16766/11 jc
DGI 2A
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CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA
Bruxelas, 18 de Novembro de 2011 (21.11) (OR. en)
16766/11
DENLEG 147 AGRI 795
NOTA DE ENVIO
de: Comissão Europeia
data de recepção: 14 de Novembro de 2011 para: Secretariado-Geral do Conselho n.° doc. Com.: D016748/02
Assunto: REGULAMENTO (UE) N.º …/.. DA COMISSÃO de XXX que altera o Regulamento (CE) n.º 1924/2006 no que se refere à lista de alegações nutricionais
Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento da Comissão – D016748/02.
Anexo: D016748/02
COMISSÃO EUROPEIA
Bruxelas, XXX
SANCO/11552/2011 Rev. 4 (POOL/E4/2011/11552/11552R4- EN.doc) D016748/02
[…](2011) XXX projecto
REGULAMENTO (UE) N.º …/.. DA COMISSÃO de XXX
que altera o Regulamento (CE) n.º 1924/2006 no que se refere à lista de alegações nutricionais
(Texto relevante para efeitos do EEE)
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REGULAMENTO (UE) N.º …/.. DA COMISSÃO de XXX
que altera o Regulamento (CE) n.º 1924/2006 no que se refere à lista de alegações nutricionais
(Texto relevante para efeitos do EEE)
A COMISSÃO EUROPEIA,
Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,
Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1924/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Dezembro de 2006, relativo às alegações nutricionais e de saúde sobre os alimentos1, nomeadamente o artigo 8.º, n.º 2,
Considerando o seguinte:
(1) O artigo 8.º, n.º 1, do Regulamento (CE) n.º 1924/2006 estabelece que só são permitidas as alegações nutricionais que constem do anexo desse regulamento, no qual são igualmente estabelecidas as condições de utilização das referidas alegações.
(2) Após consulta aos Estados-Membros e às partes interessadas, em particular os operadores das empresas do sector alimentar e as associações de consumidores, concluiu-se que é necessário acrescentar novas alegações nutricionais à lista de alegações nutricionais permitidas e alterar as condições de utilização das alegações já permitidas pelo Regulamento (CE) n.º 1924/2006.
(3) A reformulação dos alimentos para se obter produtos mais saudáveis com teores mais baixos de energia, gordura, gordura saturada, sal/sódio e açúcares é promovida ao nível nacional e ao nível da União Europeia, no seguimento do apelo do Conselho2 e do Parlamento Europeu3 ao apoio a actividades destinadas à reformulação dos alimentos. Para comunicar estas melhorias nutricionais, os operadores utilizam alegações nutricionais, desde que a percentagem de redução seja de, pelo menos, 30 %, ou de 25 % no caso do sal. No entanto, relativamente a determinados nutrientes, uma redução na ordem dos 25 % - 30 % é difícil por razões tecnológicas e organolépticas. Os consumidores aceitam melhor uma redução moderada e gradual do
1 JO L 404 de 30.12.2006, p. 9.
2 Conclusões do Conselho «Emprego, Política Social, Saúde e Consumidores», de 5 e 6 de Dezembro de 2007, intituladas «Uma estratégia para a Europa em matéria de problemas de saúde ligados à nutrição, ao excesso de peso e à obesidade», 16788/07.
3 Resolução do Parlamento Europeu, de 25 de Setembro de 2008, sobre o Livro Branco sobre uma estratégia europeia para os problemas de saúde ligados à nutrição, ao excesso de peso e à obesidade, JO C 8 E de 14.1.2010, p. 97.
que a redução prevista nas variantes «teor reduzido» ou «light». Estas reduções mais modestas são igualmente mais viáveis e estão ao alcance de mais operadores. Poderia obter-se uma gama mais ampla de produtos reformulados, com estas melhorias modestas mas aceitáveis por mais consumidores, que teriam, por conseguinte, um impacto mais importante em termos de saúde pública do que os produtos «light», que são consumidos por uma pequena fracção dos consumidores. Uma redução de pelo menos 15 % destes nutrientes já teria um efeito positivo no regime alimentar em geral e, por conseguinte, deveria ser permitida a utilização de uma alegação nutricional adequada para a comunicação comercial. Contudo, a fim de evitar qualquer confusão com a alegação «light», que identifica um tipo de produto com um teor de nutrientes reduzido em comparação com um produto semelhante, a alegação «agora contém X % menos de [valor energético, gordura, gordura saturada, sal/sódio e/ou açúcares]» só deve ser utilizada em produtos já existentes aos quais sejam aplicadas novas formulações e essa utilização deve ser limitada no tempo.
(4) A redução em termos de gordura saturada só é benéfica se esta não for substituída, ou se for substituída por gordura insaturada. A substituição de gordura saturada por ácidos gordos trans não é benéfica para a saúde e, por conseguinte, as condições de utilização devem ser estabelecidas de forma a impedir a substituição por ácidos gordos trans. Quando há redução de açúcares, os consumidores esperam uma redução do valor energético, mas uma substituição por gordura conduziria a um aumento desse valor. A alegação de redução de açúcares só deve, por conseguinte, ser permitida se o valor energético do alimento não aumentar após reformulação.
(5) O sal tem sido utilizado como conservante e intensificador de sabor. Com o desenvolvimento de novas tecnologias e a aceitação geral dos pareceres científicos sobre o sal, os fabricantes estão a envidar esforços no sentido de produzir cada vez mais produtos sem adição de sal sempre que tal for tecnicamente viável. No entanto, a alegação de que não foi adicionado sal/sódio a um determinado alimento não é actualmente permitida. Tendo em conta o interesse especial, do ponto de vista da saúde, de incentivar este tipo de inovação, seria conveniente permitir que os fabricantes informassem os consumidores sobre este aspecto específico do processo de produção. Para evitar a utilização desta alegação nos alimentos com um teor naturalmente elevado de sódio, a sua utilização deve ser limitada aos alimentos com baixo teor de sódio.
(6) O anexo do Regulamento (CE) n.º 1924/2006 deve, por conseguinte, ser alterado em conformidade.
(7) As medidas previstas no presente regulamento estão em conformidade com o parecer do Comité Permanente da Cadeia Alimentar e da Saúde Animal e nem o Parlamento Europeu nem o Conselho se lhes opuseram,
ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO:
Artigo 1.º
O anexo do Regulamento (CE) n.º 1924/2006 é alterado em conformidade com o anexo do presente regulamento.
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Artigo 2.º
Os produtos colocados no mercado antes de [primeiro dia do mês, 18 meses após a entrada em vigor do presente regulamento] que não cumpram os requisitos do Regulamento (CE) n.º 1924/2006, com a redacção que lhe foi dada pelo presente regulamento, podem ser comercializados até ao esgotamento das existências.
Artigo 3.º
O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.
O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros.
Feito em Bruxelas, em
Pela Comissão O Presidente
José Manuel BARROSO
ANEXO
O anexo do Regulamento (CE) n.º 1924/2006 é alterado do seguinte modo:
1) Depois da entrada relativa à alegação «SEM SÓDIO ou SEM SAL», é inserida a seguinte entrada:
«SEM ADIÇÃO DE SÓDIO/SAL
Uma alegação de que não foi adicionado sódio/sal ao alimento, ou qualquer alegação que possa ter o mesmo significado para o consumidor, só pode ser feita quando o produto não contiver sódio/sal adicionado nem qualquer outro ingrediente que contenha sódio/sal adicionado e o produto não contiver mais de 0,12 g de sódio, ou o valor equivalente de sal, por 100 g ou por 100 ml.»
2) Na entrada relativa à alegação «TEOR DE (NOME DO NUTRIENTE) REDUZIDO», são aditadas as seguintes alíneas:
«A alegação "teor de gordura saturada reduzido", ou qualquer alegação que possa ter o mesmo significado para o consumidor, só pode ser feita:
a) Se a soma de ácidos gordos saturados e de ácidos gordos trans no produto objecto da alegação for, pelo menos, 30 % inferior à soma de ácidos gordos saturados e de ácidos gordos trans num produto semelhante; e
b) Se o teor de ácidos gordos trans no produto objecto da alegação for igual ou inferior ao de um produto semelhante.
A alegação "teor de açúcares reduzido", ou qualquer alegação que possa ter o mesmo significado para o consumidor, só pode ser feita se o valor energético do produto objecto da alegação for igual ou inferior ao valor energético de um produto semelhante».
3) Após a entrada relativa à alegação «FRACO/"LIGHT"», é inserida a seguinte entrada:
«AGORA CONTÉM X % MENOS DE [VALOR ENERGÉTICO, GORDURA, GORDURA SATURADA, SAL/SÓDIO E/OU AÇÚCARES]
Os produtos reformulados em que a redução do valor energético, de gordura, gordura saturada, sal/sódio ou açúcares for de, pelo menos, 15 % podem ostentar a alegação
"agora contém X % menos de [valor energético, gordura, gordura saturada, sódio/sal e/ou açúcares]", ou qualquer alegação que possa ter o mesmo significado para o consumidor. Esta alegação deve ser acompanhada de uma declaração que indique o teor de nutrientes ou o valor energético objecto da alegação, antes da reformulação, expresso por 100 g ou 100 ml. A alegação pode ser utilizada durante um período máximo de um ano após a colocação no mercado do produto reformulado. Os produtos que foram colocados no mercado e rotulados antes do final deste período podem continuar a ser vendidos até ao esgotamento das existências.
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A alegação "agora contém X % menos de gordura saturada", ou qualquer alegação que possa ter o mesmo significado para o consumidor, só pode ser feita:
a) Se a soma de ácidos gordos saturados e de ácidos gordos trans no produto objecto da alegação for, pelo menos, 15 % inferior à soma de ácidos gordos saturados e de ácidos gordos trans no produto de origem antes da redução; e b) Se o teor de ácidos gordos trans no produto objecto da alegação for igual ou
inferior ao teor do produto de origem.
A alegação "agora contém % menos de açúcares", ou qualquer alegação que possa ter o mesmo significado para o consumidor, só pode ser feita se o valor energético do produto objecto da alegação for igual ou inferior ao valor energético do produto original.»