ORIENTAÇÃO TÉCNICA 002.2021
Plano de Ação para adequação do SIAFIC
Versão 1.00 – Abril de 2021
PLANO DE AÇÃO PARA ADEQUAÇÃO DO SIAFIC – SISTEMA ÚNICO E INTEGRADO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE
EMENTA: SIAFIC – SISTEMA ÚNICO E INTEGRADO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE – DECRETO FEDERAL Nº 10.540/20 – PLANO DE AÇÃO.
I – INTRODUÇÃO
A Lei Complementar nº 101 de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, em seu art. 48, parágrafo 6º, determina que todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20 daquela Lei Complementar, incluídos autarquias, fundações públicas, empresas estatais dependentes e fundos, do ente da Federação devem utilizar sistemas únicos de execução orçamentária e financeira, a serem mantidos e gerenciados pelo Poder Executivo, resguardada a autonomia de cada órgão.
O art. 48, parágrafo 1º, inciso III da mesma Lei Complementar determina que a transparência deverá ser assegurada também mediante a adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A daquela.
Neste sentido, o Governo Federal editou o Decreto nº 10.540 de 5 de
Decreto, para que os Entes estabelecessem seus planos de ação voltado para a adequação dos seus sistemas integrados de administração financeira e controle.
Assim, no âmbito municipal, compete as Prefeituras Municipais adotarem as providências necessárias ao atendimento do padrão mínimo exigido no referido Decreto, mas sempre respeitando a autonomia dos órgãos que compõe a Administração Pública local.
Importante entender que o SIAFIC deverá concentrar as informações relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial de todos os órgãos do município, mas este não se confunde ou substitui os sistemas estruturantes utilizados pelos órgãos como por exemplo os sistemas tributários, de contabilidade, tesouraria, folha de pagamento, controle de frota, almoxarifado e patrimônio, execução fiscal de dívida ativa e etc.
II – PROVIDÊNCIAS A SEREM ADOTADAS
Diante do exposto na introdução, impõe ao Poder Executivo Municipal adotar providências para elaborar um plano de ação voltado para a adequação às disposições do Decreto Federal nº 10.540/2020 até o dia 04/05/2021, o qual deve ser disponibilizado aos respectivos órgãos de controle interno e externo e divulgado em meio eletrônico de amplo acesso público.
Para tanto, sugerimos que o Chefe do Poder Executivo ao estabelecer seu Plano de Ação contemple a criação de uma comissão de avaliação, dentre seus servidores, para elaborar diagnóstico que identifique a aderência da atual situação do Ente face aos requisitos mínimos de qualidade estabelecidos no Decreto Federal e a partir deste diagnóstico realize ações voltadas ao pleno atendimento da norma.
Caso o Ente, em razão de sua estrutura limitada, entenda ser inviável a criação de comissão, deverá ao menos definir qual o departamento ou setor que ficará incumbido de coordenar as atividades contidas no plano de ação.
Entendemos que o plano de ação deve ser estabelecido por Decreto e não por Portaria, uma vez que as ações e determinações a serem implementadas abrangem todos os órgãos da Administração Pública Municipal.
Para colaborar, estamos disponibilizando duas minutas de Decretos como sugestão para os municípios implementarem seu Plano de Ação. Contudo, cabe a cada Ente fazer as adequações necessárias e tratar suas particularidades.
Também estamos disponibilizando modelo de formulário que pode ser utilizado como roteiro para e elaboração do diagnóstico de atendimento do SIAFIC local.
III – COMUNICADO Nº 23/2021 DO TCE-SP
Por sua vez o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo editou o Comunicado nº 23/2021 que trata de uma pesquisa sobre o atendimento do SIAFIC por parte dos órgãos jurisdicionados, denominada “Diagnósticos SIAFICS” que deve ser preenchida através de formulário eletrônico disponibilizado no seu “Portal de Sistemas”, até o dia 05/05/2021.
Destaca-se que esta obrigação acessória não se confunde com o Plano de Ação que deve ser estabelecido pelos municípios, mas sim trata-se de uma pesquisa de aderência feita pela Corte de Contas Paulista para verificar o nível de atendimento atual dos seus fiscalizados.
Cabe sugerir que as questões contidas na pesquisa do TCE-SP, podem
Portanto, deverão os municípios estabelecer seus planos de ação, independentemente dos objetivos e resultados da pesquisa elaborada pelo TCE-SP.
IV – CONCLUSÃO
Pelo exposto, concluímos que compete ao chefe do Poder Executivo Municipal estabelecer o Plano de Ação do município por meio de Decreto.
Competirá à Comissão específica ou ao setor designado para a coordenação dos trabalhos, realizar diagnóstico e promover as ações necessárias ao cumprimento do Plano de Ação, bem como o diagnóstico.
À Prefeitura Municipal incumbe responder o questionário de pesquisa do TCE-SP estabelecida no Comunicado nº 23/2021, levando em consideração o cenário atual de aderência aos padrões mínimos exigidos no Decreto Federal nº 10.540/20.
Ficamos à disposição para maiores esclarecimentos.
São José do Rio Preto, 26 de abril de 2021.
METAPÚBLICA
CONSULTORIA E ASSESSORIA EM GESTÃO PÚBLICA LTDA
