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Índice de Desenvolvimento Humano do Espírito Santo

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Índice de Desenvolvimento Humano do Espírito Santo

Eduardo Neto Érica Amorim Mauricio Blanco 1) Introdução

O desenvolvimento humano, como conceito, tem-se mostrado polêmico e, muitas vezes, provisório. Portanto, o conceito de desenvolvimento humano e a sua forma de operacionalização requer uma tarefa permanente de construção. No entanto, no presente relatório, adota-se o conceito amplamente divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) através do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Esse índice foi construído com base nos argumentos teóricos desenvolvidos por Amartya Sen, que entende por desenvolvimento humano aquele processo que permite uma expansão das diversas liberdades.

A ênfase na liberdade como elemento central no desenvolvimento humano supera visões restritivas que até este momento continuam em voga, tais como crescimento do Produto Interno Bruto, o grau de industrialização ou o avanço tecnológico. Falar da liberdade como fim do desenvolvimento possibilita a inclusão de outras dimensões dentro de um conceito mais amplo de desenvolvimento.

A visão restrita mais largamente difundida nos dias de hoje, é a visão de que o fim primordial do desenvolvimento humano é o aumento da renda das pessoas, independente da noção operativa de “renda”, ou seja, Produto Interno Bruto, renda familiar per capita, entre outros.

Na próxima subseção do presente sumário executivo realiza-se uma descrição metodológica do IDH.

1.1) Componentes do Desenvolvimento Humano e o IDH

O Índice de Desenvolvimento Humano tem como objetivo mensurar as condições de vida de

uma população a partir de três dimensões ou também denominados IDH temáticos: Educação

(IDH-Educação), Renda (IDH-Renda) e Saúde (IDH-Longevidade). No caso do IDH-

Educação, se incorporam dois indicadores: a taxa de alfabetização e a taxa bruta de freqüência

à escola. O IDH-Renda inclui apenas um indicador: a renda per capita. Finalmente, o IDH-

Longevidade inclui a esperança de vida ao nascer. A agregação destes índices temáticos

responde a critérios arbitrários no que diz respeito à definição do peso de cada uma destas

dimensões.

(2)

2 Conforme mencionado no parágrafo anterior, o IDH inclui três dimensões para o seu cálculo, são elas: Educação, Renda e Saúde. Nesta proposta se consideram a educação e a renda como instrumentos, enquanto que a Saúde se constitui em um fim. Empiricamente está demonstrado que o nível de educação dos indivíduos influenciam na renda dos mesmos.

De acordo com o Fluxograma 1, a relação entre as três dimensões consideradas pelo IDH, são expressas pelas setas de cor azul. Porque algumas dimensões são consideradas meios e outras são consideradas fins em relação ao IDH? As dimensões meio são aquelas em que os indivíduos utilizam para alcançar determinados fins em suas vidas. O conhecimento (1) é considerado o meio mais básico de todos os meios, é o nível de educação de um indivíduo que irá determinar a sua disponibilidade de seus recursos monetários (2).Os meios são os instrumentos para alcançar determinados fins. Através dos meios, o indivíduo poderá melhorar as suas condições de saúde (3).

1.2) Vantagens e Desvantagens do IDH

A simplificação expressa no fluxograma 1 deve-se a um fato de extrema relevância. O IDH foi elaborado para que fosse possível uma comparação com todos os países do mundo. Devido a este fato, ou seja, a compatibilização de diversos dados, de diversas fontes e em diversas localidades, este índice se tornaria inviável se fossem introduzidas outras dimensões pois, a compatibilização metodológica seria praticamente impossível.

Fluxograma 1: Inter- relação entre as dimensões do Índice de Desenvolvimento Humano - IDH

Conhecimento Recursos

Monetários Saúde e

Sobrevivência

1

3

2

(3)

A grande vantagem do IDH consiste na possibilidade de realizar comparações entre todos os países do planeta. Nesta virtude reside a grande popularidade do Relatório de Desenvolvimento Humano editado anualmente pelo PNUD.

A principal desvantagem reside na extrema simplificação e no recorte drástico do conceito de desenvolvimento humano como liberdade proposto por Amartya Sen.

Uma segunda desvantagem raramente citada consiste em que muitos índices que pretendem mensurar o desenvolvimento humano nos países com maior grau de desenvolvimento, hoje se concentram no âmbito familiar. Pesquisas tais como a qualidade de vida das mulheres no âmbito do trabalho doméstico e a qualidade de vida em relação à segurança das crianças no lar são temas que possuem um universo com uma base completamente diferente: A Família.

No Brasil, praticamente todos os indicadores e índices de desenvolvimento humano – ou de qualidade de vida – tomam como unidade de análise critérios geográficos e não a família. A descrição metodológica destas diferenças encontra-se amplamente discutida em Barros et al, 2003

1

. Os autores mostram, por exemplo, a diferença entre o IDH convencional e o IDH- Família proposto por eles, mostrando claramente que o IDH mensura o desenvolvimento humano de forma geográfica, mas não mensura o desenvolvimento da família. A única exceção – dentro do IDH – seria o indicador que mensura a renda familiar per capita, mas nada dizem em relação a serviços, bens produzidos e consumidos no âmbito familiar e que estariam dando uma noção fidedigna e acurada do desenvolvimento humano ao interior da família.

1.3) Objetivos e Metodologia

O objetivo central deste sumário executivo consiste em descrever e analisar a evolução do IDH durante a década de 90 para o Estado do Espírito Santo, desagregando a análise apenas a um nível: os IDHs temáticos. Para atingir este objetivo realizamos comparações sob cinco óticas utilizando três parâmetros.

Em primeiro lugar, no que diz respeito às comparações, adota-se a perspectiva de comparar o IDH do Estado do Espírito Santo com o IDH das Unidades da Federação.

Em segundo lugar, dada a relevância das regiões metropolitanas brasileiras

2

, se faz necessário à comparação destas com a Grande Vitória.

1

BARROS, Ricardo; Carvalho, Mirela e Franco, Samuel: O Índice de Desenvolvimento da Família. Texto para Discussão nº 986, IPEA, Out/2003.

2

A Regiões Metropolitanas sob análise são aquelas que possuem população superior a 700.000 Habitantes são

elas: Baixada Santista, Belém, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Grande São Luís, Maceió,

Natal, Núcleo Metropolitano da RM de Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo

(4)

4 Em terceiro lugar, comparam-se as 12 microrregiões (Metropolitana, Pólo Linhares, Metrópole expandida Sul, Central Serrana, Sudoeste Serrana, Litoral Norte, Extremo Norte, Pólo Colatina, Noroeste I, Noroeste II, Pólo Cachoeiro e Caparão) do Estado que, por sua vez, foram agrupadas em 4 mesorregiões (Metropolitana, Norte, Noroeste e Sul).

Em quarto lugar, comparam-se os municípios que integram a Região Metropolitana da Grande Vitória: Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória.

Finalmente, analisam-se os 77 municípios que compõem o Estado do Espírito Santo, particularmente, aqueles que se encontram na parte superior (10 melhores) e na parte inferior (10 piores) do ranking.

Em relação aos parâmetros utilizados procuramos, no primeiro caso, um parâmetro que estará indicando simplesmente o valor do IDH – que varia entre 0 e 1 – com o objetivo de determinar o grau de desenvolvimento atingido pelo Espírito Santo.

O segundo parâmetro consiste em encontrar uma forma de situar, por exemplo, o Espírito Santo em relação às outras Unidades da Federação, para que isso seja possível, elabora-se uma ordenação da classificação que nos permita uma comparação de caráter ordinal.

Finalmente, o terceiro parâmetro nos revela a velocidade da evolução do IDH, utilizando um indicador básico que a taxa de crescimento dos diversos IDHs.

Com base nestas considerações, os três parâmetros utilizados são: os próprios valores do IDH (para 1991 e 2000); a elaboração de uma classificação tomando como base os valores do IDH, e; finalmente, as taxas de crescimento dos IDHs.

Cabe ressaltar que uma análise isolada de um dos três parâmetros poderia induzir a erros de interpretação sobre a avaliação do desempenho do Estado. É por essa razão que é necessário levar em consideração os três parâmetros – valor dos índices, a ordenação e a velocidade da evolução dos índices – em conjunto.

As próximas páginas do presente sumário executivo são dedicadas as principais

conclusões extraídas da análise e da comparação do dados sobre o desenvolvimento

humano do Espírito Santo.

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2) Situando o Estado de Espírito Santo no contexto nacional

• O IDH do Espírito Santo passou de 0,690 em 1991 para 0,765 em 2000, passando da 12º posição para a 11º posição em relação aos 25 estados do Brasil e o Distrito Federal (Ver Tabelas 1 e 2);

• Em 2000, o Estado do Espírito Santo ocupa uma posição mediana em relação ao país, apresenta a pior colocação em relação aos estados localizados nas regiões sul, centro-oeste e sudeste e o melhor entre os estados das regiões norte e nordeste em relação ao IDH (Ver Tabela 2);

• A posição expressa em relação ao IDH também foi verificada em relação ao IDH-Educação com exceção dos Estados de Roraima e Amapá que superaram o Espírito Santo no período 1991-2000, passando da 9º para 12º posição. No que diz respeito à evolução do IDH-Educação, tem-se que o Estado passou de 0,763 (1991) para 0,855 (2000). O IDH-Educação é o único IDH temático do Estado considerado – segundo o PNUD – elevado (Ver Tabelas 1 e 2);

• Por outro lado, o IDH – Renda é o único componente que experimentou uma elevação no ranking nacional, passando da 11º posição para a 7º posição. Em termos absolutos, isto significou que o valor do IDH-Renda passou de 0,653 (1991) para 0,719 (2000) (Ver Tabelas 1 e 2);

• Finalmente, o IDH-Longevidade no que diz respeito a sua posição no período analisado, se manteve constante em comparação com as Unidades da Federação, permanecendo na 12º posição. Em 1991, o IDH-Longevidade verificado no Estado foi de 0,653 em 1991, passando para 0,721 em 2000 (Ver Tabelas 1 e 2);

• As taxas de crescimento encontradas no período de 1991 e 2000 para o Estado do Espírito Santo foram superiores ao Brasil em relação ao IDH e aos IDHs temáticos, com exceção do IDH-Educação. Os valores verificados são: 10,87%

(IDH), 12,06% (IDH-Educação), 10,11% (IDH-Renda) e 10,41% (IDH- Longevidade) (Ver Gráficos 1 – 4);

• O Estado do Espírito Santo apresentou uma taxa de crescimento em relação ao

IDH superior aos Estados do Amazonas, Roraima, Amapá, Rio de Janeiro, São

Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e

Distrito Federal (Ver Gráfico 1);

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6

• Ao analisar-se as taxas de crescimento do IDH-Educação, tem-se que o Estado do Espírito Santo apresenta taxa de crescimento apenas superior aos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal (Ver Gráfico 2);

• O Espírito Santo apresentou uma taxa de crescimento em relação ao IDH- Renda superior aos outros estados brasileiros, com exceção do Maranhão, Piauí e Paraíba, apresentando assim a 4ª maior taxa de crescimento dentre as Unidades da Federação analisadas. Em relação à taxa de crescimento do IDH-Renda, dois estados apresentaram taxas de crescimento negativa, são eles: Amazonas e Roraima. (Ver Gráfico 3), e;

• No que diz respeito ao IDH-Longevidade, o Espírito Santo apresentou uma taxa de crescimento inferior a 12 estados brasileiros e superior ao Brasil como um todo (Ver Gráfico 4).

Desempenho Relativo do Estado do Espírito Santo

Em síntese, o Estado do Espírito Santo tem experimentado um aumento expressivo tanto no IDH sintético quanto nos IDHs temáticos, confirmando assim o progresso já verificado no Brasil como um todo. No entanto, existem duas questões que merecem ser ressaltadas, são elas:

a) As taxas de crescimento dos três índices superaram dois dígitos (entre 10 e 12% no período 1991 – 2000). Apesar de o IDH-Educação ter apresentado a maior taxa de crescimento em comparação tanto ao IDH sintético quanto aos outros IDHs temáticos, este índice temático foi o único que apresentou taxa de crescimento inferior à taxa de crescimento verificada tanto para o Brasil quanto para a maior parte das Unidades da Federação, e;

b) Em termos relativos, IDH-Renda foi o único que experimentou um aumento significativo no que diz respeito à ordenação da classificação.

A partir das duas conclusões anteriores (a e b), a Tabela 3 revela a convergência (em anos) dos estados brasileiros e do Distrito Federal em relação ao Espírito Santo no que diz respeito ao IDH, mantendo as taxas de crescimento verificadas historicamente. Na parte superior desta tabela (cor verde), encontram-se as Unidades da Federação que ocupam uma posição inferior ao Estado do Espírito Santo, ao passo que a cor vermelha ilustra as Unidades da Federação que ocupam uma posição superior ao Estado.

No primeiro caso (cor verde), todos os Estados com exceção de Amazonas, Roraima e

Amapá irão alcançar o IDH do Espírito Santo em algum momento do tempo, ao passo

que o Espírito Santo não atingirá apenas os Estado de Minas Gerais e Mato Grosso,

alcançando todos os outros estados das regiões sul, sudeste e centro-oeste.

(7)

3) A Região Metropolitana (RM) da Grande Vitória comparada com as Regiões Metropolitanas (RM) selecionadas do Brasil

3

• O IDH da RM da Grande Vitória passou de 0,730 em 1991 para 0,798 em 2000, passando da 12º posição para a 10º posição em relação às 16 RMs analisadas (Ver Tabelas 4 e 5);

• Em relação ao IDH-Educação, tem-se que o desempenho da RM da Grande Vitória é significativamente importante, passando de 0,828 em 1991 para 0,907 em 2000. Isto significou que esta RM escalou 4 posições no ranking, passando da 13º para 9º posição, superando regiões metropolitanas como Campinas, Baixada Santista, Belo Horizonte e a Grande São Luís (Ver Tabelas 4 e 6);

• Em relação ao IDH-Renda, tem-se que a RM da Grande Vitória apresentou um valor de 0,702 em 1991 para 0,759 em 2000. Isto significou que esta RM escalou 1 posição no ranking, passando da 11º para 10º posição, superando a RM de Salvador (Ver Tabelas 4 e 7);

• Finalmente, o IDH-Longevidade experimentou um aumento, passando de 0,659 em 1991 para 0,728 em 2000. Apesar deste aumento, a RM da Grande Vitória não experimentou mudança na posição do ranking, permanecendo no 14º lugar na classificação, ficando a frente somente das RMs de Grande São Luís, Natal e Maceió (Ver Tabelas 4 e 8);

• De acordo com a Tabela 9, que expressa as taxas de crescimento, tem-se que a RM da Grande Vitória teve um desempenho superior à grande maioria das RMs do país. Com efeito, RM da Grande Vitória obteve a 4º maior taxa de crescimento (9,4%) do IDH, sendo apenas inferior a RM de Fortaleza, Natal e Maceió;

• A Taxa de crescimento do IDH-Educação da RM da Grande Vitória ocupou o sétimo lugar (9,5%) (Ver Tabela 9);

3

As Cores apresentadas na série de tabelas 5-8 representam:

a) Cor Vermelha: É utilizada quando a RM analisada sofreu perda de posições na ordenação da classificação;

b) Cor Amarela: É utilizada quando a RM analisada permaneceu na mesma posição na ordenação da classificação, e;

c) Cor Verde: É utilizada quando a RM analisada escalou posições na ordenação da classificação.

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• O melhor desempenho comparativo da RM da Grande Vitória é no IDH- Renda, onde obteve uma taxa de crescimento de 8,1%, ocupando a 2ª colocação em relação a esta taxa, ficando atrás somente do Núcleo Metropolitano da RM de Florianópolis (8,34%) (Ver Tabela 9);

• Finalmente, a maior taxa de crescimento quando comparada com as taxas verificadas nos outros índices foi a do IDH-Longevidade (10,6%), ocupando a sexta posição entre as 17 RMs analisadas (Ver Tabela 9);

4) Comparando as Microrregiões do Estado do Espírito Santo

• As 12 microrregiões experimentaram um aumento tanto em relação ao IDH sintético quanto dos IDHs temáticos no período analisado. Em 2000, a microrregião metropolitana era a única com IDH considerado elevado segundo o PNUD (0,8) (Ver Tabela 10);

• A microrregião metropolitana ocupa o primeiro lugar em todos os IDHs temáticos com exceção do IDH-Longevidade, sendo este último, possivelmente, um reflexo da violência (Ver Tabela 10);

• Em 2000, o IDH-Educação alcança o maior valor para a microrregião metropolitana (0,91), seguida pelo Pólo Linhares (0,85), Pólo Cachoeira e Metrópole Expandida Sul (ambos com 0,84) (Ver Tabela 10);

• A Microrregião Central Serrana alcança o maior valor no que diz respeito ao IDH-Longevidade (0,77) (Ver Tabela 10);

• Na série de Gráficos 5-8, se expressam as taxas de crescimento das microrregiões do Estado. No que diz respeito ao IDH, Caparaó possui a maior taxa de crescimento (16,25%), seguido por Noroeste I (15,25%). No último lugar, encontra-se a microrregião metropolitana, com uma taxa de crescimento de 9,3% (Ver Gráfico 5);

• Em relação ao IDH - Educação, Noroeste I possui a maior taxa de crescimento (19,34%), seguido por Extremo Norte (18,38%). Mais uma vez, o último lugar é ocupado pela microrregião metropolitana, com uma taxa de crescimento de 9,5% (Ver Gráfico 6);

• Em relação ao IDH - Renda, Caparaó possui a maior taxa de crescimento

(16,9%), seguido de bem perto por Noroeste II (16,88%). O último lugar é

(9)

ocupado pela microrregião Litoral Norte, com uma taxa de crescimento de 6,37% (Ver Gráfico 7);

• No que diz respeito ao IDH-Longevidade, o Litoral Norte ocupa o primeiro lugar, com uma taxa de crescimento de 17,46%, seguido por Caparaó (15,12%).

Por outro lado, Pólo Colatina ocupa a última posição, com uma taxa de crescimento de 6,97% (Ver Gráfico 8).

5) A Região Metropolitana da Grande Vitória

• O Gráfico 9 apresenta a evolução do IDH dos municípios que compõem a RM da Grande Vitória no período 1991-2000. Em 2000, apenas dois municípios apresentavam um IDH considerado elevado, são eles: Vitória (0,856) e Vila Velha (0,817), ao passo que Viana possui um IDH de apenas 0,737;

• Em 1991, cinco municípios possuíam um IDH inferior a 0,7, são eles: Guarapari (0,692), Serra (0,693), Fundão (0,679), Cariacica (0,673) e Viana (0,658) (Ver Gráfico 9);

• No que diz respeito ao IDH-Educação, tem-se que todos os municípios que integram a RM da Grande Vitória possuem IDH considerado elevado – superior a 0,8 – , ao passo que os municípios de Vila Velha e Vitória possuem este IDH temático superior a 0,9 (0,928 e 0,948, respectivamente) (Ver Gráfico 10);

• Em 1991, quatro dos sete municípios que integram a RM da Grande Vitória possuíam um IDH inferior a 0,8: Cariacica (0,783), Viana (0,771), Guarapari (0,761) e Fundão (0,749). Em 2000, estes quatro municípios possuem um IDH- Educação superior a 0,8 (Ver Gráfico 10);

Identificando o dinamismo dentro Espírito Santo

Em síntese, as taxas de crescimento do IDH sintético e dos IDHs temáticos

revelam que os maiores avanços foram realizados pelas mesorregiões: Noroeste e

Sul, mais especificamente a microrregião de Caparaó. O menor dinamismo

encontra-se na microrregião metropolitana, Pólo Colatina e Litoral Norte, ambas

localizadas na mesorregião Norte .

(10)

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• Em 2000, o IDH-Renda é o índice que mostra as maiores disparidades, variando de 0,635 (Viana) para 0,858 (Vitória). Esta grande variação indica a grande desigualdade de renda entre os municípios da RM da Grande Vitória (Ver Gráfico 11);

• A desigualdade entre os municípios que ocupavam o primeiro e o último lugar em relação aos valores do IDH-Renda aumentou, já que a diferença verificada no ano de 1991 era de 0,220, ao passo que em 2000 está diferença elevou-se para 0,223 (Ver Gráfico 11);

• Em relação ao IDH-Longevidade, deve-se ressaltar que a liderança ocupada em 1991 pelo município de Vitória (0,762) em relação ao IDH sintético e aos outros IDHs temáticos, foi perdida, em 2000, para o município de Guarapari (0,784) (Ver Gráfico 12);

• Nenhum dos municípios que compõem a RM da Grande Vitória possuem um IDH - Longevidade considerado elevado, ou seja superior a 0,8, ao mesmo tempo em que nenhum deles não apresenta o valor para este IDH temático inferior a 0,7 (Ver Gráfico 12);

• De acordo com a Tabela 11

4

, é possível verificar o ranking dos municípios que integram a RM da Grande Vitória, assim como os ganhos e as perdas de posição durante o período analisado. Em 1991, o Município de Vitória lidera os municípios em relação aos valores do IDH e dos IDHs temáticos, ao passo que em 2000 Vitória perde sua posição de liderança em relação ao IDH Longevidade;

• Através das cores ilustradas na Tabela 11, é possível observar que os únicos índices que apresentaram mudanças em relação às posições na classificação foram o IDH e o IDH-Longevidade. Em relação ao IDH, os municípios de Serra e Guarapari trocaram de posição, sendo que o primeiro perdeu uma posição – passando de 3º para 4º posição – e o segundo escalou uma posição – passando da 4º para 3º posição;

4

As Cores apresentadas na tabela 11 representam:

a) Cor Vermelha: É utilizada quando o município analisado sofreu perda de posições na ordenação da classificação;

b) Cor Amarela: É utilizada quando o município analisado permaneceu na mesma posição na ordenação da classificação, e;

c) Cor Verde: É utilizada quando o município analisado escalou posições na ordenação da

classificação.

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• No que diz respeito ao IDH-Longevidade verifica-se duas mudanças significativas. A primeira delas corresponde ao Município de Guarapari que escalou duas posições. A segunda delas diz respeito à queda na classificação do município de Viana que perdeu duas posições, passando da 5º para a 7º posição (Ver Tabela 11);

6) Os Municípios do Espírito Santo

• A série de mapas 1- 4 expressam por intervalos os valores do IDH sintético e dos IDHs temáticos em relação a todos os municípios do Estado do Espírito Santo.

Em todos os IDHs – com exceção do IDH – Longevidade – Vitória e Vila Velha pertencem ao grupo de municípios que lideram o Estado;

• Em relação ao IDH, existe uma pronunciada uniformidade (cor verde) de municípios com valores para este índice variando de 0,7 a 0,8 (56 municípios), os

Heterogeneidade entre os municípios da RM da Grande Vitória

O Gráfico 13 revela as heterogeneidades entre o último e o primeiro município da RM da Grande Vitória no que diz respeitos aos valores do IDH e dos IDHs temáticos verificados no ano de 2000. Estas heterogeneidades são medidas em anos, isto significa dizer quanto tempo demoraria o último município para alcançar o valor de um dos índices do primeiro município.

A barra azul revela que Viana – município que possui o menor valor de IDH – demorará cerca de 18 anos para atingir o desenvolvimento humano de Vitória. Em segundo lugar, o município de Fundão levará cerca de 14 anos para alcançar o valor do IDH-Educação verificado em Vitória.

A maior diferença em anos é verificada em relação ao IDH-Renda, Viana demorará cerca de 3 décadas (aproximadamente de 31 anos) para alcançar o IDH-Renda de Vitória.

Finalmente, no que diz respeito ao IDH-Longevidade tem-se que este índice é o que

apresenta a menor heterogeneidade entre os municípios pois, Viana levará menos de

uma década para alcançar Guarapari.

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12 municípios com menor IDH encontram-se localizados na região norte do Estado e apenas 4 municípios estão situados na região sul do Estado (Ver Mapa 1);

• No que diz respeito ao IDH-Educação existe um significativo avanço, já que 44 municípios possuem o valor deste índice superior a 0,8, dos quais 2 possuem um IDH-Educação superior a 0,9 (Vila Velha e Vitória). Apenas um município (Brejetuba) apresenta o valor deste índice inferior a 0,7 (cor vermelha) (Ver Mapa 2);

• Em relação ao IDH-Renda pode-se observar uma grande área cor laranja. Vitória é o único município com valor superior a 0,8, ao passo que 4 municípios possuem um IDH-Renda inferior a 0,6, são eles: Pedro Canário, Mucurici, Água Doce do Norte e Divino de São Lourenço. Os três primeiros municípios encontram-se situados na região norte, ao passo que o último está localizado na região sul (Ver Mapa 3);

• No que diz respeito ao IDH-Longevidade tem-se que 24 municípios possuem o valor deste índice inferior a 0,7. A maior parte destes 24 municípios encontra-se localizados acima da região central do Estado. Três municípios merecem destaque, são eles: Santa Teresa, Iconha e Rio Novo do Sul pois, os mesmos apresentam o valor deste índice superior a 0,8 (Ver Mapa 4);

• A série de Tabelas 13-16 apresenta o ranking dos 10 melhores e dos piores municípios do Estado para os anos de 1991 e 2000. Mais uma vez, as cores representam a perda (cor vermelha), o ganho (cor verde) e a permanência (cor amarela) de posição. No que diz respeito ao IDH, tem-se que Vitória e Vila Velha permaneceram nos primeiros dois lugares. Os municípios que, em 2000, ingressaram ao grupos dos dez melhores do Estado são: Anchieta, Ibiraçu, Venda Nova do Imigrante e Piúma. No outro extremo, ou seja, no grupo dos 10 piores municípios do Estado, 3 municípios passaram a fazer parte deste grupo em 2000, são eles: Itapemirim, Mantenópolis e Mucurici (Ver Tabela 13);

• Em relação ao IDH-Educação, apenas os Municípios de Guarapari e Anchieta entraram no grupo de elite do Estado (Ver Tabela 14). Ao analisar-se esta classificação em relação ao IDH – Renda, tem-se que Iconha, Ibiraçu, Santa Teresa e Castelo passaram a integrar o grupo dos dez melhores municípios do Estado (Ver Tabela 15).

• No que diz respeito ao IDH-Longevidade, o grupo dos 10 melhores foi o que

mais se renovou em relação aos outros índices analisados. Seis novos membros

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passaram a pertencer este grupo em 2000, são eles: Anchieta, Guarapari, Piúma, Itaguaçu, São Roque do Canaã e Bom Jesus do Norte (Ver Tabela 16);

• Na Tabela 21 apresenta-se um exercício cujo objetivo é o cálculo do tempo necessário para os municípios atingirem o valor de IDH considerado elevado (0,8). Os primeiros dez municípios levaram menos de 4 anos para atingir o valor deste índice superior a 0,8, ao passo que Jerônimo Monteiro demorará cerca de 13 anos para alcançar o valor deste índice superior a 0,8.

• A Tabela 22 apresenta o mesmo exercício da tabela anterior porém estabelecendo uma meta de alcançar um IDH superior a 0,7. Esta tabela está dividida em três cores. A primeira delas (cor azul), representa os municípios que levariam menos de 1 ano, a segunda cor (cor verde) expressa os municípios que demorarão mais de 1 ano e menos de 2 anos e a cor amarela revela os municípios que levarão mais de 2 anos para alcançar um IDH superior a 0,7. Dois casos merecem ser ressaltados. Em primeiro lugar, o município de Brejetuba que possui a maior taxa de crescimento entre os municípios selecionados. Com efeito, com uma taxa de crescimento de 22,5%, possivelmente, este município já tenha atingido um IDH superior a 0,7 em 2004. Em segundo lugar, o município com a pior taxa de crescimento (10,8%) é Mucurici, que demorará 3 anos para atingir o valor do IDH superior a 0,7.

Referências

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