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UNIFICAÇÕES TARDIAS DA ALEMANHA E DA ITÁLIA. Prof. Victor Creti Bruzadelli

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Academic year: 2022

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(1)

UNIFICAÇÕES TARDIAS DA ALEMANHA E DA ITÁLIA

Prof. Victor Creti Bruzadelli

(2)

Nação e nacionalismo

Nacionalismo:

Século XIX:

Revoluções;

Romantismo;

Símbolos nacionais.

“A Nação, em seu significado mais simples, é uma comunidade humana, estabelecida neste determinado território, com unidade étnica, histórica, linguística, religiosa e/ou econômica. O Estado seria, nesse sentido, o setor administrativo de uma Nação”

(SILVA, Kalina V; SILVA, Maciel H. Dicionário de conceitos históricos)

(3)

Nacionalismo alemão

Território invadido pelo Império Romano;

Formação do Império Carolíngio;

Sacro-Império Romano Germânico na Idade Média;

Guerra dos Trinta Anos (1618-1648):

Disputas religiosas levaram à fragmentação em diversos reinos;

Invasão Napoleônica e criação da Confederação do Reno (1806-13);

Criação de sentimentos nacionais.

(4)

Nacionalismo alemão

(5)

A Unificação Alemã

Congresso de Viena (1815):

Supremacia francesa e prussiana;

Princípio do equilíbrio;

Confederação Germânica, sob controle político da

Áustria;

Conflito de interesses entre Prússia e Áustria.

“Após a derrota de Napoleão, os representantes dos países vencedores reuniram-se em um congresso na cidade de Viena para solucionar os problemas surgidos em consequência da Revolução Francesa. Esse congresso contou com a participação de quase todos os estados europeus afetados pelas conquistas napoleônicas. Aproveitando-se das rivalidades entre os quatro grandes, Talleyrand, representante da França, invocou o princípio de legitimidade.”

(AQUINO, Rubim Santos Leão de.

História das Sociedades Modernas às Sociedades Atuais)

(6)

A Unificação Alemã

Criação do Zollverein (1834):

União aduaneira liderada pela Prússia;

Pesados impostos de importação;

Rápido desenvolvimento industrial;

Criação de infraestrutura (ferrovias, mineração, etc.);

Exclusão da Áustria.

"Sob a influência da burguesia industrial, sobretudo da Prússia,

estabeleceu-se o

Zollverein, uma união aduaneira com o objetivo de eliminar os impostos alfandegários entre os diferentes Estados da Confederação

Germânica”

(PALMER, Alan. Bismarck)

(7)

A Unificação Alemã

Criação do Parlamento Nacional Alemão (1848):

Motivado por motins

influenciados pela Primavera dos Povos;

Sediado em Frankfurt;

Desejo de criação de um Estado dos falantes de alemão;

Apoiado, inicialmente, por Frederico Guilherme IV, da Prússia;

Crise e dissolução devido à

conflitos internos.

(8)

A Unificação Alemã

Parlamento Germânico (1862):

Possibilitado pela ascensão de Guilherme II como rei da Prússia;

Aliança entre junkers (aristocracia rural) e alta burguesia;

Liderado por Otto von Bismarck,

chanceler junker da Prússia, impondo uma política unificadora e

autoritária;

Modernização industrial e

fortalecimento militar.

(9)

As guerras de unificação na Alemanha

A Guerra dos Ducados (1864):

A Questão de Schleswig-Holstein;

Dinamarca contra Prússia e Áustria;

Vitória germânica;

Guerra das Sete Semanas (1866):

Interferência prussiana em Holstein;

Vitória Prussiana;

Criação da Confederação da Alemanha do Norte;

Fim da presença austríaca na Alemanha.

"O personagem- síntese do nacionalismo alemão (...) não mediu meios para edificar o Segundo Reich alemão. (...) Após a vitória sobre a França, ao regressar a Berlim, o 'chanceler de ferro' foi reconhecido como fundador do novo Reich. Ninguém, a serviço de um rei, desde Richelieu, havia tão rapidamente elevado a importância de seu soberano, ao mesmo tempo acrescendo, com tão bons resultados, sua autoridade no governo. (...)“

(PALMER, Alan. Bismarck)

(10)

As guerras de unificação na Alemanha

Guerra Franco-Prussiana (1870-71):

Disputas pelo trono da Espanha;

Motivada pelo desejo de incorporar a Alemanha do sul;

Batalha de Sedan: unificação da províncias do norte com as do sul para lutar contra Napoleão III;

Tratado de Frankfurt: criação da Alemanha (1871), tomada da Alsácia-Lorena pelos alemães e

pagamento de pesadas indenizações pela França.

(11)

As guerras de unificação na Alemanha

“Desde o final do século XVIII, a criação de inúmeras associações resultou num determinado patriotismo cultural e popular, num território dividido em estados feudais dominados por uma aristocracia retrógrada. Tais associações se dirigem à nação teuta, enfatizando o idioma, a cultura e as tradições comunitárias, elementos para a elaboração de uma identidade coletiva, independentemente do critério territorial. E, de fato, esse nacionalismo popular, romântico- ilustrado (uma vez que pautado no princípio da cidadania e no direito à autodeterminação dos povos), inspirará uma boa parcela dos revolucionários de 1848. Mas não serão eles a unificar a Alemanha.

Seus herdeiros precisarão aguardar até 1871, quando Bismarck realiza uma revolução de cima, momento em que, em virtude do poderio econômico e da força militar da Prússia, a Alemanha se unifica como Estado forte, consolidando-se a sua trajetória rumo à modernização”

(MAGALHÃES, Marionilde D. B. de. A reunificação: enfim um país para a Alemanha?)

(12)

Unificação Italiana

Península Itálica:

Região com limites bastantes

definidos em relação ao resto da Europa;

Unificação territorial na

Antiguidade (753 a.C. – 476 d.C.);

Idade Média: alguns reinos e cidades-Estado autônomas;

Idade Moderna: invasões francesas, espanholas e austríacas no norte da região;

Grande apego regional.

(13)

Unificação Italiana

Congresso de Viena:

Piemonte-Sardenha (Noroeste):

reino autônomo;

Domínio austríaco (Nordeste):

Lombardia, Veneza, Módena e Toscana;

Domínio Napolitano (Sul): Parma e o Reino das duas Sicílias;

Estados papais (Centro): Roma e região;

Risorgimento: Movimento

nacionalista italiano surgido na

primeira metade do século XIX.

(14)

Unificação Italiana

Diversidade de modelos políticos:

Jovem Itália: movimento nacionalista-republicano

liderado por Giuseppe Mazzini;

Carbonária: sociedade secreta revolucionária, terrorista, liberal- republicana e anticlerical;

Monarquista-liberal: liderado pelos piemonteses, deseja a

unificação em torno do reino de

Piemonte-Sardenha.

(15)

Unificação Italiana

O reino de Piemonte-Sardenha:

Rei Carlos Alberto entra em guerra com a Áustria, sendo derrotado (1848);

Abdicação do trono em favor de Vitor Emanuel II;

Conde Cavour, primeiro-ministro e arquiteto da unificação (1852):

Rápido desenvolvimento comercial e industrial aos moldes liberais;

Política diplomática angariando o apoio externo em torno da unificação;

Aliança com Napoleão III, em troca de possessões territoriais e

garantia de bem-estar do papa.

(16)

As Guerras de Unificação

Guerras de unificação:

Guerra de Piemonte contra a Áustria (1859): apoio francês na anexação da Lombardia;

Giuseppe Garibaldi e os Camisas vermelhas (1860): conquista do Reino das Duas Sicílias e demais regiões do Sul;

Unificação dos Reinos de Piemonte e das Duas Sicílias (1861):

Plebiscito no reino do Sul, incorporando-o ao Norte;

Vitor Emanuel II, rei da Itália.

(17)

As Guerras de Unificação

Conquistas territoriais:

Domínio de Veneza devido a derrota austríaca contra os prussianos (1866);

Ocupação de Roma

durante a Guerra Franco- Prussiana e formação da Itália (1871);

Obs.: A Questão romana foi resolvida apenas com o Tratado de Latrão

(1929).

(18)

(UERJ)

O Leopardo, de Tomasi di Lampedusa, publicado postumamente e popularizado pelo cineasta italiano Luchino Visconti, narra a decadência da nobreza e a ascensão de uma nova classe na Itália do final do século XIX, endinheirada, destituída de sangue azul, mas ávida para comprá-lo. A astúcia do aristocrata Tancredi o levou a perceber a necessidade de sobrevivência numa nova realidade. Em uma de suas falas, ele diz: “Se nós não estivermos presentes [na unificação], eles aprontam a República. Se queremos que tudo continue como está, é preciso que tudo mude. Fui claro?”

Adaptado de revistabula.com.

A frase do personagem Tancredi no filme O Leopardo sintetiza a postura da nobreza italiana em meio ao processo de unificação nacional na década de 1860. Apresente uma característica da unificação italiana que justifique a frase do personagem. Aponte, ainda, um efeito socioeconômico dessa unificação para o continente americano.

Atividade

Referências

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