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Avenida Paulista, 393 – Cerqueira César – São Paulo / SP – CEP 01311-000 – Fones: (11) 3289 7738 / (11) 3145 3145 (DDR) / Fax: (11) 3289 0831 e-mail: pasteur@pasteur.saude.sp.gov.br / website: www.pasteur.saude.sp.gov.br
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
Coordenadoria de Controle de Doenças INSTITUTO PASTEUR
INFORME TÉCNICO
VACINA CONTRA A RAIVA CANINA E FELINA INTRODUÇÃO
As campanhas de vacinação contra a raiva em cães e gatos foram suspensas em 2010, devido à ocorrência de reações adversas temporalmente associadas à administração do imunobiológico distribuído pelo Ministério da Saúde.
No momento, o Ministério da Saúde está viabilizando a aquisição de uma determinada quantidade de vacina para vacinação de cães e gatos em bloqueio de focos de raiva nessas espécies e outras estratégias especiais na Região Nordeste do país, onde persiste a transmissão de raiva humana pela variante canina do vírus rábico.
Os municípios do Estado de São Paulo devem aguardar informações mais precisas para o planejamento de suas atividades em campanhas ou na rotina de vacinação contra a raiva em cães e gatos.
Para que a Coordenação do Programa de Controle da Raiva /Instituto Pasteur pudesse contar com um mínimo de doses, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, ainda em 2010, resolveu adquirir cerca de 30 mil doses de vacina contra a raiva de cães e gatos. Somente agora essas doses estão disponíveis e foram estabelecidos procedimentos técnicos para a utilização.
A distribuição será exclusivamente para uso em bloqueios de focos nos quais ficar evidente o risco de infecção de animais das espécies canina e felina.
A vacinação de cães e gatos na área de foco deve ser realizada após a investigação epidemiológica do foco. As doses de vacina são para utilização em cães e gatos, conforme a necessidade de bloqueios de focos, frente a casos de raiva em cães e gatos, herbívoros, morcegos de quaisquer espécies e outros animais silvestres.
CARACTERÍSTICAS DA VACINA, DOSE, VIA DE ADMINISTRAÇÃO, CONSERVAÇÃO
• Nome comercial: RABIFFA®
• Laboratório produtor: MERIAL México, S.A. de CV.
Apresentação
• Frascos com 20 doses
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Composição
• Componentes: A vacina é constituída pelo vírus da raiva cepa PR-11-PM (origem Pasteur), é produzida em linhagem de cultivo celular estável (NIL-2), inativada pela betapropiolactona.
O adjuvante é o hidróxido de alumínio a 25% e o conservante é o Timerosal (1:10.000 partes).
Dose
• A dose é de um mL (1 mL) por animal, independente se cão ou gato, do tamanho, do sexo, da idade ou do peso.
Via de administração
• É recomendada a administração por via subcutânea (SC) ou intramuscular (IM).
Conservação
• Conservar na embalagem original.
• A vacina deve ser mantida sob refrigeração entre 2 e 8°C.
• A temperatura de conservação da vacina deve ser mantida mesmo durante as atividades de campo.
• Não congelar.
• Evitar a exposição à luz solar.
• Respeitar rigorosamente o prazo de validade indicado pelo fabricante.
Cuidados especiais
• Agitar o frasco, tornando o conteúdo homogêneo, antes da aspiração de cada dose.
• As doses devem ser aspiradas uma a uma, sem que seja mantida uma agulha na rolha do frasco, pois a densidade da borracha assegura o fechamento da tampa sem riscos de contaminação.
• Após a aspiração, aplicar a dose de vacina imediatamente.
• Utilizar os frascos abertos da vacina o mais rápido possível.
Como é uma vacina líquida contendo Timerosal, as doses do frasco aberto que não forem
esgotadas de imediato, devem ser mantidas à temperatura adequada até por, no máximo,
6 horas.
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• Desprezar o produto se forem observados grumos ou partículas estranhas.
• Todos os produtos não utilizados ou restos do produto devem ser descartados de acordo com a legislação vigente.
Esquemas de vacinação
• Por ser uma ação de Saúde Pública, fica mantida a recomendação de administrar a vacina em cães e gatos a partir dos três meses de idade.
• Administrar a vacina somente em cães e gatos expostos ao risco da infecção rábica pela possibilidade de interação com o caso(s) positivo(s) para raiva.
Imunogenicidade e eficácia
A Organização Mundial da Saúde (1992) refere que as vacinas de cultivo celular para a prevenção de raiva em cães e gatos são de alta imunogenicidade e eficácia. Por esta razão, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está fornecendo este tipo de imunobiológico.
Contra-indicações
• Animais com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da mesma.
• Animais que apresentem estado febril grave e agudo, sobretudo para que sinais e sintomas da doença em curso não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos da vacina.
Eventos adversos
Como ocorre com outros imunobiológicos, a vacina contra a raiva de cães e gatos pode causar algumas reações indesejáveis.
• Eventos adversos locais: dor, rubor, edema, endurecimento e hipersensibilidade.
• Eventos adversos sistêmicos: há relatos de febre, irritabilidade, sonolência ou comprometimento do sono, anorexia, diarréia e vômitos.
• A maioria dos eventos adversos ocorrem nos primeiros dias após a vacinação, principalmente no dia da aplicação, podendo ocorrer em até 3 a 6 dias.
• A maioria dos casos relatados apresentou boa evolução.
• Orientar os proprietários sobre a possível formação de nódulo inflamatório no local da
aplicação da vacina e os cuidados recomendados pela área Clínica da Medicina-Veterinária.
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• Estabelecer um fluxo de atendimento para retornos, orientações e informações, caso ocorram reações adversas à vacina.
• Notificar eventos adversos temporalmente associados à administração da vacina, conforme o documento Definições e Notificações de Evento Adverso temporalmente associados à Vacinação contra a Raiva Animal, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (Anexo 1).
• As notificações devem ser feitas via on line no formulário FORMSUS, disponível no site do MS:
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.phd?id_aplicacao=4878.
• Como o Sistema FORMSUS é federal, imprimir o formulário e encaminhar cópia para o Instituto Pasteur, por fax (11) 3289-0831 ou “escanear” o formulário e enviar pelo email:
pasteur@pasteur.saude.sp.gov.br
Procedimentos para uso da vacina contra a raiva em cães e gatos adquirida pela SES SP.
Ao receber o resultado laboratorial de um caso positivo para a raiva, o município deve realizar a investigação epidemiológica do foco de raiva, preferencialmente em até 72 horas após essa notificação.
• Encaminhar o relatório do inquérito de foco de raiva, por intermédio do GVE, para o Instituto Pasteur, com a máxima brevidade.
• No caso de raiva em herbívoros ou morcegos hematófagos, entrar em contato com o Escritório de Defesa Sanitária Animal (EDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), para que todas as ações sejam realizadas de comum acordo, desde a investigação epidemiológica do foco.
• Estimar o numero de doses de vacina contra a raiva para administração em cães e gatos, baseado no grau de risco a que estiverem expostos.
• O bloqueio de foco deverá ser realizado, preferencialmente em até sete dias do momento da notificação do caso positivo para a raiva ou com a maior brevidade possível.
Observações
1. Esse quantitativo de cerca de 30 mil doses representa apenas 0,4% da necessidade de vacina
contra a raiva de cães e gatos para o Estado de São Paulo.
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2. Como cada frasco de vacina contem 20 doses, realizar bem o planejamento das ações de vacinação para que não haja desperdício.
3. As vacinas ficarão armazenadas no CDL e serão liberadas pelo Instituto Pasteur, após análise e aprovação do relatório de investigação do foco.
4. A administração das vacinas contra a raiva em cães e gatos é restrita para bloqueios de focos. Qualquer outra indicação de vacinação, não especificada no presente documento, será objeto de estudo e decisão.
5. Nos casos positivos de raiva, ocorridos no final de 2010 e início de 2011, recomenda-se reavaliação para fins de bloqueio de foco.
São Paulo, 03 de março de 2011 Elaborado por:
Neide Yumie Takaoka Ivanete Kotait
Maria de Lourdes A. B. Reichmann Tereza Mitiko Omoto
Colaboração:
Clélia Aranda
Adriana Maria Lopes Vieira
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