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Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

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Presidência da República

Casa Civil  

Subchefia para Assuntos Jurídicos  

LEI Nº 13.755, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2018.

Produção de efeito Mensagem de veto

Conversão da Medida Provisória nº 843, de 2018

Estabelece  requisitos  obrigatórios  para  a comercialização de veículos no Brasil; institui o Programa  Rota  2030 ­  Mobilidade  e  Logística;

dispõe  sobre  o  regime  tributário  de  autopeças não  produzidas;  e  altera  as  Leis  nos  9.440,  de 14  de  março  de  1997,  12.546,  de  14  de dezembro  de  2011,  10.865,  de  30  de  abril  de 2004, 9.826, de 23 de agosto de 1999, 10.637, de  30  de  dezembro  de  2002,  8.383,  de  30  de dezembro de 1991, e 8.989, de 24 de fevereiro de  1995,  e  o  Decreto­Lei  nº  288,  de  28  de fevereiro de 1967.

O  PRESIDENTE  DA  REPÚBLICA Faço  saber  que  o  Congresso  Nacional  decreta  e  eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DOS REQUISITOS OBRIGATÓRIOS E DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS PARA A COMERCIALIZAÇÃO E PARA A IMPORTAÇÃO DE VEÍCULOS NOVOS NO PAÍS

Seção I

Dos Requisitos Obrigatórios

Art.  1º    O  Poder  Executivo  federal  estabelecerá  requisitos  obrigatórios  para  a comercialização  de  veículos  novos  produzidos  no  País  e  para  a  importação  de  veículos  novos classificados  nos  códigos  87.01  a  87.06  da  Tabela  de  Incidência  do  Imposto  sobre  Produtos Industrializados (Tipi), aprovada pelo Decreto nº 8.950, de 29 de dezembro de 2016, relativos a:

I ­ rotulagem veicular;

II ­ eficiência energética veicular; e

III ­ desempenho estrutural associado a tecnologias assistivas à direção.

§  1º    A  fixação  dos  requisitos  previstos  nos  incisos  I,  II  e  III  do  caput  deste  artigo considerará critérios quantitativos e qualitativos, tais como o número de veículos comercializados ou importados, o atingimento de padrões internacionais e o desenvolvimento de projetos.

§  2º    O  cumprimento  dos  requisitos  de  que  trata  o  caput  deste  artigo  será  comprovado perante o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que definirá os termos e os prazos de comprovação e emitirá ato de registro dos compromissos.

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§  3º    O  disposto  no  caput  deste  artigo  não  exime  os  veículos  da  obtenção  prévia  do Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT) e do código de marca­modelo­versão do veículo do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), do Departamento Nacional de Trânsito do Ministério das Cidades, e da Licença para Uso da Configuração de Veículo ou Motor (LCVM), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

§  4º    Na  fixação  dos  requisitos  de  que  trata  este  artigo,  será  concedido  aos  bens importados  tratamento  não  menos  favorável  que  o  concedido  aos  bens  similares  de  origem nacional.

Art. 2º  O Poder Executivo federal poderá reduzir as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados  (IPI)  para  os  veículos  de  que  trata  o  caput  do  art.  1º  desta  Lei  em:       

(Produção de efeito)

I ­ até dois pontos percentuais para os veículos que atenderem a requisitos específicos de eficiência energética; e

II ­ até  um  ponto  percentual  para  os  veículos  que  atenderem  a  requisitos  específicos  de desempenho estrutural associado a tecnologias assistivas à direção.

§ 1º  Observado o disposto no § 2º, a redução de alíquota de que trata o inciso II do caput poderá  ser  concedida  somente  ao  veículo  cuja  alíquota  de  IPI  aplicável  já  tenha  sido  reduzida, nos termos do inciso I do caput deste artigo, em, no mínimo, um ponto percentual.

§ 2º  O somatório das reduções de alíquotas de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo fica limitado a dois pontos percentuais.

§ 3º  Na redução de alíquotas de que trata este artigo, será concedido aos bens importados tratamento não menos favorável que o concedido aos bens similares de origem nacional.

§ 4º  Os veículos híbridos equipados com motor que utilize, alternativa ou simultaneamente, gasolina  e  álcool  (flexibe  fuel  engine)  devem  ter  uma  redução  de,  no  mínimo,  três  pontos percentuais  na  alíquota  do  IPI  em  relação  aos  veículos  convencionais,  de  classe  e  categoria similares, equipados com esse mesmo tipo de motor.

Seção II

Das Sanções Administrativas

Art. 3º  A comercialização ou a importação de veículos no País sem o ato de registro dos compromissos de que trata o § 2º do art. 1º, por parte do fabricante ou do importador, acarretará multa compensatória de 20% (vinte por cento) incidente sobre a receita decorrente da venda dos veículos de que trata o art. 1º desta Lei.

Parágrafo único. Na hipótese de veículos importados, a multa compensatória de que trata o caput  deste  artigo  incidirá,  no  momento  da  importação,  sobre  o  valor  aduaneiro  acrescido  dos tributos incidentes na nacionalização.

Art.  4º    O  não  cumprimento  da  meta  de  eficiência  energética  de  que  trata  o  inciso  II  do caput do art. 1º desta Lei ensejará multa compensatória, nos seguintes valores:

I  ­  R$  50,00  (cinquenta  reais),  para  até  o  primeiro  centésimo,  inclusive,  maior  que  o consumo  energético  correspondente  à  meta  de  eficiência  energética  estabelecida,  expressa  em

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megajoules por quilômetro;

II  ­  R$  90,00  (noventa  reais),  a  partir  do  primeiro  centésimo,  exclusive,  até  o  segundo centésimo,  inclusive,  maior  que  o  consumo  energético  correspondente  à  meta  de  eficiência energética estabelecida, expressa em megajoules por quilômetro;

III ­ R$ 270,00 (duzentos e setenta reais), a partir do segundo centésimo, exclusive, até o terceiro  centésimo,  inclusive,  maior  que  o  consumo  energético  correspondente  à  meta  de eficiência energética estabelecida, expressa em megajoules por quilômetro; e

IV ­ R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais), a partir do terceiro centésimo, exclusive, para cada centésimo maior que o consumo energético correspondente à meta de eficiência energética estabelecida, expressa em megajoules por quilômetro.

Art.  5º    O  descumprimento  das  metas  de  rotulagem  veicular  de  âmbito  nacional  ou  de desempenho estrutural associado a tecnologias assistivas à direção de que tratam os incisos I e III do caput do art. 1º desta Lei ensejará multa compensatória, nos seguintes valores:

I ­ R$ 50,00 (cinquenta reais), para até 5% (cinco por cento), inclusive, menor que a meta estabelecida;

II ­ R$ 90,00 (noventa reais), de 5% (cinco por cento), exclusive, até 10% (dez por cento), inclusive, menor que a meta estabelecida;

III  ­  R$  270,00  (duzentos  e  setenta  reais),  de  10%  (dez  por  cento),  exclusive,  até  15%

(quinze por cento), inclusive, menor que a meta estabelecida;

IV ­ R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais), de 15% (quinze por cento), exclusive, até 20%

(vinte por cento), inclusive, menor que a meta estabelecida; e

V ­ 20%  (vinte  por  cento),  exclusive,  menor  que  a  meta  estabelecida  e,  a  cada  5  (cinco) pontos percentuais, será acrescido o valor de que trata o inciso IV do caput deste artigo.

Art.  6º    Os  valores  de  que  tratam  os  arts.  4º  e  5º  serão  multiplicados  pelo  número  de veículos licenciados a partir da regulamentação desta Lei e serão pagos na forma disposta no § 3º do art. 10 desta Lei.

Parágrafo  único.  O  somatório  das  multas  compensatórias  de  que  tratam  os  arts.  4º  e  5º desta Lei está limitado a 20% (vinte por cento) incidente sobre a receita decorrente da venda ou sobre o valor aduaneiro acrescido dos tributos incidentes na nacionalização, no caso de veículos importados, dos veículos que não cumprem os requisitos obrigatórios de que trata o art. 1º desta Lei.

CAPÍTULO II

DO PROGRAMA ROTA 2030 ­ MOBILIDADE E LOGÍSTICA Seção I

Dos Objetivos e das Diretrizes do Programa

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Art. 7º  Fica instituído o Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e Logística, com o objetivo de apoiar  o  desenvolvimento  tecnológico,  a  competitividade,  a  inovação,  a  segurança  veicular,  a proteção ao meio ambiente, a eficiência energética e a qualidade de automóveis, de caminhões, de ônibus, de chassis com motor e de autopeças.       (Produção de efeito)

Art. 8º  O Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e Logística terá as seguintes diretrizes:      

(Produção de efeito)

I ­ incremento da eficiência energética, do desempenho estrutural e da disponibilidade de tecnologias assistivas à direção dos veículos comercializados no País;

II ­ aumento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação no País;

III ­ estímulo à produção de novas tecnologias e inovações, de acordo com as tendências tecnológicas globais;

IV ­ incremento da produtividade das indústrias para a mobilidade e logística;

V  ­  promoção  do  uso  de  biocombustíveis  e  de  formas  alternativas  de  propulsão  e valorização da matriz energética brasileira;

VI ­ garantia da capacitação técnica e da qualificação profissional no setor de mobilidade e logística; e

VII ­ garantia da expansão ou manutenção do emprego no setor de mobilidade e logística.

Seção II

Das Modalidades de Habilitação ao Programa

Art. 9º  Poderão habilitar­se ao Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e Logística as empresas que:       (Produção de efeito)

I  ­  produzam,  no  País,  os  veículos  classificados  nos  códigos  87.01  a  87.06  da  Tipi, aprovada  pelo Decreto  nº  8.950,  de  29  de  dezembro  de  2016,  as  autopeças  ou  os  sistemas estratégicos para a produção dos veículos classificados nos referidos códigos da Tipi, conforme regulamento do Poder Executivo federal; ou

II ­ tenham projeto de desenvolvimento e produção tecnológica aprovado para a produção, no País, de novos produtos ou de novos modelos de produtos já existentes referidos no inciso I do caput  deste  artigo,  ou  de  novas  soluções  estratégicas  para  a  mobilidade  e  logística,  conforme regulamento do Poder Executivo federal.

§ 1º  A habilitação ao Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e Logística será concedida por ato do Ministro de Estado da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, com a comprovação anual do atendimento aos compromissos assumidos.

§ 2º  O projeto de desenvolvimento e produção tecnológica de que trata o inciso II do caput deste  artigo  compreenderá  a  pesquisa  para  o  desenvolvimento  de  novos  produtos  ou  de  novos modelos  de  produtos  já  existentes,  ou  de  novas  soluções  estratégicas  para  a  mobilidade  e logística, e investimentos em ativos fixos.

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§  3º    Poderão  ainda  habilitar­se  ao  Programa  Rota  2030  ­  Mobilidade  e  Logística,  nos termos do inciso II do caput, observado o disposto no § 2º deste artigo e conforme regulamento do Poder Executivo federal, as empresas que:

I ­ tenham em execução, na data de publicação da Medida Provisória nº 843, de 5 de julho de 2018, projeto de desenvolvimento e produção tecnológica para a instalação de novas plantas ou de projetos industriais;

II ­ tenham projeto de investimento nos termos dispostos no inciso III do § 2º do art. 40 da Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012, com a finalidade de instalação, no País, de fábrica de veículos leves com capacidade produtiva anual de até 35.000 (trinta e cinco mil) unidades e com investimento específico de, no mínimo, R$ 17.000,00 (dezessete mil reais) por veículo;

III ­ tenham projeto de investimento relativo à instalação de fábrica de veículos leves com capacidade  produtiva  anual  de  até  35.000  (trinta  e  cinco  mil)  unidades  e  com  investimento específico de, no mínimo, R$ 23.300,00 (vinte e três mil e trezentos reais) por veículo; ou

IV ­ tenham projeto de investimento relativo à instalação, no País, de linha de produção de veículos com tecnologias de propulsão alternativas à combustão.

§ 4º  As empresas de autopeças ou sistemas estratégicos ou soluções estratégicas para a mobilidade e logística de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo deverão:

I ­ ser tributadas pelo regime de lucro real; e

II ­ possuir centro de custo de pesquisa e desenvolvimento.

§  5º  No  fim  do  prazo  a  que  se  refere  o  art.  29  desta  Lei,  as  habilitações  vigentes  serão consideradas  canceladas  e  seus  efeitos  serão  cessados,  exceto  quanto  ao  cumprimento  dos compromissos assumidos.

Seção III

Dos Requisitos para a Habilitação

Art. 10.  Para fins de habilitação ao Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e Logística, o Poder Executivo federal estabelecerá requisitos relativos a:       (Produção de efeito)

I ­ rotulagem veicular;

II ­ eficiência energética veicular;

III ­ desempenho estrutural associado a tecnologias assistivas à direção; e IV ­ dispêndios com pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

§ 1º  Poderá habilitar­se ao Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e Logística a empresa que estiver em situação regular em relação aos tributos federais.

§  2º    A  empresa  interessada  em  habilitar­se  ao  Programa  Rota  2030  ­  Mobilidade  e Logística deverá comprovar que está formalmente autorizada a:

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I  ­  realizar,  no  território  nacional,  as  atividades  de  prestação  de  serviços  de  assistência técnica e de organização de rede de distribuição; e

II ­ utilizar as marcas do fabricante em relação aos veículos objeto de importação, mediante documento válido no Brasil.

§ 3º  Os dispêndios de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderão ser realizados sob a forma de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação e de programas prioritários de apoio ao desenvolvimento industrial e tecnológico para o setor automotivo e sua cadeia, conforme regulamento do Poder Executivo federal, em parceria com:

I ­ Instituições Científica, Tecnológica e de Inovação (ICTs);

II ­ entidades brasileiras de ensino, oficiais ou reconhecidas pelo poder público;

III ­ empresas públicas dotadas de personalidade jurídica de direito privado que mantenham fundos  de  investimento  que  se  destinem  a  empresas  de  base  tecnológica,  com  foco  no desenvolvimento e na sustentabilidade industrial e tecnológica para a mobilidade e logística; ou

IV ­ organizações sociais, qualificadas conforme a Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998, ou serviços  sociais  autônomos,  que  mantenham  contrato  de  gestão  com  o  governo  federal  e  que promovam  e  incentivem  a  realização  de  projetos  de  pesquisa  aplicada,  desenvolvimento  e inovação para o setor automotivo e sua cadeia.

§ 4º  A realização dos projetos de que trata o § 3º deste artigo, conforme regulamento do Poder  Executivo  federal,  desonera  as  empresas  beneficiárias  da  responsabilidade  quanto  à efetiva utilização dos recursos nos programas e projetos de interesse nacional nas áreas de que trata este artigo.

§  5º    Nas  hipóteses  de  glosa  ou  de  necessidade  de  complementação  residual  de dispêndios  em  pesquisa  e  desenvolvimento  tecnológico  de  que  trata  o  inciso  IV  do  caput  deste artigo,  a  empresa  poderá  cumprir  o  compromisso  por  meio  de  depósitos  em  contas  específicas para  aplicação  em  programas  prioritários  de  apoio  ao  desenvolvimento  industrial  e  tecnológico para a mobilidade e logística, limitados ao montante equivalente a 20% (vinte por cento) do valor mínimo necessário para o cumprimento do requisito.

§  6º    O  cumprimento  dos  requisitos  de  que  trata  este  artigo  será  comprovado  perante  o Ministério  da  Indústria,  Comércio  Exterior  e  Serviços,  que  definirá  os  termos  e  os  prazos  de comprovação.

§ 7º  O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços encaminhará à Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, em até 3 (três) anos, contados da utilização dos  créditos  de  que  trata  esta  Lei,  os  resultados  das  auditorias  relativas  ao  cumprimento  dos requisitos de habilitação ao Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e Logística.

§ 8º  Os requisitos mínimos estabelecidos nos incisos I, II e III do caput deste artigo serão iguais ou superiores àqueles estipulados, respectivamente, nos incisos I, II e III do caput do art. 1º desta Lei.

§ 9º  Na fixação dos requisitos previstos neste artigo, será concedido aos bens importados tratamento não menos favorável que o concedido aos bens similares de origem nacional.

Seção IV

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Dos Incentivos do Programa

Art.  11.    A  pessoa  jurídica  habilitada  no  Programa  Rota  2030  ­  Mobilidade  e  Logística poderá deduzir do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) devidos o valor correspondente à aplicação da alíquota e adicional do  IRPJ  e  da  alíquota  da  CSLL  sobre  até  30%  (trinta  por  cento)  dos  dispêndios  realizados  no País,  no  próprio  período  de  apuração,  desde  que  sejam  classificáveis  como  despesas operacionais pela legislação do IRPJ e aplicados em:       (Produção de efeito)

I ­ pesquisa, abrangidas as atividades de pesquisa básica dirigida, de pesquisa aplicada, de desenvolvimento experimental e de projetos estruturantes; e

II  ­  desenvolvimento,  abrangidas  as  atividades  de  desenvolvimento,  de  capacitação  de fornecedores,  de  manufatura  básica,  de  tecnologia  industrial  básica  e  de  serviços  de  apoio técnico.

§ 1º  A dedução de que trata o caput deste artigo não poderá exceder, em cada período de apuração, o valor do IRPJ e da CSLL devido com base:

I ­ no lucro real e no resultado ajustado trimestral;

II ­ no lucro real e no resultado ajustado apurado no ajuste anual; ou

III ­ na base de cálculo estimada, calculada com base na receita bruta e acréscimos ou com base no resultado apurado em balanço ou balancete de redução.

§ 2º  O valor deduzido do IRPJ e da CSLL apurado a partir da base de cálculo estimada de que trata o inciso III do § 1º deste artigo:

I ­ não será considerado IRPJ e CSLL pagos por estimativa para fins do cálculo do tributo devido no ajuste anual e do tributo devido no balanço de redução e suspensão posteriores; e

II  ­  poderá  ser  considerado  na  dedução  do  IRPJ  e  da  CSLL  devidos  no  ajuste  anual, observado o limite de que trata o § 1º deste artigo.

§ 3º  A parcela apurada na forma do caput excedente ao limite de dedução previsto no § 1º deste  artigo  somente  poderá  ser  deduzida  do  IRPJ  e  da  CSLL  devidos,  respectivamente,  em períodos de apuração subsequentes, e a dedução será limitada a 30% (trinta por cento) do valor dos tributos.

§ 4º  Na hipótese de dispêndios com pesquisa e desenvolvimento tecnológico considerados estratégicos,  sem  prejuízo  da  dedução  de  que  trata  o  caput  deste  artigo,  a  empresa  poderá beneficiar­se de dedução adicional do IRPJ e da CSLL correspondente à aplicação da alíquota e adicional do IRPJ e da alíquota da CSLL sobre até 15% (quinze por cento) incidentes sobre esses dispêndios,  limitados  a  45%  (quarenta  e  cinco  por  cento)  dos  dispêndios  de  que  trata  o  caput deste artigo.

§ 5º  São considerados dispêndios estratégicos com pesquisa e desenvolvimento aqueles que atendam ao disposto no caput deste artigo e, adicionalmente, sejam relativos à manufatura avançada,  conectividade,  sistemas  estratégicos,  soluções  estratégicas  para  a  mobilidade  e logística,  novas  tecnologias  de  propulsão  ou  autonomia  veicular  e  suas  autopeças, desenvolvimento  de  ferramental,  moldes  e  modelos,  nanotecnologia,  pesquisadores  exclusivos,

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big  data,  sistemas  analíticos  e  preditivos  (data  analytics)  e  inteligência  artificial,  conforme regulamento do Poder Executivo federal.

§ 6º  As deduções de que trata este artigo:

I  ­  somente  poderão  ser  efetuadas  a  partir  de  1º  de  janeiro  de  2019  para  as  empresas habilitadas até essa data; e

II  ­  somente  poderão  ser  efetuadas  a  partir  da  habilitação  para  as  empresas  habilitadas após 1º de janeiro de 2019.

§ 7º  O valor do benefício fiscal não estará sujeito a qualquer correção, inclusive pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).

§  8º    O  valor  da  contrapartida  do  benefício  fiscal  previsto  neste  artigo,  reconhecido  no resultado operacional, não será computado na base de cálculo das contribuições para o Programa de  Integração  Social  (PIS)  e  para  o  Programa  de  Formação  do  Patrimônio  do  Servidor  Público (Pasep), da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), do IRPJ e da CSLL.

Art.  12.   Os  benefícios fiscais de que trata  o art. 11  desta  Lei  não  excluem  os  benefícios previstos no Decreto­Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, na Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, nos arts. 11­B e 11­C da Lei nº 9.440, de 14 de março de 1997, no art. 1º da Lei nº 9.826, de 23  de  agosto  de  1999,  no  regime  especial  de  tributação  de  que  trata  o art.  56  da  Medida Provisória  nº  2.158­35,  de  24  de  agosto  de  2001,  e  na Lei  nº  11.196,  de  21  de  novembro  de 2005.       (Produção de efeito)

Seção V

Do Acompanhamento do Programa

Art. 13.  Fica instituído o Grupo de Acompanhamento do Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e  Logística,  composto  por  representantes  do  Ministério  da  Fazenda,  do  Ministério  da  Indústria, Comércio Exterior e Serviços e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, com o objetivo de  definir  os  critérios  para  monitoramento  dos  impactos  do  Programa,  conforme ato do Ministro de Estado da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.       (Produção de efeito)

§ 1º  O Grupo de Acompanhamento de que trata o caput deste artigo:

I ­ deverá ser implementado até 31 de dezembro de 2018;

II ­ terá o prazo de 6 (seis) meses, após sua implementação, para definir os critérios para monitoramento e avaliação dos impactos do Programa; e

III  ­  deverá  divulgar,  anualmente,  relatório  com  os  resultados  econômicos  e  técnicos advindos da aplicação do Programa no ano anterior.

§ 2º  O relatório de que trata o inciso III do § 1º deste artigo:

I  ­  será  elaborado  pelo  Ministério  da  Indústria,  Comércio  Exterior  e  Serviços,  sob  a supervisão do Grupo de Acompanhamento do Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e Logística; e

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II ­ deverá conter os impactos decorrentes dos dispêndios beneficiados pelo Programa Rota 2030  ­  Mobilidade  e  Logística  na  produção,  no  emprego,  nos  investimentos,  na  inovação  e  na agregação de valor do setor automobilístico.

Art.  14.    Ficam  criados  o  Observatório  Nacional  das  Indústrias  para  a  Mobilidade  e Logística  e  o  Conselho  Gestor  do  Observatório,  constituído  por  representantes  do  governo,  do setor  empresarial,  dos  trabalhadores  e  da  comunidade  científica,  responsável,  entre  outras atribuições, por acompanhar o impacto do Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e Logística no setor e  na  sociedade,  conforme  ato  do  Ministro  de  Estado  da  Indústria,  Comércio  Exterior  e Serviços.       (Produção de efeito)

Seção VI

Das Sanções Administrativas

Art. 15.  O descumprimento de requisitos, de compromissos, de condições e de obrigações acessórias  previstos  nesta  Lei,  no  seu  regulamento  ou  em  atos  complementares  do  Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e Logística poderá acarretar as seguintes penalidades:       (Produção de efeito)

I ­ cancelamento da habilitação com efeitos retroativos;

II ­ suspensão da habilitação; ou

III ­ multa de até 2% (dois por cento) sobre o faturamento apurado no mês anterior à prática da infração.

Art. 16.  A penalidade de cancelamento da habilitação:       (Produção de efeito) I ­ poderá ser aplicada nas hipóteses de:

a) descumprimento do requisito de que trata o inciso IV do caput do art. 10 desta Lei; ou b)  não  realização  do  projeto  de  desenvolvimento  e  produção  tecnológica  de  que  trata  o inciso II do caput do art. 9º desta Lei; e

II  ­  implicará  o  recolhimento  do  valor  equivalente  ao  IRPJ  e  à  CSLL  não  recolhido  ou  o estorno  do  prejuízo  fiscal  e  da  base  de  cálculo  negativa  de  CSLL  formados  em  função  do benefício até o último dia útil do mês seguinte ao cancelamento da habilitação.

Parágrafo único. Na hipótese de a empresa possuir mais de uma habilitação ao Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e Logística, o cancelamento de uma delas não afetará as demais.

Art.  17.    A  penalidade  de  suspensão  da  habilitação  poderá  ser  aplicada  nas  hipóteses de:       (Produção de efeito)

I ­ verificação de não atendimento pela empresa habilitada da condição de que trata o § 1º do art. 10 desta Lei; ou

II ­ descumprimento, por mais de 3 (três) meses consecutivos, de obrigação acessória de que trata o art. 18 desta Lei.

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Parágrafo único. Ficará suspenso o usufruto dos benefícios de que trata esta Lei enquanto não forem sanados os motivos que deram causa à suspensão da habilitação.

Art. 18.  A penalidade de multa de que trata o inciso III do caput do art. 15 desta Lei poderá ser  aplicada  à  empresa  que  descumprir  obrigação  acessória  relativa  ao  Programa  Rota  2030  ­ Mobilidade e Logística prevista nesta Lei, em seu regulamento ou em ato específico do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.       (Produção de efeito)

Art. 19.  O descumprimento dos requisitos de que tratam os incisos I, II e III do caput do art.

10 desta Lei pelas empresas habilitadas no Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e Logística enseja a aplicação das sanções previstas nos arts. 4º, 5º e 6º desta Lei.       (Produção de efeito)

CAPÍTULO III

DO REGIME DE AUTOPEÇAS NÃO PRODUZIDAS

Art.  20.    Fica  instituído  o  regime  tributário  para  a  importação  das  partes,  peças, componentes,  conjuntos  e  subconjuntos,  acabados  e  semiacabados,  e  pneumáticos,  sem capacidade de produção nacional equivalente, todos novos.       (Produção de efeito)

Art.  21.    Será  concedida  isenção  do  imposto  de  importação  para  os  produtos  a  que  se refere o art. 20 desta Lei quando destinados à industrialização de produtos automotivos.      

(Produção de efeito)

§  1º    O  beneficiário  do  regime  tributário  poderá  realizar  a  importação  diretamente  ou  por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora.

§ 2º  O Poder Executivo federal relacionará os bens objeto da isenção a que se refere o caput deste artigo por classificação fiscal na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

Seção I Dos Conceitos

Art. 22.  Para fins do disposto nos arts. 20 e 21 desta Lei, considera­se:       (Produção de efeito)

I ­ capacidade de produção nacional: a disponibilidade de tecnologia, de meios de produção e de mão de obra para fornecimento regular em série;

II ­ equivalente nacional: o produto intercambiável de mesma tecnologia ou que cumpra a mesma função;

III ­ produtos automotivos:

a) automóveis e veículos comerciais leves com até 1.500 kg (mil e quinhentos quilogramas) de capacidade de carga;

b) ônibus;

c) caminhões;

(11)

d) tratores rodoviários para semirreboques;

e) chassis com motor, incluídos os com cabina;

f) reboques e semirreboques;

g) carrocerias e cabinas;

h) tratores agrícolas, colheitadeiras e máquinas agrícolas autopropulsadas;

i) máquinas rodoviárias autopropulsadas; e j) autopeças; e

IV  ­  autopeças:  peças,  incluídos  pneumáticos,  subconjuntos  e  conjuntos  necessários  à produção  dos  veículos  listados  nas  alíneas  a  a  i  do  inciso  III  do  caput,  e  as  necessárias  à produção  dos  bens  indicados  na  alínea  j  do  inciso  III  do  caput  deste  artigo,  incluídas  as destinadas ao mercado de reposição.

Seção II Dos Beneficiários

Art. 23.  São beneficiários do regime tributário instituído no art. 20 desta Lei as empresas habilitadas que importem autopeças destinadas à industrialização dos produtos automotivos a que se refere o art. 22 desta Lei.       (Produção de efeito)

Parágrafo  único.  Poderão  habilitar­se  a  operar  no  regime  tributário  instituído  no  art.  20 desta Lei as empresas que atendam aos termos, aos limites e às condições estabelecidos pelo Poder Executivo federal.

Seção III

Do Prazo e da Aplicação do Regime

Art.  24.    Os  bens  importados  com  a  isenção  de  que  trata  o  art.  21  desta  Lei  serão integralmente aplicados na industrialização dos produtos automotivos pelo prazo de 3 (três) anos, contado da data de ocorrência do fato gerador do imposto de importação.       (Produção  de efeito)

§ 1º  O beneficiário que não promover a industrialização no prazo a que se refere o caput deste  artigo  fica  obrigado  a  recolher  o  imposto  de  importação  não  pago  em  decorrência  da isenção  usufruída,  acrescido  de  juros  e  multa  de  mora,  nos  termos  de  legislação  específica, calculados a partir da data de ocorrência do fato gerador.

§ 2º  O Poder Executivo federal disporá sobre o percentual de tolerância no caso de perda inevitável no processo produtivo.

Art.  25.    A  isenção  do  imposto  de  importação  de  que  trata  o  art.  21  desta  Lei  fica condicionada à realização, pela empresa habilitada, de dispêndios, no País, correspondentes ao montante  equivalente  à  aplicação  da  alíquota  de  2%  (dois  por  cento)  do  valor  aduaneiro  em projetos  de  pesquisa,  desenvolvimento  e  inovação  e  em  programas  prioritários  de  apoio  ao

(12)

desenvolvimento  industrial  e  tecnológico  para  o  setor  automotivo  e  sua  cadeia,  conforme regulamento do Poder Executivo federal, em parceria com:       (Produção de efeito)

I ­ ICTs;

II ­ entidades brasileiras de ensino, oficiais ou reconhecidas pelo poder público;

III ­ empresas públicas dotadas de personalidade jurídica de direito privado que mantenham fundos  de  investimento  que  se  destinem  a  empresas  de  base  tecnológica,  com  foco  no desenvolvimento e na sustentabilidade industrial e tecnológica para a mobilidade e logística; ou

IV ­ organizações sociais, qualificadas conforme a Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998, ou serviços  sociais  autônomos,  que  mantenham  contrato  de  gestão  com  o  governo  federal  e  que promovam  e  incentivem  a  realização  de  projetos  de  pesquisa  aplicada,  desenvolvimento  e inovação para o setor automotivo e sua cadeia.

§ 1º  Para fins do disposto no caput deste artigo, aplicam­se os §§ 4º e 6º do art. 10 desta Lei.

§ 2º  Os dispêndios de que trata o caput deste artigo deverão ser realizados até o último dia útil do segundo mês­calendário posterior ao mês de realização das importações, contado o prazo a partir da data do desembaraço aduaneiro.

Seção IV

Das Sanções Administrativas

Art. 26.  O beneficiário do regime tributário deverá comprovar anualmente a realização dos dispêndios  de  que  trata  o  art.  25  desta  Lei,  conforme  regulamento  do  Poder  Executivo federal.       (Produção de efeito)

§ 1º  Aplica­se sanção de suspensão da habilitação ao beneficiário que não comprovar a realização dos dispêndios de que trata o art. 25 desta Lei, até o pagamento da multa de que trata o § 2º deste artigo.

§ 2º  Aplica­se multa de 100% (cem por cento) sobre a diferença entre o valor do dispêndio de que trata o caput do art. 25 desta Lei e o valor efetivamente realizado.

CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 27.  As políticas públicas e as regulações dirigidas ao setor automotivo observarão os objetivos e as diretrizes do Programa Rota 2030 ­ Mobilidade e Logística.  (Produção de efeito)

Art.  28.    O  Poder  Executivo  federal  regulamentará  esta  Lei  no  prazo  de  30  (trinta)  dias, contado da data de sua publicação.

Art. 29.  Os benefícios de que trata esta Lei poderão ser usufruídos pelo prazo de 5 (cinco) anos, na forma da Lei nº 13.473, de 8 de agosto de 2017.

(13)

Art.  30.    A Lei  nº  9.440,  de  14  de  março  de  1997,  passa  a  vigorar  com  as  seguintes alterações:

“Art. 11­C.  As empresas referidas no § 1º do art. 1º desta Lei, habilitadas  nos  termos  do  art.  12  desta  Lei,  farão  jus  a  crédito presumido  do  Imposto  sobre  Produtos  Industrializados  (IPI),  como ressarcimento  das  contribuições  de  que  tratam  as  Leis Complementares  nºs  7,  de  7  de  setembro  de  1970,  e 70,  de  30  de dezembro  de  1991,  em  relação  às  vendas  ocorridas  entre  1º  de janeiro  de  2021  e  31  de  dezembro  de  2025,  desde  que  apresentem projetos  que  contemplem  novos  investimentos  e  pesquisa  para  o desenvolvimento de novos produtos ou de novos modelos de produtos já  existentes,  podendo  contemplar  os  produtos  constantes  dos projetos de que trata o § 1º do art. 11­B que estejam em produção e que atendam aos prazos dispostos no § 2º do art. 11­B desta Lei.

§  1º    Os  novos  projetos  de  que  trata  o  caput  deste  artigo deverão ser apresentados até 30 de junho de 2020 e deverão atender aos  valores  mínimos  de  investimentos  realizados  pela  empresa habilitada na região incentivada no período de 1º de janeiro de 2021 a 31  de  dezembro  de  2025,  na  forma  estabelecida  pelo  Poder Executivo.

§  2º  O  crédito  presumido  será  equivalente  ao  resultado  da aplicação das alíquotas previstas no art. 1º da Lei nº 10.485, de 3 de julho de 2002, sobre o valor das vendas no mercado interno, em cada mês, dos produtos constantes dos projetos de que trata o caput deste artigo, multiplicado por:

I  ­  1,25  (um  inteiro  e  vinte  e  cinco  centésimos),  até  o  12º (décimo segundo) mês de fruição do benefício; 

II  ­  1,0  (um  inteiro),  do  13º  (décimo  terceiro)  ao  48º (quadragésimo oitavo) mês de fruição do benefício;

III  ­  0,75  (setenta  e  cinco  centésimos),  do  49º  (quadragésimo nono) ao 60º (sexagésimo) mês de fruição do benefício.

§ 3º  (VETADO).

§  4º    O  benefício  de  que  trata  este  artigo  fica  condicionado  à realização de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica  na  região,  inclusive  na  área  de  engenharia  automotiva, correspondentes  a,  no  mínimo,  10%  (dez  por  cento)  do  valor  do crédito presumido apurado.

§ 5º  O cumprimento dos requisitos apresentados nos §§ 1º e 4º deste  artigo  será  comprovado  perante  o  Ministério  da  Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que definirá os termos e os prazos de comprovação.

§  6º    O  Ministério  da  Indústria,  Comércio  Exterior  e  Serviços encaminhará  à  Secretaria  da  Receita  Federal  do  Brasil  do  Ministério da Fazenda, em até 3 (três) anos, contados da utilização dos créditos

(14)

de  que  trata  este  artigo,  os  resultados  das  auditorias  relativas  ao cumprimento dos requisitos referidos no § 5º deste artigo.

§ 7º  (VETADO).”

“Art.  16.

 ...

Parágrafo  único.   Para  efeito  de  interpretação,  o  regime  de tributação de que trata o art. 56 da Medida Provisória nº 2.158­35, de 24  de  agosto  de  2001,  não  impede  nem  prejudica  a  fruição  dos benefícios e incentivos fiscais de que tratam os arts. 1º, 11, 11­A, 11­B e 11­C desta Lei.” (NR)

Art. 31.  (VETADO).

Art. 32. (VETADO).

Art.  33.    Os  arts.  7º  e  9º  do Decreto­Lei  nº  288,  de  28  de  fevereiro  de  1967,  passam  a vigorar com as seguintes alterações:

“Art.  7º

 ...

...

§ 13.  O tratamento tributário estabelecido no caput e nos §§ 4º e 9º deste artigo, aplicáveis às posições 8711 a 8714, estende­se aos quadriciclos  e  triciclos  e  às  respectivas  partes  e  peças, independentemente do código da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

§ 14.  (VETADO).” (NR)

“Art.  9º

 ...

...

§  2º A  isenção  de  que  trata  este  artigo  não  se  aplica  às mercadorias referidas no § 1º do art. 3º deste Decreto­Lei, excetuados os quadriciclos e triciclos e as respectivas partes e peças.” (NR)

Art. 34.  (VETADO).

Art. 35.  (VETADO).

Art. 36.  (VETADO).

Art. 37.  (VETADO).

(15)

Art. 38.  (VETADO).

Art. 39.  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação e produzirá efeitos:

I ­ a partir de 2022, quanto ao art. 2º;

II ­ a partir de 1º de agosto de 2018, quanto aos arts. 7º a 19 e 27;

III ­ a partir de 1º de janeiro de 2019, quanto aos arts. 20 a 26; e IV ­ na data de sua publicação, quanto aos demais artigos.

Brasília, 10 de  dezembro  de 2018; 197o da Independência e 130o da República.

 MICHEL TEMER

Eduardo Refinetti Guardia Marcos Jorge

Grace Maria Fernandes Mendonça

Este texto não substitui o publicado no DOU de 11.12.2018  *

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Referências

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