E F G H I

COLETA 1 5,77 4,1 1,5 0,65 6,2 3,6 6,5 2,95 0,41 COLETA 2 3,01 5,51 2,8 7,93 3,95 3,95 2,64 5,25 1,23

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

(mg/L)

OD

(46)

O gráfico 7 evidencia a quantidade de saturação, isto é, a quantidade relativa de oxigênio dissolvido na água, desta forma é notória uma certa semelhança entre os gráficos 6 e 7.

Gráfico 7 - Saturação por ponto.

Fonte: Autoria própria (2019).

5.1.6 pH e Temperatura

Conforme o Gráfico 8, os resultados do presente estudo mostraram valores médios de pH entre 7 e 9, de caráter básico, atendendo os valores previsto para todas as classes de acordo com a CONAMA Nº 357/2005. A variação entre as coletas não foi significante.

Gráfico 8 - Concentrações de pH por ponto.

Fonte: Autoria própria (2019).

A B C D E F G H I

COLETA 1 76,1 69,9 19,5 7 78,9 47 74 40 5,8

COLETA 2 38,2 73 35,6 104,2 52,8 52,8 33,5 67,5 15,3 0

20 40 60 80 100 120

%

Saturação

A B C D E F G H I

COLETA 1 8,2 8,4 8,3 7,8 8,4 8,7 8,4 8,3 7,9

COLETA 2 7,7 7,9 7,8 7,9 8 8 7,7 8 7

0 2 4 6 8 10

pH

(47)

Quanto a análise da temperatura (Gráfico 9), percebeu-se que as maiores variações foram nos pontos D, F, G e H. Não há na portaria valores limites de temperatura para consumo, devido ao fato de que esta pode ser afetada por uma diversidade de fatores, sendo dificultosa a previsão de seu comportamento.

Gráfico 9 - Temperatura por ponto.

Fonte: Autoria própria (2019).

5.1.7 Resíduos Totais

Somente o ponto I apresentou concentrações de resíduos totais nos valores de 0,8 mg/L e 0,1mg/L nas coletas 1 e 2. Nos demais pontos não foi verificado concentrações. A CONAMA Nº 357/2005 recomenda a ausência de resíduos sólidos para todas as classes de águas, sendo assim, esse ponto não se adequa a nenhum uso preponderante da água a não ser o de classe 4.

Como mencionado anteriormente tal valor pode ser explicado devido ao lançamento pontual de esgoto doméstico no ponto em questão como mostra a Figura 22 a seguir.

A B C D E F G H I

COLETA 1 29,8 29,9 30,5 31,5 30,7 29,2 30,6 29,7 29,9 COLETA 2 28,6 31,4 31,5 28,7 31,8 31,8 27,6 27,7 29,4

25 26 27 28 29 30 31 32 33

°C

Temperatura

(48)

Figura 22 – Lançamento de esgoto doméstico.

Fonte: Autoria própria (2018).

5.1.8 Fósforo Total

Conforme o Gráfico 10, em todas as amostras coletadas os valores obtidos para fósforo total superaram o valor máximo permitido pela CONAMA Nº 357/2005 para as classes 1, 2 e 3, (0,02; 0,03; 0,05 mg/L) não havendo limite estabelecido para a classe 4, verificando-se maiores concentrações na segunda coleta.

Gráfico 10 - Concentrações de Fósforo total por ponto.

Fonte: Autoria própria (2019).

Valores elevados de fosforo são os principais causadores de eutrofização do corpo hídrico, sendo provenientes principalmente de esgotos sanitários e água de escoamento de áreas fertilizadas.

A B C D E F G H I

COLETA 1 0,9 0,68 0,6 0,6 0,54 0,4 0,57 0,53 1,4 COLETA 2 1,77 2,1 2,8 1,5 1,72 1,9 2,23 2,75 2,38

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

(mg/L)

Fósforo total

Referências

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