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Aula Demonstrativa. Regular

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Academic year: 2021

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(1)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 1 Olá Pessoal,

É com grande satisfação que apresento para vocês um curso de Direito Processual do Trabalho.

Para aqueles que não me conhecem, irei apresentar um pouco do meu currículo!

Nos últimos anos, ministrei vários cursos na área dos Tribunais Regionais do Trabalho, AFT, MPU, AGU, PFN e TST.

Há mais de dez anos trabalho com cursos organizados pela FCC!

Sou autora de um livro de provas comentadas da FCC (3ª edição).

Questões Objetivas e Discursivas

Regular Processo do

Trabalho

Aula Demonstrativa

(2)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 2 Cronograma:

Aula 01: Conceito, princípios e Fontes do Processo do Trabalho.

Princípios do Novo CPC. Aplicação Subsidiária do CPC.

Aula 02: Organização da Justiça do Trabalho. Serviços Auxiliares.

Ministério Público do Trabalho. Da Justiça do Trabalho: organização e competência. Das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do Trabalho; dos distribuidores; dos oficiais de justiça e oficiais de justiça avaliadores.

(3)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 3 Aula 03:Jurisdição e Competência da Justiça do Trabalho.

Aula 04: Ação Trabalhista. Processo e Procedimento. Do procedimento ordinário e sumaríssimo.

Aula 05:Atos, Termos e Prazos Processuais. Informatização Processual.

Lei 11.419/2006. Dos atos, termos e prazos processuais. Da distribuição.

Das custas e emolumentos.

Aula 06: Nulidades Processuais. Partes e Procuradores. Das partes e procuradores; do jus postulandi; da substituição e representação processuais;

da assistência judiciária; dos honorários de advogado. Das nulidades.

Aula 07:Petição Inicial. Emenda. Aditamento. Indeferimento.

Aula 08: Audiência. Resposta do Réu. Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; da notificação das partes; do arquivamento do processo; da revelia e confissão.

Aula 09: Provas. Razões Finais. Sentença e Coisa Julgada. Dissídio Coletivo. Das provas. Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da legitimidade para ajuizar. Das exceções. Da sentença e da coisa julgada; Dos dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão da sentença normativa.

Aula 10:Recursos no Processo do Trabalho

Aula 11:Liquidação de sentença. Execução no Processo do Trabalho. Da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. Da execução: execução provisória; execução por prestações sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; execução contra a massa falida. Da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do mandado e penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei nº 8.009/90). Dos embargos à execução; da impugnação à sentença; dos embargos de terceiros. Da praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução.

Aula 12:Ação Rescisória.

Aula 13: Inquérito Para Apuração de Falta Grave. Mandado de Segurança.

(4)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 4 Aula 14:Alterações em face do Novo CPC, parte 01

Aula 15:Alterações em face do Novo CPC, parte 02

--- Vamos dar início a nossa aula demonstrativa!

Tema: Organização e funcionamento da Justiça do Trabalho

Varas de Trabalho (1º grau) (Juízes do Trabalho)

TST

(3º grau)

TRT (2º grau)

(5)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 5 (FCC – Técnico Judiciário – TRT Rio – 2013) Conforme previsão contida na Constituição Federal, são órgãos da Justiça do Trabalho no Brasil:

(A) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Juizados Especiais Trabalhistas.

(B) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais de Justiça e Varas do Trabalho.

(C) Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais do Trabalho e Juntas de Conciliação e Julgamento.

(D) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Varas do Trabalho.

(E) Supremo Tribunal Federal, Tribunais Regionais do Trabalho e Varas do Trabalho.

Letra D. De acordo com o art. 111 da CRF/88 são órgãos da Justiça do Trabalho o TST, os TRTS e os Juízes do Trabalho.

Art. 111 da CRFB/88 Os Órgãos da Justiça do trabalho são:

I-Tribunal Superior do Trabalho;

II- Tribunal regional do Trabalho;

III- Juízes do Trabalho.

Órgãos da Justiça do

Trabalho

TST TRT Juízes do

Trabalho

(6)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 6 Das Varas do Trabalho:

 É o primeiro grau de jurisdição.

 A Jurisdição das Varas de Trabalho será exercida por um juiz singular.

 Nas comarcas não abrangidas por jurisdição trabalhista, ou seja, nas quais não haja Vara de Trabalho, aos juízes de direito será atribuída à jurisdição trabalhista, com recurso para o respectivo TRT.

 Compete às Varas de Trabalho:

a) conciliar e julgar:

I- os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;

II- os dissídios concernentes à remuneração, férias e indenização por motivo de rescisão do contrato individual do trabalho;

III- os dissídios resultantes de contratos de empreitada em que o empreiteiro seja operário ou artífice;

IV- os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho.

V- as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o órgão gestor de mão-de-obra OGMO decorrentes das relações de trabalho.

b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;

c) julgar os embargos opostos ás suas próprias decisões;

d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência.

Dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT):

 São órgãos de segundo grau de jurisdição.

 Compõem-se de, no mínimo, 07 juízes (art.115, CRFB/88).

 Nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos, sendo a escolha mediante lista sêxtupla das respectivas classes, que serão encaminhadas ao Tribunal que elaborará lista tríplice e encaminhará ao Presidente da República que em 20 dias escolherá um de seus integrantes para nomeação.

 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício.

 Os demais mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.

(7)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 7 Do Tribunal Superior do Trabalho (TST):

 É Órgão de terceiro grau de jurisdição.

 Compõem-se de 27 Ministros, brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal por maioria absoluta.

 1/5 serão escolhidos dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício.

 Os advogados devem ter notório saber jurídico e reputação ilibada.

 A indicação será feita por lista sêxtupla elaborada pelos órgãos de representação das respectivas classes, que a enviam para o tribunal que formará uma lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo que terá o prazo de 20 dias para escolher um dos indicados para nomeação.

 Os demais serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira indicados pelo próprio TST.

DICA: As frases abaixo são verdadeiras e são abordadas em provas de concursos.

 O serviço da Justiça do Trabalho é relevante e obrigatório, ninguém dele podendo eximir-se, salvo motivo justificado.

 Os órgãos da Justiça do Trabalho funcionarão perfeitamente coordenados, em regime de mútua colaboração, sob a orientação do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

 A Emenda Constitucional 24 de 1999, que extinguiu a representação classista na Justiça do trabalho acabando com as Juntas de conciliação e julgamento.

 A Emenda 45/2004 prevê a criação de um Fundo de garantia das execuções trabalhistas, integrado pelas multas decorrentes de condenações trabalhistas e multas administrativas oriundas da fiscalização do trabalho.

 Prevê a criação de um Conselho Superior da Justiça do Trabalho e de uma Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho que funcionarão junto do Tribunal Superior do Trabalho.

 A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho funcionará junto ao TST e tem dentre outras funções a de regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira.

(8)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 8

 O Conselho Superior da Justiça do Trabalho funcionará também junto ao TST e exercerá, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de 1º e 2º graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

(FCC – Analista Judiciário – TRT Rio – 2013) A Constituição da República Federativa do Brasil apresenta normas relativas à organização e competência da Justiça do Trabalho. Segundo tais normas, é INCORRETO afirmar que:

(A) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

(B) funcionará junto ao Tribunal Superior do Trabalho o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

(C) haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado e no Distrito Federal, e a lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas comarcas onde não forem instituídas, atribuir jurisdição aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal de Justiça.

(D) compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

(E) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos. Letra C.

(9)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 9 Art. 112 da CF/88 A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

Vamos, agora, estudar a competência!

Na aula sobre o tema (aula 03) falarei de Jurisdição e Competência.

Hoje, falarei, apenas, sobre competência.

Conceito de Competência: A competência é a delimitação da jurisdição, ou seja, a determinação da esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função jurisdicional.

 A competência é a medida da jurisdição.

 Todo juiz possui jurisdição, mas nem todos os juízes possuem competência para julgar determinadas ações.

Competência

Medida da jurisdição

Jurisdição

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 10 Vamos apresentar uma situação hipotética:

Exemplificando: Uma empregada doméstica que não recebeu as férias de sua empregadora interpõe ação na Justiça estadual em umas das Varas de família, o juiz titular de tal Vara não seria competente para julgar a ação que trate de direito do trabalho. A Justiça do Trabalho é que será competente para julgar o conflito entre empregada doméstica e sua empregadora.

Espécies de competência: Absoluta e Relativa.

A Competência absoluta é a competência em razão da matéria, em razão da pessoa e em razão da função.

DICA: MPF (ABSOLUTA) VT (Relativa)

Para que os meus alunos não se confundam na hora da prova, costumo usar a sigla MPF para lembrá-los da competência absoluta e VT para lembrá-los da competência relativa.

A competência absoluta é inderrogável pela vontade das partes e o juiz deverá conhecê-la de ofício (sem que as partes requeiram), não admitindo prorrogação.

Inderrogável é aquela competência que não poderá ser prorrogada, ou seja, o juiz que é absolutamente incompetente para julgar determinada ação jamais tornar-se-á competente. Poderá ser argüida em qualquer tempo e grau de jurisdição. Deverá ser argüida em preliminar da contestação.

Competência Absoluta

Matéria Pessoa Função

(11)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 11 A competência relativa é a competência em razão do valor e do território.

A competência relativa prorroga-se se o réu não argüir a exceção.

Vamos destacar alguns pontos importantes sobre a competência!

Atenção: A Jurisdição é o poder-dever do Estado-juiz de resolver conflitos intersubjetivos de interesses fazendo atuar a vontade concreta da lei aplicando o direito material ao caso concreto.

A Competência é a delimitação da jurisdição de cada órgão do Poder Judiciário.

 Veremos alguns conceitos importantes para a prova:

 Competência Originária: É aquela que ocorre quando um determinado Órgão tem competência para primeiro manifestar-se sobre a demanda.

 Competência Absoluta: Não poderá ser alterada pelo juiz ou pela vontade das partes porque envolve interesse público. Na Justiça do Trabalho como vimos esta competência é em razão da Matéria, da Pessoa e da Função. Deverá ser declarada de ofício pelo juiz.

Poderá ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, independente de exceção (peça processual).

 Competência Relativa: Na Justiça do Trabalho é a competência Territorial. Deverá ser suscitada por meio de exceção. Não poderá ser declarada de ofício.

DICA: A prorrogação de competência é um fenômeno segundo o qual um juiz inicialmente incompetente torna-se competente. Este fenômeno somente ocorrerá com a incompetência relativa, nunca com a incompetência absoluta.

(12)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 12 Competência Absoluta em razão da matéria (Art.114 CRFB/88): Esta competência determina que quando houver Varas especializadas a competência será sempre destas.

A competência em razão da matéria no Processo do Trabalho é delimitada em virtude da natureza da relação jurídica material deduzida em juízo. Portanto, ela é fixada em razão da causa de pedir e do pedido.

Com o advento da Emenda Constitucional 45 de 2004, a competência em razão da matéria na Justiça do Trabalho foi ampliada.

A incompetência em razão da matéria é de natureza absoluta e deve ser declarada de ofício pelo Juiz, independentemente de provocação das partes.

Na Justiça do Trabalho a competência material está determinada pelo art. 114 da CRFB/88 que trata da competência em razão da matéria e da pessoa também.

A competência material da Justiça do Trabalho é exercida, em regra, no primeiro grau pelas Varas do Trabalho. Em grau de recurso ordinário ela será exercida pelos Tribunais Regionais do Trabalho.

Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, o art. 114 da CF/88 revela a existência de três regras constitucionais básicas de competência material da Justiça do Trabalho:

a) Competência Material Original;

b) Competência Material Derivada;

c) Competência Material Executória.

Competência Relativa

Valor VT Território

(13)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 13 Vamos estudar cada inciso mais adiante. Por ora, apenas, transcrevo o artigo.

Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve;

III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o;

VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art.

195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir.

IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, na forma da lei.

A Competência Material Original envolve as ações oriundas da relação de emprego, os danos morais individuais e coletivos, o acidente de trabalho. O cadastramento do PIS/PASEP, as ações que tenham como causa de pedir matéria alusiva ao meio ambiente do trabalho, FGTS, Seguro-Desemprego, quadro de carreira, dentre outros.

A Competência Material Derivada tem como fundamento a redação do inciso IX do art. 114 da CF/88.

IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, na forma da lei.

Assim, quando houver lei dispondo que a controvérsia oriunda da relação de trabalho é da competência da Justiça Comum, com esta prevalecerá até que venha lei transferindo tal competência para a Justiça do Trabalho.

(14)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 14 A Competência Material Executória poderá ser executar as próprias sentenças e executar as contribuições previdenciárias.

Passaremos, agora, a analisar os incisos do art. 114 da CF/88.

Atenção: Competência Material da Justiça do Trabalho (art. 114 da CF\88)

Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

SERVIDORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Com a nova redação do art. 114 da CF/88 a Justiça do trabalho teria competência para julgar os processos envolvendo servidores públicos, inclusive os estatutários. Acontece que o Ministro Nelson Jobim deferiu Liminar em sede de ADIN interposta pela Associação dos Juízes Federais na qual objetivava a inconstitucionalidade do art. 114, I da emenda constitucional 45/04 no que se refere aos servidores estatutários.

Em 2006 o plenário do STF confirmou a Liminar e, por isso continua suspensa a interpretação do inciso I do art. 114 da CF/88 que atribuía à Justiça do Trabalho competência para julgar os estatutários. Portanto, esta competência é da Justiça Federal.

Existe uma importante cizânia doutrinária em relação à abrangência do termo relação de trabalho inserido no art. 114, I da CF/88 pela Emenda Constitucional 45/2004.

1ª corrente. Corrente Ampliativa: Defende que a Justiça do Trabalho após o advento da Emenda Constitucional 45/04 possui competência para processar e julgar qualquer demanda oriunda das relações de trabalho desde que o prestador dos serviços seja pessoa física.

2ª Corrente. Corrente Ampliativa sem relação de consumo: Esta corrente faz distinção entre relação de trabalho e relação de consumo com base no que estabelece o art. 2º da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor).

Quando o serviço for prestado a um destinatário final será relação de consumo e por isso não competirá à Justiça do Trabalho porque na relação de trabalho a finalidade é negocial.

(15)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 15 3ª Corrente. Corrente Restritiva: O alcance da expressão relação de trabalho seria o mesmo que relação de emprego no que se refere à competência.

É importante falar da Súmula 363 do STJ

Súmula 363 do STJ Compete à justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.

II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve;

Neste inciso é importante destacar que as ações que envolvem o exercício do direito de greve em dissídio individual são de competência das Varas de Trabalho. Já o dissídio coletivo de greve é de competência do TRT.

Ações de interdito proibitório em greve (ação possessória):

1ª corrente: Não é competência da Justiça do Trabalho.

2ª corrente: È competência da Justiça do Trabalho.

 Compete à Justiça do Trabalho o julgamento de interdito proibitório para garantir o livre acesso de funcionários e clientes às agências bancárias, sob o risco de interdição, devido ao movimento grevista (Ag.Rg no CC 101.574-SP, 2ªS, j. em 25/3/2009, Info. 388).

Súmula Vinculante 23 do STF: Competência - Processo e Julgamento - Ação Possessória - Exercício do Direito de Greve - Trabalhadores da Iniciativa Privada: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

A Súmula Vinculante 23 do STF foi tema do estudo de casos da prova do TRT- MG realizada em Julho passado pela FCC.

Súmula 189 do TST GREVE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.

ABUSIVIDADE A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve.

III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

(16)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 16 V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o;

VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

NOVA REDAÇÃO: Súmula nº 392 do TST

DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (redação alterada em sessão do Tribunal Pleno realizada em 27.10.2015) - Res. 200/2015, DEJT divulgado em 29.10.2015 e 03 e 04.11.2015

Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.

VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir.

IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, na forma da lei.

(FCC - TRT REGIÃO Técnico Judiciário Área Administrativa/2013) Nos termos das previsões da Constituição Federal e da Consolidação das Leis do Trabalho, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico- financeira.

ERRADA (art. 109, VI da CF/88). A competência será dos juízes federais.

(17)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 17 Observem que a FCC no concurso do TRT-MG abordou diversas questões sobre o tema organização e competência:

Prova TRT - MG – 2015 – Analista Judiciário:

50. Em relação à competência material da Justiça do Trabalho:

(A) As ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho devem ser julgadas pela Justiça Federal, nos termos do artigo 109 da CF/88.

(B) Desde a promulgação da CF/88, a Justiça do Trabalho é competente para julgar ações impostas pelos órgãos de fiscalização, em matéria trabalhista, aos empregadores.

(C) A Emenda Constitucional no 45/04, deu nova redação ao artigo 114 da CF/88, estabelecendo que cabe à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

(D) Impõe multas administrativas ao empregador em processos trabalhistas, nos quais foi constatada a ocorrência de infração aos dispositivos da CLT.

(E) Não é competente, de ofício, para executar as contribuições previdenciárias das sentenças que proferir.

Comentários: letra C.

51. Em relação às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, (A) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo,nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição,atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

(B) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, não podendo,nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição,atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

(C) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo,nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição,atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o respectivo Tribunal de Justiça.

(D) há, atualmente, no Brasil, 22 Tribunais Regionais do Trabalho, sendo um em cada Estado, exceto no Estado de São Paulo que possui dois Tribunais Regionais do Trabalho.

(E) compete aos Tribunais Regionais do Trabalho, julgar os recursos ordinários interpostos em face das decisões das Varas e também, originariamente, as ações envolvendo relação de trabalho.

Comentários: Letra A.

(18)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 18 Art. 112 da CF/88 A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

Prova TRT - MG – 2015 – Analista Judiciário - Oficial:

39. Quanto à organização da Justiça do Trabalho, o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de

(A) 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

(B) 25 (vinte e cinco) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados com mais de 30 (trinta) e menos de 60 (sessenta) anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria simples do Senado Federal, sendo um terço dentre advogados com mais de quinze anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

(C) 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados com mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 75 (setenta e cinco) anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, sendo um terço dentre advogados com mais de cinco anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de cinco anos de efetivo exercício, sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de carreira, indicados pelos Tribunais Regionais.

(19)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 19 (D) 25 (vinte e cinco) Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, sendo um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

(E) 20 (vinte) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos com mais de 30 (trinta) e menos de 60 (sessenta) anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria simples do Senado Federal, sendo metade dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, e a outra metade dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de carreira, indicados pelos Tribunais Regionais.

Comentários: Letra A.

Competência Territorial da Justiça do Trabalho (art. 651 da CLT). A competência territorial na Justiça do Trabalho é, em regra, atribuída às Varas de Trabalho. É importante frisar que os TRTs e o TST possuem competência originária para o julgamento de determinadas causas trabalhistas.

Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

(20)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 20 (FCC – Analista Judiciário – TRT 1ª região – 2013) Minerva, domiciliada no município de Duque de Caxias, foi contratada no município de Resende para trabalhar na empresa Olimpo Empreendimentos. Durante todo o contrato de trabalho trabalhou no município de Friburgo, sede da sua empregadora. Após três anos de labor, Minerva foi dispensada. Para receber as verbas rescisórias que não foram pagas, a comarca competente para o ajuizamento de reclamação trabalhista é a do município de Friburgo, porque é o local da prestação dos serviços da trabalhadora.

Comentários: CERTA. A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador tenha sido contratado em local diverso.

(FCC – Técnico Judiciário – TRT Rio – 2013) Hércules, morador de Nova Iguaçu, foi contratado em Angra dos Reis para trabalhar na empresa Beta &

Gama Produções, localizada no município do Rio de Janeiro. Após oito meses de trabalho foi dispensado sem justa causa. Na presente situação, a competência territorial para ajuizar reclamação trabalhista questionando o motivo da rescisão contratual e postular indenização por danos morais é do município

(A) de Nova Iguaçu ou Angra dos Reis, sendo opção do reclamante por atender a sua conveniência.

(B) do Rio de Janeiro, porque é a Capital do Estado e há pedido de indenização por danos morais.

(C) de Nova Iguaçu, porque é o local do domicílio do reclamante.

(D) de Angra dos Reis, porque é o local onde o trabalhador foi contratado.

(E) do Rio de Janeiro, porque é o local da prestação dos serviços do empregado.

(21)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 21 Comentários: Letra E. A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador tenha sido contratado em local diverso.

Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado tenha trabalhado em diversos estabelecimentos em locais diferentes, será competente para processar e julgar a ação a Vara do Trabalho do último lugar da execução dos serviços e não a de cada local dos estabelecimentos da empresa no qual tenha prestado serviços.

Exemplificando: Um empregado foi contratado em Manaus, trabalhou em Belém, em Recife e depois foi dispensado em Fortaleza. Neste caso a ação deverá ser proposta em Fortaleza/CE.

§ 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial (aquele que presta serviços em mais de uma localidade), a regra da competência é dúplice, porque o empregado poderá ajuizar a ação na localidade em que a empresa tenha filial e a esta esteja o empregado vinculado ou, em caso de inexistência de agência ou filial, poderá demandar na localidade de seu domicílio ou no local mais próximo de seu domicílio.

§ 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.

§ 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

(22)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 22 É importante ficar claro o que venha a ser “empregador que promova a realização de atividades fora do local do contrato de trabalho”. O parágrafo 3º é exceção à regra geral do caput do art. 651 da CLT e deverá ser utilizado quando o empregador exercer a sua atividade em locais transitórios, eventuais ou incertos.

Exemplificando: Empresas que promovam a prestação de serviços fora do local da contratação são: auditorias, atividades circenses, instalação de caldeiras, reflorestamento, exposições, feiras, desfiles de moda, montadoras, etc.

Da Modificação da Competência (Artigos do Novo CPC)

Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção.

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.

§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.

§ 2o Aplica-se o disposto no caput:

I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;

II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.

(23)

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§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.

Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.

Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

Vamos estudar agora alguns importantes institutos em relação à competência:

Prevenção: A Prevenção ocorrerá quando dois juízes forem competentes e for necessário determinar qual juiz julgará aquela ação.

Quando os juízes tenham a mesma competência territorial o juiz prevento será aquele que despachou em primeiro lugar e quando os juízes tiverem competência territorial distinta será considerado prevento aquele em que ocorreu a primeira citação válida.

Conexão: A competência relativa poderá ser modificada por conexão e continência. O art. 54 do CPC será aplicado ao Processo do Trabalho por força do art. 769 da CLT.

Reza o art. 54 do CPC que a competência em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou continência.

O art. 55 do CPC estabelece que duas ou mais ações serão conexas quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir.

Na Justiça do Trabalho é comum haver conexão entre demandas trabalhistas que apresentem em comum o mesmo pedido ou a causa de pedir.

Continência: O art. 56 do CPC estabelece que a continência ocorrerá, quando entre duas ou mias ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma por ser mais amplo abrange o das outras.

(24)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 24 No Processo do Trabalho é comum haver continência quando, por exemplo, o reclamante propõe duas reclamações trabalhistas em face de uma mesma empregadora, mas o rol de pedidos de uma é mais abrangente do que o de outra. Havendo conexão ou continência o juízo competente será aquele do local em que a inicial trabalhista foi distribuída em primeiro lugar.

Artigos do Novo CPC

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.

§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.

§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.

§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.

§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação. Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.

Art. 66. Há conflito de competência quando:

I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;

II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;

III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.

Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 25 Hora do treino!

Questões FCC:

1. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados TRT– GO- 2008) De acordo com a CLT, com relação à competência em razão do lugar, não estando o empregado viajante comercial subordinado a agência ou filial, mas à matriz da empresa empregadora será competente para apreciar reclamação trabalhista a Vara

(A) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou filiais da empresa.

(B) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante.

(C) do domicílio do reclamante, apenas.

(D) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo reclamante.

(E) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.

2. (FCC – Técnico Judiciário - TRT 11ª Região - 2012) Quanto à organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, é INCORRETO afirmar que

(A) a Justiça do Trabalho é competente, para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da relação de trabalho.

(B) a competência das Varas do Trabalho, em regra, é determinada pelo local da contratação ou domicílio do empregado, ainda que tenha sido diversa a localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador.

(C) conforme previsão constitucional compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

(26)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 26 (D) os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo, sete juízes, sendo um quinto dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho e os demais mediante promoção de Juízes do Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.

(E) nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um distribuidor, cuja principal competência é a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados.

3. (FCC - Analista Administrativo - TRT 11º Região – 2012) O trabalhador firmou contrato de trabalho com a empresa no município “Alfa” para prestar serviços no município “Beta”. A empresa possui sua sede e domicílio no município “Gama”. Após ser dispensado o trabalhador, que reside no município

“Delta”, resolve ajuizar ação reclamatória trabalhista para receber seus haveres rescisórios. Neste caso, de acordo com a CLT, deverá ajuizar a reclamatória no município

(A) “Alfa” porque foi o local onde da celebração do contrato.

(B) “Delta” porque é o domicílio do trabalhador reclamante.

(C) “Gama” porque é o domicílio da empresa reclamada.

(D) “Alfa” ou “Delta” porque o trabalhador poderá optar pelo local da celebração do contrato ou pelo seu domicílio.

(E) “Beta” porque foi o local da prestação dos serviços.

4. (FCC – Analista Judiciário – TRT 18ª Região – 2013) A empresa Delta Participações sofreu fiscalização de natureza trabalhista, ocasião em que o agente fiscal da Delegacia Regional do Trabalho verificou irregularidade e lavrou auto de infração com aplicação de multa administrativa. A empresa resolveu questionar judicialmente essa penalidade administrativa, sendo da competência material da Justiça

(A) Comum Estadual, por cuidar de questionamento de ato de Delegacia Regional do Trabalho.

(B) Federal, por se tratar de discussão sobre ato de autoridade federal, vinculada ao Ministério do Trabalho.

(27)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 27 (C) do Trabalho, por força de Emenda Constitucional que lhe atribuiu novas competências e criou dispositivo específico prevendo essa matéria.

(D) Federal, porque não se discute relação de emprego entre empregador e empregado.

(E) Estadual em Vara Especializada da Fazenda Pública, por se tratar de discussão de ato de agente público.

5. (FCC –Analista Judiciário –TST– 2012) Conforme legislação aplicável, em relação à organização e competência da Justiça do Trabalho no Brasil é correto afirmar:

(A) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pelo Congresso Nacional.

(B) As ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho não são da competência da Justiça do Trabalho, mas sim da Justiça Federal, por se tratar de modalidade tributária.

(C) Os Ministros do Tribunal Superior do Trabalho serão compostos por um quinto dentre advogados com mais de cinco anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de cinco anos de efetivo exercício e os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, com mais de cinco anos de efetivo exercício.

(D) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

(E) Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou na Vara do seu domicílio ou na localidade mais próxima.

(28)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 28 6. (FCC –PGE - SP– 2012) É da competência da Justiça do Trabalho:

(A) Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores e ações relativas às penalidades tributárias e administrativas impostas aos empregadores por órgãos de fiscalização.

(B) Habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

(C) Demanda envolvendo servidor público estatutário e exercício do direito de greve.

(D) Mandado de segurança quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição e conflito de competência com o Superior Tribunal de Justiça em matéria trabalhista.

(E) Mandado de injunção quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição e ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho.

7. (FCC – Analista Judiciário – TRT GO – 2013) A empresa Delta Participações sofreu fiscalização de natureza trabalhista, ocasião em que o agente fiscal da Delegacia Regional do Trabalho verificou irregularidade e lavrou auto de infração com aplicação de multa administrativa. A empresa resolveu questionar judicialmente essa penalidade administrativa, sendo da competência material da Justiça

(A) Comum Estadual, por cuidar de questionamento de ato de Delegacia Regional do Trabalho.

(B) Federal, por se tratar de discussão sobre ato de autoridade federal, vinculada ao Ministério do Trabalho.

(C) do Trabalho, por força de Emenda Constitucional que lhe atribuiu novas competências e criou dispositivo específico prevendo essa matéria.

(D) Federal, porque não se discute relação de emprego entre empregador e empregado.

(E) Estadual em Vara Especializada da Fazenda Pública, por se tratar de discussão de ato de agente público.

(29)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 29 8. (FCC – Analista Judiciário – TRT GO – 2013) Segundo normas legais contidas na Consolidação das Leis do Trabalho sobre competência das Varas e dos Tribunais do Trabalho é INCORRETO afirmar:

(A) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra − OGMO decorrentes da relação de trabalho.

(B) O empregado poderá apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços quando o empregador promover a realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho.

(C) A competência dos Tribunais Regionais nos casos de dissídio coletivo determina-se pelo local onde este ocorrer ou pela sede da empresa envolvida no conflito, cabendo a escolha ao sindicato da categoria econômica.

(D) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da Comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal.

(E) As Varas do Trabalho são competentes para processar e julgar os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

9. (FCC – Analista Judiciário – TRT 9 Região – 2013) Athenas, residente na cidade de Apucarana, foi contratada em Londrina para trabalhar como secretária da Diretoria Comercial da Empresa de Turismo Semideuses Ltda., cuja matriz está sediada em Cascavel. Após dois anos de contrato prestado na filial da empresa em Curitiba, foi dispensada, embora tenha avisado o seu empregador que estava grávida. Athenas decidiu ajuizar ação reclamatória trabalhista postulando a sua reintegração por estabilidade de gestante. No presente caso, a Vara do Trabalho competente para processar e julgar a demanda é a do município de

(A) Cascavel, em razão de ser a matriz da empresa empregadora que é ré na ação.

(B) Curitiba, porque nesse caso a comarca competente é a Capital do Estado.

(C) Apucarana, por ser o local da residência da trabalhadora.

(D) Curitiba, por ser o local da prestação dos serviços.

(E) Londrina, porque foi o local da contratação da trabalhadora.

(30)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 30 Questões FCC comentadas:

1. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados TRT– GO- 2008) De acordo com a CLT, com relação à competência em razão do lugar, não estando o empregado viajante comercial subordinado a agência ou filial, mas à matriz da empresa empregadora será competente para apreciar reclamação trabalhista a Vara

(A) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou filiais da empresa.

(B) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante.

(C) do domicílio do reclamante, apenas.

(D) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo reclamante.

(E) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.

Comentários: A assertiva abordou o parágrafo 1º do art. 651 da CLT, portanto, o viajante comercial que não estiver subordinado à agência ou filial terá o seu domicílio ou a localidade mais próxima como foro competente. Letra E.

A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador tenha sido contratado em local diverso.

Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado tenha trabalhado em diversos estabelecimentos, em locais diferentes, será competente para processar e julgar a ação a Vara do Trabalho do último lugar da execução dos serviços e não a de cada local dos estabelecimentos da empresa, no qual tenha prestado serviços.

Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

2. (FCC – Técnico Judiciário - TRT 11ª Região - 2012) Quanto à organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, é INCORRETO afirmar que

(31)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 31 (A) a Justiça do Trabalho é competente, para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da relação de trabalho.

(B) a competência das Varas do Trabalho, em regra, é determinada pelo local da contratação ou domicílio do empregado, ainda que tenha sido diversa a localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador.

(C) conforme previsão constitucional compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

(D) os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo, sete juízes, sendo um quinto dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho e os demais mediante promoção de Juízes do Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.

(E) nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um distribuidor, cuja principal competência é a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados.

Comentários: Letra B.

Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

3. (FCC - Analista Administrativo - TRT 11º Região – 2012) O trabalhador firmou contrato de trabalho com a empresa no município “Alfa” para prestar serviços no município “Beta”. A empresa possui sua sede e domicílio no município “Gama”. Após ser dispensado o trabalhador, que reside no município

“Delta”, resolve ajuizar ação reclamatória trabalhista para receber seus haveres

(32)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 32 rescisórios. Neste caso, de acordo com a CLT, deverá ajuizar a reclamatória no município

(A) “Alfa” porque foi o local onde da celebração do contrato.

(B) “Delta” porque é o domicílio do trabalhador reclamante.

(C) “Gama” porque é o domicílio da empresa reclamada.

(D) “Alfa” ou “Delta” porque o trabalhador poderá optar pelo local da celebração do contrato ou pelo seu domicílio.

(E) “Beta” porque foi o local da prestação dos serviços.

Comentários: Letra E. A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador tenha sido contratado em local diverso.

Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.§ 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

§ 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.

§ 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

4. (FCC – Analista Judiciário – TRT 18ª Região – 2013) A empresa Delta Participações sofreu fiscalização de natureza trabalhista, ocasião em que o agente fiscal da Delegacia Regional do Trabalho verificou irregularidade e lavrou auto de infração com aplicação de multa administrativa. A empresa resolveu

(33)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 33 questionar judicialmente essa penalidade administrativa, sendo da competência material da Justiça

(A) Comum Estadual, por cuidar de questionamento de ato de Delegacia Regional do Trabalho.

(B) Federal, por se tratar de discussão sobre ato de autoridade federal, vinculada ao Ministério do Trabalho.

(C) do Trabalho, por força de Emenda Constitucional que lhe atribuiu novas competências e criou dispositivo específico prevendo essa matéria.

(D) Federal, porque não se discute relação de emprego entre empregador e empregado.

(E) Estadual em Vara Especializada da Fazenda Pública, por se tratar de discussão de ato de agente público.

Comentários: Letra C. Trata-se da Emenda Constitucional 45 que ampliou a competência da Justiça do Trabalho alterando o artigo 114 da CF/88.

Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

5. (FCC –Analista Judiciário –TST– 2012) Conforme legislação aplicável, em relação à organização e competência da Justiça do Trabalho no Brasil é correto afirmar:

(A) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e

(34)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 34 cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pelo Congresso Nacional.

(B) As ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho não são da competência da Justiça do Trabalho, mas sim da Justiça Federal, por se tratar de modalidade tributária.

(C) Os Ministros do Tribunal Superior do Trabalho serão compostos por um quinto dentre advogados com mais de cinco anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de cinco anos de efetivo exercício e os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, com mais de cinco anos de efetivo exercício.

(D) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

(E) Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou na Vara do seu domicílio ou na localidade mais próxima.

Comentários: Letra D. O TST compõem-se de 27 Ministros, brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal por maioria absoluta. Portanto, está errada a letra “A”.

As ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho são da competência da Justiça do Trabalho, conforme estabelece o art. 114 da CF\88. Está errada a letra “B”.

Os Ministros do Tribunal Superior do Trabalho serão compostos por um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício e os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira. Está errada a letra “C”.

A letra “D” está certa pois o art. 651 da CLT estabelece que a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado,

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 35 reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

Por fim, a letra “E” está errada porque quando for o caso de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

Art. 651 § 3º da CLT Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

6. (FCC –PGE - SP– 2012) É da competência da Justiça do Trabalho:

(A) Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores e ações relativas às penalidades tributárias e administrativas impostas aos empregadores por órgãos de fiscalização.

(B) Habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

(C) Demanda envolvendo servidor público estatutário e exercício do direito de greve.

(D) Mandado de segurança quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição e conflito de competência com o Superior Tribunal de Justiça em matéria trabalhista.

(E) Mandado de injunção quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição e ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho.

Comentários: Letra B.

Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve;

(36)

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Déborah Paiva 36 III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o;

VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir.

7. (FCC – Analista Judiciário – TRT GO – 2013) A empresa Delta Participações sofreu fiscalização de natureza trabalhista, ocasião em que o agente fiscal da Delegacia Regional do Trabalho verificou irregularidade e lavrou auto de infração com aplicação de multa administrativa. A empresa resolveu questionar judicialmente essa penalidade administrativa, sendo da competência material da Justiça

(A) Comum Estadual, por cuidar de questionamento de ato de Delegacia Regional do Trabalho.

(B) Federal, por se tratar de discussão sobre ato de autoridade federal, vinculada ao Ministério do Trabalho.

(C) do Trabalho, por força de Emenda Constitucional que lhe atribuiu novas competências e criou dispositivo específico prevendo essa matéria.

(D) Federal, porque não se discute relação de emprego entre empregador e empregado.

(E) Estadual em Vara Especializada da Fazenda Pública, por se tratar de discussão de ato de agente público.

Comentários: Letra C. Com o advento da Emenda Constitucional 45 de 2004, a competência em razão da matéria na Justiça do Trabalho foi ampliada e passou a prever a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho. Portanto, está correta a letra

“C”.

Na Justiça do Trabalho a competência material está determinada pelo art. 114 da CRFB/88 que trata da competência em razão da matéria e da pessoa também.

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