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Boletim. Materiais de Construção. A bola de cristal

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Academic year: 2022

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Apesar do novo aumento de im- postos que acarreta e da natural contestação que o mesmo nos suscita, a proposta de Orçamento do Estado para 2015 é um caso

“quase” arrumado.

Na verdade, apesar do DEO (Do- cumento de Estratégia Orçamen- tal), apresentado pelo governo em maio deste ano, apontar para um

esforço de consolidação assente sobretudo na redução da despesa, a força das cir- cunstâncias (leia-se eleições legislativas à porta) e a dura realidade da composição da despesa corrente (pensões, salários e des- pesas de saúde), colocam obstáculos para cuja superação não chegam boas inten- ções…

E, quando não se consegue reduzir a des- pesa, pelo menos sem reformas substan- ciais que, ao que nos é dado observar, a sociedade portuguesa não está, ainda, dis- posta a aceitar, só resta o caminho da re- ceita.

Até nos podemos considerar felizes já que, com o argumento do algo improvável cres- cimento económico de 1,5% e a crença nos continuados progressos no combate à eva- são fiscal, o governo se conteve no au- mento das taxas e até conseguiu, socorrendo-se de uma fiscalidade verde que está algo desvirtuada nos seus objeti- vos, fazer uma melhor repartição da dila- tada carga fiscal em favor das famílias com mais filhos.

Se este exercício orçamental fosse realizável, até que nem seria mau. O problema é que, embora não sendo impossível, não será fácil reunir as condi- ções internas e externas ne- cessárias para que se concretize, obrigando-nos, eventualmente, a recorrer a medidas adicionais ou a en- frentar no próximo ano um agravamento muito sério das condições de financiamento.

Mas, ainda assim, o grande desafio que subsiste e com o qual iremos continuar a ser confrontados no futuro, de forma cada vez mais dramática, é o crescimento, tal

“bola de neve”, das despesas com pensões e com a saúde.

A causa é a evolução demográfica do nosso país, com os estratos mais numerosos da população situados nas faixas etárias entre os 40 e os 65 anos de idade, com um pico nos 40, que, de forma crescente, ano após ano, irá atingindo a idade da reforma e pressionado, cada vez mais, o Serviço Na- cional de Saúde.

Não é preciso ter uma “bola de cristal” para prever o crescimento imparável das maio- res componentes da despesa pública em cada ano que passa. O que falta é a cora- gem para admitir que o modelo atual é in- sustentável e que as correções a fazer pressupõem sacrifícios generalizados.

Boletim

Materiais de Construção

g

N OTA DE A BERTURA A “bola de cristal”

Consulte o projeto de internacionalização em www.apcmc.pt

> FEIRAINTERNACIONAL DECONSTRUÇÃO Casablanca, Marrocos - 26 a 30 novembro

> CONSTRUCTINTERNATIONALCANADA Toronto, Canadá - 2 a 4 Dezembro 2014

> ECOBUILD2015

Londres, Inglaterra - 3 a 5 Março 2015

gLEGISLAÇÃO

Rendas com redução em 2015?

INE divulga coeficiente negativo Salário Mínimo Nacional Redução da TSU

gFISCALIDADE

Novo Código Fiscal do Investimento

IMI - Prédios Arrendados Participação de Rendas Reforma do IRS 2015

Orçamento do Estado / 2015 Proposta - Alterações Fiscais gDIVERSOS

Produção de Eletricidade Autoconsumo e venda

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 303, 31.OUTUBRO.2014

Seminário

Últimas Alterações ao Código do Trabalho

Porto, 19 de novembro 2014 | 14.30h - 18.00h

Local: Hotel AC Porto, Rua Jaime Brasil, 40, 4350-009 Porto

Oradora: Dra. Susana Seabra Leitão, do Centro Local do Grande Porto da ACT

(2)

g

L EGISLAÇÃO

AJ 059 g

R

ENDAS COM REDUÇÃO EM

2015?

As rendas dos diversos tipos de arrendamento urbano, habi- tacional ou não habitacional, não vão ser aumentadas em 2015. Como aconteceu em 2010… Mas podem ser reduzi- das, pela primeira vez desde 1981!

Pelo menos nos arrendamentos em que a atualização de- pende ou está associada ao coeficiente de atualização anual a publicar pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e não de outro fator, mecanismo ou regime acordado pelas partes…

Com efeito, a variação do índice de preços no consumidor, sem habitação, dos últimos 12 meses à data de 31 de agosto, que o INE toma como referência (adota obrigatoriamente, aliás, nos termos da lei…) para determinar e publicar o coe- ficiente de atualização, foi negativa, de -0,31%!

O que levou o INE a publicar, na 2ª série do D.R. de 21 de ou- tubro, o AVISO Nº11680/2014, de 10/9, que, em execução da legislação em vigor, fixou em 0,9969o COEFICIENTE DE ACTUA-

LIZAÇÃO DAS RENDAS DOS DIVERSOS TIPOS DE ARRENDAMENTO UR-

BANO(isto é, para habitação, comércio, indústria, exercício de profissão liberal e outros fins não habitacionais), e rural, PARA VIGORAR NO ANO CIVIL DE2015.

Não sendo atualização sinónimo de aumento, pese um pas- sado que aponta para o contrário (mas também porque nunca houve deflação desde 1981…), a atualização para 2015 re- sultará assim em redução do valor das rendas, em benefício desta feita dos inquilinos… (por exemplo, uma renda de € 1000 mensais é atualizada para € 996,90…!).

LEMBRAMOS, PORÉM, QUE A ATUALIZAÇÃO DA RENDA É OPÇÃO E INI-

CIATIVA DO SENHORIO, caso o contrato de arrendamento nada diga ou não disponha em contrário.

ARTIGO24.º(LEI6/2006) COEFICIENTE DE ATUALIZAÇÃO

1- O coeficiente de atualização anual de renda dos diversos tipos de ar- rendamento é o resultante da totalidade da variação do índice de preços no consumidor, sem habitação, correspondente aos últimos 12 meses e para os quais existam valores disponíveis à data de 31 de Agosto, apu- rado pelo Instituto Nacional de Estatística.

2- O aviso com o coeficiente referido no número anterior é publicado no Diário da República até 30 de Outubro de cada ano.

ARTIGO25.º(LEI6/2006) ARREDONDAMENTO

1- A renda resultante da atualização referida no artigo anterior é arredon- dada para a unidade de cêntimo imediatamente superior.

2- O mesmo arredondamento aplica-se nos demais casos de determina- ção da renda com recurso a fórmulas aritméticas.

ARTIGO1077.º(CÓDIGOCIVIL) ATUALIZAÇÃO DE RENDAS

1- As partes estipulam, por escrito, a possibilidade de atualização da renda e o respetivo regime.

2- Na falta de estipulação, aplica-se o seguinte regime:

a) A renda pode ser atualizada anualmente, de acordo com os coeficien- tes de atualização vigentes;

b) A primeira atualização pode ser exigida um ano após o início da vi- gência do contrato e as seguintes, sucessivamente, um ano após a atua- lização anterior;

c) O senhorio comunica, por escrito e com a antecedência mínima de 30 dias, o coeficiente de atualização e a nova renda dele resultante;

d) A não atualização prejudica a recuperação dos aumentos não feitos, po- dendo, todavia, os coeficientes ser aplicados em anos posteriores, desde que não tenham passado mais de três anos sobre a data em que teria sido inicialmente possível a sua aplicação.

COEFICIENTES DE ACTUALIZAÇÃO DAS RENDAS

[ 1982 - 2015 ] Habitação, Habitação, Comércio,

Ano renda livre renda indústria… Diplomas

condicionada (não habitação)

2015 0,9969 0,9969 0,9969 Aviso INE 11680/2014, de 21/10

2014 1,0099 1,0099 1,0099 Aviso INE 11753/2014, de 20/09

2013 1,0336 1,0336 1,0336 Aviso INE 12912/2012, de 27/09

2012 1,0319 1,0319 1,0319 Aviso INE19512/2011, de 30/09

2011 1,003 1,003 1,003 Aviso INE 18370/2010, de 17/09

2010 1,000 1,000 1,000 Aviso INE 16 247/2009, de 18/09

2009 1,028 1,028 1,028 Aviso INE 23 786/2008, de 23/09

2008 1,025 1,025 1,025 Aviso INE 19 303/2007, de 10/10

2007 1,027 1,027 1,027 Aviso INE 9635/2006, de 07/09

2006 1.021 1.021 1.021 Aviso INE 8457/2005 (2ª série), de 30/09

2005 1,025 1,025 1,025 Aviso INE 9277/2004 (2ª série), de 07/10

2004 1,037 1,037 1,037 Aviso INE 10280/2003 (2ª série), de 03/10

2003 1,036 1,036 1,036 Aviso INE 10012/2002 (2ª série), de 26/09

2002 1,043 1,043 1,043 Aviso INE 13052-A/2001 (2ª série), de 30/10

2001 1,022 1,022 1,022 Aviso INE 1062-A/2000 (2ª série), de 31/10

2000 1,028 1,028 1,028 Portaria 982-A/99, de 30/10

1999 1,023 1,023 1,023 Portaria 946-A/98, de 31/10

1998 1,023 1,023 1,023 Portaria 1089-C/97, de 31/10

1887 1,027 1,027 1,027 Portaria 616-A/96, de 30/10

1996 1,037 1,037 1,037 Portaria 1300-A/95, de 31/10

1995 1,045 1,045 1,045 Portaria 975-A/94, de 31/10

1994 1,0675 1,0675 1,0675 Portaria 1103-A/93, de 30/10

1993 1,080 1,080 1,080 Portaria 1024/92, de 31/10

1992 1,1150 1,1150 1,1150 Portaria 1133-A/91, de 31/10

1991 1,11(1) 1,11(2) 1,11(3) Port. (1) 1101-A/90, (2) 1101-B/90, (3) 1101-E/90, 31/10 1990 1, 10 (1) 1, 10 (1) 1, 10 (2) Portarias (1) 965-A/89 e (2) 965-D/89, de 31/10 1989 1,073 (1) 1,073 (1) 1,073 (2) Port. (1) 715/88, de 28/10, e (1) 725-A/88, de 31/10 1988 1,074 (1) 1,074 (2) 1,074 (3) Port. (1) 845/87, (2) 846/87, (3) 847-A/87, de 31/10

1987 1,085 (1) 1,090 (2) 1,090 (3) Port. (1) 604/86 e (2) 605/86, de 16/10, e (3) 617/86, de 23/10 1986 1,13 (1) 1,14 (2) 1,14 (3) Port. (1) 179/86, 6/5; (2) 29/86, 22/1; (3) 926/85, 3/12

1085 - 1,18 (2) 1,18 (2) Portarias (1) 842-C/84 e (2) 842-B/84, de 31/10

1984 - 1,17 (2) 1,17 (2) Port. (1) 1007/83, 30/11; (2) 43-B/83, 2/3; (2) 1006/83, 30/11

1983 - 1,17 (2) 1,17 (2) Portarias (1) 1014-B/82, e (2) 1014-A/82, de 30/10

1982 - 1,15 (2) 1,17 (2) Portarias (1) 63/82 e (2) 62/82, de 15/1

(3)

AJ 060 g

S

ALÁRIO

M

ÍNIMO

. R

EDUÇÃO DA

TSU

ENTRE NOVEMBRO

/2014

E JANEIRO

/2016

Em execução do acordo alcan- çado entre os parceiros sociais no passado dia 24 de setembro sobre a atualização do salário mínimo nacional de € 485 para

€ 505, entretanto aprovado pelo DL 144/2014, de 30/9, foi aprovada pelo DECRETO-LEI

154/2014, de 20 de outubro, a

redução temporária da taxa contributiva (TSU) suportada pela entidade empregadora.

A REDUÇÃO, DE0,75 P.P.(o que significa, nas empresas em geral, 23% em vez de 23,75%...), vigora por 15 meses, apli- cando-se às remunerações devidas de NOVEMBRO DE2014 A

JANEIRO DE2016, incluindo subsídios de férias e de Natal,

SENDO LIMITADA AOS TRABALHADORES QUE REÚNAM CUMULATIVA-

MENTE AS SEGUINTES CONDIÇÕES:

- que estejam ao serviço sem interrupção desde pelo menos maio passado, inclusive (estão, assim, excluídos os contratos celebrados a partir de junho p.p.);

- que aufiram o salário mínimo (€ 505) e que tenham au- ferido um valor igual ao do anterior salário mínimo (€ 485) pelo menos num dos primeiros oito meses de 2014 (ficam excluídos, assim, os trabalhadores com retribuições entre

€ 485 e € 505…);

- de empresas com a situação regularizada perante a se- gurança social (a regularização durante o período de no- vembro/2014 a janeiro/2016 permite o reconhecimento da redução da TSU a partir do mês seguinte, pelo pe- ríodo remanescente).

A redução não se aplica aos trabalhadores de empregadores abrangidos por esquemas contributivos com taxas inferiores à estabelecida para a generalidade dos trabalhadores por conta de outrem, exceto se a redução resultar do facto de serem entidades sem fins lucrativos ou pertencerem a seto- res economicamente débeis;

Para beneficiarem da redução, as empresas devem incluir os trabalhadores a que respeita a redução em declaração de re- munerações autónoma. A redução é oficiosamente concedida pela segurança social, exceto nos casos de trabalhadores com CONTRATO A TEMPO PARCIAL, em que depende da apre- sentação de requerimento (beneficiando o requerente da to- talidade do período de redução se o apresentar até 30 de novembro p.f..).

CONSULTE ODL 154/2014 EM HTTPS://DRE.PT/APPLICATION/CONTEUDO/58429177

AJ 061 g

N

OVA ESTRUTURA DA

DMR

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) disponibilizou no seu Portal uma nova versão da estrutura do ficheiro da Declara- ção Mensal de Remunerações, para envio a partir de 1 de no- vembro p.f..

Sem prejuízo, poderá continuar a ser enviada a DMR no formato anterior, que a AT aceitará, procedendo de forma automática à sua conversão para a nova estrutura.

AJ 062 g

P

ORTUGAL

2020

- N

OVO QUADRO COMUNITÁRIO DE APOIO O DECRETO-LEI159/2014, de 27 de outubro, aprovou as re- gras gerais de aplicação dos programas operacionais (PO) e dos programas de desenvolvimento rural (PDR) financiados pelos fundos europeus estruturais e de investimento (FEEI), para o período de programação 2014-2020.

Depois do DL 137/2014, de 12 de setembro, de que demos oportunamente nota, ter aprovado o modelo de governação dos FEEI, que compreende o Fundo Europeu de Desenvolvi- mento Regional (FEDER), o Fundo Social Europeu (FSE), o Fundo de Coesão (FC), o Fundo Europeu Agrícola de De- senvolvimento Rural (FEADER) e o Fundo Europeu dos As- suntos Marítimos e das Pescas (FEAMP).

g

L EGISLAÇÃO

Salário mínimo - Continente

• Desde 01/10/2014

•  Até 30/09/2014 - R. A. Açores

• Desde 01/10/2014

• Até 30/09/2014 - R. A. Madeira

• Desde 01/10/2014

• Até 30/09/2014 IAS (Indexante de Apoios Sociais) UC (Unidade de Conta)

505,00€

485,00€

530,25€

509,25€

515,10€

494,70€

419,22€

102,00€

DL 144/2014, de 30/09 DL 143/2010, de 31/12

(SMN+5%)

(SMN+2%)

Lei 83-C/2013, de 31/12

DL 34/2008, de 28/2 (alterado pelo DL 181/2008, de 28/8, e Lei 64-A/2008, de 31/12)

SALÁRIOMÍNIMO, IAS EUC / 2014

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(4)

g

F ISCALIDADE

AF 028 g

P

ROPOSTA DE

O

RÇAMENTO DO

E

STADO

PARA

2015 - A

LTERAÇÕES FISCAIS Entregue na Assembleia da República no passado dia 15 de Outubro, a proposta de Orçamento do Estado para 2015, disponí- vel para consulta ou download em www.apcmc.pt, contempla, uma vez mais, diversas alterações de natureza fiscal, de que destacamos as seguintes:

1. IRS

• Manutenção para 2015 da SOBRETAXA DEIRS, em termos similares aos que vigoraram em 2014 mas com duas novi- dades: a retenção na fonte é efetuada aquando do paga- mento ou colocação à disposição dos rendimentos sobre que incide, e não no momento em que são devidos; à sua coleta é deduzido um crédito fiscal, cujo montante fica de- pendente da diferença positiva entre a receita de IRS e IVA que o Estado arrecadar em 2015 e aquela que consta do OE 2015

2. IRC

REDUÇÃO DA TAXA DEIRCde 23% para 21%, como previsto na Lei 2/2014, de 16/1, que aprovou a reforma deste im- posto

3. IVA

OBRIGAÇÃO DE COMUNICAÇÃO DOS INVENTÁRIOS DO ANO ANTE-

RIOR ÀAT, em janeiro de cada ano, em termos a definir por portaria, com exceção dos contribuintes com volume de ne- gócios inferior a € 100.000

• Possibilidade dos sujeitos passivos que pratiquem uma só operação tributável emitirem a competente fatura através do Portal das Finanças.

• Criação de um regime especial para os PEQUENOS PRODU-

TORES AGRÍCOLAS, com v.n. anual até € 10.000, nos termos do qual poderão obter uma compensação forfetária do IVA suportado igual a 6% do v.n. realizado com sujeitos passi- vos de IVA

COMUNICAÇÃO DAS FATURAS ÀATpassa a incluir o nº de cer- tificado do programa de faturação

AF 029 g

IVA - T

ELECOMUNICAÇÕES

,

RÁDIO E

TV

E SERVIÇOS POR VIA ELETRÓNICA

O DECRETO-LEI158/2014, de 24 de outubro, aprovou o regime especial de IVA para sujeitos passivos não estabelecidos no Estado-membro de consumo ou não estabelecidos na Co- munidade que prestem serviços de telecomunicações, de ra- diodifusão ou televisão e serviços por via eletrónica a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou domiciliadas na Comunidade.

Em transposição do artº 5º da Diretiva 2008/8/CE, de 12/2, que altera a Diretiva 2006/112/CE, de 28/11, relativa ao sis- tema comum do imposto sobre o valor acrescentado (Dire- tiva do IVA).

Revoga, em conformidade, o regime especial para sujeitos passivos não estabelecidos na Comunidade que prestem ser-

viços por via eletrónica a não sujeitos passivos nela residen- tes, aprovado pelo DL 130/2003, de 28/6, já alterado pelo DL 186/2009, de 12/8, e altera o artigo 6º do Código do IVA, no sentido de tributar em Portugal os serviços de telecomunica- ções, de radiodifusão ou televisão ou prestados por via ele- trónica nas situações em que, estando o adquirente dos serviços estabelecido ou domiciliado fora da Comunidade, a exploração e utilização efetivas dos mesmos tenha lugar no território nacional.

Tudo com efeitos a 1 de janeiro de 2015.

Os sujeitos passivos não estabelecidos no Estado membro de consumo ou não estabelecidos na Comunidade que pres- tem serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televi- são e serviços por via eletrónica a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou domiciliadas na Comuni- dade, que pretendam aplicar o regime especial ora aprovado a partir de 1 DE JANEIRO DE2015podem, até 31 de dezembro p.f., efetuar por via eletrónica, junto da AT, o registo para efei- tos da aplicação do referido regime.

Consulte o DL 158/2014 em:

https://dre.pt/application/file/58585668.

AF 030 g

N

OVO

C

ÓDIGO

F

ISCAL DO

I

NVESTIMENTO

Foi aprovado pelo DECRETO-LEI162/2014, de 31 de outubro, o novo Código Fiscal do Investimento (CFI), que procedeu igualmente à revisão dos regimes de benefícios fiscais ao in- vestimento produtivo e regulamentação respetiva.

O DL 162/2014 altera o CIRS e o EBF, revogando o anterior CFI (aprovado pelo DL 249/2009), o artº 9º da Lei 2/2014, que aprovou o «novo» CIRC («remuneração convencional do ca- pital social), doravante consagrado no novo artº 41º-A do EBF, e os artºs 41º («benefícios fiscais ao investimento de natu- reza contratual») e 66º-C a 66º-L do EBF («Benefício ao rein- vestimento de lucros e reservas»), aditados pela Lei 83-C/2013 (OE/2014).

O novo CFI visa responder ao novo quadro legislativo euro- peu aplicável aos auxílios estatais para o período 2014-2020 e, por outro lado, reforçar os diversos regimes de benefícios fiscais ao investimento, em particular no que se refere a in- vestimentos que proporcionem a criação ou manutenção de postos de trabalho e se localizem em regiões menos favore- cidas.

No que se refere, por exemplo, aos benefícios fiscais contra- tuais, é aumentado o limite máximo do crédito de imposto em sede de IRC, sendo aumentadas as majorações previstas para investimentos realizados em regiões com um poder de compra per capita significativamente inferior à média nacio- nal, que proporcionem a criação ou a manutenção de postos

(5)

g

F ISCALIDADE

de trabalho ou que contribuam para a inovação tecnológica ou para a proteção do ambiente.

Por outro lado, relativamente ao Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI), é também aumentado o limite do crédito de imposto em sede de IRC, sendo ainda alargado o período máximo de isenção de IMI, bem como o âmbito de aplicação da isenção de Imposto do Selo, incentivando o empreende- dorismo, a inovação e favorecendo a criação de empresas com estruturas de capital saudáveis.

Lembramos que o CFI estabelece o regime de benefícios fis- cais contratuais ao investimento produtivo, o regime fiscal de apoio ao investimento (RFAI), o sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial II (SIFIDE II) e o regime de dedução por lucros retidos e reinvestidos (DLRR).

Consulte o DL 162/2014 em:

https://dre.pt/application/file/58660557

AF 031 g

IMI - P

RÉDIOS URBANOS ARRENDADOS

.

P

ARTICIPAÇÃO DAS RENDAS

De acordo com o disposto no artigo 15º-N do Decreto-Lei 287/2003, de 12/11, que aprovou o Código do IMI, o valor pa- trimonial tributário do prédio urbano ou sua fração autónoma que esteja arrendado por contrato celebrado antes de 19/10/1990 (habitação) ou de 05/10/1995 (não habitação) não pode exceder, para efeitos exclusivos de IMI, o valor que re- sultar da capitalização da renda pela aplicação do fator 15.

Assim, os proprietários, usufrutuários ou superficiários de pré- dios urbanos abrangidos pelo regime de avaliação geral que estejam arrendados por contrato celebrado antes da entrada em vigor do RAU (DL 321-B/90, de 15/10) ou do DL 257/95, de 30/9, e que já beneficiem do regime previsto no supra re- ferido artigo 15º-N, por terem entregado (em 2012…) a pri- meira participação e outra documentação, devem efetuar a participação das rendas que auferem, até ao próximo dia 15 de dezembro, a fim de poderem continuar a beneficiar da fi- xação de um valor patrimonial tributário não superior ao valor que resultar da capitalização da renda anual por 15, quando este seja inferior, naturalmente, ao resultante da avaliação geral.

A participação das rendas relativas a 2014 deve ser en- tregue em qualquer serviço de finanças ou enviada atra- vés do portal da AT até ao próximo dia 15 DE DEZEMBRO, acompanhada de cópia do recibo ou canhoto do recibo relativa a dezembro/2014, ou mapa mensal de cobrança de rendas no caso de a renda ser recebida por entidade representativa do senhorio (quem tiver enviado pelo por- tal entrega tal cópia em papel num serviço de finanças, acompanhada de comprovativo de submissão).

ARTIGO15.º-N PRÉDIOS URBANOS ARRENDADOS

1 - No caso de prédio ou parte de prédio urbano abran- gido pela avaliação geral que esteja arrendado por con- trato de arrendamento para habitação celebrado antes da entrada em vigor do Regime de Arrendamento Ur- bano, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 321-B/90, de 15 de Outubro, ou por contrato de arrendamento para fins não habitacionais celebrado antes da entrada em vigor do De- creto-Lei n.º 257/95, de 30 de Setembro, o valor patri- monial tributário, para efeitos exclusivamente de IMI, não pode exceder o valor que resultar da capitalização da renda anual pela aplicação do fator 15.

2 - Os proprietários, usufrutuários ou superficiários de prédios urbanos arrendados, nos termos do número an- terior, devem apresentar, até ao dia 31 de Agosto de 2012, participação de que constem a última renda men- sal recebida e a identificação fiscal do inquilino, conforme modelo aprovado por portaria do Ministro das Finanças.

3 - A participação referida no número anterior deve ser acompanhada de fotocópia autenticada do contrato es- crito ou na sua falta por meios de prova idóneos nos ter- mos a definir por portaria do Ministro das Finanças.

4 - A participação deve ainda ser acompanhada de cópia dos recibos de renda ou canhotos desses recibos relati- vos aos meses de Dezembro de 2010 até ao mês ante- rior à data da apresentação da participação, ou ainda por mapas mensais de cobrança de rendas, nos casos em que estas são recebidas por entidades representativas dos proprietários, usufrutuários ou superficiários de pré- dios arrendados nos termos do n.º 1.

5 - O valor patrimonial tributário para efeitos exclusiva- mente de IMI, fixado nos termos do disposto nos núme- ros anteriores, é objeto de notificação ao respetivo titular e passível de reclamação ou impugnação nos termos ge- rais.

6 - No caso de prédios ou partes de prédios abrangidos pelo n.º 1 cujas rendas sejam atualizadas nos termos do n.º 10 do artigo 33.º da Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, alterada pela Lei n.º 31/2012, de 14 de agosto, ou com base no rendimento anual bruto corrigido (RABC), nos termos previstos na alínea c) do n.º 2 do artigo 35.º ou no n.º 7 do artigo 36.º da mesma lei, é aplicável, com as ne- cessárias adaptações, o disposto no n.º 1 com referência ao valor anual da renda atualizada.

7 - Os proprietários, usufrutuários ou superficiários de prédios urbanos arrendados por contrato de arrenda- mento para habitação celebrado antes da entrada em vigor do Regime de Arrendamento Urbano, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 321-B/90, de 15 de outubro, ou por contrato de arrendamento para fins não habitacionais ce- lebrado antes da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 257/95, de 30 de setembro, que beneficiem do regime previsto no presente artigo devem apresentar, anual- mente, no período compreendido entre 1 de novembro e 15 de dezembro, participação de que conste o valor da renda mensal devida relativa ao mês de dezembro e a identificação fiscal do inquilino, conforme modelo apro-

(6)

g

F ISCALIDADE

Livrete Individual de Controlo

PARA PESSOAL AFECTO À EXPLORAÇÃO DE VEÍCU

-

LOS AUTOMÓVEIS E PARA TRABALHADOR MÓVEL NÃO SUJEITO AO APARELHO DE CONTROLO NO DOMÍNIO DOS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS

. Solicite-o à APC!

O

BRIGATÓRIO

vado por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças.

8 - (revogado)

9 - A participação referida no número anterior deve ser acompanhada da cópia do recibo ou canhoto do recibo da renda relativa ao mês de dezembro ou do mapa men- sal de cobrança de rendas, nos casos em que a renda seja recebida por uma entidade representativa do se- nhorio.

10 - O valor patrimonial tributário, para efeitos exclusiva- mente de IMI, fixado nos termos do presente artigo, não é aplicável, prevalecendo, para todos os efeitos, o valor patrimonial tributário determinado na avaliação geral, nas seguintes situações:

a)Falta de apresentação da participação ou dos ele- mentos previstos nos n.ºs 2, 3 e 4 nos prazos esta- belecidos nos números anteriores;

b)Não declaração de rendas, até 31 de Outubro de 2011, referentes aos contratos de arrendamento pre- vistos no n.º 1 para efeitos do imposto sobre o ren- dimento das pessoas singulares e de imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas respeitantes aos períodos de tributação compreendidos entre 2001 e 2010;

c) Divergência entre a renda participada e a constante daquelas declarações;

d)Não declaração de rendas referentes aos contratos de arrendamento previstos no n.º 1 para efeitos do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares e de imposto sobre o rendimento das pessoas cole- tivas respeitantes aos períodos de tributação que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2011;

e)Transmissão onerosa ou doação do prédio ou parte do prédio urbano; ou

f) Cessação do contrato de arrendamento referido no n.º 1.

g)Atualização da renda nos termos previstos nos arti- gos 30.º a 37.º ou 50.º a 54.º da Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, alterada pela Lei n.º 31/2012, de 14 de agosto, exceto nas situações referidas no n.º 6;

h)Falta de apresentação da participação ou dos ele- mentos previstos nos n.ºs 7 e 9.

11 - A falsificação, viciação e alteração dos elementos re- feridos nos n.ºs 3, 4 e 9 ou as omissões ou inexatidões das participações previstas no n.º 2 ou 7, quando não devam ser punidos pelo crime de fraude fiscal, consti- tuem contraordenação punível nos termos do artigo 118.º ou 119.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, apro- vado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho.

AF 032 g

C

ERTIFICAÇÃO DE SOFTWARE DE FATU

-

RAÇÃO

«

INTERNO

». P

RORROGAÇÃO DO PRAZO Considerando ainda (uma vez

mais…) o elevado número de pedi- dos pendentes de certificação de programas de faturação produzidos internamente pelas empresas, a sua especificidade e o tempo necessário para efetuar o seu desenvolvimento, implementação e testes, o Secretá- rio de Estado dos Assuntos Fiscais,

através do Despacho nº 345/2014-XIX, de 30 de setembro, prorrogou até 31 DE DEZEMBRO DE2014o prazo de obrigato- riedade de certificação desses programas.

As mesmas razões tinham já justificado os Despachos nºs 75/2014-XIX, de 28/3, e 247/2014-XIX, de 30/6, que prorro- garam então o prazo para 1 de julho e 1 de outubro de 2014, respetivamente…!

Lembramos que a alínea a) do nº 2 do artigo 2º da Portaria 363/2010, de 23/6, dispensava de certificação os programas de faturação utilizados por sujeitos passivos que (…) fossem produzidos internamente ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, do qual fossem detentores dos res- petivos direitos de autor, tendo esta alínea sido revogada pela Portaria 340/2013, de 22/11, com efeitos (imagine-se…!) a 1 de janeiro de 2014!

O que originou protestos de associações e empresas e levou o SEAF, através do Despacho 616/2013-XIX, de 27/12, a prorrogar o prazo até 1 de abril de 2014….!!!

AF 033 g

R

EFORMA DO

IRS

A proposta de lei do Orçamento do Estado para 2015 não apresenta qualquer medida relativa ao Código do IRS (exce- tuando a sobretaxa…), como é sabido, porque, a exemplo do que fez com o IRC em 2013, o Governo decidiu efetuar uma reforma profunda deste imposto, que aprovou no Conselho de Ministros de 16 de outubro p.p., traduzida em proposta de lei aberta à participação e envolvimento dos partidos, PS em particular, para obtenção de um acordo de regime que dê ga- rantias mínimas de estabilidade à reforma.

Aprovou igualmente na mesma reunião uma proposta de lei da «Reforma da Fiscalidade Verde», pela qual pretende obter a receita que estima perder no IRS (receita, como é sabido, a obter via aumento dos combustíveis e imposto sobre veí- culos (3/4) e nova taxa incidente sobre os sacos de plás- tico…).

Ancorados na informação que a CCP divulgou sobre o tema, passamos a destacar as principais novidades consagradas na proposta de reforma do IRS:

CATEGORIAA (TRABALHO DEPENDENTE)

• Criação do «VALE EDUCAÇÃO», destinado ao pagamento de despesas de educação (estabelecimentos de ensino, ma- nuais e livros escolares…) de dependentes entre os 7 e 25 anos, não considerado rendimento da categoria A até ao montante anual de € 1.100

• Isenção de IRS da parcela de remuneração paga a TRABA-

LHADOR DESLOCADO NO ESTRANGEIROpor período não inferior a 90 dias a título de compensação e permanência no es- trangeiro, até € 10.000 por ano

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g

F ISCALIDADE

• Percentagem (0,75%) aplicável para a determinação do rendimento resultante da UTILIZAÇÃO PESSOAL DE VEÍCULO ATRIBUÍDO PELA EMPRESApassa a recair sobre o valor de mer- cado desse veículo e não sobre o valor de aquisição CATEGORIAB (TRABALHO INDEPENDENTE)

• Classificação do ARRENDAMENTOcomo atividade empresa- rial, com possibilidade de opção pela tributação no âmbito da categoria B no caso de obtenção de rendimentos pre- diais

• No REGIME SIMPLIFICADO, a taxa de 75% em uso para deter- minação do rendimento coletável passa a incidir apenas sobre as atividades profissionais previstas na tabela a que se refere o artº 151º (profissões «liberais») aplicando-se a nova taxa de 35% às demais prestações de serviços

• Nos 2 PRIMEIROS ANOS DE EXERCÍCIO DE ATIVIDADEsão reduzi- dos em 50% (1º ano) e 25% (2º ano) os coeficientes de de- terminação do rendimento coletável. (…)

• Período de REPORTE de perdas passa para 12 anos, o mesmo período pelo qual devem ser conservados os livros, documentos de suporte e registos contabilísticos

CATEGORIAF (PREDIAIS)

DEDUÇÃO DE TODOS OS GASTOSnecessários à obtenção dos rendimentos para apuramento do rendimento líquido, bem como dos realizados nos 24 meses anteriores ao início do arrendamento relativos a obras de conservação e manu- tenção (…)

• Possibilidade de REPORTEdas perdas relativas a rendimen- tos prediais aos 6 anos seguintes

CATEGORIAH (PENSÕES)

DEDUÇÃO ESPECÍFICAdas pensões fixada no mesmo mon- tante aplicável aos rendimentos da categoria A (€4.104), com as pensões de alimentos a serem tributadas autono- mamente à taxa de 20%

DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO COLETÁVEL E COLETA

• São abatidas ao rendimento líquido as DESPESAS DE EDUCA-

ÇÃO E FORMAÇÃOdo sujeito passivo e seus dependentes até ao limite de € 1.100 por cada SP ou dependente, só sendo aceites os documentos comprovativos dessas despesas que tenham sido comunicadas à AT pelos seus emitentes

• Havendo agregado familiar, o IRS é apurado em regra in- dividualmente em relação a cada cônjuge ou unido de facto, sendo OPCIONAL A TRIBUTAÇÃO CONJUNTA

• Substituição do quociente conjugal (divisão do rendimento coletável por 2) pelo QUOCIENTE FAMILIAR(divisão do RC por 2 + 0,3 por cada dependente e ascendente; na tributação isolada, por 1 + 0,15…), embora com limites ao benefício fiscal daí decorrente

NOVA DEDUÇÃO À COLETA: despesas gerais familiares - 40%

do valor suportado em quaisquer despesas por cada mem- bro do agregado, constantes de documentos comunicados pelo seu emitente à AT com o NIF do SP ou desse membro, com o limite de €300 por SP

OUTRAS…:

NOVOS PRAZOS DE ENTREGA DA DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS MOD. 3, seja em papel, seja via internet (rendimentos de 2015 e anos seguintes):

- 15 DE MARÇO A15 DE ABRIL– rendimentos exclusivos das categorias A e H

- 16 DE ABRIL A16 DE MAIO– demais casos

Está prevista a perda do direito de deduzir certas despesas em caso de entrega fora do prazo

MÍNIMO DE EXISTÊNCIAatualizado para € 8.500, não sendo exi- gível a entrega de declaração até este limite de rendimentos INTRODUÇÃO DUMA CLÁUSULA DE SALVAGUARDA, para eliminar o risco de aumento do IRS em 2015, 2016 e 2017 que possa decorrer desta reforma, principalmente para os agregados sem filhos, comparativamente ao imposto que seria devido segundo as regras em vigor em 2014

Consulte as propostas de reforma do IRS e fiscalidade verde em www.apcmc.pt.

AF 034 g

G

ASÓLEO COLORIDO OU MARCADO

NA ATIVIDADE AQUÍCOLA

Foi aprovada pela PORTARIA205/2014, de 8 de outubro, em execução dos artigos 89º e 93º do Código dos Impostos Es- peciais de Consumo (CIEC), a lista de equipamentos utiliza- dos na atividade aquícola autorizados a consumir gasóleo colorido e marcado, isento ou com redução de ISP, imposto sobre produtos petrolífero e energéticos.

Podem, assim, consumir este combustível as embarcações de apoio aos estabelecimentos aquícolas e as embarcações as- sociadas aos estabelecimentos aquícolas de águas interiores instalados no meio hídrico, além dos seguintes equipamentos:

• Bombas de água destinadas à captação, distribuição e cir- culação de água para os tanques utilizados na reprodução, no crescimento, na engorda, na manutenção ou no melho- ramento de espécimes aquícolas (mesmo quando integra- dos numa estação de tratamento de águas inserida numa exploração aquícola e destinada a tratar os efluentes pro- venientes dessa atividade);

• Máquinas automotrizes especializadas para a atividade aquícola, destinadas à colheita das espécies aquícolas;

• Sistemas de alimentação automática;

• Tratores com balde frontal ou retroescavadora (conjunto in- dustrial) destinados à manutenção ou ao melhoramento das explorações aquícolas, e tratores destinados à distri- buição de ração, à captura, à colheita e ao transporte de produtos provenientes da atividade aquícola.

Da mesma data, a PORTARIA206/2014, procedeu à alteração da Portaria 117-A/2008, de 8 de fevereiro, que regulamenta as formalidades e procedimentos aplicáveis ao reconheci- mento e controlo das isenções e das taxas reduzidas do ISP, alargando o seu âmbito àquelas embarcações e equipamen- tos usados na atividade aquícola.

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F ISCALIDADE

subscreva a newsletter da sua Associação www.apcmc.pt | geral@apcmc.pt

AF 035 g

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OUTRINA

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ISCAL

IRS - DECLARAÇÃOMENSAL DEREMUNERAÇÕES

INSERÇÃO DE VALORES NEGATIVOS

(Ofício Circulado nº 20.173/2014, de 14 de outubro, da DSIRS/AT)

«Na sequência da entrada em vigor, em 1 de janeiro de 2013, da Declaração Mensal de Remunerações (DMR), aprovada pela Portaria nº 6/2013, de 10 de janeiro, foram reportadas pelas entidades pagadoras de rendimentos do trabalho de- pendente algumas dificuldades no preenchimento da mesma declaração, referindo-se a mais frequente a impossibilidade de inserção de valores negativos.

A necessidade de reportar valores negativos deriva do facto de as entidades pagadoras de rendimentos procederem, em determinadas situações, a acertos relativamente a rendi- mentos pagos e a retenções na fonte efetuadas em meses anteriores do mesmo ano, os quais podem originar, no mês do acerto, valores negativos.

Atualmente, sempre que estas situações ocorrem, é neces- sário proceder à entrega de uma DMR de substituição relati- vamente ao mês em que os rendimentos foram pagos.

Ponderado o assunto foi, por despacho de 3 de outubro de 2014, do Sr. Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Adua- neira, determinada a disponibilização de um novo formato de ficheiro, bem como de uma nova versão da aplicação para entrega da DMR, que permita, também, a inserção de valores negativos, nos seguintes termos:

1. A inserção de valores negativos só é permitida para acer- tos de rendimento e de retenções na fonte efetuados no mesmo período de tributação (ou seja, no mesmo ano);

2. Os valores negativos inseridos na DMR, em determinado mês, não podem ser superiores ao somatório dos valores acumulados declarados nas DMR relativas aos meses anteriores do mesmo período de tributação e respeitan- tes ao mesmo titular de rendimentos;

3. De acordo com o disposto no nº 4 do artigo 98º do Código do IRS, os acertos de valores relativos a rendimentos pagos num determinado mês de um período de tributa- çao (ano) diferente, que originem valores negativos, não podem ser comunicados na DMR do mês em que o acerto foi efetuado, pois não é possível a compensação de valores respeitantes a anos diferentes. Neste caso, deve ser apresentada uma DMR de substituição para o mês e ano a que os rendimentos respeitam ou, em alter- nativa, para o mês de dezembro desse mesmo ano;

4. Esta nova funcionalidade estará disponível para a en- trega das DMR respeitantes aos meses de outubro e se- guintes, sem prejuízo de as entidades pagadoras de rendimentos poderem, caso o pretendam, continuar a uti- lizar o procedimento atual para corrigir os valores decla- rados, ou seja, mediante a substituição da DMR do mês em que os rendimentos foram pagos.

A Subdiretora-Geral (Teresa Gil)»

OF 011 g

P

RINCIPAIS OBRIGAÇÕES FISCAIS NOVEMBRO WWW.PORTALDASFINANCAS.GOV.PT

SUMÁRIO ATÉ AO DIA10

- IVA - DECLARAÇÃO PERIÓDICA- PERIODICIDADE MENSAL(SET.14) - SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL- ENTREGA DE DECLARAÇÕES

(OUT.14)

- IRS - DECLARAÇÃO MENSAL DE REMUNERAÇÕESAT (OUT.14) ATÉ AO DIA17

- IVA - DEC. PERIÓDICA- PERIODICIDADE TRIMESTRAL(3ºTRIM.2014) ATÉ AO DIA20

- SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL- PAGAMENTO(OUT.14) - SEGURANÇA SOCIAL - INDEPENDENTES- PAGAMENTO(OUT.14) - FUNDOS DE COMPENSAÇÃO - PAGAMENTO(OUT.14) - IRC/IRS - RETENÇÕES NA FONTE(OUT.14)

- SELO - PAGAMENTO DO RELATIVO AOUT.14

- IVA - DECLARAÇÃO PERIÓDICA- PEQUENOS RETALHISTAS(3ºTRIM.2014) - IVA - DECLARAÇÃO RECAPITULATIVA- REGIMES MENSAL E TRIMESTRAL

ATÉ AO DIA25

- IVA - COMUNICAÇÃO ÀAT DAS FATURAS EMITIDAS EMOUT.14 ATÉ AO DIA31

- IUC - PAGAMENTO- VEÍCULOS C/ ANIVERSÁRIO DE MATRÍCULA EMNOV.14 - IMI - PAGAMENTO DA ÚLTIMA PRESTAÇÃO DOIMI RELATIVO A2013

gATÉ AO DIA 10

IVA - PERIODICIDADEMENSAL

Os sujeitos passivos enquadrados no regime normal de pe- riodicidade mensal devem proceder à entrega, pela Internet, da declaração periódica relativa ao IVA apurado no mês de

SETEMBRO DE2014, acompanhada dos anexos que forem de- vidos, e efetuar, se for caso disso, o competente pagamento.

SEGURANÇASOCIAL- REGIMEGERAL- DEC. REMUNERAÇÕES

Devem ser entregues as declarações (folhas) de remunera- ções relativas ao mês de OUTUBRO DE2014, exclusivamente através da Segurança Social Direta, incluindo o empregador que seja pessoa singular e com apenas um trabalhador ao seu serviço.

IRS - DECLARAÇÃOMENSAL DEREMUNERAÇÕES(AT)

As entidades que pagaram ou colocaram à disposição de re- sidentes em território português, em outubro de 2014, rendi- mentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda que dele isentos ou excluídos de tributação nos termos dos arti- gos 2º e 12º do CIRS, devem proceder ao envio, pela Inter- net, da Declaração Mensal de Remunerações (AT) para comunicação de tais rendimentos e respetivas retenções de imposto, das deduções efectuadas relativamente a contribui- ções obrigatórias para regimes de proteção social e subsis- temas legais de saúde e quotizações sindicais.

O envio da DMR é efetuado através dos Portais das Finanças ou da Segurança Social, estando DISPENSADAS DESTA OBRIGA-

ÇÃOas entidades que não exerçam atividades empresariais ou profissionais ou, exercendo-as, tais rendimentos não se relacionem exclusivamente com essas actividades, as quais podem optar por declarar tais rendimentos na declaração anual modelo 10.

gATÉ AO DIA 17

IVA – PERIODICIDADETRIMESTRAL

Os sujeitos passivos enquadrados no regime normal de pe- riodicidade trimestral deverão proceder ao envio, através da Internet, da declaração periódica relativa ao IVA apurado no 3º TRIMESTRE DE2014e efetuar, se for caso disso, o compe- tente pagamento.

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D IVERSOS

gATÉ AO DIA 20

SEGURANÇA SOCIAL – REGIMEGERAL- PAGAMENTO Deve ser efetuado o pagamento das contribuições relativas ao mês de OUTUBRO DE2014.

SEGURANÇA SOCIAL – INDEPENDENTES- PAGAMENTO

Deve ser efetuado o pagamento das contribuições relativas ao mês de OUTUBRO DE2014.

FUNDOS DE COMPENSAÇÃO - PAGAMENTO

Deve ser efetuado o pagamento das entregas devidas ao Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) e ao Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT) relativas a

OUTUBRO DE2014.

O pagamento é efetuado por multibanco ou homebanking, uti- lizando as referências do documento de pagamento previa- mente emitido, por iniciativa da empresa (a partir do dia 10), em www.fundoscompensacao.pt.

O pagamento corresponde a 1% da retribuição base e diu- turnidades pagas ou devidas aos trabalhadores (só dos ad- mitidos a partir de 1 de outubro de 2013), destinando-se 0,925% ao FCT e 0,075% ao FGCT e sendo realizados 12 pagamentos por ano (excluídos subsídios de férias e de Natal e outras prestações retributivas).

IRS/IRC - RETENÇÕES NAFONTE

Deve ser declarado através da Internet e entregue o IRS re- tido pelas entidades que, possuindo ou devendo possuir con- tabilidade organizada, atribuíram no mês de OUTUBRO DE2014 rendimentos enquadráveis nas CATEGORIASB(empresariais e profissionais), E(capitais) e F(prediais).

Também as entidades, com ou sem contabilidade organizada, que tenham pago ou colocado à disposição no mês de OUTU-

BRO DE2014 rendimentos enquadráveis nas CATEGORIASA (trabalho dependente) e H(pensões), deverão declarar pela mesma via e entregar o IRS retido na fonte.

O mesmo se diga para as importâncias retidas no mês de ou- tubro de 2014 sobre rendimentos sujeitos a IRC.

IMPOSTO DO SELO - PAGAMENTO

Deve ser declarado através da Internet e entregue pelas em- presas e outras entidades sobre quem recaia tal obrigação o imposto do selo liquidado no mês de OUTUBRO DE2014. IVA - PEQUENOSRETALHISTAS

Os sujeitos passivos enquadrados no regime especial dos pe- quenos retalhistas deverão proceder ao pagamento, na te- souraria de finanças competentes, do IVA apurado no 3º

TRIMESTRE DE2014, apresentando, no mesmo prazo, declara- ção adequada (mod. 1074), não havendo imposto a pagar.

IVA - DECLARAÇÃORECAPITULATIVA

- TRANSMISSÕESINTRACOMUNITÁRIAS

Deve ser entregue a Declaração Recapitulativa, via Internet, pelos sujeitos passivos do regime normal de periodicidade mensal que em OUTUBRO DE2014efetuaram transmissões in- tracomunitárias de bens e ou prestações de serviços a sujei- tos passivos registados noutros Estados Membros, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do artº 6º do CIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50.000.

Também os sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos

passivos registados noutros Estados Membros, em OUTUBRO DE2014, quando tais operações sejam aí localizadas nos ter- mos do artº 6º do CIVA, devem proceder à entrega da Decla- ração Recapitulativa, via Internet.

gATÉ AO DIA 25

IVA - COMUNICAÇÃO DAS FATURAS ÀAT

Os sujeitos passivos de IVA são obrigados a comunicar à AT, por via eletrónica, os elementos das faturas que emitiram em

OUTUBRO DE2014[artº 3º, nº 1, do DL 198/2012, de 24/8, na redação dada pela Lei 66-B/2012, de 31/12 (OE/2013)].

A comunicação é efetuada

(i) em tempo real, integrada em programa de faturação eletrónica; ou

(ii) através do envio de ficheiro SAF-T (PT); ou

(iii) por introdução direta no portal da AT (www.portaldas- financas.gov.pt); ou

(iv) por outra via eletrónica, a definir por portaria (ainda não publicada à data),

não podendo os sujeitos passivos alterar a modali- dade de comunicação por que optaram no decurso do ano civil.

Os sujeitos passivos obrigados a produzir o ficheiro SAF-T (PT) apenas podem efetuar a comunicação através das duas primeiras modalidades supra referidas.

gATÉ AO DIA 30

IMPOSTOÚNICO DECIRCULAÇÃO

Deve ser liquidado e pago o Imposto Único de Circulação (IUC) relativo a 2014 pelos veículos cujo aniversário de ma- trícula ocorra no mês de NOVEMBRO.

Os VEÍCULOS NOVOS ADQUIRIDOS EM 2014 devem liquidar e pagar o IUC nos 30 dias posteriores ao termo do prazo legal para o registo.

A liquidação do IUC é efetuada pelo próprio sujeito passivo através da Internet (obrigatório para as pessoas coletivas), podendo também sê-lo em qualquer serviço de finanças, em atendimento ao público (neste caso, até 1 de dezembro).

IMI – ÚLTIMA PRESTAÇÃO/ 2013

Deve ser efetuado o pagamento da última prestação do im- posto municipal sobre imóveis relativo a 2013, se o montante deste é superior a € 250.

O IMI é pago:

- numa única prestação, em Abril, caso seja igual ou inferior a € 250

- em 2 prestações, em Abril e Novembro, se superior a € 250 e não superior a € 500

- em 3 prestações, em Abril, Julho e Novembro, se superior a € 500.

IMPOSTO DO SELO / 2013 (PRÉDIOS E TERRENOS DE«LUXO») – ÚLTIMA PRESTAÇÃO

Deve ser efetuado o pagamento da última prestação (2ª ou 3ª) do imposto do selo previsto na verba 28 da Tabela Geral, referente a 2013, quando o seu montante seja superior a € 250,00 (esta verba respeita a prédios habitacionais e a terre- nos para construção de habitação com valor patrimonial tri- butário, nos termos do CIMI, igual ou superior a € 1.000.000).

A exemplo do IMI, este imposto é pago:

- numa única prestação, em Abril, caso seja igual ou inferior a € 250

- em 2 prestações, em Abril e Novembro, se superior a € 250 e não superior a € 500

- em 3 prestações, em Abril, Julho e Novembro, se superior a € 500.

(10)

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D IVERSOS

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E

MPRESAS DE CONSTRUÇÃO

No final de setembro de 2014 existiam 48.195 empresas ha- bilitadas para a atividade da construção, das quais 18.544 com alvará e 29.651 com título de registo. Mais 0,2% que em agosto p.p. (desde fevereiro que o nº tem vindo sucessiva- mente a aumentar, pese a descida contínua dos títulos de re- gisto)) mas menos 5,6% que em setembro de 2013, quando existiam mais 2.568 empresas habilitadas (das quais mais 764 com alvará). (fonte: INCI)

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P

RODUÇÃO DE ELETRICIDADE PARA AUTOCONSUMO E VENDA O DECRETO-LEI153/2014, de 20 de ou- tubro, aprovou o regime jurídico apli- cável à produção de eletricidade para autoconsumo (dito de outro modo,

«destinada a consumo na instalação de utilização associada à respetiva uni- dade produtora»), com ou sem ligação

à rede elétrica de serviço público (RESP), a partir de fontes de energia renováveis ou não renováveis (UPAC – Unidades de Produção para Autoconsumo).

Incorpora ainda os anteriores regimes, reformulados, relati- vos à microprodução e miniprodução, ora «pequena produ- ção», de eletricidade em baixa tensão a partir de fontes de energia renováveis (UPP – Unidades de Pequena Produção).

O REGIME DA PEQUENA PRODUÇÃO(até 250 kW) permite ao pro- dutor vender a totalidade da eletricidade à RESP com tarifa atribuída com base num modelo de licitação, no âmbito do qual os concorrentes oferecem descontos à tarifa de referên- cia, eliminando-se assim o regime remuneratório geral pre- visto nos anteriores regimes de miniprodução e microprodução. Quando não enquadrada naquele modelo, a unidade de produção deve ser objeto de controlo prévio e atri- buição de remuneração nos termos do regime jurídico da pro- dução de eletricidade em regime especial.

Já a ELETRICIDADE PRODUZIDA EM AUTOCONSUMOdestina-se pre- dominantemente a consumo na instalação associada à uni- dade de produção, com possibilidade de ligação à RESP para venda, a preço de mercado, da eletricidade não autoconsu- mida. Nesta modalidade de produção, o produtor beneficia quando a unidade de produção é dimensionada tendo em conta as efetivas necessidades de consumo da instalação.

A atividade de produção através de UPAC até 200 W de po- tência não está sujeita a qualquer registo, participação, auto- rização ou controlo prévio. Entre 200 W e potência inferior a 1,5 kW, está sujeita a comunicação prévia de exploração.

O titular de UPAC com potência instalada não superior a 1,5 kW que pretenda fornecer a eletricidade não consumida na instalação elétrica de utilização está sujeito a registo prévio e à obtenção de certificado de exploração, bem como às de- mais normas aplicáveis aos produtores.

O mesmo se aplica ao detentor de uma instalação elétrica de utilização sem ligação à RESP associada a uma unidade de produção que, independentemente da potência instalada, uti- liza fontes de energia renovável, e pretenda transacionar ga- rantias de origem.

O novo regime, que pode consultar em https://dre.pt/applica- tion/conteudo/58406974, entra em vigor no próximo dia 18 de janeiro de 2015.

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F

ISCALIZAÇÃO DO ESTACIONAMENTO EM ZONAS CONCESSIONADAS

Foram aprovadas pelo DE-

CRETO-LEI 146/2014, de 9 de outubro, as condições em que as empresas privadas conces- sionárias de estacionamento sujeito ao pagamento de taxa em vias sob jurisdição munici- pal podem exercer, através dos seus trabalhadores com fun- ções de fiscalização, a ativi- dade de fiscalização do estacionamento nas zonas que lhes estão concessionadas, devidamente delimitadas e sina- lizadas.

A estes trabalhadores é apenas permitida a atividade de fis- calização das contraordenações previstas no artigo 71º do Código da Estrada (estacionamento proibido):

ARTIGO71.º ESTACIONAMENTO PROIBIDO

1 - Nos parques e zonas de estacionamento é proibido esta- cionar:

a) Veículos destinados à venda de quaisquer artigos ou a publicidade de qualquer natureza;

b) Automóveis pesados utilizados em transporte pú- blico, quando não estejam em serviço, salvas as ex- ceções previstas em regulamentos locais;

c) Veículos de categorias diferentes daquelas a que o parque, zona ou lugar de estacionamento tenha sido exclusivamente afeto nos termos dos nºs 2 e 3 do ar- tigo anterior;

d) Por tempo superior ao estabelecido ou sem o paga- mento da taxa fixada nos termos do nº 2 do artigo anterior.

2 - Quem infringir o disposto no número anterior é sancionado com coima de:

a) € 30 a € 150, se se tratar do disposto nas alíneas b) e d);

b) € 60 a € 300, se se tratar do disposto nas alíneas a) e c).

Os trabalhadores da concessionária que exerçam funções de fiscalização devem estar ligados a esta por contrato de tra- balho sem termo, com o objeto expresso de funções de fis- calização do estacionamento sujeito ao pagamento de taxa, e possuir um perfil e formação adequados à função a de- sempenhar, a fixar por portaria. Devem igualmente ter sido reconhecidos pela ANSR como equiparados a agentes da au- toridade administrativa, na sequência de pedido de equipa- ração apresentado pela concessionária, e ser portadores de cartão de identificação (válido por 5 anos), aposto de modo vi- sível do lado esquerdo do peito, só podendo usar nas suas deslocações em serviço veículo caracterizado e aprovado, devidamente identificado como estando ao serviço de fun- ções de fiscalização.

E PELASCÂMARASMUNICIPAIS

A PORTARIA214/2014, de 16 de outubro, define as condições necessárias para atribuição às câmaras municipais da com- petência para processar e aplicar sanções nos processos contraordenacionais rodoviários por infrações ao artigo 71º do Código da Estrada («estacionamento proibido») cometi- das nas vias públicas sob jurisdição municipal.

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F ISCALIDADE

Referências

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