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Desenvolvimento de uma aplicação móvel para apoio a pessoas com perturbações psicóticas

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Desenvolvimento de uma aplicação móvel para apoio a pessoas com perturbações psicóticas

ALEXANDRE ALMEIDA DA COSTA

Novembro de 2015

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Aplica¸ c˜ ao m´ ovel para apoio a Pessoas com Perturba¸ c˜ oes

Psic´ oticas

Alexandre Almeida da Costa

Orientado por:

Professor Doutor Luiz Felipe Rocha de Faria, PhD Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Engenharia Inform´ atica, Porto

Professor Doutor Ant´ onio Constantino Lopes Martins, PhD Instituto Superior de Engenharia do Porto

Departamento de Engenharia Inform´ atica, Porto

Disserta¸ c˜ ao de Mestrado submetida ao

DEPARTAMENTO DE FISICA

Porto, 4 de Novembro de 2015

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Esta sec¸c˜ ao ´ e sempre complexa de redigir, n˜ ao pela sua dificuldade intelectual ou ortogr´ afica, mas simplesmente porque o autor pode cair no perigo do agradecimento selectivo. Quero dizer com isto, que pode ser complicado decidir quem incluir e h´ a sempre o risco de excluir algu´ em acidentalmente. Tendo que ser selectivo:

Aos meus orientadores professor Luiz de Faria e professor Constantino Martins, pela orienta¸c˜ ao, pela paciˆ encia, pela agilidade e por todo o aux´ılio prestado durante o de- senvolvimento deste projecto, cuja receptividade foi essencial durante o trajecto do mesmo.

A Dra. Raquel Sim˜ ` oes de Almeida e ao Tiago Sousa, pela direc¸c˜ ao e pelo entusi- asmo que sempre mostraram relativamente ao desenvolvimento deste projecto, e cujas decis˜ oes foram essenciais para a sustentabilidade disciplinar e laboral.

A Andreia Moreira pelo apoio e pela motiva¸c˜ ` ao recorrente que sempre me manteve no caminho certo para a escrita desta disserta¸c˜ ao.

Ao Daniel Benevides pelo trabalho de equipa extraordin´ ario, pela colabora¸c˜ ao jovial, pela troca de ideias e pelo perfeccionismo demonstrado que sempre levaram ao desen- volvimento fluido e funcional deste projecto.

Aos meus pais, que sempre me suportaram e me ofereceram a sustenta¸c˜ ao necess´ aria para concluir a minha jornada acad´ emica.

E ao leitor, que mostrou interesse na minha disserta¸c˜ ao.

Obrigado

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A presente disserta¸c˜ ao tem como objectivo descrever o trabalho desenvolvido sobre o projecto iCOPE, uma plataforma dedicada ao aux´ılio do processo psicoterapˆ eutico para pessoas com perturba¸c˜ oes psic´ oticas. A sua concep¸c˜ ao ´ e motivada pela necessidade de fornecer um meio psicoterapˆ eutico com base na portabilidade dos dispositivos m´ oveis.

O desenvolvimento foi conseguido atrav´ es uma colabora¸c˜ ao multidisciplinar, orientada por especialistas de terapia ocupacional, e pela engenharia de software.

O iCOPE ´ e um sistema centralizado, no qual o progresso de um paciente ´ e registado e monitorizado atrav´ es de outra aplica¸c˜ ao, por um terapeuta designado. Esta filosofia levou ` a cria¸c˜ ao de uma API baseada em REST, capaz de comunicar com uma base de dados. A constru¸c˜ ao da API concretizou-se com recurso ` a linguagem PHP, aliada ` a micro-framework Slim. O objectivo desta API passa n˜ ao s´ o pela necessidade de fornecer um sistema acess´ıvel mas tamb´ em com a ambi¸c˜ ao de conceber uma plataforma com um potencial escal´ avel e expans´ıvel, para o caso de ser necess´ ario implementar novas funcionalidades futuras (future-proof).

O autor desta disserta¸c˜ ao foi respons´ avel pelo levantamento de requisitos, o desenvolvi- mento da aplica¸c˜ ao m´ ovel, o desenvolvimento colaborativo do modelo de dados e base de dados e da interface da API de comunica¸c˜ ao.

No fim do desenvolvimento foi feita uma aprecia¸c˜ ao funcional pelos utilizadores alvo,

que realizaram uma avalia¸c˜ ao sobre a utiliza¸c˜ ao e integra¸c˜ ao da aplica¸c˜ ao no seu trata-

mento. Face aos resultados obtidos foram tiradas conclus˜ oes sobre o futuro desenvolvi-

mento da aplica¸c˜ ao e que outros aspectos poderiam ser integrados para efectivamente

chegar a mais pacientes.

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The following document describes the developments made for the iCOPE project, a platform dedicated to supporting the psychotherapeutic process for people who suffer from psychotic conditions. Its conception is motivated by the need to provide a thera- peutic medium through the portability of mobile devices. Development was driven by a multidisciplinary collaboration between occupational therapy and software engineering experts.

The iCOPE platform works with a centralized server, meaning a patient’s therapeutic progress may be registered and consequently monitored through another application aimed to be used by the therapist. This philosophy lead to the development of an API based on RESTful principles capable of communicating with the main database. The conception of the API was made using PHP and the micro-framework, Slim. The main goal of this API is to provide a scalable and easily extensible platform which can be easily altered when needing to add new features, thus making it quite future-proof.

The author of this thesis was responsible for determining the main requirements of the project in order to start development, the development of the mobile application, the collaborative design of the data model and the database, and the development of the API.

At the end of the development phase, a functional evaluation of the application’s effect

in therapy was made along its target users. By analyzing the results it was possible to

make some conclusions regarding future developments and other aspects that could be

integrated within the platform.

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Agradecimentos . . . . V Resumo . . . . VII Abstract . . . . IX Conte´ udos . . . . XIV Lista de Figuras . . . . XVI Lista de Tabelas . . . . XVIII Abreviaturas . . . . XX

1. Introdu¸c˜ ao . . . . 1

1.1 O Projecto iCOPE . . . . 1

1.2 Objectivos . . . . 2

1.3 Motiva¸c˜ ao . . . . 3

1.4 Colabora¸c˜ ao . . . . 4

1.5 Credita¸c˜ ao de desenvolvimentos de software . . . . 5

1.6 Sa´ ude Mental . . . . 6

1.6.1 Psicoterapia . . . . 6

1.6.2 Psicose e Esquizofrenia . . . . 6

1.6.3 Terapia Cognitivo-Comportamental . . . . 7

1.6.4 Psicoeduca¸c˜ ao . . . . 7

1.7 Organiza¸c˜ ao do Documento . . . . 8

2. Estado da Arte . . . . 9

2.1 Moodtools . . . . 10

2.2 Cognitive Diary CBT Self-Help . . . . 13

2.3 ICT4Depression (Moodbuster) . . . . 14

2.3.1 M´ odulos . . . . 14

2.3.2 Aplica¸c˜ ao m´ ovel . . . . 15

2.4 iFightDepression . . . . 16

2.5 Discuss˜ ao Final . . . . 17

3. An´ alise . . . . 18

3.1 M´ odulos desenvolvidos . . . . 19

3.1.1 Di´ ario . . . . 19

3.1.2 Progresso e defini¸c˜ ao de objectivos . . . . 19

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Conte´ udo XII

3.1.3 Resolu¸c˜ ao de Problemas . . . . 20

3.1.4 Relaxamento/Chillout Tool . . . . 20

3.2 Actores . . . . 21

3.3 Casos de Uso . . . . 21

3.4 User Stories . . . . 23

3.4.1 Autentica¸c˜ ao . . . . 23

3.4.1.1 US0101: Iniciar sess˜ ao na aplica¸c˜ ao . . . . 23

3.4.2 Di´ ario . . . . 24

3.4.2.1 US0201: Criar nova entrada . . . . 24

3.4.2.2 US0202: Listar entradas . . . . 24

3.4.2.3 US0203: Ver uma entrada espec´ıfica . . . . 24

3.4.3 Progresso e Defini¸c˜ ao de Objectivos . . . . 25

3.4.3.1 US0301: Criar novo objectivo . . . . 25

3.4.3.2 US0302: Definir objectivo como alcan¸cado . . . . 25

3.4.3.3 US0303: Listar objectivos . . . . 26

3.4.3.4 US0304: Ver um objectivo em detalhe . . . . 26

3.4.4 Resolu¸c˜ ao de Problemas . . . . 26

3.4.4.1 US0401: Criar novo problema . . . . 26

3.4.4.2 US0402: Oferecer duas solu¸c˜ oes . . . . 27

3.4.4.3 US0403: Comentar e Avaliar a melhor solu¸c˜ ao . . . . . 27

3.4.4.4 US0404: Listar problemas . . . . 27

3.4.4.5 US0405: Ver um problema em detalhe . . . . 28

3.4.5 Relaxamento/Chillout Tools . . . . 28

3.4.5.1 US0501: Listar itens multim´ edia . . . . 28

3.4.5.2 US0502: Pesquisar itens multim´ edia espec´ıficos . . . . 28

3.4.5.3 US0503: Ver um item multim´ edia . . . . 29

3.5 Modelo de Dados . . . . 29

3.6 Interface do Utilizador . . . . 31

4. Trabalho Desenvolvido . . . . 33

4.1 Tecnologias Utilizadas – Aplica¸c˜ ao M´ ovel . . . . 33

4.1.1 HTML/HTML5 . . . . 33

4.1.2 CSS/CSS3 . . . . 34

4.1.3 JavaScript . . . . 34

4.1.4 AngularJS . . . . 34

4.1.5 Onsen UI . . . . 35

4.1.6 Apache Cordova . . . . 35

4.2 Tecnologias Utilizadas – Servidor Central . . . . 36

4.2.1 MySQL . . . . 36

4.2.2 Apache Server . . . . 36

4.2.3 PHP . . . . 37

4.2.4 Slim Framework . . . . 37

4.2.5 REST . . . . 38

4.2.5.1 Propriedades e Princ´ıpios . . . . 38

4.2.5.2 Vantagens . . . . 39

4.2.5.3 Aplica¸c˜ ao no iCOPE . . . . 39

4.3 Tecnologias Utilizadas – Outras . . . . 39

4.3.1 Controlo de Vers˜ oes - Apache Subversion (SVN) . . . . 39

(14)

4.3.2 CentOS . . . . 40

4.4 Servidor Web . . . . 40

4.4.1 Seguran¸ca Computacional . . . . 41

4.4.1.1 Seguran¸ca de Palavras-chave . . . . 41

4.4.1.2 Seguran¸ca do Servidor . . . . 42

4.5 API . . . . 45

4.5.1 M´ etodos de acesso . . . . 45

4.5.1.1 M´ etodos GET . . . . 45

4.5.1.2 M´ etodos POST . . . . 46

4.5.1.3 M´ etodos PUT . . . . 47

4.5.1.4 M´ etodos DELETE . . . . 47

4.5.2 Condi¸c˜ oes de erro . . . . 48

4.5.3 Gest˜ ao de sess˜ oes e credenciais . . . . 48

4.5.4 Organiza¸c˜ ao F´ısica da API . . . . 49

4.6 Aplica¸c˜ ao M´ ovel . . . . 50

4.6.1 Iniciar Sess˜ ao . . . . 50

4.6.2 P´ agina Inicial e Menu Lateral . . . . 51

4.6.3 Contactos . . . . 52

4.6.4 Di´ ario . . . . 53

4.6.4.1 Listagem de entradas do di´ ario . . . . 53

4.6.4.2 Cria¸c˜ ao de uma nova entrada no di´ ario . . . . 54

4.6.4.3 Consulta de entradas anteriores . . . . 55

4.6.5 Progresso e defini¸c˜ ao de objectivos . . . . 56

4.6.5.1 Listagem de objectivos . . . . 56

4.6.5.2 Cria¸c˜ ao de objectivos . . . . 57

4.6.5.3 Consulta de um Objectivo . . . . 58

4.6.6 Resolu¸c˜ ao de Problemas . . . . 59

4.6.6.1 An´ alise de um novo problema . . . . 59

4.6.6.2 Listagem de problemas analisados previamente . . . . 61

4.6.6.3 Consulta de um problema . . . . 62

4.6.7 Relaxamento/Chillout Tool . . . . 63

4.6.7.1 Listagem de multim´ edia dispon´ıvel . . . . 63

4.6.8 Organiza¸c˜ ao F´ısica da Aplica¸c˜ ao M´ ovel . . . . 64

4.7 Considera¸c˜ oes Finais . . . . 66

5. Resultados . . . . 67

5.1 Sec¸c˜ ao A . . . . 67

5.1.1 A.1. “O iCOPE poder´ a ajudar-me durante a minha terapia na associa¸c˜ ao” . . . . 68

5.1.2 A.2. “O iCOPE poder´ a ajudar-me durante a minha terapia em casa.” . . . . 68

5.1.3 A.3. “A informa¸c˜ ao no iCOPE est´ a bem organizada, ou seja, encontro facilmente aquilo que procuro.” . . . . 69

5.1.4 A.4 “O iCOPE tem um bom grafismo/design.” . . . . 70

5.1.5 A.5 “O iCOPE ´ e de f´ acil acesso.” . . . . 71

5.1.6 A.6 “O iCOPE ´ e ´ util para melhorar os meus resultados terapˆ euticos.” . . . . 71

5.1.7 A.7 “Recomendava o uso do iCOPE.” . . . . 72

(15)

Conte´ udo XIV

5.2 Sec¸c˜ ao B . . . . 72

5.2.1 B.1 “Consulta da P´ agina Principal” . . . . 73

5.2.2 B.2 “Consulta do Di´ ario” . . . . 73

5.2.3 B.3 “Consulta dos Objectivos” . . . . 73

5.2.4 B.4 “Consulta da Resolu¸c˜ ao de Problemas” . . . . 73

5.2.5 B.5 “Consulta da Ferramentas de Relaxamento” . . . . 74

5.3 Sec¸c˜ ao C . . . . 74

6. Conclus˜ ao . . . . 75

6.1 Discuss˜ ao Final . . . . 75

6.2 Trabalho Futuro . . . . 76

A. Inqu´ erito ao Utilizador Final . . . . 78

Referˆ encias . . . . 79

(16)

2.1 Aplica¸c˜ ao m´ ovel “Moodtools” . . . . 12

2.2 Aplica¸c˜ ao m´ ovel “Cognitive Diary” . . . . 13

3.1 Diagrama de interfaces que comp˜ oem o projecto iCOPE . . . . 18

3.2 Modelo de casos de uso para o sub-sistema do Di´ ario do utilizador . . . 22

3.3 Casos de Uso para o sub-sistema do Progresso e Defini¸c˜ ao de Objectivos 22 3.4 Casos de Uso para o sub-sistema de Resolu¸c˜ ao de Problemas . . . . 22

3.5 Casos de Uso para o sub-sistema do modulo de Relaxamento/Chillout Tools . . . . 23

3.6 Modelo de dados desenvolvido . . . . 30

4.1 Listagem de ficheiros e direct´ orios que comp˜ oem a aplica¸c˜ ao iCOPE . . 49

4.2 Ecr˜ as de in´ıcio de sess˜ ao da aplica¸c˜ ao. ` A esquerda: Primeiro ecr˜ a mos- trado no primeiro arranque da aplica¸c˜ ao. ` A direita: ao clicar no ponto marcado como (1), ´ e apresentado o prompt mostrado em (2), a requisitar as credenciais de acesso do utilizador . . . . 51

4.3 Ecr˜ a apresentado na p´ agina inicial (a) e menu lateral global (a) . . . . 52

4.4 Acesso aos contactos por interm´ edio do ecr˜ a de in´ıcio de sess˜ ao . . . . . 53

4.5 Exemplo de uma listagem de entradas do di´ ario dispon´ıvel ao utilizador 54 4.6 Ecr˜ as apresentados na inser¸c˜ ao de uma nova entrada no di´ ario . . . . . 55

4.7 Exemplo espec´ıfico da consulta de uma entrada do di´ ario . . . . 56

4.8 Exemplo de uma listagem de objectivos . . . . 57

4.9 Ecr˜ a apresentado durante a inser¸c˜ ao de um novo objectivo . . . . 58

4.10 Consulta de objectivos previamente definidos, um dos quais j´ a cumprido b) e outro recorrente ou em curso a) . . . . 59

4.11 Primeiros passos apresentados na cria¸c˜ ao de uma novo problema . . . . 60

4.12 Passos finais na cria¸c˜ ao de uma novo problema . . . . 61

4.13 Listagem de problemas analisados previamente . . . . 62

4.14 Exemplo da consulta de um problema analisado previamente . . . . 62

4.15 Exemplo de uma listagem de multim´ edia dispon´ıvel para um utilizador. 63 4.16 Listagem de ficheiros e direct´ orios que comp˜ oem a aplica¸c˜ ao iCOPE . . 65

5.1 Resultados obtidos da quest˜ ao A.1 do inqu´ erito do Anexo A . . . . 68

5.2 Resultados obtidos da quest˜ ao A.2 do inqu´ erito do Anexo A . . . . 68

5.3 Resultados obtidos da quest˜ ao A.3 do inqu´ erito do Anexo A . . . . 69

5.4 Resultados obtidos da quest˜ ao A.4 do inqu´ erito do Anexo A . . . . 70

5.5 Resultados obtidos da quest˜ ao A.5 do inqu´ erito do Anexo A . . . . 71

5.6 Resultados obtidos da quest˜ ao A.6 do inqu´ erito do Anexo A . . . . 71

5.7 Resultados obtidos da quest˜ ao A.7 do inqu´ erito do Anexo A . . . . 72

5.8 Resultados obtidos a partir da sec¸c˜ ao B do inqu´ erito do Anexo A . . . 73

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Lista de Figuras XVI

5.9 Resultados obtidos a partir da sec¸c˜ ao C do inqu´ erito do Anexo A . . . 74

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Lista de Tabelas

2.1 Rela¸c˜ ao comparativa entre a funcionalidades das diversas aplica¸c˜ oes es-

tudadas . . . . 17

4.1 Top 5 das autentica¸c˜ oes mais utilizadas . . . . 43

4.2 Listagem de c´ odigos de erro gerados pela API . . . . 48

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Abreviaturas

• AJAX – Asynchronous JavaScript and XML

• ANARP – Associa¸c˜ ao Nova Aurora na Reabilita¸c˜ ao e Reintegra¸c˜ ao Psicossocial

• API – Application Programming Interface (Interface de programa¸c˜ ao de aplica¸c˜ oes)

• CLI – Command-line Interface (Linha de commandos)

• CRUD – Create, Read, Update, Delete (Criar, Ler, Actualizar, Excluir)

• CSS – Cascading Style Sheet

• DOM – Documento Object Model

• FTP – File Transfer Protocol

• GNU – GNU’s Not Unix

• GUI – Graphical User Interface (Interface Gr´ afica do utilizador)

• HTML – HyperText Markup Language

• HTTP – HyperText Transfer Protocol

• HTTPS – HyperText Transfer Protocol over TLS, SSL or Secure

• ICT4D – Information and Communications Technologies for Depression

• IP – Internet Protocol

• ISEP - Instituto Superior de Engenharia do Porto

• JS – JavaScript

• JSON – JavaScript Object Notation

• PHP – Hypertext Preprocessor

• MVC – Model-View-Controller

• PDO – PHP Data Object

• PHP – PHP Hypertext Preprocessor

• PHQ – Patient Health Questionnaire

• REST – Representational State Transfer (Transferˆ encia de Estado Representa- cional)

• SMS – Short Message Service

• SGBD – Sistema de Gest˜ ao de Bases de Dados

• SMS – Short Message Service

• SMTP – Simple Mail Transfer Protocol

• SSH – Secure Shell

• SVN – Apache Subversion

• UI – User Interface (Interface do utilizador)

• URI – Uniform Resource Identifier

• URL – Uniform Resource Locator

• URN – Uniform Resource Name

• VCS – Version Control System (Sistema de controlo de vers˜ oes)

• XML – Extensible Markup Language

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Cap´ıtulo 1

Introdu¸c˜ ao

Num mundo em que a tecnologia n˜ ao para de evoluir, os servi¸cos m´ oveis s˜ ao cada vez mais dominantes na nossa sociedade. Este factor ´ e fortemente incentivado pela acessibilidade econ´ omica e tecnol´ ogica dos dispositivos m´ oveis. Por esta raz˜ ao, os smartphones, tablets e outros dispositivos port´ ateis s˜ ao cada vez mais comuns e mais evolu´ıdos. Este r´ apido progresso criou um universo de novas oportunidades e ideias, onde existem diversos campos que podem ser explorados. Actualmente, um destes campos abrange as tecnologias m´ oveis aplicadas ` a sa´ ude. Tamb´ em conhecido como mHealth ou Mobile Health, este campo compreende os servi¸cos tecnol´ ogicos m´ oveis aplicados e dedicados a apoiar os servi¸cos de sa´ ude.

A sa´ ude mental abrange uma ´ area patol´ ogica de grandes preocupa¸c˜ oes, incitada pelo facto das doen¸cas mentais descreverem algumas das patologias mais comuns em Por- tugal [1], na medida em que um em cada cinco portugueses padece ou j´ a atravessou uma doen¸ca de foro mental. Este facto gerou uma consciencializa¸c˜ ao de que h´ a pos- sibilidade de melhorar a qualidade terapˆ eutica utilizando os avan¸cos tecnol´ ogicos para esse efeito. As tecnologias m´ oveis mostram avan¸cos que prometem melhorar os servi¸cos existentes e fornecer novos percursos de tratamentos psicossociais e psicoterapˆ euticos, dando origem ent˜ ao, ` a aplica¸c˜ ao da mHealth ` a psicoterapia.

1.1 O Projecto iCOPE

O projecto iCOPE consiste no desenvolvimento de uma aplica¸c˜ ao m´ ovel baseada em

servi¸cos e tecnologias Web, com o intuito de auxiliar a gest˜ ao de doen¸cas de pessoas

com perturba¸c˜ oes mentais psic´ oticas. Tem como alvo n˜ ao s´ o o utilizador em psicote-

rapia, mas tamb´ em os profissionais de sa´ ude que ter˜ ao um acesso mais conveniente ao

progresso patol´ ogico dos seus pacientes, podendo tra¸car a sua evolu¸c˜ ao ao longo do

tempo.

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O projecto surgiu atrav´ es de uma parceria multidisciplinar entre a engenharia de soft- ware e terapia ocupacional (descrito mais sucintamente na sec¸c˜ ao 1.4), com uma co- labora¸c˜ ao entre os diversos elementos da equipa para garantir a validade cient´ıfica do desenvolvimento.

O desafio passou pela constru¸c˜ ao de trˆ es m´ odulos cruciais:

1. Uma plataforma dedicada ao terapeuta, onde este poder´ a estabelecer contacto com os seus pacientes, e ver de que forma estes est˜ ao a evoluir;

2. Uma plataforma de administra¸c˜ ao geral das aplica¸c˜ oes, cujas funcionalidades se centram em backoffice – isto ´ e, uma aplica¸c˜ ao que n˜ ao tem rela¸c˜ ao directa com os pacientes nem terapeutas, mas cuja utilidade se centra na gest˜ ao de opera¸c˜ oes administrativas, incluindo a cria¸c˜ ao e gest˜ ao de utilizadores e a gest˜ ao de atribui¸c˜ oes entre pacientes e terapeutas;

3. A ´ ultima plataforma ´ e designada pela aplica¸c˜ ao m´ ovel que se destina a ser uti- lizada pelos pacientes. Foi desenvolvida pelo autor desta disserta¸c˜ ao e ser´ a aqui exposta e descrita. Ser˜ ao relatadas v´ arias concep¸c˜ oes de engenharia de software em conjunto com conceitos da terapia ocupacional.

Foi tamb´ em desenvolvido um sistema centralizado de dados, cuja comunica¸c˜ ao com o mesmo ´ e feita atrav´ es de servi¸cos web, disponibilizado na forma de uma API baseada em REST. Atrav´ es deste, as plataformas mantˆ em os dados sincronizados, possibilitando uma comunica¸c˜ ao entre si.

1.2 Objectivos

Os objectivos descritos neste projecto colaborativo e multidisciplinar prendem-se com o desenvolvimento de uma aplica¸c˜ ao m´ ovel destinada a apoiar o processo psicoterapˆ eutico atrav´ es da integra¸c˜ ao da mesma no decurso do tratamento de pacientes. De forma mais delineada, pretende-se acelerar o tratamento psicopatol´ ogico, aumentar a ades˜ ao

`

a psicoterapia, incentivar a participa¸c˜ ao do utilizador em diversas ´ areas da sua vida,

promover uma resposta terapˆ eutica atempada em caso de crise, melhorar a interac¸c˜ ao

social do paciente, e estabelecer uma liga¸c˜ ao (di´ aria) entre o profissional de sa´ ude e o

paciente. Concretamente, ´ e pretendido o desenvolvimento de uma aplica¸c˜ ao dividida

por v´ arios m´ odulos terapˆ euticos, cada um deles com fins distintos, mas todos com o

objectivo global de consolidar o tratamento do paciente.

(25)

Cap´ıtulo 1. Introdu¸ c˜ ao 3

Do ponto de vista de desenvolvimento, pretende-se conciliar os conceitos de engenharia de software, nomeadamente a defini¸c˜ ao de pr´ e-requisitos, o planeamento e a concep¸c˜ ao da aplica¸c˜ ao. Neste sentido, no que respeita ` a investiga¸c˜ ao tecnol´ ogica, pretende-se explorar solu¸c˜ oes baseadas em servi¸cos web que permitam tratar os dados da aplica¸c˜ ao de uma forma centralizada. Consequentemente ´ e pretendido estudar os sistemas ope- rativos m´ oveis dispon´ıveis e a viabilidade de distribui¸c˜ ao da aplica¸c˜ ao para as diversas plataformas utilizando tecnologias de desenvolvimento h´ıbridas. Por fim, ap´ os a con- clus˜ ao do desenvolvimento da aplica¸c˜ ao, pretende-se testar um prot´ otipo em conjunto com um grupo de pacientes, de forma a determinar a efectividade da mesma e a po- tencialidade de a integrar no decurso terapˆ eutico.

1.3 Motiva¸c˜ ao

E um facto que o tratamento de perturba¸c˜ ´ oes psiqui´ atricas ´ e uma preocupa¸c˜ ao glo- bal. Portugal ´ e actualmente o segundo pa´ıs da Europa com a taxa mais elevada da prevalˆ encia anual de perturba¸c˜ oes psiqui´ atricas [1]. Segundo os resultados do Estudo Epidemiol´ ogico Nacional de Sa´ ude Mental, as psicopatologias afectam mais de um quinto dos portugueses. Adicionalmente, ao longo dos anos tem havido um aumento da taxa de anos vividos com incapacidade no que toca a esquizofrenia, tornando-se mais prevalente e persistente [1]. Dentro do quadro patol´ ogico da popula¸c˜ ao, 5 das 10 principais incapacidades s˜ ao doen¸cas mentais, entre elas as perturba¸c˜ oes psic´ oticas.

Entre 50% e 70% das pessoas com alguma patologia de foro mental n˜ ao tem acesso a uma terapia ou a um programa de reabilita¸c˜ ao [1].

Por essa raz˜ ao, o projecto iCOPE surge com a necessidade de fornecer uma aplica¸c˜ ao de apoio ao processo psicoterapˆ eutico. O objectivo principal desta terapia pretende munir o paciente com os recursos necess´ arios para que este consiga lidar e enfrentar as suas dificuldades. Este processo envolve um esfor¸co constante e consciente, quer por parte do paciente, quer por parte do terapeuta [2]. O iCOPE ambiciona promover a resposta terapˆ eutica e a efic´ acia do tratamento, dando ao paciente a hip´ otese de expor a sua evolu¸c˜ ao psiqui´ atrica apoiada por um servi¸co de sa´ ude m´ ovel. A necessidade de aumentar e cultivar o contacto entre o terapeuta e o paciente ´ e tamb´ em um aspecto de grande destaque que ´ e justificado pela vantagem dos servi¸cos m´ oveis e pode ajudar o terapeuta a acompanhar o progresso do seu paciente.

De um ponto de vista tecnol´ ogico, as vantagens dos servi¸cos m´ oveis incluem:

• A possibilidade de transmitir informa¸c˜ oes sens´ıveis no tempo de forma r´ apida em

casos de emergˆ encia;

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• A possibilidade de aceder a um servi¸co a partir de um vasto n´ umero de locais;

• Pode ajudar a transmitir ferramentas de psicoterapia de forma port´ atil e m´ ovel.

Dois estudos revelam que os resultados dos tratamentos psicopatol´ ogicos utilizando os m´ etodos actuais de psicoterapia, podem ser melhorados utilizando tecnologias de informa¸c˜ ao e comunica¸c˜ ao [3] e que a raz˜ ao efectividade-custo pode ser melhorada com os m´ etodos de tratamento actuais [4].

O futuro tamb´ em assegura um grande factor de motiva¸c˜ ao. O crescimento constante das tecnologias m´ oveis exp˜ oem um novo universo de possibilidades a ser explorado e que definitivamente se manifesta nos servi¸cos m´ oveis de sa´ ude. As aplica¸c˜ oes orientadas a esta ´ area poder˜ ao fornecer os pacientes com ferramentas que os ajudam a combater as suas dificuldades, treinar suas aptid˜ oes, a definir objectivos e melhorar a sua qualidade de vida geral.

1.4 Colabora¸c˜ ao

O desenvolvimento do projecto, orientado por uma colabora¸c˜ ao s´ıncrona entre v´ arios elementos, revelou-se como sendo uma interven¸c˜ ao de desenvolvimento multidisciplinar.

Foi idealizado em conjunto com a Associa¸c˜ ao Nova Aurora na Reabilita¸c˜ ao e Reinte- gra¸c˜ ao Psicossocial (ANARP), Centro de Reabilita¸c˜ ao e Reintegra¸c˜ ao psicossocial e alunos do Mestrado de Computa¸c˜ ao e Instrumenta¸c˜ ao M´ edica do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP). Os desenvolvimentos foram levados a cabo por dois grupos disciplinares diferentes:

Terapia Ocupacional:

• Prof. Dr. Ant´ onio Marques (Membro da Comiss˜ ao de Coordena¸c˜ ao da Rede de Apoio ` a Reabilita¸c˜ ao Psicossocial da ´ Area Metropolitana do Porto (RARP- AMP); Co-director do Laborat´ orio de Reabilita¸c˜ ao Psicossocial; Pr´ o-Presidente do Instituto Polit´ ecnico do Porto)

• Dra. Raquel Sim˜ oes de Almeida (Doutoranda em Psicologia na FPCEUP; Do- cente na ESTS-IPP; Terapeuta Ocupacional na Associa¸c˜ ao Nova Aurora na Re- abilita¸c˜ ao e Reintegra¸c˜ ao Psicossocial – ANARP)

• Tiago Sousa (Estudante de licenciatura em Terapia Ocupacional na ESTS-IPP;

investigador no Laborat´ orio de Reabilita¸c˜ ao Psicossocial)

Engenharia de Software:

(27)

Cap´ıtulo 1. Introdu¸ c˜ ao 5

• Engenheiro Alexandre Almeida da Costa (Estudante de mestrado em Com- puta¸c˜ ao e Instrumenta¸c˜ ao M´ edica; Investigador no Instituto de Engenharia de Computador e Sistemas (INESC)), autor da disserta¸c˜ ao

• Engenheiro Daniel Marques Benevides (Estudante de mestrado em Computa¸c˜ ao e Instrumenta¸c˜ ao M´ edica; Investigador no Instituto de Engenharia de Computador e Sistemas (INESC))

• Professor Doutor Luiz Faria, (Director do Departamento de Engenharia de In- form´ atica do ISEP), orientador do autor da disserta¸c˜ ao

• Professor Doutor Constantino Martins, (Subdirector do Departamento de Enge- nharia de Inform´ atica do ISEP), co-orientador do autor da disserta¸c˜ ao

Esta colabora¸c˜ ao foi de elevada importˆ ancia e permitiu que houvesse um sincronismo te´ orico-pr´ atico e um desenvolvimento cont´ınuo dos requisitos de acordo com a sensibi- lidade de terapeutas e de pacientes.

1.5 Credita¸c˜ ao de desenvolvimentos de software

Considerada a abrangˆ encia do projecto, e as necessidades de criar um sistema composto por um conjunto vasto de tecnologias, foi necess´ aria a realiza¸c˜ ao de uma divis˜ ao e delega¸c˜ ao de tarefas.

Engenheiro Daniel Benevides:

• Respons´ avel pelo desenvolvimento da interface para administradores;

• Respons´ avel pelo desenvolvimento da interface para terapeutas;

• Respons´ avel pela defini¸c˜ ao do modelo de dados no que diz respeito ` a l´ ogica da gest˜ ao de utilizadores;

• Respons´ avel pela gest˜ ao do processo de instala¸c˜ ao da infraestrutura e das inter- faces desenvolvidas no servidor web.

Alexandre Costa, autor da presente disserta¸c˜ ao:

• Respons´ avel pelo desenvolvimento da interface para pacientes;

• Respons´ avel pelo desenvolvimento da aplica¸c˜ ao m´ ovel para pacientes;

• Respons´ avel pela defini¸c˜ ao do modelo de dados no que diz respeito ` a l´ ogica de partilha de feedback pelo paciente, isto ´ e, ` a parte do modelo de dados que funda- mentar´ a a interface para pacientes;

• Respons´ avel pela seguran¸ca do servidor web.

(28)

1.6 Sa´ ude Mental

1.6.1 Psicoterapia

A psicoterapia representa o campo da terapia psicol´ ogica cujo objectivo incide sobre o tratamento de psicopatologias e perturba¸c˜ oes psiqui´ atricas. ´ E um processo de tra- tamento baseado no estabelecimento de uma rela¸c˜ ao met´ odica entre o profissional e paciente, de forma a promover mudan¸cas comportamentais com vista a melhorar a qualidade de vida deste ´ ultimo. A mudan¸ca demonstrada pelo paciente ap´ os um curso de terapia pode variar bastante consoante o indiv´ıduo e o tipo de psicopatologia tra- tada. A psicoterapia tem como base os fundamentos da psican´ alise, cujo objectivo rege-se pelo estudo do car´ acter psicopatol´ ogico [5]. As t´ ecnicas utilizadas no trata- mento de perturba¸c˜ oes podem envolver um vasto n´ umero de m´ etodos. Estes variam de acordo com o tipo de terapia e com o tipo de doen¸ca de que este padece. Por essa raz˜ ao as terapias variam de acordo com as circunstˆ ancias. Tal como acontece com as rela¸c˜ oes interpessoais, a comunica¸c˜ ao ´ e um aspecto intr´ınseco desta terapia. Contudo, os meios n˜ ao-verbais, tais como a m´ usica, arte e tecnologia ou multim´ edia podem ter efeitos psicoterapˆ euticos [6].

1.6.2 Psicose e Esquizofrenia

A condi¸c˜ ao de psicose refere-se ao quadro ps´ıquico que descreve o processo deteriorante das fun¸c˜ oes cognitivas que afectam a condi¸c˜ ao mental e tem em conta o agravamento do contacto com a realidade. Esta perturba¸c˜ ao pode levar a um racioc´ınio e considera¸c˜ oes ca´ oticas, cren¸cas err´ oneas, alucina¸c˜ oes, oscila¸c˜ oes sentimentais e mudan¸cas de atitude espontˆ aneas e imprevis´ıveis. Em teores psicanal´ıticos, um indiv´ıduo que sofre de algum tipo de psicose, a demonstra¸c˜ ao dos seus sintomas ´ e normalmente descrita como uma exposi¸c˜ ao do inconsciente para o mundo exterior.

O termo “psicose” poder´ a descrever experiˆ encias relativamente normais, at´ e express˜ oes mais complexas de estados catat´ onicos de esquizofrenia. Em contextos com uma ava- lia¸c˜ ao patol´ ogica mais precisa, o termo pode descrever transtornos psiqui´ atricos agrava- dos que englobam epis´ odios de alucina¸c˜ oes, del´ırios, e uma diminui¸c˜ ao das capacidades de introspec¸c˜ ao.

A origem das psicoses tem sido alvo de estudo constante e ´ e um tema de ampla discuss˜ ao

que induz m´ ultiplas teorias sobre os seus prim´ ordios [7]. Argumenta-se que os sintomas

psic´ oticos podem ser accionados como uma resposta a uma situa¸c˜ ao de stress, numa

(29)

Cap´ıtulo 1. Introdu¸ c˜ ao 7

situa¸c˜ ao de consumo substˆ ancias psicoactivas ou em situa¸c˜ oes de press˜ ao social. Mas a verdadeira origem destes sintomas pode ser dada pela presen¸ca de v´ arios factores que incluem causas biol´ ogicas, patol´ ogicas, gen´ eticas, emocionais e sociais [8]. Alguns factores podem ter mais ou menos impacto que outros, variando tamb´ em de indiv´ıduo para indiv´ıduo. Por essa raz˜ ao ´ e importante fazer uma avalia¸c˜ ao clara de cada caso, de forma a descartar outras causas patol´ ogicas, para permitir a defini¸c˜ ao de um plano que se adapte ` a necessidade de cada paciente.

1.6.3 Terapia Cognitivo-Comportamental

A terapia cognitivo-comportamental abrange uma forma de psicoterapia cuja ciˆ encia engloba terapias cognitivas com terapias comportamentais. Tem como objectivo a consciencializa¸c˜ ao de que ´ e poss´ıvel explorar e ter conhecimento psicol´ ogico acerca de padr˜ oes definidos pelos pensamentos, pelas emo¸c˜ oes e pelos comportamentos de uma pessoa [6]. Atrav´ es desta an´ alise ´ e poss´ıvel descobrir padr˜ oes que surgem com ac¸c˜ oes autodestrutivas ou adversas. Descobrindo estes padr˜ oes, ´ e poss´ıvel enfatizar que o pa- ciente pode modificar e racionalizar estes pensamentos prejudiciais [9]. Diferencia-se de outras terapias na medida em que ´ e um processo que se baseia profusamente na colabora¸c˜ ao entre o terapeuta e o paciente. Ambos tˆ em que trabalhar de forma ac- tiva em conjunto com um objectivo saud´ avel em mente. Como suplemento, poder´ a ser atribu´ıdo “trabalho de casa” aos pacientes, que deve ser realizado fora das sess˜ oes habituais [9]. Em suma, esta combina¸c˜ ao de terapias pretende dotar o paciente com ca- pacidades de introspec¸c˜ ao e discernimento, que poder˜ ao prevenir experiˆ encias psic´ oticas atrav´ es da compreens˜ ao da raz˜ ao para a ocorrˆ encia de tal evento. Pretende-se tamb´ em evitar reca´ıdas e fortalecer a convic¸c˜ ao no tratamento. Por outras palavras, robustecer as estrat´ egias de “coping” do paciente. Entende-se por “coping” como as estrat´ egias que um paciente desenvolve atrav´ es da psicoterapia, para enfrentar e lidar com um transtorno.

1.6.4 Psicoeduca¸c˜ ao

Os conceitos psicoeducativos s˜ ao descritos como elementos terapˆ euticos acordados en-

tre o paciente e a an´ alise das no¸c˜ oes cognitivas que afectam o mesmo. Tem por isso

um papel educativo que ´ e transmitido do in´ıcio at´ e ao final de uma terapia, com o

objectivo de educar o paciente relativamente ao seu quadro patol´ ogico, e possivelmente

munindo- -o de conhecimentos para enfrentar as inferˆ encias impostas por um trans-

torno [10]. A psicoeduca¸c˜ ao ´ e um componente da psicoterapia, e como tal, tem como

(30)

objectivo motivar o paciente a seguir o percurso terapˆ eutico com trabalho conjunto com profissionais de sa´ ude, com o intuito final de tornar o tratamento mais efectivo [10].

1.7 Organiza¸c˜ ao do Documento

A presente disserta¸c˜ ao encontra-se dividida numa forma sequencial de conceitos, que permite em primeiro lugar, familiarizar o leitor com conceitos te´ oricos introduzindo gradualmente os conceitos tecnol´ ogicos utilizados e aplicados. De seguida ´ e explanado o conjunto de m´ odulos que devem integrar na aplica¸c˜ ao. ´ E tamb´ em descrito o desen- volvimento feito sobre a plataforma, tudo isto referenciando conceitos de engenharia de software. Finalmente s˜ ao apresentados os resultados obtidos atrav´ es do desenvolvi- mento.

Capitulo 1 - Introdu¸c˜ ao: No cap´ıtulo actual, ´ e feita uma introdu¸c˜ ao te´ orica ao pro- jecto, o enquadramento deste na psicoterapia, e a motiva¸c˜ ao para a sua cria¸c˜ ao. Em suma, este cap´ıtulo pode ser visto como uma justifica¸c˜ ao para a existˆ encia do projecto.

Adicionalmente, ´ e descrita a colabora¸c˜ ao multidisciplinar envolvida nos diversos n´ıveis.

Capitulo 2 – Estado da Arte: ´ E feita uma investiga¸c˜ ao contemporˆ anea da utiliza¸c˜ ao dos servi¸cos m´ oveis aplicados ` a sa´ ude, e s˜ ao exploradas aplica¸c˜ oes disponibilizadas no mercado para tal fim.

Capitulo 3 – An´ alise: No seguinte cap´ıtulo ´ e feita uma explicita¸c˜ ao dos m´ odulos que comp˜ oem o iCOPE, bem como uma exposi¸c˜ ao detalhada dos pr´ e-requisitos. S˜ ao igual- mente detalhados os requisitos funcionais que aplica¸c˜ ao deve seguir, mediante a uti- liza¸c˜ ao de casos de uso e user stories. E por isso uma sec¸c˜ ´ ao fortemente ligada ` a engenharia do software.

Capitulo 4 - Desenvolvimento: No cap´ıtulo do desenvolvimento ´ e inicialmente catalo- gada a listagem completa de todas as tecnologias abordadas e aplicadas ao desenvolvi- mento e ` a constru¸c˜ ao da plataforma. Ap´ os expor ao leitor a abrangˆ encia tecnol´ ogica,

´ e feita uma explana¸c˜ ao concreta do desenvolvimento realizado sobre o projecto.

Capitulo 5 – Resultados: ´ E feita uma an´ alise cr´ıtica aos desenvolvimentos realiza- dos, em conjunto com uma discuss˜ ao e aquilata¸c˜ ao da usabilidade e acessibilidade da aplica¸c˜ ao perante a sua introdu¸c˜ ao ao p´ ublico-alvo.

Capitulo 6 – Conclus˜ ao: Neste ´ ultimo cap´ıtulo ´ e feita uma an´ alise geral ao projecto,

onde s˜ ao tiradas conclus˜ oes tecnol´ ogicas e terapˆ euticas, bem como a sugest˜ ao de abor-

dagens para trabalho futuro.

(31)

Cap´ıtulo 2

Estado da Arte

A utiliza¸c˜ ao de servi¸cos m´ oveis aplicados ` a sa´ ude de forma eficiente poder´ a ajudar o tratamento e o diagn´ ostico de patologias de foro psicol´ ogico. As tecnologias m´ oveis con- temporˆ aneas est˜ ao cada vez mais evolu´ıdas e mais f´ aceis de operar, promovendo a sua utiliza¸c˜ ao por cada vez mais utilizadores. O interesse despertado nas pessoas ´ e tamb´ em suportado pela acessibilidade dos dispositivos, associado ` a redu¸c˜ ao dos custos comerci- ais destes dispositivos [11]. Em consequˆ encia, existem cada vez mais programadores de aplica¸c˜ oes interessados em explorar novos ramos. Adicionalmente, os utilizadores est˜ ao cada vez mais familiarizados com a utiliza¸c˜ ao dos dispositivos devido ` a simplifica¸c˜ ao das interfaces gr´ aficas, tornadas mais f´ aceis e intuitivas [12] e os smartphones s˜ ao cada vez mais predominantes [13].

As patologias mentais mais prevalentes mundialmente, como a esquizofrenia, trans- tornos de bipolaridade e depress˜ ao [1], alimentam o interesse na investiga¸c˜ ao de tec- nologias m´ oveis para o apoio do tratamento destas patologias. E nos dias de hoje vˆ e-se este interesse reflectido num vasto n´ umero de aplica¸c˜ oes dispon´ıveis para tal efeito. No entanto esta grande quantidade de aplica¸c˜ oes pode sofrer de qualidade, na medida em que muitas das que s˜ ao disponibilizadas ao p´ ublico nem sempre seguem investiga¸c˜ ao cientifica suficiente no seu desenho e concep¸c˜ ao [14]. Aplica¸c˜ oes que n˜ ao seguem as especifica¸c˜ oes adequadas, nem sempre cumprem os objectivos terapˆ euticos com sucesso. Podem manifestar-se como dif´ıceis de aprender e por vezes n˜ ao satis- fazem as preferˆ encias dos utilizadores. Por estas raz˜ oes, no desenvolvimento deste tipo de aplica¸c˜ oes ´ e necess´ ario ter sempre em conta o conhecimento do terapeuta e a sensibilidade do p´ ublico-alvo ` a tecnologia que lhes ´ e apresentada.

Apesar do n´ıvel tecnol´ ogico actual permitir a oferta de enumeras aplica¸c˜ oes dedicadas a

melhorar a sa´ ude mental, ainda existe um grande n´ umero de quest˜ oes que necessitam de

ser colocadas em cima da mesa: Quantas pessoas utilizam dispositivos m´ oveis hoje em

(32)

dia, quantas pessoas que sofrem de alguma maleita de cariz mental ´ e que est˜ ao interes- sadas em participar em psicoterapias baseadas em servi¸cos m´ edicos m´ oveis (mHealth), e qu˜ ao efectivo e eficiente ´ e este tipo de tratamento.

As respostas podem ser encontradas num estudo que afirma que numa amostra de 904 indiv´ıduos que sofrem de esquizofrenia, pelo menos 62% desses participantes possuem um dispositivo m´ ovel e utilizam-no frequentemente [14]. As utiliza¸c˜ oes mais comuns passavam por fazer chamadas de voz, trocar mensagens de texto simples (SMS) e navegar pela internet. O mesmo estudo indica que pelo menos 81% dos indiv´ıduos com algum tipo de patologia de foro mental e que possuem um dispositivo m´ ovel mostraram interesse em aderir a um tratamento ou terapia baseada em servi¸cos m´ oveis. Dos participantes, 44% estariam interessados em receber algum tipo de servi¸co de apoio ` a toma de medica¸c˜ ao ou de apoio na marca¸c˜ ao de consultas, 38% indicam que estariam interessados e num servi¸co de promo¸c˜ ao do contacto com o seu terapeuta, 31% dos participantes estariam interessados em receber informa¸c˜ oes relativas a tratamentos e psicoterapias [14].

Nesta sec¸c˜ ao ser´ a feita uma investiga¸c˜ ao aos desenvolvimentos feitos actualmente, no que toca aos servi¸cos de sa´ ude m´ ovel (mHealth) aplicados ` a psicoterapia e a outros servi¸cos de tratamento de sa´ ude mental. E importante referenciar que embora as ´ aplica¸c˜ oes m´ oveis deste g´ enero ofere¸cam um aux´ılio patol´ ogico not´ avel, n˜ ao devem substituir o tratamento psicoterapˆ eutico ou qualquer tipo de interven¸c˜ ao m´ edica con- creta. As aplica¸c˜ oes que ser˜ ao aqui discutidas seguem esta filosofia. Embora tenham o objectivo que coadjuvar o utilizador na sua terapia, expressam que nunca devem substituir uma verdadeira terapia.

2.1 Moodtools

O “Moodtools” ´ e um exemplo de uma aplica¸c˜ ao destinada a apoiar os servi¸cos de sa´ ude m´ ovel orientados ` a sa´ ude mental e ` a psicoterapia. ´ E um software gratuito disponibi- lizado para Android e iOS, atrav´ es das plataformas de distribui¸c˜ ao dos respectivos sistemas operativos. Foi projectado para ajudar o utilizador a combater a depress˜ ao e aliviar disposi¸c˜ oes e humores negativos, com objectivo de auxiliar e acelerar a sua recupera¸c˜ ao cl´ınica [15].

Come¸cou por ser disponibilizada apenas nos Estados Unidos da Am´ erica e surgiu com

a motiva¸c˜ ao de servir como um suplemento para o tratamento da depress˜ ao, funcio-

nando como uma ponte que liga as pessoas ao tratamento. Pode funcionar como uma

(33)

Cap´ıtulo 2. Estado da Arte 11

ferramenta de auto-ajuda para pessoas que n˜ ao tenham acesso a um tratamento psi- coterapˆ eutico personalizado. Rapidamente ap´ os o seu lan¸camento houve a decis˜ ao de alargar os horizontes e passou a ser suportada na Austr´ alia, Reino Unido, Canad´ a e mais tarde para todos os pa´ıses [15]. Na imagem 2.1 ´ e apresentado um excerto da aplica¸c˜ ao:

A aplica¸c˜ ao vem munida de 6 m´ odulos:

• Di´ ario de pensamentos: M´ odulo baseado na terapia cognitivo-comportamental que permite ao utilizador escrever sobre pensamentos negativos, para ajudar o mesmo a identificar distor¸c˜ oes cognitivas e consequentemente a melhorar a sua forma de pensar.

• Registo de actividade: Permite que o utilizador defina uma lista de actividades, com o registo do humor antes e depois de realizar as mesmas. Pode funcionar como um m´ odulo informativo de quais actividades ´ e que tˆ em maior potencialidade de melhorar o humor.

• Plano de preven¸c˜ ao de suic´ıdio: Muitos programadores evitam lidar com respon- sabilidade acrescida de tratar do risco de suic´ıdio, e por essa raz˜ ao este m´ odulo distingue a aplica¸c˜ ao como sendo das poucas que lidam com planos de suic´ıdio.

Oferece um guia ao qual os utilizadores podem aceder para encontrar informa¸c˜ oes sobre como lidar com pensamentos negativos, depress˜ ao. Permite que o utilizador entre em contacto directamente com v´ arios elementos de sa´ ude mental, como um terapeuta, hospital ou chamadas de emergˆ encia.

• M´ odulo informativo: Fornece um leque de informa¸c˜ oes psicoeducacionais relativas

`

a depress˜ ao, dicas terapˆ euticas e outros recursos que podem ser encontrados online.

• Teste de depress˜ ao: Fornece um question´ ario de rastreio do n´ıvel de depress˜ ao baseado no teste PHQ-9.

• V´ıdeos: Oferece uma listagem de multim´ edia categorizada, que inclui materiais

de medita¸c˜ ao guiada, sons tranquilizantes e conte´ udos motivacionais.

(34)

(a) Menu principal

(b) Planos de preven¸ c˜ ao de suic´ıdio

Fig. 2.1: Aplica¸ c˜ ao m´ ovel “Moodtools”

(35)

Cap´ıtulo 2. Estado da Arte 13

2.2 Cognitive Diary CBT Self-Help

A aplica¸c˜ ao “Cognitive Diary” representa um di´ ario de uso pessoal, cujo m´ etodo psi- coterapˆ eutico se baseia na correc¸c˜ ao dos processos cognitivos inconscientes. Tem como objectivo, analisar e expor os pensamentos negativos que surgem do irracional, perante uma situa¸c˜ ao insatisfat´ oria. ´ E por isso, uma ferramenta de auto-ajuda, orientada ` a sa´ ude mental em geral e pretende dar ao utilizador um procedimento de racionaliza¸c˜ ao do inconsciente, atrav´ es do fortalecimento da adaptabilidade e flexibilidade cognitiva [16]. Fornece adicionalmente sec¸c˜ oes psicoeducativas com o intuito de consciencializar o utilizador relativamente ` a sa´ ude mental, e apresenta aleatoriamente mensagens mo- tivacionais. Na figura 2.2 ´ e apresentado um excerto da aplica¸c˜ ao, onde ´ e mostrado o menu principal, com as fun¸c˜ oes referidas.

Fig. 2.2: Aplica¸ c˜ ao m´ ovel “Cognitive Diary”

(36)

2.3 ICT4Depression (Moodbuster)

O “ICT4Depression” descreve um projecto que surge com a motiva¸c˜ ao de fornecer um sistema que se destina a melhorar a efic´ acia do tratamento da depress˜ ao. O projecto ´ e coordenado pela Universidade Livre de Amesterd˜ ao e financiado pela Uni˜ ao Europeia [17].

O sistema fornece um vasto conjunto de m´ odulos que permitem uma an´ alise profunda de psicopatologias depressivas, abrangendo m´ odulos de auto-ajuda, introspec¸c˜ ao, psi- coeduca¸c˜ ao e suporte terapˆ eutico. D´ a n˜ ao s´ o ao paciente um m´ etodo de tratamento que permite que este exponha o seu progresso, mas d´ a tamb´ em ao terapeuta um sistema que permite uma an´ alise detalhada da evolu¸c˜ ao dos seus pacientes.

Como m´ etodo de avalia¸c˜ ao do progresso terapˆ eutico, o sistema baseia-se num processo denominado Ecological Momentary Assessment and Intervention Techniques (EMA e EMI), que permite definir um ambiente controlado de question´ arios que s˜ ao realizados de forma recorrente, e que avaliam o bem-estar do paciente ao longo do tempo [18].

A utiliza¸c˜ ao deste m´ etodo tem como objectivo colmatar poss´ıveis erros aleat´ orios que surgem do question´ ario espontˆ aneo. Por exemplo, no caso de um paciente que sofre de varia¸c˜ oes de humor, com uma pergunta espontˆ anea de um terapeuta “Como ´ e que se tem sentido?”, corremos o risco de que este dˆ e uma resposta com referˆ encia a um prazo muito curto. O EMA/MI funciona com uma recolha continua e recorrente deste tipo de perguntas, podendo-se estender durante o per´ıodo da psicoterapia. No fim, a amostra dos dados adquiridos ser´ a superior ` a do question´ ario espontˆ aneo. Como consequˆ encia os dados ser˜ ao tendencialmente mais verdadeiros e rigorosos.

O objectivo do projecto rege-se pelo desenvolvimento deste sistema e dos diversos m´ odulos que o comp˜ oem, e pelo estudo da aceita¸c˜ ao do mesmo pelos pacientes na rotina psicoterapˆ eutica [19].

2.3.1 M´ odulos

O projecto ´ e caracterizando por um conjunto de funcionalidades e m´ odulos te- rapˆ euticos:

O m´ odulo psicoeducativo ´ e composto por informa¸c˜ oes gerais e educativas sobre o tra-

tamento da depress˜ ao, em conjunto com exerc´ıcios de an´ alises objectivistas, e com-

plementos que ajudar˜ ao o paciente a compreender e a educar-se sobre a extens˜ ao de

um transtorno. Mediante a severidade dos sintomas e outros crit´ erios de avalia¸c˜ ao, o

(37)

Cap´ıtulo 2. Estado da Arte 15

m´ odulo poder´ a aconselhar o paciente sobre o tipo de tratamento que este deve seguir e que outros m´ odulos poder˜ ao ser os mais apropriados para o tratamento psicopatol´ ogico [19].

O m´ odulo de regula¸c˜ ao comportamental pretende ajudar o paciente a determinar quais s˜ ao as actividades que mais lhe d˜ ao prazer, de forma a desvi´ a-lo das actividades que tˆ em um impacto mais negativo no humor. Tem como base de funcionamento a utiliza¸c˜ ao de um calend´ ario para a defini¸c˜ ao de actividades, e a consequente avalia¸c˜ ao das mesmas.

Em suma, poder´ a funcionar como agenda de actividades, onde ´ e poss´ıvel criar um balan¸co de actividades, com feedback personalizado pelo paciente [19] [20].

O m´ odulo da terapia baseado em problemas funciona como um m´ odulo de introspec¸c˜ ao que ajuda o paciente a perceber os seus problemas, promovendo que este apenas invista energias nas quest˜ oes mais importantes.

As ferramentas de reestrutura¸c˜ ao cognitiva ajudam o paciente a analisar pensamentos negativos atrav´ es da raz˜ ao. Por vezes ´ e importante entender se um pensamento tem origem numa interpreta¸c˜ ao subjectiva, ou num facto concreto. Ao perceber esta dife- ren¸ca ´ e poss´ıvel compreender que eventos desencadeiam um conclus˜ ao de factos mais insatisfat´ orios, e consequentemente ao risco de depress˜ ao [20]. O m´ odulo ´ e susten- tado por uma base de dados de interven¸c˜ oes cl´ınicas justificadas e que mostraram ser eficientes no tratamento da depress˜ ao. ´ E apresentada ao utilizador uma listagem de pensamentos negativos que s˜ ao normalmente assumidos pelo paciente depressivo, para cada pensamento ´ e apresentado um registo dos factos e das melhores formas de como lidar com estes pensamentos [19].

O m´ odulo de exerc´ıcio visa promover a participa¸c˜ ao em actividades f´ısicas com a ideia de assegurar a participa¸c˜ ao em actividades saud´ aveis e de melhorar sintomas depressi- vos [21].

O m´ odulo de ades˜ ao terapˆ eutica tem como objectivo, aumentar a ades˜ ao farmacˆ eutica e promover a procura terapˆ eutica para a gest˜ ao da depress˜ ao. Pretende igualmente funcionar como um compˆ endio de gest˜ ao da medica¸c˜ ao do paciente, que permite per- sonalizar e adequar os f´ armacos atribu´ıdos.

2.3.2 Aplica¸c˜ ao m´ ovel

O software ´ e disponibilizado em duas vers˜ oes: Uma vers˜ ao que o paciente pode con-

sultar atrav´ es de uma interface web e que possui todas as funcionalidades completas, e

(38)

outra vers˜ ao mais abreviada disponibilizada atrav´ es de uma aplica¸c˜ ao m´ ovel que possui todos os m´ odulos apresentados de forma mais simplificada [20].

A aplica¸c˜ ao m´ ovel tem duas fun¸c˜ oes cruciais: a consulta dos m´ odulos anteriormente referidos e a monitoriza¸c˜ ao do progresso do paciente na terapia. O bem-estar do paci- ente ´ e um elemento avaliado diariamente atrav´ es da observa¸c˜ ao do seu humor em cinco alturas diferentes do dia. ´ E tamb´ em feita uma avalia¸c˜ ao uma vez por dia da qualidade do sono e da ang´ ustia/depress˜ ao. Este tipo de an´ alise pode ser muito importante para determinar a evolu¸c˜ ao patol´ ogica do paciente de forma consistente, permitindo ao te- rapeuta um controlo dos m´ etodos de tratamento e dos meios de apoio que devem ser disponibilizados [19].

Em adi¸c˜ ao a esta an´ alise, ´ e tamb´ em feito um registo da actividade f´ısica na aplica¸c˜ ao como uma forma integral do m´ odulo de exerc´ıcio, que determina a ades˜ ao ao regime terapˆ eutico e ´ e uma forma de garantir a participa¸c˜ ao nas actividades f´ısicas [19]. Para tal esta an´ alise explora os sensores f´ısicos dispon´ıveis nos dispositivos m´ oveis.

2.4 iFightDepression

O “iFightDepression” ´ e um projecto sustentado pela Alian¸ca Europeia Contra a De- press˜ ao (EAAD), com o objectivo de auxiliar a gest˜ ao da depress˜ ao em indiv´ıduos com sintomas leves ou moderados. ´ E uma plataforma que fornece um tratamento baseado na internet, cujo acesso ` a mesma ´ e atribu´ıdo por profissionais de sa´ ude. Funciona por isso, n˜ ao s´ o como uma ferramenta psicoterapˆ eutica, mas tamb´ em como uma plata- forma intermedi´ aria de contacto entre o terapeuta e o seu paciente. A aplica¸c˜ ao vem munida de um conjunto de m´ odulos com finalidades distintas e orientadas a diferentes demografias. Por essa raz˜ ao a plataforma apresenta uma sec¸c˜ ao dedicada a indiv´ıduos jovens (dos 15 aos 24 anos), e uma dedicada a adultos. Apesar disto, muitos destes m´ odulos tˆ em objectivos comuns e comp˜ oem um n´ ucleo funcional. Na listagem a seguir s˜ ao relatados os principais [22][23]:

• M´ odulo de gest˜ ao de pensamentos, sentimentos e ac¸c˜ oes;

• Planeamento e realiza¸c˜ ao de tarefas;

• Identifica¸c˜ ao e resolu¸c˜ ao de pensamentos negativos atrav´ es de uma avalia¸c˜ ao ite- rada da disposi¸c˜ ao e humor do paciente;

• Regula¸c˜ ao dos ciclos de sono.

(39)

Cap´ıtulo 2. Estado da Arte 17

Destaca-se este ´ ultimo ponto por ser diferente das ´ ultimas aplica¸c˜ oes j´ a referidas. Este m´ odulo tem como filosofia um estudo da rela¸c˜ ao entre tempo de sono do paciente (quantas horas dorme diariamente), e a sua disposi¸c˜ ao/humor. Atrav´ es desta an´ alise, a aplica¸c˜ ao pode prever o hor´ ario mais favor´ avel em que o paciente deve repousar [22].

2.5 Discuss˜ ao Final

Neste cap´ıtulo foram exploradas m´ ultiplas aplica¸c˜ oes, todas elas com o objectivo co- mum de melhorar os resultados psicoterapˆ euticos do paciente. Pela an´ alise das mes- mas ´ e poss´ıvel observar que a depress˜ ao ´ e sem d´ uvida a ´ area mais abordada. A psicoeduca¸c˜ ao tem uma importˆ ancia que se manifesta de forma geral atrav´ es de to- das as aplica¸c˜ oes. A avalia¸c˜ ao peri´ odica do humor ´ e tamb´ em uma vari´ avel comum ` as aplica¸c˜ oes e que representa um factor importante na avalia¸c˜ ao do progresso terapˆ eutico do paciente. Por fim, apenas algumas aplica¸c˜ oes atendem ` a necessidade de estabelecer um contacto entre o paciente e o profissional de sa´ ude. Na tabela 2.1 ´ e apresentada uma rela¸c˜ ao comparativa entre as v´ arias aplica¸c˜ oes estudadas e algumas caracter´ısticas comuns ao iCOPE, como ir´ a ser discutido no cap´ıtulo 3:

Tab. 2.1: Rela¸c˜ ao comparativa entre a funcionalidades das diversas aplica¸ c˜ oes estudadas

Mo o dto ols Cognitiv e Diary ICT4Depression iFigh tDepression Especialidade Depress˜ ao Di´ ario Cognitivo Depress˜ ao Depress˜ ao

Intera¸ c˜ ao com Terapeuta 7 7 3 3

Psicoeduca¸ c˜ ao 3 3 3 3

Di´ ario 3 3 3 3

Planos de Preven¸ c˜ ao 3 7 3 –

Relaxamento 3 7 7 –

Resolu¸ c˜ ao de problemas 3 7 3 3

Defini¸ c˜ ao de Objectivos 7 7 3 3

Aplica¸ c˜ ao M´ ovel 3 3 3 7

Disponibilidade Gratuita Gratuita Propriet´ aria Propriet´ aria

Legenda:

” 3 ”→ Presente na aplica¸ c˜ ao; ” 7 ”→ N˜ ao existente; ”–”→ Sem informa¸ c˜ ao documentada.

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Cap´ıtulo 3

An´ alise

Neste cap´ıtulo ser´ a feita uma an´ alise profunda ao problema, de forma a explicitar os requisitos pretendidos. Ser˜ ao, por isso, discutidos os v´ arios m´ odulos que comp˜ oem a aplica¸ c˜ ao e as suas funcionalidades principais. Relembra-se que embora nesta disserta¸ c˜ ao seja apenas abordado o desenvolvimento da aplica¸ c˜ ao m´ ovel, o projecto iCOPE ´ e dividido em v´ arias interfaces, como discutido na sec¸c˜ ao 1.1. Na figura 3.1 ´ e apresentado um aglomerado das funcionalidades que cada interface inclui. A desenvolvimento deste sistema ´ e creditado na sec¸ c˜ ao 1.5

Fig. 3.1: Diagrama de interfaces que comp˜ oem o projecto iCOPE

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Cap´ıtulo 3. An´ alise 19

3.1 M´ odulos desenvolvidos

De seguida ser˜ ao abordados os diferentes m´ odulos desenvolvidos para a aplica¸ c˜ ao m´ ovel. Ser´ a feita uma an´ alise t´ ecnica simultaneamente com uma te´ orica, que culmina no desenvolvimento dos mesmos.

3.1.1 Di´ ario

O di´ ario (ou dialy log) corresponde ao m´ odulo no qual o paciente poder´ a descrever ex- periˆ encias ou acontecimentos relativos a um evento psic´ otico que provocou a audi¸ c˜ ao de vozes. Pode ser visto como um registo do humor do paciente ao longo do tempo de acordo com as experiˆ encias pelas quais este passou.

Este m´ odulo tem um papel importante quer para o paciente, quer para o terapeuta. Permite que este primeiro exponha ou partilhe uma experiˆ encia psic´ otica, podendo funcionar como um mecanismo de al´ıvio psicol´ ogico ou al´ıvio de um fardo. Ao consultar entradas passadas, o paciente pode perceber como lidou com um epis´ odio psic´ otico passado, e avaliar que ac¸ c˜ ao tomar no caso de recorrˆ encia. Para o terapeuta funciona como um mecanismo de estudo terapˆ eutico, que poder´ a permitir a conclus˜ ao de v´ arios factos. Por exemplo, compreender que eventos desencadeiam mais instabilidade, ou em que instˆ ancias ´ e que as vozes se tornam mais frequentes.

As perguntas feitas neste m´ odulo s˜ ao predeterminadas e centram-se na compreens˜ ao da in- fluˆ encia das vozes escutadas pelo paciente, e o que este fez para lidar com eles. ´ E importante que este responda rigorosamente, para que se perceba que tipo de influˆ encia ´ e que estas tˆ em sobre o mesmo. Alguns campos oferecem alguma liberdade de resposta, principalmente aqueles que envolvem escolhas m´ ultiplas e que possam n˜ ao incluir a op¸ c˜ ao do paciente. Este tipo de campos envolve sempre algum tipo de risco, porque a d´ adiva de liberdade ao paci- ente, implica responsabilidade por parte do mesmo. Em pacientes mais sens´ıveis o risco pode tornar-se consideravelmente mais agravado.

3.1.2 Progresso e defini¸ c˜ ao de objectivos

Um paciente pode definir um conjunto de objectivos que deseja cumprir. Este m´ odulo funci- ona como um elemento de motiva¸c˜ ao pessoal, que o paciente pode seguir para completar uma tarefa ou objectivo pessoal. Ao completar objectivos o paciente pode mostrar progress˜ ao no tratamento.

O objectivo pode ser recorrente, isto ´ e, pode ser concretizado m´ ultiplas vezes. Imaginemos

o caso de um telefonema que o paciente deseja efectuar diariamente ao seu terapeuta. Para

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este efeito ´ e fornecida a possibilidade ao utilizador de descrever esta recorrˆ encia de forma livre.

Nem sempre um objectivo ´ e executado de forma solit´ aria, na medida em que um paciente pode ser apoiado por algu´ em. Por exemplo, pode ser apoiado pelo terapeuta, por um acom- panhante, ou por algu´ em pr´ oximo. Para indicar esta colabora¸ c˜ ao ´ e fornecido um campo para descrever este tipo de apoio. ´ E marcado como opcional, pois o paciente pode querer desempenhar um objectivo por si mesmo. Neste caso, este poder´ a deixar o campo vazio.

Qualquer objectivo criado ser´ a vis´ıvel ao terapeuta associado ao paciente.

3.1.3 Resolu¸ c˜ ao de Problemas

O m´ odulo de resolu¸ c˜ ao de problemas tem como objectivo fornecer uma ferramenta de intros- pec¸ c˜ ao e de autogest˜ ao: um espa¸ co em que o utilizador pode avaliar uma situa¸ c˜ ao stressante ou um problema, e propor solu¸ c˜ oes para resolver alguma quest˜ ao. Este processo ajuda o pa- ciente a reavaliar os seus pensamentos, a explorar os problemas que impedem a conclus˜ ao dos seus objectivos, e a aplicar de forma concreta as solu¸ c˜ oes propostas para os seus problemas.

Neste m´ odulo o paciente introduz um problema e descreve-o de acordo com a sua inter- preta¸c˜ ao. Como uma forma de promover a auto-observa¸c˜ ao, s˜ ao de seguida pedidas duas solu¸c˜ oes para o problema que acabou de ser descrito. Estas solu¸ c˜ oes incentivam o livre- arb´ıtrio, na medida em que o paciente ´ e livre de redigir qualquer tipo de solu¸ c˜ oes. No pr´ oximo passo, no entanto, o paciente deve fazer a auto-avalia¸ c˜ ao das solu¸ c˜ oes dadas. Este processo consiste na escolha da solu¸ c˜ ao mais apropriada, em conjunto com a aprecia¸ c˜ ao da sua execu¸c˜ ao.

Ao proceder ` a cria¸ c˜ ao de um problema, este ser´ a registado na base de dados para consulta futura, podendo servir como referˆ encia para o paciente para problemas semelhantes. Igual- mente, o terapeuta associado ao paciente ter´ a acesso aos problemas criados.

3.1.4 Relaxamento/Chillout Tool

Este m´ odulo oferece ao paciente um ambiente de relaxamento, em que este tem acesso a

ficheiros multim´ edia para visualizar ou escutar. Os meios n˜ ao-verbais, tais como a m´ usica,

arte e tecnologia ou multim´ edia podem ter efeitos psicoterapˆ euticos [6]. Por essa raz˜ ao este

modulo incorpora essas caracter´ısticas, com um objectivo de fornecer uma ferramenta de n˜ ao

s´ o de relaxamento, mas tamb´ em um meio de transmiss˜ ao de ideias terapˆ euticas atrav´ es de

um processo de liga¸ c˜ ao entre a realidade e o paciente [24]. Alguns exemplos de multim´ edia

incluem medita¸ c˜ oes guiadas e instru¸ c˜ oes de relaxamento por ´ audio.

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Cap´ıtulo 3. An´ alise 21

Os conte´ udos multim´ edia podem ser disponibilizados dinamicamente. Isto ´ e, s˜ ao alojados no servidor em conjunto com uma referˆ encia na base de dados ` a sua localiza¸ c˜ ao f´ısica, o que permite que os ficheiros possam ser encontrados pela aplica¸ c˜ ao conforme a presen¸ ca dessa referˆ encia na base de dados. Assim, a aplica¸ c˜ ao ´ e capaz de actualizar a listagem de itens dispon´ıveis, conforme os conte´ udos sejam inseridos ou removidos por um administrador do servidor.

3.2 Actores

Por norma, durante as descri¸ c˜ oes nesta disserta¸ c˜ ao, o actor principal, a menos que seja referido o contr´ ario, ser´ a sempre o paciente/utente. Por vezes tamb´ em ser´ a descrito como

“utilizador” como uma forma de generalizar a utiliza¸ c˜ ao. A aplica¸ c˜ ao desenvolvida tem por objectivo fornecer uma aplica¸ c˜ ao ao paciente, pelo que este ´ e o p´ ublico-alvo e o consumidor final.

Embora n˜ ao presente de forma directa na aplica¸ c˜ ao m´ ovel, torna-se necess´ ario referenciar um actor adicional, o terapeuta do paciente. A partir da plataforma do terapeuta (descrita na sec¸c˜ ao 1.1), este ter´ a acesso a algumas funcionalidades comuns do paciente, como ir´ a ser visto nos casos de uso.

3.3 Casos de Uso

A edifica¸c˜ ao dos casos de uso serviu como uma ferramenta importante para apresentar numa

forma pict´ orica e compreens´ıvel, as funcionalidades b´ asicas a serem implementadas no pro-

jecto. Nesta sec¸c˜ ao ser˜ ao apresentados os diagramas de casos de uso que foram desenhados

para o efeito de levantamento e sincronismo de requisitos. Nota-se que embora o terapeuta

n˜ ao seja um dos actores alvo na aplica¸ c˜ ao m´ ovel, ´ e apresentado como um forma de contex-

tualiza¸c˜ ao e conveniˆ encia. Cada caso ser´ a complementado com uma descri¸ c˜ ao mais sucinta

na sec¸ c˜ ao seguinte, User Stories (3.4). Nas imagens seguintes ser˜ ao apresentados de forma

respectiva, os casos de uso para o Di´ ario do utilizador (Figura 3.2), Progresso e Defini¸ c˜ ao de

Objectivo (Figura 3.3), Resolu¸ c˜ ao de Problemas (Figura 3.4) e o modulo de Relaxamento/-

Chillout Tools (Figura 3.5).

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Fig. 3.2: Modelo de casos de uso para o sub-sistema do Di´ ario do utilizador

Fig. 3.3: Casos de Uso para o sub-sistema do Progresso e Defini¸ c˜ ao de Objectivos

Fig. 3.4: Casos de Uso para o sub-sistema de Resolu¸ c˜ ao de Problemas

(45)

Cap´ıtulo 3. An´ alise 23

Fig. 3.5: Casos de Uso para o sub-sistema do modulo de Relaxamento/Chillout Tools

3.4 User Stories

Nesta sec¸ c˜ ao ser´ a descrita a especifica¸ c˜ ao de requisitos funcionais para os m´ odulos desen- volvidos. O processo de escrita de User Stories (literalmente, hist´ orias do utilizador) tem como objectivo documentar as funcionalidades que o sistema dever´ a fornecer, numa pers- petiva do utilizador final. Fornece uma lista sistem´ atica dessas funcionalidades, para que durante a implementa¸ c˜ ao seja mais f´ acil de gerir os recursos a implementar. Estas descri¸c˜ oes s˜ ao normalmente dadas na primeira pessoa, em que o leitor poder´ a assumir o papel deste actor. Ser˜ ao apresentadas as metodologias baseadas no processo de User Stories, bem como poss´ıveis implementa¸ c˜ oes. Ser´ a tido em conta o actor principal, o paciente.

3.4.1 Autentica¸c˜ ao

3.4.1.1 US0101: Iniciar sess˜ ao na aplica¸ c˜ ao

Como um paciente registado, quero autenticar-me, para aceder ` as funcionalidades da minha conta de utilizador.

• Sucesso:

1. Confirmada a validade das credenciais enviadas e iniciada a sess˜ ao;

2. A aplica¸ c˜ ao apresenta a p´ agina inicial da aplica¸c˜ ao;

3. Acesso ` as funcionalidades da aplica¸ c˜ ao.

• Insucesso:

1. Invalidade das credenciais apresentadas;

2. Erro de comunica¸ c˜ ao com o servidor;

3. Apresenta¸ c˜ ao de uma mensagem descritiva do sucedido.

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3.4.2 Di´ ario

3.4.2.1 US0201: Criar nova entrada

Como paciente, quero escrever uma nova entrada no meu di´ ario, para me ajudar a lidar ou a relatar problemas de foro psic´ otico.

• Sucesso:

1. Confirmada a validade da sess˜ ao, e a validade do formul´ ario escrito;

2. Inser¸ c˜ ao de uma nova entrada no di´ ario;

3. Apresenta¸ c˜ ao de uma mensagem de sucesso.

• Insucesso:

1. Formul´ ario preenchido de forma inv´ alida;

2. Erro de comunica¸ c˜ ao com o servidor;

3. Apresenta¸ c˜ ao de uma mensagem descritiva do sucedido.

3.4.2.2 US0202: Listar entradas

Como paciente, quero ver entradas que redigi no di´ ario, para analisar registos passados para me inteirar de eventos passados.

• Sucesso:

1. Confirmada a validade da sess˜ ao, e a validade do formul´ ario escrito;

2. Devolvida a listagem de entradas no di´ ario.

• Insucesso:

1. Erro de comunica¸ c˜ ao com o servidor;

2. Apresenta¸ c˜ ao de uma mensagem descritiva do sucedido.

3.4.2.3 US0203: Ver uma entrada espec´ıfica

Como paciente, quero ver uma entrada espec´ıfica do di´ ario e todo o seu conte´ udo, para rever o que redigi em todos os campos.

• Sucesso:

1. Confirmada a validade da sess˜ ao;

2. Devolvida uma entrada espec´ıfica do di´ ario, em conjunto com todo o texto redigido pelo paciente.

• Insucesso:

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Cap´ıtulo 3. An´ alise 25

1. Tentativa de acesso a uma entrada que n˜ ao pertence ao utilizador ou que n˜ ao existe;

2. Erro de comunica¸ c˜ ao com o servidor;

3. Apresenta¸ c˜ ao de uma mensagem descritiva do sucedido.

3.4.3 Progresso e Defini¸ c˜ ao de Objectivos

3.4.3.1 US0301: Criar novo objectivo

Como paciente, quero definir um novo objectivo, para me ajudar a alcan¸ car objectivos pessoais ou a completar determinadas tarefas.

• Sucesso:

1. Confirmada a validade da sess˜ ao, e a validade do formul´ ario escrito;

2. Inser¸c˜ ao de um novo objectivo;

3. Apresenta¸ c˜ ao de uma mensagem de sucesso.

• Insucesso:

1. Formul´ ario preenchido de forma inv´ alida;

2. Erro de comunica¸ c˜ ao com o servidor;

3. Apresenta¸ c˜ ao de uma mensagem descritiva do sucedido.

3.4.3.2 US0302: Definir objectivo como alcan¸ cado

Como paciente, quero definir um novo objectivo como alcan¸cado, para que me possa guiar pelos pontos que j´ a que cumpri, e para demonstrar ao meu terapeuta o meu progresso.

• Sucesso:

1. O objectivo ´ e marcado visualmente como completo.

• Insucesso:

1. Tentativa de acesso a um objectivo que n˜ ao pertence ao utilizador ou que n˜ ao existe;

2. Erro de comunica¸ c˜ ao com o servidor;

3. Apresenta¸ c˜ ao de uma mensagem descritiva do sucedido.

Referências

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