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CADEIAS DE VALOR E AGRONEGÓCIO

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Academic year: 2022

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FORMAÇÃO EM CADEIA DE VALOR DE MILHO TEXTO DE APOIO

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© Copyright PDAC – Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial, Todos os direitos reservados

Este conteúdo faz parte integrante e só pode ser utilizado no contexto da plataforma SMART AgriFinance (smart-agrifinance.com) do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial de Angola

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Índice

1. Introdução ... 4

2. Conceito de Agronegócio ... 5

3. Cadeia de Valor vs. Cadeia de Fornecimento ... 8

4. Logística de Entrada ... 14

5. Operações de Produção – Cadeia de Valor do Milho ... 17

5.1. Preparação do Solo ... 19

5.2. Sementeira ... 21

5.3. Adubação do milho... 24

5.4. Métodos e sistemas de rega ... 26

5.4.1. Método de rega por superfície (gravidade) ... 28

5.4.2. Método de rega por aspersão ... 28

3.4.3. Método de rega localizada ... 30

5.5. Escolha de Variedades ... 30

5.6. Colheita ... 32

5.7. Secagem ... 33

5.8. Conservação do grão ... 33

5.8. Comercialização ... 36

6. Logística de Saída ... 38

7. Marketing ... 40

8. Actividades de Apoio ... 42

9. Referências Bibliográficas ... 45

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1. Introdução

O termo agricultura foi usado para entender a produção agro-pecuária em toda a sua extensão, ou seja, desde o abastecimento de insumos necessários para a produção até à industrialização e à distribuição dos produtos obtidos.

Porém, nas últimas décadas, esse sector económico passou por muitas transformações, tornando-se muito mais complexo e abrangente.

As transformações foram tão grandes que o entendimento do sector somente como agricultura passou a ser insuficiente, porque as actividades, antes desenvolvidas quase exclusivamente dentro das fazendas, passaram a ser efectuadas predominantemente fora, tanto antes como depois da produção agro-pecuária propriamente dita.

Para que haja produção agro-pecuária e para que o produto chegue ao consumidor, aparece um complexo de actividades sociais, agronómicas, zootécnicas, agro-industriais, industriais, económicas, administrativas, mercadológicas, logísticas e outras.

Assim, a produção agro-pecuária deixou de ser "coisa" de agrónomos, de veterinários, de agricultores e de pecuaristas, para ocupar um contexto muito complexo e abrangente, que é o do Agronegócio, envolvendo outros segmentos.

O presente manual foi elaborado para diferentes técnicos que lidam directa ou indirectamente aos agronegócios como objectivo principal servir de instrumento para orientação, consulta sobre o funcionamento de uma cadeia de valor vinculada ao agronegócio.

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2. Conceito de Agronegócio

Em termos gerais, pode se definir agronegócio como o conjunto de todas as operações e transacções envolvidas desde a fabricação dos insumos agro- pecuários, as operações de produção nas unidades agro-pecuárias, até ao processamento, distribuição e consumo dos produtos agro-pecuários 'in natura' ou industrializados".

Pela definição original, agronegócio é a soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção nas unidades agrícolas, do armazenamento, do processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles. As funções dos agronegócios podem ser descritas em sete níveis, a saber:

• Suprimentos à produção

• Produção

• Transformação

• Acondicionamento

• Armazenamento

• Distribuição

• Consumo

Para uma melhor compreensão, pode-se dividir o agronegócio em três partes:

Antes da porteira (compostos basicamente pelos fornecedores de insumos e serviços, máquinas, agro-químicos) correctivos, sementes, financiamento);

Dentro da porteira (conjunto de actividades desenvolvidas dentro das unidades produtivas agro-pecuárias propriamente dita, que

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envolve preparo de solos, amanhos culturais, irrigação, colheita, criações e outras);

Depois da porteira (refere-se as actividades de armazenamento, industrialização, embalagem; distribuição e consumo.

Diagrama do Agronegócio:

Entretanto, é fundamental compreender o agronegócio dentro de uma visão Antes da Porteira

▪ Máquinas e equipamentos

▪ Fertilizantes

▪ Sementes

▪ Defensivos

▪ Rações

▪ Fármacos

▪ Tecnologia

Dentro da Porteira

▪ Produção agrícola

▪ Produção pecuária

▪ Outros

Depois da Porteira

▪ Exportação

▪ Indústria alimentícia

▪ Indústria de bebidas

▪ Outros

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▪ Suprimentos à produção agro-pecuária

▪ Produção agro-pecuária propriamente dita

▪ Transformação

▪ Acondicionamento

▪ Armazenamento

▪ Distribuição

▪ Consumo

▪ Serviços complementares (publicidade, bolsas de mercadorias, políticas públicas etc.)

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3. Cadeia de Valor vs. Cadeia de Fornecimento

A cadeia de valor e a cadeia de fornecimento, se analisadas de forma conjunta, entende-se como redes de empresas e processos que se unem para fornecer um produto de boa qualidade, a baixo custo e em tempo hábil para seus clientes. Contudo, apesar desta semelhança, em termos específicos, uma dista da outra.

Cadeia de valor, em uma organização, é um processo que visa à criação de valor para os consumidores. Para isso, é estruturado um fluxograma de todas as actividades consideradas fundamentais de um negócio. Esse modelo ajuda a criar uma melhor organização e permite melhorar a eficácia da empresa.

A cadeia de valor descreve uma variedade de actividades que devem trazer o produto ou serviço desde sua concepção, através de diferentes fases de produção (implicação de uma combinação de transformação física e a entrada de vários produtos e serviços) até a entrega aos consumidores finais.

Apesar de serem processos adoptados pelas empresas para gerenciar as actividades de produção e agregação de valor, com o objectivo de fornecer ao cliente um produto de boa qualidade, capaz de satisfazer suas necessidades a baixo custo, existe uma diferença entre cadeia de valor e cadeia de suprimentos.

Cadeia de Valor é uma sequência de actividades que se inicia com a origem dos recursos e vai até o descarte do produto

pelo último consumidor.

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Por sua vez, uma cadeia de fornecimento consiste numa série integrada de actividades, englobando desde o fornecimento das matérias-primas, até a entrega do produto ao consumidor final.

Também pode ser entendido como a integração da empresa com todas as firmas da cadeia de suprimentos, onde fornecedores, clientes e provedores externos de meios logísticos compartilham informações e planos necessários para tornar o canal mais eficiente e competitivo.

Em suma, numa cadeia de valor “as actividades de valor estão relacionadas por meio de elos dentro da cadeia de valor”, já na cadeia de fornecimento “é a rede de organizações envolvidas, por meio de vínculos a montante e a jusante, nos diferentes processos e actividades que produzem valor na forma de produtos e serviços destinados ao consumidor final”.

3.1. Principais Actores e Actividades Desenvolvidas na Cadeia de Fornecimento

Em termos gerais, uma cadeia de fornecimento é constituída por diferentes organizações que se dedicam na realização de uma actividade especifica

A cadeia de fornecimento tem a ver com a gestão do aprovisionamento, algo que é feito de forma mais ou menos

eficaz por todas as empresas e de uma forma relativamente rotineira.

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ligada directa e/ou indirectamente ao produto final, conforme são apresentados no diagrama abaixo.

1. Forncedores de insumos Responsável pela produção da matéria- prima que posteriormente será usada pelas processadoras

2. Processadores

Transforma a matéria-prima em produtos ou bens comercializáveis e de utilidade para as etapas seguintes da cadeia de valor

3. Distribuidores É o agente responsável pela movimentação e manuseio dos produtos para os pontos de venda 4. Retalhistas

É aquele que comercializa o produto em pequenas quantidades directamente ao consumidor

5. Consumidores

É o destinatário de todas as etapas, já que é pensando nele e na sua satisfação que as empresas desenvolvem suas actividades

6. Serviços de Suporte Investigação, desenvolvimento tecnológico, transporte, o Estado, transporte, marketing, serviços financeiros, etc.

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3.2. Principais Actividades Desenvolvidas numa Cadeia De Valor

Conforme discutido anteriormente, ficou claro que uma cadeia de valor corresponde a uma séria de actividades levadas por vários sectores de uma determinada organização, com vista a agregação de valor a um bem ou serviço a ser entregue posteriormente ao consumidor final.

Partindo desse princípio, Michael Porter descreveu uma cadeia de actividades comuns a todas as organizações e as dividiu em actividades primárias e de apoio, como mostramos abaixo:

As actividades primárias envolvem:

Logística interna ou de entrada: relacionamento com fornecedores é decisivo para a criação de valor;

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Operações: máquinas, embalagens, montagem, manutenção de equipamento, testes e demais actividades de criação de valor que transformam as entradas em produto final;

Logística externa ou de saída: actividades associadas com a entrega do produto/serviço ao cliente;

Marketing e vendas: processos utilizados para convencer os clientes a comprarem os seus produtos/serviços;

Serviços: actividades que mantêm e aumentam o valor dos produtos/serviços após a compra;

▪ As actividades de apoio dão suporte às actividades primárias. Sua classificação genérica é feita em quatro categorias.

Por sua vez as actividades de apoio constituem:

Infra-estrutura: sistemas de apoio para manter as operações diárias.

Inclui a gestão geral, administrativa, legal, financeira, contábil, entre outras;

Gestão de Recursos Humanos: actividades associadas ao recrutamento, desenvolvimento, retenção de talentos e compensação de colaboradores e gestores. Como as pessoas são uma fonte de valor importantíssima para qualquer negócio, empresas podem criar grandes vantagens ao utilizarem boas práticas de RH;

Desenvolvimento tecnológico: actividades que apoiam as actividades da cadeia de valor, como automação de processos, por exemplo;

Aquisição/compras: processos realizados com o objectivo de adquirir os recursos necessários para manter a empresa em operação: aquisição de matérias-primas, serviços etc. Também inclui a busca por fornecedores e a negociação dos melhores preços.

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Para um melhor entendimento, nos próximos capítulos abordaremos de forma mais detalhadas sobre as actividades primárias e de apoio realizadas numa organização. Relativamente as actividades primárias, vamos dar mais atenção as actividades referentes a operações, tendo como foco a cadeia de valor de milho.

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4. Logística de Entrada

As empresas estão inseridas em um ambiente cada vez mais competitivo, pelo que a logística passou então a integrar mais as suas actividades logísticas, buscando agregar valor e benefícios a todos aqueles que compõem a cadeia de valor, dos fornecedores até o cliente final.

O objectivo principal da logística é reduzir os custos e maximizar os lucros da organização. Este objectivo é alcançado através da agilidade de informação e flexibilização no atendimento de entrega dos produtos aos consumidores. A cadeia logística pode ser descrita no fluxo abaixo:

O processo de aquisição de insumos é composto por 6 grandes estágios, nomeadamente:

Previsão e planeamento - é necessário saber o que será vendido, para então calcular qual a necessidade de compra para a produção de tal produto/serviço. É preciso que a previsão das necessidades de insumos seja confiável no que concerne a quantidades, qualidade e prazos de entrega.

Requisições - Trata-se de um documento que oficializa que determinado sector, dentro da empresa, precisará da quantidade “x” do material “y” no momento “z”.

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Identificação do fornecedor - escolha dos fornecedores tendo em conta os seguintes factores:

▪ Condições de entrega e serviço;

▪ Desempenho real no atendimento de pedidos anteriores;

▪ Continuidade do fornecimento;

▪ Determinação e o encontro da qualidade certa;

▪ Estabelecimento de padrões;

▪ Potencial para atender a demanda da empresa;

▪ Localização de uma fonte de insumos, afinal a distância entre fontes de matéria-prima e comprador geralmente influência no tempo necessário entrega;

▪ Confiabilidade dos prazos de entrega.

Contratação/Ordem de compras - definido o fornecedor de quem se vai adquirir o produto, deve-se então emitir um documento ao fornecedor com todos os dados necessários para o perfeito entendimento do que se pretende comprar.

Recebimento do material/serviço - O departamento de compras é responsável por acompanhar a entrega das ordens de compras. Este acompanhamento deve ser activo, desde o momento do pedido até à efectiva entrega. Para o caso da cadeia de valor de milho que se pretende abordar, as matérias-primas seriam os seguintes por exemplo:

• Sementes;

• Fertilizantes;

• Insecticidas, herbicidas, fungicidas;

• Óleos e combustíveis

• Correctores de solo, entre outros.

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Pagamento e medição do desempenho - os eventos críticos relacionados à compra devem ser guardados num banco de dados que relacione o material comprado, o fornecedor, e o evento.

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5. Operações de Produção – Cadeia de Valor do Milho

O milho (Zea mays L.) é o segundo cereal mais importante em termos de produção no mundo, depois do trigo e arroz, mas é o primeiro quanto ao rendimento por hectare.

O milho é um cereal versátil, que apresenta uma vasta gama de utilizações, desde o consumo directo – na forma de milho verde, comercializado por pequenos produtores –, até à produção de subprodutos por grandes indústrias de áreas diversas, tais como: química, farmacêutica, de bebidas e de combustível.

O milho é fonte de energia, proteína, gordura e fibras; sua composição (em base seca) é de aproximadamente 72% de amido, 9,5% proteínas, 9% fibra e 4% de óleo. O grão é dividido em três partes, sendo elas: endosperma, que representa a maior parte do grão e é constituído basicamente de amido e menor quantidade de proteínas; gérmen, fonte de óleo; e o pericarpo, que é a casca (Paes, 2006).

O milho pode ser usado para:

• Semente

• Alimentação humana

• Amido

• Álcool

• Adoçante

• Alimento animal (rações)

• Extracto do geme é usado como óleo de cozinha

• A casca é rica em proteína e é usado para a alimentação animal De forma geral, conforme o diagrama abaixo, a partir do milho podem ser obtidos pelo menos os seguintes subprodutos.

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Para o bom desenvolvimento e produtividade da cultura de milho, são necessárias as seguintes condições:

• Boa distribuição da chuva (entre 450-600 mm durante seu ciclo), dias quentes (temperaturas médias diárias de Verão maior que 19oC), noites frescas (temperaturas médias nocturnas maiores que 12.8oC e menores que 25oC);

• Solos de textura média, bem drenados e com temperaturas maiores que 10oC para germinação.

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A fase crítica da cultura de milho, é a fase de florescimento e enchimento do grão. Nesta fase, a cultura requer humidade suficiente, temperatura entre 15oC a 30oC, de modo a não ter perdas a 100% da produção.

5.1. Preparação do Solo

A preparação do solo deve garantir a longo prazo a manutenção da produtividade do solo, através de uma adequada conservação do solo, manutenção ou aumento do conteúdo da matéria orgânica, preservação da estrutura do solo e estabilidade dos poros.

A selecção da área para sementeiras é crucial pois existem áreas de fácil inundação durante a época chuvosa. Importante afastar da zona de criação de animais para evitar danos.

Aconselha-se a NUNCA usar fogo para a limpeza do terreno para o cultivo, pois está-se a empobrecer o solo, criando condições para sua degradação.

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Existem pelo menos 4 principais formas de preparar o solo para garantir a produção de qualquer cultura.

a) Sem lavoura/ Lavoura reduzida

Vulgarmente denominada “Zero Tillage”/ “Minimum tillage”, consiste no uso de herbicidas para eliminar o capim antes da sementeira.

b) Lavoura manual

Consiste no uso de enxadas, seja de cabo curto ou longo. Recomendado para áreas muito pequenas. Quase não tem vantagem, pois requer muita mão-de- obra e muito tempo para lavrar uma área para produzir milho suficiente para um agregado familiar.

c) Lavoura mecanizada

Recorre-se ao uso de charruas acopladas ao tractor ou com recurso à tracção animal para a realização das actividades.

Recomenda-se para áreas não muito pequenas. Tem a vantagem de preparar uma boa cama para semente e preparar condições adequadas para a rega por sulcos. A sua desvantagem é que requer

fundos para aluguer do tractor e custos com combustível. Se o capim for muito e grande, ou se tiver muitas raízes no solo, recomenda-se duas lavouras.

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d) Gradagem e abertura de sulcos

Após as lavouras, se o terreno tiver muitas ondulações e/ou com muitos torrões, recomenda- se a realização de duas gradagens. Aconselha-se que a primeira seja feita 15 dias antes da segunda.

Este intervalo é para a germinação das infestantes que serão eliminadas na segunda gradagem. A segunda gradagem deve ser feita imediatamente antes da sementeira para que as restantes sementes das infestantes não germinem antes da semente da cultura. As gradagens devem-se cruzar entre elas, mas a primeira deve cruzar a última lavoura.

5.2. Sementeira

a) Tipos de sementeira

A sementeira do milho pode ser feita de forma manual ou mecanizada.

i. Sementeira manual é aquela que se faz usando a enxada ou matraca.

Este tipo de sementeira tem a desvantagem de consumir muita mão- de-obra e por não assegurar uniformidade na profundidade da sementeira, portanto, não são recomendados para áreas são grandes.

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A matraca é um instrumento simples, munido de recipientes para semente e adubo.

ii. Sementeira Mecanizada - é feita com base em semeadoras que se ligam ao tractor.

Nesta, a semente e adubo são depositados em simultâneo. É recomendada para áreas não pequenas e terrenos não lamacentos.

A profundidade da sementeira é uniforme, mas tem a desvantagem de não poder ser feita nos dias de chuva.

b) Época de Sementeira

A época de sementeira influencia o rendimento de milho, devido à sua relação com a chuva, temperatura, humidade do ar e surgimento das pragas e doenças. Contudo, não é fácil recomendar datas de sementeira para agricultores que dependem inteiramente da chuva, em virtude das incertezas em relação ao início das quedas das chuvas. Assim, aconselha-se que se espere até ao início das chuvas para se lançar a semente, assegurando-se, no entanto, que a floração ocorra nos períodos de maior probabilidade de precipitação.

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c) Profundidade de Sementeira

A profundidade de sementeira depende do tipo de solos e da sua humidade no momento da sementeira.

Para solos leves a semente deve ser colocada a uma maior profundidade, e para solos pesados a semente deve ser colocada a uma menor profundidade, para que as plântulas consigam furar até à superfície durante a emergência.

De um modo geral, uma profundidade de sementeira de 2.5 cm é considerada baixa, enquanto que uma de 8 cm é considerada profunda, sendo a profundidade normal de 5 cm.

d) Taxa de sementeira, densidade e compasso

A quantidade de semente de milho necessária para semear um hectare varia de 20 a 25 Kg. Esta variação deve-se principalmente à variação do tamanho da semente.

A densidade (número de plantas por superfície) é o parâmetro principal para a obtenção de bons rendimentos. A densidade dependerá do sistema de produção, das condições climáticas, do nível de fertilidade dos solos e, em alguma medida, da variedade.

Os diferentes espaçamentos entre linhas podem ser combinados com diferentes espaçamentos entre plantas na mesma linha para atingir as densidades dentro do intervalo recomendado, conforme a tabela abaixo.

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Combinação de diferentes espaçamentos e densidades resultantes

Adaptada do Bueno (1992)

Nos casos em que são mantidas duas plantas por covacho, o espaçamento entre os covachos deve ser duplicado, mantendo-se o espaçamento entre linhas. O compasso mais usado em sistemas de produção é de 0.80 x 0.25 e 0.75 x 0.25 para obtenção de maior número de plantas por hectare.

5.3. Adubação do milho

A adubação é uma operação que tem como objectivo restituir ao solo os nutrientes extraídos pela cultura, isto é, manter ou melhorar a fertilidade do solo.

Sendo assim, antes de adubar, é importante conhecer o nível de fertilidade do solo através de laboratórios de análises de fertilidade de solo e dar recomendações para a adubação necessária.

Entre linhas Entre Plantas na mesma linha 0.75

0.25 53,333 0.75

0.30 44,444 0.80

0.25 50,000 0.80

0.30 41,667 0.90

0.25 44,444 0.90

0.30 37,037 1.00

0.25 40,000 Compasso

Densidade (Plantas/

ha)

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Resultados de pesquisas indicam que para um rendimento de grão de milho de 1 tonelada, o milho extrai do solo cerca de 20 kg de nitrogénio, 4 kg de fósforo e 20 kg de potássio.

Portanto, uma cultura de milho, produzindo cerca de 5-6 toneladas de grão por hectare, retira do solo cerca de 100-120 kg de N, 20-30 kg de P2O5 e 100- 120 kg de K2O por hectare. Pode se também cobrir essas necessidades usando adubação orgânica, sendo necessária 2 a 4 toneladas de excretos animais para cobrir um hectare.

Dependendo do momento em que se aplica o adubo, a adubação pode ser de fundo ou de cobertura.

a) Adubação de fundo

Tem como objetivo fornecer os nutrientes para o desenvolvimento vigoroso das plantas. É feita antes ou na altura da sementeira.

No momento da sementeira o adubo é colocado de forma localizada, manual ou mecanicamente. A localização do adubo em relação à posição da semente é variável, podendo situar-se abaixo ou ao lado dos covachos da semente.

O recomendado durante a adubação de fundo seria a aplicação de adubo composto por vários macronutrientes (exemplo NPK) e este nas quantidades recomendadas de acordo com as condições nutricionais do solo.

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b) Adubação de cobertura

A adubação de cobertura tem como objectivo fornecer os restantes 2/3 da dose total do Azoto necessário, para responder à exigência que a cultura tem nas fases de rápido crescimento e produção.

Para o efeito são usados adubos simples nitrogenados, altamente solúveis e de fácil absorção. A adubação de cobertura pode ser feita de uma só vez ou fraccionada em duas. O fraccionamento é recomendado nos solos leves ou quando as precipitações na região são elevadas.

A adubação de cobertura é geralmente feita 4 semanas depois da emergência.

Quando se pretende fazer duas adubações de cobertura, o terceiro terço da dose total do azoto necessário é colocado no início da floração, o que acontece entre os 45 – 60 dias, dependendo da variedade.

5.4. Métodos e sistemas de rega

O objectivo da rega é fornecer água às plantas na quantidade necessária e no momento próprio para que desse modo se obtenham níveis de produtividade adequados e inclusive, melhor qualidade do produto final.

Aconselha-se a fazer aplicação somente quando estiver húmido suficiente ou se tiver condições de regar logo apos a aplicação para evitar evaporação do adubo.

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Designa-se por método de rega, a forma pela qual a água é aplicada às culturas, sendo os principais métodos de rega, os seguintes:

• Superfície

• Aspersão

• Localizada

Em função do tipo de método, existem dois ou mais sistemas de rega.

A cultura do milho requer 450-600 mm de água durante todo o seu ciclo.

Contudo, as fases mais críticas de necessidade de água são após a sementeira, início da floração e enchimento do grão. Após a aplicação de adubos é também imprescindível assegurar uma boa humidade do solo.

Não existe nenhuma variedade de milho que seja resistente à seca.

Um método e um sistema de rega adequado é aquele que propicie ao agricultor, a possibilidade de utilizar a água (um bem cada vez mais escasso e mais caro) com a máxima eficiência, aumentando a produtividade das culturas, reduzindo os custos de produção e, desse modo, maximizar o retorno dos investimentos feitos pelo empresário agrícola.

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5.4.1. Método de rega por superfície (gravidade)

No método de rega por superfície, a distribuição da água ocorre por gravidade através da superfície do solo. Os dois sistemas de rega de superfície são em faixas e em sulcos. Neste texto de apoio, vamos falar somente do sistema de regas por sulcos.

a) Método de rega por superfície - Sistema de rega por sulcos

Na cultura do milho, o sistema de rega por superfície mais adequado é o de sulcos que são canais em terra, também designados por regos.

5.4.2. Método de rega por aspersão

No método de rega por aspersão, a aplicação de água ao solo é realizada através de aspersores, havendo uma fragmentação do jato de água lançado sob pressão na atmosfera, caindo sobre a

cultura na forma de chuva e atingindo o solo.

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a) Método de rega por aspersão - Sistema de rega por aspersão convencional

Os sistemas de rega por aspersão podem ser fixos, semifixos e portáteis.

Quando os sistemas são fixos, quer as linhas principais quer as laterais permanecem na mesma posição durante a rega de toda a área.

b) Método de rega por aspersão - Sistema de rega por aspersão com pivô O pivô central é um sistema de rega por aspersão que gira em torno do seu próprio eixo 360o e em que o fornecimento de água é realizado através de uma adutora e um conjunto de motobomba, a qual bombeia água de um rio, ribeira, barragem, etc. A área a regar não deve ser superior a 70 hectares.

Este sistema é pois, indicado para regar em círculos ou em sectores

c) Método de rega por aspersão – Sistema de rega por aspersão com canhão

A rega por aspersão com canhão móvel consiste basicamente num único canhão móvel, o qual é montado num carrinho que se desloca longitudinalmente ao longo da área a regar.

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3.4.3. Método de rega localizada

No método de rega localizada utilizam-se gotejadores, tubo poroso ou microaspersores, sendo por isso, a água aplicada apenas numa fracção do sistema radicular das plantas, o que reduz a área molhada entre 20 a 80% da área total, com a consequente economia de água

a) Sistema de rega gota-a-gota com gotejadores

No sistema de rega gota-a-gota com gotejadores a água é aplicada de forma pontual na superfície do solo.

Os gotejadores são instalados na linha da cultura, sobre a linha ou numa extensão dessa mesma linha. É um sistema em que os gotejadores são sujeitos a entupimentos frequentes e por isso será necessário que haja uma boa filtragem da água ao longo de todo o sistema.

5.5. Escolha de Variedades

A produtividade de uma cultura depende da qualidade de semente utilizada.

O grão de milho é considerado semente quando pode germinar normalmente. Para tal, deverá apresentar as seguintes características:

• Pureza genética e varietal;

• Elevado poder germinativo;

• Livre de doenças e pragas.

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Existem dois tipos principais de variedades de milho: variedades de polinização aberta (OPV) e variedades híbridas.

a) Variedades de polinização aberta

São aquelas que no momento da produção de semente não existe controle sobre o processo de polinização (livre). A produção resultante da sementeira de uma variedade OPV pode ser utilizada como semente na campanha seguinte, de forma contínua, sem reposição por duas ou três campanhas.

b) Variedades híbridas

São aquelas que no momento da produção de semente existe controle sobre o processo de polinização. A produção resultante da sementeira de um híbrido não pode ser usada como semente na campanha seguinte. Exemplo de variedades híbridas:

• Olipa, Hluvukane;

• PAN 67;

• SC 513;

• Branco redondo;

• SAM3;

• Chianga;

• Modombe;

• Canjala;

• Matuba, etc.

Existem outras variedades que podem ser encontradas no mercado. A produtividade do tipo de variedade.

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5.6. Colheita

A colheita deve ser feita quando o grão tiver baixa humidade e que seja fácil secar fora do campo. A colheita pode ser feita de forma manual ou mecânica, dependendo da área e das condições do agricultor.

Na colheita manual, a planta inteira pode ser quebrada, mas frequentemente, quebra-se a espiga com a mão sem utilização de instrumentos, sendo a espiga armazenada com ou sem a casca.

A colheita mecânica é feita com equipamento acoplado ao tractor que colhem as espigas, podendo debulhar em simultâneo. Esses equipamentos são conhecidos como “autocombinadas” que normalmente são constituídas por uma unidade de “apanha”, uma unidade de debulha, uma unidade de limpeza, uma unidade de armazenamento e um sistema de controle.

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5.7. Secagem

A secagem é uma das operações chave de pós-colheita, uma vez que todas as operações subsequentes são dependentes desta.

O grão de milho deve ser secado até 13% de humidade. O ideal é secar o milho no campo até esses teores de humidade e, em seguida efectuar a colheita, mas na prática, mantendo o milho no campo este fica sujeito a condições adversas de temperatura, humidade, ataque de pássaros, insectos e microrganismos. Portanto, o principal objectivo de se realizar a secagem é diminuir o tempo que o milho ficaria aguardando a colheita.

Um simples e rápido teste de humidade do grão de milho pode ser feito tirando amostras de grão em diferentes lugares no secador e tentar parti-los com os dentes. O resultado deve ser de 2 ou mais pedaços por cada grão da amostra dependendo do tipo de variedade usada. Se o teste for positivo significa que o grão possui humidade menor que 15%.

5.8. Conservação do grão

A conservação do milho depende do período de armazenamento. A temperatura e humidade do grão são dois factores determinantes do período para o armazenamento.

Os principais métodos utilizados incluem:

• Celeiros tradicionais e contentores feitos de bamboo, palha, etc.

• Celeiros melhorados;

• Sacos de juta;

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• Contentores de plástico hermeticamente fechados e contentores de metal;

• Silos metálicos e de concreto.

Celeiros Tradicionais

• Níveis baixos de ventilação;

• Normalmente armazenada com palha;

• A cultura deve permanecer no campo por um período mais longo para secar suficientemente;

• Podem não ser suficientemente seguros contra os roedores.

Celeiros melhorados

• São bem ventilados, permitindo a colheita com um teor mais elevado de humidade, portanto colheitas mais precoces;

• Protegem contra o ataque de ratos;

• Os custos são baixos

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Silos

Armazenam o grão a “granel”;

• Requerem uma ventilação artificial ou uma nova secagem do grão;

• Requerem inspecções frequentes para se observar eventuais migrações de humidade;

• Adequado para o controle de insectos, pois podem ser fumigados;

• Requerem um bom maneio;

• Custos de capital e de operação elevados.

Armazém

Para a conservação de milho dentro de um armazém é necessário:

• Armazenar o milho em sacos de juta;

• Uma secagem inicial, mas são mais tolerantes que o armazenamento a granel;

o A produção em sacos permite um controle moderado contra os insectos;

o Podem ser fumigados para prevenir reinfestações de insectos.

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• Prevenir que a humidade do pavimento alcance a produção (uso de plásticos, estacas, estruturas de madeira, etc.);

• Prevenir que a humidade das paredes alcance a produção (manter distância);

• Empilhar os sacos adequadamente para permitir:

a) Óptimo uso do espaço b) Facilidade de limpeza

c) Facilidade de inspecção da incidência de ratos e insectos d) Facilidade de contagem dos sacos

5.8. Comercialização

Existem várias formas de comercialização de milho no fim da campanha.

Alguns agricultores juntam em grupos e procuram mercado local para vender a um preço acessível quando comparado ao vender isolado. Os agricultores isolados têm diversas desvantagens pois para além de não conseguir negociar o preço devido as quantidades limitadas, muitas das vezes vende ao nível da vila de residência onde a maioria dos agricultores também produziram milho.

Os agricultores associados têm a vantagem de negociar o preço de venda, bem como poderem escolher o melhor mercado. Actualmente, os grandes e médios agricultores estão investindo no sistema de armazenagem de milho para posterior venda na altura de escassez. O único problema recai na necessidade de investimento num armazém ou celeiro melhorado acompanhado de tratamento e monitoria do grão durante o período de conservação.

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Na maioria dos agricultores vendem o milho em grão, sendo necessário investir mão de obra para debulhar e ensacar. Os custos desde a sementeira até a debulha devem ser acautelados na altura de venda do milho para poder ver a rentabilidade da produção.

Existem algumas alternativas que o agricultor pode implementar com vista a conseguir vende o milho a preço alto.

i. A primeira delas seria o agricultor depositar sua produção num armazém comercial que permita vender pelo menos 6 meses mais tarde e as despesas de armazenagem descontadas.

ii. A segunda seria o agricultor procurar por si melhores mercados fora da sua área de produção. A terceira seria ter compradores fixos e com contractos se possível, no qual toda a produção de uma certa área ele vende a empresa contratadora. Geralmente, esta últimas tem tido problemas de negociação de preços, saindo o agricultor a perder pois a compra é no período de pico.

iii. Outra alternativa de comercialização que o agricultor pode usar seria semear milho em blocos separados, sendo uma porção grande com variedade melhorada e variedade tardia para comercialização, enquanto outro bloco menor com uma variedade precoce para alimentar a família.

Muitos agricultores vendem sua produção em forma de grão debulhado enquanto uma menor parte vende o milho fresco, em forma de maçaroca.

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6. Logística de Saída

Uma das características dos produtos agrícolas é a sazonalidade da produção.

Salvo raras excepções, esses produtos são colhidos uma única vez ao ano, porque são dependentes das condições climáticas.

Armazenamento

Devido à sazonalidade da produção agro-pecuária, o armazenamento é imprescindível durante toda a comercialização, e durante todo o ano, inclusive nos períodos entre campanhas.

O armazém não melhora a qualidade do produto, no máximo conserva suas características existentes imediatamente antes da armazenagem. Portanto, uma falha em qualquer das etapas não poderá ser corrigida na etapa seguinte.

Distribuição

Durante o processo de distribuição é importante que se tenha em conta alguns aspectos como:

▪ Tipo de transporte necessário para escoamento

▪ Local de aquisição de transporte

▪ Capacidade do transporte de escoamento

▪ Canais de distribuição

▪ Formas de distribuição

▪ Infra-estrutura de apoio;

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▪ Equipamentos de transporte;

▪ Qualidade dos produtos.

A pontualidade e a assiduidade também são necessárias na análise das alternativas de transporte, porque os produtos têm que chegar ao cliente no tempo certo e com assiduidade.

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7. Marketing

Marketing é o conjunto de actividades humanas que tem por objectivo a identificação e a satisfação das necessidades e criação de desejos. Esta satisfação ao cliente pode ser compreendida e agregada através do Marketing Mix, que constitui um conjunto de instrumentos à disposição para implementar uma estratégia de marketing.

Os 4Ps constituem um mix de marketing típico - Preço, Produto, Promoção e Praça.

No entanto, hoje em dia, o mix de marketing inclui cada vez mais vários outros Ps como Embalagem, Posicionamento, Pessoas e até política como elementos vitais do mix.

Preço

Há que se ter em conta os seguintes indicadores: custos de produção, margem de lucro, capacidade do grupo-alvo em comprar o produto, leis existentes para limite de margem de lucro, formas de pagamento.

Produto

É importante observar: descrição do produto, embalagem, como o produto será oferecido, rotulagem, qualidade e quantidade do produto, capacidade de oferta, disponibilidade/ sazonalidade.

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Praça

É importante que esteja definido o local de venda online ou presencial, vias de acesso para chegar ao local, estado das infra-estruturas do local de venda.

Promoção é o elo de comunicação entre vendedores e compradores. As empresas usam meios muitos diferentes para enviar suas mensagens sobre bens, serviços e ideias. A mensagem pode ser comunicada directamente pelo pessoal de vendas, ou indirectamente por meio de anúncios e promoções de vendas.

A estratégia de promoção pode ser feita por meio de:

▪ Concursos e premiações;

▪ Liquidação e descontos;

▪ Cartões de fidelidade;

▪ Brindes e presentes;

▪ Eventos para divulgação da empresa;

▪ Parcerias.

Segmento Do Mercado - um segmento de mercado consiste na identificação dos potenciais clientes a partir de suas preferências, poder de compra, localização geográfica, atitudes de compra e hábitos de compra similares.

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8. Actividades de Apoio

Administração e Gestão

Gestão é o processo que visa atingir os objectivos e as metas de uma organização, de forma eficiente e eficaz, através de organização, planeamento, liderança e controlo dos recursos disponíveis.

Em uma empresa, a gestão envolve várias áreas como, a financeira, produção, administração pública, materiais, marketing, gestão de pessoas (RH), gestão sistémica, sistemas de informação, organização, sistemas e métodos e comércio internacional.

Planificação de Actividades

Envolve a definição dos objectivos e das metas, a decisão sobre as tarefas a realizar e a selecção dos recursos (Humanos, Financeiros, Materiais, Tecnológicos) necessários para atingir as metas objectivos delineados.

Gestão Financeira

Designa-se por gestão financeira o conjunto de acções e procedimentos administrativos, envolvendo a planificação, análise e controle das actividades financeiras da empresa, visando a maximizar os resultados Económicos – Financeiros decorrentes de suas actividades operacionais.

A gestão financeira interliga-se com todas as áreas da empresa desde a Administração Geral; Vendas; Marketing; Sistemas de Informação; Produção ou Contabilidade.

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Gestão de Recursos Humanos

A Gestão de Recursos Humanos (GRH) é uma função de gestão que auxilia no processo de selecção, treinamento, remuneração, legislação, desenvolvimento políticas relacionamento e estratégias de retenção dos recursos humanos de uma determinada organização.

Estabelecimento de Parcerias Estratégicas

Parceria nada mais é que a definição de um acordo de cooperação entre duas ou mais partes a fim de atingirem objectivos comuns.

Os objectivos mais comuns na efectivação de parcerias entre empresas é a diversificação de seus negócios, divisão dos riscos e assim minimizá-los, acesso a novas tecnologias, capital e marketing, os principais erros são individualismo, falta de confiança e comunicação entre os lados.

Os graus das parcerias podem ser influenciados por diversos factores:

▪ Compartilhar sucesso;

▪ Expectativas de longo prazo;

▪ Múltiplos pontos de contacto;

▪ Aprendizagem conjunta;

▪ Coordenação conjunta de actividades;

▪ Transparência de informações;

▪ Resolução conjunta dos problemas;

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Certificação Agrícola

As empresas que possuem esses certificados ganham destaque no mercado, oferecendo um diferencial aos consumidores que optam pelos seus serviços.

É importante destacar que as Normas ISO buscam padronizar o funcionamento administrativo da instituição.

Benefícios Da Certificação Iso

▪ Redução de custos operacionais;

▪ Aumento da satisfação de clientes;

▪ Aumento de produtividade;

▪ Atracção de novos consumidores;

▪ Maior competitividade;

▪ Conquista de novos de mercado;

▪ Motivação da equipe de colaboradores.

Para o caso da agricultura, recomenda-se que a organização implemente as normas da GLOBALGAP e posterior obtenção da certificação. A GlobalGap é um conjunto internacionalmente reconhecido de padrões agrícolas dedicados às Boas Práticas Agrícolas (GAP).

Para consumidores e retalhistas, o certificado GLOBALGAP é uma garantia de que os alimentos atingem níveis aceitos de segurança e qualidade e foram produzidos de forma sustentável, respeitando a saúde, segurança e bem- estar dos trabalhadores, o meio ambiente e considerando as questões de bem-estar animal.

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9. Referências Bibliográficas

1. Chrispeels, M.J. e Sadava, D.E. (2003) Plants, Genes, and Crop Biothecnology. Second edition. Jones and Bartlett Publishers.

2. Bueno, A. (1992) Efeitos de espaçamentos e densidades nas principais características agronómicas do Milho. INIA. Série Investigação Número 15.

3. Segeren, P., Oever, R.V. e Compton, J.(1994) Pragas ,doenças e ervas daninhas nas culturas alimentares em Moçambique. MINAG, INIA, Maputo.

4. Nunes, E., Sousa, D. & Sataric. (1982) Recent research on the Principal Factors Limiting Maize Production in Mozambique. MINAG, INIA, Maputo.

5. Senete, C., Rachide, H., Fato, P. (2004) Adubação Nitrogenada das variedades EV8430SR, Changalane, Sussuma e Tsangano em Umbeluzi.

UEM, FAEF, Maputo.

6. SETSAN (2007). Estratégia e Plano de Acção de Segurança Alimentar e Nutricional 2008-2015: Segurança Alimentar e Nutricional, um Direito para um Moçambique sem Fome e Saudável. Maputo

7. Cugala D., Agostinho T., Madogolele N., Simbine A., Lázaro A., Nhamuhave A., Vaz A., Pacho D. (2017). Situação actual da Lagarta do Funil de Milho, Spodoptera frugiperda em Moçambique: Uma ameaça séria à produção de milho e segurança alimentar. MASA, FAEF/UEM e DSV, Maputo

8. Uaiene R. (2006) Introdução de Novas Tecnologias Agrícolas e Estratégias de Comercialização no Centro de Moçambique. Série de Relatórios de Pesquisa. Instituto de Investigação Agrária de Moçambique – DFDTT.

Maputo

9. Massinga R., Ecole C., Ibraímo M., Mulima E., Magaia E., Tauzene M.

(2012) Maneio integrado da Striga e Broca de milho em Zonas de Ocorrência simultânea em Moçambique. Financiado pela USAID. Maputo

Referências

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