Organelas Citoplasmáticas: Complexo de
Golgi, endossomos, lisossomos e peroxissomos
Aula 11:
Complexo de Golgi
O complexo de Golgi é formado por um conjunto de sacos achatados que se localiza entre a membrana plasmática e o retículo endoplasmático.
Complexo de Golgi
O complexo de Golgi é como se fosse uma central de distribuição da célula.
Ele recebe proteínas e lipídios do retículo endoplasmático através de vesículas transportadoras e fazem o seu
empacotamento e remessa para outros locais da célula e até para fora da célula.
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Complexo de Golgi
Algumas moléculas são modificadas no complexo de Golgi, antes de serem enviadas ao seu destino.
Elas podem sofrer, por exemplo:
• Glicosilação: adição de carboidratos; • Fosforilação: adição de fosfato; • Sulfatação: adição de enxofre;
• Proteólise: clivagem por ação
Complexo de Golgi
Células caliciformes do intestino do rato. Possuem desenvolvidos os retículos e o C. de Golgi. Azul – lectina marca muco; Vermelho – Actina; Verde – núcleo.
Células que possuem intensa atividade secretória normalmente apresentam complexo de Golgi bastante desenvolvido.
Complexo de Golgi
O complexo de Golgi também é importante por originar as organelas chamadas lisossomos, que são um tipo de vesícula específica.
Lisossomo secundário fusão com fagossomo
Lisossomo primário
Complexo de Golgi
O complexo de Golgi também origina, nos espermatozoides, o acrossoma, uma vesícula presente em sua cabeça, que armazena enzimas importantes para o processo de
Complexo de Golgi
O complexo de Golgi também origina, nos espermatozoides, o acrossoma, uma vesícula presente em sua cabeça, que armazena enzimas importantes para o processo de
fecundação.
Clique aqui para assistir a Fecundação.
Formação do endosso na célula.
Destinos dos receptores envolvidos na endocitose. Os receptores podem retornar para a membrana (1), podem ser degradados nos lisossomos (2), serem direcionados para outro domínio na membrana por transcitose (3).
Endossomos
Os endossomos são pequenas vesículas encontradas entre a membrana plasmática e o complexo de Golgi, que transporta material proveniente da endocitose.
Endossomos
Os endossomos são divididos em:
• Primários: encontram-se bem próximos
à membrana plasmática.
• Secundários: estão mais próximos ao núcleo.
Mecanismo de transcitose da imunoglobulina
Endossomos
O conteúdo dos endossomos pode ser direcionado para reciclagem pela célula, para os lisossomos ou para outro domínio da membrana através de transcitose.
Lisossomos
Os lisossomos são vesículas que partem do complexo de Golgi contendo no seu interior enzimas hidrolíticas ácidas.
As enzimas lisossomais foram produzidas no REG e depois transferidas para o complexo de Golgi.
Os lisossomos participam de processos de digestão de partículas englobadas (fagocitose e pinocitose) e de processos de autofagia.
Digestão de moléculas que não são mais úteis na célula, dentro dos lisossomos.
Lisossomos
Nos lisossomos também acontece a reciclagem das macromoléculas que não são mais úteis à célula.
Lisossomos
Mutações em genes que codificam as enzimas lisossomais podem prejudicar seu funcionamento e provocar o acúmulo de macromoléculas nos lisossomos,
originando as doenças lisossômicas de depósito, como a Doença de Gaucher. Tipo 1: Mais comum, frequente em judeus Ashkenazi, aparece em qualquer idade principalmente adulta, não afeta o cérebro, manifesta baço e fígado aumentados, anemia e baixa contagem de plaquetas, pode apresentar degradação óssea.
Tipo 2: Forma mais grave, começa nos seis primeiros meses de vida, sem predisposição étnica, baço e fígado aumentados e dano cerebral progressivo, geralmente morte aos dois anos de idade.
Tipo 3: Afeta jovens, mais evidente na região de Norbotten da Suécia, problemas cerebrais crônicos, dificuldade de movimento e equilíbrio, problemas auditivos e dificuldade de aprendizado.
Lisossomos
Os lisossomos possuem uma bomba de H+ em sua membrana, que
transportam esses íons para o seu interior para manter o pH ácido, necessário para a atividade das enzimas.
Para se proteger da ação das suas próprias enzimas, sua membrana possui um revestimento de glicoproteínas.
Caso o conteúdo dos lisossomos extravase, não há risco para a célula porque o pH do citoplasma não é ideal para a atividade das enzimas.
Lisossomos e digestão celular
Os lisossomos participam do processo de digestão intracelular do material que foi fagocitado ou pinocitado pela célula. Eles se juntam aos endossomos formados (fagossomo ou pinossomo) e despejam as enzimas digestivas em seu interior.
1- Patógeno 2- Fagossomo 3- Lisossomo 4- Vacúolo digestório 5- Citoplasma 6- Membrana plasmática A- Fagocitose B- Fagolisossomo C- Clasmocitose Legenda
Lisossomos e digestão celular
1- Patógeno 2- Fagossomo 3- Lisossomo 4- Vacúolo digestório 5- Citoplasma 6- Membrana plasmática A- Fagocitose B- Fagolisossomo C- Clasmocitose
Lisossomos e digestão celular
Digestão celular de um patógeno que foi fagocitado.
Legenda
Clique aqui para assistir ao Exocitose do Paramécio.
Lisossomos e autofagia
Quando algum elemento celular, como organelas, por exemplo, deixa de funcionar adequadamente, é
englobado por membrana formando um autofagossoma. Os lisossomos se fundem ao fagolisossomo e despejam suas enzimas no seu interior, que farão a degradação e a reciclagem dos nutrientes.
Peroxissomos
Organela arredondada, citoplasmática
Os peroxissomos são organelas presentes em todas as células, também constituindo-se de pequenas vesículas limitadas por membrana.
Peroxissomos
São chamados dessa forma por possuírem, no seu interior, a enzima catalase,
que tem como função decompor o H2O2 (peróxido de hidrogênio) em água de
oxigênio, prevenindo lesões oxidativas da célula.
H202 H20 e 02
O peróxido de hidrogênio é formado a partir de espécies reativas de oxigênio provenientes das reações de oxidação que ocorrem nas mitocôndrias, retículo endoplasmático e citoplasma.
Peroxissomos
Os peroxissomos realizam a oxidação de ácidos graxos, de aminoácidos, de purinas, ácido úrico e outras moléculas.
A oxidação realizada nos peroxissomos está mais envolvida na produção de energia térmica do que na produção de ATP, que ocorre na mitocôndria.
Nas células do fígado e dos rins os peroxissomos estão envolvidos na oxidação do álcool.
Exercício
1) (UFRJ) Os processos de secreção celular são feitos na sequência:
a) Aparelho de Golgi, retículo endoplasmático granular, retículo endoplasmático agranular, vesículas de transferência.
b) Vesículas de transferência, retículo endoplasmático agranular, aparelho de Golgi, grânulos de secreção.
c) Retículo endoplasmático granular, vesículas de transferência, aparelho de Golgi, grânulos de secreção.
d) Aparelho de Golgi, vesículas de transferência, retículo endoplasmático granular, grânulos de secreção.
e) Retículo endoplasmático agranular, grânulos de secreção, aparelho de Golgi, vesículas de transferência.
Exercício
2) (PUC-SP) A estrutura representada no desenho abaixo é:
a) O complexo de Golgi, corpúsculo rico em ácidos nucleicos, presente no núcleo de células secretoras. b) O complexo de Golgi, responsável pela síntese de enzimas da cadeia respiratória, presente no citoplasma de vegetais inferiores.
c) A mitocôndria, orgânulo responsável pela respiração celular.
d) A mitocôndria, orgânulo rico em DNA, RNA e enzimas, presente tanto no núcleo como no citoplasma das células secretoras.
Exercício
3) (UFSM) Uma criança de aproximadamente um ano, com acentuado atraso psicomotor, é
encaminhada pelo pediatra a um geneticista clínico. Este, após alguns exames, constata que a criança possui ausência de enzimas oxidases em uma das organelas celulares. Esse problema pode ser evidenciado no dia a dia, ao se colocar H2O2 em ferimentos. No caso dessa criança, a
H2O2 "não ferve". O geneticista clínico explica aos pais que a criança tem uma doença de origem genética, é monogênica com herança autossômica recessiva. Afirma, também, que a doença é muito grave, pois a criança não possui, em um tipo de organela de suas células, as enzimas que deveriam proteger contra a ação dos radicais livres. A organela que apresenta deficiência de enzimas nessa criança é denominada:
a) Lisossoma b) Centríolo
c) Complexo de Golgi d) Mitocôndria
Ler o capítulo 6 - Diferenciação celular, potencialidade e a biologia das células-tronco
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