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METODOLOGIA DE ENSINO EM PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA: UMA EXPERIMENTAÇÃO

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Academic year: 2022

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(1)Departamento de Psicologia. METODOLOGIA DE ENSINO EM PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA: UMA EXPERIMENTAÇÃO Aluno: Anderson Gonçalves Soares Caboi Ramon da Cunha Orientadora: Maria Helena Zamora. Resumo O presente trabalho apresenta o registro de uma metodologia de ensino e aprendizagem no campo da Psicologia Social Comunitária. Inicialmente, foi realizado um estudo teórico do movimento para melhor exploração de sua epistemologia e práxis. Posteriormente, realizamos a documentação por meio da metodologia de observação participante e de diário de campo. Já na análise do material, foi utilizada uma adaptação da técnica de análise de conteúdo para apreensão de conjuntos de dados colhidos. A partir desses resultados, podemos construir diretrizes e inspirações de metodologia de ensino e aprendizagem condizentes com a ética e com as proposições da Psicologia Social Comunitária. Introdução O presente trabalho enseja a continuação da primeira etapa, já realizada e apresentada. Foi realizada anteriormente uma pesquisa teórica acerca do movimento chamado Psicologia Social Comunitária (PSC). Por meio dela, foi permitida uma melhor exploração tanto de suas bases epistemológicas, quanto de suas transformações ao longo do tempo e, por conseguinte, de suas práxis. Desse modo, foram destacados o terreno, as sementes e os frutos de uma psicologia que se propõe a ser. A partir disso, propõe-se relatar um método de ensino e aprendizagem sobre Psicologia Social Comunitária - as práticas e reverberações ocorridas em sala de aula no que diz respeito à disciplina de “Psicologia e Comunidade”, oferecida no segundo semestre de 2017, ministrada pela professora Maria Helena Zamora, no curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Por meio do uso de ferramentas como : Dinâmicas - (Teatro do Oprimido proposta por Boal), Debates - (mediados com os textos ou com a presença de convidados) além do uso de situações-problemas. Na verdade, tal método não vem propor novidades, mas sim mostrar uma dificuldade/impossibilidade da PSC ser totalmente teórica. Justamente, por ser usável em outras dimensões com um aspecto social e vivencial. É preciso frisar que tal metodologia é uma inspiração dentro das bases teóricas propostas por Paulo Freire no campo educacional, que acabou sendo inspiradora para a construção da disciplina. Metodologia Pensar em uma metodologia quando se aborda a PSC é uma tarefa difícil. Por ser um movimento, seus integrantes se queixam da insuficiência das metodologias científicas hegemônicas. Nosso desafio aqui é duplo, uma vez que estamos nos propondo a não só.

(2) Departamento de Psicologia. abordar o movimento, mas também a documentar uma possível metodologia de ensino e aprendizagem. Tendo em vista a problemática citada, optamos pela metodologia qualitativa, uma vez que, ao longo de sua história (ver mais em TURATO, 2005), passou por diversas intervenções e revisões produzidas por movimentos sociais, de modo que, na contemporaneidade tal metodologia se propõe a considerar (ou se apropriar, ser) a transdisciplinaridade (NELSON et all, 1992). Além disso, devemos considerar a influência do território em que as experiências são vividas, as estruturas sociais e diversos outros fenômenos que atuam na produção de subjetividades. Desse modo, foram elaborados dois diários de campo construídos a partir das reflexões dos pesquisadores durante a participação dos mesmos nas aulas da disciplina “Psicologia e Comunidade”, na graduação do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no segundo período letivo de 2017. Nesses encontros, foi empregada a técnica de observação participante, que se caracteriza pela presença ​in loco e troca do pesquisador com grupo que vive a experiência a ser estudada, permitindo sua análise a partir dele próprio (GIL, 2008; QUEIROZ et all, 2007). Para o registro e composição das informações descritas nessas aulas foi utilizado o Diário de Campo, uma técnica que inicialmente provém da Antropologia, objetiva apoiar o pesquisador na estruturação e reflexão das informações levantadas na vivência do campo. O Diário de Campo é a descrição, análise e interpretação do pesquisador acerca do que foi observado e vivenciado (MONTERO, 2006). Procedimento de análise Foi realizada a leitura do material e foi utilizada uma adaptação da técnica de análise de conteúdo para apreensão de um conjunto de temas e significados relacionados aos objetivos da pesquisa​. Foi empregado o procedimento de análise temática para avaliação dos dado. ​Essa estratégia objetiva a exploração de núcleos de sentido, ou seja, o aparecimento dos pontos nucleares de significado que, nos escritos, aparecem como repetição e é realizada em três fases (BARDIN, 2011) ● Pré-análise – Envolve a ​leitura “flutuante”, que é o contato inicial com os escritos que serão submetidos à análise, a sua escolha, o desenvolvimento de hipóteses e objetivos, a construção de indicadores, que guiará a interpretação e a composição formal do material final; ● Exploração do material – Momento em que se classificam os dados em categorias que formam núcleos centrais sobre o tema; ● Tratamento dos resultados obtidos e interpretação – Nesse momento os dados são interpretados. É importante ressaltar que que as escolhas dos dados a serem analisados obedeceram às orientações das regras de ​exaustividade, representatividade, homogeneidade e pertinência. Resultados e Discussões Antes de descrever os elementos constituintes da metodologia de ensino-aprendizagem utilizada, é importante salientar que não estamos propondo modelos de pedagogia e sim inspirações para a construção deles, adequados e interessantes para cada contexto. Tal como a PSC se manifesta como movimento, deseja-se que a metodologia descrita seja fonte de inspiração/princípios e que não há qualquer tipo de hierarquia entre os elementos a serem descritos..

(3) Departamento de Psicologia. Florescer de uma lógica comunitária A vivência dos alunos na lógica comunitária em sala de aula foi considerada como um dos elementos centrais e indispensáveis para o pleno desenvolvimento da disciplina e para que se formasse o que Hooks (2013) nomeia de “comunidade de aprendizagem”. Segundo a mesma autora (2013, pg. 18), a partir de Paulo Freire: “Para começar, o professor precisa valorizar de verdade a presença de cada um” e “a visão constante da sala de aula como espaço comunitário, aumenta a probabilidade de haver um espaço coletivo para criar e manter uma comunidade de aprendizado”. Além da vivência em sala, outro ponto ressaltado foi o estímulo para que os alunos visitassem espaços que a lógica comunitária fosse predominante e para tal mostrou-se essencial o debate sobre (o lugar dos) ​experts. ​Os ​experts estão no lugar do saber-poder (FOUCAULT, 2006), conhecedores de toda estrutura e do processo social que, na maioria dos casos, estão ao serviço do Estado e do Capital (BAREMBlITT, 1996). Em PSC, não se nega que exista uma relação de poder preexiste à intervenção (FOUCAULT, 2006), entretanto, o ​expert tem como papel trabalhar para a equidade dessa relação, bem como atuar apenas como facilitador de um processo horizontalizado, ou seja, facilitando processos autogestivos e autogestionados (BAREMBlITT, 1996). É importante salientar que esse florescer da lógica comunitária em sala é um processo. Era sinalizado que nos primeiros momentos havia dificuldades para o entendimento de todas as questões abordadas, mas, gradativamente, os conceitos e a as formas de viver comunitárias e intervenções tornavam-se mais presentes. Outro ponto de dificuldade é que nem todos os alunos adotaram a metodologia - o que era sentido como um dificultador dos processos e interpretado como o fato de que a subjetividade individualista/moderna é ainda muito forte e impede processos comunitários de acontecer. Além disso, a produção de uma subjetividade comunitária teve como efeito a potencialização dos alunos no sentido da autonomia e da criatividade. Após passarem por essa experiência, os alunos, passaram a se sentir autônomos de todo o processo e motivava durante todas as etapas do curso, inclusive fora dele, como no caso na construção de eventos científicos para pensar a PSC ou participação em eventos em espaços comunitários como quilombos. Em ambos os casos, essas atividades nasceram espontaneamente entre os alunos e não eram espaços formais da disciplina. Autoanálise e autogestão como princípios Estes princípios ​Autoanálise e ​Autogestão são partes do processo da Análise Institucional que foi traçado por Gregório Baremblitt (1996), como uma proposta de autogerenciamento dos coletivos sociais. Sua produção almejava que os membros independentes de possuírem conhecimentos acadêmicos ou não sejam vistos como sujeitos em equidade em suas instituições. No entanto, para que está Análise Institucional, seja bem executada é preciso que haja uma descentralização da figura do ​expert e também deixar que as demandas sejam trazidas pelo grupo ou pela comunidade ao longo do processo e não criá-las a partir de um olhar especializado. Segundo Baremblitt (1996), a ​autoanálise “consiste em que as comunidades mesmas, como protagonistas de suas necessidades, de suas demandas, possam enunciar compreender, adquirir ou readquirir um vocabulário que lhes permita saber acerca de sua vida”. O primeiro.

(4) Departamento de Psicologia. processo é definido como ​autoanálise que consiste em uma análise grupal realizada pelo próprio grupo na qual os sujeitos que a compõem possam avaliar as condições em que estão inseridos e, assim, possam coletivamente se mediar sem a extrema necessidade de coordenação de um ​expert para solucionar os seus problemas. Sendo feita esta análise grupal entra em prática a segunda parte desta proposta de autogerenciamento que seria ​Autogestão que seria o resultado que foi debatido e analisado e posteriormente aceito pela maioria como uma nova demanda que será posta em prática. Prática para teoria Convencionalmente, é relatado por todos os alunos que na metodologia tradicional, a teoria é a primeira a ser apresentada e, posteriormente, se houver espaço, a prática é apresentada. Entretanto, a aposta aqui foi o inverso. Inicialmente pedia-se para o aluno perguntar aos atores sociais diversos que estão próximos à sala acerca dos conceitos que serão estudados, como o de comunidade. Posteriormente, a partir da enunciação do que cada experiência traga, tais conceitos são trabalhados de acordo com definições científicas. Aqui não se busca ridicularizar o conhecimento “não científico”, do senso comum, e sim poder conhecer além dos saberes científicos, aglutinando os discursos acadêmicos e populares a fim de construir um comum. Essa forma de metodologia também foi sinalizada como uma forma de afrouxar as relações entre ​expert e comunidade, movimento tão fundamental e básico da PSC, inclusive em sala de aula. Era unanimidade, inclusive ferramenta da professora, trabalhar para não assumir um lugar de produtora de demanda para as aulas ou uma ​expert da disciplina que guiaria para a produção de alunos especialista em PSC. A posição assumida caminhava para a mediação dos processos e a transmissão de um fazer coletivo. Situação Problema Segundo Meirieu (1998, p.112), situação-problema (SP) é “uma situação didática na qual, se propõe ao sujeito uma tarefa que ele não pode realizar sem efetuar uma aprendizagem precisa”. Desse modo, na metodologia aqui proposta, a SP era comumente um caso real entre um impasse entre “comunidade” e “empresa e/ou Estado” em que o profissional psi era solicitado para “resolver” o impasse. A ferramenta da SP possibilita a discussão de diversos tópicos em uma única proposição. Historicamente, a psicologia enquanto profissão assume uma posição que Foucault denomina de “ortopedia da mente”. Assim como um ortopedista é solicitado somente em emergência e para corrigir um desvio do osso humano, ao psicólogo foi chamado para a mesma missão, mas à nível da moral. Desse modo, é esperado do profissional que sua prática sirva para corrigir um desvio, estabelecer uma norma e elevá-la a altas potências como o estabelecimento de um padrão normal de ser e estar no mundo. Claramente, tais movimentações, utilizam de métodos de culpabilização, segregação e infantilização a fim de manter a ordem que interessa para o Capital (GUATARRI & ROLNIK, 2000). Nessa conjuntura, por meio desse exercício, podem-se estabelecer diversos debates e altamente correlacionados ao tópico do ​expert,​ distanciando-se dos mecanismos de opressão e caminhando para o emprego da potência da ferramenta. O objetivo é estimular os alunos para a produção de uma subjetividade e intervenções comunitárias, uma vez que era por meio dela que os alunos conseguiam pensar nas relações de poder existentes e junto ambas as partes, ser.

(5) Departamento de Psicologia. facilitador de processos que visam os objetivos da PSC, a equidade social e emancipação dos povos. Teatro A linguagem teatral teve um papel poderoso nessa metodologia de ensino-aprendizagem. Cada vez mais as universidades priorizam e estimulam a capacidade dos alunos proporem múltiplas alternativas para a solução de problemas, trabalho em equipe, senso crítico e o exercício da cidadania (MONTENEGRO et al., 2005). Desse modo, o teatro permite que tais habilidade sejam desenvolvidas, bem como permitiu o que os alunos chamaram e apareceu nos escritos como “incorporação dos conceitos”. Justamente pelo fato do teatro promover uma saída do modelo acadêmico clássico de ensino como também garante uma flexibilização ao viverem tais conceitos na prática por parte das Situações Problemas. Olhar ao redor De acordo com as diretrizes da metodologia, o uso de questões do local, vivenciadas pelos alunos, como uma SP é considerado ponto fundamental para o processo de ensino e aprendizagem . No mesmo período em que acontecia a disciplina, um estudante de psicologia da PUC-Rio foi preso por tentativa de estupro (​https://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/estudante-da-puc-rio-e-preso-por-tentativa-de-estupro22112017​) e muito dos participantes dessa disciplina conhecia-o, deslocando o caso de mais um acontecimento cotidiano para uma SP. Assim, tal situação da lógica patriarcal foi colocada em questão para os alunos dessa disciplina. Tal movimentação foi sentida como primordial e libertadora, uma vez que por meio dela foi-se possível pensar em que ações possam ser realizadas para que esses casos, e outras manifestações tão violentas do patriarcado, não se repetissem. Durante todo o processo da metodologia, trazer conflitos de diversas naturezas foi a principal ferramenta de colaboração para o processo de ensino e aprendizagem. Consequentemente, trazer a situação realmente e no momento vivenciado pelos alunos foi uma oportunidade de vivenciar não só apenas o lugar de ​expert,​ mas também a posição de comunidade, de quem tem que pensar o problema e as ações concomitantemente com as práticas psi. Aula como vivência A disciplina de Psicologia e Comunidades se destaca na sua metodologia ensino por ter sido confeccionada com um caráter vivencial justamente por romper com um modelo de aula expositiva que é ministrada somente com o apoio de textos e de slides. No entanto, a disciplina se destaca pela proposta de metodologia de ensino por ir além de tal modelo de aula caracterizado pela lógica verticalizada e hierarquizada na relação professor e aluno. Uma vez que é inspirada em uma prática de Educação Libertadora proposta por Paulo Freire, onde o aluno é visto como cidadão e que também propõem que haja uma “ressignificação” da relação professor aluno em sala de aula no que diz respeito a uma verticalização dos saberes para aprender um determinado conhecimento. Tal modelo de Paulo Freire, foi muito para esta disciplina pois ajudou a tornar a metodologia da disciplina mais fluida no que diz respeito a como seriam repassados os saberes, a criação de novas demandas para a disciplina, a autonomia dos para fazerem contribuições e intervenções em sala fossem.

(6) Departamento de Psicologia. por meio das ferramentas propostas pela professora quanto de ferramentas propostas pelos alunos que eram decididas e feitas pelos alunos. Avaliação Normalmente as avaliações de um semestre universitário são confeccionadas nos modelos de provas individuais ou então de trabalhos que podem ser individuais ou grupais em que ambos os modelos são baseados nos conteúdos dados em sala de aula valendo uma pontuação para sua nota no que garantirá sua aprovação ou reprovação na disciplina. Modelo avaliativo que fomenta uma lógica fraca de passagem da educação no que tange a passagem de conhecimento limitando à educação a um formato ​bancário de educação e​ m que segundo, (FREIRE,2005) - “O “saber” é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber”. Já nesse contexto, a avaliação foi aplicada em contexto comunitário, seguindo a ética da PSC, em que os alunos se dividiam em pequenos grupos e debatiam as questões antes que a prova fosse feita individualmente de fato, já que é uma das obrigatoriedades dos estabelecimentos de ensino superior. Contudo, mesmo com os debates, as respostas eram diferentes até porque cada aluno apresentava uma contribuição para a construção de uma intervenção exitosa. O intuito de tal prática era a elaboração coletiva das ideias e como uma intervenção comunitária poderia acontecer na prática como profissionais dentro de um campo. É importante ressaltar que a avaliação também permitia como cada sujeito tem a capacidade de aprender algum novo conhecimento de uma maneira singular. Outro fator que também demonstra um impacto positivo nesta avaliação foi o fato da discussão dos pequenos grupos ter eliminado uma tensão de prova que normalmente é sentida pelos discentes. Tendo assim um caráter de exercício uma vez que se eliminou a ideia de que era preciso tirar uma “boa nota” o que só favoreceu para que fosse posto em prática pelos alunos em sua prova na resposta de suas questões o que vivenciado nas aulas. Cabe dizer que partiu dos próprios alunos um pedido à professora a incorporação de uma lógica comunitária de troca de saberes também na avaliação. Além disso, eram confeccionados resumo dos textos e eram feitos grupos de estudos onde os alunos tiravam dúvidas entre si, o que ajudou a cultivar o um maior interesse pela disciplina diferente das demais até então cursadas dentro do curso de Psicologia da PUC-RIO por ir além do conteúdo disciplinar. Criação da Semana de PSC da PUC Rio Como um dos desdobramentos da disciplina, houve a criação da “ I Semana da Psicologia Social Comunitária da PUC Rio”, um evento construído integralmente pelos estudantes da PUC-Rio de todos os coletivos da Universidade em que os temas do racismo, do machismo, LGBTfobia, da desigualdade econômica, da situação de refúgio, dos indígenas e do Sistema Único de Saúde (SUS) foram discutidos sistematicamente ao longo de quatro dias com 12 rodas de conversas, totalizando 24 horas de debates. Devolutiva Foi feita entrevista junto com os alunos da disciplina de Psicologia e Comunidades em que usamos como roteiro algo que definimos como um “Diário de campo”. Diário este que foi criado a partir de um resumo feito de aulas que tivemos ao longo da disciplina com o.

(7) Departamento de Psicologia. intuito de fazer um resgate do que vivenciamos ao longo da disciplina. Tendo, assim, a função de ser uma ressignificação de algo que vivenciado de acordo com a reconexão entre o passado e presente. Conclusões A caráter de elaborar considerações finais, esta pesquisa foi realizada para registrar as possibilidades da PSC em ajudar a propor novas metodologias de ensino e aprendizagem dentro dos espaços da universidade usando seus próprios princípios. Desse modo, podemos observar o lugar de prioridade que a coletividade e equidade dos saberes assumem, inclusive como método de ensino e aprendizagem. É preciso apontar que os ensinamentos de Paulo Freire são fontes de inspiração primordiais para que este método possa ser empregado em uma disciplina no que almeja ser uma educação libertadora. Em síntese, a presente pesquisa visou demonstrar como o movimento da PSC pode ser uma nova forma de ressignificação dos processos de ensino e aprendizagem na graduação da psicologia e que tal metodologia descrita não seja tomada como regra, mas uma inspiração para que uma educação mais efetiva e transformadora possa acontecer. Referências BARDIN, L.(2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70. BAREMBlITT, G. Compêndio de análise institucional e outras correntes. 3. ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1996. DE ARAÚJO, L. F. S. et al. Diário de pesquisa e suas potencialidades na pesquisa qualitativa em saúde. ​Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde/Brazilian Journal of Health Research​, v. 15, n. 3, 2013. FOUCAULT, M.​ Microfísica do poder​. Rio de Janeiro:Graal, 2006. FREIRE,P. ​Pedagogia do oprimido​. Rio de Janeiro:: Paz e Terra, 2005. GASKELL, G. Entrevistas individuais e grupais. In: GASKELL, G.; BAUER, M. W. (Org.). Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002. pp. 64-89. GIL, Antonio Carlos. ​Métodos e técnicas de pesquisa social​. 6. ed. Editora Atlas SA, 2008. GUATARRI, Félix e ROLNIK, Suely. Micropolítica. Cartografia do Desejo. Petrópolis: Editora Vozes. 2000. HOOKS, B. ​Ensinando a transgredir​: a educação como prática de liberdade. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2013. KITZINGER, J. Focus groups with users and providers of health care. In: POPE, C.; MAYS, N. (Org.). Qualitative research in health care. 2. ed. London: BMJ Books, 2000. MEIRIEU, P. ​Aprender Sim, mas Como?​ 7. Ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 1998.

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