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Estudo de Caso: Sugestão de Mapa de Riscos para uma Empresa Moveleira do Interior da Paraíba

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Estudo de Caso: Sugestão de Mapa de Riscos para uma Empresa Moveleira do Interior da Paraíba

Luan Emerson Soares de Lima(UFPE) luanemerson8@gmail.com

Sóstenes Luiz Soares Lins (UFPE) sostenes.lins@gmail.com

O Mapa de Riscos é um conjunto de registros gráficos que busca representar os riscos presentes no ambiente de trabalho. Ele objetiva informar e conscientizar sobre os riscos presentes no espaço laboral. O presente trabalho propõe um Mapa de Riscos para uma empresa moveleira de pequeno porte localizada no interior da Paraíba. Após a definição da probabilidade de ocorrência e da gravidade estabelece-se a intensidade dos riscos classificando-os como elevados, médios e leves. Posteriormente, medidas para eliminação ou minimização dos danos causados pelos agentes de risco são propostas.

Palavras-chave: Mapa de Riscos, Saúde, Segurança, Movelaria.

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1 1. Introdução

Desde a Antiguidade Clássica a atividade laboral já era considerada um fator gerador e modificador das condições econômicas, sociais e biológicas humanas. Textos atribuídos a Hipócrates já consideravam o ambiente, a sazonalidade e o tipo de trabalho como fatores relacionados ao surgimento ou agravamento de doenças (BAIBICH; HERNÁEZ, 2014).

Segundo Teixeira (2012) com a Primeira Revolução Industrial no século XVIII incorporou-se a energia a vapor aos processos produtivos na Europa e a atividade produtiva deixou de ser majoritariamente manual e artesanal. Tal evento intensificou a exploração da força de trabalho, dessa forma, aumentou-se o número de doentes, mutilados e mortos no ambiente de trabalho.

De acordo com Ribeiro (1999) em meados do século XIX o desenvolvimento sofrido pelas indústrias mineradora, metalúrgica e têxtil elevou o número de acidentes e doenças do trabalho extraordinariamente, forçando governos a implantarem sistemas de reparação financeira às vítimas. A primeira lei instituída com esse caráter foi promulgada em 1884 pelo governo do então Estado da Prússia. Esse País estruturou um sistema de compensação às vítimas de acidentes do trabalho, sob administração do Estado, tendo seus recursos advindos da taxação das empresas. Nas décadas seguintes, leis similares foram adotadas na Áustria, Noruega, Inglaterra, França, Dinamarca, Itália e Espanha.

Ao longo do tempo os Estados e governos assimilaram que condições exaustivas e hostis de trabalho tanto comprometiam a saúde dos trabalhadores diretamente, como causavam a perda de mão-de-obra e indiretamente exerciam uma pressão social negativa. Dessa forma, para garantir a saúde dos trabalhadores foram estabelecidas leis, normas e procedimentos nacionais e internacionais que preservassem o bem-estar dos empregados.

De acordo com Machado (2016), no Brasil a Saúde e Segurança do Trabalho (SST), bem como a Higiene Ocupacional (HO) são fixadas por normas e leis, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e as Normas Regulamentadoras (NRs), além de leis complementares como portarias, decretos e convenções internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O Bureau Internacional do Trabalho (2009) enfatiza que qualquer condição de trabalho deficiente pode comprometer a saúde e a segurança de um trabalhador.

Dentre as normas brasileiras criadas para prevenir e amenizar riscos ligados a atividades laborais destaca-se a Norma Regulamentadora número 5, responsável por estabelecer a

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2 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Essa norma regulamenta que a elaboração do Mapa de Riscos é dever da CIPA (BRASIL, 1978).

O Mapa de Riscos caracteriza-se por ser um conjunto de representações gráficas que destacam os riscos existentes no ambiente de trabalho e possui como objetivos informar e conscientizar.

Conforme Santos (2008) a confecção do Mapa de Riscos é realizado pela CIPA após ouvir os trabalhadores de todos os setores produtivos, sob a orientação do Serviço Especializado em Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) da empresa, quando existir.

No entanto, a tarefa de elaborar o Mapa de Risco também pode ser atribuida a Engenharia de Produção,(FLEURY, 2008). Dessa forma o presente trabalho pretende propor uma Mapa de Risco para uma empresa moveleira de pequeno porto localizada no interior da Paraíba.

2. Referencial Teórico

2.1. Saúde e Segurança do Trabalho e Higiene Ocupacional

Segurança e higiene são aspectos intimamente ligadas a garantia de condições de trabalho capazes de assegurar determinado nível de saúde aos colaboradores ou trabalhadores em uma organização (ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL, 2004).

Conforme Sclair (2007), o termo saúde é estabelecido, internacionalmente, como o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e isso não significa apenas a ausência de enfermidade.

Conforme Santos (2011) a Constituição Federal Brasileira de 1988, mediante o artigo 196 estabelece a saúde como um direito de todos e dever do Estado, garantido

mediante políticas sociais e econômicas que visam à redução do risco de doença e de outros agravos e implementado por meio do acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação.

2.2. Classificação dos Riscos

O risco pode ser definido como a combinação da probabilidade de um acontecimento e das suas consequências. O simples fato de existir atividade, abre a possibilidade de ocorrência de eventos ou situações cujas consequências constituem oportunidades para obter vantagens (lado positivo) ou então ameaças ao sucesso (lado negativo) (FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES EUROPEIAS DE GESTÃO DE RISCOS, 2002).

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3 Entende-se por risco ocupacional como sendo a combinação entre o tempo de exposição aos fatores de risco e a gravidade dos efeitos da exposição ao agente para a saúde. A exposição corresponde ao contato entre o agente e o receptor. Se não há esta interação, não existe a possibilidade de ocorrer o dano. A exposição leva em consideração a intensidade ou a concentração do agente no ambiente, a freqüência e tempo que o trabalhador está em contato com o agente (FUNDACENTRO, 2001).

Segundo Fundacentro (2001) os riscos podem ser divididos em duas categorias, ver Quadro 1, os riscos ambientais, que concernem na probabilidade de ocorrência de uma situação adversa ao ambiente ou seres que habitam nele e os riscos ocupacionais que provêm da possibilidade de uma pessoa sofrer determinado dano a sua saúde em virtude das condições de trabalho.

Quadro 1 - Categorias dos riscos laborais Classificação dos Riscos Riscos Ambientais

Físicos Químicos Biológicos Riscos Ocupacionais Ergonômicos

De Acidentes Fonte: Fundacentro (2001)

Os riscos do Grupo 1, são os riscos físicos e recebem a cor verde na classificação, envolvem todas as formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído, vibrações, radiações não ionizantes, frio, pressões anormais, etc (BRASIL, 1994).

No Grupo 2 classificam-se como riscos químicos, sob a cor vermelha, as poeiras, fumos, névoas, neblinas, vapores e substâncias, compostos ou produtos químicos em geral (BRASIL, 1994).

Os riscos biológicos compõem o Grupo 3, de cor marrom, que inclui vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos (BRASIL, 1994).

A cor amarela representa os riscos ergonômicos do Grupo 4, incluindo esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmo excessivo, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade e demais situações causadoras de stress físico e/ou psíquico (BRASIL, 1994).

Situações que envolvem riscos de acidentes, arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, presença de

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4 animais peçonhentos ou outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes caracterizam-se como riscos de acidente ou mecânicos e compõe o Grupo 5, representado pela cor azul (BRASIL, 1994).

2.3. Mapa de Risco

Santos (2008) define mapa de risco como o conjunto de representações gráficas fruto do reconhecimento dos riscos existentes no local de trabalho, a saber, os riscos identificados na empresa são por meio dessa ferramenta representados graficamente sobre o arranjo físico da organização. Cabe a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, sob orientação do Serviço Especializado em Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho da empresa, quando existir, a elaboração do mapa de risco do ambiente laboral.

A Engenharia de Produção, por sua vez, apresenta entre suas diversas competências a capacidade de elaborar o mapa de risco, visto que o profissional da área atua no sentido de projetar, aperfeiçoar e implantar sistemas de produção (combinando pessoas, materiais, informações, equipamentos e energia) para a manufatura sustentável de bens e serviços (SANTOS, 2008).

Após o estudo dos tipos de riscos presentes na organização, deve-se segmentar a empresa em áreas conforme as diferentes fases da produção. Em seguida as áreas devem ser mapeadas, observando-se as situações de risco as quais os trabalhadores estão expostos, e destacando o grau e o tipo de risco presente na organização. Geralmente os riscos são classificados quanto ao grau em: grande/elevado, médio e pequeno/leve, conforme Figura 1. A eles também são atribuídos cores para sua diferenciação, dessa forma a Figura 2 exemplifica um mapa de risco, onde se podem ver todas as características citadas.

Figura 1 - Classificação do grau de risco

Fonte: Adaptado de Santos (2008)

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Figura 2 - Exemplo de mapa de riscos

Fonte: GBC Engenharia (2015)

3. Metodologia

A metodologia do trabalho contempla os seguintes passos:

a) Classificação da pesquisa e revisão de literatura:

Nessa etapa ocorrerá a classificação da pesquisa e a revisão da literatura necessária para embasar o trabalho;

b) Visita e identificação do local fruto do estudo:

Nessa etapa ocorrerá a visita in loco a empresa, a identificação do local, o reconhecimento dos processos produtivos e equipamentos e demais aspectos que corroboram para a manufatura dos produtos;

c) Levantamento dos riscos

Nessa etapa os agentes de riscos presentes no empreendimento serão identificados qualitativamente. Para a mensuração dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes no ambiente será utilizada a metodologia proposta por Kroessin et al. 2019, onde a intensidade dos riscos é determinada pela relação entre a probabilidade de que ocorram e a gravidade associada. Na identificação dos riscos serão definidas as probabilidades (P) de ocorrência (Tabela 1) e a gravidade (G) (Tabela 2).

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Tabela 1 - Escala de probabilidade (P) de ocorrência dos riscos

Escala Probabilidade Descrição

1 Remota(0-25%) Na normalidade, não é provável que ocorra 2 Ocasional (26-50%) Já ocorreu, mas espera-se que não se repita 3 Provável(51-75%) As chances são propícias para que ocorra 4 Frequente (76-100%) Provavelmente ocorrerá pelo menos uma vez

Fonte: Kroessin et al. (2019)

Tabela 2 - Escala de gravidade (G) de ocorrência dos riscos

Escala Gravidade Descrição

1 Nenhuma Sem ferimentos

2 Insignificante Lesões leves: primeiros socorros no local

3 Marginal Lesões que requerem remoção, porém não são

incapacitantes

4 Crítica Lesões que requerem remoção e são

incapacitantes

5 Catastrófica Lesões que podem resultar em morte

Fonte: Kroessin et al. (2019)

Após a definição da probabilidade e da gravidade serão definidas as intensidades dos riscos, a saber: Elevada, Média e Leve. A intensidade é obtida pela multiplicação da escala de probabilidade pela escala de gravidade (P x G), que resulta em intervalos: a intensidade entre os valores de 1 e 7 será definida para riscos leves/pequenos, entre 8 e 12 para riscos médios e entre 13 e 20 para riscos elevados/grandes.

d) Confecção do Mapa de Riscos.

Nessa etapa as intensidades dos riscos serão identificadas por meio de círculos e cores sobre a planta baixa da empresa.

4. Resultados

4.1. Classificação da pesquisa

O presente trabalho pode ser classificado conforme a abordagem, objetivo, procedimento técnico e natureza da seguinte forma, ver Quadro 2:

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Quadro 2 – Classificação da pesquisa Caracterização da Pesquisa

Abordagem Qualitativa

Objetivo Exploratório

Procedimento Técnico

Pesquisa Bibliográfica Estudo de Caso Pesquisa de Campo

Natureza Aplicada

Fonte: Própria autoria (2020)

Quanto à Abordagem a pesquisa pode ser descrita como:

Pesquisa Qualitativa devido à consideração da relação dinâmica entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa (CLEBER; ERNANI, 2013).

Quanto ao Objetivo o trabalho pode ser discriminado como exploratório por proporcionar maior familiaridade com o problema, uma vez que busca torná-lo explícito, abrangendo para tanto: levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, geralmente, a s formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso (SILVA; MENEZES, 2005).

Quanto ao Procedimento Técnico a pesquisa pode ser qualificada como:

Pesquisa Bibliográfica por fazer referência a fontes que abrangem a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão (MARCONI;

LAKATOS, 2003).

Estudo de Caso, pois envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento, tal conhecimento pode por sua vez, ser aplicado na solução de problemas (CLEBER; ERNANI, 2013).

Pesquisa de Campo é aquela que tem por objetivo conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta. Consiste na observação de fenômenos e fatos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que se presume relevantes, para analisá-los (MARCONI; LAKATOS, 2003).

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8 Quanto à Natureza a pesquisa pode ser classificada como aplicada, pois objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos, envolvendo verdades e interesses locais (SILVA; MENEZES, 2005).

4.2. Identificação do local de estudo

A empresa objeto de estudo é uma marcenaria localizada na cidade de Campina Grande, no Estado da Paraíba, que opera em duas plantas de produção independentes, sendo uma responsável pela manufatura de móveis projetados e a outra pela confecção de portas e esquadrias de madeira, todos os produtos são manufaturados mediante encomenda, ver Figura 3.

Figura 3 - Arranjo físico das plantas manufatureiras da empresa estudada

Fonte: Própria autoria (2020)

O empreendimento dispõe de 7 colaboradores que trabalham 40 horas semanais, executando as atividades de segunda a sexta-feira. As atividades laborais têm início às oito horas da manhã e encerram-se ao meio dia, finalizando o primeiro turno de trabalho. Duas horas de descanso marcam o início do segundo turno de trabalho que se estende das duas às seis da tarde, completando o expediente.

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9 A empresa possui 2 marceneiros no quadro de funcionários, os mesmos também são os proprietários da empresa. Cada marceneiro é responsável por uma das plantas de produção existente na empresa. Quando aos auxiliares, 3 colaboradores trabalham na planta que manufatura móveis planejados e 2 funcionários na linha de produção de portas e esquadrias.

A produção em cada planta é liderada pelo marceneiro responsável por ela. O marceneiro dita o regime e o modo de produção e acerta os detalhes ligados a manufatura dos produtos. Os auxiliares ajudam o marceneiro nos processos de produção, realizando atividades que dão suporte ao trabalho dele.

4.3. Processos internos e layout do processamento

Os processos identificados na empresa com o objetivo final de elaborar os produtos oferecidos pela organização são descritos pela sequência de atividades a seguir, cabe salientar que os processos são similares nas duas unidades produtivas:

a) Recepção da matéria-prima;

b) Identificação da ordem de pedido;

c) Manufatura;

d) Expedição.

Conforme Adair e Murray (1996) o diagrama de espaguete consiste na representação gráfica de determinado fluxo, o desenhando com a maior precisão possível sobre o arranjo físico da área de trabalho da empresa, mostrando movimentações e locais. As Figuras 4 e 5 ilustram o movimento de matéria-prima no processo de manufatura de móveis planejados e portas e esquadrias, bem as máquinas e espaços utilizados, respectivamente. Possibilitando dessa forma, maior entendimento sobre o funcionamento de cada unidade produtiva estudada:

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Figura 4 - Diagrama de espaguete da planta de móveis planejados

Fonte: Autoria Própria (2020)

Figura 5 - Diagrama de espaguete da planta de portas e esquadrias

Fonte: Autoria Própria (2020)

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11 4.4 Levantamento dos riscos e Mapas de Riscos

Os Quadros 3 e 4 abaixo exibem a classificação dos riscos e agentes presentes e observados no empreendimento, bem como a proporcionalidade e a gravidade associadas a eles. As Figuras 6 e 7 mostram os Mapas de Riscos confeccionados com as informações dos Quadros 3 e 4.

Quadro 3 - Classificação da intensidade dos riscos da planta de móveis planejados

Classe do Risco Agente P G P x G Intensidade

Físico Ruído e umidade 4 4 16 Elevada

Químico Pó de serra; Solventes orgânicos 4 4 16 Elevada

Biológico Secreções humanas 1 2 2 Leve

Ergonônimo

Esforço físico intenso, Levantamento e transporte manual de peso, Exigência de postura inadequada, Controle rígido de produtividade, Imposição de ritmos excessivos, Monotonia e repetitividade

4 4 16 Elevada

Acidentes

Arranjo físico inadequado, Máquinas e equipamentos sem proteção, Armazenamento inadequado, Iluminação inadequada

4 5 20 Elevada

Fonte: Autoria Própria (2020)

Figura 6 – Mapa de Riscos da planta de móveis planejados

Fonte: Autoria Própria (2020)

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Quadro 4 - Classificação da intensidade dos riscos da planta de portas e esquadrias

Classe do Risco Agente P G P x G Intensidade

Físico Ruído e umidade 4 4 16 Elevada

Químico Pó de serra; Solventes orgânicos 4 4 16 Elevada

Biológico --- - - - ----

Ergonônimo

Esforço físico intenso, Levantamento e transporte manual de peso, Exigência de postura inadequada, Controle rígido de produtividade, Imposição de ritmos excessivos, Monotonia e repetitividade

4 4 16 Elevada

Acidentes

Arranjo físico inadequado, Máquinas e equipamentos sem proteção, Armazenamento inadequado, Iluminação inadequada

4 5 20 Elevada

Fonte: Autoria Própria (2020)

Figura 6 - Mapa de risco da planta que manufatura portas e esquadrias

Fonte: Autoria Própria (2020)

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13 5. Conclusão

O presente trabalho oferece o Mapa de Riscos de uma marcenária do interior da Paraíba, visto que o estabelecimento estudado é de pequeno porte e não possui CIPA, nem os proprietários possuem conhecimento para a confecção do documento. Como medidas de mitigação de riscos para o empreendimento propõe-se as observações presentes no Quadro 5.

Quadro 5 – Medidas de Mitigação

Tipo de Risco Medidas de Mitigação

Físico

Fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e Coletiva (EPC’s) adequados; Reforma e pintura no ambiente de trabalho; Capacitação em relação ao uso, manutenção e conservação adequado dos equipamentos.

Químico

Fornecimento de EPI’s e EPC’s; Reforma e pintura no ambiente de trabalho;

Capacitação em relação ao uso, manutenção e conservação adequada dos Equipamentos e Construção de depósito para armazenagem adequada de produtos químicos.

Biológicos Reforma estruturante, implantação de rotina de limpeza e uso de EPI’s.

Ergonômicos

Organização das mesas de trabalho mediante a frequência de uso de ferramentas;

Rotatividade de Funções; Treinamento para levantamento de pesos; Ginástica laboral e ajuste das bancadas e máquinas conforme carasterísticas biométricas do trabalhador.

de Acidentes

Implantação de dispositivos de parada; Implantação de planos de manutenção preventiva; Implantação de iluminação adequada; Sinalização; Enclausuramento de partes das máquinas.

Fonte: Autoria Própria (2020)

O Mapa de Riscos desempenha um papel importante no apontamento dos riscos existentes nos empreendimentos e corrobora para a minimização ou mitigação de possíveis danos a saúde do trabalhador no ambiente de trabalho.

Como limitações para o trabalho têm-se que a avaliação dos agentes de riscos por meio da escala de Probabilidade e Gravidade foi realizada de forma qualitativa e subjetiva, dessa forma, a avaliação pode conter viéis. Logo o observador por meio da observação pode ter imputado algum erro na escolha das escalas atribuídas. Para trabalhos futuros propõe-se a aplicação de planos de ação para a implantação das melhorias propostas nesse trabalho de forma detalhada.

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14 REFERÊNCIAS

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BAIBICH, Maria Esther Souza; HERNÁEZ, Angel Martínez. Reflexões a cerca das contribuições da psicologia no campo da saúde mental e trabalho. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, Florianópolis, v.6, n.13, p.21- 46, 2014.

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