• Nenhum resultado encontrado

Biblioteca como laboratório do processo ensino aprendizagem: Uma experiência em cursos de extensão unisitária em Porto Alegre :: Brapci ::

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Biblioteca como laboratório do processo ensino aprendizagem: Uma experiência em cursos de extensão unisitária em Porto Alegre :: Brapci ::"

Copied!
4
0
0

Texto

(1)

CDU 027.8: 023.5.088.615

biblioteca como laboratório do

processo ensino-aprendizagem*

uma experiência em cursos de extensão

universitária em porto alegre

um Curso de Extensa:o com vistas ao treinamento de professores que atuam em bibliotecas es-coláres sem possuírem habilitaçã'O específica, ou seja, nã'o sendo bacharéis em Biblioteconomia.

De acordo com o Pró-Reitor de ExtenslTo da UFRGS, professor Ludwig BUCKUB (2, p.9) ..."0 campo do ensino extensionista nã'o formal é, sem dúvida, o mais amplo. Existe um grande número de Cursos que é oferecido não sóà comunidade acadêmica, mas à comunidade em geral. Os Cursos de ExtenslTo sa:o uma forma de aplicar o ensinoà educaçã'o permanente".

O Curso de Extensa:o foi imediatamente concretizado devido ao convite da Chefia do Departamento de Estudos Especializados da PUC/RS, cuja proposta havia sido formulada, an-teriormente, em reuniã'o de professores do Mestrado da Faculdade de Educaçã'o, desta mesma instituiçã'o.

2 ANÁLISE 00 ASSUNTO

INÊS ROSITO PINTO KRUEL *

ITÁLIA MARIA FALCETA DA SILVEIRAU

KEY- WORDS: School Libraries - Staff training School Libraries - Extension course

37 No presente trabalho, tentamos, de maneira breve, explorar alguns tópicos considerados relevantes quando da realizaçã'o do estudo sobre Bibliotecas Escolares.

A Lei 5692/71 (VASCONCELLOS, p. 69), que fixa os objetivos gerais do ensino de I'?e 2'?graus, enfatiza a obrigatoriedade de:

".. .proporcionar ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de autoreali-zação, qualificação paraotrabalhoepreparo paraoexercfcio consciente da

cidada-nia. "

O atendimento às diferenças individuais dos alunos eà ordenaçã'o e seqüência dos estu-dos, entre outros aspectos, demonstra a preocupaçã'o do Governo com a demoératizaçlTO do en-sino.

A biblioteca, dentro dos atuais padroes do processo educativo, ocupa lugar de grande importância no contexto educacional brasileiro.

Segundo PENNA (8, p.6l), a Biblioteca Escolar objetiva:

".. .tornar livroseoutros materiais didáticos acess(veis a professoresealunos, em apoio ao programa de ensino, epromoverodesenvolvimento intelectual geral de um estu-dante, em especial desenvolvendo a habilidade no uso de livros e bibliotecas. Deve desempenhar papel ativo no processo educacional, persuadindo corpo docente e

alscente a ter e usar livros, oonao onenràçao na telrura, eencoraJanao teltura ae qualidade mais elevadaea formação do hábito de leitura por prazere auto-educa-ção. Pode também, eventualmente, atuarcomo biblioteca pública, em especial no atendimento de todas as crianças de uma comunidade. "

FERREIRA (6, p.l3) parece esclarecer alguns aspectos e respeito do assunto, quando sa-lienta que a Biblioteca Escolar deve: .

" . .fornecer toda espécie e tipo de materiais essenciaisàobtenção dos objetivos dos curr(culos escolares, satisfazendo ao mesmo tempo os interesses, necessidades, apti-dlJeseobjetivos dos próprios alunos. "

A Biblioteca Escolar se constitui no laboratório de ensino-aprendizagem, quando se inte-gra dentro do sistema educativo de maneira efetiva. Isso se dará na medida em que houver a cor-respondência entre a demanda da escola e a oferta da biblioteca.

Ao fornecer ao aluno o material bibliográfico necessário para o desenvolvimento de seus trabalhos curriculares, conscientizando-o, como futuro usuário de bibliotecas com recursos mais sofisticados, estará a Biblioteca Escolar cumprindo sua misslTo educativa, qual seja alargar os ho-rizontes culturais do indivíduo, ajundando-o a alcançar seus objetivos.

A Biblioteca Escolar necessita de profissionais habilitados além de materiais bibliográfi-cos adequados para poder proporcionar aos usuários uma orientação correta e segura a respeito

R. Bibliotecon. & Comun., Porto Alegre, 2. 1987 R. Bibliotecon. 8< ComuD., Porto Alegre, 2: ,6-41 jan./dez. 1987

36

"Trabalho apresentado no XII Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, Camboriú, SC, em 1983.

*Professora do Departamento de Biblioteconomia e Docu-mentaçlTo da FABICO/UFRGS.

**Professora do Departamento de Biblioteconomia e Do-cumentaçlTo da FABICO/UFRGS.

I INTRODUÇÃO

Quando se realizou o

I?

Seminário Nacional de Bibliotecas Escolares, em Brasília-DF, em outubro de 1982, tivemos a oportunidade de confirmar a maioria dos dados sobre os pro-blemas enfrentados pelas Bibliotecas Escolares e sentir que nã'o se trata de um caso local, mas sim de caráter nacional.

Face aos problemas constatados e participantes da vida universitária, comO ?rofessoras da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicacã'O da UFRGS, delineamos o planeJamento de RES UMO: Relato de experiência em Curso de Extensão Universitária

ofe-recido ao pessoal que atua em Bibliotecas Escolares, não forma-dos em Biblioteconomia.

PALA VRAS-CHA VE: Bibliotecas Escolares - Treinamento de Pessoal Bibliotecas Escolares - Curso de Extensão

(2)

dos assuntos consultados. Modernamente, outros materiais nã'o formais já começam a ser solici-tados, demónstrando que a Biblioteca Escolar tradicional na-o mais está suprindo as necessidades e os objetivos dos usuários.

Na-o podemos deixar de lembrar que uma funça-o muito importante a cumi>rir é a de elo entre a educaça-o formal e a na-o formal. A Biblioteca Escolar pode e deve ir além dos limites da escola, pois só a ela pode-se atribuir a funçã'o de estimular a continuidade do processo de educaça-o permanente.

Adverte RESENDE (lO, pj) que a "Biblioteca Escolar, como qualquer outra biblioteca, só é eficiente se o usuário foi considerado o principal determinante do seu funcionamento."

A inexistência de estudos mais aprofundados sobre a situação atual das Bibliotecas Esco-lares no Rio Grande do Sul, como também sua capital, Porto Alegre, leva-nos a enumerar alguns dados numéricos cuja fonte é a Secretaria de Educaça-o correspondente a i982.

Porto Alegre conta com 374 estabelecimentos de ensino na dependência administrativa

federal, estadual, municipal e particular. .

Destas 374 escolas, 303 contam com bibliotecas, incluindo·se aí, salas com livros, biblio-tecas em salas de aula e outros tipos que comumente slro chamados de bibliobiblio-tecas.

Existem 642 pessoas trabalhando em Bibliotecas Escolares, segundo as mesmas depeno dências administrativas, sendo que destes, 40 slro bacharéis em Biblioteconomia.

A situaça-o das Bibliotecas Escolares em nossa cidade na-o é diferente das demais do resto do Brasil.

A Indicaça-o n? 33/80 do Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do Sul (11, p. 22) propOe medidas para a organizaça-o e funcionamento de bibliotecas nas escolas de I? e 2? graus do Sistema Estadual de Ensino. Incluído noエ・セエッ da referida Indicaça-o há o seguinte:

"As escolas do Si8tema de Ensino, com raríssimas excess(Jes, ainda estão longe de pode-rem cogitarematribuir a sua biblioteca funções tão abrangentes. Ao contrário, ainda exi8tem estabelecimentos que nem sequer contam com uma biblioteca funcionando nos moldes tradicionai8. Maria Ruth Barros Annes, em pesqui8a realizada em 1974 ("Situaçl1o das bibliotecas das escolas públicas estaduais de

1?

grauemPorto Alegre ''), constatou que, de217 escolas apenas 119, ou seja, 54,8% possuíam bibliotecas." Diante de tais fatos, é importante que se procure instrumentalizar as pessoas que atuam em Bibliotecas Escolares. Nossa preocupação tem o objetivo de oferecer treinamento às pessoas que atuam na funça-o de bibliotecários escolares, na-o formados em biblioteconomia, para que eles possam dar melhor atendimento à população de alunos que vai do Pré-Escolar ao 2?Grau.

pイ・ウウオーッ・Mセ・ que, atualmente, a possibilidade de se ter bacharéis em Biblioteconomia em

cada Biblioteca Escolar é umapretença-o utópica.

Seria oportuno refletirmos nas idéias de QUEIROZ (9, p.58), quando afirma que: "Os problemas das Bibliotecas Escolares extrapolam os limites da Biblioteconomia, suas

raízes estl10 nas más-formaçt1es do sistema educacional brasileiro, nos interesses políti-coseeconômicose emtodooemaranhado do contexto sócio-cultural. "

A pobreza dos acervos, aliado ao despreparo do pessoal que atua em Bibliotecas Escola-res, por na-o possuir habilitaça-o específica, gera uma população sedenta de informaçoes especia-lizadas para melhor atender as suas funçoes.

Essa questa-o tem sido motivo de preocupaça-o de um bom número de profissionais de Biblioteconomia.

CERDElRA (4, p.37), lembra que:

".. •Em paísesemdesenvolvimento, comoonosso, por serem tais recursos

extremamen-teescassos, será necessário promover cursos intensivos de auxiliares de bibliotecae

de pessoaltécnico especializado na seleção, preparação e uso de recursos audiovisu-ais. Além di8so, alguns professores deveriam ser especialmente treinados para orien-tar os estudantes quanto às técnicas de estudo independente."

3 DESENVOLVIMENTO 00 CURSO

39

R. BlbUotecon• • Comun., Porto Aklgre, 2. 1987

O curso, que recebeu a denominaça-o Biblioteca como Laboratório do Processo Ensino-Aprendizagem, foi programado para ser desenvolvido em 45 horas/aula, por professores do Curo so de Biblioteconomia da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicaça-o da UFRGS. Houve エ。ュ「←セ a participaça-o de alguns palestrantes nas áreas de Relaçoes Públicas, Literatura e

Psico-logia Infantil. . . .

Os conteúdos foram criteriosamente selecionados pelo corpo de professores que mlnIs· trou o curso, levando-se em consideraça-o a sua grande experiência de bibliotecários atuando em Bibliotecas Escolares.

Os tópicos desenvolvidos foram os seguintes:

a) Retrospecto dos trabalhos desenvolvidos em Bibliotecas Escolares b) A Biblioteca Tradicional

c) A Biblioteca Moderna 1)Objetivos

2) Funçoes

3) Papel no Sistema Educacional e na Comunidade 4) Recursos Humanos

5) Bibliotecário

6) Conselhos de Biblioteconomia 7) Auxiliar de Biblioteca 8) Outros auxiliares 9) Atribuiçoes

10) Recursos Bibliográficos 11) O uso da Biblioteca

12) A escola precisa formar leitores 13) Promoça-o do livro e da Biblioteca

O curso realizou-se no mês de novembro de 1982.

O número de vagas inicialmente previsto foi de 30, porém, devido ao grande interesse da clientela, vi-mo-nos forçadas a aumentá·las para 40, o que resolveru somente em parte o proble-ma, pois durante a sua realizaça-o, vários professores que na-o haviam conseguido inscriça-o, diri-jiram-se à Superintendência de Extenslro Universitária da PUC. Em decorrência destas manifes-"•• .Para acolher a demanda dessa clientela as bibliotecas infanto-juveni8 devem

propi-ciar condições a seus funcionários a fim de que possam ser aplicadas técnicas ade-quadas de atendimento aos usuários. Portanto, tornam-se necessários treinamentos no Serviço de Referências com aquelqs pess.oas que mesmo ocasionalmente atuam diretamente no atendimento da consultae ematividades que promovamouso do li-vroeda biblioteca. "

que:

No I Seminário de Bibliotecas Escolares, realizado em Brasília, em outubro de 1982,fi· cou entre outras recomendaçoes, a de que se proporcionasse treinamento a professores que atuam em Bibliotecas Escolares na funça-o de bibliotecários, pois diante da atual situação é utó· pico esperar que exista um bacharel em cada biblioteca existente nos estabelecimentos de ensi· no.

Os cursos intensivos, os treinamentos parecem ser a melhor forma de solucionar, em par-te, o problema do atendimento às metas da educaça-o no que concerne às Bibliotecas Escolares.

Linha de pensamento semelhante é assumida por DURO (5, p.28), quando menciona

R.BIblotec:on• • Comun., Porto Alegre, 2. 1987

(3)

que:

3 DESENVOLVIMENTO 00 CURSO

39 O curso, que recebeu a denominaçlfo Biblioteca como Laboratório do Processo Ensino· Aprendizagem, foi programado para ser desenvolvido em 45 horas/aula, por professores do Curo so de Biblioteconomia da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicaçlfo da UFRGS. Houve também a participaçlfo de alguns palestrantes nas áreas de Relações Públicas, Literatura e Psico-logia Infantil.

Os conteúdos foram criteriosamente selecionados pelo corpo de professores que minis-trou o curso, levando-se em consideraçlfo a sua grande experiência de bibliotecários atuando em Bibliotecas Escolares.

Os tópicos desenvolvidos foram os seguintes:

a) Retrospecto dos trabalhos desenvolvidos em Bibliotecas Escolares b) A Biblioteca Tradicional

c) A Biblioteca Moderna 1)Objetivos

2) Funções

3) Papel no Sistema Educacional e na Comunidade 4) Recursos Humanos

5) Bibliotecário

6) Conselhos de Biblioteconomia 7) Auxiliar de Biblioteca 8) Outros auxiliares 9) Atribuições

10) Recursos Bibliográficos 11) O uso da Biblioteca

12) A escola precisa formar leitores 13) Promoçlfo do livro e da Biblioteca

O curso realizou-se no mês de novembro de 1982.

. O número de vagas inicialmente previsto foi de 30, porém, devido ao grande interesse da clientela, vi-mo-nos forçadas a aumentá-las para 40, o que resolvem somente em parte o proble-セ。L pois durante a sua realizaçlfo, vários professores que nlfo haviam conseguido inscriçlfo, diri-)lram-se à Superintendência de Extensão Universitária da PUC. Em decorrência destas manifes-"•. .Para acolherademanda dessa clientela as bibliotecas infanto-juvenis devem propi-ciar condiçtJesa seus funcionários a fim de que possam ser aplicadas técnicas ade-quadas de atendimento aos usuários. Portanto, tornam-se necessários treinamentos no Serviço de Referências com aquelqs pess,oas que mesmo ocasionalmente atuam diretamente no atendimento da consultaeem atividades que promovamouso do li-vroeda biblioteca. "

No I Seminário de Bibliotecas Escolares,イ・。ャゥコ。セ embイ。ウセ。L em outubro de 1982,fi. cou entre outras recomendações, a de que se proporcionasse tremamento a professores qUe atuam em Bibliotecas Escolares na funçlfo de bibliotecários, pois diante da atua1 situação é utó. pico esperar que exista um bacharel em cada biblioteca existente nos estabelecimentos de ensi. no.

Os cursos intensivos, os treinamentos parecem ser a melhor forma de solucionar, em par-te, o problema do atendimento àsュ・エセウ da educaçlfo no que concerneàsBibliotecas Escolares.

Linha de pensamento semelhante é assumida por DURO (5, p.28), quan'do menciona

!:.

.Ibliotecon• • Comun., PortoAlegre,,2. 1987

dos assuntos consultados. Modernamente, outros materiais nlfo formais já começam a ser solici-tados,demónstrando que a Biblioteca Escolar tradicional nlfo mais está suprindo as necessidades

e Os objetivos dos usuários. . . . ,

NlfO podemos deixar de lembrar que uma funçlfo mUlto iューッイエ。ョエセ a cuml'nrセ セ de elo entre a educaçlfo formal e a nlfo formal. A Biblioteca Escolar pode e deveIralém dos limItes

da escola, pois só a ela pode·se atribuir a funçlfo de estimular a continuidade do processo de edUcaçlfo permanente.

Adverte RESENDE (lO, pj) que a "Biblioteca Escolar, como qualquer outra biblioteca, sóéeficiente se o usuário foi considerado o principal determinante do seu funcionamento."

A inexistência de estudos mais aprofundados sobre a situação atual das Bibliotecas Esco-lares no Rio Grande do Sul, como também sua capital, Porto Alegre, leva-nos a enumerar alguns dados numéricos cuja fonte é a Secretaria de Educaçlfo correspondente a 1982.

Porto Alegre conta com 374 estabelecimentos de ensino na dependência administrativa federal, estadual, municipal e particular.

Destas 374 escolas, 303 contam com bibliotecas, incluindo-se aí, salas com livros, biblio-tecas em salas de aula e outros tipos que comumente alfo chamados de bibliobiblio-tecas.

Existem 642 pessoas trabalhando em Bibliotecas Escolares, segundo as mesmas depen-dências adminiSltativas, sendo que destes, 40 alfo bacharéis em Biblioteconomia.

A situaçlfo das Bibliotecas Escolares em nossa cidade nlfo é diferente das demais do resto do Brasil.

A Indicaçlfo n? 33/80 do Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do Sul (11, p. 22) propOe medidas para a organizaçlfo e funcionamento de bibliotecas nas escolas de I? e 2? graus do Sistema Estadual de Ensino. Incluído no texto da referida Indicaçlfoháo seguinte:

"As escolas do Sistema de Ensino, com raríssimas excessões, ainda estão longe depode-rem cogitar em atribuira sua biblioteca funções tão abrangentes. Ao contrário, ainda existem estabelecimentos que nem sequer contam com uma biblioteca funcionando nos moldes tradicionais. Maria Ruth Barros Annes, em pesguisa realizada em 1974 r"Situaçtfo das bibliotecas das escolas públicas estaduais de 1t?grau em Portoaャ・ァイ・GセL constatou que, de217 escolas apenas 119, ou seja, 54,8% possuíam bibliotecas." Diante de tais fatos, é importante que se procure instmmentaliza,r as pessoas que atuam em Bibliotecas Escolares. Nossa preocupação tem o objetivo de oferecer treinamentoàspessoas qUe atuam na funçlfo de bibliotecários escolares, nlfo formados em biblioteconomia, para que eles possam dar 'melhor atendimentoàpopulação de alunos que vai do Pré-Escolar ao 2?Grau.

pイ・ウウオー￵・Mセ・ que, atualmente, a possibilidade de se ter bacharéis em Biblioteconomia em

cada Biblioteca Escolar é umapretençlfo utópica.

Seria oportuno refletirmos nas idéias de QUEIROZ (9, p.58), quando afirma que: "Os problemas das Bibliotecas Escolares extrapolam os limites da Biblioteconomia, suas

raízes esttfo nas más-formaçtJes do sistema educacional brasileiro, nos interesses políti-coseeconômicoseem todooemaranhado do contexto sócio-cultural. "

A pobreza dos acervos, aliado ao despreparo do pessoal que atua em Bibliotecas &c()la-res, por nlfo possuir habilitaçlfo específica, gera uma população sedenta de informações・ウー・」セ

lizadas para melhor atender as suas funções. " .

Essa questlfo tem sido motivo de preocupação de um bom numero de profiSSionais de Biblioteconomia.

CERDElRA (4, p.37), lembra que:

"•• •Em países em desenvolvimento, comoonosso, por serem taisイセセオイウッウ ・クエZ・セュ・ョᆳ

te escassos, será necessário promove(, cursos intensivos de aUXIliares de blbllO.tec.ae

de pessoal técnico especializado na seleção, preparaçãoeuso deイセ」オイウッウ 。オ、ャoカセオᆳ

ais. Além disso, alguns professores deveriam ser especialmente treinados para orien-tar os estudantes quanto às técnicas de estudo independente. "

(4)

taçOes o Departamento de Estudos Especializados nos solicitou a possibilidade de um 2?Curso, o qual realizou-se imediatamente, em dezembro do mesmo ano.

Um aspecto bastante significativo a ser considerado foi o local de origem dos professores inscritos, uma vez que o curso pretendia, em sua fase inicial, atender às necessidades das Biblio-tecas Escolares da capital do Estado.

Realizaram o curso vários professores do interior do Estado e um inclusive do Estado de Santa Catarina.

Foram programados um pré e um pós-teste.

Através do pré-teste, respondido no primeiro cantata com a turma, pudemos analisar os níveis de expectativa da clientela.

O pós-teste, aplicado na finalização do treinamento, permitiu-nos verificar aré que ponto os objetivos e as expectativas haviam sido alcançados.

Como atividades de avaliação, desenvolveram-se programas individuais e em grupos, onde foam observados o nível de interesse, a participação, bem como o comprometimento com o as-sunto exposto.

4 CONCLUSÃO

Durante a sua realização tivemos em mente o objetivo do curso, que visava não somente a dinamização das Bibliotecas Escolares, como também oportunizar, através do treinamento dos elementos que atuam em Bibliotecas Escolares, sem habilitação específica, um melhor desempe-nho de suas funçoes e, conseqüentemente, propiciar um melhor atendimento ao usuário.

O trabalho-base do Tema 2 do I SellÚnário de Bibliotecas Escolares, BrasJ1ia-DF, 1982, teve como autora a professora Maria Lúcia MARICONI (7, p.l) que em seu trabalho destaca:

".. .A biblioteca escolar não deve ser entendida como um mecanismo estático. A ma

na-tureza dinâmica deve provocar estratégias flexíveis; se o Itsuário não pode vir a bi-bzbllOteca a bi-bzbllOteca aeve ir ao usuárIO.n .

O objetivo do nosso curso embasou-se, portanto, na afirmação que YUSPA(13, p.94) faz sobre o assunto:

" . .Auxiliar direto das crianças, dos mestres e professores, a biblioteca escolar como

qualquer outro tipo de biblioteca tem uma função a cumprir: ir em busca do leitor, pois ela é que deve sair ao encontro para dar-lhe apoio, assessoramento, ajuda e en-sino no manejo dos livros para a busca de dados. Da eficiência destas tarefas

depen-de a conservação do leitor, já que não basta consegui-lo, mas o mais importante é

mantê-lo. "

A nossa experiéncia, o conhecimento da clientela e as nossas conclusOes é o que tínha-mos a relatar nesta oportunidade, esperando que esta experiência possa auxiliar todos aqueles que se dispuseram a realizar atividades similares, pois consideramos a troca de experiência fun-damental para o aprimoramento do nosso desempenho.

BIBLIOGRAFIA CITADA:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÊCNICAS. Comissã'o de Estudos de Documentação.Nor·

masbrasileirasemdocumentaç«o.Rio de Janeiro, 1978. v.l.

2 BUCKUP, Ludwig. O que é extensão universitária? Universidade, Porto Alegre, 1(3): 8-11, mar./Abr. 1983.

3 CERDElRA, Theodolindo. A biblioteca escolar no planejamento educacional.Revista de Bibliotecono. miadeBras(/ia,Brasília, 5(1):35-43, jan./jun. 1977.

4 DURO, Yvette Zietlow.Treinamentodepessoat e instruçãodeusuáriosem bibliotecasゥョヲ。ョエッᄋェオカ・ョセZ

um experimento na biblioteca Lucilia Minssen. Porto Alegre, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1982. 140p. Dissertação de Mestrado.

5 FERREIRA, Carminda Nogueira de Castro. Biblioteca pública é biblioteca escolar?Revista Brasileirade

BiblioteconomiaeDocumentação,São Paulo, 11 0/2): 9-15,jan./jun.1978.

6 MARICONI, Maria Lúcia Ismael Nunes.A institucíonalizaç«o da biblioteca escolar.Trabalho base do Te-ma

i.

ln: SEMINAKIU NACIONAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES, 1, Brasília, INL, 5-8 out. 1982.

7 PENNA, Carlos V. et aliLServiçosdeinformaçãoebiblioteca.São Paulo, Pioneira, INL, 1979. 224p. 8 QUEIROZ, Rairnunda Augusta de A. biblioteca escolar e o seu papel no sistema educacional.r・カセエ。 de

Cultura da UniversidadedoEsp(rito Santo,Vitória,. 7(22): 57-9,1982.

9 RESENDE, Maria das Mercês Alves de. Considerações sobre a biblioteca Escolar. ln: SEMINÁRIO NA-CIONAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES, 1, Brasília, INL, 5-8 out. 1982.

10 RIO GRANDE DO SUL. Conselho Estadual de Educação. Indicação n9 33/80.Documentário,Porto Ale-gre (45): 19-39, maio/ago. 1980.

11 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Pró-Reitoria de Extensão. Catálogo de Ativi-dades 83/1. Porto Alegre, UFRGS, 1983.

12 VASCüNCELLOS, P. José de.Legislaçt10 Fundamental;Ensino de l'?e 2'?Grau. São Paulo, LISA, 1972. 307p.

13 YUSPA, lida NeUy.Labiblioteca escolar.Buenos Aires, EUDEBA, 1968. 177p.

I

Referências

Documentos relacionados

A partir desta análise são geradas informações de inteligência para cibersegurança, isto é, palavras-chave, expressões regulares e outras características que poderão ser usadas

DIAS, K.. 22 não acreditarmos no mundo, na vida, ou em nós; desapossados que estamos de nossas potencialidades, que pouco agimos... Que vozes são estas? Que falam

(2008), o cuidado está intimamente ligado ao conforto e este não está apenas ligado ao ambiente externo, mas também ao interior das pessoas envolvidas, seus

As resistências desses grupos se encontram não apenas na performatividade de seus corpos ao ocuparem as ruas e se manifestarem, mas na articulação micropolítica com outros

Resposta: para traçar os efeitos de curto prazo e longo prazo de uma redução na demanda agregada real por moeda na taxa de câmbio, taxa de juros e nível de preços, é necessário

Colhi e elaborei autonomamente a história clínica de uma das doentes internadas no serviço, o que constituiu uma atividade de importância ímpar na minha formação, uma vez

Ganhos na seleção para a produtividade de látex em população natural de Hevea brasiliensis na Reserva Chico Mendes: estudo de caso das IAPs (Ilhas de alta produtividade).. Genetic

Dentro do processo utilizado para a gestão de projetos, existe alguma diferenciação entre a gestão de equipes locais e virtuais (quanto à gestão de recursos humanos,